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Autores:
Bianca de Assis Natal
Carolina Pereira Lejambre
Flavio Henrique de Carvalho
Nathalie Aparecida Felicetti Luvison
Rayane Cardoso de Barros

Orientação:
Prof. Elisângela de Campos

2
Sumário

RESUMO 5

QUIZ – NOÇÕES DE ESPAÇO 6


ÁREA 10
História do Cálculo de Área 10

Atividade - Introdução ao Teorema de Pick: 12


TEOREMA DE PICK 14
Teorema de Pick e a Fórmula de Euler 15
O Teorema de Pick para polígonos com buracos 18
Atividade - Colocando em prática 19
Atividade - Teorema de Pick e funções: 20
Estimando o valor de π pelo Teorema de Pick 23
Atividade - Estimando o valor de π pelo Teorema de Pick 26
Atividade – Calculando a área usando Google Maps, Geogebra e o Teorema de Pick 26
Atividade - Equivalência de Áreas 29

INTEGRAL 33
Atividade - Cálculo de área abaixo de uma função 36

GABARITO 43
Quiz - Noções de Espaço 44
Atividade - Introdução ao teorema de Pick 51
Atividade - Colocando em Prática 52
Atividade - Teorema de Pick e Funções 53
Atividade - Estimando o valor de π pelo Teorema de Pick 53
REFERÊNCIAS 55

3
4
RESUMO

O assunto principal deste minicurso é o cálculo de áreas de polígonos e de áreas


de regiões delimitadas por gráfico de funções. O objetivo é apresentar um Teorema
pouco utilizado para o cálculo da área de polígonos, além de fazer o estudo de Integrais
de uma maneira mais primitiva, sem exigir um conhecimento prévio sobre Cálculo. E
para complementar os assuntos abordados, serão realizadas atividades envolvendo o
cálculo de áreas.

5
QUIZ – NOÇÕES DE ESPAÇO
Esta foi a primeira atividade realizada, na qual os participantes foram divididos
em grupos para responderem um formulário do Google, com questões sobre noções de
espaço, com o objetivo de introduzir o tema de Áreas. Você pode acessar o formulário
através do link: https://forms.gle/Jbpqki7bFNJjmrqh9.

Introdução:

Em tempos de pandemia é comum ouvirmos que a distância segura a se manter


de outras pessoas é de 2 metros, mas você já parou para pensar em como ter certeza
dessa distância? Ou ao estacionar um carro, como saber se o espaço é suficiente para
seu carro? Ou ainda, qual seria a área que seu carro ocupa para caso você queira
construir uma garagem?
Às vezes, essas perguntas podem passar despercebidas em nosso dia a dia,
mas isso tudo envolve o conceito de áreas. Esse quiz é basicamente um teste sobre
noções de espaço e áreas.
Vocês estão distribuídos em equipes para poderem conversar com os colegas e
responderem esse quiz.
Divirtam- se!

Questões:

1. Na Geometria, o que podemos concluir quando figuras são equivalentes?


a. Elas possuem o mesmo perímetro.
b. Elas possuem todos os ângulos semelhantes.
c. Elas possuem o mesmo volume.
d. Elas possuem a mesma área.
Figura 1
2. Todos os dias vemos inúmeros
carros e outros meios de
transporte. Você já parou para
pensar qual seria o espaço
adequado para estacionar 2 carros
lado a lado de tamanho médio?
Qual seria esse espaço?

a. 13,75 m²
b. 18,95 m²
c. 31,96 m² Fonte: Trânsito Ideal, 2020.
d. 48 m²

6
3. Calcule a área do estacionamento abaixo. Considere que cada corredor possui 4
m de largura e 20 m de comprimento. Em seguida, calcule a área apenas das
vagas que estão ocupadas.
Obs: Utilize as mesmas medidas do exercício anterior.

Figura 2

Fonte: depositphotos, 2020.

a. 575,5 m² e 331,8 m²
b. 173,3 m² e 84,2 m²
c. 859, 5 m² e 639,6 m²
d. 397,8 m² e 147,4 m²

4. De acordo com as regras da FIFA, qual é a área adequada de um campo de


futebol?
a. 10.520 m²
b. 7.140 m²
c. 6.475 m²
d. 9.869 m²

5. Um restaurante recebe cerca de 120 pessoas por noite. Cada mesa comporta 4
pessoas, suponha que cada mesa ocupa 1,5 m x 1,5 m. Estas mesas estão
distribuídas em 6 colunas e 5 linhas a uma distância de 2 metros uma da outra,
por conta da pandemia. Qual seria a menor área possível para distribuir estas
mesas no restaurante?
a. 300 m²
b. 284,5 m²
c. 294,5 m²

7
d. 290 m²

6. Um evento foi realizado em um espaço de 240 m x 45 m. Sabemos que a cada 2


m² havia em média 7 pessoas. Quantas pessoas aproximadamente estavam
presentes nesse evento?
a. 42.007
b. 41.932
c. 37.800
d. 24.045

7. Qual é a área de uma Praça em formato de circunferência que tem um raio de 18


metros?
a. 1.017,87 m²
b. 1.254,98 m²
c. 1.589,77 m²
d. 1.698,44 m²

8. Construir um polígono com os blocos abaixo, de forma que a área seja 20 u.a., o
perímetro 18 u.a. e que o polígono possua ¾ de blocos azuis e ¼ de blocos
verdes.
Figura 3

Fonte: Os autores, 2020.

9. Construir um polígono com os blocos abaixo, de forma que a área seja 24 u.a., o
perímetro 22 u.a. e que o polígono possua ½ de blocos verdes e ½ de blocos
laranjas.
Figura 4

Fonte: Os autores, 2020.

10. Construir um polígono com os blocos abaixo, de forma que a área seja 30 u.a. e
que o polígono possua ½ de blocos roxos e ½ de blocos lilás.

8
Figura 5

Fonte: Os autores, 2020.

11. Encontre a área da figura azul abaixo, se preciso, use a figura em verde para
realizar o cálculo:
Figura 6

Fonte: Os autores, 2020.

12. Utilizando os polígonos abaixo, calcule a área da figura:

Figura 7

Fonte: Os autores, 2020.

9
ÁREA

No Quiz feito anteriormente haviam questões relacionadas à áreas, mas qual


seria o conceito ou definição de Área? Para compreender o conceito de área vamos ver
algumas diferentes definições. No artigo “Compreendendo conceitos de área e
perímetro: um estudo de caso”, Gabriel Almeida Quevedo busca tratar da dificuldade
dos alunos em compreender conceitos, sendo um deles o de área. Ele propõe iniciar
com o significado da palavra propriamente dita, por exemplo, no dicionário Houassis
(2010): “Extensão limitada de espaço, terreno ou superfície. A medida de superfície de
uma figura geométrica”. Significado parecido temos também do dicionário Escolar de
Língua Portuguesa da Academia Brasileira de letras (2008): “Superfície compreendida
dentro de determinados limites. Superfície de uma figura geométrica. Medidas dessas
superfícies”. Os significados dados pela Oxford Languagens também usam das
palavras como superfícies, limites e território para definir área, veja: “1. Extensão mais
ou menos limitada de espaço, território ou superfície”, ou no sentido figurado “2. Campo
em que se exerce determinada atividade”.

Podemos dizer então que ao falar de área estamos nos referimos a um espaço
de terra que se encontra compreendido entre certos limites. Na geografia e cartografia,
o termo "área" corresponde à projeção num plano horizontal de uma parte da superfície
terrestre. Assim, a superfície de uma montanha poderá ser inclinada, mas a sua área é
sempre medida num plano horizontal. O termo área também é usado como sinônimo de
campo, na medida em que é um campo de ação ou de estudo.

