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Marco José de Oliveira Duarte / Bruna Andrade Irineu
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CAPÍTULO VI
UMA “DR” NECESSÁRIA: FEMINISMOS, UNIVERSIDADE E DESCOLONIALIDADES DAS SEXUALIDADES
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38 Modernidade aqui compreendida em referência a crítica decolonial latino-americana. Tal como en-
contramos em Mignolo (2010), Quijano (2014) e Grosfoguel (2008), não corresponde a um período
histórico, mas a auto narrativa de atores/as e instituições que, a partir do Renascimento, concebe-
ram a si mesmos como o centro do mundo, tomando a Europa como seu ponto geográfico-cultural
de origem, celebrando suas façanhas civilizatórias enquanto adensa a exploração e a dominação de
povos não-europeus, mostrando o seu "lado mais obscuro", que torna a modernidade possível e
constitui o que Quijano (2014) denomina colonialidade.
39 Para uma discussão sobre o uso da expressão nos EUA, ver Darlene Sadlier (2012).
40 Destacam-se, no cenário, as contestações apresentadas pelo Coletivo Combahee River em seu ma-
nifesto lançado no ano de 1973 e, em 1981, a publicação da coletânea This Bridge Called My Back:
Writings by Radical Women of Color: escritos de Radical Women of Color, uma antologia feminista
editada por Cherríe Moraga e Gloria E. Anzaldúa.
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41 Em função das confusões estabelecidas entre as terminologias utilizadas para nomear a colonialida-
de, associadas à explosão discursiva em torno dos temas aportados por esses campos, penso que o
caminho mais produtivo para compreender suas acomodações reside na genealogia de sua formação,
suas condições de emergência e afluências, considerando, de modo especial o trânsito de intelectuais
de países colonizados com as universidades e espaços de produção acadêmica. Pelo receio de deixar
escapar alguma expressão que não se enquadre nas características dos campos constituídos, utilizo o
termo “descolonial” como expressão do acolhimento das provocações aportadas por todos os campos,
destacando, nesse interim, as interfaces com as interpelações feministas.
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42 Sob o título “Por uma Razão descolonizada: questões de epistemologia, teoria, método, ética e polí-
tica”, a iniciativa integrou a programação do Projeto Caracóis, realizado pelos grupos de pesquisa NI-
NETS, Grecomvida e LCTS, ambos da UEPB, em parceria com a Coletiva Gaia e a Secretaria Estadual
da Mulher e Diversidade Humana da Paraíba.
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Joan Scott (1995) nos exorta para o fato de como os processos de circulação
e acoplamento das teorias feministas e de gênero seguem trajetórias tortuosas,
inflexionadas por contextos e acontecimentos políticos cuja recomposição faz-se
sempre necessária, precisamente porque na maneira como se delineiam as categorias
e conceitos utilizados como mediação encontra-se a chave para reconfigurar aquilo
que tais categorias buscam dar conta.
O esforço da autora em asseverar tais premissas cumpre justamente o objetivo
de colocar o gênero num patamar em que o seu poder, de agir e funcionar como um
criador de processos sociais seja alcançado; de maneira a desvendar como a oposição
binária e o processo social das relações de gênero tornam-se parte do próprio significado
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Para Butler, a (des)construção deve significar muito mais que a simples inversão
dos termos, razão pela qual, retornando a Haraway (idem), invoca uma série de conexões
como condição imprescindível para se completar o processo de desnaturalização, a
começar pela própria ideia de natureza.
Percebe-se, dessa maneira, como um intento desconstrucionista que não
desconstrói o núcleo central da estratégia de dominação, que é exatamente a noção
de exterior constitutivo posta em funcionamento, como efeito do feixe que coloca
na mesma trança, a raça, o gênero e sexo, jamais poderia promover a articulação de
categorias que consigam descolonizar o pensamento.
