Você está na página 1de 53

ESTRADAS – CCE1033

Aula 7: Classificação de estradas – elementos técnicos


CCE1033 ESTRADAS - Ementa

Capítulo 1 -Generalidades sobre transportes no Brasil

Capítulo 2 – Elementos para o projeto de Estradas

Capítulo 3 – Características técnicas das Estradas

Capítulo 4 – Concordância de curvas horizontais

Capítulo 5 – Concordância de curvas verticais

Capítulo 6 – Projeto de Terraplenagem

Capítulo 7 – Drenagem de estradas

Capítulo 8 – Projeto de Pavimentação


CCE0744 ESTRADAS E TRANSPORTES - Conteúdos

Capítulo 3 Características Técnicas das Estradas 3.1-Introdução 3.2-


Velocidade 3.3-Veículo de Projeto 3.4- Distância de Visibilidade

Capítulo 4 Concordância de Curvas Horizontais 4.1- Introdução 4.2-


Características Geométricas das Curvas Horizontais 4.3-
Estabilidade de Veículos em Curvas Horizontais
Superelevadas 4.4-Raio Mínimo de Curvas Circulares 4.5-
Condições Mínimas de Visibilidade nas Curvas Horizontais 4.6-
Alargamento das Pistas nas Curvas - Superlargura 4.7-Locação de
Curvas 4.8-Geometria das Curvas Horizontais de Transição
Superelevação (Lee, 2008)
Superelevação
Superelevação
Superelevação (Lee, 2008)

Superelevação: inclinação transversal da pista em relação ao


plano horizontal
Superelevação (Lee, 2008)

Superelevação (e) 𝑒 = tan 𝛼 (m/m)


𝑒 = 100 × tan 𝛼 (%)
Superelevação (Lee, 2008)

Equilíbrio de forças na direção do plano inclinado:


𝐹t = 𝐹a + 𝑃t (1)
Superelevação (Lee, 2008)
𝑚𝑉 2
Força centrífuga: 𝐹c = (𝑒𝑚 𝑁)
𝑅
𝑚→ massa do veículo (kg)
𝑉 → velocidade tangencial do veículo (m/s)
𝑅→ raio da curva circular (m)
Superelevação (Lee, 2008)
𝑃
Lembrando que: 𝐹t = 𝐹c cos 𝛼 e 𝑚=
𝑔
𝑃𝑉 2
Logo 𝐹t = cos 𝛼
𝑔𝑅
Superelevação (Lee, 2008)

Da mecânica: 𝐹a = 𝑓𝑃n = 𝑓𝑃 cos 𝛼

𝐹a → força de atrito (N)


𝑓→ coeficiente de atrito asfalto/pneu
𝑃n → força normal ao plano (N)
Superelevação (Lee, 2008)

Voltando à eq. (1): 𝐹t = 𝐹a + 𝑃t

𝑃𝑉 2
cos 𝛼 = 𝑓𝑃 cos 𝛼 + 𝑃 sen 𝛼 /(𝑃 cos 𝛼)
𝑔𝑅
𝑉2
= 𝑓 + tan 𝛼
𝑔𝑅
Superelevação (Lee, 2008)
2
𝑉
Em km/h:
3.6
= 𝑓 + tan 𝛼
9.81𝑅
𝑉2
𝑒= −𝑓
127𝑅
𝑒→ superelevação teórica (m/m)
Superelevação (Lee, 2008)
Superelevação (Lee, 2008)

Exemplo 𝑅 = 35 m
𝑉 = 70 km/h
Qual a superelevação?

Solução:

702
𝑒= −0.15 = 0.95 = 95%
127 × 35
Superelevação (Lee, 2008)

Problemas da superelevação excessiva


Superelevação (Pontes Filho, 1998)

Valores Mínimos e Máximos de Superelevação


Superelevação (Lee, 2008)

Relação entre superelevação e o raio

𝑉2 𝑉2
𝑒= −𝑓 → 𝑅 =
127𝑅 127(𝑓 + 𝑒)

Raio mínimo

𝑉2
𝑅min =
127(𝑓max + 𝑒max )
Superelevação (Pontes Filho, 1998)
Superelevação (Lee, 2008)
Superelevação (Lee, 2008)
Superelevação (Lee, 2008)
Superelevação (Lee, 2008)
Superelevação (Lee, 2008)

Exemplo
rodovia classe II (ondulado)
𝑅 = 214,88 m
Qual a superelevação a ser adotada?

