Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ISSN: 23172622
* Doutor e mestre em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Professor da
Faculdade de Direito do Sul de Minas. Procurador-Geral do Município de Pouso Alegre. E-mail: demetriusbeltrao@
uol.com.br
** Mestre em Direito pela Faculdade de Direito do Sul de Minas (linha Constitucionalismo e Democracia). Subprocu-
rador-geral do Município de Pouso Alegre. E-mail: henriquecassalhoguimaraes@gmail.com
Revista direito mackenzie
2 2018 | v. 12 | n. 2 | p. 1-17 | ISSN 2317-2622. http://dx.doi.org/10.5935/2317-2622/direitomackenzie.v12n2e11973
1. Introdução
Ao ver o título deste artigo, o leitor pode se indagar: Por que estudar dogmática jurídica
hoje? Em tempos de singularidades incomunicáveis; de casos concretos dotados de racio-
nalidade própria; em uma sociedade complexa incompatível com a noção de dogmas abs-
tratos e universais – que no mais das vezes reduzem a paisagem jurídica a uma forma in-
devidamente simples e simplista; diante de sofisticadas teorias argumentativas acerca da
decisão judicial. Nesse cenário, qual é a relevância do pensamento jurídico-dogmático?
A princípio, deve ser relevado o fato de que a dogmática jurídica cravou profundas
raízes no ensino jurídico brasileiro e na praxe forense. Por mais de um século é ela a
principal responsável pela linguagem, racionalidade e identidade do direito no Brasil.
Esse legado é perceptível, verbi gratia, quando se verifica que, ainda na atualidade, juristas,
Revista direito mackenzie
2018 | v. 12 | n. 2 | p. 1-17 | ISSN 2317-2622. http://dx.doi.org/10.5935/2317-2622/direitomackenzie.v12n2e11973 3
DOGMÁTICA JURÍDICA:
NOTAS PARA REFLEXÃO
1 “A mano a mano che la tranquillità e sicurezza dei fedeli lo richiedeva, minacciata dai dissensi e dagli errori dottrinali, la
Chiesa ha dovuto per mezzo di vescovi o di concilî pronunciare i suoi giudizî; e solo quando si è avuto un certo numero di
dogmi chiaramente definiti, si sono potuti organizzare in un unico sistema dottrinale, e così è nata l’idea dell’ortodossia e si è
fissata la regola comune (κάνων) della verità” (FRACASSINI; ROSA, 2018).
Revista direito mackenzie
2018 | v. 12 | n. 2 | p. 1-17 | ISSN 2317-2622. http://dx.doi.org/10.5935/2317-2622/direitomackenzie.v12n2e11973 5
DOGMÁTICA JURÍDICA:
NOTAS PARA REFLEXÃO
2 “Da sistematização dos dogmas ocupa-se a teologia dogmática que mais tarde se transformará na teologia sistemá-
tica: foi justamente a partir dela que a história semântica de ‘sistema’ extraiu os exemplos mais numerosos e signi-
ficativos, que frequentemente constituíram modelos para outras disciplinas, entre as quais o direito” (LOSANO,
2008, p. 294).
Revista direito mackenzie
6 2018 | v. 12 | n. 2 | p. 1-17 | ISSN 2317-2622. http://dx.doi.org/10.5935/2317-2622/direitomackenzie.v12n2e11973
3 Niklas Luhmann (1983, p. 28) ressalva que os sociólogos não ignoram que algo em si e por si arbitrário não existe, e
sabem também que toda comunicação humana pressupõe a não negação.
Revista direito mackenzie
2018 | v. 12 | n. 2 | p. 1-17 | ISSN 2317-2622. http://dx.doi.org/10.5935/2317-2622/direitomackenzie.v12n2e11973 7
DOGMÁTICA JURÍDICA:
NOTAS PARA REFLEXÃO
jurídico reivindica essa atitude, sendo inolvidável que a dogmática é uma técnica desti-
nada à ordenação de determinado objeto, pretendendo estabilizar a matéria tratada. Se
assim o é, para a exposição ordenada do direito necessária se faz a observância de certos
requisitos a fim de extrair uma conclusão lógica dos dogmas.