Já compreendido alguns dos significados, podemos partir para definições e


conceitos matemáticos. No livro Geometria Moderna, o autor exibe O Postulado da Área
que diz que toda região poligonal corresponde a um único número real positivo e com
isso define Área como “A área de uma região poligonal é o número que lhe
corresponde, pelo Postulado da Área”, onde a região poligonal é formada por finitas
regiões triangulares.

Já no livro “Matemática fundamental - uma nova abordagem” a definição de


área é dada pelo número que indica quantas vezes certa região contém a área
escolhida como unidade de medida.

Ainda, Lovell (1988), citado no artigo por Quevedo, define área como a
quantidade de superfície e que para se medir a área de algo é necessário
primeiramente definir uma unidade de medida adequada às medidas da superfície a
qual deseja-se calcular a área. Ou seja, não se pode medir a área de uma figura
usando a unidade litros, porque possuem grandezas de natureza diferentes.

10
História do Cálculo de Área

O uso da Geometria iniciou-se muito antes que possamos imaginar, não há


uma data ou local para contar a história do cálculo de áreas, pois existem papiros e
documentos que registram povos, como os babilônicos do período 2000-1600 a.C. que
conheciam as regras gerais para o cálculo de área de retângulos, triângulos, trapézio
retângulo e até o volume do paralelepípedo retângulo, isso muito antes da possibilidade
de publicar uma descoberta matemática.

Há registros de inúmeras sociedades da antiguidade que se destacaram por


suas habilidades e desenvolvimento nas engenharias, dentre elas as que se
estabeleceram ao longo do rio Nilo, no Egito e na Mesopotâmia. Esses povos foram os
primeiros a construir templos com medidas precisas (3500 a.C, aproximadamente), pois
foram eles que encontraram unidades de medidas mais uniformes. Na época eram
usadas as medidas de palmo, pé, passo, braça, entre outras partes do corpo, esses
povos adotaram como medida as partes do corpo de uma pessoa só, o rei, e com elas
criaram réguas de metal ou madeira e cordas com nós, tendo assim as primeiras
unidades de medidas oficiais. Hoje, a unidade de medida padrão para área é o metro
quadrado. O metro se refere ao comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo em
um intervalo de tempo de 1/299.792.458 de segundo.

Acredita-se que o cálculo de áreas iniciou-se pela arrecadação de impostos


pelos sacerdotes, os quais calculavam intuitivamente a extensão dos campos apenas
pela observação visual. Com o tempo observaram trabalhadores revestindo uma parte
retangular do chão com pedras quadradas e perceberam que para obter o tamanho da
área bastava determinar a quantidade de pedras usadas para revestir o terreno, e por
consequência perceberam que seria suficiente contar a quantidade de quadrados de
uma fileira e multiplicar pelo número de fileiras existentes, dando origem assim à
fórmula para o cálculo da área de um retângulo, sendo esta obtida a partir produto da
base pela altura.

Logo após, desenvolveram uma fórmula para o cálculo da área de um triângulo,


fundados num pensamento bastante geométrico, no qual tinham a área de um
quadrado ou retângulo e dividindo-os ao meio em diagonal obtinham a área do
triângulo, assim a área do triângulo é dada pela metade da área do quadrado ou do
retângulo. Quando o terreno não tinha a forma retangular ou triangular, os primeiros
cartógrafos e agrimensores, utilizavam a triangulação, que consistia num processo de
divisão da área em triângulos, cuja soma de suas áreas representava o total da área.
Havia também o processo de quadratura que consistia em transformar uma região
poligonal em um quadrado equivalente.

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No entanto, esses processos apresentavam alguns pequenos erros, ao medir a
área de terrenos não planos ou com curvas, por exemplo nas margens de rios, surgindo
então a necessidade de calcular a área de um círculo e o comprimento da
circunferência.

Foi descoberto por antigos geômetras que para construir um círculo é


necessário uma corda, de tamanho qualquer, e girá-la em torno de um ponto fixo, uma
estaca, por exemplo. Tomando essa corda e observando quantas vezes ela caberia na
circunferência, perceberam que cabia pouco mais de seis vezes e um quarto,
independente do seu tamanho. Desta forma concluíram que o comprimento da
circunferência poderia ser dado por 6,28 vezes a medida do raio o que corresponde ao
que calculamos hoje quando fazemos C=2πr, onde π (PI) vale aproximadamente 3,14.

Quanto à área do círculo, conta-se que Amósis (ou Ahmes), 2000 a.C., um
escriba egípcio, se propôs a determinar a área de um círculo, pensando inicialmente em
calcular a área de um quadrado e obter o número de vezes que essa área caberia na
área do círculo. Depois para definir qual seria esse quadrado, considerou mais
adequado utilizar o quadrado cujo lado tivesse a mesma medida do raio do círculo do
qual se desejava calcular a área, assim provou que o quadrado se encaixava no círculo
entre três e quatro vezes, o que representava uma aproximação de três vezes e um
sétimo, o que atualmente consideramos aproximado a 3,14 vezes. Desta forma
determinou a área do círculo multiplicando a área do quadrado por 3,14, situação que
utilizamos atualmente com 𝐴 = 𝜋 ∙ 𝑟 2 , com π valendo aproximadamente 3,14.

Na Grécia, aproximadamente em 500 a.C. foram fundadas as primeiras


universidades. Neste período Tales e seu discípulo Pitágoras organizaram,
desenvolveram e aplicaram todo o conhecimento da Babilônia, Etúrria, Egito e Índia à
matemática, navegação e religião. Neste período, crescia a curiosidade e a procura por
livros de geometria, o conhecimento do Universo ampliava-se velozmente e a escola de
Pitágoras fez afirmações quanto à forma da Terra identificando-a como esférica ao
invés de plana. Surgiram novas construções geométricas, como os polígonos e curvas,
e suas áreas e perímetros eram agora fáceis de calcular.

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Atividade - Introdução ao Teorema de Pick:
Preencher a seguinte tabela após a análise das figuras abaixo, onde 𝑓 é o
número de pontos na margem da figura e 𝑖 o número de pontos internos à figura.

Figura 8

Fonte: Os autores, 2020.

Figura 𝒇 𝒊 Área da Figura 𝒇


𝒊+ −𝟏
𝟐
A

13
Note que ao completar a tabela, o valor da área de cada figura e a relação da
última coluna são iguais. O que poderíamos concluir com isso? Será que podemos
resumir o cálculo de área de polígonos a uma contagem dos pontos do interior e da
margem? Veremos a seguir um Teorema que irá responder essas questões.

TEOREMA DE PICK

O Teorema de Pick é utilizado para o cálculo de áreas de polígonos simples,


cujos vértices são pontos de uma malha quadriculada, sendo que consiste em calcular
a área através de uma simples contagem de pontos, facilitando na resolução de
problemas que exigem o uso de diversas fórmulas. Essa fórmula não é muito
conhecida, não costumamos pensar que o cálculo de área pode acabar se tornando
uma contagem de pontos.

Considerando um polígono P no plano cartesiano. Se os vértices de P têm todos


coordenadas inteiras, então a Fórmula de Pick para sua área é

𝑓
𝐴(𝑃) = 𝐼 + −1
2

sendo 𝐼 o número de pontos com coordenadas inteiras no interior e 𝑓 o número de


pontos com coordenadas inteiras na borda do polígono.