𝑉2
𝑅min =
127(𝑓max + 𝑒max )
Superelevação (Lee, 2008)

Solução

e_max:
8%
Superelevação (Lee, 2008)

Solução

V = 70 km/h
Superelevação (Lee, 2008)

Exemplo
rodovia classe II (ondulado)
𝑅 = 214,88 m
Qual a superelevação a ser adotada?
𝑉2 702
𝑅min = =
127(𝑓max + 𝑒max ) 127(𝑓max + 0.08)
Superelevação (Lee, 2008)

Exemplo
rodovia classe II (ondulado)
𝑅 = 214,88 m
Qual a superelevação a ser adotada?
𝑉2 702
𝑅min = = = 168m
127(𝑓max + 𝑒max ) 127(0.15 + 0.08)
Superelevação (Lee, 2008)

Solução

R_min = 170 m
Superelevação (Lee, 2008)

Exemplo
rodovia classe II (ondulado)
𝑅 = 214,88 m
Qual a superelevação a ser adotada?
𝑉2 702
𝑅min = = = 168m
127(𝑓max + 𝑒max ) 127(0.15 + 0.08)

2
2𝑅min 𝑅min 2 × 168 1682
𝑒 = 𝑒max − 2 = 0.08 −
𝑅 𝑅 214.88 214.882
= 0.0765 = 7.7%
Veículo de projeto

Condicionam o dimensionamento
geométrico de uma via:

• A largura do veículo de projeto;

• A distância entre eixos;

• O comprimento total do veículo

• A relação peso bruto total / potência


influencia o valor da rampa máxima;

• A altura admissível para os veículos


influi no gabarito vertical.
Veículo de projeto
Existem quatro grupos básicos de veículos:

• VP: Veículos de passeio leves, física e operacionalmente


assimiláveis ao automóvel, incluindo utilitários, pickups,
furgões e similares;

• CO: Veículos comerciais rígidos, compostos de unidade tratora


simples. Abrangem os caminhões e ônibus convencionais,
normalmente de 2 eixos e 6 rodas;

• SR: Veículos comerciais articulados, compostos normalmente


de unidade tratora simples e semi-reboque;

• O: Representa os veículos comerciais rígidos de maiores


dimensões que o veículo CO básico, como ônibus de longo
percurso e de turismo, e caminhões longos.
Veículo de projeto (Pontes Filho, 1998)
Superlargura (Lee, 2008)

Roteiro de cálculo:
• Cálculo do gabarito devido à trajetória em curva (𝐺C );

• Cálculo do gabarito devido ao balanço dianteiro (𝐺D );

• Cálculo do gabarito lateral para a largura de faixa (𝐺L );

• Cálculo da folga dinâmica (𝐹D );

• Largura total da pista em curva (𝐿T );

• Largura normal da pista em tangente (𝐿N );

• Superlargura (𝑆R );
Superlargura (Lee, 2008)

Roteiro de cálculo:
• Cálculo do gabarito devido à trajetória em curva (𝐺C );
𝐺A = 𝑂𝑃 − 𝑂𝑋

𝑅 2 = 𝑂𝑋 2 + 𝑋𝑌 2 = 𝑂𝑋 2 + 𝐸E2

𝐺A = 𝑅 − 𝑅 2 − 𝐸E2

𝐺C = 𝐿V + 𝑅 − 𝑅 2 − 𝐸E2
𝐺C =gabarito devido à trajetória em curva (m)
𝐿V =largura do veículo (m)
𝐸E =distância entre eixos (m)
𝑅 =raio da curva circular (m)
Superlargura (Lee, 2008)

𝐺D = 𝑂𝑄 − 𝑂𝑃 = 𝑂𝑍 − 𝑅

𝑂𝑍 = (𝐸E + 𝐵D )2 +𝑂𝑋 2

𝑂𝑍 = 𝐸E2 + 2𝐸E 𝐵D + 𝐵D2 + (𝑅 2 − 𝐸E2 )

