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Currículo

em Ação ENSINO FUNDAMENTAL

ARTE CADERNO
ANOS INICIAIS
CADERNO
DO(A)
DO PROFESSOR
PROFESSOR(A)

1° SEMESTRE
Programa de Enfrentamento à Violência contra
Meninas e Mulheres da Rede Estadual de São Paulo
NÃO SE ESQUEÇA!
Buscamos uma escola cada vez mais acolhedora para todas as
pessoas. Caso você vivencie ou tenha conhecimento sobre um caso
de violência, denuncie.

Onde denunciar?
– Você pode denunciar, sem sair de casa, fazendo um Boletim de Ocorrência
na internet, no site: https://www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br.
– Busque uma Delegacia de Polícia comum ou uma Delegacia de Defesa
da Mulher (DDM). Encontre a DDM mais próxima de você no site
http://www.ssp.sp.gov.br/servicos/mapaTelefones.aspx.
– Ligue 180: você pode ligar nesse número - é gratuito e anônimo - para
denunciar um caso de violência contra mulher e pedir orientações sobre
onde buscar ajuda.
– Acesse o site do SOS Mulher pelo endereço https://www.sosmulher.sp.gov.br/
e baixe o aplicativo.
– Ligue 190: esse é o número da Polícia Militar. Caso você ou alguém esteja
em perigo, ligue imediatamente para esse número e informe o endereço
onde a vítima se encontra.
– Disque 100: nesse número você pode denunciar e pedir ajuda em casos
de violência contra crianças e adolescentes, é gratuito, funciona 24 horas
por dia e a denúncia pode ser anônima.
Secretaria da Educação

Currículo
em Ação
CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ARTE
ENSINO FUNDAMENTAL
ANOS INICIAIS
1º AO 5º ANO


SEMESTRE
Governo do Estado de São Paulo

Governador
Rodrigo Garcia

Secretário da Educação
Hubert Alquéres

Secretária Executiva
Ghisleine Trigo Silveira

Chefe de Gabinete
Fabiano Albuquerque de Moraes

Coordenadora da Coordenadoria Pedagógica


Viviane Pedroso Domingues Cardoso

Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação


Nourival Pantano Júnior
PREZADO(A) PROFESSOR(A)
Este material é o resultado do trabalho colaborativo entre os técnicos da Equipe Curricular de
Arte da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e Professores Coordenadores de Arte de
Núcleos Pedagógicos de diferentes regiões do Estado de São Paulo. O documento é constituído de
Situações de Aprendizagem com atividades a serem livremente analisadas e postas em prática em sala
de aula, na perspectiva de uma abordagem investigativa, visando possibilitar diferentes processos
cognitivos relacionados aos objetos de conhecimento (conteúdos, conceitos e processos). O foco
principal das atividades é o desenvolvimento de habilidades, ou seja, aquilo que se espera que o estu-
dante aprenda nesta etapa de ensino, iniciando a implementação do Currículo Paulista.
Este volume conta com as linguagens de Música e Dança. Inicialmente, apresentamos algumas
considerações sobre Música.

Coordenadoria Pedagógica – COPED


Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
SUMÁRIO
1º Ano
1º Bimestre.....................................................................................07
2º Bimestre.....................................................................................30

2º Ano
1º Bimestre.....................................................................................52
2º Bimestre.....................................................................................75

3º Ano
1º Bimestre.....................................................................................99
2º Bimestre...................................................................................127

4º Ano
1º Bimestre...................................................................................153
2º Bimestre...................................................................................181

5º Ano
1º Bimestre...................................................................................211
2º Bimestre...................................................................................240
1° ano

Arte
7

1º BIMESTRE
A LINGUAGEM MUSICAL

Sabemos que a Música é uma das linguagens da arte e, deste modo, pode demandar conhecimen-
to teórico e técnico específico. Muitos anos de prática e estudo são necessários para o desenvolvimento
de conhecimento e habilidades em nível profissional. Neste caso, são pessoas que optam por dedicar
suas vidas, aperfeiçoando-se constantemente, em busca do desenvolvimento técnico e expressivo.
No decorrer da história da música, desenvolveu-se conhecimento estético e teórico acerca desta
produção cultural. Este arcabouço nos ajuda a compreender e aprofundar a nossa aprendizagem na lingua-
gem musical. Para nós e nossos estudantes, a falta deste conhecimento em sua amplitude não diminui a
capacidade de sentir os sons. Contudo, a aprendizagem em música se sustenta com a assimilação e a
articulação de recortes importantes do conhecimento teórico com a prática criativa. Por exemplo, se nos
preocupamos em ensinar a escrita das figuras rítmicas, em outros momentos das aulas deixamos os estu-
dantes “senti-las” no próprio corpo. De que valeria saber todos os nomes das notas, dos acordes e das
tonalidades se não conseguíssemos usá-los em uma música por nós composta ou interpretada?
O que é Música? Música é a Linguagem dos Sons. Mas o que isto significa?
O cotidiano é repleto de sons, inclusive nossa linguagem verbal utiliza sequências de sons e silêncios
(consoantes, vogais e pontuações) para explicar, descrever, pedir, argumentar, suplicar, entusiasmar etc.
Nossa fala organiza-se por meio de palavras que formam frases e textos. E estas sequências de sons (pa-
lavras) podem representar nomes próprios, conceitos, objetos, situações ou ações. Neste caso, os sons
são imediatamente convertidos em linguagem verbal. Agora, imagine duas pessoas que conversam em um
idioma que não dominamos. Não compreendemos sua comunicação verbal! Quase escutamos tal conver-
sa como se fosse música: uma sequência de timbres (ao menos um diferente de cada pessoa), os sons das
consoantes e das vogais, as entoações, inclinações para o agudo e para o grave (alturas), intensidades
distintas no decorrer do tempo e a velocidade com que cada som é emitido (durações).
Poderíamos considerar este diálogo como música? Houve uma intenção musical por parte dos emis-
sores dos sons? Houve uma interdependência musicalmente planejada dos parâmetros sonoros? O objetivo
da conversa foi exclusivamente a comunicação verbal entre aqueles sujeitos? É importante refletir sobre isso.
Quando trabalhamos com a linguagem dos sons, organizamos no tempo todos os parâmetros
intrínsecos de uma música de uma forma equilibrada e transparente. Tanto o ouvinte quanto o execu-
tante devem perceber diversas características simultâneas dentro de uma mesma frase musical.
Ao cantar uma música coletivamente, nossos estudantes devem perceber a voz do professor, a
sua própria e a de seus colegas; caso contrário, ritmo e afinação estarão definitivamente prejudicados.
Ao executar com clareza e transparência, demonstramos a interdependência entre os parâmetros,
conseguimos nos comunicar com esta linguagem dos sons.
Em alguns casos, a música pode exprimir ideias extramusicais. Isto é facilmente exemplificado
por meio dos hinos patrióticos. Ao escutar o Hino Nacional Brasileiro, mais do que uma música, este
conjunto de sons expressa o nosso povo, nossas cores, nossa natureza, nossos cheiros, nossas con-
quistas e nossos fracassos.
Raramente escutamos esse hino como uma sequência de alturas, durações, timbres e intensidades
8 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

interdependentes entre si. O mesmo pode acontecer com vinhetas televisivas e, de uma maneira mais indi-
vidualizada, com músicas que ficaram marcadas em nossas memórias. Dentre os motivos, poderíamos
destacar emoções vividas ou eventos que presenciamos, nos quais determinada música esteve presente.
De fato, o discurso musical não comunica ideias, conceitos e ações como a linguagem verbal. O
âmbito de sua ação está associado às emoções e sentimentos. E no contexto até aqui apresentado, a
prática musical poderia ser o equilíbrio entre esses aspectos emocionais (a paixão, o que move) com
os aspectos racionais (o procedimento, o saber fazer e o compreender), como ocorre na execução de
ritmos, frases, harmonias, melodias etc.
Uma enorme conquista será promover o conhecimento de um vocabulário comum para falar de
sons. O contraste entre elementos musicais já é um ótimo começo! Palavras como grave e agudo,
lento e rápido, comprido e curto, forte e fraco, podem parecer simples mas são fundamentais para o
desenvolvimento musical e precisam ser exercitadas para sua correta assimilação.
Destacamos que é de fundamental importância que você, professor, se aproprie dos conteúdos,
conceitos e procedimentos apresentados neste material, com a finalidade de ensiná-los com seguran-
ça e tranquilidade. Sendo assim, as colocações teóricas, partituras e explicações mais detalhadas
servem para a sua aproximação com a música. Além disso, a aprendizagem da música na escola en-
volve ouvir, entender, apreciar, improvisar, pesquisar, conhecer, experimentar e praticar num processo
contínuo que dependerá da sua persistência e dedicação. Refletir sobre o que é realizado durante as
atividades, o ajudará a conhecer o estudante musicalmente.
A seguir, apresentamos um aporte sobre a Educação Inclusiva, Avaliação e Recuperação.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA – ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA


Todos os estudantes são capazes de aprender. Esse processo é individual, e o professor deve
estar atento para as necessidades individuais e coletivas. Estudantes com deficiência visual e auditiva
desenvolvem a linguagem e o pensamento conceitual.
Os estudantes com deficiência intelectual podem enfrentar mais dificuldade no processo de
aprendizagem musical, mas são capazes de desenvolver oralidade e reconhecer sinais gráficos.
É importante valorizar a diversidade e estimular o desempenho sem fazer uso de um único nivelador.
A avaliação deve ser feita em relação ao avanço do próprio estudante sem usar critérios comparativos. O
princípio de inclusão parte dos direitos de todos à Educação, independentemente das diferenças e
necessidades individuais – inspirada nos princípios da Declaração de Salamanca (Unesco, 1994) e está
presente na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva, de 2008.
Todos devem saber o que diz a Constituição, mas principalmente conhecer a meta 4 do Plano
Nacional de Educação (PNE):

Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência,


transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o aces-
so à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente
na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas
de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou
conveniados. (BRASIL, 2014).

A Lei nº 7.853 estipula a obrigatoriedade de todas as escolas em aceitar matrículas de estudan-


tes com deficiência – e transforma em crime a recusa a esse direito. Aprovada em 1989 e
Arte 9

regulamentada em 1999, a lei é clara: todas as crianças têm o mesmo direito à educação. Neste con-
texto, o professor precisa realizar uma adaptação curricular para atender à diversidade em sala de aula.

Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclu-


siva. Portal MEC. Disponível em: http://gg.gg/lc5gs. Acesso em: 23 out. 2019.

Lei nº  9.394, de 20 de dezembro de 1996. Planalto Federal. Disponível em:


http://gg.gg/ojdab. Acesso em: 23 out. 2019. 

Deficiência Auditiva

Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela ausência de infor-
mações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm condições de prosseguir
aprendendo se forem informados e estimulados de forma sistemática, levando em conta sua diversida-
de linguística e possibilidades de comunicação.
Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifique se estão olhando para você. A
maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem uso de leitura labial e aparelhos
de ampliação sonora.
Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode explicar para a
classe toda utilizando desenhos na lousa para a apropriação dos objetos de conhecimento. Convide
um estudante para demonstrar o que deve ser feito, fale olhando de frente sempre que possível, nas
festividades utilize o Hino Nacional em LIBRAS indicado no link a seguir:

Hino Nacional em LIBRAS. Disponível em: http://gg.gg/mrj4j. Acesso em:


03 dez. 2019.

Nas atividades de apreciação musical, incentive os estudantes a colocarem as mãos sobre a


caixa de som para sentir as vibrações. Um intérprete pode traduzir sua fala.

Aula de Arte para com surdos: criando uma prática de ensino. Andreza Nunes
Real da Cruz. (Tese de Mestrado). IA/UNESP. Disponível em: http://gg.gg/myums.
Acesso em: 30 out. 2020.

Um intérprete pode traduzir a música.


Faz parte da escolarização a ampliação de tempos, disponibilização de comunicação adequada, adequa-
ção curricular, Acesso às novas tecnologias de informação e comunicação e diferentes formas de avaliação.
10 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Como tornar atividades musicais acessíveis para crianças e jovens surdos.


NEPEDE-EES/UFSCAR. Disponível em: http://gg.gg/lc5hw. Acesso em: 3 dez.
2019.

Deficiência Visual

Existe o mito de que toda pessoa com deficiência visual tem talento para música. Isso não é ne-
cessariamente verdade, pois há quem não possua habilidades vocais ou para tocar instrumentos mu-
sicais. Enxergando ou não, o estudante precisa desenvolver habilidades musicais. É preciso apresentar
oralmente um instrumento musical indicando de que material é feito, se é de metal, madeira, bambu
etc., se é um instrumento acústico ou eletrônico e também oferecer a apreciação tátil, para que ele
possa manusear e explorar os sons que se pode obter de cada instrumento.

O Deficiente visual e a educação musical: metodologias de ensino. REDIVI/


UNIVALE. Disponível em: http://gg.gg/lc5ii. Acesso em: 3 dez. 2019. 

Deficiência Intelectual

O Componente Curricular Arte, por meio das suas diferentes linguagens, torna possível a mani-
festação de sentimentos e pensamentos colaborando com o desenvolvimento da comunicação, trans-
formando e enriquecendo as vivências musicais, através de experimentações significativas.
Estimular as relações cognitivas, emocionais e lógicas é importante e necessário para o desen-
volvimento global.
Nem todos os estudantes poderão formular os registros de maneira autônoma. Nesses casos, o
professor pode ser o escriba ou propor outras formas, como desenhos ou imagens recortadas. Essa
adaptação curricular garante a participação efetiva do estudante nas atividades.

Como trabalhar com alunos com deficiência intelectual – dicas incríveis


para adaptar atividades. Instituto Itard. Disponível em: http://gg.gg/lc5jf.
Acesso em: 23 out. 2019. 

Avaliação e recuperação

A avaliação e recuperação proposta neste material é diagnóstica, iniciando com a ação do pro-
fessor ao investigar o que os estudantes conhecem ou não conhecem acerca dos objetos de conhe-
cimento que serão abordados, e processual em todos os momentos de prática pedagógica, nos quais
podemos incluir diferentes maneiras de acompanhar, avaliar e recuperar as aprendizagens. Nesta con-
cepção de avaliação e recuperação em Arte, é importante adotar a postura de não estabelecer critérios
de comparação, oferecer possibilidades para que os estudantes alcancem os objetivos esperados,
estar atento às dificuldades expostas na realização das atividades e propor soluções. O fator
Arte 11

socioemocional, presente em todos os momentos de aprendizagem em agrupamentos produtivos1,


tem em vista a formação integral do estudante. É importante frisar que o tempo necessário para o de-
senvolvimento das habilidades, por meio de situações de aprendizagem, pode variar entre uma turma
e outra, mesmo que na mesma etapa.
O uso diário de registro em um portfólio é uma importante ferramenta para acompanhar os avan-
ços e dificuldades no desenvolvimento de habilidades e apropriação dos conhecimentos, observação
dos processos criativos, relação com os colegas, considerações e suposições inteligentes2, participa-
ção, empenho, respeito pela produção individual, coletiva e colaborativa, autoconfiança, valorização
das diferentes expressões artísticas, reconhecimento de que todos os obstáculos e desacertos que
podem ser superados.
Dessa forma, o resultado das avaliações assegurará ao professor elementos essenciais para ana-
lisar seu planejamento, replanejar se necessário e, também, para o acompanhamento e propostas de
recuperação das aprendizagens durante o ano letivo.

Antes de iniciar as situações de aprendizagem, apresentamos o Organizador Curricular.

No quadro, estão dispostas todas as habilidades, que expressam as aprendizagens essenciais


que devem ser asseguradas aos estudantes nesta etapa. Para tanto, são descritas de acordo com
uma determinada estrutura, conforme o exemplo a seguir:
Código Alfanumérico: EF03AR13 – semelhante à numeração apresentada na BNCC.
EF = Ensino Fundamental – 03 = 3º ano – AR = Arte – 13 = número da habilidade.
Habilidade:
(EF03AR13) Experimentar, identificar e apreciar músicas próprias da cultura popular brasileira de
diferentes épocas, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias.
Verbos que explicitam os processos cognitivos envolvidos na habilidade: experimentar, iden-
tificar e apreciar.
Objetos de conhecimento mobilizados na habilidade: músicas próprias da cultura popular brasileira.
Modificadores dos objetos de conhecimento, que explicitam o contexto e/ou uma maior espe-
cificação da aprendizagem esperada: de diferentes épocas incluindo-se suas matrizes indígenas, afri-
canas e europeia. Em outras habilidades, também existem modificadores de verbos. Por exemplo,
“experimentar”, “utilizando”.

Condições didáticas e indicações para o desenvolvimento das atividades: demonstram


as ações necessárias para alcançar o desenvolvimento das habilidades, articuladas aos tipos de con-
teúdo (Conceitual, Atitudinal, Procedimental e Factual).
Observar se o estudante: indicações que auxiliarão nos processos de avaliação e recuperação.
Habilidades Articuladoras: propõem conexões entre duas ou mais linguagens artísticas, para
ampliação das possibilidades criativas, de compreensão de processos de criação e fomento da
interdisciplinaridade.

1 Agrupamentos produtivos: seguem os princípios dos saberes já construídos pelas crianças em seu percurso escolar, bem como levam em consideração a
heterogeneidade de saberes existentes no espaço escolar e a sua importância na construção dos saberes dos estudantes, pois essa forma de trabalho é
ancorada, em sua concepção, pela interação entre as crianças com a mediação do professor. Fonte: Fonte: http://gg.gg/p1nzv . Acesso em: 4 set. 2019.
2
Suposições inteligentes: hipóteses de cada indivíduo, baseadas em seus conhecimentos prévios e bagagem cultural.
12 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Organizador Curricular – Música

Condições didáticas
Habilidades e indicações para o Observar se o estudante
desenvolvimento das atividades

(EF01AR13) Experimentar, Organizar e realizar momentos


Participa da sondagem e da
identificar e apreciar músicas de sondagem, apreciação,
apreciação; experimente e identifica
brasileiras próprias do universo experimentação e identificação
os objetos de conhecimento,
infantil, inclusive aquelas presentes dos objetos de conhecimento,
considerando seus modificadores.
em seu cotidiano. considerando seus modificadores.
(EF01AR17) Apreciar e Organizar e realizar momentos
experimentar sonorização de de sondagem, apreciação e Participa da sondagem e da
histórias, utilizando vozes e sons experimentação dos objetos de apreciação; experimenta os objetos
corporais e/ou instrumentos conhecimento, considerando seus de conhecimento, considerando
musicais convencionais ou não modificadores. seus modificadores.
convencionais.

Habilidade Articuladora

Organizar e realizar momentos Participa da sondagem e


(EF15AR23) Reconhecer e
de sondagem, apreciação, da apreciação; reconhece e
experimentar, em projetos
reconhecimento e experimentação experimenta os objetos de
temáticos, as relações processuais
dos objetos de conhecimento, conhecimento, considerando seus
entre diversas linguagens artísticas.
considerando seus modificadores. modificadores.
Arte 13

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
Habilidade:
(EF01AR13) Experimentar, identificar e apreciar músicas brasileiras próprias do universo infantil,
inclusive aquelas presentes em seu cotidiano.

Objetos de Conhecimento: Contextos e Práticas


• Músicas brasileiras próprias do universo infantil.

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas cinco atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato
com os objetos de conhecimento e seus modificadores. É importante que você, realize registros
durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/recuperação – recupere seus registros,
realize rodas de conversa ao final das atividades, sobre os objetos de conhecimento e modificadores
trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o estudante”, do organizador curricular,
como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento
do seu corpo e de suas possibilidades.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e
colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa
para pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus
cadernos as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo
com sua realidade e necessidade.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.

1. O que é música? De onde as músicas vêm? Para que as músicas servem?


2. Onde vocês ouvem músicas? Gostam de cantar? Quais canções vocês conhecem?
3. Quais músicas infantis conhecem? Onde aprenderam?
4. Quais programas de televisão para crianças, que têm músicas, vocês conhecem?
5. Conhecem algum animal que faça música? Para que ele faz música?
6. Conhecem alguma música que fala de animais e seus sons? Qual(is)?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise os vídeos/áudios, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a apreciação,
reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior. É importante que eles possam falar sobre o que
reconhecem e imaginam ao apreciar canções que tem diferentes funções. Após a apreciação, solicite
que registrem o que aprenderam por meio de desenhos. É importante que os estudantes escutem as
canções, e não, necessariamente, assistam aos vídeos indicados. Você pode acrescentar ou utilizar
outras referências, de acordo com sua necessidade e/ou realidade.
14 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Vídeo de Música para dormir:


Nana Nenê – até 1 minuto e 50 segundos. Mundo das Crianças TV. Disponível em
http://gg.gg/n726j. Acesso em: 16 dez. 2019.

Vídeo de Músicas para hora de comer:


Sopa – Palavra Cantada Oficial. Disponível em: http://gg.gg/n72an. Acesso em:
16 dez. 2019.

Meu Lanchinho – Galinha Pintadinha. Disponível em: http://gg.gg/n72dz. Acesso


em: 16 dez. 2019.

Vídeo de Música para brincar:


Escravos de Jô – Cocoricó. Disponível em: http://gg.gg/n72gt. Acesso em:
16 dez. 2019.

Vídeo de Música para contar uma história:


O cravo brigou com a rosa – Cocoricó. Disponível em: http://gg.gg/n72jc.
Acesso em: 16 dez. 2019.

Vídeo de Música de vídeo clip:


Animais de estimação – Patati Patatá. Disponível em:
http://gg.gg/n72l2. Acesso em: 16 dez. 2019.

Vídeo de Música que dá medo:


Boi da cara preta – Cocoricó. Disponível em: http://gg.gg/n72lk.
Acesso em: 16 dez. 2019.

Música da Mônica – ViCkVeRdiiNhAPePebao. Disponível em:


http://gg.gg/n72nm. Acesso em: 16 dez. 2019.

Vídeo de Música de festa:


Hoje é dia de Carnaval. Palavra Cantada. Disponível em: http://gg.gg/n72rf.
Acesso em: 16 dez. 2019.
Arte 15

Vídeo de Música de bicho:


Tem Gato na Tuba – Balão Mágico. Disponível em: http://gg.gg/n72te. Acesso
em: 16 dez. 2019.

Os Saltimbancos – Bicharia – Chico Vinicius. Disponível em: http://gg.gg/n72tx.


Acesso em: 16 dez. 2019.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Professor, esta atividade está baseada na canção “O Sítio do Seu Lobato”. É
importante que você assista aos vídeos antes de apresentá-los.
Conte para eles que esta canção é uma versão traduzida/baseada na canção folclórica
norte-americana “Old MacDonald Had a Farm”. Disponível em: http://gg.gg/n72x9.
Acesso em 04 dez. 2019.
Apresente a música toda por meio do vídeo indicado no link a seguir, quantas vezes julgar neces-
sário, para que a turma assimile a melodia e a letra. Explique que é importante ouvir com atenção, pois
eles irão cantar e imitar os sons dos animais. Inicialmente, a cada repetição da música, chame a aten-
ção deles para o som do animal a ser imitado. Os estudantes poderão participar cantando somente os
sons dos animais enquanto não tiverem assimilado a canção por completo. Será necessário que você
cante para eles a primeira parte da canção e diga que ela se repetirá sete vezes, mudando somente o
animal e o som dele.

O sítio do Seu Lobato. Bob Zoom. Disponível em: https://bit.ly/3Acjasy. Acesso em:
13 set. 2021.

A seguir apresentamos uma versão da letra desta musica para esse material.
Primeira parte da música:

Seu Lobato tinha um sítio, i – a, i – a, ô!


E nesse sítio tinha um cachorrinho, i – a, i – a, ô!
Era au au au pra cá, era au au au, pra lá,
Era au au au, pra todo lado, i – a, i – a, ô!
16 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Letra da música:

Seu Lobato tinha um sítio, ia, ia, ô! Era oinc oinc oinc pra cá,
E nesse sítio tinha um cachorrinho, ia, ia, ô! era oinc oinc oinc, pra lá,
Era au au au pra cá, era au au au, pra lá, Era oinc oinc oinc, pra todo lado, ia, ia, ô!
Era au au au, pra todo lado, ia, ia, ô!
Seu Lobato tinha um sítio, ia, ia, ô!
Seu Lobato tinha um sítio, ia, ia, ô! E nesse sítio tinha um cavalinho, ia, ia, ô!
E nesse sítio tinha um gatinho, ia, ia, ô! Era ri ri ri pra cá, era ri ri ri, pra lá,
Era miau miau miau pra cá, era miau miau Era ri ri ri, pra todo lado, ia, ia, ô!
miau, pra lá,
Era miau miau miau, pra todo lado, ia, ia, ô! Seu Lobato tinha um sítio, ia, ia, ô!
E nesse sítio tinha um carneirinho, ia, ia, ô!
Seu Lobato tinha um sítio, ia, ia, ô! Era mé mé mé pra cá, era mé mé mé, pra lá,
E nesse sítio tinha uma vaquinha, ia, ia, ô! Era mé mé mé, pra todo lado, ia, ia, ô!
Era mu mu mu pra cá, era mu mu mu, pra lá,
Era mu mu mu, pra todo lado, ia, ia, ô! Seu Lobato tinha um sítio, ia, ia, ô!
E nesse sítio tinha um pintinho, ia, ia, ô!
Seu Lobato tinha um sítio, ia, ia, ô! Era piu piu piu pra cá, era piu piu piu, pra lá,
E nesse sítio tinha um porquinho, ia, ia, ô! Era piu piu piu, pra todo lado, ia, ia, ô!
Ia, ia, ô! Ia, ia, ô!

Encerre a atividade com uma roda de conversa e verifique se compreenderam a ideia da canção.
Anote o que for dito por eles, para organizar seu portfólio.

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Para realizar esta atividade, recolha junto aos estudantes quais são as canções de que mais gos-
tam. Fique atento para que todas elas estejam dentro do universo infantil. Peça a alguns, ou conforme
sua organização, que apresentem suas canções para que todos possam cantá-las. Programe um
momento para recolher, organizar e cantar estas canções com eles.

ATIVIDADE 5 – AÇÃO EXPRESSIVA III


Nesta atividade, a proposta é que eles ouçam canções e tentem identificá-las. Diga a eles que
quem souber não deve dizer, mas erguer o braço e aguardar que você indique quem vai responder.
Para tanto, sugerimos alguns vídeos de canções nacionais e internacionais, relacionadas ao universo
infantil, em versões instrumental e cantada. Já que o objetivo é identificar a canção, sugerimos que
você apresente somente o áudio das músicas, e inicialmente a versão instrumental. Em seguida, apre-
sente os vídeos. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo pessoal ou no da escola, para
ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade. É importante que você assista
aos vídeos antes de apresentar aos estudantes.
Arte 17

Vídeos:

Galinha Pintadinha (Instrumental) – Vídeos Diversos da TV. Disponível em:


http://gg.gg/n7ks4. Acesso em: 16 dez. 2019.

Galinha Pintadinha – Galinha Pintadinha. Disponível em: http://gg.gg/n7kuu.


Acesso em: 16 dez. 2019.

Frozen – Let it go – (Instrumental) – Rose Red. Disponível em: http://gg.gg/n7kwc.


Acesso em: 16 dez. 2019.

Frozen – Let it go (Livre estou – versão dublada) – festaboxVIDEOS.


Disponível em: http://gg.gg/n7kyr. Acesso em: 16 dez. 2019.

Castelo Rá Tim Bum (Instrumental) – MarioPindaBR. Disponível em:


http://gg.gg/n7l2w. Acesso em: 16 dez. 2019.

Castelo Rá Tim Bum – TV Cultura. Disponível em: http://gg.gg/n7l3o. Acesso


em: 16 dez. 2019.

Cocoricó (Instrumental) – AndreFox1996 YT. Disponível em: http://gg.gg/n7l4e.


Acesso em: 16 dez. 2019.

Cocoricó (clipe) – TV Rá Tim Bum – Disponível em: http://gg.gg/n7l59. Acesso


em: 16 dez. 2019.

Peppa Pig – (Instrumental) – Jody Johnson. Disponível em: http://gg.gg/n7l7x.


Acesso em: 16 dez. 2019.
18 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Peppa Pig – Ricardo gamer. Disponível em: http://gg.gg/n7l9h. Acesso em:


16 dez. 2019.

Balão Mágico – Super Fantásticos (Instrumental) – Playback Nacional.


Disponível em: http://gg.gg/n7lc8. Acesso em: 16 dez. 2019.

Hakuna Matata (Instrumental) – liam Cassin. Disponível em: http://gg.gg/n7lek.


Acesso em :16 dez. 2019.

Hakuna Matata – 4ever Nostalgia – Disponível em: http://gg.gg/n7lfc. Acesso


em: 16 dez. 2019.

Ursinho Pimpão (Instrumental) – Música Para Bebês Exigentes. Disponível em:


http://gg.gg/n7lgi. Acesso em: 16 dez. 2019.

A Turma Do Balão Mágico – Ursinho Pimpão – balaomagico. Disponível em:


http://gg.gg/n7lgx. Acesso em: 16 dez. 2019.

Sítio Do Pica-pau Amarelo – (Instrumental) – Showlivre. Disponível em:


http://gg.gg/n7li7. Acesso em: 16 dez. 2019.

Sítio Do Pica-pau Amarelo – Gilberto Gil. Disponível em: http://gg.gg/n7ljv.


Acesso em: 16 dez. 2019.

Balão Mágico - Super Fantástico - Clipe Oficial. Balão Mágico Oficial.


Disponível em: https://bit.ly/2ZHTmY1 . Acesso em 28 Out. 2021.
Arte 19

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Habilidade:
(EF01AR17) Apreciar e experimentar sonorização de histórias, utilizando vozes e sons corporais e/ou
instrumentos musicais convencionais ou não convencionais.

Objetos de Conhecimento: Processo de Criação


• Sonorização de histórias
• Instrumentos musicais convencionais ou não convencionais
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores. É importante que você realize registros durante o
desenvolvimento das atividades. Para avaliação/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de
conversa ao final das atividades, sobre os objetos de conhecimento, e modificadores trabalhados e utilize
as informações da coluna “Observar se o estudante”, do organizador curricular, como referência.

Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos abaixo alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.
• Sonorização de histórias: a utilização de sons naturais ou artificiais, ao longo de uma história, podem
ter, entre outras possibilidades, a função de estimular a imaginação, mobilizar memórias, caracterizar
ambientes, personagens, indicar ações, reforçar dramaticidades, “criar climas”, interferir. Tudo isso jun-
to, cria um conjunto de acontecimentos sonoros que traz realismo à história que está sendo contada.
Entre outras possibilidades, os sons são capazes de estimular a imaginação e mobilizar memórias.
• Instrumentos convencionais: aqueles que são conhecidos e reconhecidos com facilidade
e, normalmente, utilizados em agrupamentos musicais como bandas, orquestras etc. Por
exemplo: violino, flauta e piano.
• Instrumentos não convencionais: essa classificação de instrumentos apresenta infinitas
possibilidades de configuração, desde adaptação e/ou fusão de instrumentos convencionais,
até a utilização de qualquer fonte sonora capaz de produzir sonoridades. Por exemplo: objetos,
água, paredes e móveis.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem possam apresentar suas ideias e
colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa
para pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus ca-
dernos as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo
com sua realidade e necessidade.

1. Quais histórias mais gostam de ouvir?


2. Quais histórias em que aparecem animais vocês conhecem? Como são os sons que os ani-
mais da história produzem?
20 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

3. Quais animais vivem em sítios ou fazendas? Quais sons produzem?


4. Quais são os sons produzidos pela natureza (vento, chuva, água etc.)? Como são os sons
produzidos pela natureza?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Para o desenvolvimento desta atividade, você vai realizar a leitura do texto “No sítio da Vovó Jo-
ana”. Esta primeira leitura deve ser pausada e com os sons dos animais e da natureza, para que os
estudantes acompanhem e apreciem a estória. Chame a atenção deles para que percebam os mo-
mentos em que os sons dos animais e da natureza (que você vai fazer, à sua maneira) aparecem, du-
rante o desenrolar da contação.
Explique que haverá outras leituras onde todos participarão, durante a narração da estória, repro-
duzindo os sons dos animais e da natureza no momento em que você indicar.
As informações levantadas, por você, na atividade anterior, podem oferecer outras opções de
histórias para este e outros momentos, a fim de complementar e ampliar o conhecimento da turma.
Professor, faça pausas e perguntas, reforçando os conceitos trabalhados na atividade anterior.
Você pode acrescentar ou utilizar outras referências, de acordo com sua necessidade e/ou realidade.

No sítio da Vovó Joana3

Vovó Joana sempre viveu na cidade, mas precisou mudar-se para o sítio que herdou de seu pai.
É um sítio maravilhoso, com uma casa amarela de janelas grandes e uma varanda bem arejada, com
muitas árvores frutíferas: macieiras, laranjeiras, mamoeiros, abacateiros, mangueiras, entre outras.
Lá existe um gramado e um pasto imenso, mas sem nenhum animal para lhe fazer companhia.
Tem um riacho e até um estábulo, mas é um lugar muito quieto! Que triste, quanto silêncio
(silêncio total)!
Ouve-se apenas o piado dos pássaros em meio às árvores e plantinhas coloridas – Piu! Piu! Piu!
De longe se ouve o barulho da água do riacho (bem baixinho) – Chuá! Chuá! Chuá! Mas, quanto
mais próximo dele, o som fica mais alto – Chuááá! Chuááá! Chuááá! E, às vezes, se ouve o vento
– S S S S S.
Vovó Joana estranha toda aquela calma! Tudo tão quieto! Sente saudades da cidade.
Sentindo-se muito só e também a falta do barulho, resolveu comprar alguns bois. E os bois logo
começaram a fazer barulho – Muu! Muu! Muu! Os pássaros – Piu! Piu! Piu! O riacho – Chuá! Chuá!
Chuá! E o vento – S S S S S S.
Mesmo assim, ainda não era barulho suficiente. Vó Joana comprou uns cachorrinhos. Esses sim
eram barulhentos – Au! Au! Au! Os pássaros – Piu! Piu! Piu! O riacho – Chuá! Chuá! Chuá! O vento
– S S S S S. E os bois – Muu! Muu! Muu!
Mas ainda não era barulho suficiente, então recebeu de presente uns gatos. Os gatos faziam
muito barulho – Miau! Miau! Miau! Os pássaros – Piu! Piu! Piu! O riacho – Chuá! Chuá! Chuá! O
vento – S S S S S. Os bois – Muu! Muu! Muu! Os cachorros – Au! Au! Au!
Mas ainda não era barulho suficiente. Vovó Joana comprou uns cavalos. Os cavalos corriam pra
lá e pra cá – Rim! Rim! Rim! Os pássaros – Piu! Piu! Piu! O riacho – Chuá! Chuá! Chuá! O vento – S
S S S S. Os bois – Muu! Muu! Muu! Os cachorros – Au! Au! Au! Os gatos – Miau! Miau! Miau!
Mas ainda não era barulho suficiente. Vó Joana comprou uns galos e uns carneiros. Os galos

3 Livre adaptação do texto “A Fazenda da Dona Berenice”, feita pelos PCNPs Cláudia Neves Rocha e Pedro Kazuo Nagasse especialmente para esse material.
Arte 21

cantavam – Cocoricó! Os carneiros pastavam – Bééé! Bééé! Os pássaros – Piu! Piu! Piu! O riacho
– Chuá! Chuá! Chuá! O vento – S S S S S. Os bois – Muu! Muu! Muu! Os cachorros – Au! Au! Au!
Os gatos – Miau! Miau! Miau! Os cavalos – Rim! Rim! Rim!
Mas ainda não era barulho suficiente. Na verdade, o barulho do sítio só fica satisfatório aos finais
de semana, quando recebe a visita de seus netos. O mais velho tem cabelos enroladinhos e bem
pretinhos, e o outro, seu irmãozinho, de cabelos também enroladinhos, mas ruivos. São crianças
muito alegres e barulhentas, batem palmas, batem os pés, assobiam e adoram brincar. Os dois
irmãos se encantam com os sons do novo sítio.
O som do sítio ficou assim. Os pássaros – Piu! Piu! Piu! O riacho – Chuá! Chuá! Chuá! O vento – S
S S S S. Os bois – Muu! Muu! Muu! Os cachorros – Au! Au! Au! Os gatos – Miau! Miau! Miau! Os
cavalos faziam – Rim! Rim! Rim! Os galos cantavam – Cocoricó! E os carneiros repetiam – Bééé! Bééé!
Agora sim, tudo está perfeito, e nunca mais faltou barulho no sítio da Vovó Joana.

Encerre a atividade com uma roda de conversa e verifique, com os estudantes, se compreende-
ram a ideia de sonorização de uma história.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Para realizar esta atividade é preciso confeccionar algumas fichas contendo imagens/desenhos dos
personagens (crianças e animais) e elementos da natureza, que aparecem na estória. Forme pequenos
grupos e distribua uma ficha para cada. Oriente que, durante a narração da estória, os integrantes de cada
grupo irão reproduzir os sons de acordo com o personagem/elemento que consta na ficha que recebeu.
Nesse momento, aproveite para explicar a importância do silêncio para que todos possam ouvir
os sons que os colegas irão emitir. Em seguida, realize um ensaio onde cada grupo emitirá os sons do
personagem/elemento da natureza (cada um à sua maneira), durante a leitura da estória.
Depois de ensaiar, organize os grupos pelo espaço e inicie a narração indicando o momento em
que cada um deles deve interagir com a estória.

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Com antecedência, selecione alguns livros paradidáticos, adequados à faixa etária dos estudan-
tes, que contenham imagens de animais em suas histórias. Em uma caixa, coloque imagens dos vários
animais apresentados nesses livros. Organize os estudantes em roda, sentados no chão, e diga que
além dos livros você trouxe uma caixa repleta de imagens de animais. Explique que cada estudante irá
retirar uma imagem dessa caixa, porém sem apresentá-la aos demais. Nesse momento, aproveite para
explicar a importância do silêncio para que todos possam ouvir o som que o colega vai produzir.
Com a imagem na mão, o estudante deverá imitar o som que caracteriza o animal que está na
imagem. Ao identificar qual é o animal, os estudantes devem levantar a mão e aguardar você indicar
quem poderá dizer qual foi o animal imitado pelo colega. Em seguida, todos juntos poderão produzir o
som do animal (cada um à sua maneira).
22 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM III


Habilidade:
(EF01AR13) Experimentar, identificar e apreciar músicas brasileiras próprias do universo infantil,
inclusive aquelas presentes em seu cotidiano.

Objetos de Conhecimento: Contextos e práticas


• Músicas brasileiras próprias do universo infantil.

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato
com os objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa ao final das atividades, sobre
os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados, e utilize as informações da coluna
“Observar se o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento
do seu corpo e de suas possibilidades.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, esta situação de aprendizagem tem como foco a canção “Mutum”. Para iniciar esta ati-
vidade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples, permitindo
que todos que quiserem possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a conversa se de-
senvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito. Realize um fecha-
mento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos as informações que estão na lousa. Você
pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.

1. Quais pássaros vocês conhecem? Como é o canto desses pássaros?


2. Quais músicas conhecem que falam de pássaros?
3. Vocês já ouviram falar de um pássaro chamado Mutum? Como é o canto desse pássaro?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise a história, antes de apresentá-la aos estudantes. Durante a leitura, faça pausas
e perguntas, reforçando os conceitos trabalhados na atividade anterior. Você pode acrescentar ou uti-
lizar outras referências, de acordo com sua necessidade e/ou realidade.
Para despertar o interesse e estimular a imaginação da turma, conte a história do pássaro, de
forma poética, e depois apresente a imagem a seguir.
Na sequência organize uma roda e apresente a letra e a canção Piá do Mutum, para que os
estudantes possam aprendê-la.
Arte 23

História do Mutum4
Sou um pássaro e vivo próximo aos rios da Mata Atlântica. Eu canto o ano inteiro, mas de julho
a dezembro, eu canto muito mais. Quando a lua ainda se prepara para dar lugar aos primeiros raios
de sol, eu canto alto como meu primo galo. E só vou parar lá pelas dez da manhã!
Quando pressinto um perigo, assobio alto e curto para avisar meus companheiros. Se você
imitar o meu piado, eu respondo também. Vamos tentar? Adoro ciscar, comer frutos, folhas e
brotinhos de plantas. Às vezes caço um gafanhoto, uma perereca.
Ah! Eu não vivo sozinho. Eu tenho uma companheira e com ela viverei para sempre. No entanto,
quando brigamos, “sai de baixo”!
Nos meses de novembro e dezembro, vivemos um momento especial. Como minha companheira
se mantém ocupada em cuidar dos nossos bebês que ainda estão nos ovos (a fêmea põe de 2 a
5 ovos), eu a alimento.
No final de julho, nascem nossos filhotes, que cuidaremos até que eles completem quatro meses
e ganhem o mundo. Ah! Esqueci-me de lhes dizer. Meu nome é Mutum.

Mutum – Imagem de Vanderlei Meneguini –


Disponível em: http://gg.gg/n7lr7. Acesso
em: 16 dez. 2019.

Letra da canção Piá do Mutum (domínio público)


No meio da mata eu vi
O piá de dois Mutum
Piava que arretumbava, ô maninha
Tum, tum, tum

Piá do Mutum (canção de domínio público) – EMCANTAR Cia Cultural. Disponível


em: http://gg.gg/n7lqz. Acesso em: 3 dez. 2019.

Para ampliar o conhecimento dos estudantes, apresente o áudio a seguir:

Som do Mutum – Wikiaves. Disponível em: http://gg.gg/n7lrp. Acesso em: 3


dez. 2019.

4 Texto escrito pelo PCNP = Djalma Abel Novaes, cedido especialmente para esse material.
24 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA


Nesta atividade, a proposta é que os estudantes cantem a canção variando alguns elementos da
música. Porém, tudo acontece no mesmo ritmo da canção original. Para isso indicamos abaixo algumas
possibilidades:
• É possível cantar uma canção começando bem devagar, passando pela velocidade normal e
ficando bem rápida. O que está sendo trabalhado aqui é o conceito “andamento”, que está
ligado à velocidade em que a canção é cantada;
• É possível cantar bem baixinho, sussurrando, passando pelo normal e ficando bem alto pra
toda a escola ouvir. O que está sendo trabalhado aqui é o conceito “intensidade”, que está
relacionado com a possibilidade de os sons serem fortes ou fracos;
• É possível cantar fazendo uma voz bem fininha, passando pela voz natural e ficando com a voz
bem grossa. O que está sendo trabalhado aqui é o conceito “altura”, que está relacionada
com a possibilidade de os sons serem agudos ou graves.
• Também é possível cantar trocando todas as vogais da letra da música por uma mesma vogal,
por exemplo: a vogal que usaremos é o “a”.

Na maaa da mata aa va
A paá da daas Matam
Paava qua arratambava, a mananha
Tam, tam, tam

Explique para eles como serão as variações, sem se preocupar com o conceito, mas com o efeito
dele na canção. Será bem divertido, e tudo pode ser feito com muitas outras canções.
Arte 25

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM IV
Habilidade:
(EF01AR13) Experimentar, identificar e apreciar músicas brasileiras próprias do universo infantil,
inclusive aquelas presentes em seu cotidiano.

Objetos de Conhecimento: Contextos e Práticas


• Músicas brasileiras próprias do universo infantil

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato
com os objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para
avaliação/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa ao final das atividades,
sobre os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados, e utilize as informações da coluna
“Observar se o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento
do seu corpo e de suas possibilidades.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem possam apresentar suas ideias e
colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa
para pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus ca-
dernos as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo
com sua realidade e necessidade.

1. Quais instrumentos musicais vocês conhecem?


2. Quais são os sons dos instrumentos musicais?
3. Alguém tem algum instrumento musical em casa? Alguém da família toca algum instrumento?
4. Alguém sabe tocar algum instrumento musical? Toca há quanto tempo? Onde aprendeu?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise os áudios/vídeos, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a aprecia-
ção, faça pausas e perguntas, reforçando os conceitos trabalhados na atividade anterior. Você pode
acrescentar ou utilizar outras referências, de acordo com sua necessidade e/ou realidade.
Inicie a apreciação apresentando os vídeos disponíveis nos links indicados a seguir. A apreciação da
música a “Loja do Mestre André” (ou outra de livre escolha) é importante para o desenvolvimento da próxima
atividade de experimentação vocal. Peça-lhes que prestem muita atenção, pois em breve irão cantá-la.
26 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

A loja do Mestre André – LaMonalisah. Disponível em: http://gg.gg/n7lty . Acesso


em: 3 dez. 2019.

A loja do Mestre André – André Rieu. Disponível em: http://gg.gg/n7lud . Acesso


em: 3 dez. 2019.

Mestre André – Galinha Pintadinha. Disponível em: http://gg.gg/n7lvl. Acesso


em: 5 dez. 2019.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Agora que todos já assistiram aos vídeos, ensine-os a cantar a canção da forma como ela é apre-
sentada no terceiro link (Mestre André – Galinha Pintadinha), porém uma parte por vez.
Depois de aprender a canção, todos irão cantá-la juntos, porém você vai dividi-los em 12 grupos
e atribuir a cada um deles um instrumento (pifarito, tamborzinho, pianinho, rabecão, tamborim, violão,
sanfona, surdão, chocalho, reco-reco, pandeiro e guitarra). Durante a canção, cada grupo é responsá-
vel por fazer o som do seu instrumento. Organize e ensaie com eles. A seguir, apresentamos a letra da
música, conforme consta no vídeo:
Arte 27

Foi na loja do mestre André Tiro, liro, li, um pifarito


Que eu comprei um pifarito Ai olé, ai olé,
Tiro, liro, li, um pifarito Foi na loja do mestre André
Ai olé, ai olé, Ai olé, ai olé,
Foi na loja do mestre André Foi na loja do mestre André
Ai olé, ai olé,
Foi na loja do mestre André. Foi na loja do mestre André
Que eu comprei um tamborim
Foi na loja do mestre André Teleco, teco, teco, um tamborim
Que eu comprei um pianinho Ai olé, ai olé,
Plim, plim, plim, um pianinho Foi na loja do mestre André
Tiro, liro, li, um pifarito Ai olé, ai olé,
Ai olé, ai olé, Foi na loja do mestre André
Foi na loja do mestre André
Ai olé, ai olé, Foi na loja do mestre André
Foi na loja do mestre André. Que eu comprei uma sanfona
Fom, fom, fom, uma sanfona
Foi na loja do mestre André Teleco, teco, teco, um tamborim
Que eu comprei um tamborzinho Ai olé, ai olé,
Tum, tum, tum, um tamborzinho Tiro, liro, li, um pifarito
Plim, plim, plim, um pianinho Tum, tum, tum, um tamborzinho
Tiro, liro, li, um pifarito Plim, plim, plim, um pianinho
Ai olé, ai olé, Zum, zum, zum, um rabecão
Foi na loja do mestre André Teleco, teco, teco, um tamborim
Ai olé, ai olé, Blam, blam, blam, um violão
Foi na loja do mestre André. Fom, fom, fom, uma sanfona
Foi na loja do mestre André Bum, bum, bum, um surdão
Que eu comprei um rabecão Chic, chic, chic, um chocalho
Zum, zum, zum, um rabecão Reque, reque, reque, um reco reco
Tum, tum, tum, um tamborzinho Tic, tic, tum, um pandeiro
Plim, plim, plim, um pianinho Tcham, tcham, tcham, uma guitarra

Faça o registro do percurso da aprendizagem de seus estudantes em seu portfólio.


28 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM V
Habilidade:
(EF01AR17) Apreciar e experimentar sonorização de histórias, utilizando vozes e sons corporais e/ou
instrumentos musicais convencionais ou não convencionais.
Objeto de Conhecimento: Processos de criação
• Sonorização de histórias
• Instrumentos musicais convencionais ou não convencionais
Habilidade Articuladora:
(EF15AR23) Reconhecer e experimentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas
linguagens artísticas.
Objetos de Conhecimento: Processo de Criação
• Relações processuais entre diversas linguagens artísticas

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas cinco atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores. É importante que você realize registros durante o desen-
volvimento das atividades. Para avaliação/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de con-
versa ao final das atividades, sobre os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados, e utilize as
informações da coluna “Observar se o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades, in-
dependentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do seu
corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos abaixo um conceito importante para o desenvolvi-
mento das atividades.

• Relações processuais: nesta habilidade, trata-se da investigação, pesquisa e análise das


possibilidades de criação e utilização de produções artísticas, das diferentes modalidades e
linguagens artísticas (danças, músicas, encenações, desenhos, pinturas etc.), durante a realização
de projetos temáticos.
• Sonorização de Histórias: retome os conceitos apresentados na Situação de Aprendizagem II
• Instrumentos Musicais Convencionais ou não convencionais: retome os conceitos apre-
sentados na Situação de Aprendizagem II

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples,
permitindo que todos que quiserem possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a con-
versa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito. Realize
um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos as informações que estão na
lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
Inicie a conversa resgatando as histórias e músicas trabalhadas nas atividades anteriores. Per-
gunte de quais personagens se lembram, quais foram os sons da natureza, os sons dos animais e lu-
gares que apareceram nas canções. Durante a conversa, explique que eles irão participar de atividades
de música, teatro, desenho e pintura.
Pergunte aos estudantes:
Arte 29

1. O que é uma apresentação de teatro? Alguém já participou ou assistiu a uma apresentação de


teatro, música ou dança?
2. O que é uma dança de roda? Alguém já participou?
3. O que é um personagem? O que é uma máscara?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise as imagens e os vídeos, antes de apresentá-las aos estudantes.
Durante a apreciação, faça pausas e perguntas, reforçando os conceitos trabalhados na atividade
anterior. É importante que eles façam anotações sobre a conversa. Você pode acrescentar ou utilizar
outras referências, de acordo com sua necessidade e/ou realidade.

Imitando os bichos. Palavra Cantada. Disponível em: http://gg.gg/n7lys. Acesso


em: 4 dez. 2019.

Ciranda dos bichos. Palavra Cantada. Disponível em: http://gg.gg/n7lzc. Acesso


em: 4 dez. 2019.

