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Capítulo IX
CURVAS
CARACTERÍSTICAS DAS
MÁQUINAS SÍNCRONAS
2
2. LUGAR GEOMÉTRICO DA CORRENTE DE ARMADURA DO
MOTOR SÍNCRONO
2.1. Para Potência Constante
• Conforme visto anteriormente, a potência desenvolvida no eixo
de um motor (desprezando as perdas rotacionais) será
aproximadamente dada (em watts/fase) por :
𝑃 = 𝑃𝑜 = 𝑃𝑖 − 𝐼𝑎2 𝑅𝑎 = 𝑉𝐼𝑎 𝑐𝑜𝑠𝜙 − 𝐼𝑎2 𝑅𝑎
• Introduzindo as variáveis "x " e "y ", conforme definidas abaixo,
na equação da potência desenvolvida para um motor, tem se:
𝑃 = 𝑉𝑦 − (𝑥 2 + 𝑦 2 )𝑅𝑎 (01)
• onde:
𝑥 = 𝐼𝑎 𝑠𝑒𝑛𝜙 (02)
𝑦 = 𝐼𝑎 𝑐𝑜𝑠𝜙 (03)
sendo 𝜙 é o ângulo do fator de potência do motor.
3
2. LUGAR GEOMÉTRICO DA CORRENTE DE ARMADURA DO
MOTOR SÍNCRONO
2.1. Para Potência Constante
• Manipulando a expressão (01):
2
𝑉2
𝑃
𝑥 +𝑦 − 𝑦=−
𝑅𝑎 𝑅𝑎
2 2
2
𝑉 𝑉 𝑃
𝑥 + 𝑦−
2𝑅𝑎
=
2𝑅𝑎
−
𝑅𝑎
(04)
Se a potência 𝑃 for constante, a expressão acima pode ser comparada com a equação de uma
circunferência no plano x-y com centro em 𝐶 𝑥0 , 𝑦0 e raio 𝜌, isto é: 𝑥 − 𝑥0 2 + 𝑦 − 𝑦0 2 = 𝜌2 .
Neste sentido, tem-se:
2
𝑉 𝑃 𝑉
𝜌= − 𝐶 0, (05)
2𝑅𝑎 𝑅𝑎 2𝑅𝑎
• O diagrama circular é mostrado na figura 9.1, onde a tensão 𝑉 foi traçada ao longo do eixo y.
• Para 𝑃 = 0, isto é, na condição a vazio, o raio será dado por 𝑉/2𝑅𝑎 , indicando que o correspondente
círculo tangencia o eixo x.
4
2. LUGAR GEOMÉTRICO DA CORRENTE DE ARMADURA DO
MOTOR SÍNCRONO
2.1. Para Potência Constante
Equação da circunferência:
2 2
2
𝑉 𝑉 𝑃
𝑥 + 𝑦− = −
2𝑅𝑎 2𝑅𝑎 𝑅𝑎
2 2
𝑥 − 𝑥0 + 𝑦 − 𝑦0 = 𝜌2
2
𝑉 𝑃
Raio: 𝜌 = −
2𝑅𝑎 𝑅𝑎
𝑉
Centro: 𝐶 𝑥0 , 𝑦0 = 𝐶 0,
2𝑅𝑎
𝑉2
𝑃𝑚𝑎𝑥 = (06)
4𝑅𝑎
• Conforme será visto oportunamente, o valor da potência máxima encontrado acima não é um
valor prático de operação.
• Conforme ilustra a figura 9.1, o eixo vertical (eixo y) foi também utilizado como coincidente com a
referência para a tensão terminal V. Assim, as correntes (𝐼𝑎ሶ ) deverão ser traçadas a partir da referência
comum situada no ponto "0" → origem do sistema cartesiano considerado.
6
2. LUGAR GEOMÉTRICO DA CORRENTE DE ARMADURA DO
MOTOR SÍNCRONO
2.1. Para Potência Constante
• Conforme também indicado, para uma mesma potência existem quatro correntes possíveis:
- duas delas com características de atraso em relação a tensão V,
- duas delas com características de avanço em relação a tensão V.
