Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Efai - Ensino Fundamental Anos Iniciais 1º Ao 6º Arte
Efai - Ensino Fundamental Anos Iniciais 1º Ao 6º Arte
ARTE CADERNO
ANOS INICIAIS
CADERNO
DO(A)
DO PROFESSOR
PROFESSOR(A)
1° SEMESTRE
Programa de Enfrentamento à Violência contra
Meninas e Mulheres da Rede Estadual de São Paulo
NÃO SE ESQUEÇA!
Buscamos uma escola cada vez mais acolhedora para todas as
pessoas. Caso você vivencie ou tenha conhecimento sobre um caso
de violência, denuncie.
Onde denunciar?
– Você pode denunciar, sem sair de casa, fazendo um Boletim de Ocorrência
na internet, no site: https://www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br.
– Busque uma Delegacia de Polícia comum ou uma Delegacia de Defesa
da Mulher (DDM). Encontre a DDM mais próxima de você no site
http://www.ssp.sp.gov.br/servicos/mapaTelefones.aspx.
– Ligue 180: você pode ligar nesse número - é gratuito e anônimo - para
denunciar um caso de violência contra mulher e pedir orientações sobre
onde buscar ajuda.
– Acesse o site do SOS Mulher pelo endereço https://www.sosmulher.sp.gov.br/
e baixe o aplicativo.
– Ligue 190: esse é o número da Polícia Militar. Caso você ou alguém esteja
em perigo, ligue imediatamente para esse número e informe o endereço
onde a vítima se encontra.
– Disque 100: nesse número você pode denunciar e pedir ajuda em casos
de violência contra crianças e adolescentes, é gratuito, funciona 24 horas
por dia e a denúncia pode ser anônima.
Secretaria da Educação
Currículo
em Ação
CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
ARTE
ENSINO FUNDAMENTAL
ANOS INICIAIS
1º AO 5º ANO
1º
SEMESTRE
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Rodrigo Garcia
Secretário da Educação
Hubert Alquéres
Secretária Executiva
Ghisleine Trigo Silveira
Chefe de Gabinete
Fabiano Albuquerque de Moraes
2º Ano
1º Bimestre.....................................................................................52
2º Bimestre.....................................................................................75
3º Ano
1º Bimestre.....................................................................................99
2º Bimestre...................................................................................127
4º Ano
1º Bimestre...................................................................................153
2º Bimestre...................................................................................181
5º Ano
1º Bimestre...................................................................................211
2º Bimestre...................................................................................240
1° ano
Arte
7
1º BIMESTRE
A LINGUAGEM MUSICAL
Sabemos que a Música é uma das linguagens da arte e, deste modo, pode demandar conhecimen-
to teórico e técnico específico. Muitos anos de prática e estudo são necessários para o desenvolvimento
de conhecimento e habilidades em nível profissional. Neste caso, são pessoas que optam por dedicar
suas vidas, aperfeiçoando-se constantemente, em busca do desenvolvimento técnico e expressivo.
No decorrer da história da música, desenvolveu-se conhecimento estético e teórico acerca desta
produção cultural. Este arcabouço nos ajuda a compreender e aprofundar a nossa aprendizagem na lingua-
gem musical. Para nós e nossos estudantes, a falta deste conhecimento em sua amplitude não diminui a
capacidade de sentir os sons. Contudo, a aprendizagem em música se sustenta com a assimilação e a
articulação de recortes importantes do conhecimento teórico com a prática criativa. Por exemplo, se nos
preocupamos em ensinar a escrita das figuras rítmicas, em outros momentos das aulas deixamos os estu-
dantes “senti-las” no próprio corpo. De que valeria saber todos os nomes das notas, dos acordes e das
tonalidades se não conseguíssemos usá-los em uma música por nós composta ou interpretada?
O que é Música? Música é a Linguagem dos Sons. Mas o que isto significa?
O cotidiano é repleto de sons, inclusive nossa linguagem verbal utiliza sequências de sons e silêncios
(consoantes, vogais e pontuações) para explicar, descrever, pedir, argumentar, suplicar, entusiasmar etc.
Nossa fala organiza-se por meio de palavras que formam frases e textos. E estas sequências de sons (pa-
lavras) podem representar nomes próprios, conceitos, objetos, situações ou ações. Neste caso, os sons
são imediatamente convertidos em linguagem verbal. Agora, imagine duas pessoas que conversam em um
idioma que não dominamos. Não compreendemos sua comunicação verbal! Quase escutamos tal conver-
sa como se fosse música: uma sequência de timbres (ao menos um diferente de cada pessoa), os sons das
consoantes e das vogais, as entoações, inclinações para o agudo e para o grave (alturas), intensidades
distintas no decorrer do tempo e a velocidade com que cada som é emitido (durações).
Poderíamos considerar este diálogo como música? Houve uma intenção musical por parte dos emis-
sores dos sons? Houve uma interdependência musicalmente planejada dos parâmetros sonoros? O objetivo
da conversa foi exclusivamente a comunicação verbal entre aqueles sujeitos? É importante refletir sobre isso.
Quando trabalhamos com a linguagem dos sons, organizamos no tempo todos os parâmetros
intrínsecos de uma música de uma forma equilibrada e transparente. Tanto o ouvinte quanto o execu-
tante devem perceber diversas características simultâneas dentro de uma mesma frase musical.
Ao cantar uma música coletivamente, nossos estudantes devem perceber a voz do professor, a
sua própria e a de seus colegas; caso contrário, ritmo e afinação estarão definitivamente prejudicados.
Ao executar com clareza e transparência, demonstramos a interdependência entre os parâmetros,
conseguimos nos comunicar com esta linguagem dos sons.
Em alguns casos, a música pode exprimir ideias extramusicais. Isto é facilmente exemplificado
por meio dos hinos patrióticos. Ao escutar o Hino Nacional Brasileiro, mais do que uma música, este
conjunto de sons expressa o nosso povo, nossas cores, nossa natureza, nossos cheiros, nossas con-
quistas e nossos fracassos.
Raramente escutamos esse hino como uma sequência de alturas, durações, timbres e intensidades
8 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
interdependentes entre si. O mesmo pode acontecer com vinhetas televisivas e, de uma maneira mais indi-
vidualizada, com músicas que ficaram marcadas em nossas memórias. Dentre os motivos, poderíamos
destacar emoções vividas ou eventos que presenciamos, nos quais determinada música esteve presente.
De fato, o discurso musical não comunica ideias, conceitos e ações como a linguagem verbal. O
âmbito de sua ação está associado às emoções e sentimentos. E no contexto até aqui apresentado, a
prática musical poderia ser o equilíbrio entre esses aspectos emocionais (a paixão, o que move) com
os aspectos racionais (o procedimento, o saber fazer e o compreender), como ocorre na execução de
ritmos, frases, harmonias, melodias etc.
Uma enorme conquista será promover o conhecimento de um vocabulário comum para falar de
sons. O contraste entre elementos musicais já é um ótimo começo! Palavras como grave e agudo,
lento e rápido, comprido e curto, forte e fraco, podem parecer simples mas são fundamentais para o
desenvolvimento musical e precisam ser exercitadas para sua correta assimilação.
Destacamos que é de fundamental importância que você, professor, se aproprie dos conteúdos,
conceitos e procedimentos apresentados neste material, com a finalidade de ensiná-los com seguran-
ça e tranquilidade. Sendo assim, as colocações teóricas, partituras e explicações mais detalhadas
servem para a sua aproximação com a música. Além disso, a aprendizagem da música na escola en-
volve ouvir, entender, apreciar, improvisar, pesquisar, conhecer, experimentar e praticar num processo
contínuo que dependerá da sua persistência e dedicação. Refletir sobre o que é realizado durante as
atividades, o ajudará a conhecer o estudante musicalmente.
A seguir, apresentamos um aporte sobre a Educação Inclusiva, Avaliação e Recuperação.
regulamentada em 1999, a lei é clara: todas as crianças têm o mesmo direito à educação. Neste con-
texto, o professor precisa realizar uma adaptação curricular para atender à diversidade em sala de aula.
Deficiência Auditiva
Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela ausência de infor-
mações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm condições de prosseguir
aprendendo se forem informados e estimulados de forma sistemática, levando em conta sua diversida-
de linguística e possibilidades de comunicação.
Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifique se estão olhando para você. A
maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem uso de leitura labial e aparelhos
de ampliação sonora.
Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode explicar para a
classe toda utilizando desenhos na lousa para a apropriação dos objetos de conhecimento. Convide
um estudante para demonstrar o que deve ser feito, fale olhando de frente sempre que possível, nas
festividades utilize o Hino Nacional em LIBRAS indicado no link a seguir:
Aula de Arte para com surdos: criando uma prática de ensino. Andreza Nunes
Real da Cruz. (Tese de Mestrado). IA/UNESP. Disponível em: http://gg.gg/myums.
Acesso em: 30 out. 2020.
Deficiência Visual
Existe o mito de que toda pessoa com deficiência visual tem talento para música. Isso não é ne-
cessariamente verdade, pois há quem não possua habilidades vocais ou para tocar instrumentos mu-
sicais. Enxergando ou não, o estudante precisa desenvolver habilidades musicais. É preciso apresentar
oralmente um instrumento musical indicando de que material é feito, se é de metal, madeira, bambu
etc., se é um instrumento acústico ou eletrônico e também oferecer a apreciação tátil, para que ele
possa manusear e explorar os sons que se pode obter de cada instrumento.
Deficiência Intelectual
O Componente Curricular Arte, por meio das suas diferentes linguagens, torna possível a mani-
festação de sentimentos e pensamentos colaborando com o desenvolvimento da comunicação, trans-
formando e enriquecendo as vivências musicais, através de experimentações significativas.
Estimular as relações cognitivas, emocionais e lógicas é importante e necessário para o desen-
volvimento global.
Nem todos os estudantes poderão formular os registros de maneira autônoma. Nesses casos, o
professor pode ser o escriba ou propor outras formas, como desenhos ou imagens recortadas. Essa
adaptação curricular garante a participação efetiva do estudante nas atividades.
Avaliação e recuperação
A avaliação e recuperação proposta neste material é diagnóstica, iniciando com a ação do pro-
fessor ao investigar o que os estudantes conhecem ou não conhecem acerca dos objetos de conhe-
cimento que serão abordados, e processual em todos os momentos de prática pedagógica, nos quais
podemos incluir diferentes maneiras de acompanhar, avaliar e recuperar as aprendizagens. Nesta con-
cepção de avaliação e recuperação em Arte, é importante adotar a postura de não estabelecer critérios
de comparação, oferecer possibilidades para que os estudantes alcancem os objetivos esperados,
estar atento às dificuldades expostas na realização das atividades e propor soluções. O fator
Arte 11
1 Agrupamentos produtivos: seguem os princípios dos saberes já construídos pelas crianças em seu percurso escolar, bem como levam em consideração a
heterogeneidade de saberes existentes no espaço escolar e a sua importância na construção dos saberes dos estudantes, pois essa forma de trabalho é
ancorada, em sua concepção, pela interação entre as crianças com a mediação do professor. Fonte: Fonte: http://gg.gg/p1nzv . Acesso em: 4 set. 2019.
2
Suposições inteligentes: hipóteses de cada indivíduo, baseadas em seus conhecimentos prévios e bagagem cultural.
12 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Condições didáticas
Habilidades e indicações para o Observar se o estudante
desenvolvimento das atividades
Habilidade Articuladora
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
Habilidade:
(EF01AR13) Experimentar, identificar e apreciar músicas brasileiras próprias do universo infantil,
inclusive aquelas presentes em seu cotidiano.
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas cinco atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato
com os objetos de conhecimento e seus modificadores. É importante que você, realize registros
durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/recuperação – recupere seus registros,
realize rodas de conversa ao final das atividades, sobre os objetos de conhecimento e modificadores
trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o estudante”, do organizador curricular,
como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento
do seu corpo e de suas possibilidades.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e
colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa
para pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus
cadernos as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo
com sua realidade e necessidade.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise os vídeos/áudios, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a apreciação,
reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior. É importante que eles possam falar sobre o que
reconhecem e imaginam ao apreciar canções que tem diferentes funções. Após a apreciação, solicite
que registrem o que aprenderam por meio de desenhos. É importante que os estudantes escutem as
canções, e não, necessariamente, assistam aos vídeos indicados. Você pode acrescentar ou utilizar
outras referências, de acordo com sua necessidade e/ou realidade.
14 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
O sítio do Seu Lobato. Bob Zoom. Disponível em: https://bit.ly/3Acjasy. Acesso em:
13 set. 2021.
A seguir apresentamos uma versão da letra desta musica para esse material.
Primeira parte da música:
Letra da música:
Seu Lobato tinha um sítio, ia, ia, ô! Era oinc oinc oinc pra cá,
E nesse sítio tinha um cachorrinho, ia, ia, ô! era oinc oinc oinc, pra lá,
Era au au au pra cá, era au au au, pra lá, Era oinc oinc oinc, pra todo lado, ia, ia, ô!
Era au au au, pra todo lado, ia, ia, ô!
Seu Lobato tinha um sítio, ia, ia, ô!
Seu Lobato tinha um sítio, ia, ia, ô! E nesse sítio tinha um cavalinho, ia, ia, ô!
E nesse sítio tinha um gatinho, ia, ia, ô! Era ri ri ri pra cá, era ri ri ri, pra lá,
Era miau miau miau pra cá, era miau miau Era ri ri ri, pra todo lado, ia, ia, ô!
miau, pra lá,
Era miau miau miau, pra todo lado, ia, ia, ô! Seu Lobato tinha um sítio, ia, ia, ô!
E nesse sítio tinha um carneirinho, ia, ia, ô!
Seu Lobato tinha um sítio, ia, ia, ô! Era mé mé mé pra cá, era mé mé mé, pra lá,
E nesse sítio tinha uma vaquinha, ia, ia, ô! Era mé mé mé, pra todo lado, ia, ia, ô!
Era mu mu mu pra cá, era mu mu mu, pra lá,
Era mu mu mu, pra todo lado, ia, ia, ô! Seu Lobato tinha um sítio, ia, ia, ô!
E nesse sítio tinha um pintinho, ia, ia, ô!
Seu Lobato tinha um sítio, ia, ia, ô! Era piu piu piu pra cá, era piu piu piu, pra lá,
E nesse sítio tinha um porquinho, ia, ia, ô! Era piu piu piu, pra todo lado, ia, ia, ô!
Ia, ia, ô! Ia, ia, ô!
Encerre a atividade com uma roda de conversa e verifique se compreenderam a ideia da canção.
Anote o que for dito por eles, para organizar seu portfólio.
Vídeos:
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Habilidade:
(EF01AR17) Apreciar e experimentar sonorização de histórias, utilizando vozes e sons corporais e/ou
instrumentos musicais convencionais ou não convencionais.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos abaixo alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.
• Sonorização de histórias: a utilização de sons naturais ou artificiais, ao longo de uma história, podem
ter, entre outras possibilidades, a função de estimular a imaginação, mobilizar memórias, caracterizar
ambientes, personagens, indicar ações, reforçar dramaticidades, “criar climas”, interferir. Tudo isso jun-
to, cria um conjunto de acontecimentos sonoros que traz realismo à história que está sendo contada.
Entre outras possibilidades, os sons são capazes de estimular a imaginação e mobilizar memórias.
• Instrumentos convencionais: aqueles que são conhecidos e reconhecidos com facilidade
e, normalmente, utilizados em agrupamentos musicais como bandas, orquestras etc. Por
exemplo: violino, flauta e piano.
• Instrumentos não convencionais: essa classificação de instrumentos apresenta infinitas
possibilidades de configuração, desde adaptação e/ou fusão de instrumentos convencionais,
até a utilização de qualquer fonte sonora capaz de produzir sonoridades. Por exemplo: objetos,
água, paredes e móveis.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem possam apresentar suas ideias e
colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa
para pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus ca-
dernos as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo
com sua realidade e necessidade.
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Para o desenvolvimento desta atividade, você vai realizar a leitura do texto “No sítio da Vovó Jo-
ana”. Esta primeira leitura deve ser pausada e com os sons dos animais e da natureza, para que os
estudantes acompanhem e apreciem a estória. Chame a atenção deles para que percebam os mo-
mentos em que os sons dos animais e da natureza (que você vai fazer, à sua maneira) aparecem, du-
rante o desenrolar da contação.
Explique que haverá outras leituras onde todos participarão, durante a narração da estória, repro-
duzindo os sons dos animais e da natureza no momento em que você indicar.
As informações levantadas, por você, na atividade anterior, podem oferecer outras opções de
histórias para este e outros momentos, a fim de complementar e ampliar o conhecimento da turma.
Professor, faça pausas e perguntas, reforçando os conceitos trabalhados na atividade anterior.
Você pode acrescentar ou utilizar outras referências, de acordo com sua necessidade e/ou realidade.
Vovó Joana sempre viveu na cidade, mas precisou mudar-se para o sítio que herdou de seu pai.
É um sítio maravilhoso, com uma casa amarela de janelas grandes e uma varanda bem arejada, com
muitas árvores frutíferas: macieiras, laranjeiras, mamoeiros, abacateiros, mangueiras, entre outras.
Lá existe um gramado e um pasto imenso, mas sem nenhum animal para lhe fazer companhia.
Tem um riacho e até um estábulo, mas é um lugar muito quieto! Que triste, quanto silêncio
(silêncio total)!
Ouve-se apenas o piado dos pássaros em meio às árvores e plantinhas coloridas – Piu! Piu! Piu!
De longe se ouve o barulho da água do riacho (bem baixinho) – Chuá! Chuá! Chuá! Mas, quanto
mais próximo dele, o som fica mais alto – Chuááá! Chuááá! Chuááá! E, às vezes, se ouve o vento
– S S S S S.
Vovó Joana estranha toda aquela calma! Tudo tão quieto! Sente saudades da cidade.
Sentindo-se muito só e também a falta do barulho, resolveu comprar alguns bois. E os bois logo
começaram a fazer barulho – Muu! Muu! Muu! Os pássaros – Piu! Piu! Piu! O riacho – Chuá! Chuá!
Chuá! E o vento – S S S S S S.
Mesmo assim, ainda não era barulho suficiente. Vó Joana comprou uns cachorrinhos. Esses sim
eram barulhentos – Au! Au! Au! Os pássaros – Piu! Piu! Piu! O riacho – Chuá! Chuá! Chuá! O vento
– S S S S S. E os bois – Muu! Muu! Muu!
Mas ainda não era barulho suficiente, então recebeu de presente uns gatos. Os gatos faziam
muito barulho – Miau! Miau! Miau! Os pássaros – Piu! Piu! Piu! O riacho – Chuá! Chuá! Chuá! O
vento – S S S S S. Os bois – Muu! Muu! Muu! Os cachorros – Au! Au! Au!
Mas ainda não era barulho suficiente. Vovó Joana comprou uns cavalos. Os cavalos corriam pra
lá e pra cá – Rim! Rim! Rim! Os pássaros – Piu! Piu! Piu! O riacho – Chuá! Chuá! Chuá! O vento – S
S S S S. Os bois – Muu! Muu! Muu! Os cachorros – Au! Au! Au! Os gatos – Miau! Miau! Miau!
Mas ainda não era barulho suficiente. Vó Joana comprou uns galos e uns carneiros. Os galos
3 Livre adaptação do texto “A Fazenda da Dona Berenice”, feita pelos PCNPs Cláudia Neves Rocha e Pedro Kazuo Nagasse especialmente para esse material.
Arte 21
cantavam – Cocoricó! Os carneiros pastavam – Bééé! Bééé! Os pássaros – Piu! Piu! Piu! O riacho
– Chuá! Chuá! Chuá! O vento – S S S S S. Os bois – Muu! Muu! Muu! Os cachorros – Au! Au! Au!
Os gatos – Miau! Miau! Miau! Os cavalos – Rim! Rim! Rim!
Mas ainda não era barulho suficiente. Na verdade, o barulho do sítio só fica satisfatório aos finais
de semana, quando recebe a visita de seus netos. O mais velho tem cabelos enroladinhos e bem
pretinhos, e o outro, seu irmãozinho, de cabelos também enroladinhos, mas ruivos. São crianças
muito alegres e barulhentas, batem palmas, batem os pés, assobiam e adoram brincar. Os dois
irmãos se encantam com os sons do novo sítio.
O som do sítio ficou assim. Os pássaros – Piu! Piu! Piu! O riacho – Chuá! Chuá! Chuá! O vento – S
S S S S. Os bois – Muu! Muu! Muu! Os cachorros – Au! Au! Au! Os gatos – Miau! Miau! Miau! Os
cavalos faziam – Rim! Rim! Rim! Os galos cantavam – Cocoricó! E os carneiros repetiam – Bééé! Bééé!
Agora sim, tudo está perfeito, e nunca mais faltou barulho no sítio da Vovó Joana.
Encerre a atividade com uma roda de conversa e verifique, com os estudantes, se compreende-
ram a ideia de sonorização de uma história.
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato
com os objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa ao final das atividades, sobre
os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados, e utilize as informações da coluna
“Observar se o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento
do seu corpo e de suas possibilidades.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, esta situação de aprendizagem tem como foco a canção “Mutum”. Para iniciar esta ati-
vidade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples, permitindo
que todos que quiserem possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a conversa se de-
senvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito. Realize um fecha-
mento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos as informações que estão na lousa. Você
pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise a história, antes de apresentá-la aos estudantes. Durante a leitura, faça pausas
e perguntas, reforçando os conceitos trabalhados na atividade anterior. Você pode acrescentar ou uti-
lizar outras referências, de acordo com sua necessidade e/ou realidade.
Para despertar o interesse e estimular a imaginação da turma, conte a história do pássaro, de
forma poética, e depois apresente a imagem a seguir.
Na sequência organize uma roda e apresente a letra e a canção Piá do Mutum, para que os
estudantes possam aprendê-la.
Arte 23
História do Mutum4
Sou um pássaro e vivo próximo aos rios da Mata Atlântica. Eu canto o ano inteiro, mas de julho
a dezembro, eu canto muito mais. Quando a lua ainda se prepara para dar lugar aos primeiros raios
de sol, eu canto alto como meu primo galo. E só vou parar lá pelas dez da manhã!
Quando pressinto um perigo, assobio alto e curto para avisar meus companheiros. Se você
imitar o meu piado, eu respondo também. Vamos tentar? Adoro ciscar, comer frutos, folhas e
brotinhos de plantas. Às vezes caço um gafanhoto, uma perereca.
Ah! Eu não vivo sozinho. Eu tenho uma companheira e com ela viverei para sempre. No entanto,
quando brigamos, “sai de baixo”!
Nos meses de novembro e dezembro, vivemos um momento especial. Como minha companheira
se mantém ocupada em cuidar dos nossos bebês que ainda estão nos ovos (a fêmea põe de 2 a
5 ovos), eu a alimento.
No final de julho, nascem nossos filhotes, que cuidaremos até que eles completem quatro meses
e ganhem o mundo. Ah! Esqueci-me de lhes dizer. Meu nome é Mutum.
4 Texto escrito pelo PCNP = Djalma Abel Novaes, cedido especialmente para esse material.
24 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Na maaa da mata aa va
A paá da daas Matam
Paava qua arratambava, a mananha
Tam, tam, tam
Explique para eles como serão as variações, sem se preocupar com o conceito, mas com o efeito
dele na canção. Será bem divertido, e tudo pode ser feito com muitas outras canções.
Arte 25
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM IV
Habilidade:
(EF01AR13) Experimentar, identificar e apreciar músicas brasileiras próprias do universo infantil,
inclusive aquelas presentes em seu cotidiano.
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato
com os objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para
avaliação/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa ao final das atividades,
sobre os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados, e utilize as informações da coluna
“Observar se o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento
do seu corpo e de suas possibilidades.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem possam apresentar suas ideias e
colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa
para pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus ca-
dernos as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo
com sua realidade e necessidade.
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise os áudios/vídeos, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a aprecia-
ção, faça pausas e perguntas, reforçando os conceitos trabalhados na atividade anterior. Você pode
acrescentar ou utilizar outras referências, de acordo com sua necessidade e/ou realidade.
Inicie a apreciação apresentando os vídeos disponíveis nos links indicados a seguir. A apreciação da
música a “Loja do Mestre André” (ou outra de livre escolha) é importante para o desenvolvimento da próxima
atividade de experimentação vocal. Peça-lhes que prestem muita atenção, pois em breve irão cantá-la.
26 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM V
Habilidade:
(EF01AR17) Apreciar e experimentar sonorização de histórias, utilizando vozes e sons corporais e/ou
instrumentos musicais convencionais ou não convencionais.
Objeto de Conhecimento: Processos de criação
• Sonorização de histórias
• Instrumentos musicais convencionais ou não convencionais
Habilidade Articuladora:
(EF15AR23) Reconhecer e experimentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas
linguagens artísticas.
Objetos de Conhecimento: Processo de Criação
• Relações processuais entre diversas linguagens artísticas
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas cinco atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores. É importante que você realize registros durante o desen-
volvimento das atividades. Para avaliação/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de con-
versa ao final das atividades, sobre os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados, e utilize as
informações da coluna “Observar se o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades, in-
dependentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do seu
corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos abaixo um conceito importante para o desenvolvi-
mento das atividades.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples,
permitindo que todos que quiserem possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a con-
versa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito. Realize
um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos as informações que estão na
lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
Inicie a conversa resgatando as histórias e músicas trabalhadas nas atividades anteriores. Per-
gunte de quais personagens se lembram, quais foram os sons da natureza, os sons dos animais e lu-
gares que apareceram nas canções. Durante a conversa, explique que eles irão participar de atividades
de música, teatro, desenho e pintura.
Pergunte aos estudantes:
Arte 29
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise as imagens e os vídeos, antes de apresentá-las aos estudantes.
Durante a apreciação, faça pausas e perguntas, reforçando os conceitos trabalhados na atividade
anterior. É importante que eles façam anotações sobre a conversa. Você pode acrescentar ou utilizar
outras referências, de acordo com sua necessidade e/ou realidade.
Depois de ensaiar, organize as apresentações. Talvez seja necessário que você participe de to-
das. Verifique a possibilidade de apresentar para toda a escola.
2º BIMESTRE
A LINGUAGEM DA DANÇA
A dança é uma linguagem artística do corpo em movimento. A prática da dança possibilita o de-
senvolvimento da sensibilidade e da motricidade como pares entrelaçados. O domínio do movimento
na dança propicia a ampliação de repertórios gestuais, novas possibilidades de expressão e comuni-
cação de sensações, sentimentos, pensamentos. O refinamento do corpo em movimento encontra-se
articulado à expressividade e à criatividade, envolvendo processos de consciência corporal (individual)
e social (relacional), assim como processos de memória, imaginação, concepção e criação em dança
nos âmbitos artístico e estético.
A dança está presente no salão de baile, nos desfiles de Carnaval, em um encontro de danças
urbanas ou na roda de samba na rua, no pátio de uma escola, no palco de um teatro, no cinema, na
televisão. As danças têm funções e sentidos ligados ao contexto de acontecimento, aos sujeitos que
a vivenciam e que a desfrutam como público. Pensando em uma dimensão abrangente, acreditamos
que todas as pessoas podem dançar.
Se, por um lado, cada contexto de ensino e aprendizagem da dança tem contornos diferencia-
dos, poderíamos dizer que existe algo comum, importante a ser destacado para o professor que irá
percorrer as situações de aprendizagem aqui propostas. Dançar implica em aprender sobre o movi-
mento que aborda: o espaço nas suas relações de direções, níveis e planos; o tempo nas relações de
pulsos, ritmos, pausa e velocidades com e no próprio corpo, tendo a ação e a reflexão sempre
presentes.
O ensino da arte na escola não tem a função de oferecer uma formação profissional, mas propor-
cionar aos estudantes a oportunidade de conhecer, apreciar, criar e viver a dança na escola, tendo
experiências com sentido e ligadas ao mundo dessa linguagem, expandindo as possibilidades de for-
mação e de participação social.
Estamos então convidando os professores de Arte para enfrentar um desafio: aproximar-se da Dança
como uma linguagem artística, procurando pontes com as demais linguagens de seu conhecimento, com
suas histórias pessoais de corpo e movimento, com suas memórias e desejos dançantes, por vezes não
manifestos.
As bases ou pilares para que o processo de ensino e de aprendizagem possa ter início é que você
professor se permita vivenciar uma aproximação do próprio corpo. Além disso, sugerimos uma atitude
de observação constante do corpo e do movimento do estudante no cotidiano escolar, o que irá, sem
dúvida, lhe oferecer um rico repertório de ações corporais, formas de movimento, interações, jogos e
danças que os estudantes dominam e vivenciam entre eles na escola.
As situações de aprendizagem propostas estão fundamentadas por referenciais teórico-práticos,
didático-metodológicos oriundos da pesquisa de especialistas, artistas e educadores. De fato, subja-
zem a esse material conceitos, experiências, reflexões e danças. Sua disponibilidade de não apenas
ler, mas estudar previamente e orientar as aprendizagens dos estudantes nas atividades de dança
permitirá a ocorrência de um rico processo de conhecimento na linguagem.
Sintetizamos, a seguir, alguns conceitos importantes para o estudo e o desenvolvimento das Si-
tuações de Aprendizagem na linguagem da linguagem dança.
Arte 31
Em uma definição sucinta podemos dizer que o que caracteriza a linguagem da dança é o movi-
mento do(s) corpo(s) do(s) dançarino(s) no espaço e no tempo.
Enfim, dançar significa experimentar o corpo em movimento para além de sua funcionalidade
(caráter instrumental) cotidiana. Do mais simples ao mais complexo dos processos de aprender uma
dança, o corpo poderá ter experiências de criação e construção de movimentos expressivos nos quais
cada estudante que dança está implicado com seu mundo interno, sua memória, sua história, dialo-
gando com o as culturas da dança presentes no mundo.
Em especial na primeira infância, as crianças estão em pleno momento de descobertas e refina-
mento de seus gestos e movimentos, tanto de caráter instrumental, quanto expressivo. Há, em geral,
uma enorme disponibilidade para mover-se. As brincadeiras da criança de seis, sete ou oito anos (estu-
dantes do 1o e 2o ano) são jogos e narrativas em movimento, muitas vezes, permeados pelo dançar.
Apesar dessa disponibilidade e da presença da própria dança, por vezes, no cotidiano de algumas
das crianças, o estudo da dança como uma das linguagens artísticas na escola irá envolver o diálogo por
meio do corpo em movimento com os pares e o professor, de maneira que o estudante possa experimen-
tar, criar, executar, transformar, observar, organizar diferentes maneiras de dançar. Nesse sentido, cabe
reiterar que o estudo da dança na escola não pode estar restrito ao aprendizado de coreografias.
Como componentes da dança figuram: 1) o movimento (o elemento central); 2) o dançarino
(quem dança); 3) os elementos sonoros, que incluem a música, o uso da voz, o silêncio, o som am-
biente; 4) os elementos visuais que são compostos pelo espaço cênico ou pelo espaço onde a
dança acontece, envolvendo também objetos de cena, figurinos, cenários, vídeos.
O processo criativo em dança se materializa em uma composição coreográfica, a qual pode en-
volver diferentes arranjos entre o movimento e a música, entre o movimento e o espaço, entre o movi-
mento e os elementos de cena. Nesse sentido, para fruir e analisar a forma/conteúdo de uma obra de
dança é necessário observar as conexões estabelecidas entre tais componentes.
A CRIAÇÃO DO AMBIENTE
É fundamental criar um ambiente propício para o desenvolvimento das atividades. Mas, além do
espaço físico, estamos sugerindo que você, professor, crie para e com os estudantes, um lugar de
acolhimento às experiências corporais e de movimento, ampliando e enriquecendo esse universo.
Um simples espreguiçamento do corpo, quando realizado com atenção à pele e aos movimentos
articulares, pode significar uma estimulação do tato e da propriocepção (percepção do próprio corpo).