É importante que eles aprendam a canção.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Diga a eles que cada um deve escolher um ou mais personagens – animais ou pessoas que
apareceram nos vídeos da aula anterior, para desenhar. Antecipadamente, prepare e apresente algumas
imagens e desenhos para auxiliá-los: Jacaré, Cascavel, Caranguejo, Peixe boi, Tuiuiú, Crianças.
Distribua os materiais necessários para os desenhos e acompanhe-os durante a criação dos
personagens. Finalizados os desenhos, reúna tudo e monte um único painel, para que todos possam
ver o que foi produzido. Estes desenhos serão utilizados na próxima atividade.

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Professor, solicite com antecedência que os estudantes tragam: garrafas PET e caixas de leite
vazias e limpas, papeis diversos, tinta guache, pincel, cola, tesoura sem ponta, revistas, jornais, papelão
barbante, lã, papelão e outros que considere pertinentes para a construção de máscaras.
Nesta atividade, os estudantes deverão escolher um animal para a construção de uma máscara (que
deixe a boca livre). Para isso, cada um, a partir dos desenhos que foram feitos na aula anterior, escolherá
um personagem para fazer a máscara. Deixe-os se expressar livremente, mas coloque-se à disposição para
o que for necessário.

ATIVIDADE 5 – AÇÃO EXPRESSIVA III


Encerradas as criações, converse com os estudantes sobre a importância do momento da
apresentação da dança de roda e divida-os em grupos, onde exista pelo menos um personagem de
cada. Reforce que é importante respeitar e ter cuidado com todos os participantes. Retome os vídeos
da Ciranda dos bichos e faça ensaios com todos os grupos.
30 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Depois de ensaiar, organize as apresentações. Talvez seja necessário que você participe de to-
das. Verifique a possibilidade de apresentar para toda a escola.

2º BIMESTRE
A LINGUAGEM DA DANÇA
A dança é uma linguagem artística do corpo em movimento. A prática da dança possibilita o de-
senvolvimento da sensibilidade e da motricidade como pares entrelaçados. O domínio do movimento
na dança propicia a ampliação de repertórios gestuais, novas possibilidades de expressão e comuni-
cação de sensações, sentimentos, pensamentos. O refinamento do corpo em movimento encontra-se
articulado à expressividade e à criatividade, envolvendo processos de consciência corporal (individual)
e social (relacional), assim como processos de memória, imaginação, concepção e criação em dança
nos âmbitos artístico e estético.
A dança está presente no salão de baile, nos desfiles de Carnaval, em um encontro de danças
urbanas ou na roda de samba na rua, no pátio de uma escola, no palco de um teatro, no cinema, na
televisão. As danças têm funções e sentidos ligados ao contexto de acontecimento, aos sujeitos que
a vivenciam e que a desfrutam como público. Pensando em uma dimensão abrangente, acreditamos
que todas as pessoas podem dançar.
Se, por um lado, cada contexto de ensino e aprendizagem da dança tem contornos diferencia-
dos, poderíamos dizer que existe algo comum, importante a ser destacado para o professor que irá
percorrer as situações de aprendizagem aqui propostas. Dançar implica em aprender sobre o movi-
mento que aborda: o espaço nas suas relações de direções, níveis e planos; o tempo nas relações de
pulsos, ritmos, pausa e velocidades com e no próprio corpo, tendo a ação e a reflexão sempre
presentes.
O ensino da arte na escola não tem a função de oferecer uma formação profissional, mas propor-
cionar aos estudantes a oportunidade de conhecer, apreciar, criar e viver a dança na escola, tendo
experiências com sentido e ligadas ao mundo dessa linguagem, expandindo as possibilidades de for-
mação e de participação social.
Estamos então convidando os professores de Arte para enfrentar um desafio: aproximar-se da Dança
como uma linguagem artística, procurando pontes com as demais linguagens de seu conhecimento, com
suas histórias pessoais de corpo e movimento, com suas memórias e desejos dançantes, por vezes não
manifestos.
As bases ou pilares para que o processo de ensino e de aprendizagem possa ter início é que você
professor se permita vivenciar uma aproximação do próprio corpo. Além disso, sugerimos uma atitude
de observação constante do corpo e do movimento do estudante no cotidiano escolar, o que irá, sem
dúvida, lhe oferecer um rico repertório de ações corporais, formas de movimento, interações, jogos e
danças que os estudantes dominam e vivenciam entre eles na escola.
As situações de aprendizagem propostas estão fundamentadas por referenciais teórico-práticos,
didático-metodológicos oriundos da pesquisa de especialistas, artistas e educadores. De fato, subja-
zem a esse material conceitos, experiências, reflexões e danças. Sua disponibilidade de não apenas
ler, mas estudar previamente e orientar as aprendizagens dos estudantes nas atividades de dança
permitirá a ocorrência de um rico processo de conhecimento na linguagem.
Sintetizamos, a seguir, alguns conceitos importantes para o estudo e o desenvolvimento das Si-
tuações de Aprendizagem na linguagem da linguagem dança.
Arte 31

Em uma definição sucinta podemos dizer que o que caracteriza a linguagem da dança é o movi-
mento do(s) corpo(s) do(s) dançarino(s) no espaço e no tempo.
Enfim, dançar significa experimentar o corpo em movimento para além de sua funcionalidade
(caráter instrumental) cotidiana. Do mais simples ao mais complexo dos processos de aprender uma
dança, o corpo poderá ter experiências de criação e construção de movimentos expressivos nos quais
cada estudante que dança está implicado com seu mundo interno, sua memória, sua história, dialo-
gando com o as culturas da dança presentes no mundo.
Em especial na primeira infância, as crianças estão em pleno momento de descobertas e refina-
mento de seus gestos e movimentos, tanto de caráter instrumental, quanto expressivo. Há, em geral,
uma enorme disponibilidade para mover-se. As brincadeiras da criança de seis, sete ou oito anos (estu-
dantes do 1o e 2o ano) são jogos e narrativas em movimento, muitas vezes, permeados pelo dançar.
Apesar dessa disponibilidade e da presença da própria dança, por vezes, no cotidiano de algumas
das crianças, o estudo da dança como uma das linguagens artísticas na escola irá envolver o diálogo por
meio do corpo em movimento com os pares e o professor, de maneira que o estudante possa experimen-
tar, criar, executar, transformar, observar, organizar diferentes maneiras de dançar. Nesse sentido, cabe
reiterar que o estudo da dança na escola não pode estar restrito ao aprendizado de coreografias.
Como componentes da dança figuram: 1) o movimento (o elemento central); 2) o dançarino
(quem dança); 3) os elementos sonoros, que incluem a música, o uso da voz, o silêncio, o som am-
biente; 4)  os elementos visuais que são compostos pelo espaço cênico ou pelo espaço onde a
dança acontece, envolvendo também objetos de cena, figurinos, cenários, vídeos.
O processo criativo em dança se materializa em uma composição coreográfica, a qual pode en-
volver diferentes arranjos entre o movimento e a música, entre o movimento e o espaço, entre o movi-
mento e os elementos de cena. Nesse sentido, para fruir e analisar a forma/conteúdo de uma obra de
dança é necessário observar as conexões estabelecidas entre tais componentes.

A CRIAÇÃO DO AMBIENTE
É fundamental criar um ambiente propício para o desenvolvimento das atividades. Mas, além do
espaço físico, estamos sugerindo que você, professor, crie para e com os estudantes, um lugar de
acolhimento às experiências corporais e de movimento, ampliando e enriquecendo esse universo.
Um simples espreguiçamento do corpo, quando realizado com atenção à pele e aos movimentos
articulares, pode significar uma estimulação do tato e da propriocepção (percepção do próprio corpo).
É um “chegar ao corpo”, abordando-o em suas dimensões intrínsecas – sensorial e motora. Isso sig-
nifica que estamos nos preparando para a atividade, mas, paradoxalmente, já estamos dentro dela,
porque não conseguimos nos separar de nosso corpo. No caso da dança, isso pode significar sentir
os pés, mover as articulações, sentir o espaço, ouvir a respiração. Esse momento poderá acordar,
disponibilizar, organizar, concentrar, construir, individual e coletivamente, um estado de dança.
No desenvolvimento das atividades, procure observar o estado de presença do estudante em
relação ao seu corpo, ao espaço e ao grupo em que está inserido. Além disso, esteja atento às possí-
veis mudanças que acontecerão no que diz respeito à evolução da qualidade de movimento. Nesse
caso, estamos chamando sua atenção aos indicadores de observação descritos no Organizador Cur-
ricular. A observação é um processo de avaliação contínua, pois no caso da dança trata-se de uma
linguagem efêmera. Você deverá registrar os processos, como iremos apontar a seguir, mas a riqueza
da observação no percurso da ação é única e própria à essa linguagem. Esse é seu principal material
de avaliação: o corpo em movimento no percurso das atividades.
32 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Para o ensino da linguagem da dança nos anos iniciais do Ensino Fundamental, os objetos de
conhecimento estão articulados com as atividades fundamentais ao aprendizado dos estudantes, res-
peitando seu desenvolvimento motor, cognitivo e socioemocional, por meio de jogos, brincadeiras,
danças de roda, criação de suas danças individuais, coletivas e colaborativas.
Essa é uma proposta de iniciação à linguagem da dança. Nesse momento da vida das crianças
a introdução de uma técnica, onde os movimentos repetitivos são parte da construção do aprendiza-
do, não se faz necessária, pois anteriormente ao exercício, é de fundamental importância o desenvol-
vimento de um vocabulário e consequentemente de um repertório expressivo e simbólico no corpo,
como também o conhecimento de sua estrutura músculo/esquelética, em movimento. Sem esses
conhecimentos, todo o processo de exploração e criação de movimentos estará reduzido a um reper-
tório limitado ou a um repertório colado a referências midiáticas sem qualidade artística e estética, ou
seja, estereotipado, onde a imitação ou a cópia elimina a possibilidade de criação ou até mesmo de um
olhar crítico a esses modelos.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA – ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA


Professor, a seguir oferecemos informações a respeito de como você pode atuar nas aulas para
os estudantes com deficiência. É importante inclui-los nas atividades, deixando-os seguros de que sua
participação será benéfica e de que seus espaços e tempos serão respeitados.

Deficiência Intelectual

Os estudantes com deficiência intelectual podem enfrentar alguma dificuldade no processo de


aprendizagem corporal, mas são capazes de desenvolver a corporeidade e gestualidade.

Deficiência Auditiva

Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela ausência de infor-
mações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm condições de prosseguir
aprendendo se forem informados e estimulados de forma sistemática, levando em conta sua diversida-
de linguística e possibilidades de comunicação. Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifi-
que se estão olhando para você. A maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem
uso de leitura labial e aparelhos de ampliação sonora.
Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode explicar para a
classe toda utilizando desenhos na lousa. Para a apropriação dos objetos de conhecimento, convide
um estudante para demonstrar o que deve ser feito. Fale olhando para a turma e, sempre que possível,
demonstrando os movimentos.
Indicamos, a seguir, alguns links para você ampliar seu conhecimento:

Aula de dança para deficientes auditivos. Goiás. Disponível em:


http://gg.gg/n8b46. Acesso em: 03 fev. 2020.
Arte 33

A Dança como Linguagem na educação de surdos. ALB. Disponível em:


http://gg.gg/oiv5q. Acesso em: 03 fev. 2020.

Deficiência Visual
O estudante com deficiência visual pode dançar. A dança para esse estudante trabalha espacia-
lidade, lateralidade, equilíbrio e autoestima, tornando-o mais seguro de seu corpo. Ao apresentar a
dança para um estudante com deficiência visual, é importante que você seja descritivo e claro. É atra-
vés da descrição que ele entenderá o que está sendo solicitado. Fale de forma pausada e calma. Tome
cuidado com sua entonação vocal – tons muito altos, estridentes, bruscos ou ríspidos podem assus-
tar/inibir o deficiente visual. É importante que este estudante se sinta seguro para participar da propos-
ta; portanto, se necessário, explique diversas vezes. Se preciso, solicite a outro estudante que faça a
posição do que está sendo pedido para que o estudante deficiente visual sinta o colega e entenda o
que deve ser feito. Estimule o deficiente visual a participar da aula e proponha que outros estudantes
se coloquem no lugar dele, fazendo algumas atividades adaptadas com o uso de vendas, por exemplo.
Esse momento de troca aproxima os colegas e será de grande valia no momento. Acompanhe o estu-
dante durante a atividade, conduzindo o a fazer o movimento, mas antes converse com ele quanto ao
toque e à receptividade do mesmo.
Para ampliar essa conversa sugerimos o seguinte material de apoio:

Ballet de Cegos de São Paulo se apresenta na Alemanha. DW Brasil.


Disponível em: http://gg.gg/n8bga. Acesso em: 3 fev. 2020. Acesso em: 03 fev.
2020.

Dança Além Da Visão: Possibilidades Do Corpo Cego. UFG. Disponível em:


http://gg.gg/n8bt6. Acesso em: 03 fev. 2020.

Inserção Do Deficiente Visual Na Dança. UEL. Disponível em: http://gg.gg/n8bw7.


Acesso em: 03 fev. 2020.

Deficiência Motora

Incluir os estudantes com deficiência motora se faz necessário num universo de dança. As limita-
ções físicas destes estudantes não os impedem de dançar. Cabe ao professor estimulá-los e torná-los
conscientes de que seu corpo também dança.
A dança eleva a autoestima, e os movimentos podem ser adaptados caso a caso. Inclua o estu-
dante no processo de dança, sempre respeitando seus tempos e espaços e adaptando as atividades
propostas para a inclusão deste estudante.
34 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Para saber mais:

Programa especial – aula de dança com a Andef – Associação Niteroiense dos


Deficientes Físicos. Disponível em: http://gg.gg/n8bys. Acesso em: 03 fev. 2020.

A Dança e a Inclusão de Alunos com Necessidades Especiais. Valéria Almeida.


Disponível em: http://gg.gg/n8c0v. Acesso em: 03 fev. 2020.

Organizador Curricular – Dança

Condições didáticas
e indicações para o
Habilidades Observar se o estudante
desenvolvimento das
atividades

(EF01AR08) Experimentar, identificar


e apreciar formas distintas de
Organizar e realizar momentos Participa da sondagem e da
manifestações da dança presentes
de sondagem, apreciação, apreciação;
em seu cotidiano (rodas cantadas,
experimentação e identificação experimenta e identifica os objetos
brincadeiras rítmicas e expressivas),
dos objetos de conhecimento, de conhecimento, considerando
cultivando a percepção, o imaginário,
considerando seus modificadores. seus modificadores.
a capacidade de simbolizar e o
repertório corporal.
(EF01AR10) Experimentar
diferentes formas de orientação no Organizar e realizar momentos Participa da sondagem e da
espaço (deslocamentos, planos, de sondagem, apreciação e apreciação;
direções, caminhos etc.) e ritmos experimentação dos objetos de experimenta os objetos de
de movimento (lento, moderado e conhecimento, considerando seus conhecimento, considerando seus
rápido) na construção do movimento modificadores. modificadores.
dançado.
(EF01AR12) Dialogar, com respeito
Organizar e realizar momentos de
e sem preconceito, sobre as Participa da sondagem e da
sondagem, apreciação, análise,
experiências pessoais e coletivas apreciação;
identificação, diálogo e reflexão
em dança vivenciadas na escola, dialoga sobre as experiências
sobre os objetos de conhecimento,
como fonte para a construção de pessoais e coletivas em dança.
considerando seus modificadores.
vocabulários e repertórios próprios.

Habilidade Articuladora

Organizar e realizar momentos Participa da sondagem e da


(EF15AR23) Reconhecer e
de sondagem, apreciação, apreciação;
experimentar, em projetos temáticos,
reconhecimento e experimentação reconhece e experimenta os
as relações processuais entre
dos objetos de conhecimento, objetos de conhecimento,
diversas linguagens artísticas.
considerando seus modificadores. considerando seus modificadores.
Arte 35

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
Habilidade:
(EF01AR08) Experimentar, identificar e apreciar formas distintas de manifestações da dança presentes
em seu cotidiano (rodas cantadas, brincadeiras rítmicas e expressivas), cultivando a percepção, o ima-
ginário, a capacidade de simbolizar e o repertório corporal.

Objetos de Conhecimento: Contextos e Práticas


• formas distintas de manifestações da dança presentes em seu cotidiano (rodas cantadas, brinca-
deiras rítmicas e expressivas)

Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar os conhecimentos prévios, colocá-los em contato com
manifestações da dança presentes em seu cotidiano, apresentar rodas cantadas, brincadeiras rítmicas
e expressivas, ensiná-los a dançar, desenvolver ações de percepção, criação e imaginação com ênfase
no conhecimento do próprio corpo. É importante que você realize registros durante o desenvolvimento
das atividades. Se possível, fotografe e/ou filme as atividades. Para avaliação/recuperação – recupere
seus registros, realize rodas de conversa ao final das atividades, sobre os objetos de conhecimento e
modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o estudante”, do organizador
curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem possam apresentar suas ideias e
colocações a respeito das brincadeiras rítmicas e danças de roda. À medida que a conversa se desen-
volve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito. Realize um fecha-
mento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos as informações que estão na lousa. Você
pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.

1. Quais brincadeiras que utilizam canto, música e ritmos vocês conhecem?


2. O que é ciranda?
3. Quais cirandas vocês conhecem?
4. Onde e com quem costumam brincar de ciranda?
5. Quais outras brincadeiras rítmicas vocês conhecem?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise os vídeos/áudios, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a aprecia-
ção, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior. É importante que eles possam falar sobre
o que reconhecem e imaginam ao apreciar cirandas, danças de roda e brincadeiras rítmicas e expres-
sivas. Após a apreciação solicite que registrem o que aprenderam por meio de desenhos. No acervo
36 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

de vários artistas (Milton Dacosta, Cândido Portinari, Orlando Teruz, Edward Potthast etc.) existem
obras que retratam cenas de ciranda de roda. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo
pessoal ou no da escola, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.
Como sugestão indicamos a seguir alguns links contendo imagens e vídeos de danças com te-
mas de brincadeiras infantis.

Arte em brincadeiras. Disponível em http://gg.gg/n8eej. Acesso em:


5 dez. 2019.

Vamos fazer uma roda. Disponível em: http://gg.gg/n8ehc. Acesso em:


5 dez. 2019.

Ciranda de Coco – Palavra Cantada. Disponível em: http://gg.gg/n8eig.


Acesso em: 5 dez. 2019.

O Tal do Quintal – Cia. Balangandança. Disponível em:http://gg.gg/n8enm.


Acesso em: 5 dez. 2019.

Brincadeiras rítmicas – Baila Mundo – Companhia Antonio Nóbrega. Disponí-


vel em: http://gg.gg/n8eop. Acesso em: 5 dez. 2019.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


As brincadeiras de roda desenvolvem a expressão corporal e o ritmo dos estudantes. Enquanto
brincam na escola, em casa, nas praças etc., exercitam a voz, a audição, o equilíbrio e a coordenação
motora. Além de conhecer e experimentar as coreografias, os estudantes resgatam danças e
brincadeiras tradicionais, sendo esta uma importante forma de preservar nossa cultura.
Para realizar esta atividade, escolha um local que possibilite sua execução (quadra de esporte,
pátio da escola, sala de aula etc.). Em seguida, organize os estudantes em roda, cante com eles e/
ou traga gravações de canções presentes no cotidiano deles. Dê preferência a músicas simples, que
possam ser cantadas pelo grupo durante a brincadeira de roda. Indicamos o link a seguir com su-
gestões de canções e brincadeiras rítmicas.
Ao final da atividade, solicite aos estudantes que registrem em seus cadernos, através de de-
senhos, os movimentos descobertos e dançados.

A garotada entra no ritmo com as danças de roda. Disponível em:


http://gg.gg/n8eq3. Acesso em: 5 dez. 2019.
Arte 37

Músicas infantis – Cantigas de Roda. Disponível em: http://gg.gg/n8eri. Aces-


so em: 5 dez. 2019.

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Existe uma enorme diversidade de brincadeiras de pular corda em nosso país. Elas se diferen-
ciam de região para região em relação aos gestos que compõem as sequências e às músicas cantadas
durante a realização destas brincadeiras. Neste contexto, para vivenciar as duas brincadeiras – 1 – pu-
lar corda e 2 – cada macaco no seu galho – providencie cordas individuais e giz branco. Inicie a ativi-
dade fazendo uma explicação das regras e divida os estudantes pela sala de aula, quadra ou pátio.
Primeira brincadeira (rítmica) – Pular corda
• Entregue uma corda para cada estudante orientando a realização de sequências de movimentos
de saltos e giros acompanhados de uma música (livre escolha) cantada por todos (“Um homem
bateu à sua porta...”, “Com quem você pretende se casar...”, “Rei, capitão, soldado, ladrão...”,
“Salada, saladinha...!” etc.).
• Cada estudante deve pular corda individualmente, num ritmo lento, e contar qual número de
repetições consegue realizar em sequência, sem errar.
• Cada estudante deve fazer a mesma contagem, agora com a corda sendo batida num ritmo rápido.

Segunda brincadeira (expressiva) – Cada macaco no seu galho


• Utilize o giz para fazer vários círculos no chão, dividindo os estudantes em grupos de seis componentes,
cinco ficam em volta do círculo representando os macacos e um fica no centro, para ser o caçador;
• O estudante escolhido para ser o caçador cochila no centro da roda, enquanto os macacos
giram de mãos dadas em sua volta, tomando cuidado para não fazer barulho;
• De repente, o caçador acorda e grita: cada macaco no seu galho! Todos devem correr pelo
espaço e formar um novo círculo para não serem pegos;
• Quando o caçador achar que já está há bastante tempo num galho, vai dar novamente a
ordem, para que todos procurem outro galho, tendo mais chance de pegar algum macaco;
• No término da brincadeira os caçadores devem contar quantos macacos foram pegos na brincadeira.
38 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Habilidade:
(EF01AR10) Experimentar diferentes formas de orientação no espaço (deslocamentos, planos, direções,
caminhos etc.) e ritmos de movimento (lento, moderado e rápido) na construção do movimento dançado.

Objetos de Conhecimento: Elementos da Linguagem


• Formas de orientação no espaço – deslocamentos, planos, direções, caminhos etc.
• Ritmos de movimento – lento, moderado e rápido.

Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas oito atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar os conhecimentos prévios, orientar a experimentação de dife-
rentes formas de orientação no espaço, ritmos, movimentos corporais e construção do movimento
dançado. Vai ensiná-los a brincar e dançar, desenvolver ações corporais e espaciais em dança com
ênfase no conhecimento do próprio corpo.
É importante que você, realize registros escritos durante o desenvolvimento das atividades. Faça re-
gistros fotográficos e filmagens para utilizá-los na Situação de Aprendizagem III. Se possível, foto-
grafe e/ou filme as atividades. Para avaliação/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de con-
versa ao final das atividades, sobre os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados, e utilize as
informações da coluna “Observar se o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades, inde-
pendentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do seu cor-
po e de suas possibilidades.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para realizar esta atividade, organize uma roda e converse com os estudantes, pergun-
tando de forma simples, permitindo que todos que quiserem possam apresentar suas ideias e coloca-
ções, sobre o que eles conhecem e como percebem seus corpos, quando se fala de: orientação no
espaço (deslocamentos, planos, direções, caminhos), ritmos de movimento (lento, moderado e rápido)
na construção do movimento dançado. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave
e faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite
que copiem em seus cadernos as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros ques-
tionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise as imagens e os vídeos, antes de apresentá-las aos estudantes. Durante a
apreciação, faça pausas e perguntas, reforçando os conceitos trabalhados na atividade anterior. Você
pode acrescentar ou utilizar outras referências, de acordo com sua necessidade e/ou realidade. Indica-
mos a música “Da abóbora faz melão” (se julgar necessário, escolha outra música).
Arte 39

Apresente para a turma a letra, uma gravação e os vídeos indicados a seguir. Após a apreciação,
converse sobre:
• Orientação espacial – deslocamentos, planos, direções, caminhos;
• Ritmos de movimento – lento, moderado e rápido;
• Construção do movimento dançado.

Letra da Música (Cantiga popular)


Da abóbora faz melão
Do melão faz melancia
Da abóbora faz melão
Do melão faz melancia
Faz doce, sinhá,
Faz doce, sinhá,
Faz doce, sinhá, Maria
Quem quiser aprender a dançar,
Vai na casa do seu Juquinha,
Quem quiser aprender a dançar,
Vai na casa do seu Juquinha.
Ele pula, ele roda
Ele faz requebradinha

Da abóbora faz melão – Pandalelê: Laboratórios de Brincadeiras – Disponível


em: http://gg.gg/n8fm8. Acesso em: 05 dez. 2019.

De abóbora faz melão – Bia Bedran. Disponível em: http://gg.gg/n8fmj.


Acesso em: 5 dez. 2019.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Solicite aos estudantes que peguem o caderno com os registros (desenhos) realizados nas ativi-
dades desenvolvidas na situação de aprendizagem anterior e se sentem em roda. Oriente para que, um
a um, coloquem os desenhos no centro da roda formando uma sequência (formar 3 sequências de
desenhos para facilitar a observação e leitura dos desenhos). Solicite que observem atentamente e
falem como os registros auxiliam a lembrar das brincadeiras e danças que experimentaram. Deixe que
cada estudante fale de sua experiência.
Explique que os desenhos postos em uma sequência, como em uma história em quadrinhos,
podem virar um roteiro de movimentos para compor uma dança, um registro coreográfico que vira uma
Coreografia em dança.
40 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Organize os estudantes em roda, ao som da música “Da Abóbora faz Melão”, inicie as orienta-
ções de movimentação explorando as várias ações corporais para propiciar a experimentação de
(deslocamentos, planos, direções e caminhos).

• Deslocar a roda para a direita;


• Deslocar a roda para a esquerda;
• Parar a roda e bater palmas – enquanto todos batem palmas escolha 4 estudantes para
caminhar dentro da roda no ritmo da música e quando chegar na parte da música “Faz doce,
sinhá. Faz doce, sinhá. Faz doce, sinhá, Maria” devem parar e fazer a ação corporal (gestual)
de mexer uma panela de doce;
• Deslocar a roda para a direita;
• Deslocar a roda para a esquerda;
• Parar a roda e bater palmas – enquanto todos batem palmas escolha 4 estudantes para
caminhar dentro da roda no ritmo da música e, quando chegar na parte da música “ele pula,
ele roda, ele faz requebradinha”, devem parar e fazer a ação pular, rodar, requebrar);
• Deslocar a roda para a direita;
• Deslocar a roda para a esquerda.
• Parar a roda e deixar livre para os estudantes criarem movimentos corporais;
• Deslocar a roda para a direita;
• Deslocar a roda para a esquerda;
• Parar a roda e fazer caminhada para dentro da roda até quase fechar;
• Deslocar a roda para a direita;
• Deslocar a roda para a esquerda;
• Parar a roda e…? (Agora, é o momento de liberar a imaginação. Experimente diferentes
movimentos, passos, sentidos. Faça isso com a colaboração dos estudantes.)

ATIVIDADE 5 – AÇÃO EXPRESSIVA III


Inicie uma conversa e apresente aos estudantes o Frevo. Em seguida, converse com a turma e apre-
sente as imagens a seguir e outras fotos e/ou reproduções obras de arte que trazem representações do
Frevo (Heitor dos Prazeres, Di Farias etc.). Observe se eles lembram ou sinalizam quais dos movimentos
corporais foram realizados por eles na atividade 4 se aproximam da representação registrada pelo artista em
forma de desenho, pintura etc. Aproveite para questionar: Existe na obra do artista algum movimento reali-
zado durante as aulas? Como podem perceber o movimento na imagem que é estática?
Frevo: é um ritmo musical que surgiu no Recife no final do século  XIX, tendo como origem a
marcha, o maxixe e a capoeira. Seu ritmo acelerado é sua característica. Durante o carnaval aconte-
ciam disputas entre os blocos de Frevo: os capoeiristas assumiram a frente de seus blocos para con-
frontar os rivais e proteger seus estandartes, criando assim uma “batalha” dançada entre os blocos. O
Frevo tem 120 passos catalogados por pesquisadores dessa dança. Ele é dançado/brincado tanto em
blocos de carnaval como também como uma dança específica com seus passos e coreografias.
Arte 41

Fotografias de Evania Escudeiro cedidas especialmente para esse material.


42 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Para saber mais:

O JC te ensina 12 passos de frevo. Disponível em: http://gg.gg/n8evd.


Acesso em: 5 dez. 2019.

Frevo. Verbete – Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras.


Disponível em: http://gg.gg/n8exg. Acesso em: 30 de jan. 2020.

Frevo – Painel da Revista O Cruzeiro – ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de


Arte e Cultura Brasileiras. Disponível em http://gg.gg/n8eyz. Acesso em:
30 de jan. 2020.

Frevo de Olinda. ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras.


Disponível em: http://gg.gg/n8f34. Acesso em: 30 de jan. 2020.

ATIVIDADE 6 – AÇÃO EXPRESSIVA IV


Para esta atividade é necessário solicitar anteriormente que os estudantes tragam uma sombri-
nha pequena. (Professor, verifique antecipadamente se esta ação pode ser aplicada à sua turma).
Selecione músicas instrumentais com estruturas rítmicas cujos andamentos variem do lento ao
rápido, até chegar ao desenvolvimento do Frevo, de fato. Oriente os estudantes a mergulharem na in-
vestigação dos movimentos e ações corporais indicados a seguir. Uma sugestão para explorar a dança
do Frevo é confeccionar com os estudantes uma sombrinha em miniatura de papel e incorporá-la na
dança para que experimentem outras possibilidades de movimentos conforme modelo:

• Deslocar no espaço somente pelos calcanhares;


• Deslocar somente pelas pontas dos pés;
• Se deslocar rapidamente em pequenos passos e pequenos pulos;
• Alternar os tempos entre rápido e lento;
• Deslocar cruzando as pernas ou como se estivesse pulando amarelinha;
• Deslocar pulando com uma perna só;
• Experimentar os deslocamentos com a sombrinha na mão;
• Dançar ocupando todo o espaço,
• Troca de uma mão para a outra sem deixar cair;
• Desenhar com o objeto no espaço criando desenhos espaciais.
Arte 43

Para saber mais:

Como fazer um guarda chuva de frevo. Lembrança de Carnaval –


Criando & recriando. Disponível em: http://gg.gg/ok18k. Acesso em:
02 mar. 2021.

ATIVIDADE 7 – AÇÃO EXPRESSIVA VI


• Para esta atividade de construção do movimento dançado, são necessários os seguintes
materiais: palitos de sorvete (aqui sugerimos que sejam de madeira), cola, papel sulfite colorido
e um círculo (de 3 cm de diâmetro) de cartolina para cada estudante.
• Oriente a construção da representação da figura humana. O objetivo é vivenciar os movimentos
do corpo e suas articulações, para que os estudantes sejam capazes de entender e construir
frases coreográficas. Propomos uma vivência corporal, Boneco Palito, que propiciará aos
estudantes a ampliação do seu repertório no que diz respeito aos conhecimentos sobre as
articulações e ações corporais. Distribua para cada estudante 5 palitos de sorvete, um círculo
de cartolina e uma folha de papel sulfite colorido. Peça-lhes que montem sobre a folha de papel
uma figura humana, utilizando o círculo para representar a cabeça e os palitos de sorvete, as
demais partes do corpo. Os palitos poderão ser quebrados indicando as articulações. Utilizar
a cola para fixar a montagem sobre o sulfite. Observe o exemplo na imagem a seguir para
auxiliar na e orientação dos estudantes.

Fotografia de Evania Escudeiro cedida especialmente para esse material.


44 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Após as montagens, organize os estudantes em uma roda onde cada um ficará de pé em frente
ao seu trabalho (que poderá estar sobre uma carteira ou no chão). Solicite que reproduzam com o
corpo a posição da sua própria figura humana criada.
Organize e proponha que, em forma de rodízio, observem e reproduzam as figuras criadas pelos colegas.

ATIVIDADE 8 – AÇÃO EXPRESSIVA VII


Nesta atividade, a proposta é a criação de frases coreográficas, utilizando as figuras construídas
na atividade anterior. Divida a turma em grupos de cinco componentes. Os grupos deverão organizar
as figuras, criando uma sequência de movimentos. Em seguida, os componentes do grupo deverão
reproduzir, com o corpo, a sequência criada.
Exemplo de frase coreográfica:

Desenhos de Evania Escudeiro feitos especialmente para esse material.


Arte 45

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM III


Habilidade:
(EF01AR12) Dialogar, com respeito e sem preconceito, sobre as experiências pessoais e coletivas em
dança vivenciadas na escola, como fonte para a construção de vocabulários e repertórios próprios.
Objetos de Conhecimento: Processos de criação
• Experiências pessoais e coletivas em dança

Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas duas atividades. Nelas, você vai conversar
com os estudantes sobre as experiências pessoais e coletivas vividas nas situações de aprendizagens an-
teriores associando a utilização correta das palavras ao repertório pessoal dos estudantes. É importante que
você realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Se possível, fotografe e/ou filme as ativida-
des. Para avaliação/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa ao final das ativida-
des, sobre os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados, e utilize as informações da coluna
“Observar se o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades, inde-
pendentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do seu cor-
po e de suas possibilidades.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Inicie uma conversa, destacando todos os pontos importantes das atividades desenvolvidas nas
aulas anteriores de Arte. Instigue os estudantes a falar detalhes sobre as experiências pessoais e/ou
coletivas em dança vivenciadas no espaço escolar. Pergunte o que entenderam sobre: orientação es-
pacial, deslocamentos, planos, direções, caminhos, ritmos de movimento (lento, moderado e rápido) e
construção do movimento dançado, ações corporais, coreografia, ciranda, brincadeiras rítmica ou
expressiva, formas da dança. Durante a conversa vá anotando tudo, pois este registro será importante
para próxima atividade.

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, organize e apresente para os estudantes as fotografias e filmagens realizadas durante
as atividades de cada situação de aprendizagem anterior, propiciando momentos de apreciação das
experiências pessoais e coletivas vivenciadas pela turma. Converse e deixe-os à vontade para falar
sobre como se sentem ao se verem nas imagens. O que sentem? Fique atento para contornar possí-
veis falas preconceituosas ou depreciativas. Faça um fechamento valorizando as falas, as diferenças e
reforce a importância do respeito.
46 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM IV
Habilidade Articuladora:
(EF15AR23) Reconhecer e experimentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas
linguagens artísticas.

Objetos de Conhecimento: Processos de criação


• Relações processuais entre diversas linguagens artísticas

Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas cinco atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar os conhecimentos prévios sobre a elaboração e execução de
um Projeto integrado entre as Linguagens da Arte. É importante que você realize registros durante o
desenvolvimento das atividades. Para avaliação/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de
conversa ao final das atividades, sobre os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados, e utilize
as informações da coluna “Observar se o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
• Relações processuais: nesta habilidade, trata-se da investigação, pesquisa e análise das
possibilidades de criação e utilização de produções artísticas, das diferentes modalidades e
linguagens artísticas (danças, músicas, encenações, desenhos, pinturas etc), durante a realização
de projetos temáticos.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem possam apresentar suas ideias e
colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa
para pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus ca-
dernos as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo
com sua realidade e necessidade.
Explicando que eles irão participar da elaboração e execução de um projeto de Arte envolvendo
a dança, música, teatro e artes visuais (desenho).
Pergunte:

1. O que é um projeto de Arte? Para que serve? O que tem nele?


2. Quando e onde participaram ou assistiram apresentações de dança? Quais eram as danças?
3. Quando e onde participaram ou assistiram apresentações de teatro ou música? O que foi
apresentado?
4. O que sabem dançar e cantar? Sabem tocar algum instrumento musical?

Não deixe de registrar os resultados da conversa.


Arte 47

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Resgatando as vivências realizadas durante o ano, diga aos estudantes que eles irão utilizar seu
aprendizado para realizar atividades que articulam a linguagem da dança e da música. Leia antecipada-
mente a letra da canção e apresente a história da “Linda Rosa Juvenil” (ou outra de sua escolha).
Converse sobre a história e depois leia a letra, cante e coloque os vídeos sugeridos (caso escolha outra
música, será necessário selecionar outros vídeos). Durante a apreciação, peça-lhes que observem aten-
tamente como a canção foi cantada e encenada.

Letra da Canção:
A linda rosa juvenil. Disponível em: http://gg.gg/n8f5z. Acesso em: 5 dez. 2019.

Vídeo animação da Canção:


A linda rosa juvenil – Os Pequerruchos. Disponível em: http://gg.gg/n8f7e. Acesso
em: 5 dez. 2019.

Vídeo da brincadeira de roda:


A linda rosa juvenil. Disponível em: http://gg.gg/n8f93. Acesso em: 5 dez. 2019.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Leia novamente a letra da música e, com a colaboração dos estudantes, registre na lousa os
personagens, objetos, cenário em destaque (Rosa Juvenil, o lar [casa] da Rosa Juvenil, Tempo, Bruxa,
Rei, Mato, Relógio). Solicite que os estudantes criem um desenho que mostre todos os personagens
e cenários que aparecem na canção, utilizando lápis de cor, papel sulfite ou o caderno de desenho.
Finalizada a produção, organize grupos e oriente a confecção de um painel coletivo, representando a
brincadeira de roda, colando os personagens, objetos, cenários no papel pardo ou cartolina.

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


A proposta é realizar uma apresentação de teatro de varetas. Para tanto, os estudantes deverão
desenhar e recortar os personagens, objetos, cenário em destaque (Rosa Juvenil, o lar [casa] da Rosa
Juvenil, Tempo, Bruxa, Rei, Mato, Relógio).
Divida a sala em grupos e distribua folhas sulfite ou folhas do caderno de desenho, pedaços de
cartolina, tesoura sem ponta, cola bastão, fita crepe, varetas ou palitos de sorvete, lápis de cor, ca-
netas hidrocor e giz de cera. Talvez seja necessário ajudá-los a recortar e colar, para que fiquem mais
firmes; por último grude as varetas com fita crepe ou fita adesiva. Organize o espaço da sala e os
grupos para as apresentações de maneira que, enquanto um grupo apresenta (atores/ bonequeiros),
o outro assiste (plateia).
48 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ATIVIDADE 5 – AÇÃO EXPRESSIVA III


Proponha aos estudantes que brinquem de fazer a dramatização da canção. Explique que cada
um terá uma função específica. Se possível, realize com os estudantes a confecção do cenário, figuri-
nos e acessórios. Nesse momento, é importante que todos participem. Divida os estudantes em tur-
mas. Apresente cada estação de trabalho e permita que cada uma escolha o que quer produzir, com
tarefas diferentes e materiais selecionados, seguindo o roteiro indicado a seguir.
Confecção de adereços:

• Coroa do rei: grampeador, cartolina, tesoura, papel cartão, papel pardo, cola colorida, brilhos
e lantejoulas, fita crepe. Corte a cartolina ou papel cartão no formato de uma coroa e proponha
que o grupo que optou por esse acessório o decore com cola colorida, brilho e lantejoula.
Depois de pronta e seca, grampeie as duas pontas para que possa encaixar na cabeça da
criança;
• Chapéu da bruxa: grampeador, cartolina, tesoura, papel cartão, papel pardo, cola colorida,
brilho e lantejoulas, fita crepe. Corte o papel cartão em formato de chapéu de bruxa. Oriente o
grupo que optou por esse acessório que decore, também, com cola colorida, brilho e lantejoulas.
Depois de pronto e seco, verifique se cada um se encaixa na cabeça das crianças;
• Coroa da Linda Rosa Juvenil: grampeador, tesoura, papel cartão, cola colorida, brilho e
lantejoulas, flores artificiais ou de papel. Corte a cartolina ou papel cartão no formato de uma coroa
e proponha que o grupo que optou por esse acessório o decore com flores feitas de papel. Depois
de pronta e seca, grampeie as duas pontas para que possa encaixar na cabeça das crianças;
• Mato: papel crepom verde, papel verde, fita crepe, cola, tesoura; proponha que as crianças
cortem, com seu auxílio se necessário, o papel crepom, ainda dobrado, formando tiras. Depois
desdobre-o, pegue algumas fitas do papel crepom, junte-as e fixe-as com fita durex pelas
pontas, de modo a formar um molho de fitas de crepom;
• Relógio: círculo de cartolina ou papelão, lápis de cor, giz de cera, cordão, cola, tesoura; o
relógio pode ser o mesmo do teatro de varetas, caso a criança opte por apenas pintá-lo, ou
então pode desenhá-lo, numa cartolina cortada ao meio. Ajude-os a fazer o círculo. Depois de
recortar, é necessário fazer um furinho na parte superior e passar um barbante para pendurar
no pescoço. Evite dar nó no barbante, una as pontas com fita adesiva, para evitar acidentes.

Confecção de figurino: Utilizar fantasias, caso haja na escola, ou confeccionar com papel, TNT,
retalhos, grampeador, fita crepe, cola.

• Rosa: vestido e uma coroa de flores;


• Feiticeira: chapéu de feiticeira e varinha;
• Tempo: grande relógio pendurado no pescoço;
• Mato: molho de fitas verdes;
• Rei: capa, coroa e cetro.

Confecção de cenário: papel crepom, papelão, papel pardo, cartolina, papel color set, cola,
tesoura sem ponta, fita crepe. Construir a fachada da casa da Rosa Juvenil, algumas árvores e flores.
Ensaio e divisão de personagens: divida a turma de acordo com o número de estudantes, (Ex.:
4 rosas, 4 feiticeiras, 4 relógios, 4 reis, 10 matos). Após a distribuição das personagens faça, no mínimo,
2 ensaios para aprenderem sua marcação do espaço na dramatização. Você, professor, fará a narração da
divisão da letra e a cada parte soltará a gravação da música quando as personagens entrarem em cena.
Arte 49

Narrador: Era uma vez a linda rosa juvenil


que vivia alegre no solar.
(entram em cena as 4 rosas)
Música: A linda rosa juvenil, juvenil, juvenil
A linda rosa juvenil, juvenil
Vivia alegre no solar, no solar, no solar
Vivia alegre no solar, no solar
Narrador: Mas apareceu uma feiticeira má, que
adormeceu a rosa bem assim.
(entram em cena as 4 feiticeiras)
Música: Mas uma feiticeira má, muito má, muito má
Mas uma feiticeira má, muito má
Adormeceu a rosa assim, bem assim, bem assim
que adormeceu a rosa assim, bem assim
Narrador: E o tempo correu a passar; e o tempo correu a
passar, a passar
(entram em cena os 4 relógios)
Música: O tempo correu a passar, a passar, a passar
O tempo correu a passar, a passar
Narrador: E o mato cresceu ao redor. E o mato cresceu
ao redor, ao redor
(entram em cena os 10 matos)
Música: E o mato cresceu ao redor, ao redor, ao redor
E o mato cresceu ao redor, ao redor.
Narrador: E um dia veio um lindo rei, e despertou a rosa
bem assim.
(entram em cena os 4 reis)
Música: E um dia veio um lindo rei, lindo rei, lindo rei
E um dia veio um lindo rei, lindo rei
E despertou a rosa assim, bem assim, bem assim
que despertou a rosa assim, bem assim
Narrador: Batemos palmas para o rei.
Música: Batemos palmas para o rei, para o rei, para o rei
batemos palmas para o rei, para o rei.

Apresentação: organize um momento para apresentação do Projeto Artístico, agende com a


equipe gestora data, horário, espaço adequado e disponível na escola (quadra, palco etc.) e aparelha-
gem de som. Registre por meio de fotos e vídeo.
2° ano

Arte
52 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

1º BIMESTRE
A LINGUAGEM MUSICAL

Sabemos que a Música é uma das linguagens da arte e, deste modo, pode demandar conhecimen-
to teórico e técnico específico. Muitos anos de prática e estudo são necessários para o desenvolvimento
de conhecimento e habilidades em nível profissional. Neste caso, são pessoas que optam por dedicar
suas vidas, aperfeiçoando-se constantemente, em busca do desenvolvimento técnico e expressivo.

No decorrer da história da música, desenvolveu-se conhecimento estético e teórico acerca desta


produção cultural. Este arcabouço nos ajuda a compreender e aprofundar a nossa aprendizagem na lingua-
gem musical. Para nós e nossos estudantes, a falta deste conhecimento em sua amplitude, não diminui a
capacidade de sentir os sons. Contudo, a aprendizagem em música se sustenta com a assimilação e a
articulação de recortes importantes do conhecimento teórico com a prática criativa. Por exemplo, se nos
preocupamos em ensinar a escrita das figuras rítmicas, em outros momentos das aulas deixamos os estu-
dantes “senti-las” no próprio corpo. De que valeria saber todos os nomes das notas, dos acordes e das
tonalidades se não conseguíssemos usá-los em uma música por nós composta ou interpretada?

O que é Música? Música é a Linguagem dos Sons. Mas o que isto significa?
O cotidiano é repleto de sons, inclusive nossa linguagem verbal utiliza sequências de sons e
silêncios (consoantes, vogais e pontuações) para explicar, descrever, pedir, argumentar, suplicar,
entusiasmar etc. Nossa fala organiza-se por meio de palavras que formam frases e textos. E estas
sequências de sons (palavras) podem representar nomes próprios, conceitos, objetos, situações ou
ações. Neste caso, os sons são imediatamente convertidos em linguagem verbal. Agora, imagine
duas pessoas que conversam em um idioma que não dominamos. Não compreendemos sua comu-
nicação verbal! Quase escutamos tal conversa como se fosse música: uma sequência de timbres (ao
menos um diferente de cada pessoa), os sons das consoantes e das vogais, as entoações, inclina-
ções para o agudo e para o grave (alturas), intensidades distintas no decorrer do tempo e a veloci-
dade com que cada som é emitido (durações).

Poderíamos considerar este diálogo como música? Houve uma intenção musical por parte dos emis-
sores dos sons? Houve uma interdependência musicalmente planejada dos parâmetros sonoros? O objetivo
da conversa foi exclusivamente a comunicação verbal entre aqueles sujeitos? É importante refletir sobre isso.

Quando trabalhamos com a linguagem dos sons, organizamos, no tempo, todos os parâmetros
intrínsecos de uma música de uma forma equilibrada e transparente. Tanto o ouvinte quanto o execu-
tante devem perceber diversas características simultâneas dentro de uma mesma frase musical.
Ao cantar uma música coletivamente, nossos estudantes devem perceber a voz do professor, a
sua própria e a de seus colegas, caso contrário, ritmo e afinação estarão definitivamente prejudicados.
Ao executar com clareza e transparência, demonstramos a interdependência entre os parâmetros,
conseguimos nos comunicar com esta linguagem dos sons.
Arte 53

Em alguns casos, a música pode exprimir ideias extramusicais. Isto é facilmente exemplificado por meio
dos hinos patrióticos. Ao escutar o Hino Nacional Brasileiro, mais do que uma música, este conjunto de sons
expressa o nosso povo, nossas cores, nossa natureza, nossos cheiros, nossas conquistas e nossos fracassos.

Raramente escutamos esse hino como uma sequência de alturas, durações, timbres e intensidades
interdependentes entre si. O mesmo pode acontecer com vinhetas televisivas e, de uma maneira mais indi-
vidualizada, com músicas que ficaram marcadas em nossas memórias. Dentre os motivos, poderíamos
destacar emoções vividas ou eventos que presenciamos, nos quais determinada música esteve presente.

De fato, o discurso musical não comunica ideias, conceitos e ações como a linguagem verbal.
O âmbito de sua ação está associado às emoções e sentimentos. E no contexto até aqui apresentado,
a prática musical poderia ser o equilíbrio entre esses aspectos emocionais (a paixão, o que move) com
os aspectos racionais (o procedimento, o saber fazer e o compreender), como ocorre na execução de
ritmos, frases, harmonias, melodias etc.

Uma enorme conquista, será promover o conhecimento de um vocabulário comum para falar de
sons. O contraste entre elementos musicais já é um ótimo começo! Palavras como grave e agudo,
lento e rápido, comprido e curto, forte e fraco, podem parecer simples mas são fundamentais para o
desenvolvimento musical e precisam ser exercitadas para sua correta assimilação.

Destacamos que é de fundamental importância que você, professor, se aproprie dos conteúdos,
conceitos e procedimentos apresentados neste material com a finalidade de ensiná-los com segurança
e tranquilidade. Sendo assim, as colocações teóricas, partituras e explicações mais detalhadas, ser-
vem para a sua aproximação com a música. Além disso, a aprendizagem da música na escola envolve
ouvir, entender, apreciar, improvisar, pesquisar, conhecer, experimentar e praticar num processo contí-
nuo que dependerá da sua persistência e dedicação. Refletir sobre o que é realizado durante as ativi-
dades, o ajudará a conhecer o estudante musicalmente.
A seguir, apresentamos um aporte sobre a Educação Inclusiva, Avaliação e Recuperação.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA – ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA


Todos os estudantes são capazes de aprender. Esse processo é individual e o professor deve
estar atento para as necessidades individuais e coletivas. Estudantes com deficiência visual e auditiva
desenvolvem a linguagem e o pensamento conceitual.

Os estudantes com deficiência intelectual podem enfrentar mais dificuldade no processo de


aprendizagem musical, mas são capazes de desenvolver oralidade e reconhecer sinais gráficos.
É importante valorizar a diversidade e estimular o desempenho sem fazer uso de um único nivelador.
A avaliação deve ser feita em relação ao avanço do próprio estudante, sem usar critérios comparativos. O
princípio de inclusão parte dos direitos de todos à Educação, independentemente das diferenças e neces-
sidades individuais – inspirada nos princípios da Declaração de Salamanca (Unesco, 1994) – e, está presen-
te na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva, de 2008.

Todos devem saber o que diz a Constituição, mas principalmente conhecer a meta 4 do Plano
Nacional de Educação (PNE):
54 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência,


transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o aces-
so à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente
na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas
de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou
conveniados. (BRASIL, 2014).