Cabe aqui observar que apenas as correntes de menor magnitude são encontradas
nas máquinas.
𝑉ሶ 𝐸ሶ
𝐼𝑎ሶ = −
𝑍ሶ𝑠 𝑍ሶ 𝑠
13
3. CURVAS V PARA OS MOTORES SÍNCRONOS
• Na figura 9.4 pode-se
facilmente constatar que:
• Para cada círculo de potência
constante, os máximos e
mínimos de excitação
ocorrem quando as
intersecções entre os círculos
de potência e de excitação se
fazem sobre a linha C’CB.
14
3. CURVAS V PARA OS MOTORES SÍNCRONOS
15
3. CURVAS V PARA OS MOTORES SÍNCRONOS
• As figuras 9.3 e 9.4 mostram ainda a
limitação de regiões estáveis e instáveis de
operação da máquina.
• Estas delimitações estão relacionadas com a
curva de transferência de potência e o maior
valor admitido para o ângulo de potência
(𝛿𝑚á𝑥 = 𝛾, ver Cap. VIII).
• A linha C’CB separa estas duas regiões (a
estável e a instável).
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3. CURVAS V PARA OS MOTORES SÍNCRONOS
• Naturalmente, para que esta
transformação possa ser realizada sem
maiores problemas, deve-se admitir
que a impedância síncrona seja
considerada constante, isto é, o
efeito da saturação magnética na
impedância deverá ser ignorado.
• Do modo semelhante ao realizado
para motores, é possível obter
curvas V para os geradores. Para
isto, basta lembrar que 𝑃 < 0 .
Entretanto, a construção não é
utilizada para os geradores devido a
seu pequeno interesse prático.
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4. LUGAR GEOMÉTRICO DA ESTABILIDADE DE REGIME
PERMANENTE NAS CURVAS DE OPERAÇÃO
• Análise do critério de estabilidade será feito
para uma máquina de pólos lisos.
• A figura 9.5 mostra a construção gráfica
utilizada para a obtenção das curvas V de
um motor.
• A linha BCC’ corresponde ao lugar
geométrico para as excitações máximas e
mínimas para cada potência
desenvolvida e assim corresponde a
máxima potência que poderia ser
desenvolvida para cada excitação.
Figura 9.5
21
4. LUGAR GEOMÉTRICO DA ESTABILIDADE DE REGIME
PERMANENTE NAS CURVAS DE OPERAÇÃO
• Por outro lado, para a região à direita da
linha BCC’, pode-se facilmente verificar
que para uma dada excitação, um
aumento da potência mecânica (de 𝑃1
para 𝑃2 ) implicará num menor valor para
o termo 𝐼𝑎 𝑐𝑜𝑠𝜙 , ou seja, a potência
elétrica diminuirá.
• Assim sendo, como houve um aumento
da potência solicitada no eixo do motor,
e, não houve um correspondente
aumento da potência elétrica entregue ao
mesmo, a máquina irá desacelerar e perder
o sincronismo, ou seja, será INSTÁVEL.
Figura 9.5
22
4. LUGAR GEOMÉTRICO DA ESTABILIDADE DE REGIME
PERMANENTE NAS CURVAS DE OPERAÇÃO
Figura 9.5
23
4. LUGAR GEOMÉTRICO DA ESTABILIDADE DE REGIME
PERMANENTE NAS CURVAS DE OPERAÇÃO
• Com base na linha do limite de
estabilidade (BCC’) é possível obter uma
expressão para a máxima potência que a
máquina pode operar. Para uma dada
excitação constante, tem-se que o
módulo do fasor 𝐸/ ሶ 𝑍ሶ𝑠 será constante, e,
com base na figura 9.5 pode-se escrever:
𝐶𝐶′ = 𝐸/𝑍𝑆 + 𝜌𝑚 (07)
onde:
m = menor raio possível para os círculos de
potência o qual está associado à maior
potência ( 𝑃𝑚𝑎𝑥 ) que poderá ser
desenvolvida.