É um “chegar ao corpo”, abordando-o em suas dimensões intrínsecas – sensorial e motora. Isso sig-
nifica que estamos nos preparando para a atividade, mas, paradoxalmente, já estamos dentro dela,
porque não conseguimos nos separar de nosso corpo. No caso da dança, isso pode significar sentir
os pés, mover as articulações, sentir o espaço, ouvir a respiração. Esse momento poderá acordar,
disponibilizar, organizar, concentrar, construir, individual e coletivamente, um estado de dança.
No desenvolvimento das atividades, procure observar o estado de presença do estudante em
relação ao seu corpo, ao espaço e ao grupo em que está inserido. Além disso, esteja atento às possí-
veis mudanças que acontecerão no que diz respeito à evolução da qualidade de movimento. Nesse
caso, estamos chamando sua atenção aos indicadores de observação descritos no Organizador Cur-
ricular. A observação é um processo de avaliação contínua, pois no caso da dança trata-se de uma
linguagem efêmera. Você deverá registrar os processos, como iremos apontar a seguir, mas a riqueza
da observação no percurso da ação é única e própria à essa linguagem. Esse é seu principal material
de avaliação: o corpo em movimento no percurso das atividades.
32 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Para o ensino da linguagem da dança nos anos iniciais do Ensino Fundamental, os objetos de
conhecimento estão articulados com as atividades fundamentais ao aprendizado dos estudantes, res-
peitando seu desenvolvimento motor, cognitivo e socioemocional, por meio de jogos, brincadeiras,
danças de roda, criação de suas danças individuais, coletivas e colaborativas.
Essa é uma proposta de iniciação à linguagem da dança. Nesse momento da vida das crianças
a introdução de uma técnica, onde os movimentos repetitivos são parte da construção do aprendiza-
do, não se faz necessária, pois anteriormente ao exercício, é de fundamental importância o desenvol-
vimento de um vocabulário e consequentemente de um repertório expressivo e simbólico no corpo,
como também o conhecimento de sua estrutura músculo/esquelética, em movimento. Sem esses
conhecimentos, todo o processo de exploração e criação de movimentos estará reduzido a um reper-
tório limitado ou a um repertório colado a referências midiáticas sem qualidade artística e estética, ou
seja, estereotipado, onde a imitação ou a cópia elimina a possibilidade de criação ou até mesmo de um
olhar crítico a esses modelos.
Deficiência Intelectual
Deficiência Auditiva
Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela ausência de infor-
mações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm condições de prosseguir
aprendendo se forem informados e estimulados de forma sistemática, levando em conta sua diversida-
de linguística e possibilidades de comunicação. Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifi-
que se estão olhando para você. A maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem
uso de leitura labial e aparelhos de ampliação sonora.
Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode explicar para a
classe toda utilizando desenhos na lousa. Para a apropriação dos objetos de conhecimento, convide
um estudante para demonstrar o que deve ser feito. Fale olhando para a turma e, sempre que possível,
demonstrando os movimentos.
Indicamos, a seguir, alguns links para você ampliar seu conhecimento:
Deficiência Visual
O estudante com deficiência visual pode dançar. A dança para esse estudante trabalha espacia-
lidade, lateralidade, equilíbrio e autoestima, tornando-o mais seguro de seu corpo. Ao apresentar a
dança para um estudante com deficiência visual, é importante que você seja descritivo e claro. É atra-
vés da descrição que ele entenderá o que está sendo solicitado. Fale de forma pausada e calma. Tome
cuidado com sua entonação vocal – tons muito altos, estridentes, bruscos ou ríspidos podem assus-
tar/inibir o deficiente visual. É importante que este estudante se sinta seguro para participar da propos-
ta; portanto, se necessário, explique diversas vezes. Se preciso, solicite a outro estudante que faça a
posição do que está sendo pedido para que o estudante deficiente visual sinta o colega e entenda o
que deve ser feito. Estimule o deficiente visual a participar da aula e proponha que outros estudantes
se coloquem no lugar dele, fazendo algumas atividades adaptadas com o uso de vendas, por exemplo.
Esse momento de troca aproxima os colegas e será de grande valia no momento. Acompanhe o estu-
dante durante a atividade, conduzindo o a fazer o movimento, mas antes converse com ele quanto ao
toque e à receptividade do mesmo.
Para ampliar essa conversa sugerimos o seguinte material de apoio:
Deficiência Motora
Incluir os estudantes com deficiência motora se faz necessário num universo de dança. As limita-
ções físicas destes estudantes não os impedem de dançar. Cabe ao professor estimulá-los e torná-los
conscientes de que seu corpo também dança.
A dança eleva a autoestima, e os movimentos podem ser adaptados caso a caso. Inclua o estu-
dante no processo de dança, sempre respeitando seus tempos e espaços e adaptando as atividades
propostas para a inclusão deste estudante.
34 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Condições didáticas
e indicações para o
Habilidades Observar se o estudante
desenvolvimento das
atividades
Habilidade Articuladora
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
Habilidade:
(EF01AR08) Experimentar, identificar e apreciar formas distintas de manifestações da dança presentes
em seu cotidiano (rodas cantadas, brincadeiras rítmicas e expressivas), cultivando a percepção, o ima-
ginário, a capacidade de simbolizar e o repertório corporal.
Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar os conhecimentos prévios, colocá-los em contato com
manifestações da dança presentes em seu cotidiano, apresentar rodas cantadas, brincadeiras rítmicas
e expressivas, ensiná-los a dançar, desenvolver ações de percepção, criação e imaginação com ênfase
no conhecimento do próprio corpo. É importante que você realize registros durante o desenvolvimento
das atividades. Se possível, fotografe e/ou filme as atividades. Para avaliação/recuperação – recupere
seus registros, realize rodas de conversa ao final das atividades, sobre os objetos de conhecimento e
modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o estudante”, do organizador
curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem possam apresentar suas ideias e
colocações a respeito das brincadeiras rítmicas e danças de roda. À medida que a conversa se desen-
volve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito. Realize um fecha-
mento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos as informações que estão na lousa. Você
pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise os vídeos/áudios, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a aprecia-
ção, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior. É importante que eles possam falar sobre
o que reconhecem e imaginam ao apreciar cirandas, danças de roda e brincadeiras rítmicas e expres-
sivas. Após a apreciação solicite que registrem o que aprenderam por meio de desenhos. No acervo
36 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
de vários artistas (Milton Dacosta, Cândido Portinari, Orlando Teruz, Edward Potthast etc.) existem
obras que retratam cenas de ciranda de roda. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo
pessoal ou no da escola, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.
Como sugestão indicamos a seguir alguns links contendo imagens e vídeos de danças com te-
mas de brincadeiras infantis.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Habilidade:
(EF01AR10) Experimentar diferentes formas de orientação no espaço (deslocamentos, planos, direções,
caminhos etc.) e ritmos de movimento (lento, moderado e rápido) na construção do movimento dançado.
Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas oito atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar os conhecimentos prévios, orientar a experimentação de dife-
rentes formas de orientação no espaço, ritmos, movimentos corporais e construção do movimento
dançado. Vai ensiná-los a brincar e dançar, desenvolver ações corporais e espaciais em dança com
ênfase no conhecimento do próprio corpo.
É importante que você, realize registros escritos durante o desenvolvimento das atividades. Faça re-
gistros fotográficos e filmagens para utilizá-los na Situação de Aprendizagem III. Se possível, foto-
grafe e/ou filme as atividades. Para avaliação/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de con-
versa ao final das atividades, sobre os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados, e utilize as
informações da coluna “Observar se o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades, inde-
pendentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do seu cor-
po e de suas possibilidades.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para realizar esta atividade, organize uma roda e converse com os estudantes, pergun-
tando de forma simples, permitindo que todos que quiserem possam apresentar suas ideias e coloca-
ções, sobre o que eles conhecem e como percebem seus corpos, quando se fala de: orientação no
espaço (deslocamentos, planos, direções, caminhos), ritmos de movimento (lento, moderado e rápido)
na construção do movimento dançado. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave
e faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite
que copiem em seus cadernos as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros ques-
tionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise as imagens e os vídeos, antes de apresentá-las aos estudantes. Durante a
apreciação, faça pausas e perguntas, reforçando os conceitos trabalhados na atividade anterior. Você
pode acrescentar ou utilizar outras referências, de acordo com sua necessidade e/ou realidade. Indica-
mos a música “Da abóbora faz melão” (se julgar necessário, escolha outra música).
Arte 39
Apresente para a turma a letra, uma gravação e os vídeos indicados a seguir. Após a apreciação,
converse sobre:
• Orientação espacial – deslocamentos, planos, direções, caminhos;
• Ritmos de movimento – lento, moderado e rápido;
• Construção do movimento dançado.
Após as montagens, organize os estudantes em uma roda onde cada um ficará de pé em frente
ao seu trabalho (que poderá estar sobre uma carteira ou no chão). Solicite que reproduzam com o
corpo a posição da sua própria figura humana criada.
Organize e proponha que, em forma de rodízio, observem e reproduzam as figuras criadas pelos colegas.
Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas duas atividades. Nelas, você vai conversar
com os estudantes sobre as experiências pessoais e coletivas vividas nas situações de aprendizagens an-
teriores associando a utilização correta das palavras ao repertório pessoal dos estudantes. É importante que
você realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Se possível, fotografe e/ou filme as ativida-
des. Para avaliação/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa ao final das ativida-
des, sobre os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados, e utilize as informações da coluna
“Observar se o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades, inde-
pendentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do seu cor-
po e de suas possibilidades.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Inicie uma conversa, destacando todos os pontos importantes das atividades desenvolvidas nas
aulas anteriores de Arte. Instigue os estudantes a falar detalhes sobre as experiências pessoais e/ou
coletivas em dança vivenciadas no espaço escolar. Pergunte o que entenderam sobre: orientação es-
pacial, deslocamentos, planos, direções, caminhos, ritmos de movimento (lento, moderado e rápido) e
construção do movimento dançado, ações corporais, coreografia, ciranda, brincadeiras rítmica ou
expressiva, formas da dança. Durante a conversa vá anotando tudo, pois este registro será importante
para próxima atividade.
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, organize e apresente para os estudantes as fotografias e filmagens realizadas durante
as atividades de cada situação de aprendizagem anterior, propiciando momentos de apreciação das
experiências pessoais e coletivas vivenciadas pela turma. Converse e deixe-os à vontade para falar
sobre como se sentem ao se verem nas imagens. O que sentem? Fique atento para contornar possí-
veis falas preconceituosas ou depreciativas. Faça um fechamento valorizando as falas, as diferenças e
reforce a importância do respeito.
46 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM IV
Habilidade Articuladora:
(EF15AR23) Reconhecer e experimentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas
linguagens artísticas.
Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas cinco atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar os conhecimentos prévios sobre a elaboração e execução de
um Projeto integrado entre as Linguagens da Arte. É importante que você realize registros durante o
desenvolvimento das atividades. Para avaliação/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de
conversa ao final das atividades, sobre os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados, e utilize
as informações da coluna “Observar se o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
• Relações processuais: nesta habilidade, trata-se da investigação, pesquisa e análise das
possibilidades de criação e utilização de produções artísticas, das diferentes modalidades e
linguagens artísticas (danças, músicas, encenações, desenhos, pinturas etc), durante a realização
de projetos temáticos.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem possam apresentar suas ideias e
colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa
para pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus ca-
dernos as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo
com sua realidade e necessidade.
Explicando que eles irão participar da elaboração e execução de um projeto de Arte envolvendo
a dança, música, teatro e artes visuais (desenho).
Pergunte:
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Resgatando as vivências realizadas durante o ano, diga aos estudantes que eles irão utilizar seu
aprendizado para realizar atividades que articulam a linguagem da dança e da música. Leia antecipada-
mente a letra da canção e apresente a história da “Linda Rosa Juvenil” (ou outra de sua escolha).
Converse sobre a história e depois leia a letra, cante e coloque os vídeos sugeridos (caso escolha outra
música, será necessário selecionar outros vídeos). Durante a apreciação, peça-lhes que observem aten-
tamente como a canção foi cantada e encenada.
Letra da Canção:
A linda rosa juvenil. Disponível em: http://gg.gg/n8f5z. Acesso em: 5 dez. 2019.
• Coroa do rei: grampeador, cartolina, tesoura, papel cartão, papel pardo, cola colorida, brilhos
e lantejoulas, fita crepe. Corte a cartolina ou papel cartão no formato de uma coroa e proponha
que o grupo que optou por esse acessório o decore com cola colorida, brilho e lantejoula.
Depois de pronta e seca, grampeie as duas pontas para que possa encaixar na cabeça da
criança;
• Chapéu da bruxa: grampeador, cartolina, tesoura, papel cartão, papel pardo, cola colorida,
brilho e lantejoulas, fita crepe. Corte o papel cartão em formato de chapéu de bruxa. Oriente o
grupo que optou por esse acessório que decore, também, com cola colorida, brilho e lantejoulas.
Depois de pronto e seco, verifique se cada um se encaixa na cabeça das crianças;
• Coroa da Linda Rosa Juvenil: grampeador, tesoura, papel cartão, cola colorida, brilho e
lantejoulas, flores artificiais ou de papel. Corte a cartolina ou papel cartão no formato de uma coroa
e proponha que o grupo que optou por esse acessório o decore com flores feitas de papel. Depois
de pronta e seca, grampeie as duas pontas para que possa encaixar na cabeça das crianças;
• Mato: papel crepom verde, papel verde, fita crepe, cola, tesoura; proponha que as crianças
cortem, com seu auxílio se necessário, o papel crepom, ainda dobrado, formando tiras. Depois
desdobre-o, pegue algumas fitas do papel crepom, junte-as e fixe-as com fita durex pelas
pontas, de modo a formar um molho de fitas de crepom;
• Relógio: círculo de cartolina ou papelão, lápis de cor, giz de cera, cordão, cola, tesoura; o
relógio pode ser o mesmo do teatro de varetas, caso a criança opte por apenas pintá-lo, ou
então pode desenhá-lo, numa cartolina cortada ao meio. Ajude-os a fazer o círculo. Depois de
recortar, é necessário fazer um furinho na parte superior e passar um barbante para pendurar
no pescoço. Evite dar nó no barbante, una as pontas com fita adesiva, para evitar acidentes.
Confecção de figurino: Utilizar fantasias, caso haja na escola, ou confeccionar com papel, TNT,
retalhos, grampeador, fita crepe, cola.
Confecção de cenário: papel crepom, papelão, papel pardo, cartolina, papel color set, cola,
tesoura sem ponta, fita crepe. Construir a fachada da casa da Rosa Juvenil, algumas árvores e flores.
Ensaio e divisão de personagens: divida a turma de acordo com o número de estudantes, (Ex.:
4 rosas, 4 feiticeiras, 4 relógios, 4 reis, 10 matos). Após a distribuição das personagens faça, no mínimo,
2 ensaios para aprenderem sua marcação do espaço na dramatização. Você, professor, fará a narração da
divisão da letra e a cada parte soltará a gravação da música quando as personagens entrarem em cena.
Arte 49
Arte
52 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
1º BIMESTRE
A LINGUAGEM MUSICAL
Sabemos que a Música é uma das linguagens da arte e, deste modo, pode demandar conhecimen-
to teórico e técnico específico. Muitos anos de prática e estudo são necessários para o desenvolvimento
de conhecimento e habilidades em nível profissional. Neste caso, são pessoas que optam por dedicar
suas vidas, aperfeiçoando-se constantemente, em busca do desenvolvimento técnico e expressivo.
O que é Música? Música é a Linguagem dos Sons. Mas o que isto significa?
O cotidiano é repleto de sons, inclusive nossa linguagem verbal utiliza sequências de sons e
silêncios (consoantes, vogais e pontuações) para explicar, descrever, pedir, argumentar, suplicar,
entusiasmar etc. Nossa fala organiza-se por meio de palavras que formam frases e textos. E estas
sequências de sons (palavras) podem representar nomes próprios, conceitos, objetos, situações ou
ações. Neste caso, os sons são imediatamente convertidos em linguagem verbal. Agora, imagine
duas pessoas que conversam em um idioma que não dominamos. Não compreendemos sua comu-
nicação verbal! Quase escutamos tal conversa como se fosse música: uma sequência de timbres (ao
menos um diferente de cada pessoa), os sons das consoantes e das vogais, as entoações, inclina-
ções para o agudo e para o grave (alturas), intensidades distintas no decorrer do tempo e a veloci-
dade com que cada som é emitido (durações).
Poderíamos considerar este diálogo como música? Houve uma intenção musical por parte dos emis-
sores dos sons? Houve uma interdependência musicalmente planejada dos parâmetros sonoros? O objetivo
da conversa foi exclusivamente a comunicação verbal entre aqueles sujeitos? É importante refletir sobre isso.
Quando trabalhamos com a linguagem dos sons, organizamos, no tempo, todos os parâmetros
intrínsecos de uma música de uma forma equilibrada e transparente. Tanto o ouvinte quanto o execu-
tante devem perceber diversas características simultâneas dentro de uma mesma frase musical.
Ao cantar uma música coletivamente, nossos estudantes devem perceber a voz do professor, a
sua própria e a de seus colegas, caso contrário, ritmo e afinação estarão definitivamente prejudicados.
Ao executar com clareza e transparência, demonstramos a interdependência entre os parâmetros,
conseguimos nos comunicar com esta linguagem dos sons.
Arte 53
Em alguns casos, a música pode exprimir ideias extramusicais. Isto é facilmente exemplificado por meio
dos hinos patrióticos. Ao escutar o Hino Nacional Brasileiro, mais do que uma música, este conjunto de sons
expressa o nosso povo, nossas cores, nossa natureza, nossos cheiros, nossas conquistas e nossos fracassos.
Raramente escutamos esse hino como uma sequência de alturas, durações, timbres e intensidades
interdependentes entre si. O mesmo pode acontecer com vinhetas televisivas e, de uma maneira mais indi-
vidualizada, com músicas que ficaram marcadas em nossas memórias. Dentre os motivos, poderíamos
destacar emoções vividas ou eventos que presenciamos, nos quais determinada música esteve presente.
De fato, o discurso musical não comunica ideias, conceitos e ações como a linguagem verbal.
O âmbito de sua ação está associado às emoções e sentimentos. E no contexto até aqui apresentado,
a prática musical poderia ser o equilíbrio entre esses aspectos emocionais (a paixão, o que move) com
os aspectos racionais (o procedimento, o saber fazer e o compreender), como ocorre na execução de
ritmos, frases, harmonias, melodias etc.
Uma enorme conquista, será promover o conhecimento de um vocabulário comum para falar de
sons. O contraste entre elementos musicais já é um ótimo começo! Palavras como grave e agudo,
lento e rápido, comprido e curto, forte e fraco, podem parecer simples mas são fundamentais para o
desenvolvimento musical e precisam ser exercitadas para sua correta assimilação.
Destacamos que é de fundamental importância que você, professor, se aproprie dos conteúdos,
conceitos e procedimentos apresentados neste material com a finalidade de ensiná-los com segurança
e tranquilidade. Sendo assim, as colocações teóricas, partituras e explicações mais detalhadas, ser-
vem para a sua aproximação com a música. Além disso, a aprendizagem da música na escola envolve
ouvir, entender, apreciar, improvisar, pesquisar, conhecer, experimentar e praticar num processo contí-
nuo que dependerá da sua persistência e dedicação. Refletir sobre o que é realizado durante as ativi-
dades, o ajudará a conhecer o estudante musicalmente.
A seguir, apresentamos um aporte sobre a Educação Inclusiva, Avaliação e Recuperação.
Todos devem saber o que diz a Constituição, mas principalmente conhecer a meta 4 do Plano
Nacional de Educação (PNE):
54 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Deficiência Auditiva
Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela ausência de infor-
mações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm condições de prosseguir
aprendendo, se forem informados e estimulados de forma sistemática, levando em conta sua diversi-
dade linguística e possibilidades de comunicação.
Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifique se estão olhando para você. A maioria
se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem uso de aparelhos de ampliação sonora e lei-
tura labial.
Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode explicar para a
classe toda, utilizando desenhos na lousa, para a apropriação dos objetos de conhecimentos. Convide
um estudante para demonstrar o que deve ser feito, fale olhando de frente sempre que possível, nas
festividades utilize o Hino Nacional em LIBRAS indicado no link a seguir:
Aula de Arte para com surdos: criando uma prática de ensino. Andreza Nunes
Real da Cruz. (Tese de Mestrado). IA/UNESP. Disponível em: http://gg.gg/myums.
Acesso em: 30 out. 2020.
Deficiência Visual
Existe o mito de que toda pessoa com deficiência visual tem talento para música. Isso não é ne-
cessariamente verdade. Há quem não possua habilidades vocais ou para tocar instrumentos musicais.
Enxergando ou não, o estudante precisa desenvolver habilidades musicais. É preciso apresentar oral-
mente um instrumento musical, indicando de que material é feito, se é de metal, madeira, bambu etc.,
se é um instrumento acústico ou eletrônico e, também, oferecer a apreciação tátil, para que ele possa
manusear e explorar os sons que se pode obter de cada instrumento.
Deficiência Intelectual
O Componente Curricular Arte, por meio das suas diferentes linguagens, torna possível a manifes-
tação de sentimentos e pensamentos, colaborando com o desenvolvimento da comunicação, transfor-
mando e enriquecendo as vivências musicais, através de experimentações significativas.
Estimular as relações cognitivas, emocionais e lógicas é importante e necessário para o desenvol-
vimento global.
Nem todos os estudantes poderão formular os registros de maneira autônoma; nesses casos,
o professor pode ser o escriba ou propor outras formas, como desenhos ou imagens recortadas. Essa
adaptação curricular garante a participação efetiva do estudante nas atividades.
56 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Avaliação e recuperação
A avaliação e recuperação propostas neste material, são diagnósticas, iniciando com a ação do pro-
fessor ao investigar o que os estudantes conhecem ou não conhecem acerca dos objetos de conhecimen-
to que serão abordados e, processuais em todos os momentos de prática pedagógica, nos quais podemos
incluir diferentes maneiras de acompanhar, avaliar e recuperar as aprendizagens. Nessa concepção de
avaliação e recuperação em Arte, é importante adotar a postura de não estabelecer critérios de compara-
ção, oferecer possibilidades para que os estudantes alcancem os objetivos esperados, estar atento às difi-
culdades expostas na realização das atividades e propor soluções. O fator socioemocional, presente em
todos os momentos da aprendizagem em agrupamentos produtivos1, tem em vista, a formação integral do
estudante. É importante frisar que o tempo necessário para o desenvolvimento das habilidades, por meio
de situações de aprendizagem pode variar entre uma turma e outra, mesmo que da mesma etapa.
O uso diário de registro em um portfólio é uma importante ferramenta para acompanhar os avanços e
dificuldades no desenvolvimento de habilidades e apropriação dos conhecimentos, observação dos pro-
cessos criativos, relação com os colegas, considerações e suposições inteligentes2, participação, empe-
nho, respeito pela produção individual, coletiva e colaborativa, autoconfiança, valorização das diferentes
expressões artísticas, reconhecimento de que todos os obstáculos e desacertos podem ser superados.
Dessa forma, o resultado das avaliações assegurará ao professor, elementos essenciais para
analisar seu planejamento, replanejar se necessário e, também, para o acompanhamento e propostas
de recuperação das aprendizagens durante o ano letivo.
Verbos que explicitam os processos cognitivos envolvidos na habilidade: experimentar, identificar e apreciar.
1 Agrupamentos produtivos: Os agrupamentos seguem os princípios dos saberes já construídos pelas crianças em seu percurso escolar, bem como leva em consideração
a heterogeneidade de saberes existentes no espaço escolar e a sua importância na construção dos saberes dos estudantes, pois essa forma de trabalho é ancorada, em
sua concepção, pela interação entre as crianças com a mediação do professor. Disponível em http://gg.gg/p1nzv. Acesso em: 04 set. 2019.
2 Suposições inteligentes: hipóteses de cada indivíduo, baseadas em seus conhecimentos prévios e bagagem cultural.
Arte 57
Modificadores dos objetos de conhecimento, que explicitam o contexto e/ou uma maior especificação
da aprendizagem esperada: de diferentes épocas incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeia.
Em outras habilidades, também existem modificadores de verbos. Por exemplo, “experimentar”, “utilizando”.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
Habilidade:
(EF02AR14) Perceber, explorar e identificar a intensidade, altura e duração por meio de jogos,
brincadeiras, canções e práticas diversas de apreciação musical.
Objetos de Conhecimento: Elementos da Linguagem
• Intensidade, altura e duração
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas seis atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com
os objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/
recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa, sobre os ob-
jetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o
estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
A seguir, descrevemos os aspectos rítmicos, os aspectos melódicos e os elementos da canção “O
Jumento”, proporcionando a você, a compreensão das estruturas musicais. Observe a partitura da canção:
Repare como há apenas três frases a cada dois compassos na canção. As duas primeiras frases
contêm a letra da canção e a terceira é uma seção onomatopeica com duas frases pequenas e uma média:
3 Hi! Hó! Hi! Hó! Hi! Hó! Hi! Hó! Hi! Hó!
Arte 59
A ESTRUTURA RÍTMICA
Pensando no parâmetro Duração, esta canção é constituída apenas por duas figuras rítmicas
diferentes, a primeira com o dobro da duração da segunda:
Semínima (equivale à
Figura de som um tempo
duração do pulso)
Colcheia
Figura de som (equivale a meio meio tempo
pulso)
Outro parâmetro decorrente das Durações é o próprio tamanho das frases. Neste caso, a música
possui três tamanhos diferentes, de acordo com a tabela a seguir:
ESTRUTURA MELÓDICA
Além das frases e da rítmica que essa melodia possui, investigaremos a Altura. Destacamos o
momento final, no qual ocorrem vários saltos entre as notas Sol (agudo) e Dó (grave) imitando o som
do jumento, a seguir, indicado em vermelho:
Como contraste ao salto, existe, no começo da melodia, o grau conjunto, que é uma sequência
de notas vizinhas. A linha em vermelho, na imagem a seguir, marca esse tipo de desenho melódico:
60 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Elementos:
ATIVIDADE 1 - SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as pergun-
tas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À
medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa para pontuar cada
conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem, em seus cadernos, as informações que
estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
1. O que é som? O som é sempre igual? Como esse som pode ser?
2. Como é a voz de um homem adulto? E de uma mulher adulta?
3. O que é um som grosso (grave)? E um som fino (agudo)? (altura)
4. Dê exemplos de um som forte (alto) e de um som fraco (baixo). (intensidade)
5. Todos os sons são do mesmo tamanho? O que é preciso para um som ser longo ou curto? (duração)
6. O que é uma música?
7. Alguém faz aula de música? Onde? (conservatório, igreja, projeto social etc.)
ATIVIDADE 2 - APRECIAÇÃO
Professor, analise os vídeos/áudios, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a aprecia-
ção, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior. Após a apreciação, solicite que registrem o
que aprenderam, por meio de desenhos. Você pode selecionar outras referências em seu acervo pes-
soal ou no da escola, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.
Arte 61
Vídeos:
Apresente o vídeo a seguir, para ampliar a compreensão dos estudantes. É importante que você assis-
ta ao vídeo antes de apresentá-lo.
Sons. (Graves e Agudos) – Aula de percepção musical pra crianças – Prof. Marcos L
Souza. Disponível em: http://gg.gg/ndltf. Acesso: em: 04 dez. 2019.
De uma maneira muito simples, cada espaço dentro da caixa pode ser preenchido para referenciar:
Ou seja, se quiséssemos escrever uma sequência de dois sons agudos, seguidos por um silêncio
e mais três sons (grave, agudo e grave), faríamos da seguinte maneira:
Dessa forma, a brincadeira com as caixas de ovos nos permite um exercício elementar de escrita
musical. Apenas com duas alturas (Sol-agudo e Dó-grave) podemos notar diferentes sequências de “burri-
nhos”. No exemplo a seguir, escrevemos a frase do burrinho assim como se encontra na canção original:
Arte 63
Repare que este procedimento só foi possível porque juntamos duas caixas de ovos e, também,
que no momento do silêncio (pausa), o espaço na caixa de ovos fica vazio.
Exemplo: Papagaio:
Depois que todos tiverem terminado, organize uma roda onde todos apresentarão suas criações
de desenho melódico. O mais importante é que estejam conscientes da relação entre grave e agudo
(baixo e cima) e do tempo (esquerda para direita), relacionando aquilo que faz com sua própria voz e a
respectiva leitura e escrita com a caixa de ovos. Finalizado o momento das apresentações, realize uma
roda de conversa, reflita com seus estudantes sobre as relações entre grave/agudo – baixo/cima e a
leitura e escrita dos sons, que ocorre da esquerda para a direita.
64 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Desta vez, a atividade será individual. Se necessário, demonstre com seu nome.
Exemplo: Ana
Arte 65
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Habilidade:
(EF02AR13) Experimentar, identificar e apreciar músicas próprias da cultura popular paulista de
diferentes épocas.
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/
recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os obje-
tos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o
estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório elencamos, a seguir, alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.
ATIVIDADE 1 - SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e
colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa
para pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus ca-
dernos, as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo
com sua realidade e necessidade.
ATIVIDADE 2 - APRECIAÇÃO
Professor, analise os vídeos/áudios, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a aprecia-
ção, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior. É importante que eles possam falar sobre
o que reconhecem e imaginam ao apreciar canções. Após a apreciação solicite que registrem, o que
aprenderam, por meio de desenhos. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo pessoal
ou no da escola, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.
Fui no Itororó (repete duas vezes) Sapo Cururu (repete quatro vezes)
Grupo 1 Grupo 2
Habilidade Articuladora:
(EF15AR24) Caracterizar e experimentar brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias
de diferentes matrizes estéticas e culturais.
Objetos de Conhecimento: Matrizes Estéticas e Culturais
• Brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias de diferentes matrizes estéticas e culturais
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato
com os objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para
avaliação/recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa,
sobre os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna
“Observar se o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento
do seu corpo e de suas possibilidades.
Utilizar o corpo como instrumento musical, requer consciência, percepção física e coordenação
motora. Essa percepção faz parte dos sentidos que utilizamos naturalmente para interagir conosco,
com os outros e com o ambiente, pois enquanto amadurecemos, vemos, ouvimos e sentimos,
configuramos nossa psicomotricidade, que agrega nossas funções cognitivas, socioemocionais,
simbólicas, psicolinguísticas e motoras.
Para ampliação de seu repertório, elencamos, abaixo, alguns conceitos importantes para o
desenvolvimento das atividades.
• Percussão corporal: Movimento intencional e estético que busca produzir grande variedade
sons, por meio de estalos, palmas, batidas, fricções, sons produzidos pela passagem do ar
pela boca etc., tanto de forma isolada quanto combinada.
• Matrizes estéticas e culturais indígenas, africanas e europeias são parte fundamental da
cultura brasileira: Elas carregam referências e formas de expressão cultural, de usos e costumes,
englobando a poética artística que representa especificamente uma etnia, um grupo, um povo,
uma nação.
70 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
•S
onorização de histórias: A utilização de sons naturais ou artificiais, ao longo de uma his-
tória, pode ter, entre outras possibilidades, a função de estimular a imaginação, mobilizar
memórias, caracterizar ambientes, personagens, indicar ações, reforçar dramaticidades,
“criar climas”, interferir. Tudo isso junto cria um conjunto de acontecimentos sonoros, que traz
realismo à história que está sendo contada.
•G
rupo Barbatuques: Grupo brasileiro, criado em 1995 pelo músico paulistano Fernando
Barba. Utiliza o corpo como instrumento musical. Faz música a partir de sons originados na
percussão corporal, percussão vocal, em assobios e sapateados, alcançando resultados
criativos e singulares.