A Lei nº 7.853 estipula a obrigatoriedade de todas as escolas em aceitar matrículas de estudan-


tes com deficiência – e transforma em crime a recusa a esse direito. Aprovada em 1989 e regulamen-
tada em 1999, a lei é clara: todas as crianças têm o mesmo direito à educação. Neste contexto o
professor precisa realizar uma adaptação curricular para atender à diversidade em sala de aula.

Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.


Portal MEC. Disponível em: http://gg.gg/lc5gs. Acesso em: 23 out. 2019.

Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Planalto Federal. Disponível em:


http://gg.gg/ojdab. Acesso em: 23 out. 2019. 

Deficiência Auditiva

Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela ausência de infor-
mações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm condições de prosseguir
aprendendo, se forem informados e estimulados de forma sistemática, levando em conta sua diversi-
dade linguística e possibilidades de comunicação.
Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifique se estão olhando para você. A maioria
se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem uso de aparelhos de ampliação sonora e lei-
tura labial.
Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode explicar para a
classe toda, utilizando desenhos na lousa, para a apropriação dos objetos de conhecimentos. Convide
um estudante para demonstrar o que deve ser feito, fale olhando de frente sempre que possível, nas
festividades utilize o Hino Nacional em LIBRAS indicado no link a seguir:

Hino Nacional em LIBRAS. Disponível em: http://gg.gg/mrj4j. Acesso em:


03 dez. 2019.
Arte 55

Nas atividades de apreciação musical, incentive os estudantes a colocarem as mãos sobre a


caixa de som para sentir as vibrações. Um intérprete pode traduzir a música.

Aula de Arte para com surdos: criando uma prática de ensino. Andreza Nunes
Real da Cruz. (Tese de Mestrado). IA/UNESP. Disponível em: http://gg.gg/myums.
Acesso em: 30 out. 2020.

Faz parte da escolarização a ampliação de tempos, disponibilização de comunicação adequada, adequa-


ção curricular, Acesso às novas tecnologias de informação e comunicação e diferentes formas de avaliação.

Como tornar atividades musicais acessíveis para crianças e jovens surdos.


NEPEDE-EES/UFSCAR. Disponível em: http://gg.gg/lc5hw. Acesso em: 3 dez. 2019.

Deficiência Visual

Existe o mito de que toda pessoa com deficiência visual tem talento para música. Isso não é ne-
cessariamente verdade. Há quem não possua habilidades vocais ou para tocar instrumentos musicais.
Enxergando ou não, o estudante precisa desenvolver habilidades musicais. É preciso apresentar oral-
mente um instrumento musical, indicando de que material é feito, se é de metal, madeira, bambu etc.,
se é um instrumento acústico ou eletrônico e, também, oferecer a apreciação tátil, para que ele possa
manusear e explorar os sons que se pode obter de cada instrumento.

O Deficiente visual e a educação musical: metodologias de ensino. REDIVI/


UNIVALE. Disponível em: http://gg.gg/lc5ii. Acesso em: 3 dez. 2019. 

Deficiência Intelectual

O Componente Curricular Arte, por meio das suas diferentes linguagens, torna possível a manifes-
tação de sentimentos e pensamentos, colaborando com o desenvolvimento da comunicação, transfor-
mando e enriquecendo as vivências musicais, através de experimentações significativas.
Estimular as relações cognitivas, emocionais e lógicas é importante e necessário para o desenvol-
vimento global.
Nem todos os estudantes poderão formular os registros de maneira autônoma; nesses casos,
o professor pode ser o escriba ou propor outras formas, como desenhos ou imagens recortadas. Essa
adaptação curricular garante a participação efetiva do estudante nas atividades.
56 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Como trabalhar com alunos com deficiência intelectual – dicas incríveis


para adaptar atividades. Instituto Itard. Disponível em: http://gg.gg/lc5jf.
Acesso em: 23 out. 2019. 

Avaliação e recuperação

A avaliação e recuperação propostas neste material, são diagnósticas, iniciando com a ação do pro-
fessor ao investigar o que os estudantes conhecem ou não conhecem acerca dos objetos de conhecimen-
to que serão abordados e, processuais em todos os momentos de prática pedagógica, nos quais podemos
incluir diferentes maneiras de acompanhar, avaliar e recuperar as aprendizagens. Nessa concepção de
avaliação e recuperação em Arte, é importante adotar a postura de não estabelecer critérios de compara-
ção, oferecer possibilidades para que os estudantes alcancem os objetivos esperados, estar atento às difi-
culdades expostas na realização das atividades e propor soluções. O fator socioemocional, presente em
todos os momentos da aprendizagem em agrupamentos produtivos1, tem em vista, a formação integral do
estudante. É importante frisar que o tempo necessário para o desenvolvimento das habilidades, por meio
de situações de aprendizagem pode variar entre uma turma e outra, mesmo que da mesma etapa.
O uso diário de registro em um portfólio é uma importante ferramenta para acompanhar os avanços e
dificuldades no desenvolvimento de habilidades e apropriação dos conhecimentos, observação dos pro-
cessos criativos, relação com os colegas, considerações e suposições inteligentes2, participação, empe-
nho, respeito pela produção individual, coletiva e colaborativa, autoconfiança, valorização das diferentes
expressões artísticas, reconhecimento de que todos os obstáculos e desacertos podem ser superados.

Dessa forma, o resultado das avaliações assegurará ao professor, elementos essenciais para
analisar seu planejamento, replanejar se necessário e, também, para o acompanhamento e propostas
de recuperação das aprendizagens durante o ano letivo.

Antes de iniciar as situações de aprendizagem, apresentamos o Organizador Curricular.

No quadro, estão dispostas todas as habilidades, que expressam as aprendizagens essenciais


que devem ser asseguradas aos estudantes, nesta etapa. Para tanto, são descritas de acordo com
uma determinada estrutura, conforme o exemplo a seguir:

Código Alfanumérico: EF03AR13 – semelhante à numeração apresentada na BNCC.


EF = Ensino Fundamental – 03 = 3º ano – AR = Arte – 13 = número da habilidade.
Habilidade: (EF03AR13) Experimentar, identificar e apreciar músicas próprias da cultura popular
brasileira de diferentes épocas, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias.

Verbos que explicitam os processos cognitivos envolvidos na habilidade: experimentar, identificar e apreciar.

Objetos de conhecimento mobilizados na habilidade: músicas próprias da cultura popular brasileira.

1 Agrupamentos produtivos: Os agrupamentos seguem os princípios dos saberes já construídos pelas crianças em seu percurso escolar, bem como leva em consideração
a heterogeneidade de saberes existentes no espaço escolar e a sua importância na construção dos saberes dos estudantes, pois essa forma de trabalho é ancorada, em
sua concepção, pela interação entre as crianças com a mediação do professor. Disponível em http://gg.gg/p1nzv. Acesso em: 04 set. 2019.
2 Suposições inteligentes: hipóteses de cada indivíduo, baseadas em seus conhecimentos prévios e bagagem cultural.
Arte 57

Modificadores dos objetos de conhecimento, que explicitam o contexto e/ou uma maior especificação
da aprendizagem esperada: de diferentes épocas incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeia.
Em outras habilidades, também existem modificadores de verbos. Por exemplo, “experimentar”, “utilizando”.

Condições didáticas e indicações para o desenvolvimento das atividades: demonstram


as ações necessárias para alcançar o desenvolvimento das habilidades, articuladas aos tipos de
conteúdo (Conceitual, Atitudinal, Procedimental e Factual).
Observar se o estudante: indicações que auxiliarão nos processos de avaliação e recuperação.
Habilidades Articuladoras: propõem conexões entre duas ou mais linguagens artísticas, para amplia-
ção das possibilidades criativas, de compreensão de processos de criação e fomento da interdisciplinaridade.

ORGANIZADOR CURRICULAR – MÚSICA


Condições didáticas
Habilidades e indicações para o Observar se o estudante
desenvolvimento das atividades
Organizar e realizar momentos Participa da sondagem e
(EF02AR13) Experimentar,
de sondagem, apreciação, da apreciação; experimente
identificar e apreciar músicas
experimentação e identificação e identifica os objetos de
próprias da cultura popular paulista
dos objetos de conhecimento, conhecimento, considerando seus
de diferentes épocas.
considerando seus modificadores. modificadores.
Organizar e realizar momentos
(EF02AR14) Perceber, explorar Participa da sondagem e da
de sondagem, apreciação,
e identificar intensidade, altura apreciação;
percepção, exploração e
e duração por meio de jogos, percebe, explora e identifica
identificação dos objetos de
brincadeiras, canções e práticas os objetos de conhecimento,
conhecimento, considerando seus
diversas de apreciação musical. considerando seus modificadores.
modificadores.
Organizar e realizar momentos de Participa da sondagem e da
(EF02AR15) Explorar e perceber
sondagem, apreciação, exploração apreciação;
o próprio corpo (palmas, voz,
e percepção dos objetos de explora e percebe os objetos de
percussão corporal) como fonte
conhecimento, considerando seus conhecimento, considerando seus
sonora.
modificadores. modificadores.
Organizar e realizar momentos Participa da sondagem e da
(EF02AR17) Apreciar e
de sondagem, apreciação, apreciação;
experimentar sonorização de
experimentação dos objetos de experimenta os objetos de
histórias, explorando vozes e sons
conhecimento, considerando seus conhecimento, considerando seus
corporais.
modificadores. modificadores.
Habilidade Articuladora
(EF15AR24) Caracterizar e Organizar momentos de Participa da sondagem e da
experimentar brinquedos, sondagem, apreciação, apreciação; caracteriza e
brincadeiras, jogos, danças, caracterização e experimentação experimenta os objetos de
canções e histórias de diferentes dos objetos de conhecimento, conhecimento, considerando seus
matrizes estéticas e culturais. considerando seus modificadores. modificadores.
58 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
Habilidade:
(EF02AR14) Perceber, explorar e identificar a intensidade, altura e duração por meio de jogos,
brincadeiras, canções e práticas diversas de apreciação musical.
Objetos de Conhecimento: Elementos da Linguagem
• Intensidade, altura e duração
Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas seis atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com
os objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/
recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa, sobre os ob-
jetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o
estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
A seguir, descrevemos os aspectos rítmicos, os aspectos melódicos e os elementos da canção “O
Jumento”, proporcionando a você, a compreensão das estruturas musicais. Observe a partitura da canção:

Repare como há apenas três frases a cada dois compassos na canção. As duas primeiras frases
contêm a letra da canção e a terceira é uma seção onomatopeica com duas frases pequenas e uma média:

1 O jumento orneja, quer comer capim

2 Se não come logo, ele faz assim

3 Hi! Hó! Hi! Hó! Hi! Hó! Hi! Hó! Hi! Hó!
Arte 59

A ESTRUTURA RÍTMICA
Pensando no parâmetro Duração, esta canção é constituída apenas por duas figuras rítmicas
diferentes, a primeira com o dobro da duração da segunda:

Semínima (equivale à
Figura de som um tempo
duração do pulso)

Figura de silêncio pausa da semínima um tempo

Colcheia
Figura de som (equivale a meio meio tempo
pulso)

Figura de silêncio pausa da colcheia meio tempo

Outro parâmetro decorrente das Durações é o próprio tamanho das frases. Neste caso, a música
possui três tamanhos diferentes, de acordo com a tabela a seguir:

Grande (2x) Pequena (2x) Média

ESTRUTURA MELÓDICA
Além das frases e da rítmica que essa melodia possui, investigaremos a Altura. Destacamos o
momento final, no qual ocorrem vários saltos entre as notas Sol (agudo) e Dó (grave) imitando o som
do jumento, a seguir, indicado em vermelho:

Como contraste ao salto, existe, no começo da melodia, o grau conjunto, que é uma sequência
de notas vizinhas. A linha em vermelho, na imagem a seguir, marca esse tipo de desenho melódico:
60 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Elementos:

• Intensidade: este parâmetro se refere à possibilidade de um som ser forte ou fraco,


considerando também, suas infinitas variações-progressiva ou regressiva, ou seja, é a “força”
que se imprime quando um som é tocado.
• Altura: este parâmetro organiza os sons em toda a vasta gama que vai do grave ao agudo e
vice-versa. O que faz um som ficar agudo ou grave, é a frequência das ondas sonoras. Na
música “O Jumento” pode-se perceber as alturas do som.
• Duração: este parâmetro auxilia a identificar o som no tempo. Resumidamente, pode-se dizer
que um som, pode ser longo ou curto, considerando também, suas infinitas variações. É o
tempo que o som permanece nos ouvidos.

ATIVIDADE 1 - SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as pergun-
tas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À
medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa para pontuar cada
conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem, em seus cadernos, as informações que
estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.

1. O que é som? O som é sempre igual? Como esse som pode ser?
2. Como é a voz de um homem adulto? E de uma mulher adulta?
3. O que é um som grosso (grave)? E um som fino (agudo)? (altura)
4. Dê exemplos de um som forte (alto) e de um som fraco (baixo). (intensidade)
5. Todos os sons são do mesmo tamanho? O que é preciso para um som ser longo ou curto? (duração)
6. O que é uma música?
7. Alguém faz aula de música? Onde? (conservatório, igreja, projeto social etc.)

ATIVIDADE 2 - APRECIAÇÃO
Professor, analise os vídeos/áudios, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a aprecia-
ção, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior. Após a apreciação, solicite que registrem o
que aprenderam, por meio de desenhos. Você pode selecionar outras referências em seu acervo pes-
soal ou no da escola, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.
Arte 61

Brincadeira musical da intensidade. Caixinha Musical – Celi Redondo.


Disponível em: http://gg.gg/ndlk5. Acesso em: 04 dez. 2019.

Atividade sobre altura do som. Caixinha Musical – Celi Redondo.


Disponível em: http://gg.gg/ndllv. Acesso em: 04 dez. 2019

Duração do som. Caixinha Musical – Celi Redondo. Disponível em: http://gg.gg/ndlm5.


Acesso: em 04 dez. 2019.

ATIVIDADE 3 - AÇÃO EXPRESSIVA I


Professor, depois de conversar e apreciar informações sobre os elementos da linguagem musical,
apresente a letra, a melodia e cante com os estudantes a música “O Jumento”. Converse com eles e
pergunte se conseguem perceber algum dos elementos (altura, duração e intensidade) na canção.

O jumento orneja, quer comer capim


Se não come logo, ele faz assim
Hi! Hó! -– Hi! Hó!
Hi! Hó! -– Hi! Hó! -– Hi! Hó!

Vídeos:

Canção “O jumento”. Eliana Florindo. Disponível em: http://gg.gg/ndlmk.


Acesso em: 21 jan. 2020.

Apresente o vídeo a seguir, para ampliar a compreensão dos estudantes. É importante que você assis-
ta ao vídeo antes de apresentá-lo.

Sons. (Graves e Agudos) – Aula de percepção musical pra crianças – Prof. Marcos L
Souza. Disponível em: http://gg.gg/ndltf. Acesso: em: 04 dez. 2019.

ATIVIDADE 4 - AÇÃO EXPRESSIVA II


A partir do som do jumento (hi, hó), na parte final da música, sugerimos um jogo com o qual será
possível trabalhar o desenho melódico em sala de aula. Para brincar e aprender com esse jogo, indica-
mos, para cada estudante, a utilização de objetos recicláveis:

• 1 caixa (vazia) de 12 ovos


• 6 objetos que caibam dentro do espaço vazio da caixa de ovos (tampinhas de garrafas pet,
bolinhas de ping-pong etc.)
62 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

De uma maneira muito simples, cada espaço dentro da caixa pode ser preenchido para referenciar:

Eixo vertical – diferentes Alturas.


Eixo horizontal – o pulso no decorrer do Tempo.

Ou seja, se quiséssemos escrever uma sequência de dois sons agudos, seguidos por um silêncio
e mais três sons (grave, agudo e grave), faríamos da seguinte maneira:

Dessa forma, a brincadeira com as caixas de ovos nos permite um exercício elementar de escrita
musical. Apenas com duas alturas (Sol-agudo e Dó-grave) podemos notar diferentes sequências de “burri-
nhos”. No exemplo a seguir, escrevemos a frase do burrinho assim como se encontra na canção original:
Arte 63

Repare que este procedimento só foi possível porque juntamos duas caixas de ovos e, também,
que no momento do silêncio (pausa), o espaço na caixa de ovos fica vazio.

ATIVIDADE 5 - AÇÃO EXPRESSIVA III


Esta atividade pode ser realizada em duplas. Nela, as caixas de ovos e as tampinhas (ou outro
objeto escolhido) serão usadas para representar os desenhos melódicos de outros animais. Peça a
eles que pensem em alguns animais e experimentem reproduzir os sons deles. Eles deverão ficar aten-
tos aos graves e agudos e à duração do som, marcando-os com as tampinhas na caixa de ovo.

Exemplo: Papagaio:

Depois que todos tiverem terminado, organize uma roda onde todos apresentarão suas criações
de desenho melódico. O mais importante é que estejam conscientes da relação entre grave e agudo
(baixo e cima) e do tempo (esquerda para direita), relacionando aquilo que faz com sua própria voz e a
respectiva leitura e escrita com a caixa de ovos. Finalizado o momento das apresentações, realize uma
roda de conversa, reflita com seus estudantes sobre as relações entre grave/agudo – baixo/cima e a
leitura e escrita dos sons, que ocorre da esquerda para a direita.
64 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ATIVIDADE 6 - AÇÃO EXPRESSIVA III


Esta atividade é uma continuidade da anterior, porém, o som a ser representado agora, é o nome
do estudante. Cada um, a exemplo do que foi feito na atividade anterior, utilizando novamente as caixas
de ovos e as tampinhas, deve representar os desenhos melódicos de seus nomes (escolher um, caso
existam nomes compostos).

Desta vez, a atividade será individual. Se necessário, demonstre com seu nome.

Exemplo: Ana
Arte 65

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Habilidade:
(EF02AR13) Experimentar, identificar e apreciar músicas próprias da cultura popular paulista de
diferentes épocas.

Objetos de Conhecimento: Contextos e Práticas


• Músicas da cultura popular paulista de diferentes épocas

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/
recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os obje-
tos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o
estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório elencamos, a seguir, alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.

• Música Sertaneja/Caipira: Música caipira é um gênero musical da cultura popular paulista


também chamada de música sertaneja, onde o som da viola é predominante. Ele está presente
no cenário cultural brasileiro desde 1910, tendo no escritor, apresentador e humorista, Cornélio
Pires (1884-1958), um de seus divulgadores. Em 1910, Cornélio Pires, em uma palestra sobre a
cultura caipira, fez-se acompanhar por uma dupla de violeiros do interior. Fez excursões pelo in-
terior paulista, retratando a vida rural, com cantorias e “causos caipiras”. O sertanejo é uma “ur-
banização”, da música caipira, com instrumentos artesanais como a viola, o acordeão e a gaita.
Em 1920, iniciou-se o registro em discos, da música do interior paulista, rebatizada de música
sertaneja, divulgada nas rádios e depois na televisão. Já em 1970, a música, lastreada em São
Paulo, tornou-se fenômeno nacional e internacional. A música caipira fazia-se presente nos mo-
mentos da vida das comunidades – no trabalho, em casa, nas festas, nas práticas religiosas.
A música caipira era praticada apenas para audição isolada, como atividade puramente musical.
O sertanejo se caracteriza pela melodia simples bem semelhante à música caipira, talvez um
pouco mais dançante e urbana. Enquanto a música caipira tinha uma temática baseada na vida
do campo, os sertanejos mudaram essa temática para agradar o grande público das cidades,
adotando como tema, o amor. O termo “caipira”, visto com preconceito passou do gênero:
Caipira ou Sertanejo de Raiz, para Sertanejo Romântico e Sertanejo Universitário.

• Música Folclórica: As músicas folclóricas são um conjunto de ritmos, cantigas, melodias


tradicionais e populares. Tratam de quase todos os tipos de atividades humanas e muitas des-
sas canções expressam crenças religiosas de um povo e descrevem sua história. As canções
tradicionais lendárias são, geralmente, de origem remota. Esse gênero musical é transmitido
pela tradição oral e, muitas vezes, o autor é desconhecido. É uma música que não depende
de meios escritos, partituras como a música erudita, ou fonográficos como a música popular.
66 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ATIVIDADE 1 - SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e
colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa
para pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus ca-
dernos, as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo
com sua realidade e necessidade.

1. Quais músicas folclóricas vocês conhecem?


2. Quais músicas sertanejas/caipiras vocês conhecem?
3. Quais desses gêneros musicais seus pais e/ou avós ouvem e cantam em casa?
4. Quais dessas músicas já viram/ouviram na televisão?
5. Quais gêneros vocês mais gostam? Por quê?

ATIVIDADE 2 - APRECIAÇÃO
Professor, analise os vídeos/áudios, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a aprecia-
ção, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior. É importante que eles possam falar sobre
o que reconhecem e imaginam ao apreciar canções. Após a apreciação solicite que registrem, o que
aprenderam, por meio de desenhos. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo pessoal
ou no da escola, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.

Tororó. Canal Galinha Pintadinha. Disponível em: http://gg.gg/ndm8u. Acesso em:


04 dez. 2019.

Sapo Cururu. Canal Galinha Pintadinha. Disponível em: http://gg.gg/ndm9y.


Acesso em: 04 dez. 2019.

Amanheceu, peguei a viola. Canal Sérgio Reis. Disponível em: http://gg.gg/ndmaj.


Acesso em: 04 dez. 2019.

Rio de Lágrimas. Tião Carreiro e Pardinho. Canal Masterson1975.


Disponível em: http://gg.gg/ndnvl. Acesso em: 04 dez. 2019.
Arte 67

Fui no Itororó (repete duas vezes) Sapo Cururu (repete quatro vezes)

Eu fui no Itororó Sapo Cururu


Beber água não achei Na beira do rio
Achei bela morena Quando o sapo canta, ó maninha é porque tem
Que no Itororó deixei frio
Aproveite minha gente A mulher do sapo
Que uma noite não é nada Deve estar lá dentro
Se não dormir agora Fazendo rendinha, ó maninha para o casamento
Dormirá de madrugada
Ó Mariazinha
Mariazinha
Entrará na roda
E ficará sozinha
Sozinha eu não fico
Nem hei de ficar
Pois eu tenho Joãozinho
Para ser meu par

PARA SABER MAIS:

A relação entre caipiras e o processo de urbanização na música


sertaneja entre as décadas de 1920 e 1980. Jóyce Oliveira Leitão. Confins.
Disponível em: https://bit.ly/3nJ3OIE . Acesso em 16 set. 2021.

O caipira que faz sucesso na cidade. II Encontro sobre imaginários sonoros.


UFPR. Disponível em: http://gg.gg/netvj. Acesso em: 04 dez. 2019.

Vivências Caipiras Pluralidade Cultural E Diferentes Temporalidades Na


Terra Paulista. Maria Alice Setubal. CENPEC. DocPlayer. Disponível em
https://bit.ly/3lDd9ia Acesso: 16 set. 2021.

Música de viola. Viola Paulista Volume 1. Disponível em: http://gg.gg/ndnzv.


Acesso em: 04 dez. 2019.

“Chá, Chá, Chá”. Palavra Cantada Oficial. Disponível em:


http://gg.gg/ndo0l. Acesso em: 11 set. 2019.

Origem da música “Fui no Itororó”. Novo Milênio. Disponível em:


http://gg.gg/ndo23. Acesso em: 05 dez. 2019.
68 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ATIVIDADE 3 - AÇÃO EXPRESSIVA I


Para esta atividade, confeccione com os estudantes uma máscara de sapo para cada um. Em se-
guida organize uma roda e cante com eles “Sapo Cururu”. Faça variações, dividindo a sala em 2 grupos
(mistos, de meninos, de meninas), cantando trechos diferentes da música conforme indicação abaixo:

Grupo 1 Grupo 2

Sapo Cururu A mulher do sapo


Na beira do rio Deve estar lá dentro
Quando o sapo canta, ó maninha Fazendo rendinha, ó maninha para o casamento
é porque tem frio

ATIVIDADE 4 - AÇÃO EXPRESSIVA II


Para esta atividade será necessário selecionar algumas músicas da cultura popular paulista de
diferentes épocas. Confeccione 2 cartões para cada estudante, sendo: 1 cartão azul para Música Fol-
clórica e 1 cartão verde para Música Sertaneja/Caipira. Escreva na lousa, algumas características des-
ses gêneros musicais e explique a diferença entre eles. Em seguida, coloque músicas dos dois gêne-
ros, aleatoriamente, solicitando que os estudantes levantem os cartões conforme o gênero tocado.
Durante a atividade, avalie se os estudantes percebem a diferença entre os gêneros.

Principais características dos gêneros

Música folclórica Música sertaneja/caipira

• Canções populares e tradicionais que • Utilizam instrumentos artesanais e típicos do


fazem parte da sabedoria de um povo; Brasil-colônia, como a viola, o acordeão e a
• Esse tipo de música é transmitido pela gaita;
tradição oral de geração em geração; • Temática, geralmente, baseada na vida do
• O autor desse tipo de música já foi campo.
esquecido ou nem mesmo chegou a • Duplas de cantores com vozes diferentes.
ser conhecido.
Arte 69

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM III


Habilidades:
(EF02AR15) Explorar e perceber o próprio corpo (palmas, voz, percussão corporal) como fonte sonora.
Objetos de Conhecimento: Materialidades
• Corpo como fonte sonora (palmas, voz, percussão corporal)

(EF02AR17) Apreciar e experimentar sonorização de histórias, explorando vozes e sons corporais

Objetos de Conhecimento: Processos de criação


• Sonorização de histórias

Habilidade Articuladora:
(EF15AR24) Caracterizar e experimentar brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias
de diferentes matrizes estéticas e culturais.
Objetos de Conhecimento: Matrizes Estéticas e Culturais
• Brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias de diferentes matrizes estéticas e culturais

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato
com os objetos de conhecimento e seus modificadores.

É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para
avaliação/recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa,
sobre os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna
“Observar se o estudante”, do organizador curricular, como referência.

Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento
do seu corpo e de suas possibilidades.

Utilizar o corpo como instrumento musical, requer consciência, percepção física e coordenação
motora. Essa percepção faz parte dos sentidos que utilizamos naturalmente para interagir conosco,
com os outros e com o ambiente, pois enquanto amadurecemos, vemos, ouvimos e sentimos,
configuramos nossa psicomotricidade, que agrega nossas funções cognitivas, socioemocionais,
simbólicas, psicolinguísticas e motoras.
Para ampliação de seu repertório, elencamos, abaixo, alguns conceitos importantes para o
desenvolvimento das atividades.

• Percussão corporal: Movimento intencional e estético que busca produzir grande variedade
sons, por meio de estalos, palmas, batidas, fricções, sons produzidos pela passagem do ar
pela boca etc., tanto de forma isolada quanto combinada.
• Matrizes estéticas e culturais indígenas, africanas e europeias são parte fundamental da
cultura brasileira: Elas carregam referências e formas de expressão cultural, de usos e costumes,
englobando a poética artística que representa especificamente uma etnia, um grupo, um povo,
uma nação.
70 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

•S
 onorização de histórias: A utilização de sons naturais ou artificiais, ao longo de uma his-
tória, pode ter, entre outras possibilidades, a função de estimular a imaginação, mobilizar
memórias, caracterizar ambientes, personagens, indicar ações, reforçar dramaticidades,
“criar climas”, interferir. Tudo isso junto cria um conjunto de acontecimentos sonoros, que traz
realismo à história que está sendo contada.

•G
 rupo Barbatuques: Grupo brasileiro, criado em 1995 pelo músico paulistano Fernando
Barba. Utiliza o corpo como instrumento musical. Faz música a partir de sons originados na
percussão corporal, percussão vocal, em assobios e sapateados, alcançando resultados
criativos e singulares.

Site oficial Grupo Barbatuques. Caixinha Musical – Celi Redondo. Disponível em:
http://gg.gg/ndllv. Acesso em: 04 dez. 2019

Canal oficial Grupo Barbatuques. Disponível em: http://gg.gg/nev3d. Acesso em: 19


dez. 2019.

PARA SABER MAIS:

O que é psicomotricidade. ABP. Disponível em: https://psicomotricidade.


com.br/sobre/o-que-e-psicomotricidade/. Acesso em: 19 dez. 2019.

ATIVIDADE 1 - SONDAGEM
Para iniciar esta atividade, converse com os estudantes a respeito da grande variedade de sons
que podemos produzir com o nosso corpo. Apresente o grupo musical Barbatuques.
À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa. Realize
um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos, as informações que estão na
lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.

Pergunte:

1. Já ouviram falar do Grupo Barbatuques?


2. O que sabem sobre percussão corporal?
3. Com quais partes do corpo é possível produzir sons?
4. Quais sons podemos produzir com as mãos e com os pés?
5. Quais sons podemos produzir com a boca?
Arte 71

ATIVIDADE 2 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Nesta atividade, os estudantes irão experimentar movimentos e sons que podem ser produzidos
pelo corpo. Escolha um lugar amplo e adequado para organizar os estudantes em círculo e oriente
quanto as seguintes experimentações:

1. Solicite que um estudante imite o som e movimentos corporais de um animal. Depois, peça
aos demais estudantes que façam o mesmo. Quanto menos palavras usar para este procedi-
mento, maior será a atenção dos estudantes aos sons.

2. Peça a dois estudantes que imitem o som de uma máquina, acompanhado de gestos e movi-
mentos corporais. Depois, peça que os demais estudantes repitam.

3. Solicite a três estudantes que imitem o som de um instrumento musical, acompanhado de


gestos e movimentos corporais, como se os estivessem tocando, para que, depois, os demais
estudantes o repitam.

4. Chame oito estudantes, ao centro da roda. Organize-os em fila e peça para cada dois imitar
um som de instrumento musical, animal, máquina, acompanhado de gestos e movimentos
corporais. Explique que cada estudante deve emitir o som, um de cada vez, formando uma
sequência rítmica. Repita a atividade, chamando outros oito estudantes, estabelecendo uma
pulsação para a sequência de sons e oriente o trabalho, propondo sonoridades mais livres.

5. Para finalizar a atividade, deixando que todos os estudantes, um de cada vez reproduza o som
que mais achou interessante.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Proponha aos estudantes que formem uma orquestra corporal, utilizando partes de seu corpo
para a produção dos sons. Escolha canções da cultura popular paulista que sejam conhecidas por
todos (abaixo há uma lista de cantigas folclóricas). Divida a sala em grupos e oriente a produção de
ações corporais durante a música, que pode ser cantada por eles ou tocada. Descubra com eles, sons
que podemos produzir, usando o corpo: palmas, voz, batidas de pé, estalos de dedos, respiração
forte, estalos com a boca etc. Estimule-os a descobrir sons a partir de cada parte do corpo, tais como:
a boca, os dentes, a língua, as bochechas, os lábios, o nariz, o rosto, os braços, as mãos, os dedos,
as coxas, as pernas, os pés etc.

Grupo 1 – Sons com as mãos

• Bater uma mão com a outra em forma de concha (produzindo som mais grave);
• Bater as mãos planas e os dedos esticados (produzindo som mais agudo);
• Bater mãos na barriga, mãos no peito, mãos nas coxas;
• Bater, mãos no rosto, mãos na boca.
72 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Grupo 2 – Sons com os dedos

• Estalar os dedos, (alguns podem não conseguir, mas é importante oportunizar);


• Juntar dois dedos e bater contra dois dedos da outra mão.

Grupo 3 – Sons com a boca

• Estalar a língua;
• Barulho do beijo;
• Imitar o som do vento;
• Imitar o som da chuva;
• Bater os dentes.

Grupo 4 – Sons com os pés

• Bater os pés no chão, dando passos fortes;


• Bater os pés no chão, dando passos fracos.

Cantigas de roda, de domínio público:


Cachorrinho está latindo – Peixinhos no mar – Alecrim – Meu limão meu limoeiro – Pai Francisco
– A galinha do vizinho – A velha a fiar – Boi da cara preta – Borboletinha – Serra, serra, serrador – A
janelinha – Atirei o pau no gato – Terezinha de Jesus – Senhora Dona Sancha – Seu Lobo – Sapo curu-
ru – A barata diz que tem – A canoa virou – A cobra não tem pé – Marcha soldado – Samba Lelê – Pi-
rulito – Pintor de Jundiaí – O sapo não lava o pé.

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA III


Para esta atividade, traga para sala de aula, gibis, letras de músicas folclóricas, livros paradidáti-
cos com histórias adequadas à faixa etária dos estudantes e imagens que contenham paisagens e
ações cotidianas. Em seguida, utilize o roteiro a seguir, propiciando momentos de apreciação e expe-
rimentação de sonorização de histórias através de sons vocais e corporais.
Roteiro:

1. Converse com os estudantes e esclareça que sonorizar uma história, música ou imagem é tor-
nar sonoro um enredo por meio da voz e do corpo. Esse “sonoro” está intimamente ligado à
utilização de alguns sons ou de melodias que passam a fazer parte da narrativa e que esta
técnica de sonorização de uma história, peça teatral ou filme é chamada de sonoplastia.
Explique que não é necessário contar a história toda, o estudante pode escolher apenas tre-
chos para sonorizar.
2. Deixe que eles escolham um livro, música, gibi ou imagens para contar a história.
3. Oriente que eles façam a leitura do texto ou da imagem escolhida.
4. Os estudantes devem escolher livremente como utilizarão a voz e os sons corporais para so-
norizar a história escolhida. Podem ser os sons e gestos emitidos na atividade anterior.
5. Organize a apresentação da sonorização para a sala de aula.
Arte 73

Sugestão de histórias de domínio público que podem ser utilizadas nas atividades:

Chapeuzinho Vermelho. Irmãos Grimm, Alemanha, séc. XIX e sua paródia, de Millôr Fernandes
(Categorias literárias: Série Literatura Infantil). Disponível em: http://gg.gg/nf2lg. Acesso em:
05 dez. 2019.

Histórias em Domínio Público. Disponível em: http://gg.gg/nf2mw. Acesso


em: 05 dez. 2019.

PARA SABER MAIS:

Percussão corporal - brincadeira - palmas - ritmo - coordenação


motora - música. Canal Kids 43. Disponível em: https://bit.ly/3AkB2Bf .
Acesso 16 nov. 2021

Tiquequê – Roda Pião / Samba Lelê. Disponível em: http://gg.gg/nf2q4.


Acesso em: 05 dez. 2019.

Sapo Jururu – Palavra Cantada. Disponível em: http://gg.gg/nf2so.


Acesso em: 05 dez. 2019.

ATIVIDADE 5 – AÇÃO EXPRESSIVA IV


Professor, para desenvolver esta atividade, considere tudo o que foi aprendido até aqui. Faça uma
roda de conversa e levante com os estudantes todas as brincadeiras, jogos, danças, canções e histó-
rias que utilizam música em seu desenvolvimento. Pergunte qual é aquela de que mais gostam e, se
possível, organize momentos para vivenciá-las. A partir das informações apresentadas por eles, intro-
duza algo que eles não conhecem e que tenha uma matriz cultural indígena, africana ou outra que
considere interessante. Construa com a turma os registros desta atividade.

PARA SABER MAIS:

Brincadeiras com música para crianças. Disponível em: http://gg.gg/nf2u7.


Acesso em: 06 nov. 2019.

Cantiga de roda: mandei fazer uma casa de farinha. Disponível em:


http://gg.gg/nf2va. Acesso em: 27 ago. 2019.
74 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Roda Africana. Palavra Cantada. Disponível em: http://gg.gg/nf2x7. Acesso em:


08 nov. 2019.

13 Brincadeiras Indígenas. Disponível em: http://gg.gg/nytbb.


Acesso em: 08 nov. 2019.
Arte 75

2º BIMESTRE
A LINGUAGEM DA DANÇA
A dança é uma linguagem artística do corpo em movimento. A prática da dança possibilita o desen-
volvimento da sensibilidade e da motricidade como pares entrelaçados. O domínio do movimento na dança
propicia a ampliação de repertórios gestuais, novas possibilidades de expressão e comunicação de sensa-
ções, sentimentos, pensamentos. O refinamento do corpo em movimento encontra-se articulado à expres-
sividade e à criatividade, envolvendo processos de consciência corporal (individual) e social (relacional), as-
sim como processos de memória, imaginação, concepção e criação em dança nos âmbitos artístico e estético.

A dança está presente no salão de baile, nos desfiles de Carnaval, em um encontro de danças
urbanas ou na roda de samba na rua, no pátio de uma escola, no palco de um teatro, no cinema, na
televisão. As danças têm funções e sentidos ligados ao contexto de acontecimento, aos sujeitos que
a vivenciam e que a desfrutam como público. Pensando em uma dimensão abrangente, acreditamos
que todas as pessoas podem dançar.
Se, por um lado, cada contexto de ensino e aprendizagem da dança tem contornos diferenciados,
poderíamos dizer que existe algo comum, importante a ser destacado para o professor que irá percorrer
as situações de aprendizagem aqui propostas. Dançar implica em aprender sobre o movimento que
aborda: o espaço nas suas relações de direções, níveis e planos; o tempo nas relações de pulsos, ritmos,
pausa e velocidades com e no próprio corpo, tendo a ação e a reflexão sempre presentes.

O ensino da arte na escola não tem a função de oferecer uma formação profissional, mas propor-
cionar aos estudantes a oportunidade de conhecer, apreciar, criar e viver a dança na escola, tendo
experiências com sentido e ligadas ao mundo dessa linguagem, expandindo as possibilidades de for-
mação e de participação social.

Estamos então convidando os professores de Arte para enfrentar um desafio: aproximar-se da Dança
como uma linguagem artística, procurando pontes com as demais linguagens de seu conhecimento, com suas
histórias pessoais de corpo e movimento, com suas memórias e desejos dançantes, por vezes não manifestos.

As bases ou pilares para que o processo de ensino e de aprendizagem possa ter início é que você
professor se permita vivenciar uma aproximação do próprio corpo. Além disso, sugerimos uma atitude
de observação constante do corpo e do movimento do estudante no cotidiano escolar, o que irá, sem
dúvida, lhe oferecer um rico repertório de ações corporais, formas de movimento, interações, jogos e
danças que os estudantes dominam e vivenciam entre eles na escola.

As situações de aprendizagem propostas estão fundamentadas por referenciais teórico-práticos,


didático-metodológicos oriundos da pesquisa de especialistas, artistas e educadores. De fato, subja-
zem a esse material conceitos, experiências, reflexões e danças. Sua disponibilidade de não apenas
ler, mas estudar previamente e orientar as aprendizagens dos estudantes nas atividades de dança
permitirá a ocorrência de um rico processo de conhecimento na linguagem.

Sintetizamos, a seguir, alguns conceitos importantes para o estudo e o desenvolvimento das Si-
tuações de Aprendizagem na linguagem da linguagem dança.

Em uma definição sucinta podemos dizer que o que caracteriza a linguagem da dança é o movi-
mento do(s) corpo(s) do(s) dançarino(s) no espaço e no tempo.
76 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Enfim, dançar significa experimentar o corpo em movimento para além de sua funcionalidade
(caráter instrumental) cotidiana. Do mais simples ao mais complexo dos processos de aprender uma
dança, o corpo poderá ter experiências de criação e construção de movimentos expressivos nos quais
cada estudante que dança está implicado com seu mundo interno, sua memória, sua história, dialo-
gando com o as culturas da dança presentes no mundo.

Em especial na primeira infância, as crianças estão em pleno momento de descobertas e refina-


mento de seus gestos e movimentos, tanto de caráter instrumental, quanto expressivo. Há, em geral,
uma enorme disponibilidade para mover-se. As brincadeiras da criança de seis, sete ou oito anos (es-
tudantes do 1o e 2o ano) são jogos e narrativas em movimento, muitas vezes, permeados pelo dançar.
Apesar dessa disponibilidade e da presença da própria dança, por vezes, no cotidiano de algumas
das crianças, o estudo da dança como uma das linguagens artísticas na escola irá envolver o diálogo por
meio do corpo em movimento com os pares e o professor, de maneira que o estudante possa experimentar,
criar, executar, transformar, observar, organizar diferentes maneiras de dançar. Nesse sentido, cabe reiterar
que o estudo da dança na escola não pode estar restrito ao aprendizado de coreografias.

Como componentes da dança figuram: 1) o movimento (o elemento central); 2) o dançarino


(quem dança); 3) os elementos sonoros, que incluem a música, o uso da voz, o silêncio, o som am-
biente; 4) os elementos visuais que são compostos pelo espaço cênico ou pelo espaço onde a
dança acontece, envolvendo também objetos de cena, figurinos, cenários, vídeos.

O processo criativo em dança se materializa em uma composição coreográfica, a qual pode en-
volver diferentes arranjos entre o movimento e a música, entre o movimento e o espaço, entre o movi-
mento e os elementos de cena. Nesse sentido, para fruir e analisar a forma/conteúdo de uma obra de
dança é necessário observar as conexões estabelecidas entre tais componentes.

A CRIAÇÃO DO AMBIENTE
É fundamental criar um ambiente propício para o desenvolvimento das atividades. Mas, além do
espaço físico, estamos sugerindo que você, professor, crie para e com os estudantes, um lugar de
acolhimento às experiências corporais e de movimento, ampliando e enriquecendo esse universo.

Um simples espreguiçamento do corpo, quando realizado com atenção à pele e aos movimentos
articulares, pode significar uma estimulação do tato e da propriocepção (percepção do próprio corpo).
É um “chegar ao corpo”, abordando-o em suas dimensões intrínsecas – sensorial e motora. Isso sig-
nifica que estamos nos preparando para a atividade, mas, paradoxalmente, já estamos dentro dela,
porque não conseguimos nos separar de nosso corpo. No caso da dança, isso pode significar sentir
os pés, mover as articulações, sentir o espaço, ouvir a respiração. Esse momento poderá acordar,
disponibilizar, organizar, concentrar, construir, individual e coletivamente, um estado de dança.

No desenvolvimento das atividades, procure observar o estado de presença do estudante em relação ao


seu corpo, ao espaço e ao grupo em que está inserido. Além disso, esteja atento às possíveis mudanças que
acontecerão no que diz respeito à evolução da qualidade de movimento. Nesse caso, estamos chamando sua
atenção aos indicadores de observação descritos no Organizador Curricular. A observação é um processo de
avaliação contínua, pois no caso da dança trata-se de uma linguagem efêmera. Você deverá registrar os pro-
cessos, como iremos apontar a seguir, mas a riqueza da observação no percurso da ação é única e própria à
essa linguagem. Esse é seu principal material de avaliação: o corpo em movimento no percurso das atividades.
Arte 77

Para o ensino da linguagem da dança nos anos iniciais do Ensino Fundamental, os objetos de
conhecimento estão articulados com as atividades fundamentais ao aprendizado dos estudantes, res-
peitando seu desenvolvimento motor, cognitivo e socioemocional, por meio de jogos, brincadeiras,
danças de roda, criação de suas danças individuais, coletivas e colaborativas.

Essa é uma proposta de iniciação à linguagem da dança. Nesse momento da vida das crianças a in-
trodução de uma técnica, onde os movimentos repetitivos são parte da construção do aprendizado, não se
faz necessária, pois anteriormente ao exercício, é de fundamental importância o desenvolvimento de um
vocabulário e consequentemente de um repertório expressivo e simbólico no corpo, como também o co-
nhecimento de sua estrutura músculo/esquelética, em movimento. Sem esses conhecimentos, todo o
processo de exploração e criação de movimentos estará reduzido a um repertório limitado ou a um reper-
tório colado a referências midiáticas sem qualidade artística e estética, ou seja, estereotipado, onde a imita-
ção ou a cópia elimina a possibilidade de criação ou até mesmo de um olhar crítico a esses modelos.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA – ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA


Professor, a seguir oferecemos informações a respeito de como você pode atuar nas aulas para
os estudantes com deficiência. É importante inclui-los nas atividades, deixando-os seguros de que sua
participação será benéfica e de que seus espaços e tempos serão respeitados.

Deficiência Intelectual

Os estudantes com deficiência intelectual podem enfrentar alguma dificuldade no processo de


aprendizagem corporal, mas são capazes de desenvolver a corporeidade e gestualidade.

Deficiência Auditiva

Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela ausência de infor-
mações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm condições de prosseguir
aprendendo se forem informados e estimulados de forma sistemática, levando em conta sua diversida-
de linguística e possibilidades de comunicação. Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifi-
que se estão olhando para você. A maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem
uso de leitura labial e aparelhos de ampliação sonora.

Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode explicar para a
classe toda utilizando desenhos na lousa. Para a apropriação dos objetos de conhecimento, convide
um estudante para demonstrar o que deve ser feito. Fale olhando para a turma e, sempre que possível,
demonstrando os movimentos.
Indicamos, a seguir, alguns links para você ampliar seu conhecimento:

Aula de dança para deficientes auditivos. Disponível em: http://gg.gg/n8b46.


Acesso em: 03 fev. 2020.

A dança como linguagem na educação de surdos. Disponível em:


http://gg.gg/oiv5q. Acesso em: 03 fev. 2020.
78 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Deficiência Visual
O estudante com deficiência visual pode dançar. A dança para esse estudante trabalha espacialidade,
lateralidade, equilíbrio e autoestima, tornando-o mais seguro de seu corpo. Ao apresentar a dança para um
estudante com deficiência visual, é importante que você seja descritivo e claro. É através da descrição que
ele entenderá o que está sendo solicitado. Fale de forma pausada e calma. Tome cuidado com sua
entonação vocal – tons muito altos, estridentes, bruscos ou ríspidos podem assustar/inibir o deficiente
visual. É importante que este estudante se sinta seguro para participar da proposta; portanto, se necessário,
explique diversas vezes. Se preciso, solicite a outro estudante que faça a posição do que está sendo pedido
para que o estudante visual sinta o colega e entenda o que deve ser feito. Estimule o deficiente visual a
participar da aula e proponha que outros estudantes se coloquem no lugar dele, fazendo algumas atividades
adaptadas com o uso de vendas, por exemplo. Esse momento de troca aproxima os colegas e será de
grande valia no momento. Acompanhe o estudante durante a atividade, conduzindo o a fazer o movimento,
mas antes converse com ele quanto ao toque e à receptividade do mesmo.
Para ampliar essa conversa sugerimos o seguinte material de apoio:

Ballet de cegos de São Paulo se apresenta na Alemanha. Disponível em:


http://gg.gg/n8bga. Acesso em: 3 fev. 2020.

Dança além da visão: possibilidades do corpo cego. Disponível em:


http://gg.gg/n8bt6. Acesso em: 03 fev. 2020.

Inserção do deficiente visual na dança. Disponível em: http://gg.gg/n8bw7.


Acesso em: 03 fev. 2020.

DEFICIÊNCIA MOTORA

Incluir os estudantes com deficiência motora se faz necessário num universo de dança. As
limitações físicas destes estudantes não os impedem de dançar. Cabe ao professor estimulá-los e
torná-los conscientes de que seu corpo também dança.
A dança eleva a autoestima, e os movimentos podem ser adaptados caso a caso. Inclua o
estudante no processo de dança, sempre respeitando seus tempos e espaços e adaptando as
atividades propostas para a inclusão deste estudante.

PARA SABER MAIS:

Programa especial – aula de dança com a Andef. Associação Niteroien-


se dos Deficientes Físicos. Disponível em: http://gg.gg/n8bys. Acesso em:
03 fev. 2020.

A dança e a inclusão de alunos com necessidades especiais. Disponível


em: http://gg.gg/n8c0v. Acesso em: 03 fev. 2020.
Arte 79

ORGANIZADOR CURRICULAR – DANÇA

Condições didáticas
e indicações para o
Habilidades Observar se o estudante
desenvolvimento das
atividades

(EF02AR08) Experimentar,
identificar e apreciar formas
distintas de manifestações
tradicionais e contemporâneas Organizar e realizar momentos Participa da sondagem e
da dança próprias da cultura de sondagem, apreciação, da apreciação; experimenta
popular paulista de diferentes experimentação e identificação e identifica os objetos de
épocas, incluindo-se suas dos objetos de conhecimento, conhecimento, considerando seus
matrizes indígenas, africanas e considerando seus modificadores. modificadores.
europeias, cultivando a percepção,
o imaginário, a capacidade de
simbolizar e o repertório corporal.

(EF02AR10) Experimentar
diferentes formas de orientação no Organizar e realizar momentos Participa da sondagem e da
espaço (deslocamentos, planos, de sondagem, apreciação e apreciação;
direções, caminhos etc.) e ritmos experimentação dos objetos de experimenta os objetos de
de movimento (lento, moderado conhecimento, considerando seus conhecimento, considerando seus
e rápido) na construção do modificadores. modificadores.
movimento dançado.

(EF02AR12) Dialogar, com


respeito e sem preconceito, Organizar e realizar momentos de
Participa da sondagem e da
sobre as experiências pessoais e sondagem, apreciação, análise,
apreciação;
coletivas em dança vivenciadas identificação, diálogo e reflexão
Dialoga sobre as experiências
na escola, como fonte para a sobre os objetos de conhecimento,
pessoais e coletivas em dança.
construção de vocabulários e considerando seus modificadores.
repertórios próprios.

Habilidade Articuladora

(EF15AR24) Caracterizar e Organizar e realizar momentos Participa da sondagem e da


experimentar brinquedos, de sondagem, apreciação, apreciação; caracteriza e
brincadeiras, jogos, danças, caracterização e experimentação experimenta os objetos de
canções e histórias de diferentes dos objetos de conhecimento, conhecimento, considerando seus
matrizes estéticas e culturais. considerando seus modificadores. modificadores.
80 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
Habilidade:
(EF02AR08) Experimentar, identificar e apreciar formas distintas de manifestações tradicionais e
contemporâneas da dança próprias da cultura popular paulista, de diferentes épocas, incluindo-se
suas matrizes indígenas, africanas e europeias, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de
simbolizar e o repertório corporal.

Objetos de Conhecimento: Contextos e práticas


• Formas distintas de manifestações tradicionais e contemporâneas da dança

Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades realize rodas de conversa sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório elencamos, a seguir, alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades.

• Cultura Popular: é o conjunto de manifestações artístico-culturais, com características


específicas, que são desenvolvidas pelo povo que habita determinada região. No caso do
estado de São Paulo, ela apresenta duas variações:
• A caipira – aquela que acontece no interior do estado e algumas cidades da Grande São
Paulo;
• A caiçara – aquela que acontece na maioria das cidades do litoral paulista.

