Você está na página 1de 41

CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL II

LIMITE, CONTINUIDADE E DERIVADA PARCIAL

PROFA. DRA. LUANA PAULA GOULART DE MENEZES


E-MAIL: LLUANAGOULART@GMAIL.COM
UNIDADE II

UNIDADE II

Nesta aula:

• Estudaremos os conceitos de limite, continuidade e derivada parcial para as funções de várias


variáveis.
UNIDADE II

CURVAS DE NÍVEL
UNIDADE II

CURVAS DE NÍVEL
UNIDADE II

CURVAS DE NÍVEL

𝑓 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 𝑥 + 𝑦 + 𝑧
UNIDADE II
UNIDADE II

LIMITES

• Seja 𝑓 uma função de uma variável definida sobre algum intervalo aberto que contém o número
𝑎, exceto possivelmente no próprio 𝑎. Então, 𝑓 tem limite 𝐿 no ponto 𝑎, e escrevemos

lim 𝑓(𝑥) = 𝐿,

se para todo 𝜀 > 0, existe 𝛿 > 0 tal que se 𝑥 ∈ 𝐷(𝑓) e 0 < 𝑥 − 𝑎 < 𝛿, então

𝑓(𝑥) − 𝐿 < 𝜀.
UNIDADE II

Figura 2.1: Interpretação geométrica do limite de uma função de duas variáveis


UNIDADE II

Para funções de uma variável, quando 𝑥 tende a 𝑎, temos apenas duas direções possíveis. O
ponto (ou número real) 𝑥 pode se aproximar de 𝑎 pela direita ou pela esquerda. Pelo que já estudamos,

sabemos que se 𝒍𝒊𝒎 𝒇 𝒙 ≠ 𝒍𝒊𝒎 𝒇 𝒙 , então 𝒍𝒊𝒎 𝒇 𝒙 não existe.


𝒙→𝒂 𝒙→𝒂 𝒙→𝒂
UNIDADE II

Para funções de uma variável, quando 𝑥 tende a 𝑎, temos apenas duas direções possíveis. O
ponto (ou número real) 𝑥 pode se aproximar de 𝑎 pela direita ou pela esquerda. Pelo que já estudamos,

sabemos que se 𝒍𝒊𝒎 𝒇 𝒙 ≠ 𝒍𝒊𝒎 𝒇 𝒙 , então 𝒍𝒊𝒎 𝒇 𝒙 não existe.


𝒙→𝒂 𝒙→𝒂 𝒙→𝒂

Mas, para as funções de várias variáveis, 𝑃 pode se aproximar de 𝐴 por uma quantidade infinita
de direções, logo existe uma quantidade infinita de maneiras de 𝑃 se aproximar de 𝐴. Seguindo o mesmo
pensamento dos limites laterais das funções de uma variável, temos que o limite de uma função 𝑓 de
várias variáveis existe se 𝑓 se aproxima do mesmo valor (mesmo limite) independentemente do modo
como 𝑃 se aproxima de 𝐴-
UNIDADE II

Exemplo 1: O limite lim existe?


, → ,
UNIDADE II
UNIDADE II

Exemplo 2: O limite lim existe?


, → ,
UNIDADE II
Exemplo 3: O limite lim existe?
, → ,
UNIDADE II
Suponha que lim 𝑓 𝑃 e lim 𝑔 𝑃 existem, então:
→ →

a) lim [𝑓 𝑃 ± 𝑔(𝑃)] = lim 𝑓 𝑃 ± lim 𝑔 𝑃 ;


→ → →

b) lim 𝑐 𝑓 𝑃 = 𝑐 lim 𝑓 𝑃 , para qualquer número real 𝑐;


→ →

c) lim [𝑓 𝑃 𝑔(𝑃)] = lim 𝑓 𝑃 lim 𝑔 𝑃 ;


→ → →

d) lim = →
, desde que lim 𝑔 𝑃 ≠ 0;
→ →

e) lim 𝑓 𝑃 = lim 𝑓 𝑃 , para qualquer número inteiro positivo 𝑛;


→ →

f) lim 𝑓(𝑃) = lim 𝑓 𝑃 , se lim 𝑓 𝑃 ≥ 0 e 𝑛 é um número inteiro positivo ou


→ → →

g) se lim 𝑓 𝑃 ≤ 0 e 𝑛 é um número inteiro positivo ímpar.



UNIDADE II
EXEMPLO 4:

Calcule lim (3𝑥 𝑦 + 𝑥 𝑦 − 2𝑥𝑦 + 4).


, → ,
UNIDADE II
EXEMPLO 5:

Mostre que lim =− .


, → ,
UNIDADE II

Sabemos que, se 𝑓 é uma função de uma variável continua em 𝑎 ∈ 𝐷(𝑓), então

lim 𝑓 𝑥 = 𝑓(𝑎) .

Isto é, o limite de 𝑓(𝑥) quando 𝑥 tende a 𝑎 existe e é igual a 𝑓(𝑎).