Site oficial Grupo Barbatuques. Caixinha Musical – Celi Redondo. Disponível em:
http://gg.gg/ndllv. Acesso em: 04 dez. 2019
ATIVIDADE 1 - SONDAGEM
Para iniciar esta atividade, converse com os estudantes a respeito da grande variedade de sons
que podemos produzir com o nosso corpo. Apresente o grupo musical Barbatuques.
À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa. Realize
um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos, as informações que estão na
lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
Pergunte:
1. Solicite que um estudante imite o som e movimentos corporais de um animal. Depois, peça
aos demais estudantes que façam o mesmo. Quanto menos palavras usar para este procedi-
mento, maior será a atenção dos estudantes aos sons.
2. Peça a dois estudantes que imitem o som de uma máquina, acompanhado de gestos e movi-
mentos corporais. Depois, peça que os demais estudantes repitam.
4. Chame oito estudantes, ao centro da roda. Organize-os em fila e peça para cada dois imitar
um som de instrumento musical, animal, máquina, acompanhado de gestos e movimentos
corporais. Explique que cada estudante deve emitir o som, um de cada vez, formando uma
sequência rítmica. Repita a atividade, chamando outros oito estudantes, estabelecendo uma
pulsação para a sequência de sons e oriente o trabalho, propondo sonoridades mais livres.
5. Para finalizar a atividade, deixando que todos os estudantes, um de cada vez reproduza o som
que mais achou interessante.
• Bater uma mão com a outra em forma de concha (produzindo som mais grave);
• Bater as mãos planas e os dedos esticados (produzindo som mais agudo);
• Bater mãos na barriga, mãos no peito, mãos nas coxas;
• Bater, mãos no rosto, mãos na boca.
72 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
• Estalar a língua;
• Barulho do beijo;
• Imitar o som do vento;
• Imitar o som da chuva;
• Bater os dentes.
1. Converse com os estudantes e esclareça que sonorizar uma história, música ou imagem é tor-
nar sonoro um enredo por meio da voz e do corpo. Esse “sonoro” está intimamente ligado à
utilização de alguns sons ou de melodias que passam a fazer parte da narrativa e que esta
técnica de sonorização de uma história, peça teatral ou filme é chamada de sonoplastia.
Explique que não é necessário contar a história toda, o estudante pode escolher apenas tre-
chos para sonorizar.
2. Deixe que eles escolham um livro, música, gibi ou imagens para contar a história.
3. Oriente que eles façam a leitura do texto ou da imagem escolhida.
4. Os estudantes devem escolher livremente como utilizarão a voz e os sons corporais para so-
norizar a história escolhida. Podem ser os sons e gestos emitidos na atividade anterior.
5. Organize a apresentação da sonorização para a sala de aula.
Arte 73
Sugestão de histórias de domínio público que podem ser utilizadas nas atividades:
Chapeuzinho Vermelho. Irmãos Grimm, Alemanha, séc. XIX e sua paródia, de Millôr Fernandes
(Categorias literárias: Série Literatura Infantil). Disponível em: http://gg.gg/nf2lg. Acesso em:
05 dez. 2019.
2º BIMESTRE
A LINGUAGEM DA DANÇA
A dança é uma linguagem artística do corpo em movimento. A prática da dança possibilita o desen-
volvimento da sensibilidade e da motricidade como pares entrelaçados. O domínio do movimento na dança
propicia a ampliação de repertórios gestuais, novas possibilidades de expressão e comunicação de sensa-
ções, sentimentos, pensamentos. O refinamento do corpo em movimento encontra-se articulado à expres-
sividade e à criatividade, envolvendo processos de consciência corporal (individual) e social (relacional), as-
sim como processos de memória, imaginação, concepção e criação em dança nos âmbitos artístico e estético.
A dança está presente no salão de baile, nos desfiles de Carnaval, em um encontro de danças
urbanas ou na roda de samba na rua, no pátio de uma escola, no palco de um teatro, no cinema, na
televisão. As danças têm funções e sentidos ligados ao contexto de acontecimento, aos sujeitos que
a vivenciam e que a desfrutam como público. Pensando em uma dimensão abrangente, acreditamos
que todas as pessoas podem dançar.
Se, por um lado, cada contexto de ensino e aprendizagem da dança tem contornos diferenciados,
poderíamos dizer que existe algo comum, importante a ser destacado para o professor que irá percorrer
as situações de aprendizagem aqui propostas. Dançar implica em aprender sobre o movimento que
aborda: o espaço nas suas relações de direções, níveis e planos; o tempo nas relações de pulsos, ritmos,
pausa e velocidades com e no próprio corpo, tendo a ação e a reflexão sempre presentes.
O ensino da arte na escola não tem a função de oferecer uma formação profissional, mas propor-
cionar aos estudantes a oportunidade de conhecer, apreciar, criar e viver a dança na escola, tendo
experiências com sentido e ligadas ao mundo dessa linguagem, expandindo as possibilidades de for-
mação e de participação social.
Estamos então convidando os professores de Arte para enfrentar um desafio: aproximar-se da Dança
como uma linguagem artística, procurando pontes com as demais linguagens de seu conhecimento, com suas
histórias pessoais de corpo e movimento, com suas memórias e desejos dançantes, por vezes não manifestos.
As bases ou pilares para que o processo de ensino e de aprendizagem possa ter início é que você
professor se permita vivenciar uma aproximação do próprio corpo. Além disso, sugerimos uma atitude
de observação constante do corpo e do movimento do estudante no cotidiano escolar, o que irá, sem
dúvida, lhe oferecer um rico repertório de ações corporais, formas de movimento, interações, jogos e
danças que os estudantes dominam e vivenciam entre eles na escola.
Sintetizamos, a seguir, alguns conceitos importantes para o estudo e o desenvolvimento das Si-
tuações de Aprendizagem na linguagem da linguagem dança.
Em uma definição sucinta podemos dizer que o que caracteriza a linguagem da dança é o movi-
mento do(s) corpo(s) do(s) dançarino(s) no espaço e no tempo.
76 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Enfim, dançar significa experimentar o corpo em movimento para além de sua funcionalidade
(caráter instrumental) cotidiana. Do mais simples ao mais complexo dos processos de aprender uma
dança, o corpo poderá ter experiências de criação e construção de movimentos expressivos nos quais
cada estudante que dança está implicado com seu mundo interno, sua memória, sua história, dialo-
gando com o as culturas da dança presentes no mundo.
O processo criativo em dança se materializa em uma composição coreográfica, a qual pode en-
volver diferentes arranjos entre o movimento e a música, entre o movimento e o espaço, entre o movi-
mento e os elementos de cena. Nesse sentido, para fruir e analisar a forma/conteúdo de uma obra de
dança é necessário observar as conexões estabelecidas entre tais componentes.
A CRIAÇÃO DO AMBIENTE
É fundamental criar um ambiente propício para o desenvolvimento das atividades. Mas, além do
espaço físico, estamos sugerindo que você, professor, crie para e com os estudantes, um lugar de
acolhimento às experiências corporais e de movimento, ampliando e enriquecendo esse universo.
Um simples espreguiçamento do corpo, quando realizado com atenção à pele e aos movimentos
articulares, pode significar uma estimulação do tato e da propriocepção (percepção do próprio corpo).
É um “chegar ao corpo”, abordando-o em suas dimensões intrínsecas – sensorial e motora. Isso sig-
nifica que estamos nos preparando para a atividade, mas, paradoxalmente, já estamos dentro dela,
porque não conseguimos nos separar de nosso corpo. No caso da dança, isso pode significar sentir
os pés, mover as articulações, sentir o espaço, ouvir a respiração. Esse momento poderá acordar,
disponibilizar, organizar, concentrar, construir, individual e coletivamente, um estado de dança.
Para o ensino da linguagem da dança nos anos iniciais do Ensino Fundamental, os objetos de
conhecimento estão articulados com as atividades fundamentais ao aprendizado dos estudantes, res-
peitando seu desenvolvimento motor, cognitivo e socioemocional, por meio de jogos, brincadeiras,
danças de roda, criação de suas danças individuais, coletivas e colaborativas.
Essa é uma proposta de iniciação à linguagem da dança. Nesse momento da vida das crianças a in-
trodução de uma técnica, onde os movimentos repetitivos são parte da construção do aprendizado, não se
faz necessária, pois anteriormente ao exercício, é de fundamental importância o desenvolvimento de um
vocabulário e consequentemente de um repertório expressivo e simbólico no corpo, como também o co-
nhecimento de sua estrutura músculo/esquelética, em movimento. Sem esses conhecimentos, todo o
processo de exploração e criação de movimentos estará reduzido a um repertório limitado ou a um reper-
tório colado a referências midiáticas sem qualidade artística e estética, ou seja, estereotipado, onde a imita-
ção ou a cópia elimina a possibilidade de criação ou até mesmo de um olhar crítico a esses modelos.
Deficiência Intelectual
Deficiência Auditiva
Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela ausência de infor-
mações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm condições de prosseguir
aprendendo se forem informados e estimulados de forma sistemática, levando em conta sua diversida-
de linguística e possibilidades de comunicação. Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifi-
que se estão olhando para você. A maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem
uso de leitura labial e aparelhos de ampliação sonora.
Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode explicar para a
classe toda utilizando desenhos na lousa. Para a apropriação dos objetos de conhecimento, convide
um estudante para demonstrar o que deve ser feito. Fale olhando para a turma e, sempre que possível,
demonstrando os movimentos.
Indicamos, a seguir, alguns links para você ampliar seu conhecimento:
Deficiência Visual
O estudante com deficiência visual pode dançar. A dança para esse estudante trabalha espacialidade,
lateralidade, equilíbrio e autoestima, tornando-o mais seguro de seu corpo. Ao apresentar a dança para um
estudante com deficiência visual, é importante que você seja descritivo e claro. É através da descrição que
ele entenderá o que está sendo solicitado. Fale de forma pausada e calma. Tome cuidado com sua
entonação vocal – tons muito altos, estridentes, bruscos ou ríspidos podem assustar/inibir o deficiente
visual. É importante que este estudante se sinta seguro para participar da proposta; portanto, se necessário,
explique diversas vezes. Se preciso, solicite a outro estudante que faça a posição do que está sendo pedido
para que o estudante visual sinta o colega e entenda o que deve ser feito. Estimule o deficiente visual a
participar da aula e proponha que outros estudantes se coloquem no lugar dele, fazendo algumas atividades
adaptadas com o uso de vendas, por exemplo. Esse momento de troca aproxima os colegas e será de
grande valia no momento. Acompanhe o estudante durante a atividade, conduzindo o a fazer o movimento,
mas antes converse com ele quanto ao toque e à receptividade do mesmo.
Para ampliar essa conversa sugerimos o seguinte material de apoio:
DEFICIÊNCIA MOTORA
Incluir os estudantes com deficiência motora se faz necessário num universo de dança. As
limitações físicas destes estudantes não os impedem de dançar. Cabe ao professor estimulá-los e
torná-los conscientes de que seu corpo também dança.
A dança eleva a autoestima, e os movimentos podem ser adaptados caso a caso. Inclua o
estudante no processo de dança, sempre respeitando seus tempos e espaços e adaptando as
atividades propostas para a inclusão deste estudante.
Condições didáticas
e indicações para o
Habilidades Observar se o estudante
desenvolvimento das
atividades
(EF02AR08) Experimentar,
identificar e apreciar formas
distintas de manifestações
tradicionais e contemporâneas Organizar e realizar momentos Participa da sondagem e
da dança próprias da cultura de sondagem, apreciação, da apreciação; experimenta
popular paulista de diferentes experimentação e identificação e identifica os objetos de
épocas, incluindo-se suas dos objetos de conhecimento, conhecimento, considerando seus
matrizes indígenas, africanas e considerando seus modificadores. modificadores.
europeias, cultivando a percepção,
o imaginário, a capacidade de
simbolizar e o repertório corporal.
(EF02AR10) Experimentar
diferentes formas de orientação no Organizar e realizar momentos Participa da sondagem e da
espaço (deslocamentos, planos, de sondagem, apreciação e apreciação;
direções, caminhos etc.) e ritmos experimentação dos objetos de experimenta os objetos de
de movimento (lento, moderado conhecimento, considerando seus conhecimento, considerando seus
e rápido) na construção do modificadores. modificadores.
movimento dançado.
Habilidade Articuladora
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
Habilidade:
(EF02AR08) Experimentar, identificar e apreciar formas distintas de manifestações tradicionais e
contemporâneas da dança próprias da cultura popular paulista, de diferentes épocas, incluindo-se
suas matrizes indígenas, africanas e europeias, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de
simbolizar e o repertório corporal.
Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades realize rodas de conversa sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório elencamos, a seguir, alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples,
permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a con-
versa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito.
Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos, as informações que estão
na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Para esta atividade, será necessário elaborar um painel. Para tanto, realize uma pesquisa de ima-
gens de danças tradicionais e contemporâneas, próprias da cultura popular paulista, em que apareçam
elementos das matrizes culturais indígenas, africanas e europeias.
Apresente o painel aos estudantes e promova um momento de apreciação e troca sobre os vários
tipos de dança mostrados e suas origens.
Modelo de painel:
DANÇA
Origem Africana Origem Europeia Origem Indígena
Tradicional / Contemporânea Tradicional / Contemporânea Tradicional / Contemporânea
1 3 5
2 4 6
1. Capoeira – Disponível em: http://gg.gg/lbbru. Acesso em: 22 jan. 2020. 2. Coreografia inspirada na capoeira – Vadiando,
de Ana Vitória. Crédito: Silvia Machado – Disponível em: http://gg.gg/osfim . Acesso em 24 mar. 2021. 3. The First Quadrille at
Almack's – Disponível em: http://gg.gg/lbbsd. Acesso em 22 jan. 2020. 4. Crianças dançando quadrilha – Disponível em: http://
gg.gg/lbbsq. Acesso em: 22 jan. 2020. 5. Dança Indígena – Disponível em: http://gg.gg/lbbt9. Acesso em: 22 jan. 2020. 5.
Dança de Meninos Guarani – Disponível em: http://gg.gg/ovde3. Acesso em: 22 jan. 2020.
82 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Vídeos:
Como surgiu a festa junina. Ebis Dias Filho. Recomendamos utilizar até
2:25. Disponível em: http://gg.gg/ney6s. Acesso em: 15 out. 2019.
Conheça a origem das quadrilhas juninas. Canal Leia Já. Disponível em:
http://gg.gg/nf2ew. Acesso em: 22 jan. 2020.
Dança Tangara Rio Silveira. Dança típica da cultura Guarani Mbyá. Anthares
Multimeios. Disponível em: http://gg.gg/neyrn . Acesso em: 05 dez.2019.
dança. Mostre os passos ou a coreografia da dança aos estudantes, em partes, e repita com eles os
movimentos solicitados. Em seguida, divida o grupo em duas partes, para que uma execute os passos
da dança e a outra assista. Depois troque as turmas.
Ao final, converse com os estudantes sobre como foi praticar essas danças. Registre as respos-
tas em seu portfólio.
Para ampliação de seu repertório pessoal, elencamos algumas danças tradicionais presentes no
estado de São Paulo para auxiliá-lo no desenvolvimento das atividades.
• Dança Catira: Tem sua origem na dança indígena, com batidas de palmas e pés bem mar-
cados e violas caipiras compondo sua música. São executadas sempre em duas filas, uma
de frente para a outra. Antigamente, era dançada somente por homens, mas hoje já se veem
mulheres também participando dessa dança tradicional paulista, mas que também tem pre-
sença na região sudeste do país.
• Dança Congos: As congadas ou congos são danças de tradição que contam a história da
coroação de um rei e de uma rainha do Congo por seu povo, compostos por escravos e li-
bertos. Durante seu cortejo, são realizados passos, bailados, encenações de lutas. Tem sua
origem nas tribos africanas aqui escravizadas e no sincretismo religioso. Em alguns momen-
tos, é uma dança saltitante, com cruzamento de pernas e gingados durante o cortejo, reali-
zado pelos congos (os guardas). Já os moçambiques (ver adiante) têm uma dança de bater
mais os pés, sendo mais terrena.
Por conta do sincretismo religioso, tem, em sua representação, santos padroeiros negros,
como Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, por exemplo. Tem presença de vários ins-
trumentos musicais, como tambores, chocalhos, pandeiros, sanfona entre outros.
• Dança de São Gonçalo: É uma dança de origem portuguesa, religiosa, que traz em seus pas-
sos, os bailados feitos pelo santo e seus fiéis, que também pagam suas promessas através da
dança. Geralmente, realizada por grupos, dança-se em pares, que ora se separam e dançam
paralelamente e ora dançam em roda. A movimentação é sempre puxada pelos violeiros, o mestre
e o contramestre que envolvem os dançarinos com volteios, coreografias breves, cruzamento das
filas e bater dos pés. Está presente no estado de São Paulo, tanto no interior quanto no litoral,
sempre perto de uma localidade com o mesmo nome do santo e seus festejos. É sempre realiza-
da diante de um altar improvisado, remetendo à época em que era dançada dentro da igreja.
• Dança de Pares: Nascida nos bailes da corte europeia e trazida para o Brasil pelos portu-
gueses, as danças de pares carregam essa herança cultural em seus passos, com momentos
de mãos dadas e enlaçados, dançadas aos pares, às vezes soltos, às vezes juntos, tem va-
riações de acordo com sua localidade no estado de São Paulo.
• Dança Fandango: É uma dança que remonta os passos das festas regionais, dos tropeiros
e que em nosso estado se divide em dois tipos específicos, o Fandango do Litoral e o Fan-
dango do Interior, assim denominada por suas questões geográficas.
O Fandango do Litoral, que também pode ser conhecido como fandango bailado ou dança-
do, é realizado por casais que arrastam os pés no chão, saltam, e batem palmas durante a
dança, ao mesmo tempo em que os pares trocam de lugar, na formação circular.
O Fandango do Interior, também conhecido como rufado ou batido, é dançado apenas por
homens, que podem usar tamancos (fandango de tamancos) ou botas (fandango chileno).
Um sapateado marcado e barulhento acompanha o ritmo da música que, geralmente, é toca-
da por violas caipiras.
Vale lembrar que o Fandango das regiões sul e sudeste do país se difere, e muito, do fandango
do norte e do nordeste. O fandango paulista está mais ligado a danças regionais e bailados,
com uma raiz trazida pelos tropeiros, tendo como referência, as chulas e o cateretê; já o fan-
dango nordestino está mais ligado às marujadas e festas de marujos recém-chegados ao país.
84 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
• Dança Jongo: O jongo é uma dança tradicional da região sudeste, que tem origem africana. Seu
ritmo foi fonte para o samba que conhecemos hoje. Sua dança acontece em roda, no sentido anti-
-horário e ao redor de uma fogueira. É uma dança em roda, onde o dançarino mais velho ou o
mestre chama, para o centro da roda, a dançarina mais velha, para abrirem a dança, como referên-
cia para os outros participantes. Esses dançarinos deslizam os passos, batem os pés, giram e dão
saltinhos, balançando o corpo da esquerda para a direita e vice-versa; fazem movimentos com
referência à umbigada, encontrando-se e separando-se, indo e voltando diversas vezes. Depois os
pares vão trocando, dando a chance de todos poderem dançar. Quem está na roda, ajuda a man-
ter o ritmo com o bater das palmas. O jongo é tocado, basicamente por três tambores, denomina-
dos caxambus. De acordo com a região, alguns passos da coreografia são diferentes.
• Dança Maculelê: O Maculelê é uma dança que tem raízes africanas e indígenas, resultando na
mistura da dança, jogo e luta onde se usam bastões. Hoje, homens e mulheres participam de uma
dança, onde se faz uma roda e dois dançarinos se desafiam para uma luta com bastões, gingan-
do com o corpo e batendo com os bastões no alto, uma vez com seus próprios bastões e, outra
vez, nos bastões do outro dançarino. Tais danças eram utilizadas para distrair os capatazes das
fazenda durante a fuga de escravos. São vistas apresentações começando em filas e depois se
transformam em rodas e vice-versa, mas sempre com muito gingado. Tem a presença de um
mestre, conhecido como Macota, que puxa a dança e seus seguidores; depois, em roda, os dan-
çarinos se alternam nos embates dançados no centro da roda. É acompanhado de uma percus-
são forte, feita por atabaques e tambores que marcam o ritmo da dança.
• Dança Moçambique: Os Moçambiques são folguedos (apresentações que envolvem dan-
ças dramáticas) que têm sua origem na África, e por meio do sincretismo religioso, trazem
representações dos santos negros nas fitas coloridas de suas vestimentas, geralmente bran-
cas e com guizos presos aos tornozelos dos dançarinos e um bastão nas mãos. É conhecida
como uma dança cortejo em que são formadas duas fileiras, frente a frente. onde os dança-
rinos, que se movimentam com passos para a frente, indo de encontro aos dançarinos que
estão em sua frente e batem os bastões e voltam aos seus lugares. O som da batida dos
bastões também ajuda na marcação e no ritmo da música, que é tocada por tambores e
pandeiros e cantada por seus participantes. Tem esse nome por ter em sua participação,
escravos oriundos desse país africano.
• Dança de Fitas: Composta por homens e mulheres que dançam, entrelaçando as fitas, pre-
sas no alto de um mastro. Conforme os dançarinos dançam, fazendo movimentos de roda
que vai e volta, as fitas se entrelaçam. De origem portuguesa, remete à celebração às árvores,
por conta de sua fertilidade e resistência.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Habilidade:
(EF02AR10) Experimentar diferentes formas de orientação no espaço (deslocamentos, planos, direções,
caminhos etc.) e ritmos de movimento (lento, moderado e rápido) na construção do movimento dançado.
Objetos de Conhecimento: Elementos da Linguagem
• Diferentes formas de orientação no espaço
• Ritmos de movimento
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas cinco atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/
recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os obje-
tos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o
estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples,
permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a
conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito.
Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos, as informações que es-
tão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
1. Que parte do corpo se movimenta, enquanto a gente dança?
2. As palavras que usamos nesta atividade são termos específicos da linguagem da dança. Quais já
conheciam? Quais outros conhecem?
3. Quais tipos de ritmos de movimentos vocês conhecem?
4. O que é fácil e o que é difícil quando se dança em grupo?
5. Toda pessoa dança do mesmo jeito? O que muda?
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise os vídeos antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a apreciação, refor-
ce os conceitos trabalhados na atividade anterior e faça as perguntas, a seguir. É importante que eles
possam falar sobre o que reconhecem e percebem. Após a apreciação, solicite que registrem, o que
aprenderam, por meio de desenhos. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo pessoal
ou no da escola, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.
1. Brincadeiras podem ser transformadas em danças? Como?
2. Por que é importante brincar e dançar, respeitando o jeito de cada um?
3. Já assistiram a um espetáculo de dança que envolve brincadeiras, danças populares brasileiras e
improvisação? Quando? Onde?
Vídeos
EP #10 - T2 - Brincar e Dançar - Daqui pra lá, de lá pra cá. São Paulo Cia.
de Dança. Disponível em: https://bit.ly/3CAoTsG . Acesso em 16 set. 2021.
Arte 87
EP #05 - T2 - Brincar e Dançar - Cadê o toicinho que estava aqui?. São Paulo Cia.
de Dança. Disponível em: https://bit.ly/3CAoTsG . Acesso em 16 set. 2021.
• Nível alto – foto 1 – São movimentos realizados em pé e / ou feitos com os braços para cima.
Nível médio – foto 2 – São movimentos realizados com os joelhos flexionados, agachado, ajoelhado
ou sentado.
Larissa Lins e Geivison Moreira em Fada do Amor de Márcia Haydée – Imagem: Wilian Aguiar.
Disponível em: http://gg.gg/osfiy. Acesso em 24 mar. 2021.
Nível baixo – foto 3 – São movimentos realizados no chão, como arrastar, deitar-se, rolar.
Beatriz Hack em Primavera Fria de Clébio Oliveira – Imagem: Wilian Aguiar. Disponível em:
http://gg.gg/osfjd. Acesso em 04 dez. 2019.
Organize os estudantes em roda e explique que você vai fazer um movimento e, a partir do estu-
dante que estiver à sua direita, todos devem imitá-lo, um de cada vez, numa sequência. Inicialmente,
você deve aguardar que o movimento percorra a roda até chegar em você novamente. Isso os ajudará
a entender a atividade.
Depois que todos entenderam, reforce que cada um deve esperar sua vez e estar atento às mudanças de
movimentos, que você vai fazer no decorrer do jogo. Observe as sugestões de movimentos no quadro a seguir.
Arte 89
Conte quantos estudantes estão participando da roda. Como exemplo, vamos considerar que
são 30. Você deve introduzir um novo movimento, quando o movimento chegar no estudante que es-
tiver na posição 15 da roda e, assim, sucessivamente, seguindo a mesma sequência (sempre à direita).
Desta forma, haverá dois movimentos acontecendo simultaneamente.
Exemplo: você se senta; o primeiro estudante à sua direita se senta; o segundo se senta e, assim,
sucessivamente, até chegar no décimo quinto estudante. Nesse momento, você introduz o movimento
novo – ajoelhar – para o primeiro estudante à sua direita, começando uma nova sequência. Sendo as-
sim, enquanto o décimo sexto estudante estiver se sentando, o primeiro estará ajoelhando. Todos os
estudantes deverão estar atentos e repetir os movimentos na ordem em que foram apresentados.
Ao finalizar a atividade, converse com os estudantes sobre as ações que eles realizaram. Peça
que falem sobre o que foi fácil e o que foi difícil, como se sentiram, se perceberam que a dança é uma
sequência de movimentos. Registre o que ficou dessa conversa.
Habilidades:
(EF02AR10) Experimentar diferentes formas de orientação no espaço (deslocamentos, planos,
direções, caminhos etc.) e ritmos de movimento (lento, moderado e rápido) na construção do movimento
dançado.
(EF02AR12) Dialogar, com respeito e sem preconceito, sobre as experiências pessoais e coletivas em
dança, vivenciadas na escola, como fonte para a construção de vocabulários e repertórios próprios.
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas seis atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/
recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os obje-
tos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o
estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e co-
locações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa para
pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos,
as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua
realidade e necessidade.
1. O que entendem sobre espaço? Como o corpo de um dançarino pode se movimentar no espaço?
2. Como podem ser os deslocamentos de um dançarino que dança em um palco e um que dança
em uma praça?
3. Lembrando o que são planos baixo, médio e alto, como é o movimento de um dançarino quando
ele faz um movimento no plano baixo, médio e alto?
4. O corpo de um dançarino pode se movimentar em ritmo lento, moderado e rápido? Como vocês
percebem essa movimentação na dança?
Arte 91
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise os vídeos/áudios, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a apreciação,
reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior. É importante que eles possam falar sobre o que
reconhecem e imaginam ao apreciar. Após a apreciação solicite que registrem, o que aprenderam, por
meio de desenhos. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo pessoal ou no da escola,
para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.
Vídeos:
• Caminhar – como se, no chão, tivesse areia quente; pedrinhas; grama; gelo; tapete macio;
água quente etc.
• Ações cotidianas – como se estivesse fritando um ovo; falando ao celular; cortando pão;
tomando banho; escrevendo uma carta; jogando bola etc.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM IV
Habilidade:
(EF15AR24) Caracterizar e experimentar brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias
de diferentes matrizes estéticas e culturais.
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com
os objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades realize rodas de conversa sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos, abaixo, alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e
colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa
para pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus ca-
dernos, as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo
com sua realidade e necessidade.
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Depois de conversar com os estudantes, você terá um parâmetro sobre o que eles já conhecem
sobre brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias. A partir dessas informações, reali-
ze uma pesquisa e traga imagens de brinquedos, brincadeiras, jogos, letra de canções e textos e/ou
livros paradidáticos com lendas e histórias de diferentes matrizes estéticas e culturais. Apresente e
exponha esse material na sala e realize um momento de apreciação. Estimule a leitura das imagens e
inicie uma conversa a partir de cada uma delas.
Analise os vídeos, antes de apresentá-los aos estudantes.
Vídeos:
Modo de fazer: Corte o papel crepom em tiras com largura de 4 cm. Junte dez tiras de cores
diferentes. Pegue metade de uma folha de jornal e dobre até ficar com as medidas de 10 cm x 5 cm.
Dobre ao meio. Coloque as tiras de papel crepom e o barbante dentro da dobra e grampeie. Passe fita
crepe em volta para fixar melhor. Se preferir, pode amarrar com o barbante.
Modo de brincar:
Em seguida, diga aos estudantes que agora, é o momento de, em grupos, criarem a sua dança
com o brinquedo. Cada grupo fará a sua apresentação enquanto os outros apreciam. Essa atividade
também pode ser realizada individualmente.
3° ano
Arte
99
1º BIMESTRE
A LINGUAGEM MUSICAL
Sabemos que a Música é uma das linguagens da arte e, deste modo, pode demandar conhecimento
teórico e técnico específico. Muitos anos de prática e estudo são necessários para o desenvolvimento de
conhecimento e habilidades em nível profissional. Neste caso, são pessoas que optam por dedicar suas
vidas, aperfeiçoando-se constantemente, em busca do desenvolvimento técnico e expressivo.
O que é Música? Música é a Linguagem dos Sons. Mas o que isto significa?
O cotidiano é repleto de sons, inclusive nossa linguagem verbal utiliza sequências de sons e silêncios
(consoantes, vogais e pontuações) para explicar, descrever, pedir, argumentar, suplicar, entusiasmar etc.
Nossa fala organiza-se por meio de palavras que formam frases e textos. E estas sequências de sons (pa-
lavras) podem representar nomes próprios, conceitos, objetos, situações ou ações. Neste caso, os sons
são imediatamente convertidos em linguagem verbal. Agora, imagine duas pessoas que conversam em um
idioma que não dominamos. Não compreendemos sua comunicação verbal! Quase escutamos tal conver-
sa como se fosse música: uma sequência de timbres (ao menos um diferente de cada pessoa), os sons das
consoantes e das vogais, as entoações, inclinações para o agudo e para o grave (alturas), intensidades
distintas no decorrer do tempo e a velocidade com que cada som é emitido (durações).
Poderíamos considerar este diálogo como música? Houve uma intenção musical por parte dos emis-
sores dos sons? Houve uma interdependência musicalmente planejada dos parâmetros sonoros? O objetivo
da conversa foi exclusivamente a comunicação verbal entre aqueles sujeitos? É importante refletir sobre isso.
Quando trabalhamos com a linguagem dos sons, organizamos no tempo todos os parâmetros
intrínsecos de uma música de uma forma equilibrada e transparente. Tanto o ouvinte quanto o execu-
tante devem perceber diversas características simultâneas dentro de uma mesma frase musical.
Ao cantar uma música coletivamente, nossos estudantes devem perceber a voz do professor, a
sua própria e a de seus colegas; caso contrário, ritmo e afinação estarão definitivamente prejudicados.
Ao executar com clareza e transparência, demonstramos a interdependência entre os parâmetros,
conseguimos nos comunicar com esta linguagem dos sons.
Em alguns casos, a música pode exprimir ideias extramusicais. Isto é facilmente exemplificado por
meio dos hinos patrióticos. Ao escutar o Hino Nacional Brasileiro, mais do que uma música, este conjunto
de sons expressa o nosso povo, nossas cores, nossa natureza, nossos cheiros, conquistas e fracassos.
Raramente escutamos esse hino como uma sequência de alturas, durações, timbres e intensidades
interdependentes entre si. O mesmo pode acontecer com vinhetas televisivas e, de uma maneira mais indi-
100 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
vidualizada, com músicas que ficaram marcadas em nossas memórias. Dentre os motivos, poderíamos
destacar emoções vividas ou eventos que presenciamos, nos quais determinada música esteve presente.
De fato, o discurso musical não comunica ideias, conceitos e ações como a linguagem verbal.
O âmbito de sua ação está associado às emoções e sentimentos. E no contexto até aqui apresentado,
a prática musical poderia ser o equilíbrio entre esses aspectos emocionais (a paixão, o que move) com
os aspectos racionais (o procedimento, o saber fazer e o compreender), como ocorre na execução de
ritmos, frases, harmonias, melodias etc.