• Manifestações tradicionais da dança: são aquelas desenvolvidas a partir de canções e


ritmos tradicionais e folclóricos de um determinado povo. Contudo, em sua essência, podem
ser identificadas referências de diferentes matrizes estéticas e culturais. No Brasil, por exem-
plo, contamos com as matrizes: indígena, africana e europeia.
• Manifestações contemporâneas da dança: A dança contemporânea aborda muitos re-
cursos (espaços, cenários, iluminação, objetos, projeções, repetição de ações e gestos, rup-
tura de ritmos etc.), permitindo muitas possibilidades coreográficas que incorporam referên-
cias de diferentes técnicas e linguagens, realizando tramas entre elas para a concretização de
um mosaico de significados.
É importante frisar que, algumas dessas manifestações não são exclusivas do Estado, devido
às expedições realizadas por bandeirantes paulistas, a partir do início do século XVI.
Arte 81

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples,
permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a con-
versa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito.
Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos, as informações que estão
na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.

1. O que é uma manifestação artística?


2. Quais festivais, mostras ou manifestações artísticas acontecem no seu bairro? E na sua cidade?
3. Quais festejos acontecem na sua cidade, dos quais você e sua família participam?
4. Quais tipos de dança vocês conhecem? Você sabe dizer de onde elas vieram?
5. Quais as danças típicas da região onde você mora?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Para esta atividade, será necessário elaborar um painel. Para tanto, realize uma pesquisa de ima-
gens de danças tradicionais e contemporâneas, próprias da cultura popular paulista, em que apareçam
elementos das matrizes culturais indígenas, africanas e europeias.
Apresente o painel aos estudantes e promova um momento de apreciação e troca sobre os vários
tipos de dança mostrados e suas origens.

Modelo de painel:

DANÇA
Origem Africana Origem Europeia Origem Indígena
Tradicional / Contemporânea Tradicional / Contemporânea Tradicional / Contemporânea

1 3 5

2 4 6
1. Capoeira – Disponível em: http://gg.gg/lbbru. Acesso em: 22 jan. 2020. 2. Coreografia inspirada na capoeira – Vadiando,
de Ana Vitória. Crédito: Silvia Machado – Disponível em: http://gg.gg/osfim . Acesso em 24 mar. 2021. 3. The First Quadrille at
Almack's – Disponível em: http://gg.gg/lbbsd. Acesso em 22 jan. 2020. 4. Crianças dançando quadrilha – Disponível em: http://
gg.gg/lbbsq. Acesso em: 22 jan. 2020. 5. Dança Indígena – Disponível em: http://gg.gg/lbbt9. Acesso em: 22 jan. 2020. 5.
Dança de Meninos Guarani – Disponível em: http://gg.gg/ovde3. Acesso em: 22 jan. 2020.
82 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Vídeos:

Quadrilha. (dança de matriz europeia). Educa Mais. Disponível em: http://gg.gg/nexzl.


Acesso em: 05 dez. 2019.

Como surgiu a festa junina. Ebis Dias Filho. Recomendamos utilizar até
2:25. Disponível em: http://gg.gg/ney6s. Acesso em: 15 out. 2019.

Conheça a origem das quadrilhas juninas. Canal Leia Já. Disponível em:
http://gg.gg/nf2ew. Acesso em: 22 jan. 2020.

A história das festas juninas. Programa Diversidade. Disponível em: http://gg.gg/neyl7.


Acesso em: 22 jan. 2020.

Ritmos e manifestações afro-brasileiras. Maculelê Sucena. Disponível em:


http://gg.gg/neyma/1. Acesso em: 10 out. 2019.

Congada de São Benedito. Cyber Café Cunha. Disponível em: http://gg.


gg/neypy. Acesso em: 15 out. 2019.

Dança Tangara Rio Silveira. Dança típica da cultura Guarani Mbyá. Anthares
Multimeios. Disponível em: http://gg.gg/neyrn . Acesso em: 05 dez.2019.

PARA SABER MAIS:

Danças. Abaçai. Disponível em: https://bit.ly/2XwWRiC . Acesso em: 16


set. 2021.

O Espaço da Cultura: Guia Cultural do Estado de São Paulo. Fundação


SAEDE. Disponível em: https://bit.ly/3nUY8uY. Acesso em: 16 set. 2021.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Para esta atividade, proponha uma experimentação de dança popular paulista e suas matrizes
indígenas, africanas e europeias. Antecipadamente, selecione três danças, entre as indicadas a seguir,
cada uma de uma matriz diferente. Pesquise vídeos e apresente aos estudantes antes de começar a
Arte 83

dança. Mostre os passos ou a coreografia da dança aos estudantes, em partes, e repita com eles os
movimentos solicitados. Em seguida, divida o grupo em duas partes, para que uma execute os passos
da dança e a outra assista. Depois troque as turmas.
Ao final, converse com os estudantes sobre como foi praticar essas danças. Registre as respos-
tas em seu portfólio.
Para ampliação de seu repertório pessoal, elencamos algumas danças tradicionais presentes no
estado de São Paulo para auxiliá-lo no desenvolvimento das atividades.
• Dança Catira: Tem sua origem na dança indígena, com batidas de palmas e pés bem mar-
cados e violas caipiras compondo sua música. São executadas sempre em duas filas, uma
de frente para a outra. Antigamente, era dançada somente por homens, mas hoje já se veem
mulheres também participando dessa dança tradicional paulista, mas que também tem pre-
sença na região sudeste do país.
• Dança Congos: As congadas ou congos são danças de tradição que contam a história da
coroação de um rei e de uma rainha do Congo por seu povo, compostos por escravos e li-
bertos. Durante seu cortejo, são realizados passos, bailados, encenações de lutas. Tem sua
origem nas tribos africanas aqui escravizadas e no sincretismo religioso. Em alguns momen-
tos, é uma dança saltitante, com cruzamento de pernas e gingados durante o cortejo, reali-
zado pelos congos (os guardas). Já os moçambiques (ver adiante) têm uma dança de bater
mais os pés, sendo mais terrena.
Por conta do sincretismo religioso, tem, em sua representação, santos padroeiros negros,
como Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, por exemplo. Tem presença de vários ins-
trumentos musicais, como tambores, chocalhos, pandeiros, sanfona entre outros.
• Dança de São Gonçalo: É uma dança de origem portuguesa, religiosa, que traz em seus pas-
sos, os bailados feitos pelo santo e seus fiéis, que também pagam suas promessas através da
dança. Geralmente, realizada por grupos, dança-se em pares, que ora se separam e dançam
paralelamente e ora dançam em roda. A movimentação é sempre puxada pelos violeiros, o mestre
e o contramestre que envolvem os dançarinos com volteios, coreografias breves, cruzamento das
filas e bater dos pés. Está presente no estado de São Paulo, tanto no interior quanto no litoral,
sempre perto de uma localidade com o mesmo nome do santo e seus festejos. É sempre realiza-
da diante de um altar improvisado, remetendo à época em que era dançada dentro da igreja.
• Dança de Pares: Nascida nos bailes da corte europeia e trazida para o Brasil pelos portu-
gueses, as danças de pares carregam essa herança cultural em seus passos, com momentos
de mãos dadas e enlaçados, dançadas aos pares, às vezes soltos, às vezes juntos, tem va-
riações de acordo com sua localidade no estado de São Paulo.
• Dança Fandango: É uma dança que remonta os passos das festas regionais, dos tropeiros
e que em nosso estado se divide em dois tipos específicos, o Fandango do Litoral e o Fan-
dango do Interior, assim denominada por suas questões geográficas.
O Fandango do Litoral, que também pode ser conhecido como fandango bailado ou dança-
do, é realizado por casais que arrastam os pés no chão, saltam, e batem palmas durante a
dança, ao mesmo tempo em que os pares trocam de lugar, na formação circular.
O Fandango do Interior, também conhecido como rufado ou batido, é dançado apenas por
homens, que podem usar tamancos (fandango de tamancos) ou botas (fandango chileno).
Um sapateado marcado e barulhento acompanha o ritmo da música que, geralmente, é toca-
da por violas caipiras.
Vale lembrar que o Fandango das regiões sul e sudeste do país se difere, e muito, do fandango
do norte e do nordeste. O fandango paulista está mais ligado a danças regionais e bailados,
com uma raiz trazida pelos tropeiros, tendo como referência, as chulas e o cateretê; já o fan-
dango nordestino está mais ligado às marujadas e festas de marujos recém-chegados ao país.
84 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

• Dança Jongo: O jongo é uma dança tradicional da região sudeste, que tem origem africana. Seu
ritmo foi fonte para o samba que conhecemos hoje. Sua dança acontece em roda, no sentido anti-
-horário e ao redor de uma fogueira. É uma dança em roda, onde o dançarino mais velho ou o
mestre chama, para o centro da roda, a dançarina mais velha, para abrirem a dança, como referên-
cia para os outros participantes. Esses dançarinos deslizam os passos, batem os pés, giram e dão
saltinhos, balançando o corpo da esquerda para a direita e vice-versa; fazem movimentos com
referência à umbigada, encontrando-se e separando-se, indo e voltando diversas vezes. Depois os
pares vão trocando, dando a chance de todos poderem dançar. Quem está na roda, ajuda a man-
ter o ritmo com o bater das palmas. O jongo é tocado, basicamente por três tambores, denomina-
dos caxambus. De acordo com a região, alguns passos da coreografia são diferentes.
• Dança Maculelê: O Maculelê é uma dança que tem raízes africanas e indígenas, resultando na
mistura da dança, jogo e luta onde se usam bastões. Hoje, homens e mulheres participam de uma
dança, onde se faz uma roda e dois dançarinos se desafiam para uma luta com bastões, gingan-
do com o corpo e batendo com os bastões no alto, uma vez com seus próprios bastões e, outra
vez, nos bastões do outro dançarino. Tais danças eram utilizadas para distrair os capatazes das
fazenda durante a fuga de escravos. São vistas apresentações começando em filas e depois se
transformam em rodas e vice-versa, mas sempre com muito gingado. Tem a presença de um
mestre, conhecido como Macota, que puxa a dança e seus seguidores; depois, em roda, os dan-
çarinos se alternam nos embates dançados no centro da roda. É acompanhado de uma percus-
são forte, feita por atabaques e tambores que marcam o ritmo da dança.
• Dança Moçambique: Os Moçambiques são folguedos (apresentações que envolvem dan-
ças dramáticas) que têm sua origem na África, e por meio do sincretismo religioso, trazem
representações dos santos negros nas fitas coloridas de suas vestimentas, geralmente bran-
cas e com guizos presos aos tornozelos dos dançarinos e um bastão nas mãos. É conhecida
como uma dança cortejo em que são formadas duas fileiras, frente a frente. onde os dança-
rinos, que se movimentam com passos para a frente, indo de encontro aos dançarinos que
estão em sua frente e batem os bastões e voltam aos seus lugares. O som da batida dos
bastões também ajuda na marcação e no ritmo da música, que é tocada por tambores e
pandeiros e cantada por seus participantes. Tem esse nome por ter em sua participação,
escravos oriundos desse país africano.
• Dança de Fitas: Composta por homens e mulheres que dançam, entrelaçando as fitas, pre-
sas no alto de um mastro. Conforme os dançarinos dançam, fazendo movimentos de roda
que vai e volta, as fitas se entrelaçam. De origem portuguesa, remete à celebração às árvores,
por conta de sua fertilidade e resistência.

PARA SABER MAIS:

Indicamos os links a seguir sobre algumas das danças tradicionais citadas:

Cultura e Arte Abaçaí. Organização social que mapeia a as manifestações


culturais no Estado de São Paulo. Disponível em: http://abacai.org.br/.
Acesso em: 04 dez. 2019.

Cultura Popular. Página da Secretaria de Cultura do Estado de Alagoas que traz


muitas informações sobre danças tradicionais. Disponível em: http://gg.gg/lbbwo.
Acesso em: 28 jan. 2020
Arte 85

Danças Brasileiras. Moçambique – Reportagem dividida em três parte sobre


a Dança Moçambique. Disponível em: http://gg.gg/lbbxj. Acesso em: 28 jan.
2020.

Festival de Folclore de Olímpia. Página sobre festival de folclore de Olímpia que


mostra vários tipos de dança. Disponível em: http://gg.gg/lbby1. Acesso em: 28
jan. 2020.

Dança de São Gonçalo. Centro de Danças de São Gonçalo. Disponível em:


http://gg.gg/nezdr. Acesso em: 28 jan. 2020.

Pesquisa sobre Danças folclóricas brasileiras. Unicamp. Disponível em:


http://gg.gg/nf0t7. Acesso em: 28 jan. 2020.

Vídeo sobre danças regionais. Jongo com a pesquisadora Monique Pereira.


Disponível em: http://gg.gg/nf0vm. Acesso em: 28 jan. 2020.

Apresentação de Maculelê. Roda Bamba. Disponível em: http://gg.gg/lbbyj.


Acesso em: 28 jan. 2020.

Fandango Caiçara. Revelando São Paulo. Disponível em: http://gg.gg/lbcr2.


Acesso em: 31 jan. 2020.
86 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Habilidade:
(EF02AR10) Experimentar diferentes formas de orientação no espaço (deslocamentos, planos, direções,
caminhos etc.) e ritmos de movimento (lento, moderado e rápido) na construção do movimento dançado.
Objetos de Conhecimento: Elementos da Linguagem
• Diferentes formas de orientação no espaço
• Ritmos de movimento

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas cinco atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/
recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os obje-
tos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o
estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples,
permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a
conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito.
Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos, as informações que es-
tão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
1. Que parte do corpo se movimenta, enquanto a gente dança?
2. As palavras que usamos nesta atividade são termos específicos da linguagem da dança. Quais já
conheciam? Quais outros conhecem?
3. Quais tipos de ritmos de movimentos vocês conhecem?
4. O que é fácil e o que é difícil quando se dança em grupo?
5. Toda pessoa dança do mesmo jeito? O que muda?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise os vídeos antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a apreciação, refor-
ce os conceitos trabalhados na atividade anterior e faça as perguntas, a seguir. É importante que eles
possam falar sobre o que reconhecem e percebem. Após a apreciação, solicite que registrem, o que
aprenderam, por meio de desenhos. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo pessoal
ou no da escola, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.
1. Brincadeiras podem ser transformadas em danças? Como?
2. Por que é importante brincar e dançar, respeitando o jeito de cada um?
3. Já assistiram a um espetáculo de dança que envolve brincadeiras, danças populares brasileiras e
improvisação? Quando? Onde?
Vídeos

EP #10 - T2 - Brincar e Dançar - Daqui pra lá, de lá pra cá. São Paulo Cia.
de Dança. Disponível em: https://bit.ly/3CAoTsG . Acesso em 16 set. 2021.
Arte 87

EP #05 - T2 - Brincar e Dançar - Cadê o toicinho que estava aqui?. São Paulo Cia.
de Dança. Disponível em: https://bit.ly/3CAoTsG . Acesso em 16 set. 2021.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Para esta atividade, agende a quadra da escola ou um local com espaço amplo. Explique que a
atividade é caminhar em diferentes direções, respeitando o espaço de cada um. O movimento inicia/
termina quando você bater uma palma. Antes da palma, você vai indicar o que deve ser feito: andar para
frente; para trás; para direita; para esquerda; na diagonal (de forma simples ou combinada: para frente na
diagonal direita, por exemplo). Explique que você dirá em que direção eles deverão seguir. É importante
indicar pontos de referência no ambiente (centro do espaço, canto direito, canto esquerdo, frente, atrás).

Após realizar os deslocamentos, proponha uma brincadeira de “desmontar e montar o corpo”.


A cada palma que você der, eles irão desmontar, aos poucos (deslocando o peso do corpo numa di-
reção), até chegar ao chão. Depois, é a vez de montar. A cada palma sua, eles irão voltando, aos pou-
cos, até ficarem novamente em pé. Essas duas etapas podem ser repetidas, alternando a velocidade,
até surgir uma dança de “desmontar e montar”, por exemplo. No final, retome o que foi dito sobre
dança na atividade anterior e o que puderam observar/sentir dançando, apontando alguns conceitos
de dança: corpo/movimento no tempo e no espaço. Questione também aos estudantes, se eles per-
ceberam que dançaram e/ou quase criaram uma dança.

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Professor, nesta atividade trataremos dos diferentes níveis de dança:

• Nível alto – foto 1 – São movimentos realizados em pé e / ou feitos com os braços para cima.

Cena de Peekaboo, de Marco Goecke – Imagem: Marcela Benvegnu. Disponível em:


http://gg.gg/osfht. Acesso em 24 de mar. 2021.
88 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Nível médio – foto 2 – São movimentos realizados com os joelhos flexionados, agachado, ajoelhado
ou sentado.

Larissa Lins e Geivison Moreira em Fada do Amor de Márcia Haydée – Imagem: Wilian Aguiar.
Disponível em: http://gg.gg/osfiy. Acesso em 24 mar. 2021.

Nível baixo – foto 3 – São movimentos realizados no chão, como arrastar, deitar-se, rolar.

Beatriz Hack em Primavera Fria de Clébio Oliveira – Imagem: Wilian Aguiar. Disponível em:
http://gg.gg/osfjd. Acesso em 04 dez. 2019.

Organize os estudantes em roda e explique que você vai fazer um movimento e, a partir do estu-
dante que estiver à sua direita, todos devem imitá-lo, um de cada vez, numa sequência. Inicialmente,
você deve aguardar que o movimento percorra a roda até chegar em você novamente. Isso os ajudará
a entender a atividade.
Depois que todos entenderam, reforce que cada um deve esperar sua vez e estar atento às mudanças de
movimentos, que você vai fazer no decorrer do jogo. Observe as sugestões de movimentos no quadro a seguir.
Arte 89

1. sentar – nível baixo 6. arrastar – nível baixo


2. ajoelhar – nível médio 7. esticar o corpo – nível alto
3. ficar de pé – nível alto 8. rodopiar – nível alto
4. deitar – nível baixo 9. agachar – nível baixo
5. rolar – nível baixo 10. pular – nível alto

Conte quantos estudantes estão participando da roda. Como exemplo, vamos considerar que
são 30. Você deve introduzir um novo movimento, quando o movimento chegar no estudante que es-
tiver na posição 15 da roda e, assim, sucessivamente, seguindo a mesma sequência (sempre à direita).
Desta forma, haverá dois movimentos acontecendo simultaneamente.
Exemplo: você se senta; o primeiro estudante à sua direita se senta; o segundo se senta e, assim,
sucessivamente, até chegar no décimo quinto estudante. Nesse momento, você introduz o movimento
novo – ajoelhar – para o primeiro estudante à sua direita, começando uma nova sequência. Sendo as-
sim, enquanto o décimo sexto estudante estiver se sentando, o primeiro estará ajoelhando. Todos os
estudantes deverão estar atentos e repetir os movimentos na ordem em que foram apresentados.
Ao finalizar a atividade, converse com os estudantes sobre as ações que eles realizaram. Peça
que falem sobre o que foi fácil e o que foi difícil, como se sentiram, se perceberam que a dança é uma
sequência de movimentos. Registre o que ficou dessa conversa.

PARA SABER MAIS:

Elementos estruturantes da dança. Disponível em: http://gg.gg/lbc8c.


Acesso em: 24 set. 2019.

ATIVIDADE 5 – AÇÃO EXPRESSIVA III


Agora, proponha que os estudantes formem grupos para pensar em bichos que andam de diferentes
maneiras. Cada grupo deve escolher um bicho e imitar seu jeito de andar e seus movimentos, utilizando o nível
baixo, o médio e a passagem de um para o outro, enquanto os outros grupos tentam adivinhar qual é o bicho.
Incentive a exploração das possibilidades de movimentos do animal escolhido – das diversas partes do corpo,
do corpo como um todo e o peso (a qualidade de entrega ou resistência à gravidade, graduações entre leve
e firme). Oportunize momentos para os estudantes relatarem suas sensações durante a experimentação.
Pergunte aos estudantes:

1. Quais sensações e dificuldades sentiram durante a atividade?


2. Quais movimentos mais gostaram de fazer? Por quê?
90 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM III

Habilidades:
(EF02AR10) Experimentar diferentes formas de orientação no espaço (deslocamentos, planos,
direções, caminhos etc.) e ritmos de movimento (lento, moderado e rápido) na construção do movimento
dançado.

Objetos de Conhecimento: Elementos da Linguagem


• Diferentes formas de orientação no espaço
• Ritmos de movimento

(EF02AR12) Dialogar, com respeito e sem preconceito, sobre as experiências pessoais e coletivas em
dança, vivenciadas na escola, como fonte para a construção de vocabulários e repertórios próprios.

Objetos de Conhecimento: Processos de Criação


• Experiências pessoais e coletivas em dança

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas seis atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/
recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os obje-
tos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o
estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e co-
locações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa para
pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos,
as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua
realidade e necessidade.

1. O que entendem sobre espaço? Como o corpo de um dançarino pode se movimentar no espaço?
2. Como podem ser os deslocamentos de um dançarino que dança em um palco e um que dança
em uma praça?
3. Lembrando o que são planos baixo, médio e alto, como é o movimento de um dançarino quando
ele faz um movimento no plano baixo, médio e alto?
4. O corpo de um dançarino pode se movimentar em ritmo lento, moderado e rápido? Como vocês
percebem essa movimentação na dança?
Arte 91

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise os vídeos/áudios, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a apreciação,
reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior. É importante que eles possam falar sobre o que
reconhecem e imaginam ao apreciar. Após a apreciação solicite que registrem, o que aprenderam, por
meio de desenhos. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo pessoal ou no da escola,
para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.

Vídeos:

Brincos e folias. Balangandança. Disponível em: http://gg.gg/lbctz. Acesso em:


24 set. 2019.

O tal do quintal. Disponível em: http://gg.gg/lbcuf. Acesso em: 24 set. 2019.

Balangandança. (Relato sobre a dança contemporânea para crianças): Disponível


em: http://gg.gg/nf1xx. Acesso em: 24 set. 2019.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Agende a quadra ou outro espaço amplo da escola para realizar o aquecimento corporal indicado
a seguir. Oriente os estudantes a caminharem pelo espaço, seguindo o roteiro indicado, alternando os
ritmos do movimento – lento, moderado e rápido, ao seu comando.

• Caminhar – como se, no chão, tivesse areia quente; pedrinhas; grama; gelo; tapete macio;
água quente etc.

• Carregar – como se estivessem carregando um prato; uma bola; um saco de areia; um


passarinho; uma cadeira; uma sacola; um bebê etc.

• Ações cotidianas – como se estivesse fritando um ovo; falando ao celular; cortando pão;
tomando banho; escrevendo uma carta; jogando bola etc.

• Ações corporais – alisar, torcer, vestir, amarrar, abrir, erguer.

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Organize os estudantes em uma lateral do espaço, em pé ou sentados, para brincar de “História
da Serpente”.
Explique que “História da Serpente” é uma brincadeira cantada, e que, após a apreciação dos
vídeos indicados, todos vão brincar, utilizando diferentes formas de movimentos e ritmos corporais
92 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

(deslocamentos, planos, direções, caminhos, lento, moderado e rápido na construção de um movi-


mento dançado. Escolha um estudante que representará a serpente e ficará andando pelo espaço,
cantando a música a seguir. Explique que, em um determinado momento, o estudante/serpente esco-
lherá um outro estudante que passará por baixo da perna do mesmo e irá para atrás dele, formando
uma fila, segurando em sua cintura (representando o corpo da serpente) e, assim por diante, sempre
passando por baixo das pernas de quem já está na fila, aumentando o tamanho do corpo da serpente,
até todos participarem (oriente para utilizar todo o espaço da sala ao representar a serpente, fazendo
deslocamentos em todas as direções e caminhos).
Você pode variar a brincadeira, colocando mais de uma serpente e orientando que os estudantes
alternem o ritmo do andar na brincadeira (lento, moderado e rápido).

Letra de música (existem outras versões)

Esta é a história da serpente


Que desceu o morro para procurar
Um pedaço do seu rabo
E você é,
E você é, mais um pedaço do meu rabo.

PARA SABER MAIS:

História da serpente. Brincadeira e música – Studio Kids. Disponível em:


http://gg.gg/nf1zb. Acesso em: 05 dez. 2019.

Outras brincadeiras. Mapa do Brincar. Disponível em: http://gg.gg/lbcv3.


Acesso em: 10 out. 2019.

ATIVIDADE 5 – AÇÃO EXPRESSIVA III


Para esta atividade, providencie uma seleção variada de músicas, de preferência instrumental,
dentro do gênero popular ou erudito, com diversos ritmos, para estimular a exploração dos planos no
espaço e dos ritmos nos movimentos corporais.
Organize a sala de aula ou outro espaço amplo, disponível na escola. Divida a turma em três gru-
pos e oriente que o primeiro grupo fique em pé, o segundo sentado em uma cadeira e o terceiro dei-
tado. Explique que, ao som da música, devem executar movimentos utilizando pernas, pés, braços e
mãos, seguindo o ritmo da música. Troque as posições para que todos experimentem a movimentação
do corpo no espaço, explorando os planos alto, médio e baixo. Em seguida, solicite que fiquem todos
em pé e se desloquem, conforme suas indicações (para frente, de lado, para a esquerda, para trás
etc.), em várias direções no espaço, movimentando-se em ritmo rápido, lento ou moderado, de acordo
com o ritmo da música.
Arte 93

ATIVIDADE 6 – AÇÃO EXPRESSIVA V


Finalizando a Situação de Aprendizagem é o momento de estimular o estudante a dialogar, com
respeito e sem preconceito, sobre as experiências pessoais e coletivas em dança vivenciadas na esco-
la, como fonte para a construção de vocabulários e repertórios próprios. Finalizada a conversa, faça um
fechamento, valorizando positivamente a liberdade de expressão.
Como forma de complementar a experiência em dança até aqui, solicite que cada um registre, em
forma de desenho, tudo o que lembram ter vivenciado e aprendido. Finalizados os desenhos, peça que
eles os apresentem e falem sobre as suas experiências. É importante que cada um fale sobre seu de-
senho e todos escutem o que o colega tem a dizer.
94 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM IV
Habilidade:
(EF15AR24) Caracterizar e experimentar brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias
de diferentes matrizes estéticas e culturais.

Objetos de Conhecimento: Matrizes Estéticas e Culturais


• Brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias
• Diferentes matrizes estéticas e culturais

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com
os objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades realize rodas de conversa sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos, abaixo, alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades.

• Matrizes estéticas e culturais indígenas, africanas e europeias são parte fundamen-


tal da cultura brasileira: Elas carregam referências e formas de expressão cultural, de usos
e costumes, englobando a poética artística que representa especificamente uma etnia, um
grupo, um povo, uma nação.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e
colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa
para pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus ca-
dernos, as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo
com sua realidade e necessidade.

1. Quais brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias, vocês conhecem?


2. Como surgiram brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias?
3. Pensando em brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias que vocês conhe-
cem, quem ensinou vocês?
4. Quais brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias vocês mais gostam? Por quê?
5. Quais brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias você conheceu com as pes-
soas da sua família?
Arte 95

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Depois de conversar com os estudantes, você terá um parâmetro sobre o que eles já conhecem
sobre brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias. A partir dessas informações, reali-
ze uma pesquisa e traga imagens de brinquedos, brincadeiras, jogos, letra de canções e textos e/ou
livros paradidáticos com lendas e histórias de diferentes matrizes estéticas e culturais. Apresente e
exponha esse material na sala e realize um momento de apreciação. Estimule a leitura das imagens e
inicie uma conversa a partir de cada uma delas.
Analise os vídeos, antes de apresentá-los aos estudantes.

Vídeos:

Museu dos brinquedos – Acervo. Disponível em: http://gg.gg/n2nlb.


Acesso em: 13

Brincadeiras populares. Disponível em: http://gg.gg/lbchm. Acesso em:


13 fev. 2020.

Jogos e brincadeiras infantis populares. Disponível em:


https://bit.ly/3bmdUHN . Acesso em: 13 fev. 2020

Danças populares do Brasil e do mundo. Disponível em: http://gg.gg/nf2gv.


Acesso em: 13 fev. 2020.

Cantigas populares. Disponível em: http://gg.gg/nf27f. Acesso em: 13 fev. 2020.

Contos da tradição oral. Disponível em: http://gg.gg/nf289. Acesso


em: 13 fev. 2020.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Nesta atividade, você e os estudantes criarão um BARAGANDÃO – brinquedo de origem popular.
Para esta atividade, separe antecipadamente, os seguintes materiais: folhas de papel crepom (cortadas em
tiras de 4 cm); jornal; cola ou fita crepe, tesoura, barbante. Explique para os estudantes que eles irão cofec
cionar um brinquedo muito interessante chamado “Barangandão”, conforme as instruções a seguir.
96 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Modo de fazer: Corte o papel crepom em tiras com largura de 4 cm. Junte dez tiras de cores
diferentes. Pegue metade de uma folha de jornal e dobre até ficar com as medidas de 10 cm x 5 cm.
Dobre ao meio. Coloque as tiras de papel crepom e o barbante dentro da dobra e grampeie. Passe fita
crepe em volta para fixar melhor. Se preferir, pode amarrar com o barbante.

Modo de brincar:

Para brincar, oriente os estudantes a segurarem o barbante e girar bem rápido.


Estimule-os a observar como o corpo interage com os movimentos criados com o uso do brinquedo.
Reforce que é importante que eles mantenham a distância uns dos outros para que os brinquedos
não se enrosquem ou aconteçam acidentes.

Para saber mais:


Como fazer um Barangandão Disponível em: http://gg.gg/nf29q.
Acesso em: 23 jan. 2020.

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Após a confecção do Barangandão, é o momento de os estudantes criarem uma dança, utilizan-
do o brinquedo. Primeiramente, retome ritmos do movimento e orientação no espaço já vivenciados
nas atividades anteriores. Pergunte que tipos de movimentos podem fazer com o corpo, utilizando o
objeto construído por eles, utilizando níveis: baixo/médio/alto; intensidade: leve/pesada, velocidades:
lenta/ moderada/rápida. Deixe que eles falem um pouco sobre essas possibilidades.

Em seguida, diga aos estudantes que agora, é o momento de, em grupos, criarem a sua dança
com o brinquedo. Cada grupo fará a sua apresentação enquanto os outros apreciam. Essa atividade
também pode ser realizada individualmente.
3° ano

Arte
 99

1º BIMESTRE
A LINGUAGEM MUSICAL
Sabemos que a Música é uma das linguagens da arte e, deste modo, pode demandar conhecimento
teórico e técnico específico. Muitos anos de prática e estudo são necessários para o desenvolvimento de
conhecimento e habilidades em nível profissional. Neste caso, são pessoas que optam por dedicar suas
vidas, aperfeiçoando-se constantemente, em busca do desenvolvimento técnico e expressivo.

No decorrer da história da música, desenvolveu-se conhecimento estético e teórico acerca desta


produção cultural. Este arcabouço nos ajuda a compreender e aprofundar a nossa aprendizagem na lingua-
gem musical. Para nós e nossos estudantes, a falta deste conhecimento em sua amplitude não diminui a
capacidade de sentir os sons. Contudo, a aprendizagem em música se sustenta com a assimilação e a
articulação de recortes importantes do conhecimento teórico com a prática criativa. Por exemplo, se nos
preocupamos em ensinar a escrita das figuras rítmicas, em outros momentos das aulas deixamos os estu-
dantes “senti-las” no próprio corpo. De que valeria saber todos os nomes das notas, dos acordes e das
tonalidades se não conseguíssemos usá-los em uma música por nós composta ou interpretada?

O que é Música? Música é a Linguagem dos Sons. Mas o que isto significa?
O cotidiano é repleto de sons, inclusive nossa linguagem verbal utiliza sequências de sons e silêncios
(consoantes, vogais e pontuações) para explicar, descrever, pedir, argumentar, suplicar, entusiasmar etc.
Nossa fala organiza-se por meio de palavras que formam frases e textos. E estas sequências de sons (pa-
lavras) podem representar nomes próprios, conceitos, objetos, situações ou ações. Neste caso, os sons
são imediatamente convertidos em linguagem verbal. Agora, imagine duas pessoas que conversam em um
idioma que não dominamos. Não compreendemos sua comunicação verbal! Quase escutamos tal conver-
sa como se fosse música: uma sequência de timbres (ao menos um diferente de cada pessoa), os sons das
consoantes e das vogais, as entoações, inclinações para o agudo e para o grave (alturas), intensidades
distintas no decorrer do tempo e a velocidade com que cada som é emitido (durações).

Poderíamos considerar este diálogo como música? Houve uma intenção musical por parte dos emis-
sores dos sons? Houve uma interdependência musicalmente planejada dos parâmetros sonoros? O objetivo
da conversa foi exclusivamente a comunicação verbal entre aqueles sujeitos? É importante refletir sobre isso.

Quando trabalhamos com a linguagem dos sons, organizamos no tempo todos os parâmetros
intrínsecos de uma música de uma forma equilibrada e transparente. Tanto o ouvinte quanto o execu-
tante devem perceber diversas características simultâneas dentro de uma mesma frase musical.

Ao cantar uma música coletivamente, nossos estudantes devem perceber a voz do professor, a
sua própria e a de seus colegas; caso contrário, ritmo e afinação estarão definitivamente prejudicados.
Ao executar com clareza e transparência, demonstramos a interdependência entre os parâmetros,
conseguimos nos comunicar com esta linguagem dos sons.

Em alguns casos, a música pode exprimir ideias extramusicais. Isto é facilmente exemplificado por
meio dos hinos patrióticos. Ao escutar o Hino Nacional Brasileiro, mais do que uma música, este conjunto
de sons expressa o nosso povo, nossas cores, nossa natureza, nossos cheiros, conquistas e fracassos.
Raramente escutamos esse hino como uma sequência de alturas, durações, timbres e intensidades
interdependentes entre si. O mesmo pode acontecer com vinhetas televisivas e, de uma maneira mais indi-
100 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

vidualizada, com músicas que ficaram marcadas em nossas memórias. Dentre os motivos, poderíamos
destacar emoções vividas ou eventos que presenciamos, nos quais determinada música esteve presente.

De fato, o discurso musical não comunica ideias, conceitos e ações como a linguagem verbal.
O âmbito de sua ação está associado às emoções e sentimentos. E no contexto até aqui apresentado,
a prática musical poderia ser o equilíbrio entre esses aspectos emocionais (a paixão, o que move) com
os aspectos racionais (o procedimento, o saber fazer e o compreender), como ocorre na execução de
ritmos, frases, harmonias, melodias etc.

Uma enorme conquista será promover o conhecimento de um vocabulário comum para falar de
sons. O contraste entre elementos musicais já é um ótimo começo! Palavras como grave e agudo,
lento e rápido, comprido e curto, forte e fraco, podem parecer simples, mas são fundamentais para o
desenvolvimento musical e precisam ser exercitadas para sua correta assimilação.

Destacamos que é de fundamental importância que você, professor, se aproprie dos conteúdos,
conceitos e procedimentos apresentados neste material, com a finalidade de ensiná-los com seguran-
ça e tranquilidade. Sendo assim, as colocações teóricas, partituras e explicações mais detalhadas
servem para a sua aproximação com a música. Além disso, a aprendizagem da música na escola en-
volve ouvir, entender, apreciar, improvisar, pesquisar, conhecer, experimentar e praticar num processo
contínuo que dependerá da sua persistência e dedicação. Refletir sobre o que é realizado durante as
atividades, o ajudará a conhecer o estudante musicalmente.

A seguir, apresentamos um aporte sobre a Educação Inclusiva, Avaliação e Recuperação.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA – ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA


Todos os estudantes são capazes de aprender. Esse processo é individual, e o professor deve
estar atento para as necessidades individuais e coletivas. Estudantes com deficiência visual e auditiva
desenvolvem a linguagem e o pensamento conceitual.

Os estudantes com deficiência intelectual podem enfrentar mais dificuldade no processo de


aprendizagem musical, mas são capazes de desenvolver oralidade e reconhecer sinais gráficos.

É importante valorizar a diversidade e estimular o desempenho sem fazer uso de um único nivelador.
A avaliação deve ser feita em relação ao avanço do próprio estudante sem usar critérios comparativos. O
princípio de inclusão parte dos direitos de todos à Educação, independentemente das diferenças e neces-
sidades individuais – inspirada nos princípios da Declaração de Salamanca (Unesco, 1994) e está presente
na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva, de 2008.
Todos devem saber o que diz a Constituição, mas principalmente conhecer a meta 4 do Plano
Nacional de Educação (PNE):

Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtor-


nos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação
básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de
ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais,
classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados. (BRASIL, 2014).
 101

A Lei nº 7.853 estipula a obrigatoriedade de todas as escolas em aceitar matrículas de estudan-


tes com deficiência – e transforma em crime a recusa a esse direito. Aprovada em 1989 e regulamen-
tada em 1999, a lei é clara: todas as crianças têm o mesmo direito à educação. Neste contexto, o
professor precisa realizar uma adaptação curricular para atender à diversidade em sala de aula.

Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação


Inclusiva. Portal MEC. Disponível em: http://gg.gg/lc5gs. Acesso em: 23 out.
2019.

Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Planalto Federal. Disponível em:


http://gg.gg/ojdab. Acesso Acesso em: 23 out. 2019.

DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela ausência de infor-
mações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm condições de prosseguir
aprendendo se forem informados e estimulados de forma sistemática, levando em conta sua diversida-
de linguística e possibilidades de comunicação.

Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifique se estão olhando para você. A maioria se
comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem uso de leitura labial e aparelhos de ampliação sonora.

Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode explicar para a
classe toda utilizando desenhos na lousa para a apropriação dos objetos de conhecimento. Convide
um estudante para demonstrar o que deve ser feito, fale olhando de frente sempre que possível, nas
festividades utilize o Hino Nacional em LIBRAS indicado no link a seguir:

Hino Nacional em LIBRAS. Disponível em: http://gg.gg/mrj4j. Acesso em:


03 dez. 2019.

Nas atividades de apreciação musical, incentive os estudantes a colocarem as mãos sobre a


caixa de som para sentir as vibrações. Um intérprete pode traduzir sua fala.

Aula de Arte para com surdos: criando uma prática de ensino.


Nunes Real da Cruz. (Tese de Mestrado). IA/UNESP. Disponível em:
Disponível em: http://gg.gg/myums. Acesso em: 30 out. 2020.
102 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Um intérprete pode traduzir a música.


Faz parte da escolarização a ampliação de tempos, disponibilização de comunicação adequada, adequação
curricular, Acesso às novas tecnologias de informação e comunicação e diferentes formas de avaliação.

Como tornar atividades musicais acessíveis para crianças e jovens


surdos. NEPEDE-EES/UFSCAR. Disponível em: http://gg.gg/lc5hw.
Acesso em: 3 dez. 2019.

DEFICIÊNCIA VISUAL

Existe o mito de que toda pessoa com deficiência visual tem talento para música. Isso não é ne-
cessariamente verdade, pois há quem não possua habilidades vocais ou para tocar instrumentos mu-
sicais. Enxergando ou não, o estudante precisa desenvolver habilidades musicais. É preciso apresentar
oralmente um instrumento musical indicando de que material é feito, se é de metal, madeira, bambu
etc., se é um instrumento acústico ou eletrônico e também oferecer a apreciação tátil, para que ele
possa manusear e explorar os sons que se pode obter de cada instrumento.

O deficiente visual e a educação musical: metodologias de ensino. REDIVI/


UNIVALE. Disponível em: http://gg.gg/lc5ii. Acesso em: 3 dez. 2019.

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

O Componente Curricular Arte, por meio das suas diferentes linguagens, torna possível a mani-
festação de sentimentos e pensamentos colaborando com o desenvolvimento da comunicação, trans-
formando e enriquecendo as vivências musicais, através de experimentações significativas.
Estimular as relações cognitivas, emocionais e lógicas é importante e necessário para o desenvolvi-
mento global.
Nem todos os estudantes poderão formular os registros de maneira autônoma. Nesses casos, o
professor pode ser o escriba ou propor outras formas, como desenhos ou imagens recortadas. Essa
adaptação curricular garante a participação efetiva do estudante nas atividades.

Como trabalhar com alunos com deficiência intelectual –


dicas incríveis para adaptar atividades. Instituto Itard. Disponível
em: http://gg.gg/lc5jf. Acesso em: 23 out. 2019.

Avaliação e recuperação

A avaliação e recuperação proposta neste material é diagnóstica, iniciando com a ação do professor
ao investigar o que os estudantes conhecem ou não conhecem acerca dos objetos de conhecimento que
 103

serão abordados, e processual em todos os momentos de prática pedagógica, nos quais podemos incluir
diferentes maneiras de acompanhar, avaliar e recuperar as aprendizagens. Nesta concepção de avaliação
e recuperação em Arte, é importante adotar a postura de não estabelecer critérios de comparação, oferecer
possibilidades para que os estudantes alcancem os objetivos esperados, estar atento às dificuldades ex-
postas na realização das atividades e atividades e propor soluções. O fator socioemocional, presente em
todos os momentos de aprendizagem em agrupamentos produtivos1, tem em vista a formação integral do
estudante. É importante frisar que o tempo necessário para o desenvolvimento das habilidades, por meio
de situações de aprendizagem, pode variar entre uma turma e outra, mesmo que na mesma etapa.
O uso diário de registro em um portfólio é uma importante ferramenta para acompanhar os avanços e
dificuldades no desenvolvimento de habilidades e apropriação dos conhecimentos, observação dos proces-
sos criativos, relação com os colegas, considerações e suposições inteligentes2, participação, empenho,
respeito pela produção individual, coletiva e colaborativa, autoconfiança, valorização das diferentes expres-
sões artísticas, reconhecimento de que todos os obstáculos e desacertos que podem ser superados.

Dessa forma, o resultado das avaliações assegurará ao professor elementos necessários para
analisar seu planejamento, replanejar se necessário e, também, para o acompanhamento e propostas
de recuperação das aprendizagens durante o ano letivo.

Antes de iniciar as situações de aprendizagem, apresentamos o Organizador Curricular.


No quadro, estão dispostas todas as habilidades, que expressam as aprendizagens essenciais
que devem ser asseguradas aos estudantes nesta etapa. Para tanto, são descritas de acordo com
uma determinada estrutura, conforme o exemplo a seguir:

Código Alfanumérico: EF03AR13 – semelhante à numeração apresentada na BNCC.


EF = Ensino Fundamental – 03 = 3º ano – AR = Arte – 13 = número da habilidade.

Habilidade:

(EF03AR13) Experimentar, identificar e apreciar músicas próprias da cultura popular brasileira de


diferentes épocas, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias.

Verbos que explicitam os processos cognitivos envolvidos na habilidade: experimentar, identificar e apreciar.

Objetos de conhecimento mobilizados na habilidade: músicas próprias da cultura popular brasileira.

Modificadores dos objetos de conhecimento, que explicitam o contexto e/ou uma maior especificação
da aprendizagem esperada: de diferentes épocas incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeia.
Em outras habilidades, também existem modificadores de verbos. Por exemplo, “experimentar”, “utilizando”.

Condições didáticas e indicações para o desenvolvimento das atividades: demonstram as


ações necessárias para alcançar o desenvolvimento das habilidades, articuladas aos tipos de conteúdo
(Conceitual, Atitudinal, Procedimental e Factual).

1 Agrupamentos produtivos: seguem os princípios dos saberes já construídos pelas crianças em seu percurso escolar, bem como levam em consideração a
heterogeneidade de saberes existentes no espaço escolar e a sua importância na construção dos saberes dos estudantes, pois essa forma de trabalho é
ancorada, em sua concepção, pela interação entre as crianças com a mediação do professor. Fonte: em http://gg.gg/p1nzv. Acesso em: 4 set. 2019.
2 Suposições inteligentes: hipóteses de cada indivíduo, baseadas em seus conhecimentos prévios e bagagem cultural.
104 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Observar se o estudante: indicações que auxiliarão nos processos de avaliação e recuperação.

Habilidades integradoras: propõem conexões entre duas ou mais linguagens artísticas, para ampliação
das possibilidades criativas, de compreensão de processos de criação e fomento da interdisciplinaridade.

Organizador Curricular

Condições didáticas e indicações


Habilidades para o desenvolvimento das Observar se o estudante
atividades
(EF03AR13) Experimentar, Participa da sondagem
Organizar e realizar momentos de
identificar e apreciar músicas e da apreciação;
sondagem, apreciação, experimentação
próprias da cultura popular brasileira experimenta e identifica os
e identificação dos objetos de
de diferentes épocas, incluindo-se objetos de conhecimento,
conhecimento, considerando seus
suas matrizes indígenas, africanas considerando seus
modificadores.
e europeias. modificadores.
(EF03AR14) Perceber, explorar e Participa da sondagem e
Organizar e realizar momentos de
identificar pulso, ritmo, melodia, da apreciação; percebe,
sondagem, apreciação, percepção,
ostinato, andamento e compasso explora e identifica os
exploração e identificação dos objetos
por meio de jogos, brincadeiras, objetos de conhecimento,
de conhecimento, considerando seus
canções e práticas diversas considerando seus
modificadores.
de execução e apreciação musical. modificadores.
(EF03AR15) Explorar e perceber Participa da sondagem e
o próprio corpo (palmas, voz, Organizar e realizar momentos de da apreciação;
percussão corporal) e objetos do sondagem, apreciação, exploração e explora e percebe os
cotidiano como fontes sonoras, percepção dos objetos de conhecimento, objetos de conhecimento,
considerando os elementos considerando seus modificadores. considerando seus
constitutivos da música. modificadores.
(EF03AR16) Explorar e reconhecer
Participa da sondagem e
o desenho como forma de Organizar e realizar momentos de
da apreciação; explora,
registro musical não convencional sondagem, apreciação, exploração,
reconhece e diferencia
(representação gráfica de sons) reconhecimento e diferenciação de
diferentes formas de
e reconhecer a notação musical diferentes formas de representação
representação gráfica
convencional, diferenciando-a de gráfica de sons.
de sons.
outros sinais gráficos.
(EF03AR17) Apreciar e
Participa da sondagem e
experimentar improvisações
Organizar e realizar momentos de da apreciação;
musicais e sonorização de histórias,
sondagem, apreciação, experimentação experimenta os objetos
explorando vozes, sons corporais
dos objetos de conhecimento, de conhecimento,
e/ou instrumentos musicais não
considerando seus modificadores. considerando seus
convencionais, de modo individual
modificadores.
e coletivo.
Habilidade Articuladora
Participa da sondagem e
(EF15AR24) Caracterizar e Organizar momentos de sondagem,
da apreciação; caracteriza
experimentar brinquedos, apreciação, caracterização e
e experimenta os objetos
brincadeiras, jogos, danças, experimentação dos objetos de
de conhecimento,
canções e histórias de diferentes conhecimento, considerando seus
considerando seus
matrizes estéticas e culturais. modificadores.
modificadores.
 105

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
Habilidade:
(EF03AR14) Perceber, explorar e identificar pulso, ritmo, melodia, ostinato, andamento e compasso
por meio de jogos, brincadeiras, canções e práticas diversas de execução e apreciação musical.

Objetos de Conhecimento: Elementos da Linguagem


• Pulso, ritmo, melodia, ostinato, andamento e compasso

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas seis atividades. Nelas, você vai conver-
sar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os obje-
tos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/
recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa, sobre os obje-
tos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o es-
tudante”, do organizador curricular, como referência.

Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades, in-
dependentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do seu
corpo e de suas possibilidades.

Para ampliação de seu repertório, elencamos abaixo, alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.

• Pulso ou pulsação: marcação regular de um fluxo temporal, sem acentuação. Unidade regular e de
mesmo tamanho, que se mantém ao longo do tempo da música. Exemplo: tic tac do relógio analógico.

• Ritmo: Diferentes durações de sons, que se organizam sobre as pulsações e/ou compassos.
Quando canto uma melodia e a acompanho com batidas de pé ou palmas, estou fazendo o ritmo
com a voz e a pulsação com os pés ou as mãos.

• Melodia: Conjunto ou combinação de sons, de diversas alturas, dispostos numa ordem, no


decorrer do tempo, de maneira a construir frases musicais.

• Ostinato: é uma sequência rítmica repetida diversas vezes sem modificação no decorrer de uma
música. A importância deste elemento, para o ensino, decorre da facilidade em memorizá-la, ao
mesmo tempo em que se cria uma variação rítmica distinta do ritmo da melodia.

• Andamento: é a velocidade em que uma peça musical é executada.

• Compasso: é a organização dos pulsos fortes e fracos de uma música em ciclos de igual tamanho
(binário, ternário e quaternário). As canções e jogos infantis apresentam, em sua grande maioria:

• Compasso binário simples – tem dois tempos – um forte e um fraco. Exemplos: Escravo de Jó;
Marcha Soldado.
• Compasso ternário simples – tem três tempos – um forte e dois fracos. Exemplos: Terezinha de
Jesus; Meu Galinho.
106 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

• Compasso quaternário simples – tem quatro tempos – um forte e três fracos. Exemplos: Atirei
o pau no gato; Alecrim Dourado.

Quadro ilustrativo: Formas de compasso. Desenvolvido especialmente para esse material.

Parâmetros do som:

• Altura: Este parâmetro organiza os sons em toda a vasta gama que vai do grave ao agudo e
vice-versa.

• Duração: Este parâmetro nos auxilia a identificar o som no tempo. Resumidamente, podemos
dizer que um som, em toda a vasta gama, pode ser longo ou curto, considerando também,
suas infinitas variações.

• Intensidade: Este parâmetro se refere à possibilidade de um som ser forte ou fraco,


considerando também, suas infinitas variações – progressiva ou regressiva.

• Timbre: Este parâmetro reúne um conjunto de características e singularidades que nos permite
identificar uma fonte sonora. Cada emissão sonora tem qualidades que lhe são próprias, aquilo
que podemos chamar de “identidade do som”.

Para saber mais:

Música Matemática e Arte. Eliana Florindo. Disponível em:


http://gg.gg/nd4zt. Acesso em: 07 dez. 2019.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e
colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa
para pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus ca-
dernos, as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo
com sua realidade e necessidade.