Importa, pois, vislumbrar coerentemente o material jurídico, com vistas a se efe-
tivar outra característica fundamental: “a dogmática jurídica sempre envolve uma
questão de decidibilidade” (FERRAZ JÚNIOR, 2015, p. 82). E, para decidir racional-
mente, é imperativo que haja certa ordenação no sistema jurídico. “El surgimiento de la
dogmática, presupone un cierto nivel de organización del sistema jurídico, en concreto la posi-
bilidad de tomar decisiones vinculantes acerca de cuestiones jurídicas” (LUHMANN, 1983,
p. 31). Segundo Niklas Luhmann (1983, p. 34): “La dogmática jurídica define dentro del
marco de esta función las condiciones de lo jurídicamente posible, en concreto las posibilidades
de la construcción jurídica de casos jurídicos”.
Desta conclusão se extrai que a determinação do ponto de que se parte não é o su-
ficiente. O esforço dogmático em relação à atividade do jurista prático concentra-se em
dois limites: o dogma, considerado como ponto de partida indiscutível; e o obrigatório
ponto de chegada, a resolução do caso concreto (LOSANO, 2008, p. 297). Daí a exigência
metódica da dogmática, que busca uma resposta aos problemas da praxe jurídica com
base em suas fontes, não dando margens a digressões didáticas ou voos filosóficos, o
que poderia criar um ambiente assistemático, de instabilidade e irracionalidade.
Técnicas como conceitualização, classificação, princípios, aforismas, institui-
ções, entre outras desenvolvidas pela dogmática não são inócuas, mas ligadas direta-
mente à necessidade de compor, delinear e circunscrever procedimentos que condu-
zem a autoridade à tomada de decisão. Nesse sentido, as questões dogmáticas têm uma
função diretiva explícita, visando possibilitar uma decisão e orientar a ação. Tem por
escopo a viabilização das condições do juridicamente possível (FERRAZ JÚNIOR, 2015,
p. 90 et seq.).
Para além de ser uma atividade pretensamente objetiva e rigorosa que, mediante
uma elaboração racional das normas vigentes, explicita coerência, buscando mostrar
a estrutura lógica inerente ao direito positivo (WARAT, 2002, p. 41), o pensamento
dogmático tenciona fornecer balizas decisórias. A dogmática jurídica, convém recor-
dar, ganha relevo na modernidade por sua aspiração sistemática de abarcar todos os
fenômenos sociais, supondo que seriam passíveis de solução pela manipulação das
normas jurídicas, tomando como referência a atividade jurisdicional (RODRIGUEZ;
PÜSCHEL; MACHADO, 2012, p. 35).
Revista direito mackenzie
8 2018 | v. 12 | n. 2 | p. 1-17 | ISSN 2317-2622. http://dx.doi.org/10.5935/2317-2622/direitomackenzie.v12n2e11973
4. Notas conceituais
Embora tenhamos traçado algumas linhas que caracterizam o pensamento dogmáti-
co, é oportuno destacar que a dogmática jurídica é conceitualmente complexa, encon-
trando-se divergências entre os teorizadores dessa temática. Nas lições de Vera Regina
Pereira de Andrade (2003, p. 29). Trata-se não apenas de um conceito histórico, mas de
um conceito essencialmente complexo”.
O vocábulo em exame, por seu uso indiscriminado, chega a denotar aspectos an-
tagônicos, podendo o leitor desavisado vir a incorrer em uma equivocada compreensão
da matéria se não souber distinguir as variadas incorporações de sentido que ela sofreu
ao longo da história e em diversos autores4. Em face disso, é impreterível aclarar o que
compreendemos por dogmática jurídica, mas antes se julga pertinente evidenciar al-
guns significados que podem ser encontrados na literatura jurídica nacional.
Ao discorrer sobre o tema, Miguel Reale (1992, p. 124) compreende haver funda-
mentalmente quatro posições atribuíveis à dogmática jurídica, reconhecendo que cada
uma das posições apontadas comporta variantes e particularidades de singular alcance.