É importante ressalvar que as curvas discutidas até aqui determinam o limite absoluto de
estabilidade. Conforme será visto posteriormente, não é usual funcionar a máquina exatamente até
este limite, sendo então definido (mais tarde) um limite prático de estabilidade.
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5. LIMITES DE OPERAÇÃO DO GERADOR
• Quando da operação de uma máquina síncrona como gerador, é necessário distinguir entre o que se
denomina largamente como “limites de potência” e o que se denomina por “limites de
estabilidade”.
• Um limite de potência, se ultrapassado, a máquina continuará a operar, a não ser que este seja
bastante excedido. Caso um limite de potência seja ultrapassado por um tempo apreciável, isto tenderá
a reduzir a vida útil da máquina, do mesmo tipo que uma sobrecarga normal, já que irá danificar o
isolamento devido ao aumento de temperatura.
• Por outro lado, o limite de estabilidade, se ultrapassado, mesmo que seja por um pequeno
intervalo de tempo, a máquina perderá o sincronismo, e, sob esta condição, haverá grandes surtos
de potência. Se isto ocorrer, os dispositivos de proteção da máquina atuarão, retirando-a de operação
imediatamente.
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5. LIMITES DE OPERAÇÃO DO GERADOR
• A perda de uma unidade geradora é bastante indesejável por diversas razões. Assim, para uma
operação satisfatória é necessário estar seguro que os limites de estabilidade não serão
ultrapassados em nenhum ponto de funcionamento.
• Qualquer máquina ou sistema é dito estável se operar em equilíbrio e se estiver apta a retornar a
um ponto operacional de equilíbrio após a ocorrência de um distúrbio qualquer. Aplicando
este conceito para uma máquina síncrona isto significa conservá-la em sincronismo.
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5. LIMITES DE OPERAÇÃO DO GERADOR
(i) Estabilidade de Regime Permanente: Se a máquina mantém o sincronismo após uma pequena
perturbação, então a mesma é estável em regime permanente. Tais pequenos distúrbios estão
sempre presentes em sistemas de potência através de variações da carga, alterações nos ajustes dos
reguladores, etc.
(ii) Estabilidade de Regime Transitório: Se um distúrbio súbito e de grande intensidade ocorre
e, se a máquina sujeita a este efeito mantém ainda o sincronismo após um pequeno intervalo de
tempo, então ela é estável para condições transitórias. Como fontes destes grandes distúrbios
citam-se: grandes variações de carga, curtos-circuitos, etc.
(iii) Estabilidade de Regime Dinâmico: Este tipo refere-se ao problema de estabilidade quando os
reguladores automáticos são considerados, principalmente o controle automático da excitação.
A diferença entre este último tipo de estabilidade e os dois primeiros é que, devido a ação do
regulador, as estabilidades de regime permanente e transitória podem ser substancialmente
melhoradas.
Nota: Estes três tipos de estabilidade serão abordados com mais detalhes no capítulo X.
31
5. LIMITES DE OPERAÇÃO DO GERADOR
◼ Cada um dos tipos de estabilidade acima apresentados possuirá um correspondente limite, que é
entendido como a máxima potência que a máquina poderá operar. Para cada um destes limites,
ao ocorrer o distúrbio correspondente, a máquina manterá ainda o sincronismo desde que tal limite
não seja violado.
◼ Naturalmente, a menor das três maiores potências de operação (relativas a cada um destes limites de
estabilidade) fixará o ponto máximo de funcionamento de regime permanente.
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6. LIMITES DE POTÊNCIA DO GERADOR
◼ Os limites de potência são principalmente definidos pelos limites de elevação máxima das
temperaturas nas diversas partes da máquina. Estes limites de temperatura são fixados por normas e
os valores dependem diretamente do tipo de isolante empregado.
◼ É evidente que as perdas em calor que podem ser toleradas aumentam pelo emprego de melhores
métodos de refrigeração.