Uma enorme conquista será promover o conhecimento de um vocabulário comum para falar de
sons. O contraste entre elementos musicais já é um ótimo começo! Palavras como grave e agudo,
lento e rápido, comprido e curto, forte e fraco, podem parecer simples, mas são fundamentais para o
desenvolvimento musical e precisam ser exercitadas para sua correta assimilação.
Destacamos que é de fundamental importância que você, professor, se aproprie dos conteúdos,
conceitos e procedimentos apresentados neste material, com a finalidade de ensiná-los com seguran-
ça e tranquilidade. Sendo assim, as colocações teóricas, partituras e explicações mais detalhadas
servem para a sua aproximação com a música. Além disso, a aprendizagem da música na escola en-
volve ouvir, entender, apreciar, improvisar, pesquisar, conhecer, experimentar e praticar num processo
contínuo que dependerá da sua persistência e dedicação. Refletir sobre o que é realizado durante as
atividades, o ajudará a conhecer o estudante musicalmente.
É importante valorizar a diversidade e estimular o desempenho sem fazer uso de um único nivelador.
A avaliação deve ser feita em relação ao avanço do próprio estudante sem usar critérios comparativos. O
princípio de inclusão parte dos direitos de todos à Educação, independentemente das diferenças e neces-
sidades individuais – inspirada nos princípios da Declaração de Salamanca (Unesco, 1994) e está presente
na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva, de 2008.
Todos devem saber o que diz a Constituição, mas principalmente conhecer a meta 4 do Plano
Nacional de Educação (PNE):
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela ausência de infor-
mações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm condições de prosseguir
aprendendo se forem informados e estimulados de forma sistemática, levando em conta sua diversida-
de linguística e possibilidades de comunicação.
Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifique se estão olhando para você. A maioria se
comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem uso de leitura labial e aparelhos de ampliação sonora.
Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode explicar para a
classe toda utilizando desenhos na lousa para a apropriação dos objetos de conhecimento. Convide
um estudante para demonstrar o que deve ser feito, fale olhando de frente sempre que possível, nas
festividades utilize o Hino Nacional em LIBRAS indicado no link a seguir:
DEFICIÊNCIA VISUAL
Existe o mito de que toda pessoa com deficiência visual tem talento para música. Isso não é ne-
cessariamente verdade, pois há quem não possua habilidades vocais ou para tocar instrumentos mu-
sicais. Enxergando ou não, o estudante precisa desenvolver habilidades musicais. É preciso apresentar
oralmente um instrumento musical indicando de que material é feito, se é de metal, madeira, bambu
etc., se é um instrumento acústico ou eletrônico e também oferecer a apreciação tátil, para que ele
possa manusear e explorar os sons que se pode obter de cada instrumento.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
O Componente Curricular Arte, por meio das suas diferentes linguagens, torna possível a mani-
festação de sentimentos e pensamentos colaborando com o desenvolvimento da comunicação, trans-
formando e enriquecendo as vivências musicais, através de experimentações significativas.
Estimular as relações cognitivas, emocionais e lógicas é importante e necessário para o desenvolvi-
mento global.
Nem todos os estudantes poderão formular os registros de maneira autônoma. Nesses casos, o
professor pode ser o escriba ou propor outras formas, como desenhos ou imagens recortadas. Essa
adaptação curricular garante a participação efetiva do estudante nas atividades.
Avaliação e recuperação
A avaliação e recuperação proposta neste material é diagnóstica, iniciando com a ação do professor
ao investigar o que os estudantes conhecem ou não conhecem acerca dos objetos de conhecimento que
103
serão abordados, e processual em todos os momentos de prática pedagógica, nos quais podemos incluir
diferentes maneiras de acompanhar, avaliar e recuperar as aprendizagens. Nesta concepção de avaliação
e recuperação em Arte, é importante adotar a postura de não estabelecer critérios de comparação, oferecer
possibilidades para que os estudantes alcancem os objetivos esperados, estar atento às dificuldades ex-
postas na realização das atividades e atividades e propor soluções. O fator socioemocional, presente em
todos os momentos de aprendizagem em agrupamentos produtivos1, tem em vista a formação integral do
estudante. É importante frisar que o tempo necessário para o desenvolvimento das habilidades, por meio
de situações de aprendizagem, pode variar entre uma turma e outra, mesmo que na mesma etapa.
O uso diário de registro em um portfólio é uma importante ferramenta para acompanhar os avanços e
dificuldades no desenvolvimento de habilidades e apropriação dos conhecimentos, observação dos proces-
sos criativos, relação com os colegas, considerações e suposições inteligentes2, participação, empenho,
respeito pela produção individual, coletiva e colaborativa, autoconfiança, valorização das diferentes expres-
sões artísticas, reconhecimento de que todos os obstáculos e desacertos que podem ser superados.
Dessa forma, o resultado das avaliações assegurará ao professor elementos necessários para
analisar seu planejamento, replanejar se necessário e, também, para o acompanhamento e propostas
de recuperação das aprendizagens durante o ano letivo.
Habilidade:
Verbos que explicitam os processos cognitivos envolvidos na habilidade: experimentar, identificar e apreciar.
Modificadores dos objetos de conhecimento, que explicitam o contexto e/ou uma maior especificação
da aprendizagem esperada: de diferentes épocas incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeia.
Em outras habilidades, também existem modificadores de verbos. Por exemplo, “experimentar”, “utilizando”.
1 Agrupamentos produtivos: seguem os princípios dos saberes já construídos pelas crianças em seu percurso escolar, bem como levam em consideração a
heterogeneidade de saberes existentes no espaço escolar e a sua importância na construção dos saberes dos estudantes, pois essa forma de trabalho é
ancorada, em sua concepção, pela interação entre as crianças com a mediação do professor. Fonte: em http://gg.gg/p1nzv. Acesso em: 4 set. 2019.
2 Suposições inteligentes: hipóteses de cada indivíduo, baseadas em seus conhecimentos prévios e bagagem cultural.
104 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Habilidades integradoras: propõem conexões entre duas ou mais linguagens artísticas, para ampliação
das possibilidades criativas, de compreensão de processos de criação e fomento da interdisciplinaridade.
Organizador Curricular
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
Habilidade:
(EF03AR14) Perceber, explorar e identificar pulso, ritmo, melodia, ostinato, andamento e compasso
por meio de jogos, brincadeiras, canções e práticas diversas de execução e apreciação musical.
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas seis atividades. Nelas, você vai conver-
sar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os obje-
tos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/
recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa, sobre os obje-
tos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o es-
tudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades, in-
dependentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do seu
corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos abaixo, alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.
• Pulso ou pulsação: marcação regular de um fluxo temporal, sem acentuação. Unidade regular e de
mesmo tamanho, que se mantém ao longo do tempo da música. Exemplo: tic tac do relógio analógico.
• Ritmo: Diferentes durações de sons, que se organizam sobre as pulsações e/ou compassos.
Quando canto uma melodia e a acompanho com batidas de pé ou palmas, estou fazendo o ritmo
com a voz e a pulsação com os pés ou as mãos.
• Ostinato: é uma sequência rítmica repetida diversas vezes sem modificação no decorrer de uma
música. A importância deste elemento, para o ensino, decorre da facilidade em memorizá-la, ao
mesmo tempo em que se cria uma variação rítmica distinta do ritmo da melodia.
• Compasso: é a organização dos pulsos fortes e fracos de uma música em ciclos de igual tamanho
(binário, ternário e quaternário). As canções e jogos infantis apresentam, em sua grande maioria:
• Compasso binário simples – tem dois tempos – um forte e um fraco. Exemplos: Escravo de Jó;
Marcha Soldado.
• Compasso ternário simples – tem três tempos – um forte e dois fracos. Exemplos: Terezinha de
Jesus; Meu Galinho.
106 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
• Compasso quaternário simples – tem quatro tempos – um forte e três fracos. Exemplos: Atirei
o pau no gato; Alecrim Dourado.
Parâmetros do som:
• Altura: Este parâmetro organiza os sons em toda a vasta gama que vai do grave ao agudo e
vice-versa.
• Duração: Este parâmetro nos auxilia a identificar o som no tempo. Resumidamente, podemos
dizer que um som, em toda a vasta gama, pode ser longo ou curto, considerando também,
suas infinitas variações.
• Timbre: Este parâmetro reúne um conjunto de características e singularidades que nos permite
identificar uma fonte sonora. Cada emissão sonora tem qualidades que lhe são próprias, aquilo
que podemos chamar de “identidade do som”.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e
colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa
para pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus ca-
dernos, as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo
com sua realidade e necessidade.
1. O que é som?
2. Qual a diferença entre som e ruído?
3. O que é música? Que tipo de música vocês gostam de ouvir e cantar?
4. Onde costumam ouvir música ou cantar?
107
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO I
Professor, analise o vídeo/áudio, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a apreciação,
reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior. Após a apreciação, organize uma roda de con-
versa e incentive-os a comentar o que aprenderam. Você pode selecionar outras referências, em seu
acervo pessoal ou no da escola, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e neces-
sidade. Esta atividade se desenvolve em duas partes:
• Parte 1: Explique que, durante a primeira apreciação, eles deverão levantar a mão direita
quando o som for forte e a mão esquerda, quando for fraco. Você pode mudar o foco para som
longo ou curto, fino ou grosso. Pergunte se eles conseguem identificar quais instrumentos
estão sendo tocados.
• Parte 2: Explique que, durante a segunda apreciação, eles deverão fechar os olhos e ficar em
silêncio para ouvir e identificar alguns aspectos sonoros, como as variações de andamento e o
ostinato, por exemplo.
Vídeo:
O dono do lenço então pergunta: Posso jogar? E todos respondem: Pode! Todos contam forte:
Um, dois, três!
Na contagem do número 3, o estudante deixa o lenço cair atrás de alguém da roda. O escolhido,
ao perceber o lenço, correrá atrás de quem o jogou antes que este se sente no seu lugar. Se conseguir
pegar aquele que jogou, ele será o próximo a jogar o lenço; se não conseguir, quem jogou o lenço
continuará segurando o lenço para jogar atrás de outro estudante.
Após a atividade, organize uma roda de conversa com os estudantes, incentivando-os a se expressa-
rem sobre a atividade realizada, verificando a aprendizagem em relação ao parâmetro – Intensidade.
Professor, dentro do parâmetro Duração existem os elementos: Ritmo, Compasso, Pulso, Anda-
mento e Ostinato, que serão explorados a seguir.
Para a marcação do ritmo utilize a música “Casa de Farinha”. Lembre-se de que o mesmo pode
ser associado com os pedacinhos das palavras (sílabas fortes). Exemplo:
Mandei (palma), farinha (palma), maneirinha (palma), levar (palma), sol (palma), vento (palma),
movimento (palma), rodar (palma).
Cante com os estudantes repetidas vezes, movimentando a roda ora para a direita, ora para a esquer-
da, observando com os estudantes que os pés se movimentam no pulso da música (os passos são trocados
no pulso). Continuar a movimentação da roda, acentuando a batida do pé no chão: tempo forte na primeira
parte da música (observe, que a música está escrita em compasso quaternário). Caso você tenha dúvidas
em localizar os tempos fortes, observe a letra da música com os tempos fortes indicados em negrito.
Ao ler a partitura abaixo, observe que a ela indica o compasso da música é quaternário (4/4).
Observação: O andamento na música é a velocidade em que ela é executada, que pode variar
do lento ao rápido e vice-versa.
Vídeo:
Continuando, divida a sala em duas turmas. Solicite que a primeira turma faça o acompanhamen-
to do pulso por meio de palmas e que a segunda turma faça o acompanhamento do ritmo.
Introduza o canto, juntamente com as palmas da pulsação e do ritmo. Repita a atividade alternan-
do as turmas para que todos os estudantes compreendam a diferença entre pulso e ritmo. Varie o
110 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Ostinato
Professor, para trabalhar o Ostinato (repetição da sequência rítmica), execute com os estudantes
a sequência rítmica abaixo; primeiro, as palmas; em seguida, os pés percutem o chão e, por fim, volte
para as palmas. Repita a sequência rítmica quantas vezes forem necessárias para a assimilação corre-
ta do ritmo e intensidade, caracterizando o ostinato.
Após a atividade, organize uma roda de conversa com os estudantes, incentivando-os a se ex-
pressarem sobre a atividade realizada, verificando a aprendizagem em relação ao parâmetro Duração
e, também, Ritmo, Compasso, Pulso, Andamento e Ostinato.
Observação: Não descarte esse material pois ele será utilizado novamente na Atividade 3, da
Situação de Aprendizagem III.
Inicialmente, oriente os estudantes a explorarem os sons dos objetos que foram trazidos. Em
seguida, sob sua orientação, peça que eles organizem os materiais numa escala que vai dos sons
graves para os agudos. Finalize com uma improvisação de sons, imaginando que cada material é um
instrumento de uma banda.
111
Melodia e Harmonia
Para que os estudantes percebam e explorem esses elementos da música, utilize a mesma pau-
ta da atividade Ostinato e os instrumentos não convencionais já experimentados, identificados e orga-
nizados em sons graves e agudos.
Solicite aos estudantes que se organizem para tocar a melodia com o auxílio das pautas abaixo. Lembrando
que melodia é a sucessão de sons musicais combinados e em harmonia, uma combinação de sons simultâneos.
Após a atividade, organize uma roda de conversa com os estudantes, incentivando-os a se ex-
pressarem sobre a atividade realizada, verificando a aprendizagem em relação ao parâmetro Altura e,
também, os elementos musicais: Melodia e Harmonia.
ATIVIDADE 6 – APRECIAÇÃO II
Professor, inicialmente, para explorar o parâmetro Timbre, faça com os estudantes, um percurso
pela escola, onde a intenção é a escuta de sons. Explique que, para essa atividade, o silêncio é muito
importante. A cada som percebido, faça intervenções (por exemplo: De onde vem o som? Reconhe-
cem quem emitiu o som?). Outros questionamentos dependem de quais sons forem percebidos. É
importante, ao retornar à sala de aula, incentivar os estudantes a falarem sobre a experiência vivida.
Outra forma de identificar sons, pode ser realizada, a partir da apreciação do vídeo abaixo:
Após as atividades, organize uma roda de conversa com os estudantes, incentivando-os a se expres-
sarem sobre elas, verificando a aprendizagem em relação ao parâmetro Timbre.
112 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Habilidade:
(EF03AR16) Explorar e reconhecer o desenho como forma de registro musical não convencional
(representação gráfica de sons) e reconhecer a notação musical convencional, diferenciando-a de
outros sinais gráficos.
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa, ao final das atividades, sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades. Para ampliação de seu repertório, elencamos abaixo, alguns con-
ceitos importantes para o desenvolvimento das atividades.
• Notação musical: Conjunto de símbolos desenvolvido para representar a duração de sons e silêncios,
representar regras e fornecer de forma clara, ao intérprete, o maior número possível de dados precisos.
• Partitura não Convencional: Neste caso, não existe um padrão de escrita; o registro de sons e
composições musicais é feito de maneiras particulares e criativas. O registro das sonoridades,
geralmente, é realizado por meio de uma legenda ou bula, que nomeia os sinais gráficos e indica
os tipos de sons ao leitor.
113
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar a sondagem, faça um passeio com os estudantes pela escola, com o ob-
jetivo de escutar atentamente os diferentes sons e identificar as respectivas fontes sonoras. Em sala de
aula, solicite que registrem por meio de desenhos, as fontes sonoras dos sons. Organize a exposição
da produção dos estudantes com a turma e solicite que cada um fale sobre o que ouviu e seus dese-
nhos. Após a socialização, alguns questionamentos deverão ser feitos. Pergunte:
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, nesta atividade, apresente para os estudantes uma partitura com a notação conven-
cional. Durante esta apresentação converse um pouco sobre notação musical (partitura, notas, pau-
sas, claves etc.).
114 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Notação musical
Figura de
Figura de som Nome da figura Nome da figura Valor
silêncio
Pausa de
Semibreve 1
semibreve
Paula de
Semínima 1/4
semínima
Pausa de
Colcheia 1/8
colcheia
Pausa de
Semicolcheia 1/16
semicolcheia
Pausa de
Semifusa 1/64
semifusa
115
Partitura Convencional
Vídeo:
Vídeo:
Professor, agora que os estudantes conheceram um pouco sobre notação e registro convencio-
nal e não convencional, pergunte novamente se o registro que eles fizeram daria para executar uma
música. No que o registro deles difere das pautas apresentadas? E como fariam o registro para que
uma música fosse executada? Faça um comparativo com as respostas dadas anteriormente, socialize
com a turma de estudantes.
116 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Para tal organização, explique que, em música, os códigos são organizados em espaços chamados
compassos; que devemos saber quantos tempos terá cada compasso para que todos saibam a sua
duração (dois tempos, três tempos, quatro tempos etc.) e que converteremos cada compasso em
casas, com telhados e paredes. Note que cada casa tem a sua vizinha e as paredes são as barras de
compasso, que possuem a função de delimitar as organizações de tempos fortes e fracos. No exemplo
abaixo, os compassos contêm somente dois pulsos (ou dois tempos), por isso são binários. O primeiro
tempo é forte e o segundo fraco.
Retome a legenda apresentada junto ao conceito "Como fazer uma bula" no inicio dessa situação
de aprendizagem
Compasso binário: o primeiro tempo é forte e o segundo fraco. Feito especialmente para o São Paulo faz escola.
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você vai conver-
sar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os obje-
tos de conhecimento e seus modificadores. É importante que você, realize registros durante o desenvol-
vimento das atividades. Para avaliação/recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades,
realize rodas de conversa sobre os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as in-
formações da coluna “Observar se o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades. Para ampliação de seu repertório, elencamos abaixo, alguns con-
ceitos importantes para o desenvolvimento das atividades.
• Fonte sonora: qualquer corpo que vibra e produz um som. São necessárias três condições
para a percepção sonora: um “emissor” (fonte sonora); um “meio material” (por onde o som se
propaga); um receptor (quem recebe o som).
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize seus estudantes em círculo para uma roda de conversa e inicie a sondagem,
perguntando aos estudantes, quais sons o corpo humano é capaz de produzir.
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, assista os vídeos, antes de apresentá-los.
Após a apreciação, proponha aos estudantes que façam uma exploração dos sons corporais mape-
ando a Altura dos sons (agudos, médios e graves), a Intensidade dos sons (forte e fraco), de acordo com
as tabelas abaixo. Ao final, organize e proponha aos estudantes que socializem suas pesquisas.
Altura do som
Agudos (fino) Médios Graves (grosso)
Estalar os dedos Bater palmas Bater no peito
Estalar a língua com a boca
Bater os dentes Bater na bochecha esticada
em formato de “o”
Bater em uma das palmas Bater palmas com as mãos Bater palmas com as mãos
com dois dedos atravessadas em formato de concha
Intensidade do som
Forte Fraco
Bater os pés Estalar os dedos
Bater no peito Bater dois dedos
Percussão vocal grave Sopros
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM IV
Habilidade:
(EF03AR17) Apreciar e experimentar improvisações musicais e sonorização de histórias, explorando
vozes, sons corporais e/ou instrumentos musicais não convencionais, de modo individual e coletivo.
• Improvisações musicais
• Sonorização de histórias
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa, ao final das atividades, sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos abaixo, alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.
• Improvisação musical: Exercício de experimentação, criação, variação e invenção, que par-
te de um estímulo espontâneo ou de uma ideia que já existe. A improvisação musical, apre-
senta grande diversidade sonora e originalidade criativa, porém, na maioria das vezes, man-
tém a obra original como referência.
• Sonorização de histórias: A utilização de sons naturais ou artificiais, ao longo de uma his-
tória, pode ter, entre outras possibilidades, a função de estimular a imaginação, mobilizar
memórias, caracterizar ambientes, personagens, indicar ações, reforçar dramaticidades,
“criar climas”, interferir. Tudo isso junto cria um conjunto de acontecimentos sonoros, que traz
realismo à história que está sendo contada.
• Sonoplastia: Conjunto de sons de uma obra audiovisual, baseada num roteiro, que utiliza
diversos recursos (voz, música, sons corporais, ruídos, instrumentos musicais convencionais
e não convencionais, objetos, máquinas, efeitos acústicos, efeitos digitais etc.).
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda de conversa, apresente questionamentos aos estudantes e, à me-
dida em que forem surgindo respostas, vá registrando na lousa, as palavras-chave que possibilitem sua
complementação e fechamento ao fim da aula.
5. O que são efeitos sonoros? Como são feitos? Quais materiais podem ser utilizados para pro-
duzir esses efeitos?
6. O que é um ruído?
7. O que significa sonoplastia?
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise o áudio antes de apresentá-lo. Reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM V
Habilidade:
(EF03AR13) Experimentar, identificar e apreciar músicas próprias da cultura popular brasileira de
diferentes épocas, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias.
Objeto de Conhecimento: Contextos e Práticas
Habilidade Articuladora:
(EF15AR24) Caracterizar e experimentar brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias
de diferentes matrizes estéticas e culturais.
Objeto de Conhecimento: Matrizes Estéticas e Culturais
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você vai conver-
sar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os obje-
tos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/
recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os objetos
de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o estudan-
te”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos abaixo, alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.
• Música popular: gênero desenvolvido a partir das músicas tradicionais e folclóricas.
• Matrizes estéticas e culturais Indígenas, Africanas e Europeias são parte fundamental
da cultura brasileira: Elas carregam referências e formas de expressão cultural, de usos e
costumes, englobando a poética artística que representa especificamente uma etnia, um grupo,
um povo, uma nação.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, numa roda de conversa, diga aos estudantes que a música existe no mundo todo e
que ela guarda elementos e características do povo que a produz. À medida que a conversa flui, vá
colocando perguntas por partes e vá registrando na lousa todas as informações que os estudantes
fornecerem. É importante que você utilize o que for dito por eles quando pontuar as informações cita-
das acima e fizer o fechamento do assunto desta aula.
123
Em seguida, solicite aos estudantes que copiem as informações da lousa, pois elas serão reto-
madas no decorrer desta situação de aprendizagem.
Vocês conhecem músicas, danças, brinquedos, brincadeiras, jogos e histórias indígenas, africa-
nas ou de outro país? Quais?
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Para realizar esta atividade de apreciação de músicas próprias da cultura popular brasileira de diferen-
tes épocas, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias, sugerimos os links abaixo. Sugeri-
mos que você as ouça antes de apresentá-las. Fique à vontade para apresentar outras, se for necessário.
Vídeos:
Vídeo:
Mandaú – Eliana Florindo. Disponível em: http://gg.gg/nffd8. Acesso em: 26 set. 2019.
1. São três personagens: dono da plantação, comprador e mandiocas. Você, professor, primeiramente,
será o dono da plantação – outros estudantes também poderão ser, assim que se familiarizarem
com a brincadeira. Um estudante será o comprador e os demais serão as mandiocas.
3. Quando o comprador aparece, as mandiocas param de cantar e, rapidamente, formam uma fila em
um local pré-determinado (um “pique”) – que pode ser próximo de onde o dono da plantação esteja.
A primeira mandioca (o estudante que chegar primeiro) segura o “pique” enquanto os demais (sempre
de cócoras) seguram na cintura umas das outras. Então se inicia um diálogo entre o comprador e
o dono da plantação:
8. Isso se repete algumas vezes até que o dono da plantação diz que já estão prontas.
9. O comprador escolhe as mandiocas que quer comprar e tenta arrancá-las de qualquer lugar da fila.
Apesar da resistência que fazem para não serem pegas, o comprador consegue! Os estudantes
que saem da brincadeira ficam cantando ao redor das que ainda são mandiocas.
11. Ao final, quando todas as mandiocas tiverem sido arrancadas, as crianças formam uma roda,
com as mãos nas costas das outras e cantam, girando lentamente a roda.
Vídeo:
Para esta atividade, é importante também, muita atenção ao ritmo da melodia. Professor, comece esta
proposição com a coreografia da música:
• Inicialmente, os estudantes deverão ser organizados em círculo, em pé, voltados para o centro;
• Enquanto cantam a canção, devem caminhar no sentido horário, para a direita, marcando o
pulso básico;
• Ao término da canção, repita a mesma coreografia, agora para o lado esquerdo;
• Cantar e dançar, marcando quatro passos para a direita e quatro para a esquerda;
• Cada sequência de quatro passos acompanha uma frase da música:
• Ao final de cada frase, que coincide com o 4º passo, levante os braços para o alto.
2º BIMESTRE
A LINGUAGEM DA DANÇA
A dança é uma linguagem artística do corpo em movimento. A prática da dança possibilita o de-
senvolvimento da sensibilidade e da motricidade como pares entrelaçados. O domínio do movimento
na dança propicia a ampliação de repertórios gestuais, novas possibilidades de expressão e comuni-
cação de sensações, sentimentos, pensamentos. O refinamento do corpo em movimento encontra-se
articulado à expressividade e à criatividade, envolvendo processos de consciência corporal (individual)
e social (relacional), assim como processos de memória, imaginação, concepção e criação em dança
nos âmbitos artístico e estético.
A dança está presente no salão de baile, nos desfiles de Carnaval, em um encontro de danças
urbanas ou na roda de samba na rua, no pátio de uma escola, no palco de um teatro, no cinema, na
televisão. As danças têm funções e sentidos ligados ao contexto de acontecimento, aos sujeitos que
a vivenciam e que a desfrutam como público. Pensando em uma dimensão abrangente, acreditamos
que todas as pessoas podem dançar.
Se, por um lado, cada contexto de ensino e aprendizagem da dança tem contornos diferenciados,
poderíamos dizer que existe algo comum, importante a ser destacado para o professor que irá percorrer as
situações de aprendizagem aqui propostas. Dançar implica em aprender sobre o movimento que aborda:
o espaço nas suas relações de direções, níveis e planos; o tempo nas relações de pulsos, ritmos, pausa e
velocidades com e no próprio corpo, tendo a ação e a reflexão sempre presentes.
O ensino da arte na escola não tem a função de oferecer uma formação profissional, mas propor-
cionar aos estudantes a oportunidade de conhecer, apreciar, criar e viver a dança na escola, tendo
experiências com sentido e ligadas ao mundo dessa linguagem, expandindo as possibilidades de for-
mação e de participação social.
Estamos então convidando os professores de Arte para enfrentar um desafio: aproximar-se da Dança
como uma linguagem artística, procurando pontes com as demais linguagens de seu conhecimento, com
suashistóriaspessoaisdecorpoemovimento,comsuasmemóriasedesejosdançantes,porvezesnãomanifestos.
As bases ou pilares para que o processo de ensino e de aprendizagem possa ter início é que você
professor se permita vivenciar uma aproximação do próprio corpo. Além disso, sugerimos uma atitude
de observação constante do corpo e do movimento do estudante no cotidiano escolar, o que irá, sem
dúvida, lhe oferecer um rico repertório de ações corporais, formas de movimento, interações, jogos e
danças que os estudantes dominam e vivenciam entre eles na escola.
Sintetizamos, a seguir, alguns conceitos importantes para o estudo e o desenvolvimento das Si-
tuações de Aprendizagem na linguagem da linguagem dança.
128 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Em uma definição sucinta podemos dizer que o que caracteriza a linguagem da dança é o movi-
mento do(s) corpo(s) do(s) dançarino(s) no espaço e no tempo.
Enfim, dançar significa experimentar o corpo em movimento para além de sua funcionalidade
(caráter instrumental) cotidiana. Do mais simples ao mais complexo dos processos de aprender uma
dança, o corpo poderá ter experiências de criação e construção de movimentos expressivos nos quais
cada estudante que dança está implicado com seu mundo interno, sua memória, sua história, dialo-
gando com o as culturas da dança presentes no mundo.
Apesar dessa disponibilidade e da presença da própria dança, por vezes, no cotidiano de algumas
das crianças, o estudo da dança como uma das linguagens artísticas na escola irá envolver o diálogo por
meio do corpo em movimento com os pares e o professor, de maneira que o estudante possa experimentar,
criar, executar, transformar, observar, organizar diferentes maneiras de dançar. Nesse sentido, cabe reiterar
que o estudo da dança na escola não pode estar restrito ao aprendizado de coreografias.
Como componentes da dança figuram: 1) o movimento (o elemento central); 2) o dançarino (quem
dança); 3) os elementos sonoros, que incluem a música, o uso da voz, o silêncio, o som ambiente;
4) os elementos visuais que são compostos pelo espaço cênico ou pelo espaço onde a dança acon-
tece, envolvendo também objetos de cena, figurinos, cenários, vídeos.
O processo criativo em dança se materializa em uma composição coreográfica, a qual pode en-
volver diferentes arranjos entre o movimento e a música, entre o movimento e o espaço, entre o movi-
mento e os elementos de cena. Nesse sentido, para fruir e analisar a forma/conteúdo de uma obra de
dança é necessário observar as conexões estabelecidas entre tais componentes.
A CRIAÇÃO DO AMBIENTE
É fundamental criar um ambiente propício para o desenvolvimento das atividades. Mas, além do
espaço físico, estamos sugerindo que você, professor, crie para e com os estudantes, um lugar de
acolhimento às experiências corporais e de movimento, ampliando e enriquecendo esse universo.
Um simples espreguiçamento do corpo, quando realizado com atenção à pele e aos movi-
mentos articulares, pode significar uma estimulação do tato e da propriocepção (percepção do
próprio corpo). É um “chegar ao corpo”, abordando-o em suas dimensões intrínsecas – sensorial
e motora. Isso significa que estamos nos preparando para a atividade, mas, paradoxalmente, já
estamos dentro dela, porque não conseguimos nos separar de nosso corpo. No caso da dança,
isso pode significar sentir os pés, mover as articulações, sentir o espaço, ouvir a respiração. Esse
momento poderá acordar, disponibilizar, organizar, concentrar, construir, individual e coletivamen-
te, um estado de dança.
veis mudanças que acontecerão no que diz respeito à evolução da qualidade de movimento. Nesse
caso, estamos chamando sua atenção aos indicadores de observação descritos no Organizador Cur-
ricular. A observação é um processo de avaliação contínua, pois no caso da dança trata-se de uma
linguagem efêmera. Você deverá registrar os processos, como iremos apontar a seguir, mas a riqueza
da observação no percurso da ação é única e própria à essa linguagem. Esse é seu principal material
de avaliação: o corpo em movimento no percurso das atividades.
Para o ensino da linguagem da dança nos anos iniciais do Ensino Fundamental, os objetos de
conhecimento estão articulados com as atividades fundamentais ao aprendizado dos estudantes, res-
peitando seu desenvolvimento motor, cognitivo e socioemocional, por meio de jogos, brincadeiras,
danças de roda, criação de suas danças individuais, coletivas e colaborativas.
Essa é uma proposta de iniciação à linguagem da dança. Nesse momento da vida das crianças
a introdução de uma técnica, onde os movimentos repetitivos são parte da construção do aprendiza-
do, não se faz necessária, pois anteriormente ao exercício, é de fundamental importância o desenvol-
vimento de um vocabulário e consequentemente de um repertório expressivo e simbólico no corpo,
como também o conhecimento de sua estrutura músculo/esquelética, em movimento. Sem esses
conhecimentos, todo o processo de exploração e criação de movimentos estará reduzido a um reper-
tório limitado ou a um repertório colado a referências midiáticas sem qualidade artística e estética, ou
seja, estereotipado, onde a imitação ou a cópia elimina a possibilidade de criação ou até mesmo de um
olhar crítico a esses modelos.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela ausência de infor-
mações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm condições de prosseguir
aprendendo se forem informados e estimulados de forma sistemática, levando em conta sua diversida-
de linguística e possibilidades de comunicação. Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifi-
que se estão olhando para você. A maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem
uso de leitura labial e aparelhos de ampliação sonora.
Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode explicar para a
classe toda utilizando desenhos na lousa. Para a apropriação dos objetos de conhecimento, convide
um estudante para demonstrar o que deve ser feito. Fale olhando para a turma e, sempre que possível,
demonstrando os movimentos.
