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GUARAPUAVA
2022
Dióxido de carbono (CO₂):
O dióxido de carbono, também conhecido como gás carbônico, é uma substância química
formada por dois átomos de oxigênio e um de carbono (CO₂). Um gás importante para o reino
vegetal, pois é essencial na realização do processo de fotossíntese das plantas, no qual ocorre
o processo de respiração (expiração) dos seres humanos e também na queima dos
combustíveis fósseis (gasolina, diesel, querosene, carvão mineral e vegetal)
Este gás é utilizado comercialmente em algumas bebidas alcoólicas, na fabricação de álcool
comum, utilizado como anestésicos em animais que vão para o abate, regulação do pH de
águas de aquário e também em extintores de incêndio.
Chamamos de gelo seco o gás carbônico em estado sólido. A molécula de gás carbônico
não possui estado líquido, portanto, ela sublima, passando do estado sólido para o estado
gasoso.
Se inalado em grande quantidade, pode provocar irritações nas vias aéreas, vômitos,
náuseas e até mesmo a morte por asfixia.
A grande quantidade de dióxido de carbono na atmosfera é prejudicial ao planeta, pois
ocasiona o efeito estufa e, por consequência, o aquecimento global, isso ocorre porque o CO₂
entre outros gases é capaz de absorver parte da radiação infravermelha emitida pela superfície
da Terra, evitando que elas escapem para o espaço, assim aumentando significativamente a
temperatura. Os desmatamentos e a queima de combustíveis fósseis são os principais
“culpados” pelo excesso de dióxido de carbono no planeta.
Estruturalmente o dióxido de carbono é constituído por moléculas de geometria linear e de
caráter apolar. Por isso as atrações intermoleculares são muito fracas, tornando-o um gás nas
condições ambientais.
C + O₂ — CO₂
O gás carbônico é um óxido ácido cuja forma molecular é CO₂. Em contato com água,
reage formando ácido carbônico (H₂CO₃). A reação ocorre nos dois sentidos e ao retirarmos a
água da molécula do ácido, temos novamente o gás carbônico ou anidrido carbônico.
O dióxido de carbono é apolar devido a geometria linear que faz com que o momento
dipolar resultante da molécula seja igual a zero.
Na molécula de CO₂, cada átomo de oxigênio divide dois elétrons com o átomo de
carbono. Sendo assim, podemos afirmar que, cada átomo de oxigênio, está ligado ao átomo de
carbono (central) por meio de ligações duplas.
A ligação dupla é composta por uma ligação sigma e uma pi. A ligação sigma está no
mesmo plano, enquanto a ligação pi é perpendicular ao plano.
O CO₂ apresenta hibridização do átomo de carbono do tipo sp, por apresentar duas
ligações duplas. Dessa forma, o carbono fica com quatro orbitais desemparelhados, podendo
realizar quatro ligações covalentes.
Gases supercríticos:
Erva-mate e cafeína:
Comentado um pouco sobre a erva mate, existe um outro produto da qual a cafeína é
extraída, o café. Retirar a cafeína se tornou uma meta das indústrias cafeeiras, pois quando
consumidas em pequenas quantidades, não traz prejuízos à saúde, mas em alguns casos, a sua
alta concentração pode trazer efeitos colaterais já citados anteriormente e em alguns casos há
pessoas que possuem certa aversão a essa substância. Atualmente, para ser chamado de
descafeinado, o café precisa ter mais de 97% da cafeína retirada, e como o café possui cerca
de 800 a 1500 compostos químicos diferentes, extrair de 1% a 2% de cafeína sem alterar o
sabor original do produto é bem complicado. Antigamente se utilizava o cloreto de metileno
para este processo, porém na década de 1980 o cloreto de metileno foi considerado
cancerígeno, desse modo se começaram a pesquisar outros métodos para a extração da
cafeína. Atualmente o método mais eficaz é utilizando fluido supercrítico, em especial o
CO2.
Na extração da cafeína com CO2 supercrítico, os grãos de café são umedecidos com o
objetivo de aumentar a porcentagem de água em seu interior, sendo assim, ocorre uma
expansão de volume que permite a abertura dos poros, o que facilita a extração da cafeína e
reduz o tempo de extração. Em seguida, os grãos são colocados em um extrator, onde
circula-se o estado supercrítico do CO2 no grão até solvatar a cafeína.
Após completar o ciclo de extração, separa-se a solução de cafeína mais CO2 no
estado supercrítico, essa separação é feita através da redução de pressão e aumento da
temperatura. E por fim, se separa a cafeína do dióxido de carbono utilizando carvão ativado.
A extração supercrítica possui diversas vantagens em relação às técnicas de extração
convencionais, pois ela dispensa o uso de solventes orgânicos, que são poluentes, e elimina a
etapa de separação solvente/extrato, uma etapa de elevado custo. O dióxido de carbono é um
dos mais recomendados devido a este gás ser inerte, de baixo custo e de fácil obtenção, sem
odor e não inflamável, além de ser adequado para extração de compostos sensíveis a altas
temperaturas. Como desvantagem, está o alto custo de investimentos e de manutenção, devido
à sua operação em alta pressão.
A cafeína extraída é vendida para fabricantes de refrigerantes e produtos
farmacêuticos, tendo efeito estimulante e diurético.
Referências bibliográficas:
ANKLAM, E., MULLER, A. Extraction of caffeine and vanillin from drugs by supercritical
carbon dioxide. Pharmazie, 1995