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7. DIAGRAMAS DE CAPABILIDADE DE GERADORES
• As funções do mapa de capabilidade podem ser resumidas de acordo com o seguinte:
a) Para indicar os valores da máxima potência que se poderá extrair da máquina para as diversas
condições possíveis de operação.
b) Para indicar os limites térmicos impostos pelas correntes de armadura e de campo.
c) Para delimitar as regiões possíveis de operação sob o ponto de vista de estabilidade.
d) Para fornecer o maior número de informações associadas a um ponto de funcionamento
especificado. Em outras palavras, isto significa que o diagrama deverá fornecer para o ponto
(além das potências ativa e reativa):
➢ a corrente de armadura,
➢ a corrente de campo,
➢ o fator de potência.
• Um diagrama típico para uma máquina síncrona de pólos lisos é ilustrado na figura 9.7.
35
7. DIAGRAMAS DE CAPABILIDADE DE GERADORES
LIMITE TEÓRICO
DE ESTABILIDADE
P
LIMITE DO ACIONAMENTO
PRIMARIO (MW)
c
d LIMITE MÁXIMO DE
POTÊNCIA (MVA)
LIMITE DE
AQUECIMENTO NO
FINAL DO ESTATOR b
LIMITE PRÁTICO
DE ESTABILIDADE
LIMITE SUPERIOR
DE EXCITAÇÃO
LIMITE INFERIOR
DE EXCITAÇÃO
Q
C' e O a
Figura 9.7 – Mapa de capabilidade típico para uma máquina síncrona de pólos lisos
36
7. DIAGRAMAS DE CAPABILIDADE DE GERADORES
• Para a construção do diagrama de capabilidade é interessante observar que:
a) As variações de carga ocorrem de forma gradativa de maneira que não existem oscilações
apreciáveis na passagem de um regime permanente para um outro.
b) A máquina sob consideração estará sempre conectada a um barramento infinito.
c) O efeito de saturação é ignorado.
LIMITE TEÓRICO
DE ESTABILIDADE
P
• Tendo em vista o LIMITE DO ACIONAMENTO
9.7, destacam-se os c
seguintes trechos: d LIMITE MÁXIMO DE
POTÊNCIA (MVA)
LIMITE DE
AQUECIMENTO NO
FINAL DO ESTATOR b
LIMITE PRÁTICO
DE ESTABILIDADE
LIMITE SUPERIOR
DE EXCITAÇÃO
LIMITE INFERIOR
DE EXCITAÇÃO
Q
C' e O a
Figura 9.7 37
7. DIAGRAMAS DE CAPABILIDADE DE GERADORES
◼ Trecho "a – b" → define a área limite determinada pela máxima corrente de campo, sendo
representado por um arco do circulo com centro em C’ e raio igual a 𝐸𝑚𝑎𝑥 𝑉 Τ𝑍𝑠 , sendo 𝐸𝑚𝑎𝑥 a
tensão interna gerada correspondente a máxima corrente de campo, 𝑉 a tensão nominal e 𝑍𝑠 a
impedância síncrona .
LIMITE TEÓRICO
DE ESTABILIDADE
P
LIMITE DO ACIONAMENTO
PRIMARIO (MW)
c
d LIMITE MÁXIMO DE
POTÊNCIA (MVA)
LIMITE DE
AQUECIMENTO NO
FINAL DO ESTATOR b
LIMITE PRÁTICO
DE ESTABILIDADE
LIMITE SUPERIOR
DE EXCITAÇÃO
LIMITE INFERIOR
DE EXCITAÇÃO
Q
C' e O a 38
7. DIAGRAMAS DE CAPABILIDADE DE GERADORES
Trecho "b – c" → define o máximo MVA permitido em função da máxima corrente da armadura,
sendo determinado por um círculo de centro em O e raio Ia,max (normalmente em
p.u), onde Ia,max representa a máxima corrente da armadura.