A primeira posição é ocupada pelos que pura e simplesmente a repudiam, consideran-
do-a como uma fase de compreensão não problemática da experiência jurídica, por
isso, uma etapa superada pela ciência do direito. Outra colocação dada à dogmática ju-
rídica é a que a identifica como arte ou técnica jurídica, reconhecendo sua manifestação
como processo técnico-operacional em relação ao qual o jurista deve se subordinar. A
terceira acepção amplia significativamente a posição anterior, considerando a juris-
prudência como a ciência dogmática do direito. Por fim, há os que a concebem como
momento culminante da ciência do direito, enquanto determina e sistematiza concei-
tos necessários à compreensão dos modelos normativos que estruturam a experiência
jurídica, ao passo que indaga as condições de realização desses modelos no campo da
atividade jurisdicional.
Tomando partido diante das diversas veredas relacionadas à dogmática jurídica,
o autor a entende como o auge da ciência do direito na plenitude de sua existência – sob
a perspectiva da regra já posta (ex post norma), momento em que a experiência jurídica
projeta-se como efetivo sistema jurídico, “como horizonte de sua objetividade, e o
horizonte não se põe jamais como limite definitivo, mas é linha móvel a projetar-se
sempre à frente do observador em marcha” (REALE, 1992, p. 145).
4 Esse é um dos motivos que levam Hugo de Brito Machado Segundo (2008) a recomendar a abolição dessa no
menclatura.
Revista direito mackenzie
2018 | v. 12 | n. 2 | p. 1-17 | ISSN 2317-2622. http://dx.doi.org/10.5935/2317-2622/direitomackenzie.v12n2e11973 9
DOGMÁTICA JURÍDICA:
NOTAS PARA REFLEXÃO
5 Como expõe Luis Alberto Warat (2004, p. 173): “o que se olha não é outra coisa senão o caminho percorrido. Subli-
nhar algum contorno substancial, um tom, uma cor, uma atmosfera predominante. É como dizer: forcem a memó-
ria para alcançar uma perspectiva; façam o jogo para apostar no futuro. Olhar é sempre um esforço para obter, desde
o presente, sentidos para o passado; seria aquela releitura que trata de evitar que o nosso desejo repita o passado no
presente, que é sempre uma forma de tentar eliminar o presente pela melancolia de não aceitá-lo como diferente”.
6 Nesse mesmo sentido é o entendimento de Eros Roberto Grau (2003, p. 38), para quem a “dogmática tem por objeto
o estudo de problemas jurídicos, a serem resolvidos mediante a aplicação, sobre as situações a que respeitam, das
normas desse direito. Está voltada, assim, à indicação de critérios a serem adotados para a solução de litígios”.
Revista direito mackenzie
10 2018 | v. 12 | n. 2 | p. 1-17 | ISSN 2317-2622. http://dx.doi.org/10.5935/2317-2622/direitomackenzie.v12n2e11973
7 Desse entendimento parece não destoar Luis Alberto Warat (2004, p. 173), ao dizer que “la dogmática es una actividad
consagrada al estudio de la argumentación, con la cual quiere justificar o legitimar, apoyar o sugerir una solución o una deci-
sión. Se trataría de una actividad, preocupada en saber ‘como’ hacer, pero no en saber ‘porque’”.
Revista direito mackenzie
2018 | v. 12 | n. 2 | p. 1-17 | ISSN 2317-2622. http://dx.doi.org/10.5935/2317-2622/direitomackenzie.v12n2e11973 11
DOGMÁTICA JURÍDICA:
NOTAS PARA REFLEXÃO
5. Alinhando horizontes
Nesta altura da pesquisa, convém definir certos matizes da dogmática jurídica, o que
optamos por fazer a partir de diferenciações, a começar por aquela que encerra o tópico
anterior. Se positivismo jurídico e dogmática jurídica caminhavam pari passu na con-
cepção racionalista da modernidade europeia oitocentista – sendo compreendidos
como sinônimos –, o mesmo não se pode dizer de sua corrente acepção. Não se nega que
a dogmática jurídica nasce marcada pelo fenômeno da positivação, e é sobre este campo
que ela se move, é o direito positivo também o seu objeto. Mas isso não equivale a dizer
que a dogmática seja por essência positivista (muito embora seja verdadeiro o inverso).
Até porque, se o século XIX entendeu ingenuamente o direito como norma posta e a
positivação como uma relação causal entre a vontade do legislador, “o século XX apren-
deu rapidamente que o direito positivo não é criação da decisão legislativa (relação de
causalidade), mas surge da imputação da validade do direito a certas decisões” (FERRAZ
JÚNIOR, 2015, p. 43, grifos do autor).
