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Platão acreditava que se nós seres humanos quisermos viver uma boa vida, nós temos que

fazer de td para que a racionalidade governe as nossas emoções. Tb acreditava que qd nós
julgamos certo e errado, se quisermos julgar bem, a racionalidade deve tomar as rédeas do
julgamento.
Já David Hume (no século 18) disse que na verdade a razão é escrava das paixões e emoções.
Hoje o julgamento é a regra comum na sociedade. Todos julgam o tempo todo, seja a sua
roupa, seu carro, seu modo de trabalho, seu cabelo, etc.
Exemplos de estudos:
Julia e Marcos, irmãos que fazem sexo. Ela toma anticoncepcional e usaram preservativo. Eles
viram que depois disso eles se aproximaram ainda mais e concluíram que a relação deles ficou
melhor mas decidiram não contar a ninguém e não repetir mais.
1. Vc faria?; 2. Vc acha errado?; 3. Se eles fossem seus primos, vc passaria a olhar para eles de
maneira diferente ou mudaria a forma e frequência de convivência com eles?; 4.Pq?
As pessoas tendem a condenar mas ñ conseguem encontrar justificativas.

Alexandre que faz sexo com o frango, depois assa e come.


1. Vc faria?; 2. Vc acha errado?; 3. Se fosse um amigo seu, vc passaria a olhar para eles de
maneira diferente?; 4.Pq?
Racionalmente acredita-se que ñ tem problema no que ele fez, mas confirmam que não
lidariam com ele como lidavam antes de saber do fato. (julgamento moral)
Ao ouvir essa história surge uma emoção negativa, uma certa repulsa. É mt rápido,
automático.

Vc está em frente a um trilho de trem com 5 pessoas amarradas. Há uma bifurcação e uma
alavanca para mudar de um trilho para o outro. No outro trilho só tem uma pessoa.
Variação: Vc está em cima de uma ponte sob a qual passa o trem que matará 5 pessoas que
estão amarradas lá na frente. Ao seu lado de um cara mt grande, com o corpo meio pra fora da
ponte observando o que está acontecendo. Se vc der um empurrãozinho ele cai no trilho e
freia o trem a tempo de salvar os 5 que estão mais a frente.
Fosse um robot programado para salvar o máximo de vidas possível, empurraria o grandão...
mas nós seres humanos não olhamos somente para números.
Quando vc tá no dilema de empurrar ou não, essas estruturas abaixo ficam hiperativadas e
elas estão envolvidas em carregar as nossas decisões com emoção. Há mais emoção envolvida
em empurrar o grandão do que puxar a alavanca. Sua intuição te diz que empurrar o cara é
errado.
As emoções são largamente inconscientes. Prova: Agora ao invés de 5 desconhecidos, estão
amarrados 5 familiares seus. Variável emocional envolvida no dilema -> família
Sendo a sua família, no julgamento rapidamente passou a ser certo e aceitável empurrar o
grandão.
Característica do cérebro em julgamento: Os estudos neurocientíficos mostram que 1º vem
intuição automática e inconsciente, imediata. E só depois vem o raciocínio.

Evidência científica:
1ª Associação implícita (priming), engatilhamento emocional - instantaneamente olhar para
um estímulo, pode te engatilhar emocionalmente, positiva ou negativamente. Os testes
mostram que todos nós somos preconceituosos de maneira inconsciente, por associações
implícitas. Basta ouvir uma palavra ou ver uma imagem ou alguém para que o nosso cérebro
faça associações e colocar aquilo como positivo ou negativo. Não existe estado neutro no
cérebro humano. E isso é extremamente saudável.
O psicopata pula a fase intuitiva e vai direto para o racional somente. Ele não sente empatia e
carinho. Ele tende a ter um processo de julgamento moral mt perigoso devido à ausência de
sentir a emoção.
Qd vc segura o copo de café quente, isso produz uma emoção de calor e por isso interfere no
seu julgamento sobre uma pessoa ser fria ou calorosa.
Tome mt cuidado de iniciar discussões qd vc já está com raiva pois isso vai influenciar... sua
discussão pode ficar completamente manchada
Evitar lugares, contextos, coisas ao seu redor que provoquem emoções fortes se vc quiser ter
conversas mais racionais. Isso pode sim influenciar seus julgamentos e decisões.
Sempre que houver um contexto que engatilhe emocionalmente, te gere uma emoção positiva
ou negativa, isso vai sim influenciar o seu julgamento e tomada de decisões pois sempre
partimos de uma intuição automática que já vai estar afetada pelo contexto que te envolve.
As sensações implicam os julgamentos do momento. Estudos:
- Estudos sobre associação implícita e preconceitos: Huajian, C. (2003). A Review On Implicit
Association Test [J]. Advances in Psychological Science, 3.
- Cheiros e julgamentos: Schnall, S. et al. (2008). Disgust as embodied moral judgment.
Personality and social psychology bulletin, 34(8), 1096-1109.
- Hipnose e julgamentos: Wheatley, T., & Haidt, J. (2005). Hypnotic disgust makes moral
judgments more severe. Psychological science, 16(10), 780-784.
Pegaram um grupo de pessoas e hipnotizaram, associando uma palavra ao sentimento de
nojo. Metade qd ouviam a palavra "recebe" elas sentiam nojo. A outra metade qd ouve a
palavra "aceita" sente nojo.
História: Milton, político, recebe propina. Trabalha arduamente e trouxe vários benefícios à
comunidade.
- Inclinações conservadoras quando próximo a um higienizador de mãos: Helzer, E. G., &
Pizarro, D. A. (2011). Dirty liberals! Reminders of physical cleanliness influence moral and
political attitudes. Psychological science, 22(4)

2ª Estudos com bebês

O cérebro humano faz julgamentos morais o tempo inteiro. O cérebro faz isso de maneira
intuitiva e automática, sem nosso controle. Metáfora do elefante (Haidt). Toda mudança nos
julgamentos morais costuma ser gradual, treinando esse elefante. O raciocínio que vem depois
dos julgamentos intuitivos, na maioria das vezes ñ serve para criticar esses pensamentos
automáticos. O raciocínio na maioria das vezes é um advogado da intuição, ele busca
justificativas para corroborar a intuição automática. Buscando coisas que comprovam (viés de
confirmação) as suas crenças anteriores e refutam o que vai contra suas crenças.
Pra vc enriquecer seu pensamento, vc precisa encontrar ideias diferentes das que vc já tem. O
mundo que só te promove ideias que vc já tem, está te emburrecendo.
Os julgamentos morais partem inicialmente de uma intuição automática e depois disso vem o
raciocínio, advogado, que na maioria das vezes surge para justificar as nossas intuições
emocionais e automáticas.
Portanto há de se contestar ou ao menos refletir sobre a inteligência artificial que te leva a ver
mt mais coisas que vão ao encontro das suas crenças e ñ o contrário, pois o youtube, google e
facebook querem que vc fique mais tempo utilizando suas páginas.

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