Demonstração:

Para mostrar que o Teorema de Pick é válido, basta mostrar que ao dividirmos
um polígono P em vários triângulos fundamentais 𝑇, temos que sua área é dada pela
metade do número de triângulos fundamentais 𝑇, ou seja, é 𝑏 + 2𝐼 − 2. Então, primeiro
iremos calcular a soma dos ângulos internos dos 𝑇 triângulos fundamentais que
compõe 𝑃. Essa soma é igual a 𝑇𝜋. Calculando separadamente a soma 𝑆𝑏 dos ângulos
que têm vértices na margem e a soma 𝑆𝐼 dos ângulos cujos vértices estão no interior do
polígono P. Ou seja,

𝑇𝜋 = 𝑆𝑏 + 𝑆𝐼

Agora, sendo 𝑏1 o número de vértices de 𝑃 e 𝑏2 o número de pontos restantes


na margem do polígono P, temos 𝑏 = 𝑏1 + 𝑏2 . Sabendo que a soma dos ângulos
internos de um polígono é dada por (𝑛 − 2) ⋅ 𝜋, onde 𝑛 é o número de lados de um
polígono e que cada ponto na margem que não é vértice de P descreve um ângulo
raso, temos que

14
𝑆𝑏 = (𝑏1 − 2) ⋅ 𝜋 + 𝑏2 ⋅ 𝜋

⇒ 𝑆𝑏 = (𝑏1 + 𝑏2 − 2) ⋅ 𝜋

⇒ 𝑆𝑏 = (b − 2) ⋅ 𝜋

Cada ponto que está no interior de 𝑃 forma um ângulo cuja medida é igual a 2𝜋.
Então

𝑆𝐼 = 2 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝐼,

onde 𝐼 é o número de pontos no interior de 𝑃. Portanto

𝑆𝑏 + 𝑆𝐼 = (𝑏 − 2) ⋅ 𝜋 + 2 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝐼

⇒ 𝑆𝑏 + 𝑆𝐼 = (𝑏 + 2 ⋅ 𝐼 − 2) ⋅ 𝜋

Voltando em 𝑇𝜋 = 𝑆𝑏 + 𝑆𝐼 , temos

𝑇𝜋 = (𝑏 + 2 ∙ 𝐼 − 2) ∙ 𝜋,

ou seja,

𝑇 = 𝑏 + 2 ⋅ 𝐼 − 2,

como queríamos demonstrar.

Teorema de Pick e a Fórmula de Euler

Temos uma fórmula muito conhecida para poliedros, ou seja, para sólidos
geométricos limitados por polígonos, que chamamos de Fórmula de Euler que nos diz
que 𝐹 − 𝐴 + 𝑉 = 2, onde 𝐹 é o número de faces, 𝐴 o número de arestas e 𝑉 o número
de vértices do poliedro.

Mas agora se considerarmos uma figura plana 𝑃 simples formada por uma
quantidade finita de polígonos (que nesse caso, serão considerados as faces de 𝑃) que
se sobrepõem pelas respectivas arestas temos que 𝐹 − 𝐴 + 𝑉 = 1 onde 𝐹 são os
polígonos que formam 𝑃, 𝐴 o número de arestas e 𝑉o número de vértices da figura
plana.

15
Então, como descrito acima, considerando um polígono simples P, o teorema de
Euler nos diz que 𝐹 − 𝐴 + 𝑉 = 1, onde F é o número de faces, A é o número de
arestas e V o número de vértices de P. Para que a relação entre o Teorema de Pick e a
Fórmula de Euler para figuras planas seja válida, é necessário que a seguinte condição
seja satisfeita: duas faces quaisquer da decomposição, ou são disjuntas, ou têm um
vértice em comum, ou têm uma ou mais arestas inteiras em comum.

Teorema: A fórmula de Euler para figuras planas formadas por polígonos como
podemos observar na Figura 9, implica o Teorema de Pick.
Figura 9

Fonte: Os autores, 2020.

Demonstração:

Seja um poliedro plano P, se cada uma de suas faces forem decompostas em


triângulos como na Figura 2, sem acrescentar novos vértices, percebe-se que os
valores de A e F irão se modificar, mas a relação 𝐹 − 𝐴 + 𝑉 = 1 se mantêm inalterada,
pois quando se acrescenta uma aresta o número de faces também aumenta em uma
unidade, com isso, esses incrementos se cancelam. Sendo assim não há perda de
generalidade em considerar todas as faces como sendo triangulares.

Analisando o número de arestas, percebemos que cada aresta externa 𝐴𝑒 é lado


de apenas uma face e que cada aresta interna 𝐴𝑖 é lado de duas faces, com isso temos
a seguinte relação,

3 ⋅ 𝐹 = 𝐴𝑒 + 2 ⋅ 𝐴𝑖

Como a figura que limita o poliedro é um polígono simples, temos que o número
de lados, que são as arestas exteriores, é igual ao número de vértices. Mas como cada
face é um triângulo fundamental, ou seja, os únicos pontos do triângulo pertencentes à
rede são seus vértices, então o número de vértices é igual ao número de pontos da
fronteira f do polígono, logo a equação anterior pode ser escrita da seguinte forma,

16
3 ∙ 𝐹 = 2 ⋅ 𝐴𝑖 + 𝑓,

temos também que o número de arestas interiores é igual ao número total A de arestas,
menos o número de arestas exteriores f, então,

3 ∙ 𝐹 = 2 ⋅ (A − 𝑓) + 𝑓

(3𝐹+𝑓)
⇒𝐴= . (1)
2

Com relação aos vértices, lembrando-se de que todas as faces são triângulos
fundamentais, temos que o número de vértices V é igual à soma dos pontos da fronteira
f com os pontos do interior I, ou seja,

𝑉 = 𝑓 + 𝐼. (2)

Da fórmula de Euler temos que 𝐹 = 𝐴 − 𝑉 + 𝐼 , aplicando as equações (1) e (2)


obtemos a seguinte relação,

1 3⋅𝐹 𝑓
𝑓 = ⋅ (3 ⋅ 𝐹 + 𝑓) − (𝑓 + 𝐼) + 1 = + − 𝑓 − 𝐼 + 1.
2 2 2

De onde segue

𝐹 = 𝑓 + 2 ⋅ 𝐼 − 2.

Como o número de faces F é igual ao número de triângulos fundamentais temos


que a área do polígono é igual a

𝐹
𝐴(𝑃) = ,
2

temos,

1
𝐴(𝑃) = ⋅ (𝑓 + 2 ⋅ 𝐼 − 2),
2

𝑓
⇒ 𝐴(𝑃) = + 𝐼 − 1
2
que é o Teorema de Pick.

17
Figura 10

Fonte: Os autores, 2020.

O Teorema de Pick para polígonos com buracos

A área de um polígono P com m buracos é dada por

𝑓
𝐴(𝑃) = + 𝐼 + 𝑚 − 1,
2

onde f é o número de pontos na margem de P e na margem dos buracos e I é o número


de pontos no interior de P, excluindo os pontos que estão no interior dos buracos.

Exemplo:

Figura 11

Fonte: Os autores, 2020.

18
Analisando o polígono acima, vemos que ele tem 32 pontos na margem (pontos
na margem do polígono mais os pontos na margem dos buracos), 8 pontos internos e 3
buracos. Aplicando a fórmula de Pick, temos:

𝑏 32
𝐴= +𝐼+𝑚−1 = + 8 + 3 − 1 = 26 𝑢. 𝑎.
2 2

Atividade - Colocando em prática

1. Calcule a área dos polígonos a seguir:

Figura 12

Fonte: Os autores, 2020.