LIMITE TEÓRICO
DE ESTABILIDADE
P
LIMITE DO ACIONAMENTO
PRIMARIO (MW)
c
d LIMITE MÁXIMO DE
POTÊNCIA (MVA)
LIMITE DE
AQUECIMENTO NO
FINAL DO ESTATOR b
LIMITE PRÁTICO
DE ESTABILIDADE
LIMITE SUPERIOR
DE EXCITAÇÃO
LIMITE INFERIOR
DE EXCITAÇÃO
Q
C' e O a 39
7. DIAGRAMAS DE CAPABILIDADE DE GERADORES
Trecho "c – d" → determina o limite imposto pela máxima potência (ativa) proveniente do
acionamento primário (ex.: turbina, motor a diesel etc).
LIMITE TEÓRICO
DE ESTABILIDADE
P
LIMITE DO ACIONAMENTO
PRIMARIO (MW)
c
d LIMITE MÁXIMO DE
POTÊNCIA (MVA)
LIMITE DE
AQUECIMENTO NO
FINAL DO ESTATOR b
LIMITE PRÁTICO
DE ESTABILIDADE
LIMITE SUPERIOR
DE EXCITAÇÃO
LIMITE INFERIOR
DE EXCITAÇÃO
Q
C' e O a 40
7. DIAGRAMAS DE CAPABILIDADE DE GERADORES
Trecho "d – e" → caracteriza o limite prático estabelecido pelo critério de estabilidade. A modificação do
limite teórico de estabilidade para o denominado “limite prático” tem por objetivo
permitir variações discretas da carga.
LIMITE TEÓRICO
DE ESTABILIDADE
P
LIMITE DO ACIONAMENTO
PRIMARIO (MW)
c
d LIMITE MÁXIMO DE
POTÊNCIA (MVA)
LIMITE DE
AQUECIMENTO NO
FINAL DO ESTATOR b
LIMITE PRÁTICO
DE ESTABILIDADE
LIMITE SUPERIOR
DE EXCITAÇÃO
LIMITE INFERIOR
DE EXCITAÇÃO
Q
C' e O a 41
7. DIAGRAMAS DE CAPABILIDADE DE GERADORES
Trecho "d – e" LIMITE TEÓRICO
DE ESTABILIDADE
LIMITE PRÁTICO
A margem ou degrau de variação de carga DE ESTABILIDADE
permitido varia de 0,05 a 0,1 pu (ou de
5% a 10%). Assim, correções devem ser n
introduzidas como mostra a figura 9.8. m
n'
Conforme ilustrado, para o círculo de
excitação n, um valor nn’ é subtraído de
n, e, do ponto assim obtido (que é n’) é
traçada uma horizontal até encontrar o
mesmo círculo em m.
Este ponto define o limite prático de
estabilidade para uma variação degrau
de carga permitida de nn’ = 0,05 pu ou Q
nn’ = 0,10 pu (conforme se tenha C'
estabelecido). Figura 9.8 – Limite prático de estabilidade
42
7. DIAGRAMAS DE CAPABILIDADE DE GERADORES
Limite de “aquecimento no final do estator”:
Refere-se a linha tracejada indicada na figura 9.7. O fenômeno ocorre apenas com as máquinas de
pólos lisos operando com fator de potência adiantado (máquina recebendo reativos) e pode ser
explicado como uma sobre-elevação de temperatura que ocorre na terminação do estator que pode ter
uma temperatura maior que no estator como um todo.
Devido a isto, pode-se impor um
limite adicional de potência para
LIMITE TEÓRICO
DE ESTABILIDADE
P
a máquina. Este aquecimento é LIMITE DO ACIONAMENTO
PRIMARIO (MW)
c
d LIMITE MÁXIMO DE
POTÊNCIA (MVA)
LIMITE DE
AQUECIMENTO NO
FINAL DO ESTATOR b
LIMITE PRÁTICO
DE ESTABILIDADE
LIMITE SUPERIOR
DE EXCITAÇÃO
LIMITE INFERIOR
DE EXCITAÇÃO
Q
C' e O a 45
7. DIAGRAMAS DE CAPABILIDADE DE GERADORES
Limite inferior de excitação (continuação):
Nos grandes alternadores, o sistema de excitação (excitatriz principal e excitatriz piloto) não prevê o
suprimento de corrente negativa para o campo do rotor. Além disto, geralmente a excitatriz principal não
é capaz de reduzir a tensão (e a corrente de campo) a um valor zero. Desta forma, é usual limitar a
tensão de campo a um valor mínimo de aproximadamente 5% do valor a plena carga e isto origina
o círculo mínimo para indicar o limite inferior de excitação (vide figura).
