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Discentes: Daniel Nunes, Enzo Alencar,

Lucas Alves, Nathan Martins e Weslley


Cavalcanti
“Engenheiros químicos não são pessoas
amáveis, pois gostam de altas temperaturas e
altas pressões.”
STEVE LEBLANC
▪ O barão Charles Cagniard de la Tour (1777-1859), em seus
estudos de acústica num digestor de Papin colocou uma
esfera de sílex num destes digestores semipreenchidos com
líquido. Ao girar o equipamento, um som característico era
observado toda vez que a esfera penetrava na interface
líquido-gás.

▪ De la Tour percebeu que ao se aquecer o sistema muito


acima do ponto de ebulição do líquido, o som desaparecia a
partir de uma determinada temperatura. A ausência de som
indicava que a interface líquido-gás havia se desfeito, não
havendo mais duas fases distintas, líquida e gasosa. Havia
apenas a fase fluida supercrítica. Esta observação marcou
historicamente a descoberta do estado fluido supercrítico.
▪ Fluido supercrítico é, portanto, toda substância que se encontra em condições de
pressão e temperatura superiores aos seus parâmetros críticos. Essa região é
melhor visualizada no diagrama de fases do CO2.
▪ No estado supercrítico, as substâncias possuem características intermediárias
entre as de um gás e de um líquido. Os fluidos supercríticos também apresentam
valores de densidade próximos ao de um líquido, o que caracteriza um excelente
solvente.
▪ A extração com fluido supercrítico consiste em uma forma
de extração onde o solvente líquido usual é substituído por
um fluido supercrítico, ou seja, uma substância em
condições de temperatura e pressão acima do ponto
crítico.
▪ Diversos compostos já foram estudados como solventes em
processos de extração supercrítica de produtos naturais.
Entretanto, a maioria deles, devido à toxicidade,
reatividade, possibilidade de explosão, dano ao meio
ambiente, alto custo ou condições supercríticas extremas
não chegou a ser adotada como solvente de escolha (Maul
et al., 1996; Smith, 1999).
▪ O dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2) tem
sido até os dias de hoje o solvente de escolha para
emprego em processos de extração por fluido
supercrítico de produtos naturais. Por possuir
temperatura e pressão críticas moderadas (31,04 °C e
72,8 bar, respectivamente) permite que a operação de
extração supercrítica ocorra a temperaturas mais
brandas, o que é um fator importante a considerar
quando se trabalha com produtos naturais, os quais
muitas vezes podem sofrer reações de degradação a
altas temperaturas.
▪ O seu status de tecnologia limpa. O solvente mais
comumente utilizado, o dióxido de carbono, é uma
substância inerte, não inflamável, que não agride o
ambiente é geralmente considerado seguro (GRAS –
Generally Regarded as Safe), que ao término do
processo de extração é volatilizado, uma vez que é um
gás em condições ambientes (Jarvis e Morgan, 1997;
Bhardwaj et al., 2010).
▪ A principal limitação da técnica de extração
supercrítica é o alto custo do investimento inicial
do equipamento, sendo normalmente apontada
como a razão pela qual ainda não existem plantas
industriais na América Latina.
▪ O SCF (Supercritical Fluids) é uma substância que está acima de sua temperatura e
pressão crítica, mas abaixo da pressão na qual ocorre a condensação, que a levaria
à formação de um sólido. No ponto crítico, em alta temperatura e pressão, a
substância pode existir tanto como vapor quanto como líquido. Assim, em um sistema
fechado, à medida que tanto a temperatura quanto a pressão aumentam, o líquido se
torna menos denso devido à expansão térmica, enquanto o gás se torna mais denso
à medida que a pressão aumenta. Dessa forma, as densidades de ambas as fases
convergem até se tornarem idênticas no ponto crítico. Nesse ponto, ambas as fases
se tornam indistinguíveis e um SCF é formado.
▪ O dióxido de carbono supercrítico (scCO2) oferece as vantagens de que a simples
despressurização leva à remoção do scCO2 residual, e assim, nenhum solvente
perigoso é produzido, proporcionando uma rota eficaz para a separação dos
produtos. Dessa forma, a síntese de compostos orgânicos pode ser realizada em
condições livres de solventes, o que leva a várias aplicações nas indústria.
▪ O interesse em Fluidos Supercríticos (SCFs) teve um crescimento explosivo nos
últimos anos, e grande parte desse crescimento está relacionado a reações químicas.
Esse forte interesse em SCFs e na condução de reações químicas neste meio tem
sido impulsionado pelas possíveis aplicações tecnológicas baseadas em SCFs.
Essas aplicações incluem catálise homogênea e heterogênea, polimerização,
tecnologias de tratamento de resíduos, conversão de carvão e biomassa em
combustíveis e produtos químicos, entre várias outras.
▪ Hidrogenação de Alquenos:
A hidrogenação assimétrica de alquenos pode ser realizada em dióxido de carbono
supercrítico (scCO2) usando um complexo de Ródio (Rh) quiral com boa
enantiosseletividade. O catalisador é dissolvido em scCO2 durante a reação, tornando
o processo homogêneo.
▪ Ciclopropanação:
O fluxo contínuo de dióxido de carbono supercrítico (scCO2) tem sido usado para a
ciclopropanação assimétrica usando um complexo quiral de Rutênio (Ru) imobilizado. A
reação foi relatada como 7,7 vezes mais eficiente em comparação com a realizada em
solvente de diclorometano. Além disso, a fácil separação do produto e por ser amigável
ao ambiente tornam o processo ainda mais atrativo.
▪ A secagem supercrítica é um