1. O que é som?
2. Qual a diferença entre som e ruído?
3. O que é música? Que tipo de música vocês gostam de ouvir e cantar?
4. Onde costumam ouvir música ou cantar?
 107

5. O que é necessário para uma música existir?


6. O que sabem sobre Pulso, Ritmo, Andamento, Compasso, Ostinato, Melodia, Altura, Duração,
Intensidade e Timbre? Descreva cada um, com suas palavras.
7. Quais jogos e brincadeiras que utilizam música, vocês conhecem?
8. Alguém estuda ou estudou música? Onde? Qual instrumento?
9. Alguém já inventou uma música?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO I
Professor, analise o vídeo/áudio, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a apreciação,
reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior. Após a apreciação, organize uma roda de con-
versa e incentive-os a comentar o que aprenderam. Você pode selecionar outras referências, em seu
acervo pessoal ou no da escola, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e neces-
sidade. Esta atividade se desenvolve em duas partes:

• Parte 1: Explique que, durante a primeira apreciação, eles deverão levantar a mão direita
quando o som for forte e a mão esquerda, quando for fraco. Você pode mudar o foco para som
longo ou curto, fino ou grosso. Pergunte se eles conseguem identificar quais instrumentos
estão sendo tocados.

• Parte 2: Explique que, durante a segunda apreciação, eles deverão fechar os olhos e ficar em
silêncio para ouvir e identificar alguns aspectos sonoros, como as variações de andamento e o
ostinato, por exemplo.

Vídeo:

Sinfonia nº 6 “Pastoral”, Beethoven, Primer Movimiento – Allegro ma non


troppo. La Musica de las esferas. Disponível em: http://gg.gg/nd54r. Acesso em:
04 set. 2019.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Professor, proponha a brincadeira do “Lencinho Atrás”, que propicia o aprendizado sobre o parâ-
metro “Intensidade”. Solicite aos estudantes que sentem em roda, com as pernas cruzadas. Os es-
tudantes deverão tirar a sorte para ver quem ficará com o lenço. Quem estiver segurando o lenço,
corre ao redor da roda, enquanto os estudantes cantam bem fraco:

Corre cotia, na casa da tia


Corre cipó, na casa da vó
Lencinho na mão, caiu no chão
108 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Moça bonita, do meu coração

O dono do lenço então pergunta: Posso jogar? E todos respondem: Pode! Todos contam forte:
Um, dois, três!
Na contagem do número 3, o estudante deixa o lenço cair atrás de alguém da roda. O escolhido,
ao perceber o lenço, correrá atrás de quem o jogou antes que este se sente no seu lugar. Se conseguir
pegar aquele que jogou, ele será o próximo a jogar o lenço; se não conseguir, quem jogou o lenço
continuará segurando o lenço para jogar atrás de outro estudante.
Após a atividade, organize uma roda de conversa com os estudantes, incentivando-os a se expressa-
rem sobre a atividade realizada, verificando a aprendizagem em relação ao parâmetro – Intensidade.

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Professor, nesta atividade será explorado o parâmetro Duração e, também, Ritmo, Compasso,
Pulso, Andamento e Ostinato. Confeccione dois cartazes (do tamanho de uma cartolina), conforme
exemplos abaixo, que serão utilizados para fazer uma leitura com os estudantes.
Após a leitura dos cartazes, divida a classe em grupos, solicitando que pesquisem e desenhem
sons do cotidiano, indicando se o som é longo ou curto.
Exemplos: sinal da escola, torneira pingando, latido de cachorro, miado de gato, sirene etc. Ao
término da atividade, proponha a socialização dos registros dos sons pesquisados.

Modelos de cartazes feitos especialmente para esse material.

Professor, dentro do parâmetro Duração existem os elementos: Ritmo, Compasso, Pulso, Anda-
mento e Ostinato, que serão explorados a seguir.
Para a marcação do ritmo utilize a música “Casa de Farinha”. Lembre-se de que o mesmo pode
ser associado com os pedacinhos das palavras (sílabas fortes). Exemplo:

Mandei (palma), farinha (palma), maneirinha (palma), levar (palma), sol (palma), vento (palma),
movimento (palma), rodar (palma).

Apresente e faça a leitura da letra da música “Casa de Farinha” aos estudantes.

Mandei fazer uma casa de farinha


Bem maneirinha que o vento possa levar
Oi passa sol, oi passa chuva, oi passa vento
 109

Só não passa o movimento


Do cirandeiro a rodar.

Cante com os estudantes repetidas vezes, movimentando a roda ora para a direita, ora para a esquer-
da, observando com os estudantes que os pés se movimentam no pulso da música (os passos são trocados
no pulso). Continuar a movimentação da roda, acentuando a batida do pé no chão: tempo forte na primeira
parte da música (observe, que a música está escrita em compasso quaternário). Caso você tenha dúvidas
em localizar os tempos fortes, observe a letra da música com os tempos fortes indicados em negrito.

Ao ler a partitura abaixo, observe que a ela indica o compasso da música é quaternário (4/4).

Observação: O andamento na música é a velocidade em que ela é executada, que pode variar
do lento ao rápido e vice-versa.

Partitura Casa de Farinha, desenvolvida especialmente para esse material.

Vídeo:

Casa de Farinha – Quintal da Cultura – A canção começa em 5 minutos e 5


segundos. Disponível em: http://gg.gg/nd560. Acesso em: 06 dez. 2019.

Continuando, divida a sala em duas turmas. Solicite que a primeira turma faça o acompanhamen-
to do pulso por meio de palmas e que a segunda turma faça o acompanhamento do ritmo.

Introduza o canto, juntamente com as palmas da pulsação e do ritmo. Repita a atividade alternan-
do as turmas para que todos os estudantes compreendam a diferença entre pulso e ritmo. Varie o
110 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

andamento da música, ora lento, ora rápido.

Ostinato

Professor, para trabalhar o Ostinato (repetição da sequência rítmica), execute com os estudantes
a sequência rítmica abaixo; primeiro, as palmas; em seguida, os pés percutem o chão e, por fim, volte
para as palmas. Repita a sequência rítmica quantas vezes forem necessárias para a assimilação corre-
ta do ritmo e intensidade, caracterizando o ostinato.

Partitura Palma e Pé, feita especialmente para esse material.

No momento em que os estudantes assimilaram a sequência rítmica (base do ostinato) crie, na


segunda linha, variações de percussões corporais (batidas de mão no peito, estalar de dedos, batidas
na perna etc.), criando assim, a melodia.

Após a atividade, organize uma roda de conversa com os estudantes, incentivando-os a se ex-
pressarem sobre a atividade realizada, verificando a aprendizagem em relação ao parâmetro Duração
e, também, Ritmo, Compasso, Pulso, Andamento e Ostinato.

ATIVIDADE 5 – AÇÃO EXPRESSIVA III


Nesta atividade, será explorado o parâmetro Altura por meio do manuseio de instrumentos não
convencionais. Para isso, solicite aos estudantes que tragam, garrafas pet, galão de água de 5 litros,
latinhas de alumínio, tampinhas de garrafa, colher de pau, colher de alumínio, pote, bacia, balde de
plástico, panelas, tampas de panela etc.

Observação: Não descarte esse material pois ele será utilizado novamente na Atividade 3, da
Situação de Aprendizagem III.

Inicialmente, oriente os estudantes a explorarem os sons dos objetos que foram trazidos. Em
seguida, sob sua orientação, peça que eles organizem os materiais numa escala que vai dos sons
graves para os agudos. Finalize com uma improvisação de sons, imaginando que cada material é um
instrumento de uma banda.
 111

Melodia e Harmonia

Para que os estudantes percebam e explorem esses elementos da música, utilize a mesma pau-
ta da atividade Ostinato e os instrumentos não convencionais já experimentados, identificados e orga-
nizados em sons graves e agudos.

Solicite aos estudantes que se organizem para tocar a melodia com o auxílio das pautas abaixo. Lembrando
que melodia é a sucessão de sons musicais combinados e em harmonia, uma combinação de sons simultâneos.

Pautas feitas especialmente para esse material.

Após a atividade, organize uma roda de conversa com os estudantes, incentivando-os a se ex-
pressarem sobre a atividade realizada, verificando a aprendizagem em relação ao parâmetro Altura e,
também, os elementos musicais: Melodia e Harmonia.

ATIVIDADE 6 – APRECIAÇÃO II
Professor, inicialmente, para explorar o parâmetro Timbre, faça com os estudantes, um percurso
pela escola, onde a intenção é a escuta de sons. Explique que, para essa atividade, o silêncio é muito
importante. A cada som percebido, faça intervenções (por exemplo: De onde vem o som? Reconhe-
cem quem emitiu o som?). Outros questionamentos dependem de quais sons forem percebidos. É
importante, ao retornar à sala de aula, incentivar os estudantes a falarem sobre a experiência vivida.
Outra forma de identificar sons, pode ser realizada, a partir da apreciação do vídeo abaixo:

Descobrindo os Sons. Tio André Kids. Disponível em: http://gg.gg/oqlek.


Acesso em: 10 set. 2019.

Após as atividades, organize uma roda de conversa com os estudantes, incentivando-os a se expres-
sarem sobre elas, verificando a aprendizagem em relação ao parâmetro Timbre.
112 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Habilidade:
(EF03AR16) Explorar e reconhecer o desenho como forma de registro musical não convencional
(representação gráfica de sons) e reconhecer a notação musical convencional, diferenciando-a de
outros sinais gráficos.

Objetos de Conhecimento: Notação e Registro Musical


• Desenho como forma de registro musical não convencional; notação musical convencional; outros
sinais gráficos

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa, ao final das atividades, sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades. Para ampliação de seu repertório, elencamos abaixo, alguns con-
ceitos importantes para o desenvolvimento das atividades.

• Notação musical: Conjunto de símbolos desenvolvido para representar a duração de sons e silêncios,
representar regras e fornecer de forma clara, ao intérprete, o maior número possível de dados precisos.

• Partitura Convencional: A partitura é uma representação escrita da música, padronizada


mundialmente que, tal como qualquer outro sistema de escrita, dispõe de símbolos próprios.

• Partitura não Convencional: Neste caso, não existe um padrão de escrita; o registro de sons e
composições musicais é feito de maneiras particulares e criativas. O registro das sonoridades,
geralmente, é realizado por meio de uma legenda ou bula, que nomeia os sinais gráficos e indica
os tipos de sons ao leitor.
 113

Como fazer a bula?


Para que todos compreendam os sons registrados, é necessário elaborar uma bula, ou seja, fazer
uma lista dos sinais que foram usados para registrar cada tipo de som. Não existem regras para
determinar esses sinais; cada grupo vai definir os seus.

Buzina Criança correndo Batida de pé Palmas Grito

Modelo de bula desenvolvido especialmente para esse material.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar a sondagem, faça um passeio com os estudantes pela escola, com o ob-
jetivo de escutar atentamente os diferentes sons e identificar as respectivas fontes sonoras. Em sala de
aula, solicite que registrem por meio de desenhos, as fontes sonoras dos sons. Organize a exposição
da produção dos estudantes com a turma e solicite que cada um fale sobre o que ouviu e seus dese-
nhos. Após a socialização, alguns questionamentos deverão ser feitos. Pergunte:

1. O que é uma partitura musical?


2. Já viram uma partitura convencional? Como ela é?
3. Já viram uma partitura não convencional? Como ela é?
4. Que tipo de símbolos são usados para escrever uma música numa partitura?
5. Como é o desenho de um som? Que cor o som tem?
6. Como é que se desenha o silêncio? Que cor ele tem?
7. O que uma pessoa precisa saber para ler uma partitura?
8. Os desenhos feitos por vocês podem ser usados para tocar uma melodia?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, nesta atividade, apresente para os estudantes uma partitura com a notação conven-
cional. Durante esta apresentação converse um pouco sobre notação musical (partitura, notas, pau-
sas, claves etc.).
114 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Notação musical
Figura de
Figura de som Nome da figura Nome da figura Valor
silêncio

Pausa de
Semibreve 1
semibreve

Mínima Pausa de mínima 1/2

Paula de
Semínima 1/4
semínima

Pausa de
Colcheia 1/8
colcheia

Pausa de
Semicolcheia 1/16
semicolcheia

Fusa Pausa de fusa 1/32

Pausa de
Semifusa 1/64
semifusa
 115

Partitura Convencional

Vídeo:

Parabéns a Você – Partitura animada – Disponível em: http://gg.gg/nff05.


Acesso em: 10 set. 2019.

Partitura não Convencional

Vídeo:

InTensão – Experiências musicais contemporâneas – conservatório de música de


Coimbra – Disponível em: http://gg.gg/nfet0. Acesso em: 10 set. 2019.

Professor, agora que os estudantes conheceram um pouco sobre notação e registro convencio-
nal e não convencional, pergunte novamente se o registro que eles fizeram daria para executar uma
música. No que o registro deles difere das pautas apresentadas? E como fariam o registro para que
uma música fosse executada? Faça um comparativo com as respostas dadas anteriormente, socialize
com a turma de estudantes.
116 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Professor, esta atividade tem como foco, a Notação e o Registro Musical Não Convencional. Para
tanto, solicite aos estudantes que façam um novo registro, utilizando códigos e não a fonte sonora.

Para tal organização, explique que, em música, os códigos são organizados em espaços chamados
compassos; que devemos saber quantos tempos terá cada compasso para que todos saibam a sua
duração (dois tempos, três tempos, quatro tempos etc.) e que converteremos cada compasso em
casas, com telhados e paredes. Note que cada casa tem a sua vizinha e as paredes são as barras de
compasso, que possuem a função de delimitar as organizações de tempos fortes e fracos. No exemplo
abaixo, os compassos contêm somente dois pulsos (ou dois tempos), por isso são binários. O primeiro
tempo é forte e o segundo fraco.

Retome a legenda apresentada junto ao conceito "Como fazer uma bula" no inicio dessa situação
de aprendizagem

Compasso binário: o primeiro tempo é forte e o segundo fraco. Feito especialmente para o São Paulo faz escola.

Organize os estudantes em grupos para desenharem as casinhas com os respectivos códigos/


figuras rítmicas (quantidade de “casas” de acordo com a escolha do professor).
Cada grupo irá realizar a leitura da partitura, produzindo os sons de acordo com a sequência
apresentada. Essa leitura poderá ter, como desafio, o acompanhamento com palmas, batidas de pés
e vozes ou com instrumento de percussão.
Professor, solicite aos estudantes que escrevam a legenda para que todos os outros estudantes
possam acompanhar a leitura da partitura. Para cada som executado, pode ser criado um símbolo,
como por exemplo um estalo um coração, uma palma uma estrela, bater os pés um quadrado e assim
por diante. Retome a bula e os exemplos de notação criativa apresentada no inicio desta situação de
aprendizagem.
 117

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM III


Habilidade:
(EF03AR15) Explorar e perceber o próprio corpo (palmas, voz, percussão corporal) e objetos do
cotidiano como fontes sonoras, considerando os elementos constitutivos da música.

Objetos de Conhecimento: Materialidades


• Corpo e objetos como fontes sonoras

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você vai conver-
sar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os obje-
tos de conhecimento e seus modificadores. É importante que você, realize registros durante o desenvol-
vimento das atividades. Para avaliação/recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades,
realize rodas de conversa sobre os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as in-
formações da coluna “Observar se o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades. Para ampliação de seu repertório, elencamos abaixo, alguns con-
ceitos importantes para o desenvolvimento das atividades.

• Fonte sonora: qualquer corpo que vibra e produz um som. São necessárias três condições
para a percepção sonora: um “emissor” (fonte sonora); um “meio material” (por onde o som se
propaga); um receptor (quem recebe o som).

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize seus estudantes em círculo para uma roda de conversa e inicie a sondagem,
perguntando aos estudantes, quais sons o corpo humano é capaz de produzir.

1. Quem consegue acompanhar o som de uma música batendo palmas ou pés?


2. Que tipo de som se produz quando se bate com a mão no peito?
3. Quais sons são produzidos pela natureza?
4. Quais são os instrumentos vocês conhecem?
5. Quais instrumentos feitos com plástico, vidro, metal, madeira ou outros tipos de sucata, já viram?
6. Já produziram sons com garrafas pet, baldes, bacias plásticas, latas ou algum outro tipo de coisa?
7. Qual é o som que a panela de pressão emite?

À medida que a conversa se desenvolve, registre na lousa, as informações que os estudantes


fornecerem e faça um fechamento no final da aula.
118 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, assista os vídeos, antes de apresentá-los.

Samba Lelê – Barbatuques. Disponível em: http://gg.gg/nijh7. Acesso em:


12 set. 2019.

Peixinhos do Mar – Barbatuques. Disponível em: http://gg.gg/nijls. Acesso em:


12 set. 2019.

Após a apreciação, proponha aos estudantes que façam uma exploração dos sons corporais mape-
ando a Altura dos sons (agudos, médios e graves), a Intensidade dos sons (forte e fraco), de acordo com
as tabelas abaixo. Ao final, organize e proponha aos estudantes que socializem suas pesquisas.

Altura do som
Agudos (fino) Médios Graves (grosso)
Estalar os dedos Bater palmas Bater no peito
Estalar a língua com a boca
Bater os dentes Bater na bochecha esticada
em formato de “o”
Bater em uma das palmas Bater palmas com as mãos Bater palmas com as mãos
com dois dedos atravessadas em formato de concha

Intensidade do som
Forte Fraco
Bater os pés Estalar os dedos
Bater no peito Bater dois dedos
Percussão vocal grave Sopros

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA


Esta atividade tem como base, a brincadeira “Escravos de Jó”, que oferece uma melodia im-
portante para o desenvolvimento musical. Inicie, perguntando aos estudantes se já brincaram de “Es-
cravos de Jó”, se sabem a letra e se alguém conhece essa música com a letra diferente? (Dependendo
da região, a letra pode variar). Abaixo, uma versão popular no estado de São Paulo:

Escravos de Jó, jogavam caxangá.


Tira, põe, deixa ficar.
Guerreiros com guerreiros, fazem zigue zá,
Guerreiros com guerreiros, fazem zigue zá.
 119

Apresente aos estudantes uma variação da brincadeira “Escravos de Jó” com


percussão corporal, realizada pelos estudantes da E.E. Jussara Feitosa Domschke
– Diretoria de Ensino Região de Suzano. Disponível em: http://gg.gg/nijmz.
Acesso em: 07 dez. 2019.

Recupere os instrumentos não convencionais para a marcação da música, reaproveitando o ma-


terial já utilizado na Atividade 5 da Situação de Aprendizagem I.
Divida a classe em grupos de cinco. O desafio será criar uma nova variação para a brincadeira.
Após finalizarem as criações e ensaiarem, cada grupo deverá fazer sua apresentação.
120 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM IV
Habilidade:
(EF03AR17) Apreciar e experimentar improvisações musicais e sonorização de histórias, explorando
vozes, sons corporais e/ou instrumentos musicais não convencionais, de modo individual e coletivo.

Objetos de Conhecimento: Processos de Criação

• Improvisações musicais
• Sonorização de histórias

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa, ao final das atividades, sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos abaixo, alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.
• Improvisação musical: Exercício de experimentação, criação, variação e invenção, que par-
te de um estímulo espontâneo ou de uma ideia que já existe. A improvisação musical, apre-
senta grande diversidade sonora e originalidade criativa, porém, na maioria das vezes, man-
tém a obra original como referência.
• Sonorização de histórias: A utilização de sons naturais ou artificiais, ao longo de uma his-
tória, pode ter, entre outras possibilidades, a função de estimular a imaginação, mobilizar
memórias, caracterizar ambientes, personagens, indicar ações, reforçar dramaticidades,
“criar climas”, interferir. Tudo isso junto cria um conjunto de acontecimentos sonoros, que traz
realismo à história que está sendo contada.
• Sonoplastia: Conjunto de sons de uma obra audiovisual, baseada num roteiro, que utiliza
diversos recursos (voz, música, sons corporais, ruídos, instrumentos musicais convencionais
e não convencionais, objetos, máquinas, efeitos acústicos, efeitos digitais etc.).

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda de conversa, apresente questionamentos aos estudantes e, à me-
dida em que forem surgindo respostas, vá registrando na lousa, as palavras-chave que possibilitem sua
complementação e fechamento ao fim da aula.

1. O que entendem por improvisação musical?


2. O que é sonorizar histórias?
3. O que é trilha sonora? De quais se lembram?
4. Quais sons se lembram de ter percebido em filmes, que não sejam vozes e músicas?
 121

5. O que são efeitos sonoros? Como são feitos? Quais materiais podem ser utilizados para pro-
duzir esses efeitos?
6. O que é um ruído?
7. O que significa sonoplastia?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise o áudio antes de apresentá-lo. Reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior.

Sugerimos a apreciação de um capítulo da radionovela a Cigarra e a Formiga.


Disponível em: http://gg.gg/nff4i. Acesso em: 22 set. 2019.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Professor, após apreciação, organize os estudantes em grupos e distribua diversos tipos de papel
(sulfite, celofane, alumínio, jornal, paraná, pardo, seda etc.). Oriente-os a pesquisar quais sons podem ser
obtidos quando sacodem, balançam, amassam, dobram etc. cada um dos papeis. Depois das pesquisas,
pergunte quais sons conseguiram identificar. Exemplo: (sons de trovão, chuva, vento, inseto etc.).
Organize a sala de modo que todos possam ver e ouvir o que foi pesquisado. Depois que todos
apresentarem as sonoridades encontradas, peça que se reorganizem em novos grupos, cada um com
seu pedaço de papel, por semelhança de sons (grupo do trovão, da chuva etc.). Ajude-os a realizar
uma apresentação conjunta.
Professor, coloque os papeis de lado e peça que façam, a partir da percussão corporal (palmas,
batidas dos pés no chão, estalos, batidas das mãos nos joelhos, nas bochechas etc.), todo o tipo de
sons que puderem e que sejam compatíveis com os sons obtidos anteriormente com os papéis.
Recupere novamente os instrumentos não convencionais utilizados anteriormente e promova uma
experimentação, considerando as sonoridades dos agrupamentos (trovão, chuva, vento, inseto etc.).
Depois de realizadas as pesquisas, organize os membros dos grupos, de modo que seja possível mis-
turar as sonoridades do papel, do corpo e dos instrumentos, fazendo pequenas apresentações por tema.
122 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM V
Habilidade:
(EF03AR13) Experimentar, identificar e apreciar músicas próprias da cultura popular brasileira de
diferentes épocas, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias.
Objeto de Conhecimento: Contextos e Práticas

• Músicas da cultura popular brasileira em diferentes épocas


• Matrizes indígenas, africanas e europeias

Habilidade Articuladora:
(EF15AR24) Caracterizar e experimentar brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias
de diferentes matrizes estéticas e culturais.
Objeto de Conhecimento: Matrizes Estéticas e Culturais

• Brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias de diferentes matrizes


estéticas e culturais

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você vai conver-
sar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os obje-
tos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/
recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os objetos
de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o estudan-
te”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos abaixo, alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.
• Música popular: gênero desenvolvido a partir das músicas tradicionais e folclóricas.
• Matrizes estéticas e culturais Indígenas, Africanas e Europeias são parte fundamental
da cultura brasileira: Elas carregam referências e formas de expressão cultural, de usos e
costumes, englobando a poética artística que representa especificamente uma etnia, um grupo,
um povo, uma nação.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, numa roda de conversa, diga aos estudantes que a música existe no mundo todo e
que ela guarda elementos e características do povo que a produz. À medida que a conversa flui, vá
colocando perguntas por partes e vá registrando na lousa todas as informações que os estudantes
fornecerem. É importante que você utilize o que for dito por eles quando pontuar as informações cita-
das acima e fizer o fechamento do assunto desta aula.
 123

Em seguida, solicite aos estudantes que copiem as informações da lousa, pois elas serão reto-
madas no decorrer desta situação de aprendizagem.
Vocês conhecem músicas, danças, brinquedos, brincadeiras, jogos e histórias indígenas, africa-
nas ou de outro país? Quais?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Para realizar esta atividade de apreciação de músicas próprias da cultura popular brasileira de diferen-
tes épocas, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias, sugerimos os links abaixo. Sugeri-
mos que você as ouça antes de apresentá-las. Fique à vontade para apresentar outras, se for necessário.

Vídeos:

Ritmos do mundo. Disponível em http://gg.gg/nff7p. Acesso em: 29 ago. 2019.

Zimbolé – Música Folclórica Africana. Tamborena TV. Disponível em: http://gg.gg/


nff8g. Acesso em: 29 ago. 2019.

Nhamandu Ouare – Guarani. (Canção do Sol). Memória Viva Guarani – Tema.


Disponível em http://gg.gg/nffat. Acesso em 29 ago. 2019.

Músicas daqui, ritmos do mundo – Cantigas de roda com ritmos diversos.


Maykira. Disponível em: http://gg.gg/nffci. Acesso em: 29 ago. 2019.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Peça aos estudantes que pesquisem músicas típicas da comunidade, utilizadas em momentos de
festa, músicas religiosas que ouvem em casa, trilha sonora em filmes, novelas, jogos de videogame etc.
Quando as pesquisas forem finalizadas, organize uma roda de conversa com os estudantes e oportunize
que eles socializem os resultados. Registre todas as informações que os estudantes fornecerem.

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Esta canção foi recolhida pela Professora Silvia Ramalho Navarro, aqui mesmo, no estado de São
Paulo, na Aldeia Pindo-Ty, no município de Pariquera-Açu. Lá vivem indígenas da etnia Guarani que
têm seu próprio repertório musical. Convide os estudantes a aprenderem esta canção tradicional das
crianças indígenas. Apresente a letra e o áudio. Repita até que todos consigam cantá-la.
124 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Mandáu Kyuy, kyuy, kyuy


Mandáu Kyuy, kyuy, kyuy
Mandáu Kyuy, kyuy, kyuy
Mandáu Kyuy, kyuy, kyuy

Vídeo:

Mandaú – Eliana Florindo. Disponível em: http://gg.gg/nffd8. Acesso em: 26 set. 2019.

ATIVIDADE 5 – AÇÃO EXPRESSIVA III


Na aldeia Pindo-Ty a canção Mandáu Kyuy é cantada enquanto se brinca de arrancar mandio-
cas. É importante destacar que esta brincadeira não tem cunho competitivo, é a brincadeira pela brin-
cadeira. Ela acontece da seguinte maneira:

1. São três personagens: dono da plantação, comprador e mandiocas. Você, professor, primeiramente,
será o dono da plantação – outros estudantes também poderão ser, assim que se familiarizarem
com a brincadeira. Um estudante será o comprador e os demais serão as mandiocas.

2. As mandiocas se locomovem de cócoras, com as mãos na cabeça, cantando.

3. Quando o comprador aparece, as mandiocas param de cantar e, rapidamente, formam uma fila em
um local pré-determinado (um “pique”) – que pode ser próximo de onde o dono da plantação esteja.

A primeira mandioca (o estudante que chegar primeiro) segura o “pique” enquanto os demais (sempre
de cócoras) seguram na cintura umas das outras. Então se inicia um diálogo entre o comprador e
o dono da plantação:

4. Comprador – “As mandiocas já estão prontas”?

5. Dono – “Ainda não!”

6. O comprador vai embora.

7. Com a saída do comprador, as mandiocas recomeçam a cantar e espalham-se pelo espaço.

8. Isso se repete algumas vezes até que o dono da plantação diz que já estão prontas.

9. O comprador escolhe as mandiocas que quer comprar e tenta arrancá-las de qualquer lugar da fila.
Apesar da resistência que fazem para não serem pegas, o comprador consegue! Os estudantes
que saem da brincadeira ficam cantando ao redor das que ainda são mandiocas.

10. A brincadeira se repete até que todas as mandiocas sejam compradas.


 125

11. Ao final, quando todas as mandiocas tiverem sido arrancadas, as crianças formam uma roda,
com as mãos nas costas das outras e cantam, girando lentamente a roda.

ATIVIDADE 6 – AÇÃO EXPRESSIVA


Professor, nesta atividade será abordada a canção “Sansa Kroma” de origem africana. Na Áfri-
ca, o círculo tem grande importância quando as pessoas se reúnem por diferentes motivos, pois é em
círculo que as tribos e as famílias se encontram.
O “Sansa Kroma” é um pássaro fantástico do imaginário de aldeias africanas, uma espécie de
falcão. Contam que um dia, ele estava voando alto no céu e avistou alguns pintinhos órfãos. Ele desceu
e cuidou deles até que estivessem adultos. A moral da história é que, nas comunidades africanas sem-
pre haverá alguém para cuidar das crianças. Essa canção folclórica foi cantada pelas mães sul-africa-
nas durante o exílio, nos tempos do Apartheid. (Regime formado pela minoria branca, adotado por
sucessivos governos da África do Sul, no qual várias pessoas foram impedidas de usufruir de seus
direitos com base em sua origem racial. Esse regime perdurou de 1948 a 1997.).
Apresente a canção várias vezes, até que os estudantes aprendam corretamente as alturas e o
ritmo da melodia.

Vídeo:

Sansa Kroma – Alan Holder. Disponível em: http://gg.gg/nffds. Acesso em:


03 set. 2019.

Sansa Kroma nena yo kye kokomba,


Sansa Kroma nena yo kye kokomba,
Sansa Kroma nena yo kokomba,
Sansa Kroma nena yo kokomba.

Para esta atividade, é importante também, muita atenção ao ritmo da melodia. Professor, comece esta
proposição com a coreografia da música:

• Inicialmente, os estudantes deverão ser organizados em círculo, em pé, voltados para o centro;
• Enquanto cantam a canção, devem caminhar no sentido horário, para a direita, marcando o
pulso básico;
• Ao término da canção, repita a mesma coreografia, agora para o lado esquerdo;
• Cantar e dançar, marcando quatro passos para a direita e quatro para a esquerda;
• Cada sequência de quatro passos acompanha uma frase da música:

Sansa Kroma nena yo kye kokomba,


Quatro passos para a direita
Sansa Kroma nena yo kye kokomba,
Quatro passos para a esquerda
Sansa Kroma nena yo kokomba,
126 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Quatro passos para a direita


Sansa Kroma nena yo kokomba.
Quatro passos para a esquerda

• Ao final de cada frase, que coincide com o 4º passo, levante os braços para o alto.

Após terem aprendido as partes da coreografia, executem a dança, cantando.


 127

2º BIMESTRE
A LINGUAGEM DA DANÇA
A dança é uma linguagem artística do corpo em movimento. A prática da dança possibilita o de-
senvolvimento da sensibilidade e da motricidade como pares entrelaçados. O domínio do movimento
na dança propicia a ampliação de repertórios gestuais, novas possibilidades de expressão e comuni-
cação de sensações, sentimentos, pensamentos. O refinamento do corpo em movimento encontra-se
articulado à expressividade e à criatividade, envolvendo processos de consciência corporal (individual)
e social (relacional), assim como processos de memória, imaginação, concepção e criação em dança
nos âmbitos artístico e estético.

A dança está presente no salão de baile, nos desfiles de Carnaval, em um encontro de danças
urbanas ou na roda de samba na rua, no pátio de uma escola, no palco de um teatro, no cinema, na
televisão. As danças têm funções e sentidos ligados ao contexto de acontecimento, aos sujeitos que
a vivenciam e que a desfrutam como público. Pensando em uma dimensão abrangente, acreditamos
que todas as pessoas podem dançar.

Se, por um lado, cada contexto de ensino e aprendizagem da dança tem contornos diferenciados,
poderíamos dizer que existe algo comum, importante a ser destacado para o professor que irá percorrer as
situações de aprendizagem aqui propostas. Dançar implica em aprender sobre o movimento que aborda:
o espaço nas suas relações de direções, níveis e planos; o tempo nas relações de pulsos, ritmos, pausa e
velocidades com e no próprio corpo, tendo a ação e a reflexão sempre presentes.

O ensino da arte na escola não tem a função de oferecer uma formação profissional, mas propor-
cionar aos estudantes a oportunidade de conhecer, apreciar, criar e viver a dança na escola, tendo
experiências com sentido e ligadas ao mundo dessa linguagem, expandindo as possibilidades de for-
mação e de participação social.

Estamos então convidando os professores de Arte para enfrentar um desafio: aproximar-se da Dança
como uma linguagem artística, procurando pontes com as demais linguagens de seu conhecimento, com
suashistóriaspessoaisdecorpoemovimento,comsuasmemóriasedesejosdançantes,porvezesnãomanifestos.

As bases ou pilares para que o processo de ensino e de aprendizagem possa ter início é que você
professor se permita vivenciar uma aproximação do próprio corpo. Além disso, sugerimos uma atitude
de observação constante do corpo e do movimento do estudante no cotidiano escolar, o que irá, sem
dúvida, lhe oferecer um rico repertório de ações corporais, formas de movimento, interações, jogos e
danças que os estudantes dominam e vivenciam entre eles na escola.

As situações de aprendizagem propostas estão fundamentadas por referenciais teórico-práticos,


didático-metodológicos oriundos da pesquisa de especialistas, artistas e educadores. De fato, subja-
zem a esse material conceitos, experiências, reflexões e danças. Sua disponibilidade de não apenas
ler, mas estudar previamente e orientar as aprendizagens dos estudantes nas atividades de dança
permitirá a ocorrência de um rico processo de conhecimento na linguagem.

Sintetizamos, a seguir, alguns conceitos importantes para o estudo e o desenvolvimento das Si-
tuações de Aprendizagem na linguagem da linguagem dança.
128 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Em uma definição sucinta podemos dizer que o que caracteriza a linguagem da dança é o movi-
mento do(s) corpo(s) do(s) dançarino(s) no espaço e no tempo.

Enfim, dançar significa experimentar o corpo em movimento para além de sua funcionalidade
(caráter instrumental) cotidiana. Do mais simples ao mais complexo dos processos de aprender uma
dança, o corpo poderá ter experiências de criação e construção de movimentos expressivos nos quais
cada estudante que dança está implicado com seu mundo interno, sua memória, sua história, dialo-
gando com o as culturas da dança presentes no mundo.

Em especial na primeira infância, as crianças estão em pleno momento de descobertas e refina-


mento de seus gestos e movimentos, tanto de caráter instrumental, quanto expressivo. Há, em geral,
uma enorme disponibilidade para mover-se. As brincadeiras da criança de seis, sete ou oito anos (es-
tudantes do 1o e 2o ano) são jogos e narrativas em movimento, muitas vezes, permeados pelo dançar.

Apesar dessa disponibilidade e da presença da própria dança, por vezes, no cotidiano de algumas
das crianças, o estudo da dança como uma das linguagens artísticas na escola irá envolver o diálogo por
meio do corpo em movimento com os pares e o professor, de maneira que o estudante possa experimentar,
criar, executar, transformar, observar, organizar diferentes maneiras de dançar. Nesse sentido, cabe reiterar
que o estudo da dança na escola não pode estar restrito ao aprendizado de coreografias.

Como componentes da dança figuram: 1) o movimento (o elemento central); 2) o dançarino (quem
dança); 3) os elementos sonoros, que incluem a música, o uso da voz, o silêncio, o som ambiente;
4) os elementos visuais que são compostos pelo espaço cênico ou pelo espaço onde a dança acon-
tece, envolvendo também objetos de cena, figurinos, cenários, vídeos.

O processo criativo em dança se materializa em uma composição coreográfica, a qual pode en-
volver diferentes arranjos entre o movimento e a música, entre o movimento e o espaço, entre o movi-
mento e os elementos de cena. Nesse sentido, para fruir e analisar a forma/conteúdo de uma obra de
dança é necessário observar as conexões estabelecidas entre tais componentes.

A CRIAÇÃO DO AMBIENTE
É fundamental criar um ambiente propício para o desenvolvimento das atividades. Mas, além do
espaço físico, estamos sugerindo que você, professor, crie para e com os estudantes, um lugar de
acolhimento às experiências corporais e de movimento, ampliando e enriquecendo esse universo.

Um simples espreguiçamento do corpo, quando realizado com atenção à pele e aos movi-
mentos articulares, pode significar uma estimulação do tato e da propriocepção (percepção do
próprio corpo). É um “chegar ao corpo”, abordando-o em suas dimensões intrínsecas – sensorial
e motora. Isso significa que estamos nos preparando para a atividade, mas, paradoxalmente, já
estamos dentro dela, porque não conseguimos nos separar de nosso corpo. No caso da dança,
isso pode significar sentir os pés, mover as articulações, sentir o espaço, ouvir a respiração. Esse
momento poderá acordar, disponibilizar, organizar, concentrar, construir, individual e coletivamen-
te, um estado de dança.

No desenvolvimento das atividades, procure observar o estado de presença do estudante em


relação ao seu corpo, ao espaço e ao grupo em que está inserido. Além disso, esteja atento às possí-
 129

veis mudanças que acontecerão no que diz respeito à evolução da qualidade de movimento. Nesse
caso, estamos chamando sua atenção aos indicadores de observação descritos no Organizador Cur-
ricular. A observação é um processo de avaliação contínua, pois no caso da dança trata-se de uma
linguagem efêmera. Você deverá registrar os processos, como iremos apontar a seguir, mas a riqueza
da observação no percurso da ação é única e própria à essa linguagem. Esse é seu principal material
de avaliação: o corpo em movimento no percurso das atividades.

Para o ensino da linguagem da dança nos anos iniciais do Ensino Fundamental, os objetos de
conhecimento estão articulados com as atividades fundamentais ao aprendizado dos estudantes, res-
peitando seu desenvolvimento motor, cognitivo e socioemocional, por meio de jogos, brincadeiras,
danças de roda, criação de suas danças individuais, coletivas e colaborativas.

Essa é uma proposta de iniciação à linguagem da dança. Nesse momento da vida das crianças
a introdução de uma técnica, onde os movimentos repetitivos são parte da construção do aprendiza-
do, não se faz necessária, pois anteriormente ao exercício, é de fundamental importância o desenvol-
vimento de um vocabulário e consequentemente de um repertório expressivo e simbólico no corpo,
como também o conhecimento de sua estrutura músculo/esquelética, em movimento. Sem esses
conhecimentos, todo o processo de exploração e criação de movimentos estará reduzido a um reper-
tório limitado ou a um repertório colado a referências midiáticas sem qualidade artística e estética, ou
seja, estereotipado, onde a imitação ou a cópia elimina a possibilidade de criação ou até mesmo de um
olhar crítico a esses modelos.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA – ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA


Professor, a seguir oferecemos informações a respeito de como você pode atuar nas aulas para
os estudantes com deficiência. É importante inclui-los nas atividades, deixando-os seguros de que sua
participação será benéfica e de que seus espaços e tempos serão respeitados.

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Os estudantes com deficiência intelectual podem enfrentar alguma dificuldade no processo de


aprendizagem corporal, mas são capazes de desenvolver a corporeidade e gestualidade.

DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela ausência de infor-
mações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm condições de prosseguir
aprendendo se forem informados e estimulados de forma sistemática, levando em conta sua diversida-
de linguística e possibilidades de comunicação. Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifi-
que se estão olhando para você. A maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem
uso de leitura labial e aparelhos de ampliação sonora.

Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode explicar para a
classe toda utilizando desenhos na lousa. Para a apropriação dos objetos de conhecimento, convide
um estudante para demonstrar o que deve ser feito. Fale olhando para a turma e, sempre que possível,
demonstrando os movimentos.
130 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Indicamos, a seguir, alguns links para você ampliar seu conhecimento:

Aula de dança para deficientes auditivos. Disponível em: http://gg.gg/n8b46.


Acesso em: 03 fev. 2020.

A dança como linguagem na educação de surdos. Disponível em: em:


http://gg.gg/oiv5q. Acesso em: 03 fev. 2020.

DEFICIÊNCIA VISUAL

O estudante com deficiência visual pode dançar. A dança para esse estudante trabalha espacia-
lidade, lateralidade, equilíbrio e autoestima, tornando-o mais seguro de seu corpo. Ao apresentar a
dança para um estudante com deficiência visual, é importante que você seja descritivo e claro. É atra-
vés da descrição que ele entenderá o que está sendo solicitado. Fale de forma pausada e calma. Tome
cuidado com sua entonação vocal – tons muito altos, estridentes, bruscos ou ríspidos podem assus-
tar/inibir o deficiente visual. É importante que este estudante se sinta seguro para participar da propos-
ta; portanto, se necessário, explique diversas vezes. Se preciso, solicite a outro estudante que faça a
posição do que está sendo pedido para que o estudante visual sinta o colega e entenda o que deve
ser feito. Estimule o deficiente visual a participar da aula e proponha que outros estudantes se colo-
quem no lugar dele, fazendo algumas atividades adaptadas com o uso de vendas, por exemplo. Esse
momento de troca aproxima os colegas e será de grande valia no momento. Acompanhe o estudante
durante a atividade, conduzindo o a fazer o movimento, mas antes converse com ele quanto ao toque
e à receptividade do mesmo.
Para ampliar essa conversa sugerimos o seguinte material de apoio:

Ballet de cegos de São Paulo se apresenta na Alemanha. Disponível em:


http://gg.gg/n8bga. Acesso em: 3 fev. 2020Acesso em: 03 fev. 2020.

Dança além da visão: possibilidades do corpo cego. Disponível em:


http://gg.gg/n8bt6. Acesso em: 03 fev. 2020.

Inserção do deficiente visual na dança. Disponível em: http://gg.gg/n8bw7.


Acesso em: 03 fev. 2020.
 131

DEFICIÊNCIA MOTORA

Incluir os estudantes com deficiência motora se faz necessário num universo de dança. As limita-
ções físicas destes estudantes não os impedem de dançar. Cabe ao professor estimulá-los e torná-los
conscientes de que seu corpo também dança.

A dança eleva a autoestima, e os movimentos podem ser adaptados caso a caso. Inclua o estu-
dante no processo de dança, sempre respeitando seus tempos e espaços e adaptando as atividades
propostas para a inclusão deste estudante.

PARA SABER MAIS:

Programa especial – aula de dança com a Andef. Associação Nite-


roiense dos Deficientes Físicos. Disponível em: http://gg.gg/n8bys.
Acesso em: 03 fev. 2020.

A dança e a inclusão de alunos com necessidades especiais. Disponível


em: http://gg.gg/n8c0v. Acesso em: 03 fev. 2020.
132 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Organizador Curricular – Dança

Condições didáticas e indicações para


Habilidades Observar se o estudante
o desenvolvimento das atividades

(EF03AR08) Experimentar,
identificar e apreciar formas distintas Participa da sondagem e
de manifestações tradicionais e Organizar e realizar momentos de da apreciação;
contemporâneas da dança próprias sondagem, apreciação, experimentação experimenta e identifica os
da cultura popular brasileira de e identificação dos objetos de objetos de conhecimento,
diferentes épocas, incluindo-se conhecimento, considerando seus considerando seus
suas matrizes indígenas, africanas e modificadores. modificadores.
europeias, cultivando a percepção,
o imaginário, a capacidade de
simbolizar e o repertório corporal.
Participa da sondagem e
(EF03AR09) Estabelecer relações Organizar e realizar momentos de da apreciação;
entre as partes do corpo e destas sondagem, apreciação e de relações relaciona os objetos
com o todo corporal na construção entre os objetos de conhecimento, de conhecimento
do movimento dançado. considerando seus modificadores. considerando seus
modificadores.
(EF03AR10) Experimentar
Participa da sondagem e
diferentes formas de orientação no
Organizar e realizar momentos de da apreciação;
espaço (deslocamentos, planos,
sondagem, apreciação e experimentação experimenta os objetos
direções, caminhos etc.) e ritmos
dos objetos de conhecimento, de conhecimento,
de movimento (lento, moderado
considerando seus modificadores. considerando seus
e rápido) na construção do
modificadores.
movimento dançado.
(EF03AR11) Criar e improvisar Participa da sondagem e
movimentos dançados de modo Organizar e realizar momentos da apreciação;
individual, coletivo e colaborativo, sondagem, apreciação, criação e cria e improvisa
tendo as brincadeiras infantis como improvisação considerando os objetos de considerando os objetos
fonte geradora, utilizando-se dos conhecimento, e seus modificadores. de conhecimento, e seus
elementos estruturantes da dança. modificadores.
(EF03AR12) Dialogar, com respeito
Organizar e realizar momentos de Participa da sondagem e
e sem preconceito, sobre as
sondagem, apreciação, análise, da apreciação;
experiências pessoais e coletivas
identificação, diálogo e reflexão sobre os Dialoga sobre os objetos
em dança vivenciadas na escola,
objetos de conhecimento, considerando de conhecimento e seus
como fonte para a construção de
seus modificadores. modificadores.
vocabulários e repertórios próprios.

Habilidade Articuladora
(EF15AR25) Conhecer e valorizar
o patrimônio cultural, material e
imaterial, de culturas diversas, em Participa da sondagem e
Organizar e realizar momentos de
especial a brasileira, incluindo-se da apreciação; reconhece
sondagem, apreciação, reconhecimento
suas matrizes indígenas, africanas e valoriza os objetos de
e valorização sobre os objetos de
e europeias, de diferentes épocas, conhecimento e seus
conhecimento e seus modificadores.
favorecendo a construção de modificadores.
vocabulário e repertório relativos às
diferentes linguagens artísticas.
 133

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
Habilidade:
(EF03AR12) Dialogar, com respeito e sem preconceito, sobre as experiências pessoais e coletivas em
dança vivenciadas na escola, como fonte para a construção de vocabulários e repertórios próprios.

Objetos de Conhecimento: Processos de Criação

• experiências pessoais e coletivas em dança

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa, sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para realizar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e
colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para pontuar
cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos, as infor-
mações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realida-
de e necessidade.

1. O que é dança?
2. Quantos tipos de dança existem? Citem exemplos.
3. Quais danças você já dançou? Onde? Foi individual ou em grupo?
4. Como você se sente quando dança?
5. Quem criou os passos da dança? Como as pessoas aprendem a dançar?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise o vídeo, antes de apresentá-lo aos estudantes. Durante a apreciação, reforce
os conceitos trabalhados na atividade anterior e preste atenção às reações dos estudantes. Após a
apreciação, organize uma roda de conversa e incentive-os a comentar o que aprenderam e apresente
as questões a seguir. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo pessoal ou no da esco-
la, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.
134 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

1. O que mais chamou a sua atenção no vídeo?


2. Que tipo de dança a personagem faz?
3. O que acontece com a personagem?
4. O que é preciso para dançar?

Vídeo:

Tamara. Animação – história de uma menina surda que sonha em ser bailarina.
Surdo para Surdo. Disponível em: http://gg.gg/nfra0. Acesso em: 05 dez. 2019.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Organize os estudantes em círculo e proponha que cada um fale seu nome e execute um movi-
mento de dança que o identifique. Você, professor, poderá iniciar esta atividade, entrando na roda,
falando seu nome, fazendo um movimento de dança que o represente etc. Logo a seguir, cada estu-
dante deverá entrar na roda consecutivamente e se apresentar conforme demonstrado.
Após a apresentação de todos os estudantes, proponha que a turma forme quatro grupos, conforme
afinidades, movimentos semelhantes ou distintos. Coloque uma música e peça que eles construam uma
sequência de movimentos a partir das apresentações individuais, para a experimentação coletiva.
Estabeleça um momento para os grupos apresentarem sua criação. Fale sobre o respeito e a
interação durante a apresentação e que, ao final, os aplausos mostram respeito ao que foi apresenta-
do. Estabeleça a relação palco/plateia. Fique atento para demonstrações de cortesia, respeito, consi-
deração, empatia, colaboração, amizade, interação etc.
 135

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Habilidade:
(EF03AR09) Estabelecer relações entre as partes do corpo e destas com o todo corporal na construção
do movimento dançado.

Objetos de Conhecimento: Elementos da linguagem


• Relações entre as partes do corpo e destas com o todo corporal

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai conver-
sar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os objetos
de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/
recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa, sobre os objetos
de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o estudante”,
do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos a seguir, alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades.

• Rudolf Laban (1879-1958) – foi um dançarino, coreógrafo e artista húngaro que se dedicou
ao estudo e desenvolvimento de um método e sistematização da linguagem da dança e do
movimento. Através de seus estudos e notações, desenvolveu a Corêutica e a Eucinética,
componentes do movimento em si.
A Corêutica estuda a relação do corpo com o espaço e o desenvolvimento dos movimentos
dançados. Fazem parte da Corêutica o espaço relacionado ao espaço que o corpo desenvol-
ve ao dançar. Aqui estão os planos ou níveis da dança, o deslocamento no espaço e as dire-
ções para as quais o corpo se projeta ao dançar.

• Deslocamento – É o percurso utilizado pelo dançarino respeitando as marcações específicas de


uma determinada coreografia. Existem várias maneiras para a execução dos percursos
(deslocamentos) na dança. Girar, correr, andar, saltar e/ou se arrastar são algumas delas. Esses
“caminhos” podem ser percorridos de formas retas ou curvas, e podem ser feitos individual ou
coletivamente, como nos exemplos:
136 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Deslocamento. Ilustração de Raphael Pedretti da Silva especialmente para esse material.

• Forma Direta: É quando os movimentos lineares e retos ocupam um espaço definido, sem o
deslocamento e a envergadura dos braços, das pernas e do tronco. É traçar um percurso
direto para atingir um ponto definido.
• Forma Flexível: É quando os movimentos do corpo ocupam vários espaços ao mesmo tempo,
utilizando os deslocamentos, as envergaduras e as torções.

• Dimensão – A dimensão é a que define a orientação no espaço, e se estende entre duas direções
opostas. São elas: amplitude (largura), comprimento (altura) e profundidade.
• Direção – São os sentidos (trajetos) por onde o movimento percorre, tendo como ponto inicial o
centro do corpo do dançarino. São elas: frente, atrás, lado, diagonais, em cima, em baixo.

Direções. Desenho de Raphael Pedretti daSilva especialmente para esse material.


 137

• Plano ou Níveis – São relacionados aos planos alto, médio e baixos. Espaços referentes à altura
dos movimentos. Os níveis são definidos pelos movimentos do corpo no espaço que vão da altura
da cintura, abaixo dela ou acima da cabeça.