LIMITE TEÓRICO
DE ESTABILIDADE
P
LIMITE DO ACIONAMENTO
PRIMARIO (MW)
c
d LIMITE MÁXIMO DE
POTÊNCIA (MVA)
LIMITE DE
AQUECIMENTO NO
FINAL DO ESTATOR b
LIMITE PRÁTICO
DE ESTABILIDADE
LIMITE SUPERIOR
DE EXCITAÇÃO
LIMITE INFERIOR
DE EXCITAÇÃO
Q
C' e O a 46
7. DIAGRAMAS DE CAPABILIDADE DE GERADORES
• Como observações finais sobre a construção do diagrama ilustrado pela figura 9.7, deve-se ressaltar
que:
a) O efeito da resistência de armadura foi ignorado. Esta consideração será tanto mais verdadeira
quanto maior for o porte do alternador.
b) O efeito da saturação também foi desconsiderado, conforme referido anteriormente,.
d) A máquina encontra-se operando ligada a um barramento infinito. Isto é usualmente
verdadeiro, entretanto, quando o barramento infinito não se encontrar diretamente nos terminais da
máquina torna-se necessário levar em conta a impedância entre a máquina e o barramento.
e) As reatâncias empregadas correspondem àquelas de regime permanente de operação (Xd , Xq ,
etc.), pois assume-se que todas as variações de carga ocorrem lentamente.
f) Os efeitos dos reguladores são ignorados. Este fato é de importância quando da operação com
fator de potência adiantado, onde se situa o limite de estabilidade. Através da consideração dos
reguladores de velocidade e de tensão, esta região da carta de capabilidade pode ser
consideravelmente melhorada.
47
7. DIAGRAMAS DE CAPABILIDADE DE GERADORES
A figura 9.9 mostra um diagrama de capabilidade completo de um gerador, incluindo o limite
inferior de excitação e indicando a linha de fator de potência nominal o qual facilita a obtenção
dos valores de operação na condição nominal representado pelo ponto “c”.
LIMITE TEÓRICO
DE ESTABILIDADE
P
1,0
LIMITE DO
ACIONAMENTO
0,9
PRIMARIO (MW)
d 0,8
c
LIMITE MÁXIMO DE
L
NA
0,7 POTÊNCIA (MVA)
MI
0,6 b
NO
LIMITE PRÁTICO
IA
DE ESTABILIDADE 0,5
NC
TÊ
0,4
PO
LIMITE SUPERIOR
DE
0,3 DE EXCITAÇÃO
R
TO
0,2
e
FA
LIMITE INFERIOR
DE EXCITAÇÃO 0,1
f a Q
-0,6 -0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
FATOR DE POTÊNCIA ADIANTADO FATOR DE POTÊNCIA ATRASADO
("LEADING") ("LAGGING")
L
NA
0,7 POTÊNCIA (MVA)
MI
0,6 b
NO
LIMITE PRÁTICO
IA
DE ESTABILIDADE 0,5
NC
TÊ
0,4
PO
LIMITE SUPERIOR
DE
0,3 DE EXCITAÇÃO
R
TO
0,2
e
FA
LIMITE INFERIOR
DE EXCITAÇÃO 0,1
f a Q
-0,6 -0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
FATOR DE POTÊNCIA ADIANTADO FATOR DE POTÊNCIA ATRASADO
("LEADING") ("LAGGING")
50
Mostrar vários slides do
Acidente que ocorreu na maior
usina hidrelétrica da Rússia em
2009. A usina chama-se
Sayano-Shushenskaya.
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