130 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
DEFICIÊNCIA VISUAL
O estudante com deficiência visual pode dançar. A dança para esse estudante trabalha espacia-
lidade, lateralidade, equilíbrio e autoestima, tornando-o mais seguro de seu corpo. Ao apresentar a
dança para um estudante com deficiência visual, é importante que você seja descritivo e claro. É atra-
vés da descrição que ele entenderá o que está sendo solicitado. Fale de forma pausada e calma. Tome
cuidado com sua entonação vocal – tons muito altos, estridentes, bruscos ou ríspidos podem assus-
tar/inibir o deficiente visual. É importante que este estudante se sinta seguro para participar da propos-
ta; portanto, se necessário, explique diversas vezes. Se preciso, solicite a outro estudante que faça a
posição do que está sendo pedido para que o estudante visual sinta o colega e entenda o que deve
ser feito. Estimule o deficiente visual a participar da aula e proponha que outros estudantes se colo-
quem no lugar dele, fazendo algumas atividades adaptadas com o uso de vendas, por exemplo. Esse
momento de troca aproxima os colegas e será de grande valia no momento. Acompanhe o estudante
durante a atividade, conduzindo o a fazer o movimento, mas antes converse com ele quanto ao toque
e à receptividade do mesmo.
Para ampliar essa conversa sugerimos o seguinte material de apoio:
DEFICIÊNCIA MOTORA
Incluir os estudantes com deficiência motora se faz necessário num universo de dança. As limita-
ções físicas destes estudantes não os impedem de dançar. Cabe ao professor estimulá-los e torná-los
conscientes de que seu corpo também dança.
A dança eleva a autoestima, e os movimentos podem ser adaptados caso a caso. Inclua o estu-
dante no processo de dança, sempre respeitando seus tempos e espaços e adaptando as atividades
propostas para a inclusão deste estudante.
(EF03AR08) Experimentar,
identificar e apreciar formas distintas Participa da sondagem e
de manifestações tradicionais e Organizar e realizar momentos de da apreciação;
contemporâneas da dança próprias sondagem, apreciação, experimentação experimenta e identifica os
da cultura popular brasileira de e identificação dos objetos de objetos de conhecimento,
diferentes épocas, incluindo-se conhecimento, considerando seus considerando seus
suas matrizes indígenas, africanas e modificadores. modificadores.
europeias, cultivando a percepção,
o imaginário, a capacidade de
simbolizar e o repertório corporal.
Participa da sondagem e
(EF03AR09) Estabelecer relações Organizar e realizar momentos de da apreciação;
entre as partes do corpo e destas sondagem, apreciação e de relações relaciona os objetos
com o todo corporal na construção entre os objetos de conhecimento, de conhecimento
do movimento dançado. considerando seus modificadores. considerando seus
modificadores.
(EF03AR10) Experimentar
Participa da sondagem e
diferentes formas de orientação no
Organizar e realizar momentos de da apreciação;
espaço (deslocamentos, planos,
sondagem, apreciação e experimentação experimenta os objetos
direções, caminhos etc.) e ritmos
dos objetos de conhecimento, de conhecimento,
de movimento (lento, moderado
considerando seus modificadores. considerando seus
e rápido) na construção do
modificadores.
movimento dançado.
(EF03AR11) Criar e improvisar Participa da sondagem e
movimentos dançados de modo Organizar e realizar momentos da apreciação;
individual, coletivo e colaborativo, sondagem, apreciação, criação e cria e improvisa
tendo as brincadeiras infantis como improvisação considerando os objetos de considerando os objetos
fonte geradora, utilizando-se dos conhecimento, e seus modificadores. de conhecimento, e seus
elementos estruturantes da dança. modificadores.
(EF03AR12) Dialogar, com respeito
Organizar e realizar momentos de Participa da sondagem e
e sem preconceito, sobre as
sondagem, apreciação, análise, da apreciação;
experiências pessoais e coletivas
identificação, diálogo e reflexão sobre os Dialoga sobre os objetos
em dança vivenciadas na escola,
objetos de conhecimento, considerando de conhecimento e seus
como fonte para a construção de
seus modificadores. modificadores.
vocabulários e repertórios próprios.
Habilidade Articuladora
(EF15AR25) Conhecer e valorizar
o patrimônio cultural, material e
imaterial, de culturas diversas, em Participa da sondagem e
Organizar e realizar momentos de
especial a brasileira, incluindo-se da apreciação; reconhece
sondagem, apreciação, reconhecimento
suas matrizes indígenas, africanas e valoriza os objetos de
e valorização sobre os objetos de
e europeias, de diferentes épocas, conhecimento e seus
conhecimento e seus modificadores.
favorecendo a construção de modificadores.
vocabulário e repertório relativos às
diferentes linguagens artísticas.
133
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
Habilidade:
(EF03AR12) Dialogar, com respeito e sem preconceito, sobre as experiências pessoais e coletivas em
dança vivenciadas na escola, como fonte para a construção de vocabulários e repertórios próprios.
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa, sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para realizar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e
colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para pontuar
cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos, as infor-
mações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realida-
de e necessidade.
1. O que é dança?
2. Quantos tipos de dança existem? Citem exemplos.
3. Quais danças você já dançou? Onde? Foi individual ou em grupo?
4. Como você se sente quando dança?
5. Quem criou os passos da dança? Como as pessoas aprendem a dançar?
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise o vídeo, antes de apresentá-lo aos estudantes. Durante a apreciação, reforce
os conceitos trabalhados na atividade anterior e preste atenção às reações dos estudantes. Após a
apreciação, organize uma roda de conversa e incentive-os a comentar o que aprenderam e apresente
as questões a seguir. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo pessoal ou no da esco-
la, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.
134 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Vídeo:
Tamara. Animação – história de uma menina surda que sonha em ser bailarina.
Surdo para Surdo. Disponível em: http://gg.gg/nfra0. Acesso em: 05 dez. 2019.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Habilidade:
(EF03AR09) Estabelecer relações entre as partes do corpo e destas com o todo corporal na construção
do movimento dançado.
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai conver-
sar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os objetos
de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/
recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa, sobre os objetos
de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o estudante”,
do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos a seguir, alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades.
• Rudolf Laban (1879-1958) – foi um dançarino, coreógrafo e artista húngaro que se dedicou
ao estudo e desenvolvimento de um método e sistematização da linguagem da dança e do
movimento. Através de seus estudos e notações, desenvolveu a Corêutica e a Eucinética,
componentes do movimento em si.
A Corêutica estuda a relação do corpo com o espaço e o desenvolvimento dos movimentos
dançados. Fazem parte da Corêutica o espaço relacionado ao espaço que o corpo desenvol-
ve ao dançar. Aqui estão os planos ou níveis da dança, o deslocamento no espaço e as dire-
ções para as quais o corpo se projeta ao dançar.
• Forma Direta: É quando os movimentos lineares e retos ocupam um espaço definido, sem o
deslocamento e a envergadura dos braços, das pernas e do tronco. É traçar um percurso
direto para atingir um ponto definido.
• Forma Flexível: É quando os movimentos do corpo ocupam vários espaços ao mesmo tempo,
utilizando os deslocamentos, as envergaduras e as torções.
• Dimensão – A dimensão é a que define a orientação no espaço, e se estende entre duas direções
opostas. São elas: amplitude (largura), comprimento (altura) e profundidade.
• Direção – São os sentidos (trajetos) por onde o movimento percorre, tendo como ponto inicial o
centro do corpo do dançarino. São elas: frente, atrás, lado, diagonais, em cima, em baixo.
• Plano ou Níveis – São relacionados aos planos alto, médio e baixos. Espaços referentes à altura
dos movimentos. Os níveis são definidos pelos movimentos do corpo no espaço que vão da altura
da cintura, abaixo dela ou acima da cabeça.
• Nível alto – foto 1 – São movimentos realizados em pé e / ou feitos com os braços para cima.
• Nível médio – foto 2 – São movimentos realizados com os joelhos flexionados, agachado, ajoelhado
ou sentado.
Larissa Lins e Geivison Moreira em Fada do Amor de Márcia Haydée – Imagem: Wilian Aguiar.
Disponível em: http://gg.gg/osfiy. Acesso em 24 mar. 2021.
138 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
• Nível baixo – foto 3 – São movimentos realizados no chão, como arrastar, deitar-se, rolar.
Beatriz Hack em Primavera Fria de Clébio Oliveira – Imagem: Wilian Aguiar. Disponível em:
http://gg.gg/osfjd. Acesso em 04 dez. 2019.
• Eucinética – Estuda a expressividade dos movimentos, dividindo-os em quatro fatores expressivos, que
são subdivididos em propriedades ou de movimentos. Estas qualidades não são estanques, podendo
ser aumentadas ou diminuídas. São fatores do movimento: espaço, fluxo ou fluência, peso e tempo.
• Espaço – É no espaço que a dança acontece. Os movimentos criados pelo corpo são influenciados
pelo espaço e nele encontramos a Cinesfera (ou Kinesfera), que é o que determina a extensão dos
movimentos do corpo, suas flexões e deslocamentos.
• Cinesfera (Kinesfera) – Os movimentos criados pelo corpo são influenciados pelo espaço
e nele encontramos a Cinesfera – que é o que determina a extensão dos movimentos do
corpo, suas flexões e deslocamentos. É um espaço imaginário que impõe uma limitação
do corpo do dançarino ao limite natural do espaço pessoal. O uso do espaço pode se dar
de duas formas, conforme qualidade do movimento:
139
• Forma Direta: É quando os movimentos lineares e retos ocupam um espaço definido, sem
o deslocamento, a envergadura, dos braços, das pernas e do tronco. É traçar um percurso
direto para atingir um ponto definido.
• Forma Flexível: É quando os movimentos do corpo ocupam vários espaços ao mesmo
tempo, utilizando os deslocamentos, as envergaduras e as torções.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para realizar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as per-
guntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e coloca-
ções. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para pontuar cada conceito.
Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos as informações que estão na
lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
140 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise o vídeo, antes de apresentá-lo aos estudantes. Durante a apreciação, reforce
os conceitos trabalhados na atividade anterior. Após a apreciação, organize uma roda de conversa e
incentive-os a comentarem o que aprenderam. Você pode selecionar outras referências em seu acervo
pessoal ou no da escola, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.
Para iniciar esta atividade, traga para a sala de aula, um mapa de anatomia e livros que mostrem o
corpo humano. Caso a escola tenha um esqueleto, seria interessante que os estudantes pudessem
vê-lo para compreenderem as partes do corpo, articulações, coluna vertebral, ossos etc.
Vídeo:
Depois de concluído, faça uma roda de conversa e deixe que os estudantes falem a respeito do
que sentiram e perceberam sobre o “banho”. Faça alguns questionamentos: Perceberam cada parte
do corpo quando “ensaboaram, enxaguaram e secaram”? Perceberam que cada parte do corpo tem
sua importância? Perceberam que as partes do nosso corpo dobram? Quais? Por que dobram? Como
o nosso corpo se movimenta? Faça outros questionamentos, que considerar pertinentes.
141
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com
os objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples. À
medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para pontuar cada conceito. Realize
um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos, as informações que estão na lousa.
Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
1. Quando o nosso corpo está em movimento, nós percebemos todas as partes do corpo?
2. O que faz o nosso corpo movimentar-se?
3. Como nos movimentamos? Para frente: em linha reta ou sinuosa? Para trás? De lado? Rolando,
andando, pulando, saltando, rastejando?
4. Em que planos (baixo, médio e alto)?
5. Podemos nos movimentar sobre pedras, água, fogo, terra? Como?
6. Em quais situações nos movimentamos rápido, moderado ou lento?
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise as imagens e vídeos, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a apreciação,
reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior. Após a apreciação, organize uma roda de conversa
e incentive-os a comentarem o que aprenderam. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo
pessoal ou no da escola, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.
143
3
144 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
1. Crianças saltando – Imagem de Ulrike Mai/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/lbaze. Acesso em: 10 mar. 2020.
2. Criança fazendo “estrela” – Imagem de staceyp/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/lbazp. Acesso em: 10 mar. 2020.
3. Menina dançando – Imagem de katerina1103990/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/lbazs. Acesso em: 10 mar. 2020.
4. Grupo dançando no túnel – Imagem de Maike und Björn Bröskamp/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/lbazu. Acesso
em: 10 mar. 2020.
Vídeos:
Essa atividade é muito ampla e deve ser realizada, inicialmente, em grupos. Ela vai fornecer dife-
rentes e inúmeras formas de posturas corporais, bem como de percursos. Incentive os estudantes no
processo criativo dos movimentos.
O jogo se dará da seguinte forma: você dará comando (uma ação) e os estudantes deverão rea-
lizá-lo. Os comandos dados envolverão movimentos e ações que se opõem, se completam e se com-
plementam. Os movimentos são simples, do cotidiano e já fazem parte de seu repertorio gestual (an-
dar, cair, dobrar, sentar etc.); bem como as ações que complementarão estas, como diminuir,
aumentar, derreter, subir, parar, agradar, entre outras.
Procure usar os sinônimos e antônimos para ampliar a o léxico dos estudantes e para que eles
percebam os diferentes movimentos que compõem uma coreografia e fazem parte da dança.
Após todos jogarem, divida os estudantes em grupos com até cinco integrantes para que juntos,
componham uma coreografia, utilizando até cinco movimentos feitos anteriormente. Todos os estu-
dantes podem fazer todos os movimentos, podem se revezar nos movimentos, trabalhar com pergun-
tas e respostas na dança (um faz um movimento e o outro responde com outro movimento).
Os estudantes deverão utilizar a memória e a repetição para registrarem a dança criada com os
movimentos.
Essas criações de dança com variações de ações corporais permitem totalmente a experiência
subjetiva e sensório-motora com as nuances das qualidades dos fatores de movimento (Fluência,
Espaço, Peso e Tempo).
Finalize essa atividade, socializando a experiência vivida pelos estudantes em uma roda de con-
versa, fazendo-os perceber que a dança, seja de qualquer tipo, vem das ações corporais e essas
ações fazem a dança.
146 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM IV
Habilidade:
(EF03AR11) Criar e improvisar movimentos dançados de modo individual, coletivo e colaborativo, tendo as
brincadeiras infantis como fonte geradora, utilizando-se dos elementos estruturantes da dança.
• Movimentos dançados
• Elementos estruturantes da dança: movimento corporal, espaço e tempo
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/
recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa, sobre os obje-
tos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o es-
tudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades, in-
dependentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do seu
corpo e de suas possibilidades.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples,
permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a
conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa, para pontuar cada conceito. Realize um fe-
chamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos, as informações que estão na lousa.
Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
1. O que é improvisação?
2. O que é movimento dançado?
3. Quais brincadeiras que utilizam a dança, vocês conhecem?
4. Dançar sozinho, em dupla ou em grupo? Explique o que é mais fácil e o que é mais difícil.
5. Quantos são os elementos da dança?
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise o vídeo/áudio, antes de apresentá-los aos estudantes. Num deles, uma dupla
de dançarinos de Break apresenta o que é normalmente chamado de “batalha”, onde cada um de-
monstra grande repertório de movimentos. No outro, é apresentada uma brincadeira rítmica. Durante
a apreciação, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior. Depois, pergunte se perceberam
movimentos do cotidiano, se reconheceram a dança e a brincadeira etc. Direcione a apreciação, cha-
mando a atenção dos estudantes para os movimentos no espaço e os aspectos rítmicos.
147
Vídeos:
Diga aos estudantes que, nesta atividade, a brincadeira será diferente, pois haverá mudanças/varia-
ções nos deslocamentos ao redor do círculo. Elabore, com a colaboração deles, pequenos papeis com
diferentes maneiras de se movimentar (em câmara lenta; fazendo caretas; num pé só e acenando; de cos-
tas, pulando obstáculos; na ponta de um pé só; como um sapo se coçando; como um helicóptero; sem
enxergar; como um robô; tomando um choque etc.), para serem sorteados e utilizados a cada rodada.
Nesse jogo, a atenção dos estudantes fica bastante evidente; portanto, é o momento de observar
e registrar dificuldades e avanços. Organize uma roda de conversa e incentive os estudantes a conta-
rem as experiências vivenciadas durante o jogo. É importante que cada um registre e descreva, por
escrito, cada movimento que fez e aqueles que considerou mais interessantes.
Observação: leve em conta as características da turma. Você poderá planejar para que em uma aula, a
brincadeira seja realizada na sua versão original e, na aula seguinte, sejam exploradas outras possíveis versões.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM V
Habilidade:
(EF03AR08) Experimentar, identificar e apreciar formas distintas de manifestações tradicionais e
contemporâneas da dança próprias da cultura popular brasileira de diferentes épocas, incluindo-se
suas matrizes indígenas, africanas e europeias, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de
simbolizar e o repertório corporal.
Habilidade Articuladora:
(EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em
especial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas,
favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/
recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os objetos
de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o estudan-
te”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades, in-
dependentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do seu
corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos a seguir, alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades:
• Matrizes indígenas: Apesar de conter elevado valor estético, tudo o que é produzido tem caráter
utilitário. Sendo assim, a dança, também o é, contendo diferentes funções no cotidiano, como ri-
tos e festas, homenagens, preparação para a guerra etc. As danças são ensinadas de geração
em geração, possuem desenhos coreográficos distintos, são acompanhadas por fortes batidas
dos pés no chão, cantos e diferentes tipos de tambores, chocalhos e flautas.
• Matrizes africanas: Tradicionalmente, a dança africana, assim como a indígena, tem caráter
utilitário, é transmitida de geração em geração; tem funções cotidianas praticamente idênticas
e é baseada no canto e na utilização de instrumentos de percussão, chocalhos e sopro.
• Matrizes europeias: (restringimos a referência a Portugal) – A vinda da Corte Portuguesa
para o Brasil, trouxe danças de roda, dramáticas (o Bumba meu boi e o Reisado e outros
mais), e de salão, típicas das cortes europeias, e deram origem as quadrilhas das festas juni-
nas, por exemplo. De modo geral, essas danças têm funções cotidianas análogas às outras
matrizes – religião, festas, mitos e lendas, acontecimentos históricos, rotinas e brincadeiras.
149
• Dança tradicional: É aquela que reúne movimentos e elementos que caracterizam um povo,
um país, uma região, uma cultura etc., e pode ser configurada em diferentes gêneros e esti-
los. Geralmente, carregam elementos e influências de diferentes matrizes estéticas e culturais.
No Brasil existem, por exemplo: Coco, Jongo, Samba, Carimbó e Bumba meu boi.
• Dança contemporânea: Este gênero busca ruptura total com a dança clássica e utiliza um
conjunto de princípios e procedimentos desenvolvidos a partir das danças moderna e pós-
-moderna. Alguns aspectos que apontam características diferenciadas desse gênero, são:
pesquisa de movimentos que não “parecem” dança, renovação do vocabulário gestual por
meio da pesquisa dos movimentos do cotidiano; cruzamento de fronteiras entre as lingua-
gens artísticas, com a mescla entre dança, teatro e diferentes tecnologias; presença da figura
do criador-intérprete; improvisação como estratégia de criação; busca por diferentes formas
de preparação física utilizadas pelos dançarinos – ioga, capoeira, eutonia, natação, dança de
salão, dança clássica etc. – para conhecer e desenvolver sua própria dança; dança sem mú-
sica; diferentes espaços para o acontecimento da dança.
• Patrimônio cultural material: Conjunto de bens culturais móveis e imóveis existentes em
um país ou região, cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fa-
tos memoráveis da sua história, quer por seu excepcional valor arqueológico, etnográfico,
bibliográfico ou artístico. Pode se classificar por:
ção de um boi. A trama fica por conta de um escravo que mata o boi e retira sua língua, para
satisfazer o desejo de sua esposa, que está grávida. Quando o fato é descoberto, o escravo
é perseguido e, ao final, com a ajuda de um pajé, ressuscita o boi.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples,
permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a
conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa, para pontuar cada conceito. Realize um fe-
chamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos, as informações que estão na lousa.
Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, assista aos vídeos antes de apresentá-los. Neles há dança tradicional e dança contem-
porânea, próprias da cultura popular brasileira de diferentes épocas, incluindo-se suas matrizes indíge-
nas, africanas e europeias. Durante a apresentação, pontue os conceitos apresentados. Você pode
fazer sua própria pesquisa, de acordo com sua realidade.
Vídeos:
1. Quando se aprende uma dança, o que é mais fácil e o que é mais difícil?
2. Como eram as coreografias realizadas pelos dançarinos, enquanto dançavam?
Após essa breve conversa, proponha a divisão da turma em grupos com quatro ou cinco elemen-
tos, para que realizem uma experimentação. Trata-se da criação de uma pequena sequência de movi-
mentos, com base nas associações feitas a partir da relação entre os elementos da dança e da música.
Seguem alguns exemplos:
Será necessário providenciar meios para que os estudantes tenham acesso às músicas e espa-
ços diferentes. A música que cada grupo escolher, servirá como inspiração para o desenvolvimento
das pequenas coreografias. Fique atento e colabore com cada grupo, caso seja necessário, e sem
interferir demais na construção de suas composições. Organize o tempo para a criação e os ensaios.
As apresentações devem ser consideradas parte de um processo e não produtos finais. O mais impor-
tante são as leituras potenciais e as análises que podem gerar um apuramento da linguagem da dança.
Por isso, após as apresentações, você pode perguntar aos estudantes: O que vocês percebem como
semelhante e diferente nas criações?
4° ano
Arte
Arte 153
1º BIMESTRE
A LINGUAGEM MUSICAL
Sabemos que a Música é uma das linguagens da arte e, deste modo, pode demandar conhecimen-
to teórico e técnico específico. Muitos anos de prática e estudo são necessários para o desenvolvimento
de conhecimento e habilidades em nível profissional. Neste caso, são pessoas que optam por dedicar
suas vidas, aperfeiçoando-se constantemente, em busca do desenvolvimento técnico e expressivo.
O que é Música? Música é a Linguagem dos Sons. Mas o que isto significa?
O cotidiano é repleto de sons, inclusive nossa linguagem verbal utiliza sequências de sons e silên-
cios (consoantes, vogais e pontuações) para explicar, descrever, pedir, argumentar, suplicar, entusiasmar etc.
Nossa fala organiza-se por meio de palavras que formam frases e textos. E estas sequências de sons
(palavras) podem representar nomes próprios, conceitos, objetos, situações ou ações. Neste caso, os
sons são imediatamente convertidos em linguagem verbal. Agora, imagine duas pessoas que conversam
em um idioma que não dominamos. Não compreendemos sua comunicação verbal! Quase escutamos
tal conversa como se fosse música: uma sequência de timbres (ao menos um diferente de cada pessoa),
os sons das consoantes e das vogais, as entoações, inclinações para o agudo e para o grave (alturas),
intensidades distintas no decorrer do tempo e a velocidade com que cada som é emitido (durações).
Poderíamos considerar este diálogo como música? Houve uma intenção musical por parte dos emis-
sores dos sons? Houve uma interdependência musicalmente planejada dos parâmetros sonoros? O obje-
tivo da conversa foi exclusivamente a comunicação verbal entre aqueles sujeitos? É importante refletir sobre isso.
Quando trabalhamos com a linguagem dos sons, organizamos no tempo todos os parâmetros
intrínsecos de uma música de uma forma equilibrada e transparente. Tanto o ouvinte quanto o exe-
cutante devem perceber diversas características simultâneas dentro de uma mesma frase musical.
Ao cantar uma música coletivamente, nossos estudantes devem perceber a voz do professor, a
sua própria e a de seus colegas; caso contrário, ritmo e afinação estarão definitivamente prejudicados.
154 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Em alguns casos, a música pode exprimir ideias extramusicais. Isto é facilmente exemplificado por
meio dos hinos patrióticos. Ao escutar o Hino Nacional Brasileiro, mais do que uma música, este conjunto
de sons expressa o nosso povo, nossas cores, nossa natureza, nossos cheiros, conquistas e fracassos.
Raramente escutamos esse hino como uma sequência de alturas, durações, timbres e intensidades
interdependentes entre si. O mesmo pode acontecer com vinhetas televisivas e, de uma maneira mais indi-
vidualizada, com músicas que ficaram marcadas em nossas memórias. Dentre os motivos, poderíamos
destacar emoções vividas ou eventos que presenciamos, nos quais determinada música esteve presente.
De fato, o discurso musical não comunica ideias, conceitos e ações como a linguagem verbal. O
âmbito de sua ação está associado às emoções e sentimentos. E no contexto até aqui apresentado, a
prática musical poderia ser o equilíbrio entre esses aspectos emocionais (a paixão, o que move) com
os aspectos racionais (o procedimento, o saber fazer e o compreender), como ocorre na execução de
ritmos, frases, harmonias, melodias etc.
Uma enorme conquista será promover o conhecimento de um vocabulário comum para falar de
sons. O contraste entre elementos musicais já é um ótimo começo! Palavras como grave e agudo,
lento e rápido, comprido e curto, forte e fraco, podem parecer simples, mas são fundamentais para
o desenvolvimento musical e precisam ser exercitadas para sua correta assimilação.
Destacamos que é de fundamental importância que você, professor, se aproprie dos conteúdos,
conceitos e procedimentos apresentados neste material, com a finalidade de ensiná-los com seguran-
ça e tranquilidade. Sendo assim, as colocações teóricas, partituras e explicações mais detalhadas
servem para a sua aproximação com a música. Além disso, a aprendizagem da música na escola en-
volve ouvir, entender, apreciar, improvisar, pesquisar, conhecer, experimentar e praticar num processo
contínuo que dependerá da sua persistência e dedicação. Refletir sobre o que é realizado durante as
atividades, o ajudará a conhecer o estudante musicalmente.
É importante valorizar a diversidade e estimular o desempenho sem fazer uso de um único nivelador.
A avaliação deve ser feita em relação ao avanço do próprio estudante sem usar critérios comparativos.
Arte 155
O princípio de inclusão parte dos direitos de todos à Educação, independentemente das diferenças e
necessidades individuais – inspirada nos princípios da Declaração de Salamanca (Unesco, 1994) e está
presente na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva, de 2008.
Todos devem saber o que diz a Constituição, mas principalmente conhecer a meta 4 do Plano
Nacional de Educação (PNE):
Deficiência Auditiva
Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela ausência de infor-
mações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm condições de prosseguir
aprendendo se forem informados e estimulados de forma sistemática, levando em conta sua diversida-
de linguística e possibilidades de comunicação.
Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifique se estão olhando para você.
A maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem uso de leitura labial e aparelhos de
ampliação sonora.
Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode explicar para a
classe toda utilizando desenhos na lousa para a apropriação dos objetos de conhecimento.
156 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Convide um estudante para demonstrar o que deve ser feito, fale olhando de frente sempre que possí-
vel, nas festividades utilize o Hino Nacional em LIBRAS indicado no link a seguir:
Deficiência Visual
Existe o mito de que toda pessoa com deficiência visual tem talento para música. Isso não é ne-
cessariamente verdade, pois há quem não possua habilidades vocais ou para tocar instrumentos mu-
sicais. Enxergando ou não, o estudante precisa desenvolver habilidades musicais. É preciso apresentar
oralmente um instrumento musical indicando de que material é feito, se é de metal, madeira, bambu
etc., se é um instrumento acústico ou eletrônico e também oferecer a apreciação tátil, para que ele
possa manusear e explorar os sons que se pode obter de cada instrumento.
Arte 157
Deficiência Intelectual
O Componente Curricular Arte, por meio das suas diferentes linguagens, torna possível a mani-
festação de sentimentos e pensamentos colaborando com o desenvolvimento da comunicação, trans-
formando e enriquecendo as vivências musicais, através de experimentações significativas.
Nem todos os estudantes poderão formular os registros de maneira autônoma. Nesses casos, o
professor pode ser o escriba ou propor outras formas, como desenhos ou imagens recortadas. Essa
adaptação curricular garante a participação efetiva do estudante nas atividades.
Avaliação e Recuperação
A avaliação e recuperação proposta neste material é diagnóstica, iniciando com a ação do pro-
fessor ao investigar o que os estudantes conhecem ou não conhecem acerca dos objetos de conhe-
cimento que serão abordados, e processual em todos os momentos de prática pedagógica, nos quais
podemos incluir diferentes maneiras de acompanhar, avaliar e recuperar as aprendizagens. Nesta con-
cepção de avaliação e recuperação em Arte, é importante adotar a postura de não estabelecer critérios
de comparação, oferecer possibilidades para que os estudantes alcancem os objetivos esperados,
estar atento às dificuldades expostas na realização das atividades e atividades e propor soluções.
O fator socioemocional, presente em todos os momentos de aprendizagem em agrupamentos
produtivos1, tem em vista a formação integral do estudante. É importante frisar que o tempo necessário
para o desenvolvimento das habilidades, por meio de situações de aprendizagem, pode variar entre
uma turma e outra, mesmo que na mesma etapa.
1 Agrupamentos produtivos: seguem os princípios dos saberes já construídos pelas crianças em seu percurso escolar, bem como levam em consideração a
heterogeneidade de saberes existentes no espaço escolar e a sua importância na construção dos saberes dos estudantes, pois essa forma de trabalho é
ancorada, em sua concepção, pela interação entre as crianças com a mediação do professor. Fonte: http://gg.gg/p1nzv. Acesso em: 4 set. 2019.
158 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
O uso diário de registro em um portfólio é uma importante ferramenta para acompanhar os avan-
ços e dificuldades no desenvolvimento de habilidades e apropriação dos conhecimentos, observação
dos processos criativos, relação com os colegas, considerações e suposições inteligentes2, participa-
ção, empenho, respeito pela produção individual, coletiva e colaborativa, autoconfiança, valorização
das diferentes expressões artísticas, reconhecimento de que todos os obstáculos e desacertos que
podem ser superados.
Dessa forma, o resultado das avaliações assegurará ao professor elementos necessários para
analisar seu planejamento, replanejar se necessário e, também, para o acompanhamento e propostas
de recuperação das aprendizagens durante o ano letivo.
Modificadores dos objetos de conhecimento, que explicitam o contexto e/ou uma maior espe-
cificação da aprendizagem esperada: de diferentes épocas incluindo-se suas matrizes indígenas, afri-
canas e europeia. Em outras habilidades, também existem modificadores de verbos. Por exemplo,
“experimentar”, “utilizando”.
Habilidades integradoras: propõem conexões entre duas ou mais linguagens artísticas, para
ampliação das possibilidades criativas, de compreensão de processos de criação e fomento da
interdisciplinaridade.
2 Suposições inteligentes: hipóteses de cada indivíduo, baseadas em seus conhecimentos prévios e bagagem cultural.
Arte 159
Condições didáticas
Habilidades e indicações para o Observar se o estudante
desenvolvimento das atividades
(EF04AR13) Identificar e apreciar Organizar e realizar momentos de Participa da sondagem e da
gêneros musicais (populares e sondagem, apreciação e identificação apreciação; identifica os objetos
eruditos) próprios da cultura de dos objetos de conhecimento, de conhecimento, considerando
diferentes países. considerando seus modificadores. seus modificadores.
(EF04AR14) Perceber, explorar
Organizar e realizar momentos de Participa da sondagem e da
e identificar intensidade, altura,
sondagem, apreciação, percepção, apreciação; percebe, explora
duração, ritmo, melodia e timbre, por
exploração e identificação dos objetos e identifica os objetos de
meio de jogos, brincadeiras, canções
de conhecimento, considerando seus conhecimento, considerando
e práticas diversas de execução e
modificadores. seus modificadores.
apreciação musical.
Organizar e realizar momentos de Participa da sondagem e
(EF04AR15) Explorar e caracterizar
sondagem, apreciação, exploração da apreciação; explora e
instrumentos convencionais e não
e caracterização dos objetos de caracteriza os objetos de
convencionais, considerando os
conhecimento, considerando seus conhecimento, considerando
elementos constitutivos da música.
modificadores. seus modificadores.