• Nível alto – foto 1 – São movimentos realizados em pé e / ou feitos com os braços para cima.

Cena de Peekaboo, de Marco Goecke – Imagem: Marcela Benvegnu. Disponível em:


http://gg.gg/osfht. Acesso em 24 de mar. 2021.

• Nível médio – foto 2 – São movimentos realizados com os joelhos flexionados, agachado, ajoelhado
ou sentado.

Larissa Lins e Geivison Moreira em Fada do Amor de Márcia Haydée – Imagem: Wilian Aguiar.
Disponível em: http://gg.gg/osfiy. Acesso em 24 mar. 2021.
138 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

• Nível baixo – foto 3 – São movimentos realizados no chão, como arrastar, deitar-se, rolar.

Beatriz Hack em Primavera Fria de Clébio Oliveira – Imagem: Wilian Aguiar. Disponível em:
http://gg.gg/osfjd. Acesso em 04 dez. 2019.

• Eucinética – Estuda a expressividade dos movimentos, dividindo-os em quatro fatores expressivos, que
são subdivididos em propriedades ou de movimentos. Estas qualidades não são estanques, podendo
ser aumentadas ou diminuídas. São fatores do movimento: espaço, fluxo ou fluência, peso e tempo.
• Espaço – É no espaço que a dança acontece. Os movimentos criados pelo corpo são influenciados
pelo espaço e nele encontramos a Cinesfera (ou Kinesfera), que é o que determina a extensão dos
movimentos do corpo, suas flexões e deslocamentos.

• Cinesfera (Kinesfera) – Os movimentos criados pelo corpo são influenciados pelo espaço
e nele encontramos a Cinesfera – que é o que determina a extensão dos movimentos do
corpo, suas flexões e deslocamentos. É um espaço imaginário que impõe uma limitação
do corpo do dançarino ao limite natural do espaço pessoal. O uso do espaço pode se dar
de duas formas, conforme qualidade do movimento:
 139

Cinesfera. Ilustração de Raphael Pedretti da Silva especialmente para esse material.

• Forma Direta: É quando os movimentos lineares e retos ocupam um espaço definido, sem
o deslocamento, a envergadura, dos braços, das pernas e do tronco. É traçar um percurso
direto para atingir um ponto definido.
• Forma Flexível: É quando os movimentos do corpo ocupam vários espaços ao mesmo
tempo, utilizando os deslocamentos, as envergaduras e as torções.

• Fluência – É o movimento contínuo, uniforme e progressivo. Partem do tronco do corpo às


extremidades dos membros com movimentos controlados, mas fluentes ao mesmo tempo. Pode
ser dividido entre livre e controlado.
• Peso – São forças utilizadas pelo corpo em relação aos movimentos. O peso dá o suporte à
verticalidade, à estabilidade e à segurança. Existem duas qualificações para denominação do peso,
que são leves (suaves) e firmes (resistentes).
• Tempo – É o que define na dança os movimentos rápido, lento e moderado (ritmos métricos). Com
ele é possível definir a duração, o ritmo, a pulsação etc. Pode ser dividido em:

• Rápido: Quando o dançarino mantém a aceleração constante de um movimento sem


alterações.
• Moderado: É o meio termo entre um movimento corporal rápido e um lento.
• Lento: Quando o dançarino reduz a velocidade constantemente dos movimentos corporais
quase até parar.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para realizar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as per-
guntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e coloca-
ções. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para pontuar cada conceito.
Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos as informações que estão na
lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
140 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

1. Quantas partes o corpo tem?


2. Como o corpo é estruturado?
3. O que é preciso para dançar?
4. O que o corpo precisa fazer para dançar?
5. Quais partes do corpo utilizamos para dançar?
6. Como cada parte do corpo dança?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise o vídeo, antes de apresentá-lo aos estudantes. Durante a apreciação, reforce
os conceitos trabalhados na atividade anterior. Após a apreciação, organize uma roda de conversa e
incentive-os a comentarem o que aprenderam. Você pode selecionar outras referências em seu acervo
pessoal ou no da escola, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.
Para iniciar esta atividade, traga para a sala de aula, um mapa de anatomia e livros que mostrem o
corpo humano. Caso a escola tenha um esqueleto, seria interessante que os estudantes pudessem
vê-lo para compreenderem as partes do corpo, articulações, coluna vertebral, ossos etc.

Vídeo:

Grupo Corpo – Dança Sinfônica. Disponível em: http://gg.gg/nfubh. Acesso em:


05 dez. 2019.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Professor, inicie a ação, solicitando que os estudantes formem um círculo. Cada estudante deve-
rá unir as palmas das mãos e esperar que você distribua um sabonete imaginário para cada um. Quan-
do você terminar de passar, cada estudante imaginará que está se “ensaboando”, iniciando pelos
braços, mãos, dedos, ombros, nuca, pescoço, cabeça, rosto, orelha, explorando movimentos circula-
res e retilíneos, ora para cima, ora para baixo. Depois, passar para os membros inferiores, pernas, pés
e dedos. “Ensaboar” e “lavar” todo o corpo, deixando-os à vontade para, se desejarem, sentarem-se
no chão e lavarem os pés. Após “ensaboar” e “lavar” todo corpo, abrirão o chuveiro imaginário e se
enxaguarão. Com um pequeno pano imaginário, que preencha apenas a palma da mão, oriente-os a
se enxugarem, completando este exercício.

Depois de concluído, faça uma roda de conversa e deixe que os estudantes falem a respeito do
que sentiram e perceberam sobre o “banho”. Faça alguns questionamentos: Perceberam cada parte
do corpo quando “ensaboaram, enxaguaram e secaram”? Perceberam que cada parte do corpo tem
sua importância? Perceberam que as partes do nosso corpo dobram? Quais? Por que dobram? Como
o nosso corpo se movimenta? Faça outros questionamentos, que considerar pertinentes.
 141

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA III


Professor, forme grupos com 5 estudantes. O desafio é criar movimentos com o corpo todo ou
partes: braços, pernas, mãos, cabeça, pernas com braços, braços e cabeça, braços com pernas,
(com o corpo todo ou com as partes do corpo escolhidas pelos grupos). Explique para os estudantes
que eles poderão utilizar também, objetos (para apoiar-se, prolongar ou ampliar movimentos) como
cadeiras, cabo de vassouras, lenços, bambolês etc. Peça ainda, que utilizem os níveis alto, médio e
baixo (em pé, de joelhos/sentados, deitados), e alterem o fator tempo, experimentando realizá-los de
modo mais rápido e mais lento. Diga que terão cerca de 20 minutos para essa investigação e criação.
Após esse tempo, cada grupo irá socializar suas produções.
Quando o repertório de movimentos estiver planejado e incorporado pelo grupo, a ideia é lançar
a seguinte questão: Como podemos trazer para nossa pesquisa o “efeito dominó”? Trata-se de sugerir
possibilidades de relação entre o movimento de cada elemento do grupo, gerando sequências que
podem acontecer como uma “onda” semelhante àquela realizada pelas torcidas de futebol, com um
encadeamento de movimento nos diferentes níveis do espaço, imitando o efeito do dominó caindo,
onde cada movimento gera outro igual na sequência. Organize os grupos para realizar novas apresen-
tações. Ao final, converse e estimule-os para que falem sobre o que aprenderam.
142 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM III


Habilidade:
(EF03AR10) Experimentar diferentes formas de orientação no espaço (deslocamentos, planos, direções,
caminhos etc.) e ritmos de movimento (lento, moderado e rápido) na construção do movimento dançado.

Objetos de Conhecimento: Elementos da linguagem

• Formas de orientação no espaço


• Ritmos de movimento

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com
os objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples. À
medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para pontuar cada conceito. Realize
um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos, as informações que estão na lousa.
Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.

1. Quando o nosso corpo está em movimento, nós percebemos todas as partes do corpo?
2. O que faz o nosso corpo movimentar-se?
3. Como nos movimentamos? Para frente: em linha reta ou sinuosa? Para trás? De lado? Rolando,
andando, pulando, saltando, rastejando?
4. Em que planos (baixo, médio e alto)?
5. Podemos nos movimentar sobre pedras, água, fogo, terra? Como?
6. Em quais situações nos movimentamos rápido, moderado ou lento?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise as imagens e vídeos, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a apreciação,
reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior. Após a apreciação, organize uma roda de conversa
e incentive-os a comentarem o que aprenderam. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo
pessoal ou no da escola, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.
 143

3
144 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

1. Crianças saltando – Imagem de Ulrike Mai/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/lbaze. Acesso em: 10 mar. 2020.
2. Criança fazendo “estrela” – Imagem de staceyp/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/lbazp. Acesso em: 10 mar. 2020.
3. Menina dançando – Imagem de katerina1103990/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/lbazs. Acesso em: 10 mar. 2020.
4. Grupo dançando no túnel – Imagem de Maike und Björn Bröskamp/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/lbazu. Acesso
em: 10 mar. 2020.

Vídeos:

Mar de Gente – Cia. Teatro Dança Ivaldo Bertazzo. Disponível em:


http://gg.gg/nfv1b. Acesso em: 10 mar. 2020.

Samwaad – Cia. Teatro Dança Ivaldo Bertazzo. Disponível em:http://gg.gg/nfv1s.


Acesso em: 10 mar. 2020.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Professor, nesta atividade o objeto a ser explorado é o elemento “espaço”. Algumas palavras
oferecem indicações espaciais e são elas que estimulam a exploração do movimento no espaço. São
elas: por cima, por baixo, ao redor, através, longe etc.
Use tudo que você puder para criar um “cenário” a ser explorado dançando. Use sapatos, cadei-
ras, colchonetes, livros e inclusive o seu próprio corpo como referência espacial. Ao som de uma mú-
sica, os estudantes irão dançar, por exemplo, em volta de você, por cima dos sapatos, em direção à
porta, apropriando-se de objetos, livros, longe uns dos outros, perto da parede etc.
 145

Essa atividade é muito ampla e deve ser realizada, inicialmente, em grupos. Ela vai fornecer dife-
rentes e inúmeras formas de posturas corporais, bem como de percursos. Incentive os estudantes no
processo criativo dos movimentos.

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Professor, nesta atividade, você e sua turma brincarão de “O que seu mestre mandar”, uma es-
pécie de jogo onde o mestre manda e os discípulos obedecem, cumprindo as regras.

O jogo se dará da seguinte forma: você dará comando (uma ação) e os estudantes deverão rea-
lizá-lo. Os comandos dados envolverão movimentos e ações que se opõem, se completam e se com-
plementam. Os movimentos são simples, do cotidiano e já fazem parte de seu repertorio gestual (an-
dar, cair, dobrar, sentar etc.); bem como as ações que complementarão estas, como diminuir,
aumentar, derreter, subir, parar, agradar, entre outras.

Procure usar os sinônimos e antônimos para ampliar a o léxico dos estudantes e para que eles
percebam os diferentes movimentos que compõem uma coreografia e fazem parte da dança.

Após todos jogarem, divida os estudantes em grupos com até cinco integrantes para que juntos,
componham uma coreografia, utilizando até cinco movimentos feitos anteriormente. Todos os estu-
dantes podem fazer todos os movimentos, podem se revezar nos movimentos, trabalhar com pergun-
tas e respostas na dança (um faz um movimento e o outro responde com outro movimento).

Os estudantes deverão utilizar a memória e a repetição para registrarem a dança criada com os
movimentos.

Aos poucos, acrescente mais elementos às ações corporais.


Por exemplo: Andar – andar como: para frente, cambaleando rapidamente ou andar de lado
como caranguejo. Rastejar – rastejar como: como cobra, jacaré, minhoca. Rolar – rolar como: uma
folha ao vento, rolar como uma montanha desabando. Dessa forma, os estudantes, com o estímulo de
ações corporais, começam aos poucos, a se movimentar sem constrangimento.

Essas criações de dança com variações de ações corporais permitem totalmente a experiência
subjetiva e sensório-motora com as nuances das qualidades dos fatores de movimento (Fluência,
Espaço, Peso e Tempo).

Finalize essa atividade, socializando a experiência vivida pelos estudantes em uma roda de con-
versa, fazendo-os perceber que a dança, seja de qualquer tipo, vem das ações corporais e essas
ações fazem a dança.
146 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM IV
Habilidade:
(EF03AR11) Criar e improvisar movimentos dançados de modo individual, coletivo e colaborativo, tendo as
brincadeiras infantis como fonte geradora, utilizando-se dos elementos estruturantes da dança.

Objetos de Conhecimento: Processos de Criação

• Movimentos dançados
• Elementos estruturantes da dança: movimento corporal, espaço e tempo

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/
recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa, sobre os obje-
tos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o es-
tudante”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades, in-
dependentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do seu
corpo e de suas possibilidades.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples,
permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a
conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa, para pontuar cada conceito. Realize um fe-
chamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos, as informações que estão na lousa.
Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.

1. O que é improvisação?
2. O que é movimento dançado?
3. Quais brincadeiras que utilizam a dança, vocês conhecem?
4. Dançar sozinho, em dupla ou em grupo? Explique o que é mais fácil e o que é mais difícil.
5. Quantos são os elementos da dança?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise o vídeo/áudio, antes de apresentá-los aos estudantes. Num deles, uma dupla
de dançarinos de Break apresenta o que é normalmente chamado de “batalha”, onde cada um de-
monstra grande repertório de movimentos. No outro, é apresentada uma brincadeira rítmica. Durante
a apreciação, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior. Depois, pergunte se perceberam
movimentos do cotidiano, se reconheceram a dança e a brincadeira etc. Direcione a apreciação, cha-
mando a atenção dos estudantes para os movimentos no espaço e os aspectos rítmicos.
 147

Vídeos:

Blondy vs Jaja – TOP 24 Popping Forever – Summer Dance Forever 2019.


Disponível em: http://gg.gg/nfv5c. Acesso em: 10 mar. 2020.

Roda africana – Palavra Cantada: Disponível em http://gg.gg/nfva1. Acesso em:


19 set. 2019.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Professor, o jogo que será trabalhado nesta atividade é a brincadeira “lencinho atrás”, também
chamada de “corre lenço” e “corre cotia”. Relembre que esta atividade foi trabalhada em música e
pergunte aos estudantes se eles se lembram dela e o que ela trabalhava (a intensidade na música). Em
seguida, comente que o foco agora será nos movimentos dançados de modo individual, coletivo e
colaborativo, tendo as brincadeiras infantis como fonte geradora, utilizando-se dos elementos estrutu-
rantes da dança.

Diga aos estudantes que, nesta atividade, a brincadeira será diferente, pois haverá mudanças/varia-
ções nos deslocamentos ao redor do círculo. Elabore, com a colaboração deles, pequenos papeis com
diferentes maneiras de se movimentar (em câmara lenta; fazendo caretas; num pé só e acenando; de cos-
tas, pulando obstáculos; na ponta de um pé só; como um sapo se coçando; como um helicóptero; sem
enxergar; como um robô; tomando um choque etc.), para serem sorteados e utilizados a cada rodada.

Nesse jogo, a atenção dos estudantes fica bastante evidente; portanto, é o momento de observar
e registrar dificuldades e avanços. Organize uma roda de conversa e incentive os estudantes a conta-
rem as experiências vivenciadas durante o jogo. É importante que cada um registre e descreva, por
escrito, cada movimento que fez e aqueles que considerou mais interessantes.
Observação: leve em conta as características da turma. Você poderá planejar para que em uma aula, a
brincadeira seja realizada na sua versão original e, na aula seguinte, sejam exploradas outras possíveis versões.

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Professor, converse com os estudantes sobre os movimentos que fizeram na atividade anterior,
pontuando a diversidade de movimentos corporais, o uso e a ocupação do espaço e as variações de
tempo. Apresente como proposta, para essa atividade, a criação de uma dança, que deve ser realiza-
da em grupos, tendo como referência os movimentos realizados. A ideia é que eles se organizem e
tenham tempo para socializar seus registros, escolher os movimentos, uma música como proposta
sonora para a apresentação e ensaiar. Deixe claro que eles devem ficar atentos à fluência da dança,
para que não pareça que ela está “quebrada”. Os movimentos já trabalhados ficarão misturados aos
outros, formando uma coreografia. Enquanto um grupo se apresenta, os demais devem apreciar. De-
pois que todos tiverem se apresentado, organize uma roda de conversa para que todos possam co-
mentar e fazer considerações a respeito do que viram e aprenderam.
148 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM V
Habilidade:
(EF03AR08) Experimentar, identificar e apreciar formas distintas de manifestações tradicionais e
contemporâneas da dança próprias da cultura popular brasileira de diferentes épocas, incluindo-se
suas matrizes indígenas, africanas e europeias, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de
simbolizar e o repertório corporal.

Objeto de Conhecimento: Contextos e práticas

• Formas distintas de manifestações tradicionais e contemporâneas da dança

Habilidade Articuladora:
(EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em
especial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas,
favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

Objetos de Conhecimento: Patrimônio cultural

• Patrimônio cultural, material e imaterial


• Matrizes indígenas, africanas e europeias

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.
É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/
recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os objetos
de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o estudan-
te”, do organizador curricular, como referência.
Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades, in-
dependentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do seu
corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos a seguir, alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades:
• Matrizes indígenas: Apesar de conter elevado valor estético, tudo o que é produzido tem caráter
utilitário. Sendo assim, a dança, também o é, contendo diferentes funções no cotidiano, como ri-
tos e festas, homenagens, preparação para a guerra etc. As danças são ensinadas de geração
em geração, possuem desenhos coreográficos distintos, são acompanhadas por fortes batidas
dos pés no chão, cantos e diferentes tipos de tambores, chocalhos e flautas.
• Matrizes africanas: Tradicionalmente, a dança africana, assim como a indígena, tem caráter
utilitário, é transmitida de geração em geração; tem funções cotidianas praticamente idênticas
e é baseada no canto e na utilização de instrumentos de percussão, chocalhos e sopro.
• Matrizes europeias: (restringimos a referência a Portugal) – A vinda da Corte Portuguesa
para o Brasil, trouxe danças de roda, dramáticas (o Bumba meu boi e o Reisado e outros
mais), e de salão, típicas das cortes europeias, e deram origem as quadrilhas das festas juni-
nas, por exemplo. De modo geral, essas danças têm funções cotidianas análogas às outras
matrizes – religião, festas, mitos e lendas, acontecimentos históricos, rotinas e brincadeiras.
 149

• Dança tradicional: É aquela que reúne movimentos e elementos que caracterizam um povo,
um país, uma região, uma cultura etc., e pode ser configurada em diferentes gêneros e esti-
los. Geralmente, carregam elementos e influências de diferentes matrizes estéticas e culturais.
No Brasil existem, por exemplo: Coco, Jongo, Samba, Carimbó e Bumba meu boi.
• Dança contemporânea: Este gênero busca ruptura total com a dança clássica e utiliza um
conjunto de princípios e procedimentos desenvolvidos a partir das danças moderna e pós-
-moderna. Alguns aspectos que apontam características diferenciadas desse gênero, são:
pesquisa de movimentos que não “parecem” dança, renovação do vocabulário gestual por
meio da pesquisa dos movimentos do cotidiano; cruzamento de fronteiras entre as lingua-
gens artísticas, com a mescla entre dança, teatro e diferentes tecnologias; presença da figura
do criador-intérprete; improvisação como estratégia de criação; busca por diferentes formas
de preparação física utilizadas pelos dançarinos – ioga, capoeira, eutonia, natação, dança de
salão, dança clássica etc. – para conhecer e desenvolver sua própria dança; dança sem mú-
sica; diferentes espaços para o acontecimento da dança.
• Patrimônio cultural material: Conjunto de bens culturais móveis e imóveis existentes em
um país ou região, cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fa-
tos memoráveis da sua história, quer por seu excepcional valor arqueológico, etnográfico,
bibliográfico ou artístico. Pode se classificar por:

• Bens Móveis: coleções arqueológicas; acervos museológicos, documentais, bibliográficos,


arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos.
• Bens Imóveis: núcleos urbanos; sítios arqueológicos e paisagísticos; bens individuais.

• Patrimônio cultural imaterial: Abrange as expressões culturais e as tradições que um gru-


po de indivíduos preserva em respeito da sua ancestralidade, para as gerações futuras. São
exemplos de patrimônio imaterial: os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão,
celebrações, as festas e danças populares, lendas, músicas, costumes e outras tradições.
• Jongo: O jongo é uma dança tradicional da região sudeste, de origem africana. Seu ritmo foi
uma das fontes para o samba que conhecemos hoje. Ela acontece em roda, no sentindo
anti-horário e ao redor de uma fogueira, onde o dançarino mais velho ou o mestre chama para
o centro da roda, a dançarina mais velha, para abrirem a dança. Os dançarinos deslizam os
passos, batem os pés, giram e dão pequenos saltos, balançando o corpo da esquerda para
a direita e vice-versa; fazem movimentos com referência à Umbigada, encontrando-se e se-
parando-se, indo e voltando diversas vezes. Depois disso, dão a chance de todos poderem
dançar. Quem está na roda, ajuda a manter o ritmo, batendo palmas. O jongo é tocado, ba-
sicamente por três tambores: caxambu, angoma e candongueiro. De acordo com a região,
alguns passos da coreografia podem ser diferentes.
• Carimbó: O Carimbó foi registrado como patrimônio cultural brasileiro em 2014. Ao longo do
tempo, a palavra Korimbó, de origem Tupi, que nomeia um tambor de madeira oca, com couro
em uma das extremidades, passou a se referir também à dança e ao ritmo. Atualmente, o termo
compreende um misto de práticas, sociais, estéticas e performáticas, que se configura como uma
das mais representativas referências da cultura do norte do país. Historicamente, sua invenção, se
atribui aos negros escravizados, porém, há também evidências da apropriação de elementos da
cultura indígena e portuguesa, o que gerou uma forma de expressão singular. A fauna, a flora e os
costumes são referências para os temas das letras das canções.
• Bumba meu boi: O Bumba-meu-boi foi introduzido no Brasil pelos jesuítas e, com o passar
do tempo, agregou elementos indígenas e africanos. É uma manifestação composta por per-
formances de dança, música e teatro que representam, basicamente, a morte e a ressurrei-
150 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ção de um boi. A trama fica por conta de um escravo que mata o boi e retira sua língua, para
satisfazer o desejo de sua esposa, que está grávida. Quando o fato é descoberto, o escravo
é perseguido e, ao final, com a ajuda de um pajé, ressuscita o boi.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples,
permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a
conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa, para pontuar cada conceito. Realize um fe-
chamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos, as informações que estão na lousa.
Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.

1. Quais danças existiam no Brasil antes da chegada dos portugueses?


2. Como eram as danças indígenas quando o Brasil foi descoberto?
3. Como vocês imaginam que surgiram as danças que existem no Brasil?
4. Conhecem alguma(s) dança(s) de origem portuguesa, africana ou indígena? Quais?
5. Qual dança tradicional existe na região onde você mora?
6. Quais são as danças que sua família dança?
7. Que tipos de danças tradicionais vocês conhecem?
8. Já ouviram falar em Jongo, Carimbó, Bumba meu boi e dança contemporânea?
9. Quais influências estrangeiras existem no nosso jeito de dançar atualmente?
10. Conhecem algum grupo de dança?
11. O que é patrimônio cultural?
12. O que vocês entendem por patrimônio material e imaterial?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, assista aos vídeos antes de apresentá-los. Neles há dança tradicional e dança contem-
porânea, próprias da cultura popular brasileira de diferentes épocas, incluindo-se suas matrizes indíge-
nas, africanas e europeias. Durante a apresentação, pontue os conceitos apresentados. Você pode
fazer sua própria pesquisa, de acordo com sua realidade.

Vídeos:

O que é jongo? Apresentação de dança. Disponível em: http://gg.gg/lbbcf.


Acesso em: 06 fev. 2020.

Carimbó – Documentário. Disponível em: http://gg.gg/lbbcp. Acesso em: 06 fev. 2020.

Bumba meu boi – Documentário. Disponível em: http://gg.gg/nfvje. Acesso em:


06 fev. 2020.
 151

Dança contemporânea – O Corpo – Grupo Corpo. Disponível em:


http://gg.gg/nfvm1. Acesso em:

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA


Depois de apreciar alguns tipos de dança, que fazem parte do patrimônio cultural do Brasil e
apresentam elementos marcantes da cultura indígena, africana e portuguesa, convide os estudantes a
lembrar, sobretudo das coreografias e movimentos. Em seguida, pergunte:

1. Quando se aprende uma dança, o que é mais fácil e o que é mais difícil?
2. Como eram as coreografias realizadas pelos dançarinos, enquanto dançavam?

Após essa breve conversa, proponha a divisão da turma em grupos com quatro ou cinco elemen-
tos, para que realizem uma experimentação. Trata-se da criação de uma pequena sequência de movi-
mentos, com base nas associações feitas a partir da relação entre os elementos da dança e da música.
Seguem alguns exemplos:

Música indígena. Ñande Reko Arandu – Música Guarani. Disponível em:


http://gg.gg/nfvp6. Acesso em: 17 mar. 2020.

Música africana. Música Tribal e Melodias Africanas. Disponível em:


http://gg.gg/lbbde. Acesso em: 17 mar. 2020.

Música portuguesa. Música Tradicional Portuguesa Instrumental. Disponível em:


http://gg.gg/nfvsv. Acesso em: 17 mar. 2020.

Será necessário providenciar meios para que os estudantes tenham acesso às músicas e espa-
ços diferentes. A música que cada grupo escolher, servirá como inspiração para o desenvolvimento
das pequenas coreografias. Fique atento e colabore com cada grupo, caso seja necessário, e sem
interferir demais na construção de suas composições. Organize o tempo para a criação e os ensaios.
As apresentações devem ser consideradas parte de um processo e não produtos finais. O mais impor-
tante são as leituras potenciais e as análises que podem gerar um apuramento da linguagem da dança.
Por isso, após as apresentações, você pode perguntar aos estudantes: O que vocês percebem como
semelhante e diferente nas criações?
4° ano

Arte
Arte 153

1º BIMESTRE
A LINGUAGEM MUSICAL

Sabemos que a Música é uma das linguagens da arte e, deste modo, pode demandar conhecimen-
to teórico e técnico específico. Muitos anos de prática e estudo são necessários para o desenvolvimento
de conhecimento e habilidades em nível profissional. Neste caso, são pessoas que optam por dedicar
suas vidas, aperfeiçoando-se constantemente, em busca do desenvolvimento técnico e expressivo.

No decorrer da história da música, desenvolveu-se conhecimento estético e teórico acerca desta


produção cultural. Este arcabouço nos ajuda a compreender e aprofundar a nossa aprendizagem na
linguagem musical. Para nós e nossos estudantes, a falta deste conhecimento em sua amplitude não
diminui a capacidade de sentir os sons. Contudo, a aprendizagem em música se sustenta com a assi-
milação e a articulação de recortes importantes do conhecimento teórico com a prática criativa.
Por exemplo, se nos preocupamos em ensinar a escrita das figuras rítmicas, em outros momentos das
aulas deixamos os estudantes “senti-las” no próprio corpo. De que valeria saber todos os nomes das
notas, dos acordes e das tonalidades se não conseguíssemos usá-los em uma música por nós com-
posta ou interpretada?

O que é Música? Música é a Linguagem dos Sons. Mas o que isto significa?

O cotidiano é repleto de sons, inclusive nossa linguagem verbal utiliza sequências de sons e silên-
cios (consoantes, vogais e pontuações) para explicar, descrever, pedir, argumentar, suplicar, entusiasmar etc.
Nossa fala organiza-se por meio de palavras que formam frases e textos. E estas sequências de sons
(palavras) podem representar nomes próprios, conceitos, objetos, situações ou ações. Neste caso, os
sons são imediatamente convertidos em linguagem verbal. Agora, imagine duas pessoas que conversam
em um idioma que não dominamos. Não compreendemos sua comunicação verbal! Quase escutamos
tal conversa como se fosse música: uma sequência de timbres (ao menos um diferente de cada pessoa),
os sons das consoantes e das vogais, as entoações, inclinações para o agudo e para o grave (alturas),
intensidades distintas no decorrer do tempo e a velocidade com que cada som é emitido (durações).

Poderíamos considerar este diálogo como música? Houve uma intenção musical por parte dos emis-
sores dos sons? Houve uma interdependência musicalmente planejada dos parâmetros sonoros? O obje-
tivo da conversa foi exclusivamente a comunicação verbal entre aqueles sujeitos? É importante refletir sobre isso.

Quando trabalhamos com a linguagem dos sons, organizamos no tempo todos os parâmetros
intrínsecos de uma música de uma forma equilibrada e transparente. Tanto o ouvinte quanto o exe-
cutante devem perceber diversas características simultâneas dentro de uma mesma frase musical.

Ao cantar uma música coletivamente, nossos estudantes devem perceber a voz do professor, a
sua própria e a de seus colegas; caso contrário, ritmo e afinação estarão definitivamente prejudicados.
154 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Ao executar com clareza e transparência, demonstramos a interdependência entre os parâmetros,


conseguimos nos comunicar com esta linguagem dos sons.

Em alguns casos, a música pode exprimir ideias extramusicais. Isto é facilmente exemplificado por
meio dos hinos patrióticos. Ao escutar o Hino Nacional Brasileiro, mais do que uma música, este conjunto
de sons expressa o nosso povo, nossas cores, nossa natureza, nossos cheiros, conquistas e fracassos.

Raramente escutamos esse hino como uma sequência de alturas, durações, timbres e intensidades
interdependentes entre si. O mesmo pode acontecer com vinhetas televisivas e, de uma maneira mais indi-
vidualizada, com músicas que ficaram marcadas em nossas memórias. Dentre os motivos, poderíamos
destacar emoções vividas ou eventos que presenciamos, nos quais determinada música esteve presente.

De fato, o discurso musical não comunica ideias, conceitos e ações como a linguagem verbal. O
âmbito de sua ação está associado às emoções e sentimentos. E no contexto até aqui apresentado, a
prática musical poderia ser o equilíbrio entre esses aspectos emocionais (a paixão, o que move) com
os aspectos racionais (o procedimento, o saber fazer e o compreender), como ocorre na execução de
ritmos, frases, harmonias, melodias etc.

Uma enorme conquista será promover o conhecimento de um vocabulário comum para falar de
sons. O contraste entre elementos musicais já é um ótimo começo! Palavras como grave e agudo,
lento e rápido, comprido e curto, forte e fraco, podem parecer simples, mas são fundamentais para
o desenvolvimento musical e precisam ser exercitadas para sua correta assimilação.

Destacamos que é de fundamental importância que você, professor, se aproprie dos conteúdos,
conceitos e procedimentos apresentados neste material, com a finalidade de ensiná-los com seguran-
ça e tranquilidade. Sendo assim, as colocações teóricas, partituras e explicações mais detalhadas
servem para a sua aproximação com a música. Além disso, a aprendizagem da música na escola en-
volve ouvir, entender, apreciar, improvisar, pesquisar, conhecer, experimentar e praticar num processo
contínuo que dependerá da sua persistência e dedicação. Refletir sobre o que é realizado durante as
atividades, o ajudará a conhecer o estudante musicalmente.

A seguir, apresentamos um aporte sobre a Educação Inclusiva, Avaliação e Recuperação.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA – ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA


Todos os estudantes são capazes de aprender. Esse processo é individual, e o professor deve
estar atento para as necessidades individuais e coletivas. Estudantes com deficiência visual e auditiva
desenvolvem a linguagem e o pensamento conceitual.

Os estudantes com deficiência intelectual podem enfrentar mais dificuldade no processo de


aprendizagem musical, mas são capazes de desenvolver oralidade e reconhecer sinais gráficos.

É importante valorizar a diversidade e estimular o desempenho sem fazer uso de um único nivelador.
A avaliação deve ser feita em relação ao avanço do próprio estudante sem usar critérios comparativos.
Arte 155

O princípio de inclusão parte dos direitos de todos à Educação, independentemente das diferenças e
necessidades individuais – inspirada nos princípios da Declaração de Salamanca (Unesco, 1994) e está
presente na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva, de 2008.

Todos devem saber o que diz a Constituição, mas principalmente conhecer a meta 4 do Plano
Nacional de Educação (PNE):

Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência,


transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o aces-
so à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente
na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas
de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou
conveniados. (BRASIL, 2014).

A Lei nº 7.853 estipula a obrigatoriedade de todas as escolas em aceitar matrículas de estu-


dantes com deficiência – e transforma em crime a recusa a esse direito. Aprovada em 1989 e re-
gulamentada em 1999, a lei é clara: todas as crianças têm o mesmo direito à educação.
Neste contexto, o professor precisa realizar uma adaptação curricular para atender à diversidade
em sala de aula.

Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da


Educação Inclusiva. Portal MEC. Disponível em: http://gg.gg/lc5gs.
Acesso em: 23 out. 2019.

Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Planalto Federal.


Disponível em:http://gg.gg/ojdab. Acesso Acesso em: 23
out. 2019..

Deficiência Auditiva

Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela ausência de infor-
mações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm condições de prosseguir
aprendendo se forem informados e estimulados de forma sistemática, levando em conta sua diversida-
de linguística e possibilidades de comunicação.

Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifique se estão olhando para você.
A maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem uso de leitura labial e aparelhos de
ampliação sonora.

Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode explicar para a
classe toda utilizando desenhos na lousa para a apropriação dos objetos de conhecimento.
156 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Convide um estudante para demonstrar o que deve ser feito, fale olhando de frente sempre que possí-
vel, nas festividades utilize o Hino Nacional em LIBRAS indicado no link a seguir:

Hino Nacional em LIBRAS.


Disponível em: http://gg.gg/mrj4j. Acesso em: 03 dez. 2019.

Nas atividades de apreciação musical, incentive os estudantes a colocarem as mãos sobre a


caixa de som para sentir as vibrações. Um intérprete pode traduzir sua fala.

Faz parte da escolarização a ampliação de tempos, a disponibilização de comunicação adequa-


da, a adequação curricular, o acesso às novas tecnologias de informação e comunicação e as diferen-
tes formas de avaliação.

Aula de Arte para com surdos: criando uma prática de ensino.


Andreza Nunes Real da Cruz. (Tese de Mestrado). IA/UNESP. Disponível em:
http://gg.gg/myums. Acesso em: 30 out. 2020.

Um intérprete pode traduzir a música.


Faz parte da escolarização a ampliação de tempos, disponibilização de comunicação adequa-
da, adequação curricular, Acesso às novas tecnologias de informação e comunicação e diferentes
formas de avaliação.

Como tornar atividades musicais acessíveis para


crianças e jovens surdos. NEPEDE-EES/UFSCAR.
Disponível em: http://gg.gg/lc5hw. Acesso em: 3 dez. 2019.

Deficiência Visual

Existe o mito de que toda pessoa com deficiência visual tem talento para música. Isso não é ne-
cessariamente verdade, pois há quem não possua habilidades vocais ou para tocar instrumentos mu-
sicais. Enxergando ou não, o estudante precisa desenvolver habilidades musicais. É preciso apresentar
oralmente um instrumento musical indicando de que material é feito, se é de metal, madeira, bambu
etc., se é um instrumento acústico ou eletrônico e também oferecer a apreciação tátil, para que ele
possa manusear e explorar os sons que se pode obter de cada instrumento.
Arte 157

O deficiente visual e a educação musical: metodologias de ensino.


REDIVI/UNIVALE. Disponível em: http://gg.gg/lc5ii.
Acesso em: 3 dez. 2019.

Deficiência Intelectual

O Componente Curricular Arte, por meio das suas diferentes linguagens, torna possível a mani-
festação de sentimentos e pensamentos colaborando com o desenvolvimento da comunicação, trans-
formando e enriquecendo as vivências musicais, através de experimentações significativas.

Estimular as relações cognitivas, emocionais e lógicas é importante e necessário para o desen-


volvimento global.

Nem todos os estudantes poderão formular os registros de maneira autônoma. Nesses casos, o
professor pode ser o escriba ou propor outras formas, como desenhos ou imagens recortadas. Essa
adaptação curricular garante a participação efetiva do estudante nas atividades.

Como trabalhar com alunos com deficiência intelectual – dicas


incríveis para adaptar atividades. Instituto Itard. Disponível em:
http://gg.gg/lc5jf. Acesso em: 23 out. 2019.

Avaliação e Recuperação

A avaliação e recuperação proposta neste material é diagnóstica, iniciando com a ação do pro-
fessor ao investigar o que os estudantes conhecem ou não conhecem acerca dos objetos de conhe-
cimento que serão abordados, e processual em todos os momentos de prática pedagógica, nos quais
podemos incluir diferentes maneiras de acompanhar, avaliar e recuperar as aprendizagens. Nesta con-
cepção de avaliação e recuperação em Arte, é importante adotar a postura de não estabelecer critérios
de comparação, oferecer possibilidades para que os estudantes alcancem os objetivos esperados,
estar atento às dificuldades expostas na realização das atividades e atividades e propor soluções.
O fator socioemocional, presente em todos os momentos de aprendizagem em agrupamentos
produtivos1, tem em vista a formação integral do estudante. É importante frisar que o tempo necessário
para o desenvolvimento das habilidades, por meio de situações de aprendizagem, pode variar entre
uma turma e outra, mesmo que na mesma etapa.

1 Agrupamentos produtivos: seguem os princípios dos saberes já construídos pelas crianças em seu percurso escolar, bem como levam em consideração a
heterogeneidade de saberes existentes no espaço escolar e a sua importância na construção dos saberes dos estudantes, pois essa forma de trabalho é
ancorada, em sua concepção, pela interação entre as crianças com a mediação do professor. Fonte: http://gg.gg/p1nzv. Acesso em: 4 set. 2019.
158 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

O uso diário de registro em um portfólio é uma importante ferramenta para acompanhar os avan-
ços e dificuldades no desenvolvimento de habilidades e apropriação dos conhecimentos, observação
dos processos criativos, relação com os colegas, considerações e suposições inteligentes2, participa-
ção, empenho, respeito pela produção individual, coletiva e colaborativa, autoconfiança, valorização
das diferentes expressões artísticas, reconhecimento de que todos os obstáculos e desacertos que
podem ser superados.

Dessa forma, o resultado das avaliações assegurará ao professor elementos necessários para
analisar seu planejamento, replanejar se necessário e, também, para o acompanhamento e propostas
de recuperação das aprendizagens durante o ano letivo.

Antes de iniciar as situações de aprendizagem, apresentamos o Organizador


Curricular.
No quadro, estão dispostas todas as habilidades, que expressam as aprendizagens essenciais
que devem ser asseguradas aos estudantes nesta etapa. Para tanto, são descritas de acordo com
uma determinada estrutura, conforme o exemplo a seguir:

Código Alfanumérico: EF03AR13 – semelhante à numeração apresentada na BNCC.

EF = Ensino Fundamental – 03 = 3º ano – AR = Arte – 13 = número da habilidade.

Habilidade: (EF03AR13) Experimentar, identificar e apreciar músicas próprias da cultura popular


brasileira de diferentes épocas, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias
.
Verbos que explicitam os processos cognitivos envolvidos na habilidade: experimentar, iden-
tificar e apreciar.

Objetos de conhecimento mobilizados na habilidade: músicas próprias da cultura popular brasileira.

Modificadores dos objetos de conhecimento, que explicitam o contexto e/ou uma maior espe-
cificação da aprendizagem esperada: de diferentes épocas incluindo-se suas matrizes indígenas, afri-
canas e europeia. Em outras habilidades, também existem modificadores de verbos. Por exemplo,
“experimentar”, “utilizando”.

Condições didáticas e indicações para o desenvolvimento das atividades: demonstram


as ações necessárias para alcançar o desenvolvimento das habilidades, articuladas aos tipos de con-
teúdo (Conceitual, Atitudinal, Procedimental e Factual).

Observar se o estudante: indicações que auxiliarão nos processos de avaliação e


recuperação.

Habilidades integradoras: propõem conexões entre duas ou mais linguagens artísticas, para
ampliação das possibilidades criativas, de compreensão de processos de criação e fomento da
interdisciplinaridade.

2 Suposições inteligentes: hipóteses de cada indivíduo, baseadas em seus conhecimentos prévios e bagagem cultural.
Arte 159

Organizador Curricular – Música

Condições didáticas
Habilidades e indicações para o Observar se o estudante
desenvolvimento das atividades
(EF04AR13) Identificar e apreciar Organizar e realizar momentos de Participa da sondagem e da
gêneros musicais (populares e sondagem, apreciação e identificação apreciação; identifica os objetos
eruditos) próprios da cultura de dos objetos de conhecimento, de conhecimento, considerando
diferentes países. considerando seus modificadores. seus modificadores.
(EF04AR14) Perceber, explorar
Organizar e realizar momentos de Participa da sondagem e da
e identificar intensidade, altura,
sondagem, apreciação, percepção, apreciação; percebe, explora
duração, ritmo, melodia e timbre, por
exploração e identificação dos objetos e identifica os objetos de
meio de jogos, brincadeiras, canções
de conhecimento, considerando seus conhecimento, considerando
e práticas diversas de execução e
modificadores. seus modificadores.
apreciação musical.
Organizar e realizar momentos de Participa da sondagem e
(EF04AR15) Explorar e caracterizar
sondagem, apreciação, exploração da apreciação; explora e
instrumentos convencionais e não
e caracterização dos objetos de caracteriza os objetos de
convencionais, considerando os
conhecimento, considerando seus conhecimento, considerando
elementos constitutivos da música.
modificadores. seus modificadores.
(EF04AR16) Explorar formas de Organizar e realizar momentos de Participa da sondagem e
registro musical não convencional sondagem, apreciação, exploração da apreciação; explora,
(representação gráfica de sons e e reconhecimento dos objetos de reconhece os objetos de
partituras criativas) e reconhecer a conhecimento, considerando seus conhecimento, considerando
notação musical convencional. modificadores. seus modificadores.
(EF04AR17) Apreciar e experimentar
Organizar e realizar momentos Participa da sondagem e
improvisações musicais e sonorização
de sondagem, apreciação, da apreciação; experimenta
de histórias, explorando instrumentos
experimentação e exploração e explora os objetos de
musicais convencionais e não
dos objetos de conhecimento, conhecimento, considerando
convencionais, de modo individual e
considerando seus modificadores. seus modificadores.
coletivo.

Habilidades Articuladoras

Organizar momentos de sondagem, Participa da sondagem e da


(EF15AR24) Caracterizar e
apreciação, caracterização e apreciação; caracteriza e
experimentar brinquedos, brincadeiras,
experimentação dos objetos de experimenta os objetos de
jogos, danças, canções e histórias de
conhecimento, considerando seus conhecimento, considerando
diferentes matrizes estéticas e culturais.
modificadores. seus modificadores.
(EF15AR25) Conhecer e valorizar
o patrimônio cultural, material e
imaterial, de culturas diversas, em Organizar momentos de sondagem, Participa da sondagem e
especial a brasileira, incluindo-se apreciação, reconhecimento da apreciação; reconhece
suas matrizes indígenas, africanas e valorização dos objetos de e valoriza os objetos de
e europeias, de diferentes épocas, conhecimento, considerando seus conhecimento, considerando
favorecendo a construção de modificadores. seus modificadores.
vocabulário e repertório relativos às
diferentes linguagens artísticas.
160 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
Habilidade:
(EF04AR13) Identificar e apreciar gêneros musicais (populares e eruditos) próprios da cultura de
diferentes países.

Objetos de Conhecimento: Contextos e Práticas

• Gêneros musicais (populares e eruditos próprios da cultura de diferentes países)

Habilidade Articuladora:
(EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em
especial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas,
favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

Objetos de Conhecimento: Patrimônio Cultura

• Patrimônio Cultural (Material e Imaterial)


• Matrizes indígenas, africanas e europeias

Professor, nessa Situação de Aprendizagem, estão previstas seis atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato
com os objetos de conhecimento e seus modificadores.

É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para
avaliação/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa, ao final das atividades,
sobre os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna
“Observar se o estudante”, do organizador curricular, como referência.

Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento
do seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, elencamos a seguir alguns conceitos importantes para o
desenvolvimento das atividades.

• Gênero musical: é o que podemos chamar de grande categoria, ou seja, são aquelas músicas
que possuem características, instrumentação e estrutura base, e servem de referência para
variações. Podemos exemplificar: Samba, Axé, Sertaneja, Forró, Funk, Gospel etc.
• Estilo musical: está relacionado a um modo particular de utilizar os elementos característicos
e básicos de um gênero específico, configurando-o como algo diferente, porém sem se afastar
demais dele, impedindo seu reconhecimento e associação. Eles são variações de um gênero
musical. A partir do gênero Samba, podemos exemplificar: Pagode, Samba Enredo, Samba de
Breque, Partido Alto etc.
• Música popular: é um gênero desenvolvido a partir das músicas tradicionais e folclóricas de
um povo. Geralmente utiliza instrumentação mais simples e as composições são de fácil
memorização. Quase sempre são veiculadas pelos meios midiáticos mais abrangentes, como
o rádio e a televisão, tornando-se conhecidas por uma grande quantidade de pessoas. Todas
Arte 161

as culturas possuem suas particularidades, porém, em estudos mais aprofundados, é possível


perceber influências de culturas do mundo todo.
• Música erudita: é aquela que é elaborada por profundos conhecedores da música, geralmente
bastante complexa, podendo ser composta para um único instrumento ou grupo de instrumentos
das diferentes famílias instrumentais acústicas, podendo ser ou não cantada. De forma geral,
guarda características da cultura à qual pertence, porém, sem fazer parte das tradições e
folclore. Os exemplos mais comuns e diretos fazem parte do período clássico (1750 a 1830),
contudo, atualmente ainda há compositores dedicados ao gênero.
• Patrimônio cultural material: é o conjunto de bens culturais móveis e imóveis existentes em
um país ou região, cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos
memoráveis da sua história, quer por seu excepcional valor arqueológico, etnográfico,
bibliográfico ou artístico. Ele pode se classificar por:
- Bens Móveis: coleções arqueológicas; acervos museológicos, documentais, bibliográficos,
arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos.
- Bens Imóveis: núcleos urbanos; sítios arqueológicos e paisagísticos; bens individuais.

• Patrimônio cultural imaterial: Abrange as expressões culturais e as tradições que um grupo


de indivíduos preserva em respeito à sua ancestralidade, para as gerações futuras. São
exemplos de patrimônio imaterial: os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão,
celebrações, as festas e danças populares, lendas, músicas, costumes e outras tradições.
• Matrizes estéticas e culturais: formas de expressão cultural, de usos e costumes englobando
a poética artística que representa uma etnia, um grupo, um povo, uma nação.
• As principais matrizes estéticas culturais que compõem a cultura brasileira são:

- Matrizes indígenas: O conceito de objeto de Arte, para os povos indígenas, tradicional-


mente, não existe. Tudo o que eles produzem, apesar de conter elevado valor estético, tem
caráter utilitário. Nessa produção, utilizam tudo aquilo que é encontrado na natureza (madei-
ra, fibras, sementes e frutos, cipós, folhas, resinas, couro, penas, ossos, dentes, garras,
conchas, terra, pedras etc.). Essa abundância de matérias proporciona grande variedade de
produtos. A produção musical, também é utilitária, apresentando composições que passam
de geração em geração, e é baseada no canto e instrumentos de diferentes tipos:

- Idiofones: instrumentos que vibram por percussão ou atrito (chocalho);


- Aerofones: soam pela ação do ar soprado pela boca ou nariz (flautas e apitos);
- Membranofones: instrumentos que soam pela vibração de uma membrana (tambores);
- Zumbidores: o som é obtido ao se girar rapidamente, no ar, uma corda a uma pequena
peça de madeira oval na ponta.
- Matrizes africanas: As influências das matrizes africanas estão presentes na musicalidade e
são parte da nossa cultura, história e identidade. Primitivamente, a produção artística africana,
assim como a indígena tem caráter utilitário, porém, com maior expressão nas esculturas em
madeira. A arte africana também utiliza materiais disponíveis na natureza, contudo agrega
algumas técnicas mais avançadas, utilizando metais como bronze, cobre, latão, ouro e prata,
tanto na forma decorativa quanto na pintura corporal a geometrização é muito recorrente.
A música ancestral é baseada no canto e instrumentos de percussão, chocalhos e sopro.
- Matrizes europeias: A música trazida ao Brasil era bastante diversificada e continha música
instrumental cantada – ou não, sacra, sonatas (peça musical interpretada por instrumentos
em oposição ao canto), concertos, canções e óperas. Os instrumentos eram os mesmos
que existem até hoje numa orquestra, incluindo o cravo.
162 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar a atividade, organize uma roda e converse com a turma sobre os conceitos
apresentados, inserindo as perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam
apresentar suas ideias e colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e
faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite
que copiem em seus cadernos as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros ques-
tionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.

1. O que é música popular?


2. Quais músicas populares brasileiras vocês conhecem?
3. Quais os gêneros e/ou estilos de músicas vocês conhecem?
4. O que é música erudita?
5. O que vocês sabem sobre patrimônio cultural – material e imaterial?
6. Quais culturas integram a cultura brasileira?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO I

A atividade destina-se a apresentar aos estudantes alguns gêneros musicais populares e eruditos
de alguns países para uma apreciação musical. Os gêneros, geralmente, apresentam características
muito específicas e, quase que instantaneamente nos remetem ao seu país de origem, enquanto que
os eruditos, quase sempre, nos trarão à memória alguma obra do período Clássico e são de difícil
identificação, pois foram e são produzidos em todas as partes do mundo.

Durante a apreciação, apresente aos estudantes algumas informações sobre os gêneros


apresentados.

Samba (gênero popular): O ritmo original, trazido pelos africanos, era chamado de batuque, e
a palavra semba, que significa umbigada, era usada para designar um tipo de dança. Os instrumentos
característicos do batuque eram o tambu – tambor escavado em tronco de madeira, com couro fixa-
do, o quinjengue – tambor (também escavado) em forma de cálice, e a matraca – dois pedaços de
madeira que eram batidos um no outro. Os instrumentos característicos do samba são: violão e cava
quinho e também diversos instrumentos de percussão, como, por exemplo: o pandeiro, o tamborim, o
surdo e o tantã.