UNIDADE II

Para funções de várias variáveis estendemos este conceito, mais precisamente: dada uma
função 𝑓 de várias variáveis e 𝐴 ∈ 𝐷(𝑓) um ponto de acumulação de 𝐷(𝑓), dizemos que 𝑓 é
contínua em 𝐴 se

lim 𝑓 𝑃 = 𝑓(𝐴) ,

ou seja, o limite de 𝑓(𝑃) quando 𝑃 tende a 𝐴 existe e é igual a 𝑓(𝐴).


UNIDADE II

Dizemos que uma função de várias variáveis 𝑓 é contínua em 𝐷(𝑓) se 𝑓 for contínua em todo
ponto 𝐴 ∈ 𝐷(𝑓).
UNIDADE II

EXEMPLO 6:

A função 𝑓 𝑥, 𝑦 = 3𝑥 + 2𝑦 é contínua em (1,2).


UNIDADE II

, (𝑥, 𝑦) ≠ (0,0)
EXEMPLO 7: Verifique se a função 𝑓 𝑥, 𝑦 = é contínua em (0,0).
0, 𝑥, 𝑦 = (0,0)
UNIDADE II

EXEMPLO 8: Verifique para quais pontos a função 𝑓 𝑥, 𝑦 = é contínua.


UNIDADE II

EXEMPLO 9: A função ℎ 𝑥, 𝑦, 𝑧 = é contínua em ℝ ?


UNIDADE II

DERIVADAS

Considere a função 𝒛 = 𝒇(𝒙, 𝒚), vamos derivar uma variável por vez, enquanto a outra se manterá fixa.
Assim, se derivamos a função em relação a x, manteremos 𝒚 constante.

( , )

Da mesma maneira, se derivamos a função em 𝑦, 𝒙 se manterá constante.


UNIDADE II

Podemos representar a derivada parcial através da seguinte notação:

𝜕𝑧 𝜕𝑓(𝑥, 𝑦)
= = 𝑓 (𝑥, 𝑦)
𝜕𝑥 𝜕𝑥

Analogamente, usamos a notação 𝑓 (𝑥, 𝑦) para derivada parcial em 𝑦.


UNIDADE II

Interpretação de Derivadas Parciais

A partir do cálculo das derivadas parciais, podemos interpretar geometricamente os valores obtidos. Assim,
se temos a mesma função 𝒛 = 𝒇(𝒙, 𝒚), podemos representá-la em uma superfície .

Considerando um ponto nessa superfície, podemos fixar uma das variáveis e traçar um plano. A partir
desse plano, é possível traçar uma curva de intersecção que passe pelo ponto, onde os valores variam em
todas as variáveis menos na que foi fixada. Com isso, podemos traçar uma reta tangente e representar da
seguinte forma:
UNIDADE II
UNIDADE II
UNIDADE II
UNIDADE II
UNIDADE II
UNIDADE II
UNIDADE II

Para regiões não contínuas da derivada, utilizamos um limite para calculá-las. Assim, para derivar
uma função em um ponto que não pertence ao domínio dela, aplicamos o limite da seguinte maneira:

𝜕𝑓(𝑥 , 𝑦 ) 𝑓 𝑥, 𝑦 − 𝑓(𝑥 , 𝑦 )
= lim
𝜕𝑥 → 𝑥−𝑥

𝜕𝑓(𝑥 , 𝑦 ) 𝑓 𝑥 , 𝑦 − 𝑓(𝑥 , 𝑦 )
= lim
𝜕𝑦 → 𝑦−𝑦
UNIDADE II
Exemplo 1:

Vamos considerar a função 𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑥 − 2𝑥𝑦 + 3𝑦 . Primeiro podemos calcular a derivada parcial


em 𝒙 𝑓 𝑥, 𝑦 .

Analogamente, calculamos a derivada parcial em 𝒚.

Como a derivada é polinomial, ela é contínua em todos os pontos 𝑥, 𝑦 ∈ ℝ . Assim, se queremos


saber o valor da derivada em um ponto (1, 1), por exemplo, é só substituir as coordenadas do ponto
nas derivadas parciais encontradas.
UNIDADE II

Exemplo 3: Vamos calcular as derivadas de segunda ordem de 𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑥 − 2𝑥𝑦 + 3𝑦 .


UNIDADE II

Observação:

Se 𝑓, 𝑓 e𝑓 são contínuas em um ponto (𝑎, 𝑏), podemos afirmar que:

𝑓 𝑎, 𝑏 = 𝑓 (𝑎, 𝑏)

(Teorema de Clairaut)
UNIDADE II

Seguindo o pensamento do Teorema de Clairaut, surge um questionamento natural: é válido


que as derivadas parciais de terceira ordem mista são iguais?

A resposta é positiva, temos que é válido

𝑓 =𝑓 = 𝑓

𝑓 = 𝑓 = 𝑓 ,

desde que essas funções forem contínuas.


UNIDADE II

Existem outras notações para derivada parcial de segunda ordem, dentre elas:

𝑓 =𝑓 = =

𝑓 =𝑓 = =

𝑓 =𝑓 = =

𝑓 =𝑓 = =
Exemplo: Se 𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑥 + 𝑥 𝑦 − 2𝑦² , determine

a) 𝑓 2, 1

b) 𝑓 (2, 1)

Você também pode gostar