processo de remoção de solventes
de materiais utilizando um fluido
supercrítico como agente de
secagem.
▪ Durante a secagem supercrítica, o
material a ser seco é exposto a um
fluido supercrítico, que atua como
um solvente eficaz. O fluido penetra
nos poros do material e dissolve o
solvente presente, removendo-o
rapidamente.
▪ Descoberto em 1931 pelo engenheiro químico Steven
Kistler;
▪ Kistler percebeu que poderia substituir um líquido por
outro, imergindo a gelatina na solução que se deseja
preencher;
▪ Enquanto os géis húmidos eram previamente secos por
evaporação, Kistler aplicou uma nova técnica de secagem
supercrítica, segundo a qual, através de uma autoclave, o
líquido que impregnava os géis era removido após ser
transformado num fluido supercrítico.
▪ O aerogel é popularmente chamado de "fumaça congelada",
"ar sólido" ou "fumaça azul", principalmente devido à sua
natureza transluzente e a forma como a luz se espalha pelo
material.
▪ Dentre suas principais aplicações temos: isolamento
térmico, isolamento acústico, proteção contra incêndio,
filtração e purificação, e etc.
Secagem Supercrítica Secagem Convencional
▪ A secagem supercrítica permite uma remoção ▪ Quando uma substância é seca através de
rápida de solventes, preserva as propriedades do métodos normais de aplicação de calor e
material seco, oferece seletividade de solvente e pressão, a uma taxa limitada, a substância
é aplicável a uma ampla variedade de materiais, ultrapassa a barreira de líquido-gás,
incluindo produtos farmacêuticos, alimentos, ocorrendo mudanças de tensão capilar, o
polímeros e aerogéis. Além disso, os fluidos que faz com que a substância se desintegre.
supercríticos, como o CO 2, são geralmente Este processo de secagem afeta a tensão
considerados seguros e ambientalmente superficial global da substância, causando
amigáveis, tornando a secagem supercrítica uma delicadas estruturas que se quebram ou se
opção atrativa em termos de sustentabilidade. degeneram.
▪ Fluidos supercríticos são fluidos(líquidos e gasosos) em temperaturas e pressões
que permitem alcançar seus pontos críticos(o momento em que a substância
coexiste em seus estados líquido e gasoso); esses fluidos tem as qualidades e usos
de ambos líquidos e gases, e, são altamente compressíveis em seu estado crítico, o
que permite realizar a cristalização supercrítica.
▪ A cristalização supercrítica é um processo industrial que envolve o uso de fluidos
supercríticos, que estão em um estado particular de alta pressão e temperatura,
onde exibem propriedades intermediárias entre os estados gasoso e líquido.
Nesse processo, uma substância é dissolvida em um fluido supercrítico até formar
uma solução homogênea, e, em seguida, essa solução é resfriada ou aliviada da
pressão, induzindo a precipitação da substância em forma de cristais.
▪ A cristalização supercrítica utilizando dióxido de carbono virou o método alternativo preferencial
em processos convencionais, como a cristalização evaporativa e a cristalização antissolvente,
especialmente para o processamento de produtos farmacêuticos.
▪ A técnica permite obter partículas sólidas com tamanho controlado e alta pureza, tornando-a uma
alternativa valiosa para a produção de materiais e produtos de elevada qualidade.
▪ A demanda por tecnologias sustentáveis vem aumentando continuadamente devido as
consciências alimentar, ambiental e de toxicidade. Processos supercríticos tem mostrado
resultados que beneficiam esses interesses e portanto vem recebendo maior atenção da mídia
para elaboração dessa tecnologia no uso da mesma na produção geral e formação de partículas
específicas; com maior foco em aplicações farmacêuticas.
▪ Comparado ao processo convencional da utilização de solventes líquidos, menos etapas são
necessárias no uso da cristalização, o que ajuda a evitar um trabalho de filtração potencialmente
difícil e longo; E, o produto final fica livre de resíduos orgânicos de solventes.
▪ Indústria Farmacêutica: A cristalização supercrítica é amplamente utilizada na
produção de medicamentos; a técnica é útil na formulação de fármacos com
melhor solubilidade, estabilidade e tamanho controlado das partículas, o que
impacta diretamente na eficácia e pureza dos medicamentos.
▪ Indústria Alimentícia: Nessa indústria, a cristalização supercrítica é aplicada na
extração e purificação de compostos bioativos presentes em alimentos, tais quais
antioxidantes, vitaminas, aromas naturais, ingredientes funcionais e, a modificação
de estruturas em alimentos, afim de melhorar suas características sensoriais e
nutricionais.
▪ Indústria de Materiais: Na fabricação de materiais, a cristalização supercrítica é
empregada para produzir partículas com tamanhos e formas controladas. Isso é
especialmente relevante na síntese de materiais catalíticos e polímeros.
▪ Indústria de Cosméticos: Nessa área, a cristalização supercrítica é usada na
produção de cosméticos com ingredientes naturais, evitando o uso de solventes
orgânicos prejudiciais, que tendem a liberar resíduos.
PRECIPITAÇÃO DE UM POLÍMERO.

1 - Dióxido de carbono(CO2) dissolve o ingrediente


ativo e o material de revestimento. 3 – A diminuição da solubilidade
levam o material de revestimento e
2 - A válvula de expansão é aberta e o dióxido de o ingrediente ative a formarem
carbono reverte ao estado gasoso. microcápsulas cristalizadas.
ISSO É TUDO OBRIGADO PELA
PESSOAL! ATENÇÃO!

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