(EF04AR16) Explorar formas de Organizar e realizar momentos de Participa da sondagem e
registro musical não convencional sondagem, apreciação, exploração da apreciação; explora,
(representação gráfica de sons e e reconhecimento dos objetos de reconhece os objetos de
partituras criativas) e reconhecer a conhecimento, considerando seus conhecimento, considerando
notação musical convencional. modificadores. seus modificadores.
(EF04AR17) Apreciar e experimentar
Organizar e realizar momentos Participa da sondagem e
improvisações musicais e sonorização
de sondagem, apreciação, da apreciação; experimenta
de histórias, explorando instrumentos
experimentação e exploração e explora os objetos de
musicais convencionais e não
dos objetos de conhecimento, conhecimento, considerando
convencionais, de modo individual e
considerando seus modificadores. seus modificadores.
coletivo.
Habilidades Articuladoras
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
Habilidade:
(EF04AR13) Identificar e apreciar gêneros musicais (populares e eruditos) próprios da cultura de
diferentes países.
Habilidade Articuladora:
(EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em
especial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas,
favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.
Professor, nessa Situação de Aprendizagem, estão previstas seis atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato
com os objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para
avaliação/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa, ao final das atividades,
sobre os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna
“Observar se o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento
do seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos a seguir alguns conceitos importantes para o
desenvolvimento das atividades.
• Gênero musical: é o que podemos chamar de grande categoria, ou seja, são aquelas músicas
que possuem características, instrumentação e estrutura base, e servem de referência para
variações. Podemos exemplificar: Samba, Axé, Sertaneja, Forró, Funk, Gospel etc.
• Estilo musical: está relacionado a um modo particular de utilizar os elementos característicos
e básicos de um gênero específico, configurando-o como algo diferente, porém sem se afastar
demais dele, impedindo seu reconhecimento e associação. Eles são variações de um gênero
musical. A partir do gênero Samba, podemos exemplificar: Pagode, Samba Enredo, Samba de
Breque, Partido Alto etc.
• Música popular: é um gênero desenvolvido a partir das músicas tradicionais e folclóricas de
um povo. Geralmente utiliza instrumentação mais simples e as composições são de fácil
memorização. Quase sempre são veiculadas pelos meios midiáticos mais abrangentes, como
o rádio e a televisão, tornando-se conhecidas por uma grande quantidade de pessoas. Todas
Arte 161
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar a atividade, organize uma roda e converse com a turma sobre os conceitos
apresentados, inserindo as perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam
apresentar suas ideias e colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e
faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite
que copiem em seus cadernos as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros ques-
tionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO I
A atividade destina-se a apresentar aos estudantes alguns gêneros musicais populares e eruditos
de alguns países para uma apreciação musical. Os gêneros, geralmente, apresentam características
muito específicas e, quase que instantaneamente nos remetem ao seu país de origem, enquanto que
os eruditos, quase sempre, nos trarão à memória alguma obra do período Clássico e são de difícil
identificação, pois foram e são produzidos em todas as partes do mundo.
Samba (gênero popular): O ritmo original, trazido pelos africanos, era chamado de batuque, e
a palavra semba, que significa umbigada, era usada para designar um tipo de dança. Os instrumentos
característicos do batuque eram o tambu – tambor escavado em tronco de madeira, com couro fixa-
do, o quinjengue – tambor (também escavado) em forma de cálice, e a matraca – dois pedaços de
madeira que eram batidos um no outro. Os instrumentos característicos do samba são: violão e cava
quinho e também diversos instrumentos de percussão, como, por exemplo: o pandeiro, o tamborim, o
surdo e o tantã.
Fado (gênero popular): O fado é um gênero musical português. Geralmente é cantado por uma só
pessoa (fadista) e acompanhado por uma guitarra clássica (nos meios fadistas denominada viola) e uma
guitarra portuguesa. O fadista canta o sofrimento, a saudade de tempos passados, a saudade de um amor
Arte 163
perdido, a tragédia, a desgraça, a sina e o destino, a dor, amor e ciúme, à noite, as sombras, os amores, a
cidade, as misérias da vida, critica a sociedade. Em contraste com o conteúdo melancólico, o compasso
do fado transmite um humor animador e possivelmente este contraste contribui à fascinação do fado.
Tango (gênero popular): Gênero que surgiu na Argentina, no final do século XIX, como uma
derivação da habanera e da milonga. Originalmente tocado por violino, flauta e violão, o Tango alcan-
çou sua forma definitiva com a inclusão do bandoneón, um instrumento de origem alemã, trazido da
Europa, que com seu timbre único tornou-se a assinatura do tango.
Enka (gênero popular): É um estilo musical que se caracteriza pela mistura da música tradicio-
nal japonesa com melodias do ocidente. No Japão, em 1874, não era permitido aos líderes políticos
falar em público, por isso eles escreviam canções e contratavam cantores para que fossem às ruas
levando suas mensagens. Os instrumentos mais usados no enka são: violão e instrumentos de or-
questra em geral. Instrumentos como o shamisen (tipo de alaúde com braço longo, três cordas e um
corpo oco coberto com pele, dos dois lados), koto (harpa japonesa, com cerca de 2 metros de com-
primento, que é tocada no chão) e taiko (tambores) são usados para proporcionar um toque
tradicional.
Sinfonia (gênero erudito): Composição extensa para orquestra, que pode conter de uma a quatro
partes, e acompanhamento de coro – com ou sem solistas. Geralmente o naipe das cordas conduz a
melodia e os outros agrupamentos ora se harmonizam ora atuam em participações bem marcadas.
ATIVIDADE 3 – APRECIAÇÃO II
A atividade propõe a apreciação de vídeos contendo textos e músicas de matrizes culturais indí-
genas, africanas e europeias, especialmente em sua mistura com a música brasileira. É importante
pontuar aos estudantes, em determinados momentos, os elementos característicos de cada matriz.
Pesquise e apresente algumas manifestações culturais da música da sua região (comunidades indíge-
nas e quilombolas e colônias de imigrantes).
Distribua um cartão contendo as referências das músicas que serão apresentadas, oriente os
estudantes a indicarem a ordem em que as músicas são apresentadas.
MÚSICA COREANA
Yeominrak – Música tradicional coreana composta em 1447 e atribuída ao Rei Sejong –1418-1450,
grande incentivador e mecenas das artes, ao qual se atribui a invenção da escrita Hangul, alfabeto
utilizado atualmente na Coreia. Yeominrak significa “desfrutar com o povo”. Foi concebida como uma
canção, porém só resta a versão instrumental. É interpretada e apresentada no dia do alfabeto coreano
e em honra aos ancestrais.
166 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
K-Pop – BTS – DNA. K-Pop é a denominação dada ao gênero musical específico da Coreia do Sul.
O K-Pop incorpora diferentes influências, entre elas, Hip Hop, R&B e Rock. Há bandas de meninas e
bandas de meninos, sendo que, geralmente, cada elemento se encaixa num estereótipo que pretende
inspirar positivamente seus fãs. Há também, artistas solo, como o Psy, por exemplo. No país, há cerca
de 300 grupos no mercado.
MÚSICA ITALIANA
Canto Gregoriano. O termo surgiu em 1903, porém, trata-se de uma reorganização da Schola
Cantorum de Roma, realizada pelo Papa Gregório no século VI, que unificou o repertório musical para
cada parte da liturgia da igreja católica.
Tarantella Napoletana Tarantela: o termo surgiu a partir da crença de que, no caso de uma pessoa
ser picada por uma tarântula, a reação do corpo ao veneno produziria uma dança agitada. Esta dança
característica do sul da Itália é realizada coletivamente e é marcada pela rápida troca de casais.
MÚSICA AFRICANA
Devido ao tamanho do continente africano, a música é muito diversificada e são utilizadas para rituais
e cerimônias religiosas, para transmitir histórias de geração em geração, além de canto e dança
recreativa. A música tradicional, em sua maioria, não é escrita, mas transmitida oralmente de geração
em geração e, quando cantada, utiliza a polifonia (diversas vozes). Na região subsaariana, utilizam-se
grande variedade de instrumentos de percussão membranofones – tambores, xilofones, aerofones –
flautas, e outros instrumentos como a kalimba.
Arte 167
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Habilidade:
(EF04AR14) Perceber, explorar e identificar intensidade, altura, duração, ritmo, melodia e timbre, por
meio de jogos, brincadeiras, canções e práticas diversas de execução e apreciação musical.
Habilidade Articuladora:
(EF15AR24) Caracterizar e experimentar brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias
de diferentes matrizes estéticas e culturais.
Professor, na Situação de Aprendizagem, estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa, ao final das atividades, sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos a seguir alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades.
• Intensidade: Parâmetro musical que se refere à possibilidade de um som ser forte ou fraco,
considerando, também, suas infinitas variações – progressiva ou regressiva.
• Altura: Parâmetro musical que organiza os sons em toda a vasta gama que vai do grave ao
agudo e vice-versa.
• Duração: Parâmetro musical que nos auxilia a identificar o som no tempo. Resumidamente,
podemos dizer que um som, em toda a vasta gama, pode ser longo ou curto, considerando
também, suas infinitas variações.
• Ritmo: Elemento musical que é composto por diferentes durações de sons, que se
organizam sobre as pulsações e/ou compassos. Quando se canta uma melodia e a
acompanha com batidas de pé ou palmas, estou fazendo o ritmo com a voz e a pulsação
com os pés ou as mãos.
• Melodia: Elemento musical que é composto por conjuntos ou combinações de sons, de
diversas alturas, ordenados, no decorrer do tempo, configurando frases musicais.
Arte 169
• Timbre: Parâmetro que reúne um conjunto de características e singularidades que nos permite
identificar uma fonte sonora. Cada emissão sonora tem qualidades que lhe são próprias, aquilo
que podemos chamar de “identidade do som”.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Escreva na lousa as palavras: intensidade, altura, duração, ritmo, melodia e timbre. Em seguida,
pergunte aos estudantes, o que sabem sobre cada uma delas. No decorrer da conversa, vá anotando
palavras-chave e complementando com informações específicas de cada objeto de conhecimento in-
dicado acima. Solicite que escrevam em seus cadernos, o resumo geral registrado na lousa.
Após, realize os questionamentos a seguir:
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Existem muitas possibilidades para oferecer aos estudantes a oportunidade de apreciação dos obje-
tos de conhecimento, dentre eles, indicamos quatro agrupamentos sonoros distintos. Antes de iniciar cada
apreciação, reforce a importância do silêncio, para que todos possam ouvir atentamente. Durante as apre-
sentações, chame a atenção dos estudantes para as características relativas à intensidade, altura, duração,
ritmo, melodia e timbre. Faça soar, tanto os instrumentos musicais quanto os objetos; escolha um grave e
um agudo; alterne a intensidade em todos eles – (fraco/forte); utilize instrumentos musicais de (sopro, cor-
das ou fricção) e diferencie o tempo de duração do som – (curto/longo), para que fiquem claros os contras-
tes. Para que os estudantes consigam identificar os timbres, você pode mostrar e dizer a todos o nome de
cada instrumento e objeto e depois, realizar uma nova apresentação, agora na forma de um “jogo de per-
cepção”, onde, sem que a turma possa ver, tente adivinhar o que está sendo “tocado”. Solicite que regis-
trem,emseuscadernos,suaspercepções,nomeandoasfontessonoras,mesmoquenãosaibamonomecorreto.
• Instrumentos musicais: tambor, caxixi, reco-reco, triângulo, chocalho, flauta, apitos, cornetas,
violão etc.;
• Objetos de diferentes materiais, formatos e dimensões: baldes, bacias, latas, garrafas,
canos, madeiras, canudos, ralador, chaves etc:
• Trechos de áudio, gravações, bips etc., produzidos e alterados eletronicamente do site
Freesound, um banco de dados colaborativo de sons licenciados Creative Commons.
Apresente o jogo “Adoletá”. Diga que brincadeira veio junto com os imigrantes franceses e algu-
mas palavras foram adaptadas ao nosso idioma – por exemplo, “le petit” virou “le peti”.
Adoletá
Le peti
Peti polá
Le café com chocolá
Adoletá
Puxa o rabo do tatu
Quem saiu foi tu!
Professor, na Situação de Aprendizagem, estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa, ao final das atividades, sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades..
Para ampliação de seu repertório, elencamos a seguir alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades.
• Registro musical não convencional: Nesse caso, não existe um padrão de escrita, o registro
de sons e composições musicais é feito de maneiras particulares e criativas. O registro das
sonoridades, geralmente, é realizado por meio de uma bula, que nomeia os sinais gráficos e
indica os tipos de sons ao leitor.
• Notação musical convencional: Conjunto de símbolos utilizado mundialmente para
representar regras, duração de sons, silêncios e fornecer de forma clara ao intérprete, o maior
número possível de informações precisas para a execução de uma composição.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples,
permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a
conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito.
Arte 173
Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos as informações que
estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e
necessidade.
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Selecione e apresente diferentes partituras e registros sonoros convencionais e não convencio-
nais para uma apreciação. Mostre partituras originais, desenhos, imagens impressas de livros, revistas
e/ou vídeos.
Figura de
Figura de som Nome da figura Nome da figura Valor
silencia
Pausa de
Semibreve 1
semibreve
Pausa de
Semicolcheia 1/16
semicolcheia
1/2
1/4
1/8
1/16
1/32
1/64
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM IV
Habilidades:
(EF04AR15) Explorar e caracterizar instrumentos convencionais e não convencionais, considerando
os elementos constitutivos da música.
Professor, na Situação de Aprendizagem, estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa, ao final das atividades, sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte as aulas para que aqueles que possuam alguma necessidade especial também possam
participar das atividades, independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam
um maior conhecimento do seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos abaixo alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples,
permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a con-
versa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito.
Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos as informações que
estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e
necessidade.
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, apresente os vídeos indicados a seguir ou outros de sua livre escolha para uma apre-
ciação. Durante a apresentação dos vídeos, chame a atenção para os detalhes sonoros, explique que
em “Rubato” todos os sons foram manipulados e inseridos digitalmente.
Alguns dos elementos constitutivos da música (melodia, harmonia, ritmo, altura, duração, intensidade,
timbre, afinação, improvisação) podem ser percebidos e devem ser pontuados por você. A apreciação é
importante para que os estudantes se inspirem e percebam que há muitas maneiras de contar uma história.
Divida a sala em grupos e oriente a criação um instrumento de qualquer tipo (sopro, percussão,
corda). Finalizada a criação dos instrumentos, oriente os grupos para criar uma improvisação musical,
explorando os instrumentos musicais não convencionais criados por eles.
Solicite aos estudantes que elaborem uma partitura com escrita não convencional, acompanhada
de uma legenda – (indicação do que significa cada símbolo – tipo de som, duração, intensidade etc.).
180 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Selecione uma história para leitura, improvisação e sonorização musical. Sua leitura prévia irá lhe
ajudar a perceber em quais momentos é possível introduzir uma sonoridade. Faça marcações no texto
e, à medida em que eles forem aparecendo, pare a leitura e chame um estudante para improvisar um
som naquele momento da história. Esse momento inicial, ajudará criativamente a todos na sequência
da atividade.
Em seguida, divida a turma em grupos e explique que, a exemplo do que foi visto nos vídeos, eles
podem caracterizar os personagens da história, associando sonoridades e elementos constitutivos da
música, utilizando os instrumentos convencionais e os não convencionais, deixando que escolham
qual história o grupo vai sonorizar. Colabore com a turma no planejamento do roteiro da ambientação
sonora. É importante que todos possam dar suas contribuições.
Arte 181
2º BIMESTRE
A LINGUAGEM DA DANÇA
A dança é uma linguagem artística do corpo em movimento. A prática da dança possibilita o de-
senvolvimento da sensibilidade e da motricidade como pares entrelaçados. O domínio do movimento
na dança propicia a ampliação de repertórios gestuais, novas possibilidades de expressão e comuni-
cação de sensações, sentimentos, pensamentos. O refinamento do corpo em movimento encontra-se
articulado à expressividade e à criatividade, envolvendo processos de consciência corporal (individual)
e social (relacional), assim como processos de memória, imaginação, concepção e criação em dança
nos âmbitos artístico e estético.
A dança está presente no salão de baile, nos desfiles de Carnaval, em um encontro de danças
urbanas ou na roda de samba na rua, no pátio de uma escola, no palco de um teatro, no cinema, na
televisão. As danças têm funções e sentidos ligados ao contexto de acontecimento, aos sujeitos que
a vivenciam e que a desfrutam como público. Pensando em uma dimensão abrangente, acreditamos
que todas as pessoas podem dançar.
Se, por um lado, cada contexto de ensino e aprendizagem da dança tem contornos diferencia-
dos, poderíamos dizer que existe algo comum, importante a ser destacado para o professor que irá
percorrer as situações de aprendizagem aqui propostas. Dançar implica em aprender sobre o movi-
mento que aborda: o espaço nas suas relações de direções, níveis e planos; o tempo nas relações de
pulsos, ritmos, pausa e velocidades com e no próprio corpo, tendo a ação e a reflexão sempre presentes.
O ensino da arte na escola não tem a função de oferecer uma formação profissional, mas propor-
cionar aos estudantes a oportunidade de conhecer, apreciar, criar e viver a dança na escola, tendo
experiências com sentido e ligadas ao mundo dessa linguagem, expandindo as possibilidades de for-
mação e de participação social.
As bases ou pilares para que o processo de ensino e de aprendizagem possa ter início é que você
professor se permita vivenciar uma aproximação do próprio corpo. Além disso, sugerimos uma atitude
de observação constante do corpo e do movimento do estudante no cotidiano escolar, o que irá, sem
dúvida, lhe oferecer um rico repertório de ações corporais, formas de movimento, interações, jogos e
danças que os estudantes dominam e vivenciam entre eles na escola.
Sintetizamos, a seguir, alguns conceitos importantes para o estudo e o desenvolvimento das Si-
tuações de Aprendizagem na linguagem da linguagem dança.
Em uma definição sucinta podemos dizer que o que caracteriza a linguagem da dança é o movi-
mento do(s) corpo(s) do(s) dançarino(s) no espaço e no tempo.
Enfim, dançar significa experimentar o corpo em movimento para além de sua funcionalidade
(caráter instrumental) cotidiana. Do mais simples ao mais complexo dos processos de aprender uma
dança, o corpo poderá ter experiências de criação e construção de movimentos expressivos nos quais
cada estudante que dança está implicado com seu mundo interno, sua memória, sua história, dialo-
gando com o as culturas da dança presentes no mundo.
O processo criativo em dança se materializa em uma composição coreográfica, a qual pode en-
volver diferentes arranjos entre o movimento e a música, entre o movimento e o espaço, entre o movi-
mento e os elementos de cena. Nesse sentido, para fruir e analisar a forma/conteúdo de uma obra de
dança é necessário observar as conexões estabelecidas entre tais componentes.
A CRIAÇÃO DO AMBIENTE
É fundamental criar um ambiente propício para o desenvolvimento das atividades. Mas, além do
espaço físico, estamos sugerindo que você, professor, crie para e com os estudantes, um lugar de
acolhimento às experiências corporais e de movimento, ampliando e enriquecendo esse universo.
Um simples espreguiçamento do corpo, quando realizado com atenção à pele e aos movimentos
articulares, pode significar uma estimulação do tato e da propriocepção (percepção do próprio corpo).
É um “chegar ao corpo”, abordando-o em suas dimensões intrínsecas – sensorial e motora. Isso sig-
nifica que estamos nos preparando para a atividade, mas, paradoxalmente, já estamos dentro dela,
porque não conseguimos nos separar de nosso corpo. No caso da dança, isso pode significar sentir
Arte 183
os pés, mover as articulações, sentir o espaço, ouvir a respiração. Esse momento poderá acordar,
disponibilizar, organizar, concentrar, construir, individual e coletivamente, um estado de dança.
Para o ensino da linguagem da dança nos anos iniciais do Ensino Fundamental, os objetos de
conhecimento estão articulados com as atividades fundamentais ao aprendizado dos estudantes, res-
peitando seu desenvolvimento motor, cognitivo e socioemocional, por meio de jogos, brincadeiras,
danças de roda, criação de suas danças individuais, coletivas e colaborativas.
Essa é uma proposta de iniciação à linguagem da dança. Nesse momento da vida das crianças a in-
trodução de uma técnica, onde os movimentos repetitivos são parte da construção do aprendizado, não se
faz necessária, pois anteriormente ao exercício, é de fundamental importância o desenvolvimento de um
vocabulário e consequentemente de um repertório expressivo e simbólico no corpo, como também o co-
nhecimento de sua estrutura músculo/esquelética, em movimento. Sem esses conhecimentos, todo o pro-
cesso de exploração e criação de movimentos estará reduzido a um repertório limitado ou a um repertório
colado a referências midiáticas sem qualidade artística e estética, ou seja, estereotipado, onde a imitação
ou a cópia elimina a possibilidade de criação ou até mesmo de um olhar crítico a esses modelos.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela ausência de infor-
mações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm condições de prosseguir
aprendendo se forem informados e estimulados de forma sistemática, levando em conta sua diversida-
de linguística e possibilidades de comunicação. Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifi-
que se estão olhando para você. A maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem
uso de leitura labial e aparelhos de ampliação sonora.
184 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode explicar para a
classe toda utilizando desenhos na lousa. Para a apropriação dos objetos de conhecimento, convide
um estudante para demonstrar o que deve ser feito. Fale olhando para a turma e, sempre que possível,
demonstrando os movimentos.
DEFICIÊNCIA VISUAL
O estudante com deficiência visual pode dançar. A dança para esse estudante trabalha espacialida-
de, lateralidade, equilíbrio e autoestima, tornando-o mais seguro de seu corpo. Ao apresentar a dança
para um estudante com deficiência visual, é importante que você seja descritivo e claro. É através da
descrição que ele entenderá o que está sendo solicitado. Fale de forma pausada e calma. Tome cuidado
com sua entonação vocal – tons muito altos, estridentes, bruscos ou ríspidos podem assustar/inibir o
deficiente visual. É importante que este estudante se sinta seguro para participar da proposta; portanto,
se necessário, explique diversas vezes. Se preciso, solicite a outro estudante que faça a posição do que
está sendo pedido para que o estudante visual sinta o colega e entenda o que deve ser feito. Estimule o
deficiente visual a participar da aula e proponha que outros estudantes se coloquem no lugar dele, fazen-
do algumas atividades adaptadas com o uso de vendas, por exemplo. Esse momento de troca aproxima
os colegas e será de grande valia no momento. Acompanhe o estudante durante a atividade, conduzindo
o a fazer o movimento, mas antes converse com ele quanto ao toque e à receptividade do mesmo.
DEFICIÊNCIA MOTORA
Incluir os estudantes cºm deficiência motora se faz necessário num universo de dança. As limita-
ções físicas destes estudantes não os impedem de dançar. Cabe ao professor estimulá-los e torná-los
conscientes de que seu corpo também dança.
A dança eleva a autoestima, e os movimentos podem ser adaptados caso a caso. Inclua o estu-
dante no processo de dança, sempre respeitando seus tempos e espaços e adaptando as atividades
propostas para a inclusão deste estudante.
Condições didáticas
e indicações para o
Habilidades Observar se o estudante
desenvolvimento das
atividades
(EF04AR08) Experimentar,
identificar e apreciar formas distintas
Organizar e realizar momentos Participa da sondagem e
de manifestações tradicionais e
de sondagem, apreciação, da apreciação; experimenta
contemporâneas da dança próprias da
experimentação e identificação e identifica os objetos de
cultura popular de diferentes países,
dos objetos de conhecimento, conhecimento, considerando
cultivando a percepção, o imaginário, a
considerando seus modificadores. seus modificadores.
capacidade de simbolizar e o repertório
corporal.
186 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Participa da sondagem e
(EF04AR09) Estabelecer relações Organizar e realizar momentos de
da apreciação; relaciona os
entre as partes do corpo e destas sondagem, apreciação e de relações
objetos de conhecimento
com o todo corporal na construção do entre os objetos de conhecimento
considerando seus
movimento dançado. considerando seus modificadores.
modificadores.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
Habilidades:
(EF04AR09) Estabelecer relações entre as partes do corpo e destas com o todo corporal na construção
do movimento dançado.
Professor, nessa Situação de Aprendizagem, estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com
os objetos de conhecimento e seus modificadores
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa, ao final das atividades, sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos abaixo alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.
• Rudolf Laban (1879-1958): foi um dançarino, coreógrafo e artista húngaro que se dedicou
ao estudo e desenvolvimento de um método e sistematização da linguagem da dança e do
movimento. Através de seus estudos e notações, desenvolveu a Corêutica e a Eucinética,
componentes do movimento em si.
• A Corêutica estuda a relação do corpo com o espaço e o desenvolvimento dos movimentos
dançados. Fazem parte da Corêutica o espaço relacionado ao espaço que o corpo desenvolve
ao dançar. Aqui estão os planos ou níveis da dança, o deslocamento no espaço e as direções
para as quais o corpo se projeta ao dançar.
• Deslocamento: É o percurso utilizado pelo dançarino respeitando as marcações específicas
de uma determinada coreografia. Existem várias maneiras para a execução dos percursos
(deslocamentos) na dança. Girar, correr, andar, saltar e/ou se arrastar são algumas delas.
188 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Esses “caminhos” podem ser percorridos de formas retas ou curvas, e podem ser feitos
individual ou coletivamente, como nos exemplos:
- Forma Direta: É quando os movimentos lineares e retos ocupam um espaço definido, sem
o deslocamento e a envergadura dos braços, das pernas e do tronco. É traçar um percurso
direto para atingir um ponto definido.
- Forma Flexível: É quando os movimentos do corpo ocupam vários espaços ao mesmo
tempo, utilizando os deslocamentos, as envergaduras e as torções.
- Nível alto – foto 1 – São movimentos realizados em pé e/ou feitos com os braços para
cima. Cena de Peekaboo, de Marco Goecke.
- Nível médio – foto 2 – São movimentos realizados com os joelhos flexionados, agachado,
ajoelhado ou sentado. Larissa Lins e Geivison Moreira em Fada do Amor de Márcia Haydée.
- Nível baixo – foto 3 – São movimentos realizados no chão, como arrastar, deitar-se, rolar.
Beatriz Hack em Primavera Fria de Clébio Oliveira.
1.
2.
3.
• Forma Direta: É quando os movimentos lineares e retos ocupam um espaço definido, sem
o deslocamento, a envergadura, dos braços, das pernas e do tronco. É traçar um percurso
direto para atingir um ponto definido.
• Forma Flexível: É quando os movimentos do corpo ocupam vários espaços ao mesmo
tempo, utilizando os deslocamentos, as envergaduras e as torções.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples,
permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a
conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para pontuar cada conceito. Realize um
fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos as informações que estão na lousa.
Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise as imagens e vídeos antes de apresentá-lo aos estudantes. Durante a
apreciação, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior e preste atenção às reações dos
estudantes. Após a apreciação, organize uma roda de conversa e incentive-os a comentar o que
aprenderam e apresente as questões, a seguir. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo
pessoal ou no da escola, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.
1. Os movimentos apresentados trabalham quais partes do corpo?
2. Como você percebeu os movimentos e articulações?
3. Quais são as ações mais utilizadas? (giros, quedas, rolamentos, ficar parado etc.)
4. Quais são os tempos mais utilizados (rápido, lento, médio)?
5. Quais são os planos mais utilizados (alto, médio, baixo)?
1.
Arte 193
2.
3.
4.
194 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
5.
6.
7.
Arte 195
8.
Fonte: 1. Em destaque Michelle Molina em Litoral, de Maurício Wainrot. Wilian Aguiar; Disponível em: http://gg.gg/
osfji. 2. Em destaque, Lucas Valente em Bingo!, de Rafael Gomes/ Silvia Machado; Disponível em: http://gg.gg/osfk4.
Acesso em 04 dez. 2019. 3. Thamiris Prata em Grand Pas de Deux de Dom Quixote, de Marius Petipa/ Marcela Benvegnu;
Disponível em: http://gg.gg/osfka. Acesso em 04 dez. 2019. 4. Pamela Valim, Rodolfo Saraiva, Bruno Veloso e Artemis
Bastos em Sechs Tänze, de Jirí Kylián/Wilian Aguiar; Disponível em: http://gg.gg/osfl1. Acesso em 04 dez. 2019. 5.
Cena de Gnawa, de Nacho Duato/Alceu Bett; Disponível em: http://gg.gg/osfle. Acesso em 04 dez. 2019. 6. Rodolfo
Saraiva e Lucas Valente em Vadiando, de Ana Vitória/ Silvia Machado; Disponível em: http://gg.gg/osfim. Acesso em
04 dez. 2019. 7. Luiza Yuk e Yoshi Suzuki em Le Spectre de La Rose, de Mario Galizzi/Clarissa Lambert; Disponível em:
http://gg.gg/osfm2. Acesso em 04 dez. 2019. 8. Cena de Gnawa, de Nacho Duato/Paula Caldas. Disponível em:
http://gg.gg/osfmb. Acesso em: 04 dez. 2019Todas imagens são da SP Cia. de Dança.
VÍDEOS:
Comece a atividade com um grupo, solicitando a eles que caminhem livremente pelo espaço,
evitando a princípio, contato com o colega. Enquanto caminham, proponha alguns desafios como, por
exemplo, caminhar em níveis diferentes (alto, médio e baixo), deslocando-se lateralmente, entre outros,
de forma que o desafio vá aumentando no decorrer da caminhada.
Você pode utilizar ações diferentes para cada grupo, alternando os pontos de apoio e distribuição
do peso e do corpo, sobre os calcanhares, na ponta dos pés, saltando – girando-rodando de diferentes formas.
Após todos os grupos terem participado, promovam uma roda de conversa para que eles com-
partilhem o que anotaram e o que sentiram ao mexer o corpo dessa forma. Solicite aos estudantes que
façam as anotações e o registro da conversa em seus cadernos.
Primeiramente, sugira aos estudantes que andem pelo espaço, propondo algumas ações corporais
individuais, contrastantes como, por exemplo: rolar/levantar; correr/sentar; crescer/desaparecer; diminuir/
aparecer; derreter/girar etc. Você pode indicar outras ações que exigirão criatividade deles, por exemplo:
flutuar como uma pena, cambaleando rapidamente, rolar como uma folha no chão andar como uma aranha
etc. Lembre-os de que a atenção às instruções é muito importante, assim como o respeito ao espaço do colega.
Em seguida, você apresentará a relação palco - plateia aos estudantes. Divida o espaço em duas
partes, estabelecendo um lado como palco e o outro como plateia. O espaço palco será onde todos
os estudantes apresentarão suas criações em dança e a plateia, será onde os outros estudantes esta-
rão, sentados, assistindo às apresentações dos colegas. Comente que esse momento de assistir à
apresentação do outro, também é um importante tempo de aprendizado e percepção dos movimentos
da dança. Todos os estudantes devem ter a oportunidade de estarem na posição de palco e plateia.
Depois que os estudantes vivenciarem os movimentos corporais, peça-lhes que organizem pe-
quenos grupos e criem uma sequência com quatro ações, na forma de uma pequena coreografia.
Durante o processo, converse com cada grupo e oriente para articular diversos movimentos corporais,
o espaço (níveis: alto/médio/baixo) e o tempo (lento/rápido/moderado). Defina com eles a forma de
registro da sequência de movimentos que criaram. É importante que os grupos possam mostrar uns
aos outros a sequência de movimentos que criaram.
Conforme a turma estiver integrada nessa proposta, o jogo pode continuar com os grupos pro-
pondo ações, uns aos outros. Após as apresentações, peça que façam uma autoavaliação, conside-
rando a sequência de movimentos corporais realizados e registrem, em seus cadernos.
Arte 197
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Habilidade:
(EF04AR08) Experimentar, identificar e apreciar formas distintas de manifestações tradicionais e
contemporâneas da dança próprias da cultura popular de diferentes países, cultivando a percepção, o
imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório corporal.