O formalismo positivista do final do século XVIII e início do XIX inspirou-se
grandemente na evolução das ciências naturais, influenciado por correntes como o em-
pirismo baconiano e o racionalismo cartesiano. Elevando as ciências da natureza como
modelo epistemológico, criou-se a convicção de que todo o saber válido deve se pautar
na observação das coisas, na realidade empírica, na facticidade posta (positiva). Para
alcançar a dignidade de uma ciência, o saber jurídico devia, então, ter por objeto coisas
positivas8 e não argumentos de autoridade (teológica ou acadêmica) ou especulações
8 É digno de nota que o que se entendeu por “coisa positiva” variou drasticamente entre as diversas escolas do pensa-
mento. Para uns, positivista é apenas a lei (positivismo legalista). Outros entendiam como positivo o direito plasma-
do na vida, nas instituições ou no espírito do povo (positivismo culturalista). Ainda havia os que identificavam o
positivismo nas regras das novas ciências da sociedade (positivismo sociológico) ou nos conceitos jurídicos (positi-
vismo conceitual). Enfim, várias são as correntes positivistas, o que não impede de identificá-las genericamente
como positivismo em razão de traços comuns (HESPANHA, 2012, p. 399).
Revista direito mackenzie
12 2018 | v. 12 | n. 2 | p. 1-17 | ISSN 2317-2622. http://dx.doi.org/10.5935/2317-2622/direitomackenzie.v12n2e11973
DOGMÁTICA JURÍDICA:
NOTAS PARA REFLEXÃO
pelo porquê é seu dever; a tecnologia dogmática, por sua vez, perquire respostas, busca a
resolução de conflitos (por óbvio que não coaduna com uma resposta vazia, destituída
de legitimidade e expectativas, mas a sua verdadeira finalidade não pode se perder nos
fundamentos que subjazem naquilo que se espera por uma legítima resposta, tal como
o ideal da justiça).
Mas a premissa de que dogmática e ciência jurídica não são a mesma coisa não con-
verge a uma noção de que o pensamento tecnológico é um rival da ciência. Ao revés, a
dogmática como tecnologia não só integra como também complementa a ciência do di-
reito, “realizando operações transformadoras consistentes na relevância atribuída a
certas conclusões das teorias científicas para a solução de problemas práticos” (FERRAZ
JÚNIOR, 2015, p. 88). A dogmática jurídica respeita certas premissas da ciência, e seu
esforço é no sentido de implementá-las junto aos sistemas normativos vigentes. Exem-
plo disso é a inter-relação entre a criminologia e a dogmática do direito penal9.
6. À guisa de conclusão
O pensamento dogmático é um campo de investigação largamente incompreendido.
Indicativo disso se tem no fato de que, para muitos, ele é tido como ultrapassado e,
para tantos outros, simplesmente ignorado. Ao olhar a dogmática jurídica mais aten-
tamente, entretanto, percebe-se que pior do que as insuficiências que a permeiam é a
9 Aquilatando este breve cotejo, relevante são as seguintes lições (que, sem dúvida, compensam tamanha transcri-
ção): “A mera técnica jurídica que, é verdade, alguns costumam confundir com a Ciência do Direito, e que corres-
ponde à atividade jurisdicional no sentido amplo – trabalho dos advogados, juízes, promotores, legisladores, pare-
ceristas e outros –, é um dado importante, mas não é a própria ciência. Esta se constitui como uma arquitetônica de
modelos, no sentido aristotélico do termo, ou seja, como uma atividade que os subordina entre si tendo em vista o
problema da decidibilidade (e não de uma decisão concreta). Como, porém, a decidibilidade é um problema e não
uma solução, uma questão aberta e não um critério fechado, dominada que está por aporias como as da justiça,
da utilidade, da certeza, da legitimidade, da eficiência, da legalidade etc., a arquitetônica jurídica (combinatória de
modelos) depende do modo como colocamos os problemas. Como os problemas se caracterizam como ausência
de uma solução, abertura para diversas alternativas possíveis, a ciência jurídica se nos depara com um espectro de
teorias, às vezes até mesmo incompatíveis, que guardam sua unidade no ponto de sua partida. Como essas teorias
têm uma função social e uma natureza tecnológica, elas não constituem meras explicações dos fenômenos, mas se
tornam, na prática, doutrina, isto é, elas ensinam e dizem como deve ser feito. O agrupamento de doutrinas em cor-
pos mais ou menos homogêneos é que transforma, por fim, a Ciência do Direito em Dogmática Jurídica. Dogmática
é, nesse sentido, um corpo de doutrinas, de teorias que têm sua função básica em um ‘docere’ (ensinar). Ora, é justa-
mente este ‘docere’ que delimita as possibilidades abertas pela questão da decidibilidade, proporcionando certo
‘fechamento’ no critério de combinação dos modelos. A arquitetônica jurídica depende, assim, do modo como co-
locamos os problemas, mas esse modo está adstrito ao ‘docere’. A Ciência Jurídica coloca problemas para ensinar.