Por isso se torna tão fundamental, no construcionismo proposto por Butler,
problematizar, em sua positividade, o efeito de fronteira, fixidez e superfície que lhe são
associados. Como observa, “o fato de que a matéria é sempre materializada tem que
ser pensado em relação aos efeitos produtivos e materializadores do poder regulatório”
(BUTLER, idem, p. 162). Assim, a questão não é mais como o gênero é constituído por
intermédio de certa interpretação do sexo. Ao invés disso, convém questionar
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45 Recomendo também uma espiada na palestra do professor Naomar Almeida Filho, Educação Supe-
rior como Superação de Desigualdades em Saúde, disponível em: https://www.youtube.com/wat-
ch?v=-SfkqPlOk-c&t=1647s. Acesso em: 13. dez. 2021.
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Nossa cultura interna também anda longe de ser o mundo encantando que
levamos para as ruas nas manifestações. A segregação no espaço universitário brasileiro
é um fato estampado nos indicadores quando interpelados sob as provocações que
articulamos nesse texto. Conforme o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira- INEP (2017) as mulheres representam 57% das pessoas
matriculadas na graduação e 55% nas pós-graduações, mas, ainda assim, a assimetria
é superada num ritmo lento: de 11% para 21% nos últimos 10 anos, enquanto a média
nos países estudados pela OCDE é de mais que o dobro: 44%.
Pela segregação vertical, nos encontramos concentradas em posições “menores”
como demonstram os indicadores de acesso as Bolsas de Produtividade (PQ), oferecidas
pelo CNPq, acessadas, segundo o INEP (2017), em 2017 havia uma proporção de 35,3
mulheres para 64,6 de homens entre contemplados/as. Pela segregação horizontal, ainda
que maioria nos cursos de graduação e pós-graduação, nosso acesso a posições de prestígio
na carreira acadêmica representa pouco mais que 30% e nossas matriculas são efetuadas,
na sua maioria, em áreas tidas como femininos, com maior desvalorização agregada.
A condição de permanência na universidade é outro desafio, aproximadamente
56% das estudantes matriculadas nas universidades públicas enfrentam situações de
assédio sexual segundo o Instituto DataVox/Avon. Há ainda, como apontamos em Costa
(2019), a desarticulação entre os entes que compõem a estrutura universitária interfere
diretamente na qualidade da relação estabelecida entre servidores/as técnico/as, discentes e
docentes, como, por exemplo, nas divisões estabelecidas a partir da compreensão ancorada
na definição de atividade meio e atividade fim, que tem produzido o isolamento do/a
servidor/a técnico/a de tudo que se refere à vida acadêmica.
As provocações são extremamente pertinentes para países e realidades nos quais
estudantes e grupos sociais afetados por processos de racialização ou sexualização
que, tardiamente entram na universidade e, quando o conseguem, confrontam-se
com a diminuição, ridicularização dos conhecimentos próprios de suas culturas e
tradições ou por sua condição sexual e/ou de gênero. Como observa Sousa Santos
(2008), a maioria dos discursos sobre acessibilidade não contempla essas questões.
Por último, há que se destacar os vícios associados a cultura de representação
democrática que impregnam os espaços de gestão administrativa e governança, do
nível departamental aos conselhos superiores, por mecanismos de barganha de votos
e apoios em pleitos internos.
Embora pouco se discuta sobre essas questões, as inflexões desses processos
sobre tipo de sujeito que produzimos com nosso sistema de formação, sobre a
própria universidade e a figura do intelectual são devastadores. Com efeito, “os
intelectuais são os que mais deviam temer esta situação”, quem o diz é Sousa Santos
(2020, p. 13), que também faz questão de lembrar que, enquanto isso, seguimos
aprisionados a um vanguardismo inócuo. Para o sociólogo, essa postura nos impede
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ao perceberem que não precisam não necessitam dos intelectuais para acessar