2. Verifique que dado os polígonos 𝑃1 ,


com 𝐼1 pontos no interior do polígono e 𝑓1
pontos na margem, e 𝑃2 com 𝐼2 pontos no interior do polígono e 𝑓2 pontos na
margem e P o polígono maior abaixo, podemos calcular a área de P por:

𝑓1 𝑓2
𝐴(𝑃) = 𝐴 ⋅ (𝑃1 ) + 𝐴 ⋅ (𝑃2 ) = (𝐼1 + − 1) + (𝐼2 + − 1)
2 2

19
Figura 13

Fonte: Os autores, 2020.

Atividade - Teorema de Pick e funções:

Exercício 1: Qual a área do polígono determinado pelas seguintes retas:


𝑦 = 𝑥, 𝑦 = 5, 𝑦 = 0
Figura 14

Fonte: Os autores, 2020.

Exercício 2: Qual a área da região determinada pelas retas 𝑦 = 𝑥, 𝑦 = 0 com 𝑥


no intervalo [0,4].

20
Figura 15

Fonte: Os autores, 2020.

Exercício 3: Qual a área do polígono determinado pelas seguintes retas:


1
𝑦 = 𝑥, 𝑦 = 15 − 𝑥, 𝑦 = 7, 𝑦 = ⋅ (15 − 𝑥 )
2
Figura 16

Fonte: Os autores, 2020.

Exercício 4: Qual a área do polígono determinado pelas seguintes retas:


1
𝑦= ⋅ 𝑥 + 6, 𝑦 = 𝑥
4

21
Figura 17

Fonte: Os autores, 2020.

22
Estimando o valor de π pelo Teorema de Pick

Sabemos que a fórmula para calcular a área de um círculo é dada por:

𝐴(𝐶) = 𝜋 ⋅ 𝑟 2

onde r é o raio do círculo. Então, a partir da fórmula acima, podemos obter o valor de π
pela seguinte relação

𝐴(𝐶)
𝜋=
𝑟2
Agora vamos tentar estimar o valor de 𝜋 e para isso serão utilizados os polígonos
cujas áreas se aproximam da área do círculo.

A partir do seguinte círculo de raio 1, vamos tentar calcular o valor de 𝜋 pela


aproximação das áreas dos quadrados inscrito e circunscrito.

Figura 18

Fonte: Os autores, 2020.

Pelo Teorema de Pick, a área do quadrado inscrito é dada por

4
𝐴(𝑄𝑖 ) = +1−1
2
Daí, temos

23
𝐴(𝐶) 2
𝜋= = 2=2
𝑟2 1
E podemos notar que essa aproximação é muito ruim.

Agora, pelo Teorema de Pick, a área do quadrado circunscrito é dada por

8
𝐴(𝑄𝑐 ) = + 1 − 1 = 4 𝑢. 𝑎.
2
Daí, temos

𝐴(𝐶) 𝐴(𝑄𝑐) 4
𝜋= ≃ 2 = 2=4
𝑟2 𝑟 1
E podemos notar que essa aproximação ainda é muito ruim. Como os valores de
π encontrados são aproximações ruins, vamos tentar calcular o valor de π utilizando
outros polígonos.

Vamos analisar o polígono (octógono) na Figura 19 que contém 8 lados.

Figura 19

Fonte: Os autores, 2020.

Pelo teorema de Pick, temos

24
16
𝐴(𝑃) = + 21 − 1 = 28 𝑢. 𝑎.
2

E então,

𝐴(𝑃) 28
𝜋≃ = 2 = 3,111. ..
𝑟2 3

Que já é uma boa aproximação para π.

Vamos tentar encontrar uma aproximação ainda melhor? Agora vamos


considerar um polígono com o dobro de lados do polígono anterior, ou seja, 16 lados.

Figura 20

Fonte: Os autores, 2020.

Pelo Teorema de Pick, temos

20
𝐴(𝑃) = + 69 − 1 = 78 𝑢. 𝑎.
2

E então,

𝐴(𝑃) 78
𝜋≃ = 2 = 3,12
𝑟2 5

Essa aproximação para π é melhor do que as anteriores. E o que acontece


quando estimamos o valor de π a partir de um polígono com 20 lados? Ao repetirmos
esse procedimento várias vezes, de forma que a área do polígono de aproximasse mais
da área do círculo, ou seja, aumentasse a quantidade de pontos no bordo e no interior.

25
Assim, quanto maior a quantidade de pontos, a aproximação de π será melhor, ou seja,
quando a quantidade de pontos tender ao infinito, o valor de π tenderá ao seu valor
real.

Atividade - Estimando o valor de π pelo Teorema de Pick

1. Usando o Geogebra, a partir dos resultados anteriores, estime o valor de π a


partir de um polígono com 20 lados e verifique que a aproximação é ainda
melhor que as feitas anteriormente.

Atividade – Calculando a área usando Google Maps,


Geogebra e o Teorema de Pick

1. Abrir o Google Maps e pesquisar “Paraná”, para que apareça a marcação em


volta do estado:

2. Salvar a imagem como está no Google Maps, na escala 100km para 1,5cm:

26
3. Com isso, temos que cada 1,5cm equivalem a 100km. E a razão então é dada
100 𝑘𝑚
por ≃ 66,6666 𝑘𝑚/𝑐𝑚
1,5 𝑐𝑚

4. Abrir o Geogebra clássico;

5. Em configurações, básico, retirar os eixos e em malha, deixar apenas a malha


principal e ajustar a distância x:1 e y:1:

6. Então, colar a imagem salva do Google Maps, no Geogebra:

27
7. Em configurações, colocar a imagem no fundo, para aparecer a malha sobre o
mapa:

8. A imagem ficará da seguinte forma:

28
9. Agora, com os segmentos de reta, contornar o estado para utilizar o Teorema de
Pick e encontrar a área;

10. A área encontrada será em cm²;

11. Para converter em km² usaremos a seguinte relação:

𝐴
= (66,6666)2 ⇒ 𝐴 = (á𝑟𝑒𝑎 𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎) ⋅ (66,6666)2
(á𝑟𝑒𝑎 𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎)

12. Será que a área encontrada está próxima da verdadeira área?

13. A área registrada do estado do Paraná é de aproximadamente 199.315km²

Vídeo explicativo da atividade disponível em:


https://www.canva.com/design/DAEKC47ib6A/_mlrX3CHpqESEKFA6CBzIA/watch?u
tm_content=DAEKC47ib6A&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_s
ource=publishsharelink.

29
Atividade - Equivalência de Áreas

1. No geogebra, construir dois quadrados de mesma área sobrepostos da seguinte


maneira:
Figura 21

Fonte: Os autores, 2020.

2. Calcular a área do polígono EICJ:

Figura 22

Fonte: Os autores, 2020.

3. Agora em Transformar, utilizando a opção “Rotação em torno de um ponto”,


vamos rotacionar o quadrado EFGH em relação ao ponto E no sentido anti-
horário em 45°(selecionar primeiro o quadrado EFGH e em seguida o ponto E):

30
Figura 23

Fonte: Os autores, 2020.

4. Calcular a área do polígono EBC:

Figura 24

Fonte: Os autores, 2020.

5. Agora em Transformar, utilizando a opção “Rotação em torno de um ponto”,


vamos rotacionar o quadrado EFGH em relação ao ponto E no sentido anti-
horário em 30°(selecionar primeiro o quadrado EFGH e em seguida o ponto E):

31
Figura 25

Fonte: Os autores, 2020.

6. Calcular a área do polígono ELCM:


Figura 26

Fonte: Os autores, 2020.

7. O que podemos concluir a respeito das áreas obtidas, ao rotacionar o quadrado


sobreposto?