A História do Samba – Unidiversidade. Disponível em:


http://gg.gg/nyub8. Acesso em: 23 out. 2019.

Fado (gênero popular): O fado é um gênero musical português. Geralmente é cantado por uma só
pessoa (fadista) e acompanhado por uma guitarra clássica (nos meios fadistas denominada viola) e uma
guitarra portuguesa. O fadista canta o sofrimento, a saudade de tempos passados, a saudade de um amor
Arte 163

perdido, a tragédia, a desgraça, a sina e o destino, a dor, amor e ciúme, à noite, as sombras, os amores, a
cidade, as misérias da vida, critica a sociedade. Em contraste com o conteúdo melancólico, o compasso
do fado transmite um humor animador e possivelmente este contraste contribui à fascinação do fado.

Qual o significado de fado e sua origem. Disponível em:


http://gg.gg/l3t13. Acesso em: 11 set. 2019.

Tango (gênero popular): Gênero que surgiu na Argentina, no final do século XIX, como uma
derivação da habanera e da milonga. Originalmente tocado por violino, flauta e violão, o Tango alcan-
çou sua forma definitiva com a inclusão do bandoneón, um instrumento de origem alemã, trazido da
Europa, que com seu timbre único tornou-se a assinatura do tango.

• Habanera – considerada a primeira música genuinamente afro-latino-americana teve seu ritmo


inicial trazido pelos negros africanos para Cuba;
• Milonga – ritmo originado a partir de uma forma de canto e dança da Andaluzia, que se
popularizou nos subúrbios de Montevidéu e Buenos Aires no final do século XIX.

História do tango. Disponível em: http://gg.gg/l3t1d.


Acesso em: 11 set. 2019.

Enka (gênero popular): É um estilo musical que se caracteriza pela mistura da música tradicio-
nal japonesa com melodias do ocidente. No Japão, em 1874, não era permitido aos líderes políticos
falar em público, por isso eles escreviam canções e contratavam cantores para que fossem às ruas
levando suas mensagens. Os instrumentos mais usados no enka são: violão e instrumentos de or-
questra em geral. Instrumentos como o shamisen (tipo de alaúde com braço longo, três cordas e um
corpo oco coberto com pele, dos dois lados), koto (harpa japonesa, com cerca de 2 metros de com-
primento, que é tocada no chão) e taiko (tambores) são usados para proporcionar um toque
tradicional.

O enka e a sua história. Disponível em: http://gg.gg/l3t1o.


Acesso em: 11 set. 2019.

Concerto (gênero erudito): A principal característica de um concerto é que a melodia de um


instrumento solista, é acompanhada por uma orquestra. Existem também, concertos para dois ou mais
solistas. Os concertos, geralmente, têm 3 partes, sendo a segunda mais lenta.

Concerto Nazareth – (Paulo Aragão), por Yamandu Costa 2013. Disponível


em: http://gg.gg/ng8j1. Acesso em: 26 set. 2019.
164 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Serenata (gênero erudito): São, tradicionalmente, composições de estilo musical leve e de


curta duração, de natureza casual, sem grande dramaticidade, tocadas por pequenos agrupamentos
de músicos, podendo ser cantadas ou não.

Serenata n° 13 – Mozart (Eine Kleine Nachtmusik – 1787 – I. Allegro).


Disponível em: http://gg.gg/ng8lh. Acesso em: 26 set. 2019.

Sinfonia (gênero erudito): Composição extensa para orquestra, que pode conter de uma a quatro
partes, e acompanhamento de coro – com ou sem solistas. Geralmente o naipe das cordas conduz a
melodia e os outros agrupamentos ora se harmonizam ora atuam em participações bem marcadas.

Sinfonia n° 6 (Pastoral/1808) – Beethoven. Disponível em:


http://gg.gg/ng8o7. Acesso em: 26 set. 2019.

Ópera (gênero erudito): Composição músico-teatral cantada, com acompanhamento de or-


questra. Surgiu no final do século XVI, em Florença. Ela se divide em duas categorias: a Séria e a Cô-
mica ou bufa. A primeira foi composta em 1597, da qual só restam fragmentos, e contém temática
mitológica grega. Difundiu-se por toda a Europa e teve seu auge, a partir do século XVII, com a utiliza-
ção de coro, dança e aberturas instrumentais.

Ópera tradicional Chinesa – Spring Festival Gala 2019 –


CGTN). Disponível em: http://gg.gg/ng8u5
Acesso em: 26 set. 2019.

ATIVIDADE 3 – APRECIAÇÃO II
A atividade propõe a apreciação de vídeos contendo textos e músicas de matrizes culturais indí-
genas, africanas e europeias, especialmente em sua mistura com a música brasileira. É importante
pontuar aos estudantes, em determinados momentos, os elementos característicos de cada matriz.
Pesquise e apresente algumas manifestações culturais da música da sua região (comunidades indíge-
nas e quilombolas e colônias de imigrantes).

História da música brasileira. Disponível em: http://gg.gg/l3t23.


Acesso em: 23 out. 2019.
Arte 165

Akará – Margareth Menezes. Disponível em:


http://gg.gg/l3t29.Acesso em: 11 set. 2019.

Ngetchautumau – Djuena Tikuna. Disponível em: http://gg.gg/l3t2c.


Acesso em: 11 set. 2019.

Biografia de Djuena Tikuna. Disponível em:


http://gg.gg/ngah7 Acesso em: 11 set. 2019.

Benke – Milton Nascimento. Disponível em: http://gg.gg/ngala


Acesso em: 11 set. 2019.

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA I


A atividade propõe um exercício de escuta ativa, na qual o estudante será desafiado a identificar
alguns gêneros musicais populares e eruditos de diferentes países. Você pode pesquisar e apresentar
outras referências de acordo com sua necessidade ou realidade.

Distribua um cartão contendo as referências das músicas que serão apresentadas, oriente os
estudantes a indicarem a ordem em que as músicas são apresentadas.

• K- Pop • Música tradicional do Mali


• Música Italiana • Dobet Gnahoré – Samahani
• Música Africana • Música Coreana
• Tarantella Napoletana

MÚSICA COREANA

Yeominrak – Música tradicional coreana composta em 1447 e atribuída ao Rei Sejong –1418-1450,
grande incentivador e mecenas das artes, ao qual se atribui a invenção da escrita Hangul, alfabeto
utilizado atualmente na Coreia. Yeominrak significa “desfrutar com o povo”. Foi concebida como uma
canção, porém só resta a versão instrumental. É interpretada e apresentada no dia do alfabeto coreano
e em honra aos ancestrais.
166 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Yeominrak. Música Tradicional Coreana – Arte Escenicas de Asia/Asian


Performing Arts. Disponível em: http://gg.gg/l3t38.
Acesso em: 11 set. 2019.

K-Pop – BTS – DNA. K-Pop é a denominação dada ao gênero musical específico da Coreia do Sul.
O K-Pop incorpora diferentes influências, entre elas, Hip Hop, R&B e Rock. Há bandas de meninas e
bandas de meninos, sendo que, geralmente, cada elemento se encaixa num estereótipo que pretende
inspirar positivamente seus fãs. Há também, artistas solo, como o Psy, por exemplo. No país, há cerca
de 300 grupos no mercado.

DNA – BTS. Disponível em: http://gg.gg/l3taf. Acesso em: 11 set. 2019.

MÚSICA ITALIANA

Canto Gregoriano. O termo surgiu em 1903, porém, trata-se de uma reorganização da Schola
Cantorum de Roma, realizada pelo Papa Gregório no século VI, que unificou o repertório musical para
cada parte da liturgia da igreja católica.

Conclave – Hymnus – Veni, creator Spiritus: Disponível em:


http://gg.gg/ngaxu Acesso em: 11 set. 2019.

Tarantella Napoletana Tarantela: o termo surgiu a partir da crença de que, no caso de uma pessoa
ser picada por uma tarântula, a reação do corpo ao veneno produziria uma dança agitada. Esta dança
característica do sul da Itália é realizada coletivamente e é marcada pela rápida troca de casais.

Pulcinella – Tarantella Napoletana Balli de Gruppo. Disponível em:


http://gg.gg/ngb4k. Acesso em: 11 set. 2019.

MÚSICA AFRICANA

Devido ao tamanho do continente africano, a música é muito diversificada e são utilizadas para rituais
e cerimônias religiosas, para transmitir histórias de geração em geração, além de canto e dança
recreativa. A música tradicional, em sua maioria, não é escrita, mas transmitida oralmente de geração
em geração e, quando cantada, utiliza a polifonia (diversas vozes). Na região subsaariana, utilizam-se
grande variedade de instrumentos de percussão membranofones – tambores, xilofones, aerofones –
flautas, e outros instrumentos como a kalimba.
Arte 167

Kalimba – African Zulu Voices Music – Polifonia. Disponível em:


http://gg.gg/ngb7i. Acesso em: 27 set. 2019.

Kaira. Performance de Mussa Diabaté, Traditional Mali Music, N`goni I Met


Music, instrumento tradicional do Mali. Disponível em:
http://gg.gg/l3tdw. Acesso em: 27 set. 2019.

Dobet Gnahoré – Cantora e compositora da Costa do Marfim utiliza


sonoridades africanas misturadas com música eletrônica. Ela canta
em Bété, sua língua materna (a Costa do Marfim possui 72 dialetos).
Samahani – 2010 – (em português significa “Desculpe”). Disponível em:
http://gg.gg/l3t3n. Acesso em: 27 set. 2019.

ATIVIDADE 5 – AÇÃO EXPRESSIVA II


A proposta da atividade é uma pesquisa de campo sobre o patrimônio cultural – material e imaterial, de
culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias,
de diferentes épocas. Essa pesquisa será utilizada na atividade seguinte. Oriente os estudantes para
realizar uma pesquisa com seus familiares sobre as diferentes linguagens artísticas que fazem parte da
vida de cada um, utilizando os questionamentos indicados a seguir:

1. Quais ancestrais indígenas, africanos ou europeus existem na família?


2. Quais são as comidas tradicionais de sua família?
3. Qual objeto da casa foi passado de pai para filho?
4. Há algum artista ou artesão na família? O que ele produz?
5. O que é possível perceber nas fotografias antigas da família? O que é diferente?
6. Quais danças tradicionais e atuais você conhece e sabe dançar?
7. Quais são as músicas das festas ou comemorações que a família realiza ou frequenta?
8. Há músicos na família? Quais instrumentos tocam?
9. Qual foi a música tocada no casamento dos seus pais? E dos seus avós?
10. Qual é a música mais antiga que seus pais e avós se lembram?
11. Qual é foi a primeira música que você aprendeu a cantar?
12. Quais músicas são tocadas nos cultos religiosos, que a família frequenta?

ATIVIDADE 6 – AÇÃO EXPRESSIVA III


Professor, dê prosseguimento às pesquisas iniciadas na atividade anterior, dividindo a sala em grupos
e solicitando que realizem a mesma pesquisa em livros, revistas e internet. Se achar necessário, agende a
sala de leitura e/ou a sala de informática. Indique títulos e sites para que os estudantes realizem as pesquisas.
Retome o que foi conversado na sondagem sobre patrimônio cultural material e imaterial, orientan-
do que juntem as duas pesquisas e as apresentem para a turma. Organize um cronograma de apresen-
tações e propicie momentos de conversa e reflexão sobre valorização, preservação e conscientização.
168 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Habilidade:
(EF04AR14) Perceber, explorar e identificar intensidade, altura, duração, ritmo, melodia e timbre, por
meio de jogos, brincadeiras, canções e práticas diversas de execução e apreciação musical.

Objeto de Conhecimento: Elementos da Linguagem

• Intensidade, altura, duração, ritmo, melodia e timbre

Habilidade Articuladora:
(EF15AR24) Caracterizar e experimentar brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias
de diferentes matrizes estéticas e culturais.

Objeto de Conhecimento: Matrizes estéticos e culturais

• Brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias

Professor, na Situação de Aprendizagem, estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.

É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa, ao final das atividades, sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.

Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.

Para ampliação de seu repertório, elencamos a seguir alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades.

• Intensidade: Parâmetro musical que se refere à possibilidade de um som ser forte ou fraco,
considerando, também, suas infinitas variações – progressiva ou regressiva.
• Altura: Parâmetro musical que organiza os sons em toda a vasta gama que vai do grave ao
agudo e vice-versa.
• Duração: Parâmetro musical que nos auxilia a identificar o som no tempo. Resumidamente,
podemos dizer que um som, em toda a vasta gama, pode ser longo ou curto, considerando
também, suas infinitas variações.
• Ritmo: Elemento musical que é composto por diferentes durações de sons, que se
organizam sobre as pulsações e/ou compassos. Quando se canta uma melodia e a
acompanha com batidas de pé ou palmas, estou fazendo o ritmo com a voz e a pulsação
com os pés ou as mãos.
• Melodia: Elemento musical que é composto por conjuntos ou combinações de sons, de
diversas alturas, ordenados, no decorrer do tempo, configurando frases musicais.
Arte 169

• Timbre: Parâmetro que reúne um conjunto de características e singularidades que nos permite
identificar uma fonte sonora. Cada emissão sonora tem qualidades que lhe são próprias, aquilo
que podemos chamar de “identidade do som”.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Escreva na lousa as palavras: intensidade, altura, duração, ritmo, melodia e timbre. Em seguida,
pergunte aos estudantes, o que sabem sobre cada uma delas. No decorrer da conversa, vá anotando
palavras-chave e complementando com informações específicas de cada objeto de conhecimento in-
dicado acima. Solicite que escrevam em seus cadernos, o resumo geral registrado na lousa.
Após, realize os questionamentos a seguir:

1. Quais jogos ou brincadeiras cantadas, conhecem? Quais mais gostam?


2. Quais brinquedos não-eletrônicos, conhecem?
3. Quais canções que contam histórias da cultura de algum povo, conhecem?
4. Quais histórias gostam de ouvir?
5. Quais filmes ou desenhos animados musicais, já assistiram?
6. Quais canções de ninar conhecem? Qual mais gostam?
7. O que gostam de dançar, jogar e brincar?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Existem muitas possibilidades para oferecer aos estudantes a oportunidade de apreciação dos obje-
tos de conhecimento, dentre eles, indicamos quatro agrupamentos sonoros distintos. Antes de iniciar cada
apreciação, reforce a importância do silêncio, para que todos possam ouvir atentamente. Durante as apre-
sentações, chame a atenção dos estudantes para as características relativas à intensidade, altura, duração,
ritmo, melodia e timbre. Faça soar, tanto os instrumentos musicais quanto os objetos; escolha um grave e
um agudo; alterne a intensidade em todos eles – (fraco/forte); utilize instrumentos musicais de (sopro, cor-
das ou fricção) e diferencie o tempo de duração do som – (curto/longo), para que fiquem claros os contras-
tes. Para que os estudantes consigam identificar os timbres, você pode mostrar e dizer a todos o nome de
cada instrumento e objeto e depois, realizar uma nova apresentação, agora na forma de um “jogo de per-
cepção”, onde, sem que a turma possa ver, tente adivinhar o que está sendo “tocado”. Solicite que regis-
trem,emseuscadernos,suaspercepções,nomeandoasfontessonoras,mesmoquenãosaibamonomecorreto.

• Instrumentos musicais: tambor, caxixi, reco-reco, triângulo, chocalho, flauta, apitos, cornetas,
violão etc.;
• Objetos de diferentes materiais, formatos e dimensões: baldes, bacias, latas, garrafas,
canos, madeiras, canudos, ralador, chaves etc:
• Trechos de áudio, gravações, bips etc., produzidos e alterados eletronicamente do site
Freesound, um banco de dados colaborativo de sons licenciados Creative Commons.

Freesound Disponível em: https://freesound.org/.


Acesso em: 11 set. 2019.
170 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Existem diversas músicas por todo o Brasil. É muito comum, por conta da convivência cultural
regional entre comunidades distintas, a possibilidade de apropriação e modificação de algumas músi-
cas, brincadeiras cantadas e jogos tradicionais. Basicamente, as brincadeiras populares no Brasil re-
presentam a mistura dos costumes e das crenças do europeu, do índio e do africano.

Apresente o jogo “Adoletá”. Diga que brincadeira veio junto com os imigrantes franceses e algu-
mas palavras foram adaptadas ao nosso idioma – por exemplo, “le petit” virou “le peti”.

Organize os estudantes em roda e propicie um momento de experimentação, utilizando a brinca-


deira. Você pode indicar outra de acordo com sua necessidade ou realidade. Os participantes em roda
estendem o braço direito, na direção do colega que está à sua direita, com as palmas das mãos vira-
das para cima. Quando a música começa, um jogador previamente escolhido inicia batendo sua mão
direita sobre a palma da mão direita do jogador que está à sua esquerda. Assim que o integrante for
tocado, deverá bater na palma do participante seguinte e assim por diante, até chegar na palavra “tu”.
As palmas seguem a silabação da música. Aquele, que receber o último tapa na mão no final da can-
ção, é eliminado. Vence o jogo quando sobrar uma única criança.

Adoletá
Le peti
Peti polá
Le café com chocolá
Adoletá
Puxa o rabo do tatu
Quem saiu foi tu!

PARA SABER MAIS:

Brincadeiras e jogos indígenas. Portal Escola Educação. Disponível em:


http://gg.gg/l3tfa. Acesso em: 11 set. 2019.

Brinquedos e brincadeiras indígenas. Conexão Escola SME/GO.


Disponível em: https://bit.ly/3vWvcEO. Acesso em: 11 set. 2019.

Brincadeiras diversas. Disponível em: http://gg.gg/l3t48.


Acesso em: 11 set. 2019.

100 Brincadeiras Populares Brasileiras. Ecologia dos Saberes.


Disponível em: https://bit.ly/3Ds8V4S. Acesso em: 17 nov.2021.
Arte 171

Brincadeiras e jogos africanos. Educa IBGE. Disponível em:


http://gg.gg/l3t52. Acesso em: 11 set. 2019.

Brincadeiras africanas. Portal Escola Educação. Disponível em:


http://gg.gg/ngcb0. Acesso em: 11 set. 2019.

Sons Indígenas. Disponível em: https://bit.ly/3igkFyO. Acesso em: 18


set. 2021.

Canções de diferentes partes do mundo. Grupo Mawaca Disponível


em: http://gg.gg/l3tg9. Acesso em: 11 set. 2019.

Canções africanas. Disponível em: http://gg.gg/l3tfy.


Acesso em: 11 set. 2019.

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Antecipadamente selecione livros paradidáticos, letra de canções, jogos e brincadeiras cantadas,
solicitando aos estudantes que tragam de casa objetos de materiais diversos, formatos e dimensões
diferentes que produzam sonoridades específicas. Inicie a atividade dividindo a turma em grupos,
orientando que apresentem um a um os objetos e as sonoridades produzidas. Durante a apresentação
sonora, retome os conceitos, intensidade, altura, duração, ritmo, melodia e timbre. Em seguida, cada
grupo deve escolher uma história, letra de canção, jogo ou brincadeira cantada para apresentar utili-
zando os objetos sonoros.
172 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM III


Habilidade:
(EF04AR16) Explorar formas de registro musical não convencional (representação gráfica de sons e
partituras criativas) e reconhecer a notação musical convencional.

Objetos de Conhecimento: Notação e Registro Musical

• Registro musical não convencional


• Notação musical convencional

Professor, na Situação de Aprendizagem, estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.

É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa, ao final das atividades, sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.

Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades..

Para ampliação de seu repertório, elencamos a seguir alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades.

• Registro musical não convencional: Nesse caso, não existe um padrão de escrita, o registro
de sons e composições musicais é feito de maneiras particulares e criativas. O registro das
sonoridades, geralmente, é realizado por meio de uma bula, que nomeia os sinais gráficos e
indica os tipos de sons ao leitor.
• Notação musical convencional: Conjunto de símbolos utilizado mundialmente para
representar regras, duração de sons, silêncios e fornecer de forma clara ao intérprete, o maior
número possível de informações precisas para a execução de uma composição.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples,
permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a
conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito.
Arte 173

Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos as informações que
estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e
necessidade.

1. Alguém estuda ou já estudou música? Onde? Há quanto tempo?


2. Alguém toca algum instrumento? Qual? Há quanto tempo?
3. Os sons não têm o mesmo tamanho. Quais são os sons curtos e longos que você ouve todos
os dias?
4. Como é possível desenhar ou escrever um som?
5. O que é uma partitura? Já viram? Onde?
6. Quais são os símbolos que representam sons e silêncios na partitura?
7. Qual desenho você faria para representar um som grave, um som agudo, o som de um apito e o
som de um trovão?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Selecione e apresente diferentes partituras e registros sonoros convencionais e não convencio-
nais para uma apreciação. Mostre partituras originais, desenhos, imagens impressas de livros, revistas
e/ou vídeos.

Símbolos da notação musical convencional

Figura de
Figura de som Nome da figura Nome da figura Valor
silencia

Pausa de
Semibreve 1
semibreve

Mínima Pausa de mínima 1/2

Semínima Paula de semínima 1/4

Colcheia Pausa de colcheia 1/8


174 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Pausa de
Semicolcheia 1/16
semicolcheia

Fusa Pausa de fusa 1/32

Semifusa Pausa de semifusa 1/64

1/2

1/4

1/8

1/16

1/32

1/64

Tabelas elaboradas especialmente para este material.


Arte 175

Exemplo de partitura com notação convencional:

Imagem de uma Partitura. Fonte:


Fotoshop tops por Pixabay.
Disponível em: http://gg.gg/l3ueq.
Acesso em: 11 set. 2019.

No exemplo de notação musical não-convencional, a seguir, é possível observar alguns símbolos


que foram atribuídos para cada sonoridade. É importante perceber que, além dos formatos serem di-
ferentes, o tamanho pode ser relacionado ao tempo de duração.

Desenho de Carlos Eduardo Povinha feito especialmente para esse material.

PARA SABER MAIS:

No link a seguir, há um experimento realizado pelo Departamento de Física


da Universidade de Milão, demonstrando que as oscilações de uma chapa
metálica, coberta de areia que, submetida a diferentes frequências sonoras,
forma desenhos. É uma forma interessante de observar as relações físicas do
som com a matéria e despertar a criatividade.

Prato de Chladni: Círculo. Unimifisica. Disponível em: http://gg.gg/l3ujm.


Acesso em: 11 set. 2019.
176 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Organize a sala em grupos e distribua cartolina ou papel pardo, lápis, lápis de cor, giz de cera,
caneta hidrográfica etc. Oriente que cada componente do grupo deve elaborar uma única lista dos
elementos citados e compartilhar uma ou mais lembranças, sobre sonoridades que já tenha ouvido,
por exemplo: trovão, vento, batida de carro, rojão, canto de pássaro, entre outros. Em seguida, o grupo
deve conversar, escolher e atribuir um desenho para representar cada uma das sonoridades. Finalize
com a exposição de todas as partituras não convencionais produzidas, propiciando um momento de
leitura de imagens e reflexão.

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Para realizar a atividade será preciso selecionar antecipadamente diferentes sons e trechos de
músicas. A proposta é que os estudantes ouçam atentamente cada trecho que será apresentado e
elabore um registro visual (desenho, risco, traço, ponto, forma etc.), atribuindo uma “forma” para cada
som. No site Freesound (banco de dados colaborativo de sons licenciados Creative Commons) indica-
do a seguir, você pode selecionar trechos de áudio, amostras, gravações, bipes etc.

Freesound. Disponível em: https://freesound.org/.


Acesso em: 11 set. 2019.
Arte 177

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM IV
Habilidades:
(EF04AR15) Explorar e caracterizar instrumentos convencionais e não convencionais, considerando
os elementos constitutivos da música.

Objetos de Conhecimento: Materialidade

• Instrumentos musicais convencionais e não convencionais


• Elementos constitutivos da música

(EF04AR17) Apreciar e experimentar improvisações musicais e sonorização de histórias, explorando


instrumentos musicais convencionais e não convencionais, de modo individual e coletivo.

Objetos de Conhecimento: Processos de Criação

• Improvisação musical e sonorização de histórias


• Instrumentos musicais convencionais e não convencionais

Professor, na Situação de Aprendizagem, estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.

É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa, ao final das atividades, sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.

Adapte as aulas para que aqueles que possuam alguma necessidade especial também possam
participar das atividades, independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam
um maior conhecimento do seu corpo e de suas possibilidades.

Para ampliação de seu repertório, elencamos abaixo alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.

• Instrumentos convencionais: São aqueles que são conhecidos e reconhecidos com


facilidade e, que normalmente são utilizados em agrupamentos musicais como bandas,
orquestras etc.
• Instrumentos não convencionais: Essa classificação de instrumentos, apresenta infinitas
possibilidades de configuração, desde a adaptação, da fusão de instrumentos convencionais, até
a utilização de qualquer fonte sonora capaz de produzir sonoridades – objetos, materiais, paredes
e móveis, por exemplo.
• Improvisação musical: Exercício de experimentação, criação, variação e invenção, que parte
de um estímulo espontâneo ou de uma ideia que já existe. A improvisação musical, apresenta
grande diversidade sonora e originalidade criativa, porém, na maioria das vezes, mantém a obra
original como referência.
178 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

• Sonorização de histórias: A utilização de sons naturais ou artificiais, ao longo de uma história,


pode ter, entre outras possibilidades, a função de estimular a imaginação, mobilizar memórias,
caracterizar ambientes, personagens, indicar ações, reforçar dramaticidades, “criar climas”,
interferir. Tudo isso junto cria um conjunto de acontecimentos sonoros, que traz realismo à
história que está sendo contada.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples,
permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a con-
versa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito.

Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos as informações que
estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e
necessidade.

1. Quais instrumentos musicais conhecem? Sabem tocar algum?


2. O que é um instrumento convencional?
3. O que é um instrumento musical não convencional? Quais conhecem?
4. O que é sonorização de histórias?
5. Como é possível representar personagens e elementos de uma história, usando sons?
6. O que é preciso para produzir um som?
7. Quais instrumentos musicais são usados para uma sonorizar histórias? Não havendo instrumen-
tos musicais, o que pode ser usado?
8. Quais sons é possível produzir com o corpo?
9. Quais são os elementos constitutivos de uma música?
10. O que é improvisação musical? Como é possível improvisar na música?

PARA SABER MAIS:

Fontes sonoras e elementos básicos da música: ritmo, melodia e har-


monia. Preparação Digital. Disponível em: http://gg.gg/l3uwz. Acesso em:
23 out. 2019.

Músicas e recursos não convencionais. Pedro Consorte. Disponível em:


http://gg.gg/l3uxj. Acesso em: 11 set. 2019.

Brincadeira musical sonorizando. Caixinha Musical. Disponível em:


https://bit.ly/3ASTXn0. Acesso em: 23 out. 2019.
Arte 179

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, apresente os vídeos indicados a seguir ou outros de sua livre escolha para uma apre-
ciação. Durante a apresentação dos vídeos, chame a atenção para os detalhes sonoros, explique que
em “Rubato” todos os sons foram manipulados e inseridos digitalmente.

Alguns dos elementos constitutivos da música (melodia, harmonia, ritmo, altura, duração, intensidade,
timbre, afinação, improvisação) podem ser percebidos e devem ser pontuados por você. A apreciação é
importante para que os estudantes se inspirem e percebam que há muitas maneiras de contar uma história.

A história de Japim – TV Cultura. Disponível em:


http://gg.gg/l3v6i. Acesso em: 11 set. 2019.

“Dueto de gatos”. Disponível em: http://gg.gg/l3v7o. Acesso em: 11


set.2019; Composição atribuída a Gioachino Rossini, e apresentada pelo
grupo chamado “Les Chanteurs du Lycée”.

Pedro e o Lobo (Prokofiev – 1891-1953) – Narração: Júlio


Feliz. Canal Júlio Feliz. Disponível em: http://gg.gg/ngcpe.
Acesso em: 11set. 2019.

“Rubato” – Curta de animação. Disponível em: http://gg.gg/l3v9x.


Acesso em: 11 set. 2019.

Samba Lelê – Barbatuques – Tum Pá. Canal


Barbatuques. Disponível em: http://gg.gg/l3vam.
Acesso em: 11 set. 2019.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Esse é o momento de explorar materiais e experimentar a criação de instrumentos não conven-
cionais. Solicite antecipadamente aos estudantes que tragam materiais recicláveis ou alternativos (pa-
pelão, garrafa pet, embalagens plásticas, pedaços de madeira, caixa de sapato, fita crepe, barbante,
cola, tesoura sem ponta etc.)

Divida a sala em grupos e oriente a criação um instrumento de qualquer tipo (sopro, percussão,
corda). Finalizada a criação dos instrumentos, oriente os grupos para criar uma improvisação musical,
explorando os instrumentos musicais não convencionais criados por eles.

Solicite aos estudantes que elaborem uma partitura com escrita não convencional, acompanhada
de uma legenda – (indicação do que significa cada símbolo – tipo de som, duração, intensidade etc.).
180 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Para o desenvolvimento dessa atividade, providencie antecipadamente alguns instrumentos mu-
sicais (verifique se a Escola possui uma Bandinha Rítmica), os instrumentos não convencionais criados
na atividade anterior, e livros paradidáticos ou textos de histórias infantis.

Selecione uma história para leitura, improvisação e sonorização musical. Sua leitura prévia irá lhe
ajudar a perceber em quais momentos é possível introduzir uma sonoridade. Faça marcações no texto
e, à medida em que eles forem aparecendo, pare a leitura e chame um estudante para improvisar um
som naquele momento da história. Esse momento inicial, ajudará criativamente a todos na sequência
da atividade.

Em seguida, divida a turma em grupos e explique que, a exemplo do que foi visto nos vídeos, eles
podem caracterizar os personagens da história, associando sonoridades e elementos constitutivos da
música, utilizando os instrumentos convencionais e os não convencionais, deixando que escolham
qual história o grupo vai sonorizar. Colabore com a turma no planejamento do roteiro da ambientação
sonora. É importante que todos possam dar suas contribuições.
Arte 181

2º BIMESTRE
A LINGUAGEM DA DANÇA

A dança é uma linguagem artística do corpo em movimento. A prática da dança possibilita o de-
senvolvimento da sensibilidade e da motricidade como pares entrelaçados. O domínio do movimento
na dança propicia a ampliação de repertórios gestuais, novas possibilidades de expressão e comuni-
cação de sensações, sentimentos, pensamentos. O refinamento do corpo em movimento encontra-se
articulado à expressividade e à criatividade, envolvendo processos de consciência corporal (individual)
e social (relacional), assim como processos de memória, imaginação, concepção e criação em dança
nos âmbitos artístico e estético.

A dança está presente no salão de baile, nos desfiles de Carnaval, em um encontro de danças
urbanas ou na roda de samba na rua, no pátio de uma escola, no palco de um teatro, no cinema, na
televisão. As danças têm funções e sentidos ligados ao contexto de acontecimento, aos sujeitos que
a vivenciam e que a desfrutam como público. Pensando em uma dimensão abrangente, acreditamos
que todas as pessoas podem dançar.

Se, por um lado, cada contexto de ensino e aprendizagem da dança tem contornos diferencia-
dos, poderíamos dizer que existe algo comum, importante a ser destacado para o professor que irá
percorrer as situações de aprendizagem aqui propostas. Dançar implica em aprender sobre o movi-
mento que aborda: o espaço nas suas relações de direções, níveis e planos; o tempo nas relações de
pulsos, ritmos, pausa e velocidades com e no próprio corpo, tendo a ação e a reflexão sempre presentes.

O ensino da arte na escola não tem a função de oferecer uma formação profissional, mas propor-
cionar aos estudantes a oportunidade de conhecer, apreciar, criar e viver a dança na escola, tendo
experiências com sentido e ligadas ao mundo dessa linguagem, expandindo as possibilidades de for-
mação e de participação social.

Estamos então convidando os professores de Arte para enfrentar um desafio: aproximar-se da


Dança como uma linguagem artística, procurando pontes com as demais linguagens de seu conheci-
mento, com suas histórias pessoais de corpo e movimento, com suas memórias e desejos dançantes,
por vezes não manifestos.

As bases ou pilares para que o processo de ensino e de aprendizagem possa ter início é que você
professor se permita vivenciar uma aproximação do próprio corpo. Além disso, sugerimos uma atitude
de observação constante do corpo e do movimento do estudante no cotidiano escolar, o que irá, sem
dúvida, lhe oferecer um rico repertório de ações corporais, formas de movimento, interações, jogos e
danças que os estudantes dominam e vivenciam entre eles na escola.

As situações de aprendizagem propostas estão fundamentadas por referenciais teórico-prá-


ticos, didático-metodológicos oriundos da pesquisa de especialistas, artistas e educadores. De
fato, subjazem a esse material conceitos, experiências, reflexões e danças. Sua disponibilidade de
não apenas ler, mas estudar previamente e orientar as aprendizagens dos estudantes nas ativida-
des de dança permitirá a ocorrência de um rico processo de conhecimento na linguagem.
182 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Sintetizamos, a seguir, alguns conceitos importantes para o estudo e o desenvolvimento das Si-
tuações de Aprendizagem na linguagem da linguagem dança.

Em uma definição sucinta podemos dizer que o que caracteriza a linguagem da dança é o movi-
mento do(s) corpo(s) do(s) dançarino(s) no espaço e no tempo.

Enfim, dançar significa experimentar o corpo em movimento para além de sua funcionalidade
(caráter instrumental) cotidiana. Do mais simples ao mais complexo dos processos de aprender uma
dança, o corpo poderá ter experiências de criação e construção de movimentos expressivos nos quais
cada estudante que dança está implicado com seu mundo interno, sua memória, sua história, dialo-
gando com o as culturas da dança presentes no mundo.

Em especial na primeira infância, as crianças estão em pleno momento de descobertas e


refinamento de seus gestos e movimentos, tanto de caráter instrumental, quanto expressivo.
Há, em geral, uma enorme disponibilidade para mover-se. As brincadeiras da criança de seis, sete
ou oito anos (estudantes do 1o e 2o ano) são jogos e narrativas em movimento, muitas vezes,
permeados pelo dançar.

Apesar dessa disponibilidade e da presença da própria dança, por vezes, no cotidiano de


algumas das crianças, o estudo da dança como uma das linguagens artísticas na escola irá envol-
ver o diálogo por meio do corpo em movimento com os pares e o professor, de maneira que o
estudante possa experimentar, criar, executar, transformar, observar, organizar diferentes maneiras
de dançar. Nesse sentido, cabe reiterar que o estudo da dança na escola não pode estar restrito
ao aprendizado de coreografias.

Como componentes da dança figuram: 1) o movimento (o elemento central); 2) o dançarino


(quem dança); 3) os elementos sonoros, que incluem a música, o uso da voz, o silêncio, o som am-
biente; 4) os elementos visuais que são compostos pelo espaço cênico ou pelo espaço onde a
dança acontece, envolvendo também objetos de cena, figurinos, cenários, vídeos.

O processo criativo em dança se materializa em uma composição coreográfica, a qual pode en-
volver diferentes arranjos entre o movimento e a música, entre o movimento e o espaço, entre o movi-
mento e os elementos de cena. Nesse sentido, para fruir e analisar a forma/conteúdo de uma obra de
dança é necessário observar as conexões estabelecidas entre tais componentes.

A CRIAÇÃO DO AMBIENTE
É fundamental criar um ambiente propício para o desenvolvimento das atividades. Mas, além do
espaço físico, estamos sugerindo que você, professor, crie para e com os estudantes, um lugar de
acolhimento às experiências corporais e de movimento, ampliando e enriquecendo esse universo.

Um simples espreguiçamento do corpo, quando realizado com atenção à pele e aos movimentos
articulares, pode significar uma estimulação do tato e da propriocepção (percepção do próprio corpo).
É um “chegar ao corpo”, abordando-o em suas dimensões intrínsecas – sensorial e motora. Isso sig-
nifica que estamos nos preparando para a atividade, mas, paradoxalmente, já estamos dentro dela,
porque não conseguimos nos separar de nosso corpo. No caso da dança, isso pode significar sentir
Arte 183

os pés, mover as articulações, sentir o espaço, ouvir a respiração. Esse momento poderá acordar,
disponibilizar, organizar, concentrar, construir, individual e coletivamente, um estado de dança.

No desenvolvimento das atividades, procure observar o estado de presença do estudante em


relação ao seu corpo, ao espaço e ao grupo em que está inserido. Além disso, esteja atento às possí-
veis mudanças que acontecerão no que diz respeito à evolução da qualidade de movimento. Nesse
caso, estamos chamando sua atenção aos indicadores de observação descritos no Organizador Cur-
ricular. A observação é um processo de avaliação contínua, pois no caso da dança trata-se de uma
linguagem efêmera. Você deverá registrar os processos, como iremos apontar a seguir, mas a riqueza
da observação no percurso da ação é única e própria à essa linguagem. Esse é seu principal material
de avaliação: o corpo em movimento no percurso das atividades.

Para o ensino da linguagem da dança nos anos iniciais do Ensino Fundamental, os objetos de
conhecimento estão articulados com as atividades fundamentais ao aprendizado dos estudantes, res-
peitando seu desenvolvimento motor, cognitivo e socioemocional, por meio de jogos, brincadeiras,
danças de roda, criação de suas danças individuais, coletivas e colaborativas.

Essa é uma proposta de iniciação à linguagem da dança. Nesse momento da vida das crianças a in-
trodução de uma técnica, onde os movimentos repetitivos são parte da construção do aprendizado, não se
faz necessária, pois anteriormente ao exercício, é de fundamental importância o desenvolvimento de um
vocabulário e consequentemente de um repertório expressivo e simbólico no corpo, como também o co-
nhecimento de sua estrutura músculo/esquelética, em movimento. Sem esses conhecimentos, todo o pro-
cesso de exploração e criação de movimentos estará reduzido a um repertório limitado ou a um repertório
colado a referências midiáticas sem qualidade artística e estética, ou seja, estereotipado, onde a imitação
ou a cópia elimina a possibilidade de criação ou até mesmo de um olhar crítico a esses modelos.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA – ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA


Professor, a seguir oferecemos informações a respeito de como você pode atuar nas aulas para
os estudantes com deficiência. É importante inclui-los nas atividades, deixando-os seguros de que sua
participação será benéfica e de que seus espaços e tempos serão respeitados.

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Os estudantes com deficiência intelectual podem enfrentar alguma dificuldade no processo de


aprendizagem corporal, mas são capazes de desenvolver a corporeidade e gestualidade.

DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela ausência de infor-
mações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm condições de prosseguir
aprendendo se forem informados e estimulados de forma sistemática, levando em conta sua diversida-
de linguística e possibilidades de comunicação. Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifi-
que se estão olhando para você. A maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem
uso de leitura labial e aparelhos de ampliação sonora.
184 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode explicar para a
classe toda utilizando desenhos na lousa. Para a apropriação dos objetos de conhecimento, convide
um estudante para demonstrar o que deve ser feito. Fale olhando para a turma e, sempre que possível,
demonstrando os movimentos.

Indicamos, a seguir, alguns links para você ampliar seu conhecimento:

Aula de dança para deficientes auditivos. Disponível em:


http://gg.gg/n8b46. Acesso em: 03 fev. 2020.

A dança como linguagem na educação de surdos.


Disponível em: http://gg.gg/oiv5q. Acesso em: 03 fev. 2020.

DEFICIÊNCIA VISUAL

O estudante com deficiência visual pode dançar. A dança para esse estudante trabalha espacialida-
de, lateralidade, equilíbrio e autoestima, tornando-o mais seguro de seu corpo. Ao apresentar a dança
para um estudante com deficiência visual, é importante que você seja descritivo e claro. É através da
descrição que ele entenderá o que está sendo solicitado. Fale de forma pausada e calma. Tome cuidado
com sua entonação vocal – tons muito altos, estridentes, bruscos ou ríspidos podem assustar/inibir o
deficiente visual. É importante que este estudante se sinta seguro para participar da proposta; portanto,
se necessário, explique diversas vezes. Se preciso, solicite a outro estudante que faça a posição do que
está sendo pedido para que o estudante visual sinta o colega e entenda o que deve ser feito. Estimule o
deficiente visual a participar da aula e proponha que outros estudantes se coloquem no lugar dele, fazen-
do algumas atividades adaptadas com o uso de vendas, por exemplo. Esse momento de troca aproxima
os colegas e será de grande valia no momento. Acompanhe o estudante durante a atividade, conduzindo
o a fazer o movimento, mas antes converse com ele quanto ao toque e à receptividade do mesmo.

Para ampliar essa conversa sugerimos o seguinte material de apoio:

Ballet de cegos de São Paulo se apresenta na Alemanha. Disponível


em: http://gg.gg/n8bga. Acesso em: 3 fev. 2020Acesso em: 03 fev. 2020.

Dança além da visão: possibilidades do corpo cego. Disponível em:


http://gg.gg/n8bt6. Acesso em: 03 fev. 2020.
Arte 185

Inserção do deficiente visual na dança. Disponível em:


http://gg.gg/n8bw7. Acesso em: 03 fev. 2020.

DEFICIÊNCIA MOTORA

Incluir os estudantes cºm deficiência motora se faz necessário num universo de dança. As limita-
ções físicas destes estudantes não os impedem de dançar. Cabe ao professor estimulá-los e torná-los
conscientes de que seu corpo também dança.
A dança eleva a autoestima, e os movimentos podem ser adaptados caso a caso. Inclua o estu-
dante no processo de dança, sempre respeitando seus tempos e espaços e adaptando as atividades
propostas para a inclusão deste estudante.

PARA SABER MAIS:

Programa especial – aula de dança com a Andef – Associação Nite-


roiense dos Deficientes Físicos. Disponível em: http://gg.gg/n8bys.
Acesso em: 03 fev. 2020.

A dança e a inclusão de alunos com necessidades especiais. Disponí-


vel em: http://gg.gg/n8c0v. Acesso em: 03 fev. 2020.

Organizador Curricular – Dança

Condições didáticas
e indicações para o
Habilidades Observar se o estudante
desenvolvimento das
atividades
(EF04AR08) Experimentar,
identificar e apreciar formas distintas
Organizar e realizar momentos Participa da sondagem e
de manifestações tradicionais e
de sondagem, apreciação, da apreciação; experimenta
contemporâneas da dança próprias da
experimentação e identificação e identifica os objetos de
cultura popular de diferentes países,
dos objetos de conhecimento, conhecimento, considerando
cultivando a percepção, o imaginário, a
considerando seus modificadores. seus modificadores.
capacidade de simbolizar e o repertório
corporal.
186 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Participa da sondagem e
(EF04AR09) Estabelecer relações Organizar e realizar momentos de
da apreciação; relaciona os
entre as partes do corpo e destas sondagem, apreciação e de relações
objetos de conhecimento
com o todo corporal na construção do entre os objetos de conhecimento
considerando seus
movimento dançado. considerando seus modificadores.
modificadores.

(EF04AR10) Experimentar diferentes


Organizar e realizar momentos Participa da sondagem e da
formas de orientação no espaço
de sondagem, apreciação e apreciação; experimenta os
(descolamentos, planos, direções,
experimentação dos objetos de objetos de conhecimento,
caminhos etc.) e ritmos de movimento
conhecimento, considerando considerando seus
(lento, moderado e rápido) na
seus modificadores. modificadores.
construção do movimento dançado.

(EF04AR11) Explorar, criar e improvisar


Organizar e realizar momentos Participa da sondagem
movimentos dançados de modo
sondagem, apreciação, criação e da apreciação; cria e
individual, coletivo e colaborativo, a partir
e improvisação considerando os improvisa considerando os
das manifestações da dança presentes
objetos de conhecimento, e seus objetos de conhecimento,
na cultura brasileira, utilizando-se dos
modificadores. e seus modificadores.
elementos estruturantes da dança.
(EF04AR12) Dialogar, com respeito
Organizar e realizar momentos de
e sem preconceito, sobre as Participa da sondagem e da
sondagem, apreciação, análise,
experiências pessoais e coletivas apreciação; dialoga sobre os
identificação, diálogo e reflexão
em dança vivenciadas na escola, objetos de conhecimento e
sobre os objetos de con hecimento,
como fonte para a construção de seus modificadores.
considerando seus modificadores.
vocabulários e repertórios próprios.
Habilidade Articuladora
Organizar e realizar momentos Participa da sondagem e
(EF15AR24) Caracterizar e
de sondagem, apreciação, da apreciação; caracteriza
experimentar brinquedos, brincadeiras,
caracterização e experimentação e experimenta os objetos
jogos, danças, canções e histórias de
dos objetos de conhecimento e de conhecimento e seus
diferentes matrizes estéticas e culturais.
seus modificadores. modificadores.
(EF15AR26) Explorar diferentes
Organizar e realizar momentos
tecnologias e recursos digitais Participa da sondagem e
de sondagem, apreciação
(multimeios, animações, jogos da apreciação; explora os
e exploração dos objetos
eletrônicos, gravações em áudio e objetos de conhecimento e
de conhecimento e seus
vídeo, fotografia, softwares etc.) nos seus modificadores.
modificadores.
processos de criação artística.
Arte 187

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
Habilidades:
(EF04AR09) Estabelecer relações entre as partes do corpo e destas com o todo corporal na construção
do movimento dançado.

Objetos de Conhecimento: Elementos da Linguagem

• Relação entre as partes do corpo e destas com o todo corporal

(EF04AR10) Experimentar diferentes formas de orientação no espaço (descolamentos, planos,


direções, caminhos etc.) e ritmos de movimento (lento, moderado e rápido) na construção do
movimento dançado.

Objetos de Conhecimento: Elementos da Linguagem

• Formas de orientação no espaço


• Ritmos de movimento

Professor, nessa Situação de Aprendizagem, estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com
os objetos de conhecimento e seus modificadores

É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa, ao final das atividades, sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.

Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.

Para ampliação de seu repertório, elencamos abaixo alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.

• Rudolf Laban (1879-1958): foi um dançarino, coreógrafo e artista húngaro que se dedicou
ao estudo e desenvolvimento de um método e sistematização da linguagem da dança e do
movimento. Através de seus estudos e notações, desenvolveu a Corêutica e a Eucinética,
componentes do movimento em si.
• A Corêutica estuda a relação do corpo com o espaço e o desenvolvimento dos movimentos
dançados. Fazem parte da Corêutica o espaço relacionado ao espaço que o corpo desenvolve
ao dançar. Aqui estão os planos ou níveis da dança, o deslocamento no espaço e as direções
para as quais o corpo se projeta ao dançar.
• Deslocamento: É o percurso utilizado pelo dançarino respeitando as marcações específicas
de uma determinada coreografia. Existem várias maneiras para a execução dos percursos
(deslocamentos) na dança. Girar, correr, andar, saltar e/ou se arrastar são algumas delas.
188 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Esses “caminhos” podem ser percorridos de formas retas ou curvas, e podem ser feitos
individual ou coletivamente, como nos exemplos:

Deslocamento. Ilustração de Raphael Pedretti da Silva especialmente para esse material.

- Forma Direta: É quando os movimentos lineares e retos ocupam um espaço definido, sem
o deslocamento e a envergadura dos braços, das pernas e do tronco. É traçar um percurso
direto para atingir um ponto definido.
- Forma Flexível: É quando os movimentos do corpo ocupam vários espaços ao mesmo
tempo, utilizando os deslocamentos, as envergaduras e as torções.

• Dimensão: A dimensão é a que define a orientação no espaço, e se estende entre duas


direções opostas. São elas: amplitude (largura), comprimento (altura) e profundidade.
• Direção: São os sentidos (trajetos) por onde o movimento percorre, tendo como ponto inicial o
centro do corpo do dançarino. São elas: frente, atrás, lado, diagonais, em cima, em baixo.
• Plano ou Níveis: São relacionados aos planos alto, médio e baixos. Espaços referentes à
altura dos movimentos. Os níveis são definidos pelos movimentos do corpo no espaço que vão
da altura da cintura, abaixo dela ou acima da cabeça.
Arte 189

Direções. Desenho de Raphael Pedretti especialmente para esse material.

- Nível alto – foto 1 – São movimentos realizados em pé e/ou feitos com os braços para
cima. Cena de Peekaboo, de Marco Goecke.
- Nível médio – foto 2 – São movimentos realizados com os joelhos flexionados, agachado,
ajoelhado ou sentado. Larissa Lins e Geivison Moreira em Fada do Amor de Márcia Haydée.
- Nível baixo – foto 3 – São movimentos realizados no chão, como arrastar, deitar-se, rolar.
Beatriz Hack em Primavera Fria de Clébio Oliveira.

1.

Imagem: Marcela Benvegnu. Disponível em. http://gg.gg/osfht. Acesso em 24 de mar. 2021.


190 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

2.

Imagem: Wilian Aguiar. Disponível em: http://gg.gg/osfiy. Acesso em 24 mar. 2021.

3.

Imagem: Wilian Aguiar. Disponível em: http://gg.gg/osfjd. Acesso em 04 dez. 2019.

Eucinética: estuda a expressividade dos movimentos, dividindo-os em quatro fatores


expressivos, que são subdivididos em propriedades ou de movimentos. Estas qualidades não
são estanques, podendo ser aumentadas ou diminuídas. São fatores do movimento: espaço,
fluxo ou fluência, peso e tempo.
- Espaço: É no espaço que a dança acontece. Os movimentos criados pelo corpo são
influenciados pelo espaço e nele encontramos a Cinesfera (ou Kinesfera), que é o que
determina a extensão dos movimentos do corpo, suas flexões e deslocamentos.
- Cinesfera (Kinesfera) – Os movimentos criados pelo corpo são influenciados pelo espaço
e nele encontramos a Cinesfera – que é o que determina a extensão dos movimentos do
corpo, suas flexões e deslocamentos. É um espaço imaginário que impõe uma limitação do
corpo do dançarino ao limite natural do espaço pessoal. O uso do espaço pode se dar de
duas formas, conforme qualidade do movimento:
Arte 191

Cinesfera. Ilustração de Raphael Pedretti da Silva especialmente para esse material.