Professor, nessa Situação de Aprendizagem, estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com
os objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação - recupere seus registros, realize rodas de conversa, ao final das atividades, sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna "Observar se
o estudante", do organizador curricular, como referência.
Para ampliação de seu repertório, elencamos abaixo alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.
• Break: É um estilo musical e de dança ligado a cultura das ruas americanas. Inicialmente, é
realizada nas ruas, em rodas e batalhas de dança e pode ser dividida em alguns estilos, como
o locking, e popping. O locking apresenta, basicamente, movimentos que envolvem paradas
e retomadas muito rápidas. O popping se refere aos movimentos de contração e descontração
dos músculos, dando impulsos para os dançarinos.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para desenvolver essa atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e coloca-
ções. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para pontuar cada conceito.
Faça um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos as informações que estão na
lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise as imagens e vídeos, antes de apresentá-lo aos estudantes. Durante a aprecia-
ção, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior e preste atenção às reações dos estudan-
tes. Após a apreciação, organize uma roda de conversa e incentive-os a comentar o que aprenderam
e apresente as questões, a seguir. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo pessoal ou
no da escola, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.
1
Arte 199
2.
3.
4.
200 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
5.
6.
Fonte: 1. Valsa Vienense. Fonte: Pixelia por Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/osgq6. Acesso em: 10 set. 2019. 2.
Dança do Ventre. Milton Michida/ Festival de Dança DE. Centro Sul/SP por Flickr. Disponível em: http://gg.gg/osguu.
Acesso em: 11 fev. 2020. 3. Hula havaiana. Disponível em: http://gg.gg/osgnh. Acesso em: 11 fev. 2020. 4. Quadrilha
Junina. AnjoDivino02/Brasil. Disponível em: http://gg.gg/lbdn9. Acesso em: 12 fev. 2020. 5. Dança Contemporânea.
Melhor Único Dia de Henrique Rodovalho. Crédito: Fernanda Kirmayr/São Paulo Cia de Dança/São Paulo. Disponível em:
http://gg.gg/osfmt. Acesso em: 12 fev. 2020. 6. Street Dance (Break). Picography./Dublin./IRL. Disponível em:
http://gg.gg/osgy1. Acesso em: 12 fev. 2020.
Vídeos:
Solicite que desenhem os movimentos dessas danças, como forma de registro do material dan-
çado. Peça também que realizem experimentações dessas danças para conhecerem os movimentos
e ampliarem seus repertórios corporais.
Após a realização da pesquisa, os estudantes irão socializar suas investigações com toda a tur-
ma, podendo, também, apresentar os movimentos da dança. Aproveite esse momento junto com os
estudantes, anotando as informações na lousa ou em um painel.
202 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
• Movimentos dançados
• Elementos estruturantes da dança
Habilidade Articuladora:
(EF15AR24) Caracterizar e experimentar brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias
de diferentes matrizes estéticas e culturais.
Objetos de Conhecimento: Matrizes Estéticas e Culturais
Professor, nessa Situação de Aprendizagem, estão previstas seis atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa ao final das atividades, sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência
Para ampliação de seu repertório, elencamos abaixo alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.
• Matrizes indígenas: Apesar de conter elevado valor estético, tudo o que eles produzem tem
caráter utilitário. Sendo assim, a dança também é utilitária, contendo diferentes funções no
cotidiano, como ritos e festas, homenagens, preparação para a guerra etc. Elas são ensinadas
de geração em geração, possuem desenhos coreográficos distintos, sendo acompanhadas
por fortes batidas dos pés no chão, cantos e diferentes tipos de tambores, chocalhos e flautas.
• Matrizes africanas: Tradicionalmente, a dança africana, assim como a indígena, tem caráter
utilitário, são transmitidas de geração em geração, tem funções cotidianas praticamente idênticas
e são baseadas no canto e na utilização de instrumentos de percussão, chocalhos e sopro.
• Matrizes europeias: (restringimos a referência a Portugal) – A mudança da Corte Portuguesa
para o Brasil, trouxe danças de roda, dramáticas (o Bumba meu boi e o Reisado, por exemplo) e
de salão, típicas das cortes europeias, que deram origem às quadrilhas das festas juninas, por
exemplo. De modo geral, essas danças têm funções cotidianas análogas às outras matrizes –
religião, festas, mitos e lendas, acontecimentos históricos, rotinas e brincadeiras.
204 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para realizar a atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as per-
guntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e coloca-
ções. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para pontuar cada concei-
to. Faça um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos as informações que estão
na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
ATIVIDADES – APRECIAÇÃO
Professor, analise os vídeos, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a apreciação, refor-
ce os conceitos trabalhados na atividade anterior e preste atenção às reações dos estudantes. Após a
apreciação, organize uma roda de conversa e incentive-os a comentar o que aprenderam e apresente
as questões a seguir. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo pessoal ou no da escola,
para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.
Dança do coco: Dança que une as matrizes africanas e indígenas em suas formas, com presen-
ça marcante no norte e nordeste do país. Acredita-se que tenha surgido nos engenhos de açúcar do
interior e tenha migrado para o litoral. Seu canto surgiu com os tiradores de coco das árvores, que,
enquanto extraíam o coco, puxavam a rima e os demais cantavam em coro em resposta a ele, sendo
assim, até hoje. Pode ser dançado em rodas ou filas, de acordo com a região, com batidas de pé no
chão. Os sapateados são feitos pelos dançarinos, que se encontram no centro e trocam umbigadas,
enquanto a roda mantém o ritmo com palmas.
Alterne os movimentos sonoros quanto a sua intensidade e ritmo, criando uma sequência a ser
experimentada pelos estudantes juntos aso elementos estruturantes da dança, estalar, abaixar, bater
pés e pular, girar e assobiar etc.
Após essa experimentação, organize a turma em grupos com até cinco componentes, para que
explorem e improvisem pequenas coreografias com sons e movimentos descobertos, e mostrem aos
demais colegas o que fizeram.
Ao término das apresentações, numa roda de conversa, pergunte: Quais foram as sensações, as
dificuldades e facilidades encontradas? Como se estabeleceu a relação entre ritmo e movimento? Peça
aos estudantes que registrem, em seus cadernos, o que ficou da conversa.
O coelho no centro da roda vai determinar quando os demais devem trocar de toca, mas você,
professor, é que irá determinar os movimentos que os estudantes deverão fazer durante essa troca.
Para isso, use os movimentos dos elementos estruturantes da dança, como no exemplo a seguir: pu-
lando na direção diagonal devagar, agachados em linha reta rápido, esticando os braços para frente
etc. Ao término da brincadeira, realize uma roda de conversa para saber como foi a brincadeira. Anote
as respostas para serem utilizadas na avaliação dos estudantes.
Divida a turma em grupos e peça que criem uma sequência de movimentos (pequena coreogra-
fia), tendo como base os elementos estruturantes da dança: movimento corporal, espaço e tempo (se
necessário retome esses conceitos). Relembre os movimentos vivenciados nas brincadeiras anteriores
e oriente-os no planejamento, com registros do percurso que será vivenciado. Dê a eles autonomia
para fazerem as suas escolhas. No término dessa atividade, os estudantes apresentarão as suas pro-
duções, relatando à turma como vivenciaram a experiência.
Arte 207
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM IV
Habilidades:
(EF04AR11) Explorar, criar e improvisar movimentos dançados de modo individual, coletivo e
colaborativo, a partir das manifestações da dança presentes na cultura brasileira, utilizando-se dos
elementos estruturantes da dança.
• Movimentos dançados
• Elementos estruturantes da dança
(EF04AR12) Dialogar, com respeito e sem preconceito, sobre as experiências pessoais e coletivas em
dança vivenciadas na escola, como fonte para a construção de vocabulários e repertórios próprios.
Habilidade Articuladora:
(EF15AR26) Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, animações, jogos
eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia, softwares etc.) nos processos de criação artística.
Professor, nessa Situação de Aprendizagem, estão previstas cinco atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com
os objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, organize rodas de conversa, ao final das atividades, sobre
os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar
se o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para desenvolver essa atividade, organize uma roda e converse com a turma, inse-
rindo as perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas
ideias e colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para
pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus
208 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
cadernos as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acor-
do com sua realidade e necessidade.
1. Quando foi a última vez que você dançou e/ou assistiu uma apresentação de dança na escola?
Que tipo de danças eram? Como eram as coreografias?
2. Quais festas e apresentações que envolvem a dança, acontecem na sua escola?
3. Porque é importante realizar fotografias, vídeos e/ou gravações, durante as apresentações?
4. Há algum canal, site ou blog de sua escola? Você já o visitou?
5. Quais formas de tecnologias e recursos digitais você conhece e sabe usar?
6. Qual é o canal, site ou blog de sua escola? Você já o visitou?
7. Quais redes sociais, blog, canal ou site pessoal você tem?
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Para executar essa atividade, você deverá realizar uma pesquisa e selecionar imagens e vídeos
de danças que acontecem, tanto na escola quanto fora dela. Se possível, procure imagens de festas,
comemorações e eventos que ocorreram na sua escola para ampliar esse olhar. Após a apresentação
das imagens, converse sobre as semelhanças e diferenças entre as danças do cotidiano e aquelas que
acontecem dentro da escola.
Ao final, realize uma roda de conversa sobre o processo vivenciado, procurando saber mais so-
brea seleção de movimentos, referências de atividades já trabalhadas, das danças vivenciadas na es-
cola, como foi trabalhar em colaboração, se todas as ideias foram respeitadas etc. No término da ati-
vidade, os estudantes deverão registrar, em seus cadernos, as suas percepções.
Arte 209
Solicite aos estudantes que levem à escola, se possível, máquinas fotográficas, gravadores, filma-
doras, smartphones, entre outros. Verifique se a escola possui alguns materiais tecnológicos que pos-
sam ser utilizados. Forme grupos, para manusear os equipamentos. Ao final, cada grupo deverá falar
sobre suas ideias para a construção de um espaço digital da escola.
Arte
Arte 211
1º BIMESTRE
A LINGUAGEM MUSICAL
A LINGUAGEM MUSICAL
Sabemos que a Música é uma das linguagens da arte e, deste modo, pode demandar conhecimen-
to teórico e técnico específico. Muitos anos de prática e estudo são necessários para o desenvolvimento
de conhecimento e habilidades em nível profissional. Neste caso, são pessoas que optam por dedicar
suas vidas, aperfeiçoando-se constantemente, em busca do desenvolvimento técnico e expressivo.
O que é Música? Música é a Linguagem dos Sons. Mas o que isto significa?
O cotidiano é repleto de sons, inclusive nossa linguagem verbal utiliza sequências de sons e silên-
cios (consoantes, vogais e pontuações) para explicar, descrever, pedir, argumentar, suplicar, entusiasmar
etc. Nossa fala organiza-se por meio de palavras que formam frases e textos. E estas sequências de sons
(palavras) podem representar nomes próprios, conceitos, objetos, situações ou ações. Neste caso, os
sons são imediatamente convertidos em linguagem verbal. Agora, imagine duas pessoas que conversam
em um idioma que não dominamos. Não compreendemos sua comunicação verbal! Quase escutamos
tal conversa como se fosse música: uma sequência de timbres (ao menos um diferente de cada pessoa),
os sons das consoantes e das vogais, as entoações, inclinações para o agudo e para o grave (alturas),
intensidades distintas no decorrer do tempo e a velocidade com que cada som é emitido (durações).
Poderíamos considerar este diálogo como música? Houve uma intenção musical por parte
dos emissores dos sons? Houve uma interdependência musicalmente planejada dos parâmetros
sonoros? O objetivo da conversa foi exclusivamente a comunicação verbal entre aqueles sujeitos?
É importante refletir sobre isso.
Quando trabalhamos com a linguagem dos sons, organizamos no tempo todos os parâmetros
intrínsecos de uma música de uma forma equilibrada e transparente. Tanto o ouvinte quanto o execu-
tante devem perceber diversas características simultâneas dentro de uma mesma frase musical.
Ao cantar uma música coletivamente, nossos estudantes devem perceber a voz do professor, a
sua própria e a de seus colegas; caso contrário, ritmo e afinação estarão definitivamente prejudicados.
Ao executar com clareza e transparência, demonstramos a interdependência entre os parâmetros,
conseguimos nos comunicar com esta linguagem dos sons.
212 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Em alguns casos, a música pode exprimir ideias extramusicais. Isto é facilmente exemplificado por
meio dos hinos patrióticos. Ao escutar o Hino Nacional Brasileiro, mais do que uma música, este conjunto
de sons expressa o nosso povo, nossas cores, nossa natureza, nossos cheiros, conquistas e fracassos.
Raramente escutamos esse hino como uma sequência de alturas, durações, timbres e intensidades
interdependentes entre si. O mesmo pode acontecer com vinhetas televisivas e, de uma maneira mais indi-
vidualizada, com músicas que ficaram marcadas em nossas memórias. Dentre os motivos, poderíamos
destacar emoções vividas ou eventos que presenciamos, nos quais determinada música esteve presente.
De fato, o discurso musical não comunica ideias, conceitos e ações como a linguagem verbal. O
âmbito de sua ação está associado às emoções e sentimentos. E no contexto até aqui apresentado, a
prática musical poderia ser o equilíbrio entre esses aspectos emocionais (a paixão, o que move) com
os aspectos racionais (o procedimento, o saber fazer e o compreender), como ocorre na execução de
ritmos, frases, harmonias, melodias etc.
Uma enorme conquista será promover o conhecimento de um vocabulário comum para falar de
sons. O contraste entre elementos musicais já é um ótimo começo! Palavras como grave e agudo,
lento e rápido, comprido e curto, forte e fraco, podem parecer simples, mas são fundamentais para o
desenvolvimento musical e precisam ser exercitadas para sua correta assimilação.
Destacamos que é de fundamental importância que você, professor, se aproprie dos conteúdos,
conceitos e procedimentos apresentados neste material, com a finalidade de ensiná-los com seguran-
ça e tranquilidade. Sendo assim, as colocações teóricas, partituras e explicações mais detalhadas
servem para a sua aproximação com a música. Além disso, a aprendizagem da música na escola en-
volve ouvir, entender, apreciar, improvisar, pesquisar, conhecer, experimentar e praticar num processo
contínuo que dependerá da sua persistência e dedicação. Refletir sobre o que é realizado durante as
atividades, o ajudará a conhecer o estudante musicalmente.
Todos os estudantes são capazes de aprender. Esse processo é individual, e o professor deve
estar atento para as necessidades individuais e coletivas. Estudantes com deficiência visual e auditiva
desenvolvem a linguagem e o pensamento conceitual.
É importante valorizar a diversidade e estimular o desempenho sem fazer uso de um único nivelador.
A avaliação deve ser feita em relação ao avanço do próprio estudante sem usar critérios comparativos. O
princípio de inclusão parte dos direitos de todos à Educação, independentemente das diferenças e ne-
cessidades individuais – inspirada nos princípios da Declaração de Salamanca (Unesco, 1994) e está
presente na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva, de 2008.
Arte 213
Todos devem saber o que diz a Constituição, mas principalmente conhecer a meta 4 do Plano
Nacional de Educação (PNE):
Deficiência Auditiva
Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela ausência de infor-
mações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm condições de prosseguir
aprendendo se forem informados e estimulados de forma sistemática, levando em conta sua diversida-
de linguística e possibilidades de comunicação.
Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifique se estão olhando para você. A maioria se
comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem uso de leitura labial e aparelhos de ampliação sonora.
Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode explicar para a
classe toda utilizando desenhos na lousa para a apropriação dos objetos de conhecimento. Convide
um estudante para demonstrar o que deve ser feito, fale olhando de frente sempre que possível, nas
festividades utilize o Hino Nacional em LIBRAS indicado no link a seguir:
Aula de Arte para com surdos: criando uma prática de ensino. Andreza
Nunes Real da Cruz. (Tese de Mestrado). IA/UNESP. Disponível em:
http://gg.gg/myums. Acesso em: 30 out. 2020.
Deficiência Visual
Existe o mito de que toda pessoa com deficiência visual tem talento para música. Isso não é ne-
cessariamente verdade, pois há quem não possua habilidades vocais ou para tocar instrumentos mu-
sicais. Enxergando ou não, o estudante precisa desenvolver habilidades musicais. É preciso apresentar
oralmente um instrumento musical indicando de que material é feito, se é de metal, madeira, bambu
etc., se é um instrumento acústico ou eletrônico e também oferecer a apreciação tátil, para que ele
possa manusear e explorar os sons que se pode obter de cada instrumento.
Deficiência Intelectual
O Componente Curricular Arte, por meio das suas diferentes linguagens, torna possível a mani-
festação de sentimentos e pensamentos colaborando com o desenvolvimento da comunicação, trans-
formando e enriquecendo as vivências musicais, através de experimentações significativas.
Nem todos os estudantes poderão formular os registros de maneira autônoma. Nesses casos, o
professor pode ser o escriba ou propor outras formas, como desenhos ou imagens recortadas. Essa
adaptação curricular garante a participação efetiva do estudante nas atividades.
Arte 215
AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO
A avaliação e recuperação proposta neste material é diagnóstica, iniciando com a ação do professor
ao investigar o que os estudantes conhecem ou não conhecem acerca dos objetos de conhecimento que
serão abordados, e processual em todos os momentos de prática pedagógica, nos quais podemos incluir
diferentes maneiras de acompanhar, avaliar e recuperar as aprendizagens. Nesta concepção de avaliação
e recuperação em Arte, é importante adotar a postura de não estabelecer critérios de comparação, oferecer
possibilidades para que os estudantes alcancem os objetivos esperados, estar atento às dificuldades ex-
postas na realização das atividades e atividades e propor soluções. O fator socioemocional, presente em
todos os momentos de aprendizagem em agrupamentos produtivos1, tem em vista a formação integral do
estudante. É importante frisar que o tempo necessário para o desenvolvimento das habilidades, por meio
de situações de aprendizagem, pode variar entre uma turma e outra, mesmo que na mesma etapa.
O uso diário de registro em um portfólio é uma importante ferramenta para acompanhar os avan-
ços e dificuldades no desenvolvimento de habilidades e apropriação dos conhecimentos, observação
dos processos criativos, relação com os colegas, considerações e suposições inteligentes2, participa-
ção, empenho, respeito pela produção individual, coletiva e colaborativa, autoconfiança, valorização
das diferentes expressões artísticas, reconhecimento de que todos os obstáculos e desacertos que
podem ser superados.
Dessa forma, o resultado das avaliações assegurará ao professor elementos necessários para
analisar seu planejamento, replanejar se necessário e, também, para o acompanhamento e propostas
de recuperação das aprendizagens durante o ano letivo.
1 Agrupamentos produtivos: seguem os princípios dos saberes já construídos pelas crianças em seu percurso escolar, bem como levam em considera-
ção a heterogeneidade de saberes existentes no espaço escolar e a sua importância na construção dos saberes dos estudantes, pois essa forma de
trabalho é ancorada, em sua concepção, pela interação entre as crianças com a mediação do professor. Fonte: Inserir: em http://gg.gg/p1nzv.
Acesso em: 4 set. 2019.
2 Suposições inteligentes: hipóteses de cada indivíduo, baseadas em seus conhecimentos prévios e bagagem cultural.
216 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Modificadores dos objetos de conhecimento, que explicitam o contexto e/ou uma maior espe-
cificação da aprendizagem esperada: de diferentes épocas incluindo-se suas matrizes indígenas, afri-
canas e europeia. Em outras habilidades, também existem modificadores de verbos. Por exemplo,
“experimentar”, “utilizando”.
Condições didáticas
e indicações para o Observar
Habilidades
desenvolvimento das se o estudante
atividades
Habilidades Articuladoras
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
Habilidade:
(EF05AR14) Perceber e explorar elementos constitutivos da música, por meio de jogos, brincadeiras,
canções e práticas diversas de composição/criação, execução e apreciação musical.
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas seis atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos, a seguir, alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades.
• Figuras rítmicas: cada figura rítmica representa uma relação proporcional no tempo e
estão relacionadas às durações. Por exemplo, no mesmo pulso no qual é tocada uma
semínima é possível tocar duas colcheias ou quatro semicolcheias. E, nesse mesmo
contexto, precisa-se de dois pulsos para se tocar uma mínima ou quatro pulsos para uma
semibreve, de acordo com a imagem a seguir:
Semibrevre
4
Mínima
2
Arte 219
Semínima
1
Colcheia
1/2
Semicolcheia
1/4
• Figuras de som: Símbolos que servem para representar um som.
• Figuras de silêncio: Símbolos que servem para representar uma pausa.
• Melodia: Diz respeito a uma sequência sucessiva de notas musicais diferentes. Essa
organização de sons com ritmos cadenciados, constrói sentido ao ouvinte. Por meio dela,
reconhecemos uma música. A melodia é composta pela altura, duração e intensidade.
• Harmonia: é a junção de acordes de uma música, a união de sons tocados ao mesmo tempo.
• Pulso: é a unidade de medida da música.
• Ritmo: Organização de diferentes durações dentro de um compasso.
• Compasso: É a organização dos pulsos (fortes e fracos) de uma música em ciclos de igual
tamanho (binário, ternário e quaternário).
• Binário: tem dois tempos – um forte e um fraco.
• Ternário: tem três tempos – um forte e dois fracos.
• Quaternário: tem quatro tempos – um forte, um fraco, um meio forte e outro fraco.
• Como você pode perceber, a primeira batida de um compasso usualmente é forte. Indicamos
no começo de uma partitura, qual é o compasso que deverá ser seguido, especificando sempre
quantas batidas, isto é, tempos, teremos por compasso, por exemplo:
• Importante: dizer que eu tenho três tempos em um compasso não quer dizer que eu tenho
três notas. Podemos ter apenas uma nota por compasso, ou muito mais que três, ou ainda,
nenhuma, se houver um grande silêncio! Como:
220 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma sobre os conceitos
apresentados, inserindo as perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam
apresentar suas ideias e colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e
faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que
copiem, em seus cadernos, as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questiona-
mentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise os vídeos/áudios, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a aprecia-
ção, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior e pontue os elementos constitutivos da
música, presentes em brincadeiras, jogos e canções. Após a apreciação, solicite que registrem o que
aprenderam. Você pode selecionar outras referências em seu acervo pessoal ou no da escola, para
ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.
Yapo ia ia êêô
Yapo ia ia ê
Yapo ia ia Yapo
ê tuc tuc Yapo
ê tuc tuc ê.
Exemplo:
Finalize com um jogral rítmico: chame um grupo de cada vez à frente, coloque-os em fileira e
escolha um estudante para começar uma batida rítmica, utilizando batidas de mão e pé e, em seguida,
oriente que cada estudante repita o ritmo anterior e acrescente um ritmo diferente.
Arte 223
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Habilidade:
(EF05AR15) Explorar e perceber elementos da natureza como fontes sonoras, considerando os
elementos constitutivos da música.
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com
os objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos, a seguir, alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e diga que um som pode ser produzido
de diferentes maneiras, que existem sons produzidos pela natureza e sons produzidos pela atividade
humana. Converse sobre os conceitos apresentados , inserindo as perguntas de forma simples, per-
mitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a con-
versa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para pontuar cada conceito.
Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem, em seus cadernos, as informações que
estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
Arte 225
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise os vídeos/áudios, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a aprecia-
ção, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior. É importante que eles possam falar sobre
o que reconhecem e percebem ao apreciar. Após a apreciação, solicite que registrem o que aprende-
ram, por meio de um pequeno texto. Você pode selecionar outras referências em seu acervo pessoal
ou no da escola, sua realidade e necessidade.
VÍDEOS
Depois dessa primeira experimentação, escreva na lousa, as diversas possibilidades sonoras in-
dicadas a seguir, solicitando que os estudantes as imitem.
Chame à frente, quatro estudantes de cada vez e explique que eles deverão permanecer com o
rosto virado para frente, prestar atenção aos sons que serão produzidos e tentar adivinhá-los. Por
exemplo: palmas. Se possível, faça o exercício com toda a turma, alternando os sons.
A. Variando os sons produzidos com as mãos: golpear uma mão com a outra, em forma de
concha, produzindo um som mais grave; com as mãos planas e os dedos esticados, produ-
zindo um som mais agudo; batendo as mãos na barriga; batendo as mãos nas coxas; baten-
do as mãos na boca.
B. Variando os sons produzidos com os dedos: estalar os dedos; dedos contra dedos. (junte dois
dedos de uma mão contra dois da outra mão);
C. Variando os sons produzidos com a boca: estalar a língua; barulho do beijo; imitar o som do ven-
to; imitar o som da chuva; bater os dentes;
D. Variando os sons produzidos com os pés: pés no chão;
Arte 227
Etapa 3. Sons do ambiente: pesquisar sons produzidos no espaço escolar; tudo o que for pos-
sível perceber; classificar como perto ou distante.
Utilize, como referência, a tabela a seguir. Amplie-a com a quantidade de linhas necessárias.
Cada grupo deverá apresentar uma pequena história que tenha a imagem como cenário, incluin-
do uma música, sons corporais e sons do ambiente.
Exemplos de imagens:
228 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
1.
Floresta – Imagem de Valiphotos/Pixabay.– Disponível em: http://gg.gg/l5id4. Acesso em: 28 jan. 2020.
2.
Lago – Imagem de Johannes Plenio/Pixabay.– Disponível em: http://gg.gg/l5id9. Acesso em: 28 jan. 2020.
Arte 229
3.
Tempestade – Imagem de Comfreak/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/l5idk. Acesso em: 28 jan. 2020.
4.
Rio – Imagem de Frank Winkler/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/l5idr. Acesso em: 28 jan. 2020.
230 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
(EF05AR17) Apreciar e experimentar composições musicais, explorando vozes, sons corporais e/ou
instrumentos musicais convencionais ou não convencionais, de modo individual, coletivo e colaborativo.
• Composições musicais
• Instrumentos musicais convencionais e não convencionais
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com
os objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/
recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os objetos
de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o estudante”,
do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos, a seguir, alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades.
Desenho feito por Carlos Eduardo Povinha especialmente para esse material.
Imagem de uma Partitura. Fonte: Fotoshop tops por Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/l3ueq. Acesso em: 11 set. 2019.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo os conceitos e perguntas de forma
simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que
232 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito.
Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem, em seus cadernos, as informações que estão
na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise os vídeos/áudios, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a aprecia-
ção, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior. É importante que eles possam falar sobre
o que reconhecem e percebem ao apreciar. Após a apreciação solicite que registrem, o que aprende-
ram, por meio de um pequeno texto. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo pessoal
ou no da escola, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.
Realize uma mostra das apresentações gravadas para a Comunidade Escolar, valorizando a cria-
tividade e ressaltando que, para tal, eles exploraram, perceberam os elementos de diferentes fontes
sonoras, experimentaram técnicas de registro musical em audiovisual e, também, registros de pautas
não convencionais. Em um espaço de fácil acesso e visibilidade, faça uma exposição das pautas não
convencionais criadas pelos grupos para apreciação de todos.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM IV
Habilidade:
(EF05AR13) Apreciar jingles, vinheta, trilha de jogo eletrônico, trilha sonora etc., analisando e
reconhecendo seus usos e funções em diversos contextos de circulação.
Habilidade Articuladora:
(EF15AR26) Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, animações, jogos
eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia e softwares, etc.) nos processos de criação artística.
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com
os objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos, a seguir, alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades.
• Jingle: é um termo inglês cujo significado refere-se a uma mensagem musical publicitária
elaborada com um refrão simples e de curta duração, a fim de ser lembrado com facilidade. A
música é composta especificamente para promover uma marca, produto, empresa ou político
e é veiculada em rádio, televisão ou internet.
• Vinheta: é considerada como um tipo de identificação, pois conta com um layout visual e uma
música que a acompanha. Em artes gráficas, é um desenho decorativo geralmente em livros,
utilizado tanto para separar seções ou capítulos como para decorar. Existem diversos tipos de
vinheta: gráfica, fotográfica e de televisão.
• Trilha sonora: é todo o conjunto sonoro de um filme, peça de teatro ou programa de
televisão, incluindo além da música, os efeitos sonoros e os diálogos. A instrumentalização
da música e das sonoridades são fatores fundamentais na criação de uma história, seja
236 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
qual for o veículo que irá transmiti-la – cinema, teatro, televisão, etc. É a totalidade das
composições musicais apresentadas em uma película cinematográfica, nos programas
televisivos, em videogames, etc.
• Trilha de jogo eletrônico: é conhecida pelo seu termo correspondente em inglês, videogame
music, ou VGmusic. Consiste em um estilo musical próprio, original, de uma música criada para
servir de trilha sonora para videogames.
• Fotografia: significa literalmente “escrita da luz”, pois a imagem é obtida pela ação direta da
luz sobre um material fotossensível. Os materiais fotossensíveis podem ser chapas metálicas
(como no início da fotografia) ou de vidro ou película (filmes) tratadas com compostos químicos.
Atualmente, os mais utilizados são: cartões de memória, pen drives, máquinas digitais e
smartphones (nos quais, a informação visual é descrita por valores numéricos).
• Storyboard: roteiro com todos os desenhos, em ordem cronológica, das cenas de um filme
ou história a ser contada, similar a uma história em quadrinhos, mas sem os balões.
• Multimeios: refere-se ao estudo do surgimento, utilização, funcionamento, abrangência,
intersecção e linguagens de novas mídias, tanto como forma de expressão, quanto de
divulgação de informação, e suas relações com diferentes formas de expressão.
• Usos e funções em diversos contextos de circulação: entende-se que toda composição
musical tem uma função, pensada por seu autor. Por exemplo: Música religiosa, música cívica,
música para entretenimento etc. O uso que se faz dessas composições, pode variar de acordo
com a intenção de quem as utiliza. O rádio, a televisão, a internet, as manifestações culturais,
o celular, teatros, salas de concerto, estádios, praças e ruas, se configuram como contextos de
circulação mais comuns para a música.
• Animação: técnica que utiliza meios físicos ou digitais para “dar vida” a objetos ou desenhos.
Atualmente existem várias formas de se trabalhar com animação, seja através de flip book ou
mesmo com tecnologias avançadas (destaques para efeitos especiais ou mesmo animações
inteiras feitas em 3D).
• Jogos eletrônicos: jogo com ações, recursos, estratégias, desenvolvimento e objetivos pré-
estabelecidos. Para funcionar, esses jogos necessitam de computador, programas, tela e controles.
• Áudio/Vídeo: formas de registro de som e imagem, amparados por tecnologia.
• Softwares: conjunto de programas com instruções pré-estabelecidas que faz um equipamento
eletroeletrônico funcionar. Eles produzem diferentes resultados: calcular, registrar, processar,
armazenar, imprimir, editar etc.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo os conceitos e perguntas de
forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações.
À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa para
pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem, em seus ca-
dernos, as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acor-
do com sua realidade e necessidade.
Arte 237
1. O que é um jingle? Para que serve? Em que meios de comunicação aparece? Dê um exemplo?
2. O que é vinheta?Para que serve? Em que meios de comunicação aparece? Dê um exemplo?
3. O que é trilha sonora? Para que serve? Em que meios de comunicação aparece? Dê um exemplo
(em desenho, filme, novela, jogo eletrônico)?
4. Conte sua experiência com a gravação de algum áudio ou vídeo.
5. O que é fotografia? Para que serve? Conte sua experiência com ela.
6. Dê um exemplo da mesma música que foi ou é utilizada para duas coisas diferentes.
7. Dê um exemplo de alguma música que aparece em diferentes “memes” na internet.
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Para esta atividade de apreciação, agende a sala de Informática ou a sala de vídeo. Apresente os
trechos de jingles, vinhetas, trilhas sonoras e trilhas de jogos eletrônicos indicados a seguir ou selecio-
ne outros de sua livre escolha. Finalize com uma conversa, reflexão, análise e reconhecimento de usos
e funções em diversos contextos de circulação.
JINGLES:
VINHETAS:
TRILHA SONORA:
Grupos 1 e 2 – Jingles;
Grupos 3 e 4 – Vinhetas;
Grupos 5 e 6 – Trilhas Sonoras;
Grupos 7 e 8 – Trilhas Sonoras de Jogos eletrônicos.