Podemos observar que o quadrado EICJ possuía 1/4 da área do quadrado


ABCD, ao rotacionar em 45°, obtemos um triângulo que também possuía 1/4 da área do
quadrado ABCD e por fim, ao rotacionar em 30°, o polígono obtido também 1/4 da área
do quadrado ABCD. Com isso, podemos concluir que as imagens obtidas são
equivalentes, ou seja, possuem a mesma área.

32
INTEGRAL

Já vimos um pouco sobre a história do cálculo de área, então agora vamos


estender para as motivações cotidianas que nos fizeram chegar no atual Cálculo
Integral. A primeira questão envolvendo as integrais foram os problemas de quadratura,
que nada mais é a necessidade de achar a área de uma determinada superfície,
utilizando a área do quadrado, pois é a área mais simples. As primeiras dúvidas são
datadas como pertencentes ao povo grego, principalmente no que desrespeito a
quadratura de figuras curvilíneas, como o círculo, figura essa que já exemplificamos no
Teorema de Pick. A primeira quadratura, as lúnulas, foi estudada em 440 a.C, por
Hipócrates de Chio, a próxima grande contribuição para o Cálculo, ainda na antiga
Grécia, foi o teorema de Arquimedes para a quadratura da parábola, por volta de 225
a.C., ele também desenvolveu o método de exaustão, utilizando-se do método de
quadratura do círculo.

Novos estudos e contribuições só voltaram a aparecer no final do século XVI,


quando necessitou-se examinar problemas ligados com o centro de gravidade, o que
acabou envolvendo diversos matemáticos, entre eles Fermat e Cavalieri. Quando
pensamos no Cálculo, vemos apenas a matemática, mas foram grandes questões
ligadas a física e a astronomia que acabaram dando vida ao conteúdo acadêmico que
temos hoje. O problema do movimento com velocidades variadas, que estava sendo
estudado desde Galileu Galilei, perpassou por Torricelli e Barrow, o último desenvolveu
naturalmente a ideia de que a integral e a derivada eram processos inversos, e quem
deu continuidade a esses estudos, foi Newton.

Leibniz, ao contrário de Newton, apresentava a integração como uma soma, de


maneira similar a Cavalieri, daí vem o símbolo de um longo ‘s’, para representar
summa. Newton via o Cálculo como geométrico, já Leibniz via mais como analítico,
dando mais importância para a notação matemática, o que acabou lhe dando
credibilidade para ser utilizada até hoje. Com os trabalhos de Leibniz e o Teorema
Fundamental do Cálculo de Newton, já estabelecidos, dá-se continuidade ao estudo de
funções, Euler, Cauchy, Gauss e Riemann, são os nomes que acabam por definir o que
conhecemos de Cálculo Integral. Ainda como consequência de tudo isso, Euler reuniu
todos os estudos e criou os fundamentos da Análise, que é uma área destinada a
estudar exatamente todas essas ideias concebidas antes da utilização prática do
Cálculo.

Agora vamos entender um pouco sobre a ideia inicial do Cálculo Integral. Veja a
figura 1, uma dada função limitada pelos pontos 𝑎 e 𝑏, na abscissa, e limitada na
ordenada pela função 𝑓(𝑥), nós queremos saber como calcular essa área que fica
embaixo da função, e é nesse questionamento que entra a Integral.

33
Figura 27

Fonte: Os autores, 2020.

Vamos analisar alguns exemplos de como o Cálculo Integral funciona,


anteriormente foi proposto algumas atividades no Teorema de Pick, para o cálculo de
regiões delimitadas por funções, vamos pegar algumas dessas mesmas regiões e
calcular a área a partir da Integral.

Exemplo 1: Qual a área da região determinada pelas retas 𝑦 = 𝑥, 𝑦 = 0 com 𝑥


no intervalo [0,4].
Figura 28

Fonte: Os autores, 2020.

Dada a área acima com as suas limitações, devemos calcular a integral a partir
das funções que foram dadas para limitar que é y = x e y = 0, tendo essas funções
precisamos do intervalo no eixo x para delimitar a área de integração, dessa maneira
temos a seguinte integral:

34
4
𝑥 2 4 42 02 16
∫ 𝑥 𝑑𝑥 = | = − = =8
0 2 0 2 2 2

A integral da função y = x, possui esse resultado nessas condições pela relação


já estabelecida no cálculo, no final da apostila é possível encontrar a tabela com as
principais integrais, a segunda integral é a motivação para esse resultado.

Exemplo 2: Qual a área do polígono determinado pelas seguintes retas:


𝑦 = 𝑥, 𝑦 = 5, 𝑦 = 0.

Figura 29

Fonte: Os autores, 2020.

Dada a área acima com as suas limitações, devemos calcular a integral a partir
das funções que foram dadas para limitar que é x = y e x = 0, tendo essas funções
precisamos do intervalo no eixo y para delimitar a área de integração, dessa maneira
temos a seguinte integral:

5
y 2 5 52 02 25
∫ 𝑦 𝑑𝑦 = | = − = = 12,5
0 2 0 2 2 2

A integral da função x = y, possui esse resultado nessas condições pela relação


já estabelecida no cálculo, no final da apostila é possível encontrar a tabela com as
principais integrais, a segunda integral é a motivação para esse resultado.

35
Atividade - Cálculo de área abaixo de uma função

Agora que sabemos que o Cálculo Integral funciona e ter sua devida importância,
vamos revisar um pouco de conteúdo ligado a área de um retângulo e de um triângulo e
a partir disso vamos estender a noção geométrica da integral.

Sabemos que a área de um retângulo é o produto da base pela altura e a área


de um triângulo é a metade do produto da base pela altura. Então a área 𝐴 abaixo do
gráfico da função constante 𝑓(𝑥) = 𝑘 e acima do eixo 𝑥 em um intervalo (𝑎, 𝑏)pode ser
escrito como 𝐴 = (𝑏 − 𝑎) ⋅ 𝑘.
Figura 30

Exemplo: Calcule a área da Figura 1 sendo a função


𝑓(𝑥) = 5 no intervalo [1,6].

𝐴 = (6 − 1) ⋅ 5 = 5 ⋅ 5 = 25 𝑢. 𝑎., onde 𝑢. 𝑎. = unidades de


área.

Fonte: Os autores, 2020.

A área 𝑨 abaixo do gráfico de uma função linear 𝑓(𝑥) = 𝑘𝑥 e acima do eixo 𝑥 em


𝑎⋅𝑘𝑎 𝑘𝑎2
um intervalo (0, 𝑎) pode ser escrito como 𝐴 = = .
2 2
Figura 31
Exemplo: Calcule a área da Figura 31, sendo a função 𝑓(𝑥) = 3𝑥 no
intervalo [0,4].

3 ⋅ 42 3 ⋅ 16 48
𝐴 = = = = 24 𝑢. 𝑎.
2 2 2

Fonte: Os autores, 2020.

36
Figura 32 Figura 33 Figura 34

Fonte: Os autores, 2020.

Quando uma figura não é uma figura geométrica, por exemplo, a parábola, não é
possível utilizar essas fórmulas, mas podemos usar a soma de retângulos superiores e
inferiores para um resultado aproximado. Utilizando o fim da partição do intervalo para
calcular a altura do retângulo superior e o início da partição do intervalo para calcular a
altura do retângulo inferior.

Exemplo: Calcule a área 𝐴 abaixo da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 no intervalo 𝐼 = (0,4). (Figura


32).