𝑂𝑍 = 𝑅 2 + 𝐵D (2𝐸E +𝐵D )

𝐺D = 𝑅 2 + 𝐵D (2𝐸E +𝐵D ) − 𝑅
𝐺D =gabarito devido ao balanço dianteiro (m)
𝐵D = balanço dianteiro (m)
𝐸E =distância entre eixos (m)
𝑅 =raio da curva circular (m)
Superlargura (Lee, 2008)

Gabarito Lateral: 𝐺L
Superlargura (Lee, 2008)

Folga dinâmica: 𝐹D

𝑉
𝐹D =
10 𝑅
𝐹D =folga dinâmica (m)
𝑉 = velocidade diretriz (km/h)
𝑅 =raio da curva circular (m)
Superlargura (Lee, 2008)
Largura total da pista em curva: 𝐿T
𝐿T = 𝑁 𝐺C + 𝐺L + 𝑁 − 1 𝐺D + 𝐹D

Largura normal da pista em tangente: 𝐿N


𝐿N = 𝑁𝐿F
𝐿N =largura total da pista em tangente (m)
𝑁 = número de faixas de trânsito na pista
𝐿F = largura de projeto da faixa de trânsito (m)

Superlargura: 𝑆R
𝑆R = 𝐿T − 𝐿N
𝑆R =superlargura da pista em curva horizontal (m)
𝐿T = largura total da pista em curva (m)
𝐿N = largura total da pista em tangente (m)
Superlargura (Lee, 2008)

Exemplo
rodovia classe II (ondulado)
𝑅 = 214,88 m
Qual a superelargura a ser adotada?

Dados: veículo tipo CO


𝐿V = 2,60 m
𝐸E = 6,10 m
𝐵D = 1,20 m
Superlargura (Lee, 2008)
Dados: 𝑅 = 214,88 m
Solução rodovia classe II
• Cálculo do gabarito devido à trajetória em curva (𝐺C ); (ondulado)
𝐿V = 2,60 m
𝐺C = 𝐿V + 𝑅 − 𝑅 2 − 𝐸E2 𝐸E = 6,10 m
𝐵D = 1,20 m
𝐺C = 2,60𝑚 + 214,88𝑚 − (214,88𝑚)2 −(6,10𝑚)2

𝐺C = 2,69𝑚
Superlargura (Lee, 2008)
Dados: 𝑅 = 214,88 m
Solução rodovia classe II
• Cálculo do gabarito devido ao balanço dianteiro (𝐺D ); (ondulado)
𝐿V = 2,60 m
𝐺D = 𝑅 2 + 𝐵D (2𝐸E +𝐵D ) − 𝑅 𝐸E = 6,10 m
𝐵D = 1,20 m
𝐺D = (214,88𝑚)2 +1,20𝑚[(2 × 6,10𝑚) + 1,20𝑚] − 214,88𝑚
𝐺C = 2,69𝑚
𝐺D = 0,04𝑚
Superlargura (Lee, 2008)
Dados: 𝑅 = 214,88 m
Solução rodovia classe II
(ondulado)
• Gabarito Lateral: 𝐺L 𝐿V = 2,60 m
𝐸E = 6,10 m
𝐵D = 1,20 m

𝐺C = 2,69𝑚
𝐺D = 0,04𝑚
Superlargura (Lee, 2008)
Dados: 𝑅 = 214,88 m
Solução rodovia classe II
(ondulado)
𝐿V = 2,60 m
𝐸E = 6,10 m
𝐵D = 1,20 m

𝐺C = 2,69𝑚
𝐺D = 0,04𝑚
𝐿F = 3,50𝑚
Superlargura (Lee, 2008)
Dados: 𝑅 = 214,88 m
Solução rodovia classe II
(ondulado)
• Gabarito Lateral: 𝐺L 𝐿V = 2,60 m
𝐸E = 6,10 m
𝐵D = 1,20 m