Arte 239
Antes de iniciar:
Providenciar antecipadamente:
Durante:
Depois:
2º BIMESTRE
A LINGUAGEM DA DANÇA
A dança é uma linguagem artística do corpo em movimento. A prática da dança possibilita o de-
senvolvimento da sensibilidade e da motricidade como pares entrelaçados. O domínio do movimento
na dança propicia a ampliação de repertórios gestuais, novas possibilidades de expressão e comuni-
cação de sensações, sentimentos, pensamentos. O refinamento do corpo em movimento encontra-se
articulado à expressividade e à criatividade, envolvendo processos de consciência corporal (individual)
e social (relacional), assim como processos de memória, imaginação, concepção e criação em dança
nos âmbitos artístico e estético.
A dança está presente no salão de baile, nos desfiles de Carnaval, em um encontro de danças
urbanas ou na roda de samba na rua, no pátio de uma escola, no palco de um teatro, no cinema, na
televisão. As danças têm funções e sentidos ligados ao contexto de acontecimento, aos sujeitos que
a vivenciam e que a desfrutam como público. Pensando em uma dimensão abrangente, acreditamos
que todas as pessoas podem dançar.
Se, por um lado, cada contexto de ensino e aprendizagem da dança tem contornos diferen-
ciados, poderíamos dizer que existe algo comum, importante a ser destacado para o professor
que irá percorrer as situações de aprendizagem aqui propostas. Dançar implica em aprender sobre
o movimento que aborda: o espaço nas suas relações de direções, níveis e planos; o tempo nas
relações de pulsos, ritmos, pausa e velocidades com e no próprio corpo, tendo a ação e a reflexão
sempre presentes.
O ensino da arte na escola não tem a função de oferecer uma formação profissional, mas propor-
cionar aos estudantes a oportunidade de conhecer, apreciar, criar e viver a dança na escola, tendo
experiências com sentido e ligadas ao mundo dessa linguagem, expandindo as possibilidades de for-
mação e de participação social.
As bases ou pilares para que o processo de ensino e de aprendizagem possa ter início é que você
professor se permita vivenciar uma aproximação do próprio corpo. Além disso, sugerimos uma atitude
de observação constante do corpo e do movimento do estudante no cotidiano escolar, o que irá, sem
dúvida, lhe oferecer um rico repertório de ações corporais, formas de movimento, interações, jogos e
danças que os estudantes dominam e vivenciam entre eles na escola.
Sintetizamos, a seguir, alguns conceitos importantes para o estudo e o desenvolvimento das Si-
tuações de Aprendizagem na linguagem da linguagem dança.
Em uma definição sucinta podemos dizer que o que caracteriza a linguagem da dança é o movi-
mento do(s) corpo(s) do(s) dançarino(s) no espaço e no tempo.
Enfim, dançar significa experimentar o corpo em movimento para além de sua funcionalidade
(caráter instrumental) cotidiana. Do mais simples ao mais complexo dos processos de aprender uma
dança, o corpo poderá ter experiências de criação e construção de movimentos expressivos nos quais
cada estudante que dança está implicado com seu mundo interno, sua memória, sua história, dialo-
gando com o as culturas da dança presentes no mundo.
Apesar dessa disponibilidade e da presença da própria dança, por vezes, no cotidiano de algumas
das crianças, o estudo da dança como uma das linguagens artísticas na escola irá envolver o diálogo por
meio do corpo em movimento com os pares e o professor, de maneira que o estudante possa experimen-
tar, criar, executar, transformar, observar, organizar diferentes maneiras de dançar. Nesse sentido, cabe
reiterar que o estudo da dança na escola não pode estar restrito ao aprendizado de coreografias.
Como componentes da dança figuram: 1) o movimento (o elemento central); 2) o dançarino (quem
dança); 3) os elementos sonoros, que incluem a música, o uso da voz, o silêncio, o som ambiente;
4) os elementos visuais que são compostos pelo espaço cênico ou pelo espaço onde a dança acontece,
envolvendo também objetos de cena, figurinos, cenários, vídeos.
O processo criativo em dança se materializa em uma composição coreográfica, a qual pode en-
volver diferentes arranjos entre o movimento e a música, entre o movimento e o espaço, entre o movi-
mento e os elementos de cena. Nesse sentido, para fruir e analisar a forma/conteúdo de uma obra de
dança é necessário observar as conexões estabelecidas entre tais componentes.
A CRIAÇÃO DO AMBIENTE
É fundamental criar um ambiente propício para o desenvolvimento das atividades. Mas, além do
espaço físico, estamos sugerindo que você, professor, crie para e com os estudantes, um lugar de
acolhimento às experiências corporais e de movimento, ampliando e enriquecendo esse universo.
Um simples espreguiçamento do corpo, quando realizado com atenção à pele e aos movimentos
articulares, pode significar uma estimulação do tato e da propriocepção (percepção do próprio corpo).
É um “chegar ao corpo”, abordando-o em suas dimensões intrínsecas – sensorial e motora. Isso sig-
nifica que estamos nos preparando para a atividade, mas, paradoxalmente, já estamos dentro dela,
porque não conseguimos nos separar de nosso corpo. No caso da dança, isso pode significar sentir
os pés, mover as articulações, sentir o espaço, ouvir a respiração. Esse momento poderá acordar,
disponibilizar, organizar, concentrar, construir, individual e coletivamente, um estado de dança.
242 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Para o ensino da linguagem da dança nos anos iniciais do Ensino Fundamental, os objetos de
conhecimento estão articulados com as atividades fundamentais ao aprendizado dos estudantes, res-
peitando seu desenvolvimento motor, cognitivo e socioemocional, por meio de jogos, brincadeiras,
danças de roda, criação de suas danças individuais, coletivas e colaborativas.
Essa é uma proposta de iniciação à linguagem da dança. Nesse momento da vida das crianças
a introdução de uma técnica, onde os movimentos repetitivos são parte da construção do aprendiza-
do, não se faz necessária, pois anteriormente ao exercício, é de fundamental importância o desenvol-
vimento de um vocabulário e consequentemente de um repertório expressivo e simbólico no corpo,
como também o conhecimento de sua estrutura músculo/esquelética, em movimento. Sem esses
conhecimentos, todo o processo de exploração e criação de movimentos estará reduzido a um reper-
tório limitado ou a um repertório colado a referências midiáticas sem qualidade artística e estética, ou
seja, estereotipado, onde a imitação ou a cópia elimina a possibilidade de criação ou até mesmo de um
olhar crítico a esses modelos.
Eficiência intelectual
Os estudantes com deficiência intelectual podem enfrentar alguma dificuldade no processo de
aprendizagem corporal, mas são capazes de desenvolver a corporeidade e gestualidade.
Deficiência auditiva
Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela ausência de infor-
mações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm condições de prosseguir
aprendendo se forem informados e estimulados de forma sistemática, levando em conta sua diversida-
de linguística e possibilidades de comunicação. Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifi-
que se estão olhando para você. A maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem
uso de leitura labial e aparelhos de ampliação sonora.
Arte 243
Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode explicar para a
classe toda utilizando desenhos na lousa. Para a apropriação dos objetos de conhecimento, convide
um estudante para demonstrar o que deve ser feito. Fale olhando para a turma e, sempre que possível,
demonstrando os movimentos.
Deficiência visual
O estudante com deficiência visual pode dançar. A dança para esse estudante trabalha espacia-
lidade, lateralidade, equilíbrio e autoestima, tornando-o mais seguro de seu corpo. Ao apresentar a
dança para um estudante com deficiência visual, é importante que você seja descritivo e claro. É atra-
vés da descrição que ele entenderá o que está sendo solicitado. Fale de forma pausada e calma. Tome
cuidado com sua entonação vocal – tons muito altos, estridentes, bruscos ou ríspidos podem assus-
tar/inibir o deficiente visual. É importante que este estudante se sinta seguro para participar da propos-
ta; portanto, se necessário, explique diversas vezes. Se preciso, solicite a outro estudante que faça a
posição do que está sendo pedido para que o estudante visual sinta o colega e entenda o que deve
ser feito. Estimule o deficiente visual a participar da aula e proponha que outros estudantes se colo-
quem no lugar dele, fazendo algumas atividades adaptadas com o uso de vendas, por exemplo. Esse
momento de troca aproxima os colegas e será de grande valia no momento. Acompanhe o estudante
durante a atividade, conduzindo o a fazer o movimento, mas antes converse com ele quanto ao toque
e à receptividade do mesmo.
Deficiência motora
Incluir os estudantes com deficiência motora se faz necessário num universo de dança. As limita-
ções físicas destes estudantes não os impedem de dançar. Cabe ao professor estimulá-los e torná-los
conscientes de que seu corpo também dança.
A dança eleva a autoestima, e os movimentos podem ser adaptados caso a caso. Inclua o estu-
dante no processo de dança, sempre respeitando seus tempos e espaços e adaptando as atividades
propostas para a inclusão deste estudante.
Condições didáticas
e indicações para o Observar
Habilidades
desenvolvimento das se o estudante
atividades
Participa da sondagem
Organizar e realizar momentos
e da apreciação; analisa
(EF05AR09) Estabelecer relações entre as par- de sondagem, apreciação,
e relaciona os objetos
tes do corpo e destas com o todo corporal na análise e relação sobre objetos
de conhecimento.Expe-
construção do movimento dançado. de conhecimento e seus modi-
rimenta a dança e seus
ficadores..
modificadores.
(EF05AR12) Dialogar, com respeito e sem Organizar e realizar momentos Participa da sondagem e
preconceito, sobre as experiências pessoais de sondagem, apreciação, diá- da apreciação; dialoga e
e coletivas em dança vivenciadas na escola, logo e reflexão sobre os objetos reflete sobre os objetos
como fonte para a construção de vocabulários de conhecimento e seus modifi- de conhecimento e seus
e repertórios próprios. cadores. modificadores.
Habilidade Articuladora
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
Habilidade:
(EF05AR10) Experimentar diferentes formas de orientação no espaço (deslocamentos, planos, direções,
caminhos etc.) e ritmos de movimento (lento, moderado e rápido) na construção do movimento dançado.
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório elencamos abaixo, alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.
- Forma Direta: É quando os movimentos lineares e retos ocupam um espaço definido, sem
o deslocamento e a envergadura dos braços, das pernas e do tronco. É traçar um percurso
direto para atingir um ponto definido.
- Forma Flexível: É quando os movimentos do corpo ocupam vários espaços ao mesmo
tempo, utilizando os deslocamentos, as envergaduras e as torções.
• Direção: São os sentidos (trajetos) por onde o movimento percorre, tendo como ponto inicial o
centro do corpo do dançarino. São elas: frente, atrás, lado, diagonais, em cima, em baixo.
248 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
• Plano ou Níveis: São relacionados aos planos alto, médio e baixos. Espaços referentes à
altura dos movimentos. Os níveis são definidos pelos movimentos do corpo no espaço que vão
da altura da cintura, abaixo dela ou acima da cabeça.
- Nível alto – foto 1 – São movimentos realizados em pé e/ou feitos com os braços para
cima. Cena de Peekaboo, de Marco Goecke.
- Nível médio – foto 2 – São movimentos realizados com os joelhos flexionados, agachado,
ajoelhado ou sentado. Larissa Lins e Geivison Moreira em Fada do Amor de Márcia Haydée.
- Nível baixo – foto 3 – São movimentos realizados no chão, como arrastar, deitar-se, rolar.
Beatriz Hack em Primavera Fria de Clébio Oliveira.
2.
3.
• Tempo: É o que define na dança os ritmos do movimentos rápido, lento e moderado (ritmos
métricos). Com ele é possível definir a duração, o ritmo, a pulsação etc. Pode ser dividido em:
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples,
permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a
conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para pontuar cada conceito. Realize um fecha-
mento e, em seguida, solicite que copiem, em seus cadernos, as informações que estão na lousa.
Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
1. O que é dança?
2. Que tipos de danças você conhece?
3. Como é criado um movimento de dança?
4. Das danças que você conhece, em quais delas o corpo se movimenta em ritmo: lento, modera-
do, rápido?
5. Você acha que movimentos do cotidiano podem ser utilizados para realizar uma dança? Quais
movimentos? Como fazer isso?
6. Como pode ser o deslocamento do corpo de um bailarino durante uma apresentação de dança?
7. De que maneira podemos realizar o registro da dança?
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise as imagens e o vídeo antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a
apreciação, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior e preste atenção às reações dos
estudantes. Após a apreciação, organize uma roda de conversa e incentive-os a comentarem o que
aprenderam e apresente as questões, a seguir. Você pode selecionar outras referências em seu acervo
pessoal ou no da escola, para ampliar essa apreciação, de acordo com sua realidade e necessidade.
2.
3.
VÍDEO:
Viva La Vida – David Garrett. David Garret Music. Disponível em: http://
gg.gg/ni3zh. Acesso em: 18 mar. 2020.
O ideal é realizar esta atividade num espaço amplo, como a quadra ou pátio. Inicie a atividade
pedindo a eles que se organizem pelo espaço, respeitando uma certa distância entre cada um e pres-
tem atenção na música e nas partes do pé que fazem o apoio e colaboram para o equilíbrio do corpo
quando estão parados, em pé. (Sugerimos que você coloque a música número 1). O tempo de dura-
ção de cada parte da atividade, fica a seu critério.
Depois dessa observação, eles devem caminhar pelo espaço, percebendo as mesmas coisas e
também, quais articulações se movimentam, dobram e/ou torcem, e as posturas que o corpo assume
enquanto o corpo se desloca.
Por exemplo: caminhar com o peso sobre os calcanhares; sobre a borda interna ou externa do
pé; caminhar arrastando um pé só etc. Peça sugestões a eles.
254 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Durante a atividade, proponha que organizem, livremente, uma sequência de movimentos explo-
rando todas as partes do corpo – cabeça, tronco e membros, envolvendo: o nível alto (andar nas pon-
tas dos pés ou saltando, perdendo o contato com o chão), médio (andar abaixado), baixo (muito
agachado, arrastando-se); deslocando o peso do corpo (direita, esquerda, frente, trás, pisando firme
ou leve); variando o tempo (todas as velocidades entre rápido e lento), como se estivessem cumprindo
uma coreografia. Combine com eles que você fará pausas durante a atividade, quando todos devem
parar exatamente como estão, para que seja possível observar uns aos outros, só movendo os olhos
e, se necessário, a cabeça.
Ao final da aula, proponha uma roda de conversa sobre o que sentiram ao experimentar movi-
mentos que podem vir a ser uma dança. Quais as facilidades e/ou dificuldades encontradas? Foi pos-
sível explorar diferentes formas de orientação e locomoção pelo espaço? O que foi possível observar
nos seus colegas? Como foram os deslocamentos e as pausas? Quais níveis do espaço foram mais
explorados? Quais foram mais interessantes ou desafiadores?
Arte 255
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Habilidade:
(EF05AR09) Estabelecer relações entre as partes do corpo e destas com o todo corporal, na construção
do movimento dançado.
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com
os objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte as aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Para iniciar esta situação de aprendizagem converse com a turma, inserindo perguntas simples,
permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a
conversa se desenvolve, explique que a dança é uma linguagem artística, baseada no movimento
corporal e que ela aparece em nosso cotidiano de duas maneiras: a teatral, que é executada num
palco ou outro local apropriado e é criada por um coreógrafo profissional, geralmente, executada por
dançarinos profissionais; a social, que é aprendida por imitação, na convivência, pela transmissão
cultural, mídia, escolas de dança, entre outras possibilidades e é praticada em qualquer lugar e por
qualquer pessoa. Diga, também, que nessas duas maneiras, o dançarino se utiliza do corpo ou partes
dele para se expressar. Em seguida, solicite que respondam os questionamentos indicados abaixo.
Você pode elaborar outros, caso seja necessário.
1. Pensando num palco, numa casa ou em num local qualquer, como você imagina que o dançarino
cria seus movimentos?
2. Uma pessoa que dança utiliza todo o corpo ou parte dele?
3. Você percebe as relações que existem entre as partes do corpo no processo de construção dos
movimentos corporais transformados em dança?
4. Por que movimentar pés e mãos é importante na construção dos movimentos corporais transfor-
mados em dança?
5. Como cada parte do corpo se movimenta no processo de construção de movimentos na dança?
6. Como você percebe a coordenação dos movimentos de cada parte do corpo da pessoa que
dança? Cada movimento é isolado ou é emendado?
256 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise as imagens e o vídeo antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a
apreciação, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior e converse com os estudantes
sobre as relações de interatividade, flexibilidade, criatividade, mobilidade e harmonia existentes entre
as partes do corpo e destas com o todo corporal na construção do movimento dançado. Após a
apreciação, organize uma roda de conversa e incentive-os a comentarem o que aprenderam. Você
pode selecionar outras referências, de acordo com sua realidade e necessidade.
1.
Rapaz dançando Break. Disponível em: http://gg.gg/lbgh9. Acesso em: 19 mar. 2020.
2.
VÍDEO:
Solicite aos estudantes que deitem no chão e prestem atenção aos seus corpos. (peça que fe-
chem os olhos). Pergunte a eles se sentem seus ossos, se sentem o peso de seu corpo, e quais partes
tocam o solo e quais não tocam. Após esse primeiro momento, peça que (ainda deitados) se aproxi-
mem de um colega, formando duplas.
Solicite que levantem calmamente, sentindo todo o movimento que seu corpo faz para mudar de
posição. Quando estiverem em pé, explique que um estudante será o boneco e o outro o ‘moldador’, ou
seja, o moldador poderá movimentar o boneco, colocando-o em posições diferentes, respeitando suas
articulações e limites, criando uma sequência de movimentos. Reserve um tempo para eles explorarem
os movimentos que o boneco pode oferecer. É importante que os dois experimentem os personagens.
• Movimentos dançados
• Elementos estruturantes da dança
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com
os objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/
recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os objetos
de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o estudante”,
do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos, abaixo, alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples,
permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a
conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para pontuar cada conceito. Realize um
fechamento e, em seguida, solicite que copiem, em seus cadernos, as informações que estão na
lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
1. O que é Movimento?
2. Quando pensamos em dança, o que significa espaço?
3. De que maneira utilizamos o tempo quando dançamos? Existe uma regra para isso?
4. Como se chama o desenho que as pessoas fazem enquanto dançam?
5. Como se constrói uma coreografia?
6. Como é possível criar uma coreografia com movimentos utilizados no dia a dia?
7. Quais danças, que existem pelo mundo, vocês conhecem?
260 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Assista aos vídeos antes de apresentá-los aos estudantes. Inicie a atividade relembrando os
elementos estruturantes da dança. Durante a apreciação dos vídeos, pontue os momentos em que esses
elementos ficam mais evidentes. Os vídeos apresentam também, diferentes manifestações da dança
presentes na cultura mundial. É importante que eles façam registros, anotando o que acham mais
interessante de cada vídeo. Deixe claro que eles precisarão desses registros para a próxima atividade.
VÍDEOS:
Ofereça sugestões e procure deixá-los à vontade para escolher a música que irão utilizar – para
isso, traga alguns CD ou músicas digitais, para ajudá-los nesse momento. Organize a ordem das apre-
sentações. Enquanto um grupo demonstra sua sequência, os outros observam e fazem anotações
para conversar depois que todos tiverem se apresentado. Se possível, registre em vídeo.
Arte 261
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM IV
Habilidade Articuladora:
(EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em
especial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas,
favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa ao final das atividades, sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório elencamos abaixo, alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.
• Matrizes indígenas: Apesar de conter elevado valor estético, tudo o que eles produzem tem
caráter utilitário. Sendo assim, a dança também é utilitária, contendo diferentes funções no
cotidiano, como ritos e festas, homenagens, preparação para a guerra etc. As danças são
ensinadas de geração em geração, possuem desenhos coreográficos distintos, são
acompanhadas por fortes batidas dos pés no chão, cantos e diferentes tipos de tambores,
chocalhos e flautas.
• Matrizes africanas: Tradicionalmente, a dança africana, assim como a indígena, tem caráter
utilitário, é transmitida de geração em geração, tem funções cotidianas praticamente idênticas
e é baseada no canto e na utilização de instrumentos de percussão, chocalhos e sopro.
• Matrizes europeias (restringimos a referência a Portugal): A mudança da Corte Portuguesa para
o Brasil, trouxe danças de roda, dramáticas (o Bumba meu boi e o Reisado e outras mais), e de
salão, típicas das cortes europeias, que deram origem às quadrilhas das festas juninas, por exemplo.
De modo geral, essas danças têm funções cotidianas análogas às outras matrizes – religião, festas,
mitos e lendas, acontecimentos históricos, rotinas e brincadeiras.
• Patrimônio cultural material: Conjunto de bens culturais móveis e imóveis existentes em um
país ou região, cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos
memoráveis da sua história, quer por seu excepcional valor arqueológico, etnográfico,
bibliográfico ou artístico. Pode se classificar por:
Arte 263
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para realizar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e
colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para pontuar
cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem, em seus cadernos, as
informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua
realidade e necessidade.
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Recomendamos que você assista a todos vídeos antes de apresentá-los aos estudantes. É
importante também, que você acesse os links indicado em: Para saber mais. Durante a apreciação,
reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior e preste atenção às reações dos estudantes.
Após a apreciação, organize uma roda de conversa e incentive-os a comentarem o que aprenderam e
apresente as questões, a seguir. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo pessoal ou
no da escola, para ampliar essa apreciação, de acordo com sua realidade e necessidade.
PARA SABER MAIS:
Reisado – Barbalha. 06.01.2013. Canal TV Barbalha. Disponível em:
http://gg.gg/ni4tw. Acesso em: 05 dez. 2019.
1. Considerando o que já aprenderam e experimentaram, o que vocês conseguem perceber nos vídeos?
2. Conhecem os movimentos mostrados nas danças?
3. Qual a importância de cada uma dessas danças para os grupos que dançam e para a cultura do Brasil?
4. Vocês conseguem relacionar os movimentos dessas danças com danças que vocês conhecem e
sabem dançar?
5. Conseguem descrever como são as roupas utilizada pelos dançarinos?
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM V
Habilidades:
(EF05AR08) Experimentar, identificar, apreciar formas distintas de manifestações tradicionais e
contemporâneas da dança, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o
repertório corporal.
(EF05AR12) Dialogar, com respeito e sem preconceito, sobre as experiências pessoais e coletivas em
dança vivenciadas na escola, como fonte para a construção de vocabulários e repertórios próprios.
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, ao final das conversas, realize rodas de conversa sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório elencamos, abaixo, alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.
É uma prática que envolve ações intencionais de ameaça, violência, intimidação, maus tratos,
assédio moral, entre outros, de forma recorrente, contra uma pessoa.
• Dança tradicional: É aquela que reúne movimentos e elementos que caracterizam um povo,
um país, uma região, uma cultura etc., e pode ser configurada em diferentes gêneros e estilos.
Geralmente, essas danças carregam elementos e influências de diferentes matrizes estéticas e
culturais. No Brasil existem, por exemplo: Coco, Jongo, Samba, Carimbó e Bumba meu boi.
• Dança contemporânea: Este gênero busca uma ruptura total com a dança clássica e utiliza um
conjunto de princípios e procedimentos desenvolvidos a partir das danças moderna e pós-moderna.
Alguns aspectos, que apontam características diferenciadas desse gênero, são: pesquisa de
movimentos que não “parecem” dança, renovação do vocabulário gestual por meio da pesquisa
dos movimentos do cotidiano; cruzamento de fronteiras entre as linguagens artísticas, com a mescla
entre dança, teatro e diferentes tecnologias; presença da figura do criador-intérprete; improvisação
como estratégia de criação; busca por diferentes formas de preparação física utilizadas pelos
dançarinos – ioga, capoeira, eutonia, natação, dança de salão, dança clássica etc. – para conhecer
e desenvolver sua própria dança; dança sem música; diferentes espaços para o acontecimento da
dança.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para realizar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e
colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para pontuar cada
conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem, em seus cadernos, as informações
que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e
necessidade.
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise os vídeos, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a apreciação, refor-
ce os conceitos trabalhados na atividade anterior e preste atenção às reações dos estudantes. Após a
apreciação, organize uma roda de conversa e incentive-os a comentarem o que aprenderam e apre-
sente as questões, a seguir. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo pessoal ou no da
escola, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MÚSICA:
ABDALLA, M.F.B. Da formação dos professores de Música. Jornal da ABRAORFF, ano 5, n. 5, p. 7, dez. 2010.
ALMEIDA, Berenice e PUCCI, Magda. Outras Terras, Outros Sons. São Paulo: Callis, 2003.
BARENBOIM, D. A música desperta o tempo. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
BENNETT, Roy. Elementos básicos da música. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.
______. Uma breve história da música. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1986
BEYER, Esther e Patrícia Kebach (org). Pedagogia da música. Porto Alegre: Editora Mediação, 2009.
BRASIL. Lei n. 11.769, de 18 de agosto de 2008. Altera a Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes
e Bases da Educação, para dispor sobre a obrigatoriedade de Música na educação básica. Diário Oficial da
União, Poder Legislativo, Brasília, p. 1, 19 de agosto de 2008, seção I.
______. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais - Ciclo I. Brasília: MEC/SEE, 1997.
______. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais – Arte – Ensino fundamental.
Brasília: SEF/MEC, 1998.
______. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: SEF/MEC, 2019.
BRITO, Teca Alencar de. Música na educação infantil: propostas para a formação integral da criança.
São Paulo: Peirópolis, 2003.
______. Quantas músicas tem a Música? ou Algo estranho no museu. São Paulo: Peirópolis, 2009.
CAZNOK, Yara B. Música – entre o audível e o visível. São Paulo: Ed. UNESP, 2003.
FERRAZ, M.H.C.T.; REZENDE E FUSARI, M.F. Metodologia do Ensino de Arte. São Paulo: Cortez, 1993.
HORTÉLIO, Lydia. Abra a Roda Tin dô lê lê (CD). São Paulo: Brincante, [s.d].
KISHIMOTO, Tizuko M. (org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 14ª ed. São Paulo Cortez,2011.
LACERDA, Osvaldo. Compêndio de teoria elementar da música. 13ª ed. São Paulo: Ricordi
MATEIRO, T. E., ILARI, B. (Org.). Pedagogias em Educação Musical. Curitiba: Ibpex, 2011.
MED, Bohumil. Teoria da música. 4ª ed. DF: Musimed, 1996.
MOLINA, Sidney. Música clássica brasileira hoje. São Paulo: Publifolha, 2010.
SADIE, S. Dicionário Grove de música: edição concisa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1994.
SAINT-SAENZ, C.; PROKOFIEV, S.; BRITTEN, B. Children’s Classics: New York Philharmonic Orchestra &
Leonard Bernstein(CD). Nova York: Sony, 1998.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Coordenadoria de Gestão da Educação Básica. Orientações
Curriculares e Didáticas de Arte para o Ensino Fundamental: Anos Iniciais – 1º ao 5º ano/
Secretaria da Educação, Coordenadoria de Gestão da Educação Básica; coordenação geral, Carlos Eduardo Povinha,
Roseli Ventrella; textos, Maria Terezinha Teles Guerra et al. São Paulo: SE, 2015.
______. Currículo Paulista – Ensino Fundamental. São Paulo, 2019.
______. Terra Paulista –As celebrações populares: festas, dança e música/Centro de Estudos e Pesquisas em
Educação, Cultura e Ação Comunitária; baseado nos textos de Alberto Tsuyushi Ikeda e Américo Pellegrini Filho –
São Paulo: CENPEC, 2005.
SCHAFER, R. Murray. Educação Sonora. São Paulo: Ed. Melhoramentos, 2009.
_____. O ouvido pensante. São Paulo: Edunesp, 1991.
SOLTI, George. O Mundo maravilhoso da música. São Paulo, Companhia Melhoramentos, 1997.
SOUZA, Jusamara. (org.) Aprender e ensinar música no cotidiano. Porto Alegre: Sulina, 2008.
GUIA das Aves do Pantanal. Disponível em: http://www.avespantanal.com.br/paginas/60.htm.
Acesso em: 4 dez. 2019.
270 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
DANÇA:
ALMEIDA, M. Berenice de; PUCCI, Magda Dourado. Outras terras, outros sons: um livro para o professor. 2a ed.
São Paulo: Callis, 2011.
BOGÉA, Inês. Contos de balé. São Paulo: Cosac&Naif, 2007.
BOURCIER, Paul. História da Dança no Ocidente. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte.
Brasília, DF: MEC/SEF, 1997.
BRUM, Leonel; CALDAS, Paulo; BONITO, Eduardo. Ensaios contemporâneos de videodança
Rio de Janeiro: Editora Aeroplano, 2012.
CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. 12a ed. São Paulo: 2012.
COSTA, Susana França da. Videodança na educação: crianças que operam e editam. Dissertação de Mestrado.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Educação, 2011. Disponível em:
http://hdl.handle.net/10183/36314. Acesso em: 16 set. 2019.
COSTAS, Ana Maria Rodriguez. Corpo veste cor: um processo de criação coreográfica. 1997. 206 p. Tese (Mestrado
em Artes) – Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1997.
DOURADO, Henrique Autran. Dicionário de Termos e expressões da música. São Paulo: Editora 34, 2004.
GARCIA, Regina Leite (org.). O corpo que fala dentro e fora da Escola. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. 5. ed. São Paulo: Editora Summus, 1978.
LOBO, L.; NAVAS, C. Teatro do Movimento: Um método para o intérprete criador. Brasília: LGE Editora, 2003.
_____. Arte da Composição: Teatro do Movimento. Brasília: LGE Editora, 2008.
RANGEL, Lenira. Os Temas de movimento de Rudolf Laban (I, II, III, IV, V, VI, VII, VII): modos de aplicação e
referências – São Paulo: Annablume, 2008 (Cadernos de Corpo e Dança).
SABINO, Jorge e LODY, Raul. Danças de matriz africana: antropologia do movimento. Rio de Janeiro: Pallas, 2011.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. O ensino de Arte
nas séries iniciais: ciclo I / Secretaria da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas;
organização de Roseli Ventrella e Maria Alice Lima Garcia. São Paulo: FDE, 2006.
______. Coordenadoria de Gestão da Educação Básica. Orientações Curriculares e Didáticas de Arte
para o Ensino Fundamental: Anos Iniciais – 1o ao 5o ano/ Secretaria da Educação, Coordenadoria de
Gestão da Educação Básica; Coordenação geral, Carlos Eduardo Povinha, Roseli Ventrella; textos, Maria Terezinha
Teles Guerra et al. São Paulo: SE, 2015.
______. O Ensino de Arte nas Séries Iniciais – Ciclo I – São Paulo: SE, 2013.
______. Fundação para o Desenvolvimento da Educação. Teatro e Dança: repertórios para a educação. São Paulo: FDE, 2010.
VIANNA, Klauss. A dança. 3. ed. São Paulo: Summus, 2005.
TADRA, Débora Sicupira Arzua et al. Linguagem da Dança. Curitiba: Ibpex, 2009.
Grupo Pandalelê: https://www.ufmg.br/boletim/bol1332/quinta.shtml. Acesso em: 5 dez. 2019.
Instituto Volpi de Arte Moderna: http://www.institutovolpi.com.br. Acesso em: 5 dez. 2019.
Iphan. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br. Acesso em: 16 set. 2019.
Arte 271
Coordenadora
Viviane Pedroso Domingues Cardoso
Diretora do Departamento de Desenvolvimento Curricular e de Gestão Pedagógica – DECEGEP
Valéria Tarantello de Georgel
Diretora do Centro de Anos Finais do Ensino Fundamental – CEFAF
Patrícia Borges Coutinho da Silva
Diretora do Centro de Projetos e Articulação de Iniciativas com Pais e Alunos - CEART
Deisy Christine Bocarattto
Coordenadora Estadual do Currículo Paulista
Maria Adriana Pagan