Separando o intervalo 𝐼 em 4 partes iguais 𝐼1 = (0,1), 𝐼2 = (1,2), 𝐼3 = (2,3), 𝐼4 =


(3,4). Seja 𝐵𝑖 a área do retângulo inferior com base 𝐼𝑖 (Figura 4) e 𝐶𝑖 a área do retângulo
superior com base 𝐼𝑖 (Figura 34), então ∑4𝑖=1 𝐵𝑖 < 𝐴 < ∑4𝑖=1 𝐶𝑖 .

𝐵1 = (1 − 0) ⋅ 02 = 0 , 𝐶1 = (1 − 0) ⋅ 12 = 1 ,

𝐵2 = (2 − 1) ⋅ 12 = 1 , 𝐶2 = (2 − 1) ⋅ 22 = 4 ,

𝐵3 = (3 − 2) ⋅ 22 = 4 , 𝐶3 = (3 − 2) ⋅ 32 = 9 ,

𝐵4 = (4 − 3) ⋅ 32 = 9. 𝐶4 = (4 − 3) ⋅ 42 = 16.

37
4 4

∑ 𝐵𝑖 = 0 + 1 + 4 + 9 = 14, ∑ 𝐶𝑖 = 1 + 4 + 9 + 16 = 30
𝑖=1 𝑖=1

Então 14 < 𝐴 < 30.

Mas ainda é um intervalo muito grande, então para uma melhor aproximação
utilizamos mais partições de tamanho menor.

Figura 35 Figura 36

Fonte: Os autores, 2020.

Separando o intervalo 𝐼 em 8 partes iguais:

1 1 3 3
𝐼1 = (0, ) , 𝐼2 = ( , 1) , 𝐼3 = (1, ) , 𝐼4 = ( , 2),
2 2 2 2

5 5 7 7
𝐼5 = (2, ) , 𝐼6 = ( , 3) , 𝐼7 = (3, ) , 𝐼8 = ( , 4).
2 2 2 2

38
Seja 𝐵𝑖 a área do retângulo inferior com base 𝐼𝑖 (Figura 6) e 𝐶𝑖 a área do
retângulo superior com base 𝐼𝑖 (Figura 7), então ∑8𝑖=1 𝐵𝑖 < 𝐴 < ∑8𝑖=1 𝐶𝑖 .

1 5
𝐵1 = ( , 0) ⋅ 02 = 0, 𝐵5 = ( − 2) ⋅ 22 = 2,
2 2

1 1 2 1 5 5 2 25
𝐵2 = (1 − ) ⋅ ( ) = , 𝐵6 = (3 − ) ⋅ ( ) = ,
2 2 8 2 2 8

3 1 7 9
𝐵3 = ( − 1) ⋅ 12 = , 𝐵7 = ( − 3) ⋅ 32 = ,
2 2 2 2

3 3 2 9 7 7 2 49
𝐵4 = (2 − ) ⋅ ( ) = , 𝐵8 = (4 − ) ⋅ ( ) = .
2 2 8 2 2 8

8
1 1 9 25 9 49 140
∑ 𝐵𝑖 = 0 + + + + 2 + + + = = 17,5
8 2 8 8 2 8 8
𝑖=1

1 1 2 1 5 5 2 25
𝐶1 = (2 , 0) ⋅ (2) = 8, 𝐶5 = (2 − 2) ⋅ (2) = ,
8

1 1 5 9
𝐶2 = (1 − 2) ⋅ 12 = 2, 𝐶6 = (3 − 2) ⋅ 32 = 2,

3 3 2 9 7 7 2 49
𝐶3 = (2 − 1) ⋅ (2) = 8, 𝐶7 = (2 − 3) ⋅ (2) = ,
8

3 7
𝐶4 = (2 − 2) ⋅ 22 = 2, 𝐶8 = (4 − 2) ⋅ 42 = 8.

8
1 1 9 25 9 49 204
∑ 𝐶𝑖 = + + +2+ + + +8 = = 25,5
8 2 8 8 2 8 8
𝑖=1

Então 17,5 < 𝐴 < 25,5.

39
Figura 37 Figura 38

Fonte: Os autores, 2020.

Mas ainda é um intervalo muito grande, então para uma melhor aproximação
utilizamos mais partições de tamanho menor.

Separando o intervalo 𝐼 em 24 partes iguais

1 8 9 16 17
𝐼1 = (0, ) 𝐼9 = ( , ) 𝐼17 = ( , )
6 6 6 6 6
1 2 9 10 17 18
𝐼2 = ( , ) 𝐼10 = ( , ) 𝐼18 =( , )
6 6 6 6 6 6
2 3 10 11 18 19
𝐼3 = ( , ) 𝐼11 = ( , ) 𝐼19 =( , )
6 6 6 6 6 6
3 4 11 12 19 20
𝐼4 = ( , ) 𝐼12 = ( , ) 𝐼20 =( , )
6 6 6 6 6 6
4 5 12 13 20 21
𝐼5 = ( , ) 𝐼13 = ( , ) 𝐼21 =( , )
6 6 6 6 6 6
5 6 13 14 21 22
𝐼6 = ( , ) 𝐼14 = ( , ) 𝐼22 =( , )
6 6 6 6 6 6
6 7 14 15 22 23
𝐼7 = ( , ) 𝐼15 = ( , ) 𝐼23 =( , )
6 6 6 6 6 6
7 8 15 16 23 24
𝐼8 = ( , ) 𝐼16 = ( , ) 𝐼24 =( , )
6 6 6 6 6 6

40
Seja 𝐵𝑖 a área do retângulo inferior com base 𝐼𝑖 (Figura 37) e 𝐶𝑖 a área do
retângulo superior com base 𝐼𝑖 (Figura 38), então ∑24 24
𝑖=1 𝐵𝑖 < 𝐴 < ∑𝑖=1 𝐶𝑖 .

1 13 12 12 2 144
𝐵1 = ( − 0) ⋅ 0² = 0 𝐵13 = ( − )⋅( ) =
6 6 6 6 216
2 1 1 2 1 14 13 13 2 169
𝐵2 = ( − ) ⋅ ( ) = 𝐵14 = ( − )⋅( ) =
6 6 6 216 6 6 6 216
3 2 2 2 4 15 14 14 2 196
𝐵3 = ( − ) ⋅ ( ) = 𝐵15 =( − )⋅( ) =
6 6 6 216 6 6 6 216
4 3 3 2 9 16 15 15 2 225
𝐵4 = ( − ) ⋅ ( ) = 𝐵16 = ( − )⋅( ) =
6 6 6 216 6 6 6 216
5 4 4 2 16 17 16 16 2 256
𝐵5 = ( − ) ⋅ ( ) = 𝐵17 = ( − )⋅( ) =
6 6 6 216 6 6 6 216
6 5 5 2 25 18 17 17 2 289
𝐵6 = ( − ) ⋅ ( ) = 𝐵18 =( − )⋅( ) =
6 6 6 216 6 6 6 216
7 6 6 2 36 19 18 18 2 324
𝐵7 = ( − ) ⋅ ( ) = 𝐵19 = ( − )⋅( ) =
6 6 6 216 6 6 6 216
8 7 7 2 49 20 19 19 2 361
𝐵8 = ( − ) ⋅ ( ) = 𝐵20 = ( − )⋅( ) =
6 6 6 216 6 6 6 216
9 8 8 2 64 21 20 20 2 400
𝐵9 = ( − ) ⋅ ( ) = 𝐵21 = ( − )⋅( ) =
6 6 6 216 6 6 6 216
10 9 9 2 81 22 21 21 2 441
𝐵10 = ( − )⋅( ) = 𝐵22 = ( − )⋅( ) =
6 6 6 216 6 6 6 216
11 10 10 2 100 23 22 22 2 484
𝐵11 = ( − )⋅( ) = 𝐵23 = ( − )⋅( ) =
6 6 6 216 6 6 6 216
12 11 11 2 121 24 23 23 2 529
𝐵12 = ( − )⋅( ) = 𝐵24 = ( − )⋅( ) =
6 6 6 216 6 6 6 216