Isso a diferencia de outras formas de abordagem do fenômeno jurídico, como a Sociologia, a Psicologia, a História,
a Antropologia etc., que colocam problemas e constituem modelos cuja intenção é muito mais explicativa. Enquan-
to o cientista do Direito se sente vinculado, na colocação dos problemas, a uma proposta de solução, possível e
viável, os demais podem inclusive suspender o seu juízo, colocando questões para deixá-las em aberto” (FERRAZ
JÚNIOR, 2007, p. 107-108, grifos do autor).
Revista direito mackenzie
2018 | v. 12 | n. 2 | p. 1-17 | ISSN 2317-2622. http://dx.doi.org/10.5935/2317-2622/direitomackenzie.v12n2e11973 15
DOGMÁTICA JURÍDICA:
NOTAS PARA REFLEXÃO
10 Essa confusão entre a prática profissional, a pesquisa em direito e o ensino no Brasil também é percebida por Lenio
Streck (2016, p. 33), que critica a simbiose entre ensino-doutrina-concursos.
Revista direito mackenzie
16 2018 | v. 12 | n. 2 | p. 1-17 | ISSN 2317-2622. http://dx.doi.org/10.5935/2317-2622/direitomackenzie.v12n2e11973
R E F E R Ê N C I AS
ABBAGNANO, N. Dicionário de filosofia. Tradução Alfredo Bossi. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes,
2007.
ANDRADE, V. R. P. de. Dogmática jurídica: escorço de sua configuração e identidade. 2. ed. Porto
Alegre: Livraria do Advogado, 2003.
BOBBIO, N. O positivismo jurídico. Tradução Márcio Pugliesi, Edson Bini e Carlos Rodrigues. São
Paulo: Ícone, 1995.
CANOTILHO, J. J. G. Direito constitucional e teoria da constituição. 7. ed. Coimbra: Almedina, 2003.
COELHO, F. U. Direito e poder: ensaio de epistemologia jurídica. São Paulo: Saraiva, 2005.
FERRAZ JÚNIOR, T. S. Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão, dominação. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 2007.
FERRAZ JÚNIOR, T. S. Função social da dogmática jurídica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
FERRAZ JÚNIOR, T. S.; MARANHÃO, J. S. de A. Função pragmática da justiça na hermenêutica jurí-
dica: lógica do ou no direito? Revista do Instituto de Hermenêutica Jurídica, v. 1, p. 273-318, 2007.
FRACASSINI, U.; ROSA, E. Dogma. Disponível em: http://www.treccani.it/enciclopedia/dogma_
(Enciclopedia-Italiana)/. Acesso em: 3 fev. 2018.
GRAU, E. R. O direito posto e o direito pressuposto. 5. ed. São Paulo: Malheiros, 2003.
HESPANHA, A. M. Cultura jurídica europeia: síntese de um milénio. Coimbra: Almedina, 2012.
LOSANO, M. Sistema e estrutura do direito: das origens à escola histórica. Tradução Carlo Alberto
Dastoli. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
Revista direito mackenzie
2018 | v. 12 | n. 2 | p. 1-17 | ISSN 2317-2622. http://dx.doi.org/10.5935/2317-2622/direitomackenzie.v12n2e11973 17
DOGMÁTICA JURÍDICA:
NOTAS PARA REFLEXÃO