𝐺C = 2,69𝑚
𝐺D = 0,04𝑚
𝐿F = 3,50𝑚
Superlargura (Lee, 2008)
Dados: 𝑅 = 214,88 m
Solução rodovia classe II
(ondulado)
• 𝐹D =folga dinâmica (m)
𝐿V = 2,60 m
𝑉 𝑉 = velocidade diretriz (km/h) 𝐸E = 6,10 m
𝐹D =
10 𝑅 𝑅 =raio da curva circular (m) 𝐵D = 1,20 m

𝐺C = 2,69𝑚
𝐺D = 0,04𝑚
𝐿F = 3,50𝑚
𝐺L = 0,90𝑚
Superlargura (Lee, 2008)
Dados: 𝑅 = 214,88 m
Solução rodovia classe II
(ondulado)
𝐿V = 2,60 m
𝐸E = 6,10 m
𝐵D = 1,20 m

𝐺C = 2,69𝑚
𝐺D = 0,04𝑚
𝑉 = 70km/h
Superlargura (Lee, 2008)
Dados: 𝑅 = 214,88 m
Solução rodovia classe II
(ondulado)
• 𝐹D =folga dinâmica (m)
𝐿V = 2,60 m
𝑉 𝑉 = velocidade diretriz (km/h) 𝐸E = 6,10 m
𝐹D =
10 𝑅 𝑅 =raio da curva circular (m) 𝐵D = 1,20 m

70
𝐹D = = 0,48m 𝐺C = 2,69𝑚
10 214,88
𝐺D = 0,04𝑚
𝐿F = 3,50𝑚
𝐺L = 0,90𝑚
Superlargura (Lee, 2008)
Dados: 𝑅 = 214,88 m
Solução rodovia classe II
(ondulado)
Largura total da pista em curva: 𝐿T
𝐿V = 2,60 m
𝐿T = 𝑁 𝐺C + 𝐺L + 𝑁 − 1 𝐺D + 𝐹D 𝐸E = 6,10 m
𝐵D = 1,20 m

𝐺C = 2,69𝑚
𝐺D = 0,04𝑚
𝐿F = 3,50𝑚
𝐺L = 0,90𝑚
𝐹D = 0,48𝑚
Superlargura (Lee, 2008)
Dados: 𝑅 = 214,88 m
Solução rodovia classe II
(ondulado)
Largura total da pista em curva: 𝐿T
𝐿V = 2,60 m
𝐿T = 𝑁 𝐺C + 𝐺L + 𝑁 − 1 𝐺D + 𝐹D 𝐸E = 6,10 m
𝐵D = 1,20 m

𝐺C = 2,69𝑚
𝐺D = 0,04𝑚
𝐿F = 3,50𝑚
𝐺L = 0,90𝑚
𝐹D = 0,48𝑚
𝑁=2
Superlargura (Lee, 2008)
Dados: 𝑅 = 214,88 m
Solução rodovia classe II
(ondulado)
Largura total da pista em curva: 𝐿T
𝐿V = 2,60 m
𝐿T = 𝑁 𝐺C + 𝐺L + 𝑁 − 1 𝐺D + 𝐹D 𝐸E = 6,10 m
𝐿T = 2 2,69 + 0,90 + 2 − 1 0,04 + 0,48 𝐵D = 1,20 m

𝐿T = 7,70 𝑚 𝐺C = 2,69𝑚
𝐺D = 0,04𝑚
Largura normal da pista em tangente: 𝐿N 𝐿F = 3,50𝑚
𝐿N = 𝑁𝐿F 𝐺L = 0,90𝑚
𝐿N = 2 × 3,50 = 7,00m 𝐹D = 0,48𝑚
𝑁=2
Superlargura (Lee, 2008)
Dados: 𝑅 = 214,88 m
Solução rodovia classe II
(ondulado)
Superlargura: 𝑆R 𝐿V = 2,60 m
𝐸E = 6,10 m
𝑆R = 7,70 − 7,00 = 0,70m 𝐵D = 1,20 m

𝐺C = 2,69𝑚
Critério DNIT: múltiplo de 0,20 m
𝐺D = 0,04𝑚
𝐿F = 3,50𝑚
𝑆R = 0,80m 𝐺L = 0,90𝑚
𝐹D = 0,48𝑚
𝑁=2
𝐿F = 7,00𝑚
𝐿T = 7,70𝑚

Você também pode gostar