o saber sobre suas próprias realidades, o intelectual teórico deixou de ser um
sujeito, uma consciência representante ou representativa; aqueles que agem
e lutam deixaram de ser representados, seja por um partido ou um sindicato
que se arrogaria o direito de ser a consciência deles (FOUCAULT & DELEUZE,
2007, p. 70-71).46
46 Sentença proferida no diálogo com Foucault (FOUCAULT & DELEUZE, 2007, p. 69-78).
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47 É fato que a crítica feminina e decolonial se destaquem na crítica a vinculação epistêmica entre o
marxismo e a colonialidade. Mas é oportuno lembrar que a crítica à associação entre o marxismo e o
cientificismo que conferiu legitimidade a dinâmica colonial, criada pela expansão imperial europeia,
já fora objeto de debate e contestação por parte dos anarquistas. Para quem interessar conhecer os
“bastidores” do que ocorreu no contexto sugiro a aula do professor Acácio Augusto, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=lBWk2tuwNxU. Acesso em: 13 dez. 2021.
48 Devemos lembrar, conforme Elíbio Júnior, Lima e Almeida (2015), as formulações do historiador
indiano desenvolverem-se no contexto de criação das bases para se pensar um projeto de nação
para o pais, em meio a batalhas travadas entre diversas tendências afiliadas às inclinações imperiais
na história indiana e o desejo nacionalista de parte dos historiadores indianos de descolonizar o
passado, para os quais o marxismo serviu de embasamento tanto ao projeto nacionalista como ao
projeto de descolonização intelectual.
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Cesar Sanson,49 que aponta como o paradigma marxista utilizado pela esquerda
latino-americana se expressou na materialização de políticas de Estado que tratou
os povos originários e tradicionais como obstáculos, adotando modelos econômicos
profundamente dependentes da exploração e exportação de matérias-primas as custas
do avanço sobre seus territórios, dos quais a construção de Belo Monte constitui o
caso mais exemplar.
Não por coincidência, as críticas mais inflamadas à desconstrução do sujeito
proposta pelo conjunto de autores/as aqui articulados/as sejam provenientes justamente
do campo marxista. Acusa-se argumentações como essas aqui desenvolvidas de
contribuir para o esvaziamento da política ao propor a extinção do sujeito quando,
na verdade, desconhece-se, ou desconsidera-se, que a própria etimologia da palavra
(do latim sub-iéctus ou subjectus), designa exatamente aquele/a que é colocado/a
na condição de súdito/a ou, ainda, aos modos pelos quais se consegue produzir uma
subjetivação assujeitada.
Reconectando-o aos processos de controle e dependência criada por normas
institucionais, dimensiona-se o indivíduo, ou grupo, pari passu ao seu aprisionamento
à própria identidade, controlando inclusive o conhecimento de si mesmo/a, colocando,
dessa maneira, outro patamar para sua compreensão: uma posição vazia e flutuante
no discurso, atrelado à reiterada necessidade de reconhecimento e validação, pelos
mesmos parâmetros que determinam os processos de exclusão e interdição associados
ao constructo sujeito.
Ainda na encruzilhada, recordo que anunciei como intenção montar um quadro
que pudesse servir de referência para avaliarmos como nossas estratégias dialogam
com essas questões, entendendo-as como cruciais aos nossos intentos descolonizantes
e, quiçá, compartilhar, por meio desse texto, a inquietação trazida pela sensação de
que nos objetificamos diuturnamente ao modelo que colonialista e suas demandas.
Inquietação, que obviamente passa pela maneira como a realidade abordada nos atinge
como experiencia aqui em Campina Grande, na Universidade Estadual da Paraíba.
Ao passo que reitero o agradeço o convite a organização do curso de extensão,
externo minha expectativa de que possa ter produzido uma prosa convidativa para
outros diálogos.
49 Professora da UFRN, em parceria com Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores (CEPAT), com
sede em Curitiba-PR e, ainda do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, publicada em 24 de abril de
2013. Disponível em: https://www.ecodebate.com.br/2013/04/24/os-povos-indigenas-nao-cabem-
-no-atual-modelo-da-esquerda-no-poder-na-america-latina-e-no-brasil/. Acesso em: 13 dez. 2021.
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