𝟐𝟒
𝟒𝟑𝟐𝟒
∑ 𝑩𝒊 = ≈ 𝟐𝟎, 𝟎𝟐
𝟐𝟏𝟔
𝒊=𝟏

1 1 2 1 3 2 3 2 9
𝐶1 = ( − 0) ⋅ ( ) = 𝐶3 = ( − ) ⋅ ( ) =
6 6 216 6 6 6 216
2 1 2 2 4 4 3 4 2 16
𝐶2 = ( − ) ⋅ ( ) = 𝐶4 = ( − ) ⋅ ( ) =
6 6 6 216 6 6 6 216
41
5 4 5 2 25 15 14 15 2 225
𝐶5 = ( − ) ⋅ ( ) = 𝐶15 = ( − ) ⋅ ( ) =
6 6 6 216 6 6 6 216
2 2
6 5 6 36 16 15 16 256
𝐶6 = ( − ) ⋅ ( ) = 𝐶16 = ( − ) ⋅ ( ) =
6 6 6 216 6 6 6 216
2 2
7 6 7 49 17 16 17 289
𝐶7 = ( − ) ⋅ ( ) = 𝐶17 = ( − ) ⋅ ( ) =
6 6 6 216 6 6 6 216
2 2
8 7 8 64 18 17 18 324
𝐶8 = ( − ) ⋅ ( ) = 𝐶18 = ( − ) ⋅ ( ) =
6 6 6 216 6 6 6 216
2 2
9 8 9 81 19 18 19 361
𝐶9 = ( − ) ⋅ ( ) = 𝐶19 = ( − ) ⋅ ( ) =
6 6 6 216 6 6 6 216
2 2
10 9 10 100 20 19 20 400
𝐶10 = ( − ) ⋅ ( ) = 𝐶20 = ( − ) ⋅ ( ) =
6 6 6 216 6 6 6 216
2 2
11 10 11 121 21 20 21 441
𝐶11 = ( − ) ⋅ ( ) = 𝐶21 = ( − ) ⋅ ( ) =
6 6 6 216 6 6 6 216
2 2
12 11 12 144 22 21 22 484
𝐶12 = ( − ) ⋅ ( ) = 𝐶22 = ( − ) ⋅ ( ) =
6 6 6 216 6 6 6 216
2 2
13 12 13 169 23 22 23 529
𝐶13 = ( − ) ⋅ ( ) = 𝐶23 = ( − ) ⋅ ( ) =
6 6 6 216 6 6 6 216
2 2
14 13 14 196 24 23 24 576
𝐶14 = ( − ) ⋅ ( ) = 𝐶24 = ( − ) ⋅ ( ) =
6 6 6 216 6 6 6 216

𝟐𝟒
𝟒𝟗𝟎𝟎
∑ 𝑪𝒊 = ≈ 𝟐𝟐, 𝟔𝟗
𝟐𝟏𝟔
𝒊=𝟏

Então 20,02 < 𝐴 < 22,69.

Poderíamos continuar tentando aumentar o número de intervalos, porém é muita


conta desperdiçada, pois já existe uma maneira de calcular isso que é a partir da
Integral de Riemann, como o exemplo que utilizamos é uma função contínua definida
no intervalo [0,4], podemos calcular a sua área da seguinte maneira:

4 𝑥3 4 43 03 64
∫0 𝑥 2 𝑑𝑥 = |
3 0
=
3

3
=
3
≈ 21,33

O valor encontrado de aproximadamente 21,33 fica entre o intervalo que


tínhamos encontrado anteriormente de 20,02 < 𝐴 < 22,69.

A seguir na Tabela 1 vamos mostrar algumas das principais integrais.

42
Tabela 1 – Principais Integrais.

Fonte: Alfa Connection, 2020.

43
GABARITO

Quiz - Noções de Espaço

1. d) Elas possuem a mesma área.

2. c) 31,96 m²

Resolução:

Para resolver este exercício devemos começar pensando em quais são as


principais restrições. Observe a lista a seguir:

- As vagas tem que servir o comprimento e a largura do carro;

- Precisa existir um espaço lateral entre um carro e outro para que as


pessoas consigam abrir a porta tranquilamente, esta distância geralmente
é de 0,6 m ;

- Precisa existir um espaço na frente e atrás do carro para poder manobrar,


este espaço geralmente de 0,4 m.

Obs: o objetivo é que as equipes pensem nas portas abertas e no comprimento


da garagem e procurem estas informações na hora.
Figura 39

O exercício nos pergunta sobre um espaço


para estacionar dois carros como a garagem
representada na figura ao lado.

Vamos começar pensando na largura ideal


para esta garagem. Sabemos que os carros possuem
aproximadamente 2,065 m de largura, como são dois
Fonte: dephositphotos veículos multiplicamos por 2, resultando em 4,13 m.
Mas não podemos esquecer que as portas do carro
precisam abrir. Portanto, observe que temos 3 espaços em que as portas
precisam ser abertas, logo multiplicamos 0,6 m por 3, obtendo 1,8 m. Agora,
basta somar estas medidas. Logo, a largura da garagem deve ser de 5,93 m.

Para encontrarmos a medida do comprimento da garagem começamos


pelo comprimento de um carro médio que é 4,59 m. Como temos o deixar um
espaço na frente e outro atrás de 0,4 m, vamos multiplicar por 2 e depois somar
44
o valor que já tínhamos. E então, temos que o comprimento da garagem deve
ser de 5,39 m.

Por fim, precisamos multiplicar a largura pelo comprimento para


encontrarmos a área de um espaço para estacionar dois carros lado a lado.
Portanto, esse espaço deve ter 31,96 m².

3. a) 575,5 mil m² e 331,8 m²

No exercício anterior calculamos a área para dois carros, neste


estacionamento temos 26 vagas, então ao multiplicar 31,96 m² por 13 obtemos a
área das vagas. Falta a área dos corredores, que obtemos multiplicando o
comprimento pela largura, logo 160 m².

Portanto, a área desse estacionamento é igual a 575,5 m².

Agora, vamos calcular a área das 21 vagas ocupadas. Se multiplicarmos


a área para dois carros por 10, vamos descobrir a área para 20 vagas, que é
319,6 m². Precisamos descobrir a área de um carro. Note que será necessário
apenas um espaçamento lateral, pois o outro já está incluso nas 20 vagas.
Então, a área para uma vaga é igual a 12,23.

Portanto, a área das vagas ocupadas é igual a 331,8 m².

4. b) 7.140 m²

De acordo com o Globo Esporte, temos as seguintes dimensões do


campo de futebol:

45
Figura 40

Fonte: Globo Esporte, 2017.

Para encontrar a área, basta multiplicar a largura pelo comprimento.


Logo, a área de um campo de futebol segundo as regras da FIFA é 7.140 m².

5. c) 294,5 m²

Vamos começar descobrindo a quantidade de mesas que iremos usar. Se


temos 120 pessoas ao todo e cada mesa comporta 4 pessoas, supondo que
todas as mesas estão ocupadas com 4 pessoas, então precisamos de 30
mesas.

A figura a seguir é uma ilustração de como do salão deste restaurante.

46
Figura 4133

Fonte: Os autores, 2020.

Agora que já sabemos todas essas informações, vamos calcular a área


deste espaço do restaurante. No comprimento deste espaço temos 6 mesas e
precisamos que elas estejam a 2 m de distância uma da outra.

6 ⋅ 1,5 + 5 ⋅ 2 = 19

Portanto, temos 19 m de comprimento.

Na largura do salão temos 5 mesas e elas também precisam estar a 2 m


de distância.

5 ⋅ 1,5 + 4 ⋅ 2 = 15,5

Então, a largura mede 15,5 m.

Para encontrar a área desse espaço do restaurante basta multiplicarmos


a largura pelo comprimento que acabamos de encontrar. Logo, a menor área
possível para distribuir estas no restaurante é igual a 294,5 m².

6. c) 37.800

47
O local do evento tem 45 m x 240 m, que é igual a 10.800 m². A cada 2
m² tinha em média 7 pessoas, ao dividirmos a área total do local do evento por 2
m² e em seguida, multiplicarmos o resultado por 7, encontramos uma
aproximação de quantas pessoas haviam no evento. Observe as contas a
seguir:

10 .800 ÷ 2 = 5.400 ⋅ 7 = 37.800

Portanto, estavam presentes 37.800 pessoas neste evento.

7. a) 1.017,87 m² ->𝐴 = 𝜋𝑟 2

A área de uma circunferência é calculada pela seguinte fórmula:

𝐴 = 𝜋 ⋅ 𝑟2

Substituindo o raio por 18 m:

𝐴 = 𝜋 ⋅ (18 𝑚)2

𝐴 = 1.017,87 𝑚²

Portanto, a área desta praça é igual a 1.017,87 m².

As próximas questões possuem mais de uma forma de resolução, iremos apresentar


apenas uma delas.

8. Uma possível resposta:

Figura 42

Fonte: Os autores, 2020.

48
9. Uma possível resposta:

Figura 43

Fonte: Os autores, 2020.

10. Uma possível resposta:

Figura 44

Fonte: Os autores, 2020.

11. 18 u.a.

Observe que quando colamos e ajustamos a imagem no Geogebra


conseguimos ver exatamente quantos quadradinhos a figura possui.

Figura 4534

Fonte: Os autores, 2020.

49
Se o meio fosse pintado de azul, teríamos um retângulo. Portanto,
podemos calcular a área pedida fazendo a área do retângulo inteiro menos o
retângulo do meio, em branco.

Retângulo grande: 𝐴 = 4 ⋅ 7 = 28 𝑢. 𝑎.

Retângulo do meio: 𝐴 = 2 ⋅ 5 = 10 𝑢. 𝑎.

Portanto, a área da figura azul mede 18 u.a.

12. Resposta: 10 u.a.

Ao colarmos a imagem e ajustarmos ela no Geogebra encontramos o seguinte:

Figura 4635

Fonte: Os autores, 2020.

Agora imagem que as peças foram encaixadas da seguinte forma:

50
Figura 4736

Fonte: Os autores, 2020.

Para calcular esta área podemos separar em 3 polígonos que sabemos


calcular as suas áreas, sendo estes dois quadrados e um triângulo. Observe que
os dois quadrados possuem o mesmo tamanho, com o lado medindo 2 u.a.,
então a área de cada um deles é igual a 4 u.a. Se pensarmos em rotacionar o
triângulo, temos que sua base e sua altura medem 2 u.a, logo sua área é igual a
2 u.a.

Agora, basta somarmos as três áreas. Portanto, a área da figura dada é


igual a 10 u.a.

Atividade - Introdução ao teorema de Pick

Figura f i Área da Figura i + f/2 - 1

A 4 0 1 u.a. 0 + 4/2 - 1 = 1

B 3 0 1/2 u.a. 0 + 3/2 - 1 =1/ 2

C 6 0 2 u.a. 0 + 6/2 - 1 = 2

D 8 1 4 u.a. 1 + 8/2 - 1 = 4

E 6 0 2 u.a. 0 + 6/2 - 1 = 2

F 8 0 3 u.a. 0 + 8/2 - 1 = 3

G 9 1 4,5 u.a. 1 + 9/2 - 1 = 4,5

51
H 12 3 8 u.a. 3 + 12/2 - 1 = 8

I 4 1 2 u.a. 1 + 4/2 - 1 = 2

Atividade - Colocando em Prática

𝑓
1. 𝐴(𝑃) = + 𝐼 − 1
2

A quantidade de pontos na margem do polígono é 32 e no interior é 25, então


pelo Teorema de Pick, temos:

32
𝐴(𝑃) = + 25 − 1 = 40 𝑢. 𝑎.
2

𝑓
2. 𝐴(𝑃) = 𝐼 + −1
2

A quantidade de pontos na margem do polígono P é 32 e no interior é 76, então


pelo Teorema de Pick, temos:

32
𝐴(𝑃 ) = 76 + − 1 = 91 𝑢. 𝑎.
2
A quantidade de pontos na margem do polígono 𝑃1 é 22 e no interior é 33 ,
então pelo Teorema de Pick, temos:

𝑓1 22
𝐴(𝑃1 ) = 𝐼1 + − 1 = 33 + − 1 = 43 𝑢. 𝑎.
2 2
A quantidade de pontos na margem do polígono 𝑃2 é 22 e no interior é 38 ,
então pelo Teorema de Pick, temos:

𝑓2 22
𝐴(𝑃2 ) = 𝐼2 + − 1 = 38 + − 1 = 48 𝑢. 𝑎.
2 2
Então,

52
𝐴(𝑃) = 𝐴(𝑃1 ) + 𝐴(𝑃2 ) = 43 + 48 = 91 𝑢. 𝑎.

Atividade - Teorema de Pick e Funções

Exercício 1: Temos que o polígono ABC formado pelas retas dadas, possui 15 pontos
na margem e 6 pontos internos. Pelo Teorema de Pick:

15
𝐴= + 6 − 1 = 12,5 𝑢. 𝑎.
2

Exercício 2: Temos que a região formada pelas retas dadas, possui 12 pontos na
margem e 3 pontos internos. Pelo Teorema de Pick:

12
𝐴= + 3 − 1 = 8 𝑢. 𝑎.
2

Exercício 3: Temos que o polígono formado pelas retas dadas possui 15 pontos na
margem e 12 pontos internos. Pelo Teorema de Pick:

15
𝐴= + 12 − 1 = 18,5 𝑢. 𝑎.
2
Exercício 4: Temos que o polígono ABC formado pelas retas dadas possui 16 pontos
na margem e 17 pontos internos. Pelo Teorema de Pick:

16
𝐴= + 17 − 1 = 24 𝑢. 𝑎.
2

Atividade - Estimando o valor de π pelo Teorema de Pick

Polígono com 20 lados:

53
Figura 4837

Fonte: Os autores, 2020.

Pelo Teorema de Pick, temos

28
𝐴(𝑃) = + 241 − 1 = 254𝑢. 𝑎.
2

E então,

𝐴(𝑃) 254
𝜋≃ = 2 = 3,1358
𝑟2 9

54
REFERÊNCIAS

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Portuguesa. 1ª edição. São Paulo: Companhia Editora Nacional. 2008.

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MOISE, E. E.; DOWNS, F. L. Jr. Geometria Moderna. São Paulo: Edgar


Blucher, 1971.

SENTO-SÉ, Fabíola Caroline Luz. O teorema de Pick e algumas aplicações


para os Ensinos Fundamental II e Médio. 2016.

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37, n. 3, p. 203-213, 2015.

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FACCO, Sonia Regina. Conceito de Área: uma proposta de ensino-


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