• Forma Direta: É quando os movimentos lineares e retos ocupam um espaço definido, sem
o deslocamento, a envergadura, dos braços, das pernas e do tronco. É traçar um percurso
direto para atingir um ponto definido.
• Forma Flexível: É quando os movimentos do corpo ocupam vários espaços ao mesmo
tempo, utilizando os deslocamentos, as envergaduras e as torções.

• Fluência – É o movimento contínuo, uniforme e progressivo. Partem do tronco do corpo às


extremidades dos membros com movimentos controlados, mas fluentes ao mesmo tempo. Pode
ser dividido entre livre e controlado.
• Peso – São forças utilizadas pelo corpo em relação aos movimentos. O peso dá o suporte à
verticalidade, à estabilidade e à segurança. Existem duas qualificações para denominação do peso,
que são leves (suaves) e firmes (resistentes).
• Tempo – É o que define na dança os movimentos rápido, lento e moderado (ritmos métricos). Com
ele é possível definir a duração, o ritmo, a pulsação etc. Pode ser dividido em:

• Rápido: Quando o dançarino mantém a aceleração constante de um movimento sem


alterações.
• Moderado: É o meio termo entre um movimento corporal rápido e um lento.
• Lento: Quando o dançarino reduz a velocidade constantemente dos movimentos corporais
quase até parar.
192 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples,
permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a
conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para pontuar cada conceito. Realize um
fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos as informações que estão na lousa.
Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.

1. Quantas partes o corpo tem?


2. Quais partes do corpo é possível dobrar, torcer e esticar, encolher e girar?
3. Quais partes do corpo utilizamos para dançar?
4. Por que o corpo é suporte para a dança?
5. O que é uma articulação? Dê exemplos.
6. Quantas maneiras existem para ir de um lugar a outro (utilizando somente o corpo)?
7. Como podem ser os ritmos do movimento? (lento, moderado, rápido, e todas as variações e
misturas possíveis)
8. Quais são os planos ou níveis da dança?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise as imagens e vídeos antes de apresentá-lo aos estudantes. Durante a
apreciação, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior e preste atenção às reações dos
estudantes. Após a apreciação, organize uma roda de conversa e incentive-os a comentar o que
aprenderam e apresente as questões, a seguir. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo
pessoal ou no da escola, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.
1. Os movimentos apresentados trabalham quais partes do corpo?
2. Como você percebeu os movimentos e articulações?
3. Quais são as ações mais utilizadas? (giros, quedas, rolamentos, ficar parado etc.)
4. Quais são os tempos mais utilizados (rápido, lento, médio)?
5. Quais são os planos mais utilizados (alto, médio, baixo)?

1.
Arte 193

2.

3.

4.
194 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

5.

6.

7.
Arte 195

8.

Fonte: 1. Em destaque Michelle Molina em Litoral, de Maurício Wainrot. Wilian Aguiar; Disponível em: http://gg.gg/
osfji. 2. Em destaque, Lucas Valente em Bingo!, de Rafael Gomes/ Silvia Machado; Disponível em: http://gg.gg/osfk4.
Acesso em 04 dez. 2019. 3. Thamiris Prata em Grand Pas de Deux de Dom Quixote, de Marius Petipa/ Marcela Benvegnu;
Disponível em: http://gg.gg/osfka. Acesso em 04 dez. 2019. 4. Pamela Valim, Rodolfo Saraiva, Bruno Veloso e Artemis
Bastos em Sechs Tänze, de Jirí Kylián/Wilian Aguiar; Disponível em: http://gg.gg/osfl1. Acesso em 04 dez. 2019. 5.
Cena de Gnawa, de Nacho Duato/Alceu Bett; Disponível em: http://gg.gg/osfle. Acesso em 04 dez. 2019. 6. Rodolfo
Saraiva e Lucas Valente em Vadiando, de Ana Vitória/ Silvia Machado; Disponível em: http://gg.gg/osfim. Acesso em
04 dez. 2019. 7. Luiza Yuk e Yoshi Suzuki em Le Spectre de La Rose, de Mario Galizzi/Clarissa Lambert; Disponível em:
http://gg.gg/osfm2. Acesso em 04 dez. 2019. 8. Cena de Gnawa, de Nacho Duato/Paula Caldas. Disponível em:
http://gg.gg/osfmb. Acesso em: 04 dez. 2019Todas imagens são da SP Cia. de Dança.

VÍDEOS:

São Paulo Cia de Dança SPCD – GEN. Disponível em:


http://gg.gg/ngd4x. Acesso em: 10 dez. 2019.

Roda de capoeira. Disponível em: http://gg.gg/ngd5q. Acesso em: 04


dez. 2019.

Movimentos: saltos e giros. Disponível em: http://gg.gg/osedw.


Acesso em: 04 dez. 2019.

Dança: Mané Gostoso – Ballet Stagium. Disponível em:


http://gg.gg/ngd8w. Acesso em: 04 dez. 2019.
196 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Para desenvolver a atividade a seguir, escolha um espaço amplo, que pode ser a quadra ou o
pátio da escola, para os estudantes se movimentarem. Divida-os em pequenos grupos de até 10 es-
tudantes e, enquanto um grupo realiza a ação, os demais observam e anotam, em seus cadernos, os
movimentos e deslocamentos que acharem mais interessantes.

Comece a atividade com um grupo, solicitando a eles que caminhem livremente pelo espaço,
evitando a princípio, contato com o colega. Enquanto caminham, proponha alguns desafios como, por
exemplo, caminhar em níveis diferentes (alto, médio e baixo), deslocando-se lateralmente, entre outros,
de forma que o desafio vá aumentando no decorrer da caminhada.

Você pode utilizar ações diferentes para cada grupo, alternando os pontos de apoio e distribuição
do peso e do corpo, sobre os calcanhares, na ponta dos pés, saltando – girando-rodando de diferentes formas.

Após todos os grupos terem participado, promovam uma roda de conversa para que eles com-
partilhem o que anotaram e o que sentiram ao mexer o corpo dessa forma. Solicite aos estudantes que
façam as anotações e o registro da conversa em seus cadernos.

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Professor, essa atividade será realizada em etapas, de preferência em um local espaçoso como a
quadra, o pátio ou outro local disponível.

Primeiramente, sugira aos estudantes que andem pelo espaço, propondo algumas ações corporais
individuais, contrastantes como, por exemplo: rolar/levantar; correr/sentar; crescer/desaparecer; diminuir/
aparecer; derreter/girar etc. Você pode indicar outras ações que exigirão criatividade deles, por exemplo:
flutuar como uma pena, cambaleando rapidamente, rolar como uma folha no chão andar como uma aranha
etc. Lembre-os de que a atenção às instruções é muito importante, assim como o respeito ao espaço do colega.

Em seguida, você apresentará a relação palco - plateia aos estudantes. Divida o espaço em duas
partes, estabelecendo um lado como palco e o outro como plateia. O espaço palco será onde todos
os estudantes apresentarão suas criações em dança e a plateia, será onde os outros estudantes esta-
rão, sentados, assistindo às apresentações dos colegas. Comente que esse momento de assistir à
apresentação do outro, também é um importante tempo de aprendizado e percepção dos movimentos
da dança. Todos os estudantes devem ter a oportunidade de estarem na posição de palco e plateia.

Depois que os estudantes vivenciarem os movimentos corporais, peça-lhes que organizem pe-
quenos grupos e criem uma sequência com quatro ações, na forma de uma pequena coreografia.
Durante o processo, converse com cada grupo e oriente para articular diversos movimentos corporais,
o espaço (níveis: alto/médio/baixo) e o tempo (lento/rápido/moderado). Defina com eles a forma de
registro da sequência de movimentos que criaram. É importante que os grupos possam mostrar uns
aos outros a sequência de movimentos que criaram.

Conforme a turma estiver integrada nessa proposta, o jogo pode continuar com os grupos pro-
pondo ações, uns aos outros. Após as apresentações, peça que façam uma autoavaliação, conside-
rando a sequência de movimentos corporais realizados e registrem, em seus cadernos.
Arte 197

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Habilidade:
(EF04AR08) Experimentar, identificar e apreciar formas distintas de manifestações tradicionais e
contemporâneas da dança próprias da cultura popular de diferentes países, cultivando a percepção, o
imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório corporal.

Objetos de Conhecimento: Contextos e Práticas

• formas distintas de manifestações tradicionais e contemporâneas da dança

Professor, nessa Situação de Aprendizagem, estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com
os objetos de conhecimento e seus modificadores.

É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação - recupere seus registros, realize rodas de conversa, ao final das atividades, sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna "Observar se
o estudante", do organizador curricular, como referência.

Para ampliação de seu repertório, elencamos abaixo alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.

• Manifestações tradicionais da dança: são aquelas desenvolvidas a partir de canções e


ritmos tradicionais e folclóricos de um determinado povo. Contudo, em sua essência, podem
ser identificadas referências de diferentes matrizes estéticas e culturais.
• Manifestações contemporâneas da dança: A dança contemporânea aborda muitos
recursos (espaços, cenários, iluminação, objetos, projeções, repetição de ações e gestos,
ruptura de ritmos etc.), permitindo muitas possibilidades coreográficas que incorporam
referências de diferentes técnicas e linguagens, realizando tramas entre elas para a concretização
de um mosaico de significados.
• Valsa vienense: Teve seu auge durante o século XIX. É dançada, em pares, seguindo o tempo
da música - compasso terciário. Ela é um pouco mais rápida, com rodopios, trocas e passos
mais curtos.
• Dança do ventre: Não se sabe ao certo sua origem, mas há indicações de que surgiu na Índia
e foi espalhada por ciganos. Hoje é vista como benéfica a saúde feminina, tem influência
ocidentais nas pontas de pé e nas roupas. Exercita muito a região abdominal do corpo, braços
e pernas em movimentos de rotação, alternação de pesos e equilíbrios.
• Hula: Dança havaiana, passada de geração em geração, onde cada movimento faz alusão aos
elementos da natureza, que são feitos pelos braços, pernas e movimentos abdominais. Existem
três tipos de Hula: a Hula Kahiko (tradicional, antiga e devocional), a Hula A’uana, (moderna)
e a Hula Ku’i (mistura das duas anteriores).
• Quadrilha: Dança típica das festas juninas brasileiras, a quadrilha vem do francês Quadrille e
traz a lembrança das danças de abertura dos bailes europeus, chegados, aqui, por meio dos
portugueses, popularizando-se, depois, com o grande povo, a partir da inserção de novos
personagens da cultura caipira. É dançada em pares.
198 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

• Break: É um estilo musical e de dança ligado a cultura das ruas americanas. Inicialmente, é
realizada nas ruas, em rodas e batalhas de dança e pode ser dividida em alguns estilos, como
o locking, e popping. O locking apresenta, basicamente, movimentos que envolvem paradas
e retomadas muito rápidas. O popping se refere aos movimentos de contração e descontração
dos músculos, dando impulsos para os dançarinos.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para desenvolver essa atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e coloca-
ções. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para pontuar cada conceito.
Faça um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos as informações que estão na
lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.

1. O que vocês dançam? Por quê?


2. Participam ou participaram de algum grupo de dança? O que dançavam?
3. O que é dança tradicional, folclórica, contemporânea?
4. Por que as danças são manifestações culturais?
5. Conhecem alguma manifestação cultural onde a dança está presente?
6. Conhecem danças de outros países? Quais?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise as imagens e vídeos, antes de apresentá-lo aos estudantes. Durante a aprecia-
ção, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior e preste atenção às reações dos estudan-
tes. Após a apreciação, organize uma roda de conversa e incentive-os a comentar o que aprenderam
e apresente as questões, a seguir. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo pessoal ou
no da escola, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.

1
Arte 199

2.

3.

4.
200 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

5.

6.

Fonte: 1. Valsa Vienense. Fonte: Pixelia por Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/osgq6. Acesso em: 10 set. 2019. 2.
Dança do Ventre. Milton Michida/ Festival de Dança DE. Centro Sul/SP por Flickr. Disponível em: http://gg.gg/osguu.
Acesso em: 11 fev. 2020. 3. Hula havaiana. Disponível em: http://gg.gg/osgnh. Acesso em: 11 fev. 2020. 4. Quadrilha
Junina. AnjoDivino02/Brasil. Disponível em: http://gg.gg/lbdn9. Acesso em: 12 fev. 2020. 5. Dança Contemporânea.
Melhor Único Dia de Henrique Rodovalho. Crédito: Fernanda Kirmayr/São Paulo Cia de Dança/São Paulo. Disponível em:
http://gg.gg/osfmt. Acesso em: 12 fev. 2020. 6. Street Dance (Break). Picography./Dublin./IRL. Disponível em:
http://gg.gg/osgy1. Acesso em: 12 fev. 2020.

Vídeos:

Valsa. Dance Vídeos. Disponível em: http://gg.gg/ngqcb.


Acesso em: 17 set. 2019.
Arte 201

Valsa Danúbio Azul. Abuela 44. Disponível em:


http://gg.gg/ngqg3. Acesso em: 12 fev. 2020.

Dança do Ventre.Joline Andrade – Fusion Bellydance. Disponível em:


http://gg.gg/ngqmz. Acesso em: 12 fev. 2020.

Dança Hula Havaiana – Hawaiian Ensemble (Hula Kahiko) at Ho“olaule”a


2017. Lacey. Disponível em http://gg.gg/ngqpn. Acesso em: 12 fev. 2020.

Dança da quadrilha. EEB João José de Souza Cabral. Disponível em:


http://gg.gg/ngt76.Acesso em: 12 fev. 2020.

Dança contemporânea – BJM – Les Ballets Jazz de Montreal.


Disponível em: http://gg.gg/ngtis. Acesso em: 20 fev. 2020.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Chegamos ao momento da pesquisa, cujos estudantes deverão ser instigados a realizarem uma
pesquisa com seus familiares sobre dança tradicional e contemporânea. Estabeleça a entrega da pes-
quisa para a próxima aula. Você poderá direcioná-los com as seguintes questões:

1. Quais danças seus familiares conhecem?


2. Nas reuniões de família tem dança? Quais?
3. As danças são nacionais ou tem origens em outros países?
4. Seus familiares conhecem danças de outros países? Quais?
5. Seus familiares são descendentes de outros países? Quais?

Solicite que desenhem os movimentos dessas danças, como forma de registro do material dan-
çado. Peça também que realizem experimentações dessas danças para conhecerem os movimentos
e ampliarem seus repertórios corporais.

Após a realização da pesquisa, os estudantes irão socializar suas investigações com toda a tur-
ma, podendo, também, apresentar os movimentos da dança. Aproveite esse momento junto com os
estudantes, anotando as informações na lousa ou em um painel.
202 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


A partir dos movimentos observados nas imagens e vídeos e no retorno da pesquisa realizada,
divida os estudantes em grupos, para que experimentem os movimentos dessas danças. Você pode
propor aos estudantes que registrem os movimentos experimentados no caderno por meio de dese-
nhos ou anotações. Procure músicas que condizem com as danças apresentadas e sugestionam a
movimentação. Ao final, converse sobre como foi experimentar esses movimentos, anotando as infor-
mações para que elas possam auxiliá-los durante a avaliação.
Arte 203

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM III


Habilidade:
(EF04AR11) Explorar, criar e improvisar movimentos dançados de modo individual, coletivo e
colaborativo, a partir das manifestações da dança presentes na cultura brasileira, utilizando-se dos
elementos estruturantes da dança.

Objetos de Conhecimento: Processo de Criação

• Movimentos dançados
• Elementos estruturantes da dança

Habilidade Articuladora:
(EF15AR24) Caracterizar e experimentar brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias
de diferentes matrizes estéticas e culturais.
Objetos de Conhecimento: Matrizes Estéticas e Culturais

• brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias de diferentes matrizes estéticas e


culturais

Professor, nessa Situação de Aprendizagem, estão previstas seis atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.

É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa ao final das atividades, sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência

Para ampliação de seu repertório, elencamos abaixo alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.

• Matrizes indígenas: Apesar de conter elevado valor estético, tudo o que eles produzem tem
caráter utilitário. Sendo assim, a dança também é utilitária, contendo diferentes funções no
cotidiano, como ritos e festas, homenagens, preparação para a guerra etc. Elas são ensinadas
de geração em geração, possuem desenhos coreográficos distintos, sendo acompanhadas
por fortes batidas dos pés no chão, cantos e diferentes tipos de tambores, chocalhos e flautas.
• Matrizes africanas: Tradicionalmente, a dança africana, assim como a indígena, tem caráter
utilitário, são transmitidas de geração em geração, tem funções cotidianas praticamente idênticas
e são baseadas no canto e na utilização de instrumentos de percussão, chocalhos e sopro.
• Matrizes europeias: (restringimos a referência a Portugal) – A mudança da Corte Portuguesa
para o Brasil, trouxe danças de roda, dramáticas (o Bumba meu boi e o Reisado, por exemplo) e
de salão, típicas das cortes europeias, que deram origem às quadrilhas das festas juninas, por
exemplo. De modo geral, essas danças têm funções cotidianas análogas às outras matrizes –
religião, festas, mitos e lendas, acontecimentos históricos, rotinas e brincadeiras.
204 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para realizar a atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as per-
guntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e coloca-
ções. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para pontuar cada concei-
to. Faça um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus cadernos as informações que estão
na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.

1. Como são os movimentos dançados por vocês?


2. Você poderia demonstrá-lo? E descrevê-lo?
3. Por onde esse movimento inicia?
4. Você sabe a história desse movimento?
5. Quais movimentos como torcer, girar, abaixar, existem nessa dança?
6. Por que esses movimentos e não outros, fazem parte estruturante dessas danças?
7. Quais danças brasileiras vocês conhecem?
8. Quais brincadeiras e jogos, típicos do nosso país, vocês conhecem?

ATIVIDADES – APRECIAÇÃO
Professor, analise os vídeos, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a apreciação, refor-
ce os conceitos trabalhados na atividade anterior e preste atenção às reações dos estudantes. Após a
apreciação, organize uma roda de conversa e incentive-os a comentar o que aprenderam e apresente
as questões a seguir. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo pessoal ou no da escola,
para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.

Dança do coco: Dança que une as matrizes africanas e indígenas em suas formas, com presen-
ça marcante no norte e nordeste do país. Acredita-se que tenha surgido nos engenhos de açúcar do
interior e tenha migrado para o litoral. Seu canto surgiu com os tiradores de coco das árvores, que,
enquanto extraíam o coco, puxavam a rima e os demais cantavam em coro em resposta a ele, sendo
assim, até hoje. Pode ser dançado em rodas ou filas, de acordo com a região, com batidas de pé no
chão. Os sapateados são feitos pelos dançarinos, que se encontram no centro e trocam umbigadas,
enquanto a roda mantém o ritmo com palmas.

Dança do coco – Grupo Sucena Maringá. Disponível em:


http://gg.gg/ngtv0. Acesso em: 18 mar. 2020.

Danças brasileiras – Coco Alagoano. Disponível em: http://gg.gg/ngtxb.


Acesso em: 18 mar. 2020.
Arte 205

PARA SABER MAIS:

Coco (Dança). Cultura do Nordeste. Disponível em:


https://bit.ly/3Gzcyba. Acesso em: 18 mar. 2020.

Curta! Danças regionais - Coco de Roda. Disponível em:


http://gg.gg/ngu0h. Acesso em: 18 mar. 2020.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Professor, para essa atividade trabalharemos jogos com movimentos rítmicos. Sugerimos que seja
organizada uma roda, na qual os estudantes repetiram movimentos e sons orientados por você. Procure
sons feitos com diferentes partes do corpo para serem feitos como estalar dedos, bater as palmas da mãos
em diferentes posições, bater os pés, bater as mãos em formato de concha nas pernas e abdômen, fazer
sons com a boca (estalar a língua, assobiar, sons de beijos). Explore com os estudantes as movimentações
e sonoridades vistas no coco para essa atividade, relembrando o que foi visto na atividade anterior.

Alterne os movimentos sonoros quanto a sua intensidade e ritmo, criando uma sequência a ser
experimentada pelos estudantes juntos aso elementos estruturantes da dança, estalar, abaixar, bater
pés e pular, girar e assobiar etc.

Após essa experimentação, organize a turma em grupos com até cinco componentes, para que
explorem e improvisem pequenas coreografias com sons e movimentos descobertos, e mostrem aos
demais colegas o que fizeram.

Ao término das apresentações, numa roda de conversa, pergunte: Quais foram as sensações, as
dificuldades e facilidades encontradas? Como se estabeleceu a relação entre ritmo e movimento? Peça
aos estudantes que registrem, em seus cadernos, o que ficou da conversa.

PARA SABER MAIS:

Percussão Corporal SP BR 3. Barbatuques. Disponível em:


http://gg.gg/ngu11. Acesso em: 18 mar. 2020.

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Essa atividade deve ser realizada em um local com espaço para os estudantes trocarem de lugar.
Os estudantes brincarão de “Coelho sai da Toca”. Divida a turma em trios e deixe um estudante sepa-
rado – ele será o coelho sem toca. As tocas são formadas por dois estudantes de mãos dadas e o
terceiro estudante será o coelho. No centro da brincadeira, está o coelho sem toca, que deverá entrar
numa toca, cada vez que os coelhos saírem para trocar. Caso o coelho sem toca consiga uma toca, o
coelho sem toca vai para o centro da roda e inicia uma nova rodada.
206 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

O coelho no centro da roda vai determinar quando os demais devem trocar de toca, mas você,
professor, é que irá determinar os movimentos que os estudantes deverão fazer durante essa troca.
Para isso, use os movimentos dos elementos estruturantes da dança, como no exemplo a seguir: pu-
lando na direção diagonal devagar, agachados em linha reta rápido, esticando os braços para frente
etc. Ao término da brincadeira, realize uma roda de conversa para saber como foi a brincadeira. Anote
as respostas para serem utilizadas na avaliação dos estudantes.

ATIVIDADE 5 – AÇÃO EXPRESSIVA III


Professor, para realizar essa atividade, você precisará de um corredor. Organize a realização da mes-
ma com a equipe gestora da escola. Além do espaço, você irá precisar de um fio (podem ser utilizados,
elásticos, barbante, fios de lã) e fita adesiva. Primeiramente você irá preparar o espaço montando um labi-
rinto com fios, colando em diferentes alturas e sentidos, deixando espaços para que os estudantes possam
passar e explorar os elementos estruturantes da dança, como: níveis, deslocamentos e direções. Ao final
da brincadeira, pergunte aos estudantes se foi possível perceber os movimentos e ligá-los à dança. Anote
o nome dos movimentos que os estudantes realizaram para serem retomados na próxima atividade.

PARA SABER MAIS:

Labirinto de Fios. Physis4 Youth. Disponível em: http://gg.gg/ngu1t.


Acesso em: 18 mar. 2020.

ATIVIDADE 6 – AÇÃO EXPRESSIVA IV


Professor, essa atividade tem como objetivo, realizar uma improvisação reunindo os movimentos
dançados de modo individual, coletivo e colaborativo, a partir de manifestações da dança presentes na
cultura brasileira, utilizando-se dos elementos estruturantes da dança.

Divida a turma em grupos e peça que criem uma sequência de movimentos (pequena coreogra-
fia), tendo como base os elementos estruturantes da dança: movimento corporal, espaço e tempo (se
necessário retome esses conceitos). Relembre os movimentos vivenciados nas brincadeiras anteriores
e oriente-os no planejamento, com registros do percurso que será vivenciado. Dê a eles autonomia
para fazerem as suas escolhas. No término dessa atividade, os estudantes apresentarão as suas pro-
duções, relatando à turma como vivenciaram a experiência.
Arte 207

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM IV
Habilidades:
(EF04AR11) Explorar, criar e improvisar movimentos dançados de modo individual, coletivo e
colaborativo, a partir das manifestações da dança presentes na cultura brasileira, utilizando-se dos
elementos estruturantes da dança.

Objetos de Conhecimento: Processos de Criação

• Movimentos dançados
• Elementos estruturantes da dança

(EF04AR12) Dialogar, com respeito e sem preconceito, sobre as experiências pessoais e coletivas em
dança vivenciadas na escola, como fonte para a construção de vocabulários e repertórios próprios.

Objetos de Conhecimento: Processos de Criação

• Experiências pessoais e coletivas em dança

Habilidade Articuladora:
(EF15AR26) Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, animações, jogos
eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia, softwares etc.) nos processos de criação artística.

Objetos de Conhecimento: Arte e Tecnologia

• Diferentes tecnologias e recursos digitais

Professor, nessa Situação de Aprendizagem, estão previstas cinco atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com
os objetos de conhecimento e seus modificadores.

É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, organize rodas de conversa, ao final das atividades, sobre
os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar
se o estudante”, do organizador curricular, como referência.

Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para desenvolver essa atividade, organize uma roda e converse com a turma, inse-
rindo as perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas
ideias e colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para
pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem em seus
208 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

cadernos as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acor-
do com sua realidade e necessidade.

1. Quando foi a última vez que você dançou e/ou assistiu uma apresentação de dança na escola?
Que tipo de danças eram? Como eram as coreografias?
2. Quais festas e apresentações que envolvem a dança, acontecem na sua escola?
3. Porque é importante realizar fotografias, vídeos e/ou gravações, durante as apresentações?
4. Há algum canal, site ou blog de sua escola? Você já o visitou?
5. Quais formas de tecnologias e recursos digitais você conhece e sabe usar?
6. Qual é o canal, site ou blog de sua escola? Você já o visitou?
7. Quais redes sociais, blog, canal ou site pessoal você tem?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Para executar essa atividade, você deverá realizar uma pesquisa e selecionar imagens e vídeos
de danças que acontecem, tanto na escola quanto fora dela. Se possível, procure imagens de festas,
comemorações e eventos que ocorreram na sua escola para ampliar esse olhar. Após a apresentação
das imagens, converse sobre as semelhanças e diferenças entre as danças do cotidiano e aquelas que
acontecem dentro da escola.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Para a atividade, converse com os estudantes sobre a dança na escola, com respeito e sem pre-
conceito, buscando desenvolver a empatia e a escuta entre todos. Ao final da conversa, solicite aos
estudantes que pensem em formas de divulgar essa conversa por meio de diferentes tecnologias e
recursos digitais e as registrem, em seus cadernos, pois serão utilizadas posteriormente.

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Professor, sugerimos que os estudantes formem grupos para explorar e criar uma composição
coreográfica com movimentos dançados, a partir das manifestações de danças presentes na cultura
brasileira, vivenciadas na escola. Podem ser utilizados movimentos de todas as danças já experimen-
tadas ou vistas, lembrando sempre de estabelecer um espaço de respeito, sem preconceitos.

Reforce a importância de trabalhar colaborativamente na construção dos movimentos que cada


grupo deve escolher alguém para registrar a dança, por meio de desenhos, anotações, e tecnologias
e recursos digitais. É importante que os estudantes tenham tempo para experimentar esses movimen-
tos antes de apresentarem para o restante da turma.

Ao final, realize uma roda de conversa sobre o processo vivenciado, procurando saber mais so-
brea seleção de movimentos, referências de atividades já trabalhadas, das danças vivenciadas na es-
cola, como foi trabalhar em colaboração, se todas as ideias foram respeitadas etc. No término da ati-
vidade, os estudantes deverão registrar, em seus cadernos, as suas percepções.
Arte 209

ATIVIDADE 5 – AÇÃO EXPRESSIVA III


Nesse momento, os estudantes deverão explorar diferentes tecnologias e recursos digitais, como
início sistematizado do uso destas ferramentas. Para isso, indicamos alguns sites que podem ser ex-
plorados por você e pelos estudantes.

Solicite aos estudantes que levem à escola, se possível, máquinas fotográficas, gravadores, filma-
doras, smartphones, entre outros. Verifique se a escola possui alguns materiais tecnológicos que pos-
sam ser utilizados. Forme grupos, para manusear os equipamentos. Ao final, cada grupo deverá falar
sobre suas ideias para a construção de um espaço digital da escola.

PARA SABER MAIS:

8 melhores plataformas gratuitas para criar um blog. Disponível em:


http://gg.gg/lbetm. Acesso em: 18 Mar. 2020.

12 Melhores criadores de sites gratuitos. Disponível em:


http://gg.gg/ngu3v. Acesso em: 18 Mar. 2020.
5° ano

Arte
Arte 211

1º BIMESTRE
A LINGUAGEM MUSICAL

A LINGUAGEM MUSICAL
Sabemos que a Música é uma das linguagens da arte e, deste modo, pode demandar conhecimen-
to teórico e técnico específico. Muitos anos de prática e estudo são necessários para o desenvolvimento
de conhecimento e habilidades em nível profissional. Neste caso, são pessoas que optam por dedicar
suas vidas, aperfeiçoando-se constantemente, em busca do desenvolvimento técnico e expressivo.

No decorrer da história da música, desenvolveu-se conhecimento estético e teórico acerca desta


produção cultural. Este arcabouço nos ajuda a compreender e aprofundar a nossa aprendizagem na lingua-
gem musical. Para nós e nossos estudantes, a falta deste conhecimento em sua amplitude não diminui a
capacidade de sentir os sons. Contudo, a aprendizagem em música se sustenta com a assimilação e a
articulação de recortes importantes do conhecimento teórico com a prática criativa. Por exemplo, se nos
preocupamos em ensinar a escrita das figuras rítmicas, em outros momentos das aulas deixamos os estu-
dantes “senti-las” no próprio corpo. De que valeria saber todos os nomes das notas, dos acordes e das
tonalidades se não conseguíssemos usá-los em uma música por nós composta ou interpretada?

O que é Música? Música é a Linguagem dos Sons. Mas o que isto significa?

O cotidiano é repleto de sons, inclusive nossa linguagem verbal utiliza sequências de sons e silên-
cios (consoantes, vogais e pontuações) para explicar, descrever, pedir, argumentar, suplicar, entusiasmar
etc. Nossa fala organiza-se por meio de palavras que formam frases e textos. E estas sequências de sons
(palavras) podem representar nomes próprios, conceitos, objetos, situações ou ações. Neste caso, os
sons são imediatamente convertidos em linguagem verbal. Agora, imagine duas pessoas que conversam
em um idioma que não dominamos. Não compreendemos sua comunicação verbal! Quase escutamos
tal conversa como se fosse música: uma sequência de timbres (ao menos um diferente de cada pessoa),
os sons das consoantes e das vogais, as entoações, inclinações para o agudo e para o grave (alturas),
intensidades distintas no decorrer do tempo e a velocidade com que cada som é emitido (durações).

Poderíamos considerar este diálogo como música? Houve uma intenção musical por parte
dos emissores dos sons? Houve uma interdependência musicalmente planejada dos parâmetros
sonoros? O objetivo da conversa foi exclusivamente a comunicação verbal entre aqueles sujeitos?
É importante refletir sobre isso.

Quando trabalhamos com a linguagem dos sons, organizamos no tempo todos os parâmetros
intrínsecos de uma música de uma forma equilibrada e transparente. Tanto o ouvinte quanto o execu-
tante devem perceber diversas características simultâneas dentro de uma mesma frase musical.

Ao cantar uma música coletivamente, nossos estudantes devem perceber a voz do professor, a
sua própria e a de seus colegas; caso contrário, ritmo e afinação estarão definitivamente prejudicados.
Ao executar com clareza e transparência, demonstramos a interdependência entre os parâmetros,
conseguimos nos comunicar com esta linguagem dos sons.
212 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Em alguns casos, a música pode exprimir ideias extramusicais. Isto é facilmente exemplificado por
meio dos hinos patrióticos. Ao escutar o Hino Nacional Brasileiro, mais do que uma música, este conjunto
de sons expressa o nosso povo, nossas cores, nossa natureza, nossos cheiros, conquistas e fracassos.

Raramente escutamos esse hino como uma sequência de alturas, durações, timbres e intensidades
interdependentes entre si. O mesmo pode acontecer com vinhetas televisivas e, de uma maneira mais indi-
vidualizada, com músicas que ficaram marcadas em nossas memórias. Dentre os motivos, poderíamos
destacar emoções vividas ou eventos que presenciamos, nos quais determinada música esteve presente.

De fato, o discurso musical não comunica ideias, conceitos e ações como a linguagem verbal. O
âmbito de sua ação está associado às emoções e sentimentos. E no contexto até aqui apresentado, a
prática musical poderia ser o equilíbrio entre esses aspectos emocionais (a paixão, o que move) com
os aspectos racionais (o procedimento, o saber fazer e o compreender), como ocorre na execução de
ritmos, frases, harmonias, melodias etc.

Uma enorme conquista será promover o conhecimento de um vocabulário comum para falar de
sons. O contraste entre elementos musicais já é um ótimo começo! Palavras como grave e agudo,
lento e rápido, comprido e curto, forte e fraco, podem parecer simples, mas são fundamentais para o
desenvolvimento musical e precisam ser exercitadas para sua correta assimilação.

Destacamos que é de fundamental importância que você, professor, se aproprie dos conteúdos,
conceitos e procedimentos apresentados neste material, com a finalidade de ensiná-los com seguran-
ça e tranquilidade. Sendo assim, as colocações teóricas, partituras e explicações mais detalhadas
servem para a sua aproximação com a música. Além disso, a aprendizagem da música na escola en-
volve ouvir, entender, apreciar, improvisar, pesquisar, conhecer, experimentar e praticar num processo
contínuo que dependerá da sua persistência e dedicação. Refletir sobre o que é realizado durante as
atividades, o ajudará a conhecer o estudante musicalmente.

A seguir, apresentamos um aporte sobre a Educação Inclusiva, Avaliação e Recuperação.

Educação Inclusiva - Estudantes com deficiência

Todos os estudantes são capazes de aprender. Esse processo é individual, e o professor deve
estar atento para as necessidades individuais e coletivas. Estudantes com deficiência visual e auditiva
desenvolvem a linguagem e o pensamento conceitual.

Os estudantes com deficiência intelectual podem enfrentar mais dificuldade no processo de


aprendizagem musical, mas são capazes de desenvolver oralidade e reconhecer sinais gráficos.

É importante valorizar a diversidade e estimular o desempenho sem fazer uso de um único nivelador.
A avaliação deve ser feita em relação ao avanço do próprio estudante sem usar critérios comparativos. O
princípio de inclusão parte dos direitos de todos à Educação, independentemente das diferenças e ne-
cessidades individuais – inspirada nos princípios da Declaração de Salamanca (Unesco, 1994) e está
presente na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva, de 2008.
Arte 213

Todos devem saber o que diz a Constituição, mas principalmente conhecer a meta 4 do Plano
Nacional de Educação (PNE):

Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência,


transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o aces-
so à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente
na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas
de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou
conveniados. (BRASIL, 2014).

A Lei nº 7.853 estipula a obrigatoriedade de todas as escolas em aceitar matrículas de estudan-


tes com deficiência – e transforma em crime a recusa a esse direito. Aprovada em 1989 e regulamen-
tada em 1999, a lei é clara: todas as crianças têm o mesmo direito à educação. Neste contexto, o
professor precisa realizar uma adaptação curricular para atender à diversidade em sala de aula.

Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da


Educação Inclusiva. Portal MEC. Disponível em: http://gg.gg/lc5gs.
Acesso em: 23 out. 2019.

Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Planalto Federal.


Disponível em: http://gg.gg/ojdab. Acesso em: 23 out. 2019.

Deficiência Auditiva

Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela ausência de infor-
mações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm condições de prosseguir
aprendendo se forem informados e estimulados de forma sistemática, levando em conta sua diversida-
de linguística e possibilidades de comunicação.

Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifique se estão olhando para você. A maioria se
comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem uso de leitura labial e aparelhos de ampliação sonora.

Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode explicar para a
classe toda utilizando desenhos na lousa para a apropriação dos objetos de conhecimento. Convide
um estudante para demonstrar o que deve ser feito, fale olhando de frente sempre que possível, nas
festividades utilize o Hino Nacional em LIBRAS indicado no link a seguir:

Hino Nacional em LIBRAS. Disponível em: http://gg.gg/mrj4j.


Acesso em: 03 dez. 2019

Nas atividades de apreciação musical, incentive os estudantes a colocarem as mãos sobre a


caixa de som para sentir as vibrações. Um intérprete pode traduzir sua fala.
214 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Faz parte da escolarização a ampliação de tempos, a disponibilização de comunicação adequa-


da, a adequação curricular, o acesso às novas tecnologias de informação e comunicação e as diferen-
tes formas de avaliação.

Aula de Arte para com surdos: criando uma prática de ensino. Andreza
Nunes Real da Cruz. (Tese de Mestrado). IA/UNESP. Disponível em:
http://gg.gg/myums. Acesso em: 30 out. 2020.

Um intérprete pode traduzir a música.


Faz parte da escolarização a ampliação de tempos, disponibilização de comunicação ade-
quada, adequação curricular, Acesso às novas tecnologias de informação e comunicação e dife-
rentes formas de avaliação.

Como tornar atividades musicais acessíveis para crianças e


jovens surdos. NEPEDE-EES/UFSCAR. Disponível em:
http://gg.gg/lc5hw. Acesso em: 3 dez. 2019.

Deficiência Visual

Existe o mito de que toda pessoa com deficiência visual tem talento para música. Isso não é ne-
cessariamente verdade, pois há quem não possua habilidades vocais ou para tocar instrumentos mu-
sicais. Enxergando ou não, o estudante precisa desenvolver habilidades musicais. É preciso apresentar
oralmente um instrumento musical indicando de que material é feito, se é de metal, madeira, bambu
etc., se é um instrumento acústico ou eletrônico e também oferecer a apreciação tátil, para que ele
possa manusear e explorar os sons que se pode obter de cada instrumento.

O deficiente visual e a educação musical: metodologias de ensino.


REDIVI/UNIVALE. Disponível em: http://gg.gg/lc5ii.
Acesso em: 3 dez. 2019.

Deficiência Intelectual

O Componente Curricular Arte, por meio das suas diferentes linguagens, torna possível a mani-
festação de sentimentos e pensamentos colaborando com o desenvolvimento da comunicação, trans-
formando e enriquecendo as vivências musicais, através de experimentações significativas.

Estimular as relações cognitivas, emocionais e lógicas é importante e necessário para o desen-


volvimento global.

Nem todos os estudantes poderão formular os registros de maneira autônoma. Nesses casos, o
professor pode ser o escriba ou propor outras formas, como desenhos ou imagens recortadas. Essa
adaptação curricular garante a participação efetiva do estudante nas atividades.
Arte 215

Como trabalhar com alunos com deficiência intelectual – dicas


incríveis para Adaptar Atividades. Instituto Itard. Disponível em:
http://gg.gg/lc5jf. Acesso em: 23 out. 2019. 

AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO
A avaliação e recuperação proposta neste material é diagnóstica, iniciando com a ação do professor
ao investigar o que os estudantes conhecem ou não conhecem acerca dos objetos de conhecimento que
serão abordados, e processual em todos os momentos de prática pedagógica, nos quais podemos incluir
diferentes maneiras de acompanhar, avaliar e recuperar as aprendizagens. Nesta concepção de avaliação
e recuperação em Arte, é importante adotar a postura de não estabelecer critérios de comparação, oferecer
possibilidades para que os estudantes alcancem os objetivos esperados, estar atento às dificuldades ex-
postas na realização das atividades e atividades e propor soluções. O fator socioemocional, presente em
todos os momentos de aprendizagem em agrupamentos produtivos1, tem em vista a formação integral do
estudante. É importante frisar que o tempo necessário para o desenvolvimento das habilidades, por meio
de situações de aprendizagem, pode variar entre uma turma e outra, mesmo que na mesma etapa.

O uso diário de registro em um portfólio é uma importante ferramenta para acompanhar os avan-
ços e dificuldades no desenvolvimento de habilidades e apropriação dos conhecimentos, observação
dos processos criativos, relação com os colegas, considerações e suposições inteligentes2, participa-
ção, empenho, respeito pela produção individual, coletiva e colaborativa, autoconfiança, valorização
das diferentes expressões artísticas, reconhecimento de que todos os obstáculos e desacertos que
podem ser superados.

Dessa forma, o resultado das avaliações assegurará ao professor elementos necessários para
analisar seu planejamento, replanejar se necessário e, também, para o acompanhamento e propostas
de recuperação das aprendizagens durante o ano letivo.

Antes de iniciar as situações de aprendizagem, apresentamos o Organizador Curricular.

No quadro, estão dispostas todas as habilidades, que expressam as aprendizagens essenciais


que devem ser asseguradas aos estudantes nesta etapa. Para tanto, são descritas de acordo com
uma determinada estrutura, conforme o exemplo a seguir:
Código Alfanumérico: EF03AR13 – semelhante à numeração apresentada na BNCC.
EF = Ensino Fundamental – 03 = 3º ano – AR = Arte – 13 = número da habilidade.
Habilidade: (EF03AR13) Experimentar, identificar e apreciar músicas próprias da cultura po-
pular brasileira de diferentes épocas, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias.

1 Agrupamentos produtivos: seguem os princípios dos saberes já construídos pelas crianças em seu percurso escolar, bem como levam em considera-
ção a heterogeneidade de saberes existentes no espaço escolar e a sua importância na construção dos saberes dos estudantes, pois essa forma de
trabalho é ancorada, em sua concepção, pela interação entre as crianças com a mediação do professor. Fonte: Inserir: em http://gg.gg/p1nzv.
Acesso em: 4 set. 2019.
2 Suposições inteligentes: hipóteses de cada indivíduo, baseadas em seus conhecimentos prévios e bagagem cultural.
216 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Verbos que explicitam os processos cognitivos envolvidos na habilidade: experimentar, iden-


tificar e apreciar.

Objetos de conhecimento mobilizados na habilidade: músicas próprias da cultura popular brasileira.

Modificadores dos objetos de conhecimento, que explicitam o contexto e/ou uma maior espe-
cificação da aprendizagem esperada: de diferentes épocas incluindo-se suas matrizes indígenas, afri-
canas e europeia. Em outras habilidades, também existem modificadores de verbos. Por exemplo,
“experimentar”, “utilizando”.

Condições didáticas e indicações para o desenvolvimento das atividades: demonstram


as ações necessárias para alcançar o desenvolvimento das habilidades, articuladas aos tipos de con-
teúdo (Conceitual, Atitudinal, Procedimental e Factual).

Observar se o estudante: indicações que auxiliarão nos processos de avaliação e recuperação.

Habilidades integradoras: propõem conexões entre duas ou mais linguagens artísticas,


para ampliação das possibilidades criativas, de compreensão de processos de criação e fomento
da interdisciplinaridade.

ORGANIZADOR CURRICULAR – MÚSICA

Condições didáticas
e indicações para o Observar
Habilidades
desenvolvimento das se o estudante
atividades

Organizar e realizar momentos de Participa da sondagem e da


(EF05AR13) Apreciar jingles, vinheta, trilha
sondagem, apreciação, análise apreciação; analisa e reco-
de jogo eletrônico, trilha sonora etc., ana-
e reconhecimento dos objetos nhece os objetos de conhe-
lisando e reconhecendo seus usos e fun-
de conhecimento, considerando cimento, considerando seus
ções em diversos contextos de circulação.
seus modificadores. modificadores.

(EF05AR14) Perceber e explorar elemen- Organizar e realizar momentos de Participa da sondagem e da


tos constitutivos da música, por meio de sondagem, apreciação, percep- apreciação; percebe, explora e
jogos, brincadeiras, canções e práticas ção, exploração e identificação identifica os objetos de conhe-
diversas de composição/criação, execu- dos objetos de conhecimento, cimento, considerando seus
ção e apreciação musical. considerando seus modificadores. modificadores.

Organizar e realizar momentos


(EF05AR15) Explorar e perceber Participa da sondagem e da
de sondagem, apreciação,
elementos da natureza como fontes apreciação; explora e percebe os
exploração e percepção dos
sonoras, considerando os elementos objetos de conhecimento, consi-
objetos de conhecimento, consi-
constitutivos da música. derando seus modificadores.
derando seus modificadores.
Arte 217

Organizar e realizar momentos Participa da sondagem e da


(EF05AR16) Experimentar e explorar
de sondagem, apreciação, ex- apreciação; experimenta e
formas de registro musical não conven-
perimentação e exploração dos explora os objetos de conhe-
cional e procedimentos e técnicas de
objetos de conhecimento, consi- cimento, considerando seus
registro musical em áudio e audiovisual.
derando seus modificadores. modificadores.

(EF05AR17) Apreciar e experimentar Organizar e realizar momentos Participa da sondagem e da


composições musicais, explorando vozes, de sondagem, apreciação, ex- apreciação; experimenta e
sons corporais e/ou instrumentos musicais perimentação e exploração dos explora os objetos de conhe-
convencionais ou não convencionais, de objetos de conhecimento, consi- cimento, considerando seus
modo individual, coletivo e colaborativo. derando seus modificadores. modificadores.

Habilidades Articuladoras

(EF15AR26) Explorar diferentes tecno-


Organizar momentos de sonda- Participa da sondagem e da
logias e recursos digitais (multimeios,
gem, apreciação e exploração apreciação; explora os objetos
animações, jogos eletrônicos, gravações
dos objetos de conhecimento, de conhecimento, consideran-
em áudio e vídeo, fotografia e softwares
considerando seus modificadores do seus modificadores.
etc.) nos processos de criação artística.
218 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
Habilidade:
(EF05AR14) Perceber e explorar elementos constitutivos da música, por meio de jogos, brincadeiras,
canções e práticas diversas de composição/criação, execução e apreciação musical.

Objetos de Conhecimento: Elementos da Linguagem

• Elementos constitutivos da música

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas seis atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.

É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.

Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.

Para ampliação de seu repertório, elencamos, a seguir, alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades.

ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA MÚSICA

• Figuras rítmicas: cada figura rítmica representa uma relação proporcional no tempo e
estão relacionadas às durações. Por exemplo, no mesmo pulso no qual é tocada uma
semínima é possível tocar duas colcheias ou quatro semicolcheias. E, nesse mesmo
contexto, precisa-se de dois pulsos para se tocar uma mínima ou quatro pulsos para uma
semibreve, de acordo com a imagem a seguir:

Semibrevre

4
Mínima

2
Arte 219

Semínima

1
Colcheia

1/2
Semicolcheia

1/4
• Figuras de som: Símbolos que servem para representar um som.
• Figuras de silêncio: Símbolos que servem para representar uma pausa.
• Melodia: Diz respeito a uma sequência sucessiva de notas musicais diferentes. Essa
organização de sons com ritmos cadenciados, constrói sentido ao ouvinte. Por meio dela,
reconhecemos uma música. A melodia é composta pela altura, duração e intensidade.
• Harmonia: é a junção de acordes de uma música, a união de sons tocados ao mesmo tempo.
• Pulso: é a unidade de medida da música.
• Ritmo: Organização de diferentes durações dentro de um compasso.
• Compasso: É a organização dos pulsos (fortes e fracos) de uma música em ciclos de igual
tamanho (binário, ternário e quaternário).
• Binário: tem dois tempos – um forte e um fraco.
• Ternário: tem três tempos – um forte e dois fracos.
• Quaternário: tem quatro tempos – um forte, um fraco, um meio forte e outro fraco.

• Como você pode perceber, a primeira batida de um compasso usualmente é forte. Indicamos
no começo de uma partitura, qual é o compasso que deverá ser seguido, especificando sempre
quantas batidas, isto é, tempos, teremos por compasso, por exemplo:

• Importante: dizer que eu tenho três tempos em um compasso não quer dizer que eu tenho
três notas. Podemos ter apenas uma nota por compasso, ou muito mais que três, ou ainda,
nenhuma, se houver um grande silêncio! Como:
220 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma sobre os conceitos
apresentados, inserindo as perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam
apresentar suas ideias e colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e
faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que
copiem, em seus cadernos, as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questiona-
mentos, de acordo com sua realidade e necessidade.

1. Quais são os elementos constitutivos da música?


2. Qual é a função desses elementos?
3. Quais jogos e brincadeiras com música, conhecem?
4. Como se faz composição e criação musical?
5. Costuma ouvir músicas? Quais?
6. Quais músicas costumam cantar?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise os vídeos/áudios, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a aprecia-
ção, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior e pontue os elementos constitutivos da
música, presentes em brincadeiras, jogos e canções. Após a apreciação, solicite que registrem o que
aprenderam. Você pode selecionar outras referências em seu acervo pessoal ou no da escola, para
ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.

Fontes sonoras – Telecurso. Disponível em: http://gg.gg/l5ibq.


Acesso em: 05 dez. 2019.

Brincadeiras Musicais. Palavra Cantada. Disponível em:


http://gg.gg/ni06r. Acesso em: 10 dez. 2019.

Jogo Musical - Atividade Musical Ritmo. Musicar Vinícius Eufrásio.


Disponível em: https://bit.ly/2WqFDDu. Acesso 19 set. 2021.

Yapo. Palavra Cantada. Disponível em: http://gg.gg/ni08m.


Acesso em: 10 dez. 2019.
Arte 221

Letra da Música Yapo

Yapo ia ia êêô
Yapo ia ia ê
Yapo ia ia Yapo
ê tuc tuc Yapo
ê tuc tuc ê.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Antecipadamente confeccione fichas de 20x10 cm, criando várias combinações de compassos
quaternários, ou seja, quatro pulsos em cada compasso (veja os exemplos a seguir) e apresente-os
aos estudantes. Esta atividade tem a função de proporcionar ao estudante a experimentação do tempo
de duração de duas figuras rítmicas. Solicite que façam uma leitura das figuras, utilizando para esse
primeiro momento, palmas. Nas próximas experimentações, eles poderão utilizar outros sons.

Atenção: Introduzimos o sinal de pausa ou silêncio da semínima:


Exemplo de fichas:

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Aproveite as fichas confeccionadas anteriormente, agende o espaço da quadra e proponha o
seguinte jogo:

1. Forme uma roda;


2. Coloque as fichas no centro da roda;
3. Um estudante de cada vez, deve ir até o centro da roda, pegar uma ficha e fazer a leitura das
figuras rítmicas, utilizando livremente, sons e/ou movimentos corporais.
222 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ATIVIDADE 5 – AÇÃO EXPRESSIVA III


Após o jogo, convide os estudantes a darem as mãos e formarem um círculo, para aprenderem
a ciranda de roda. Escolha previamente, canções do repertório popular com melodias simples, com-
passo quaternário e ritmo bem marcado. Cante com os estudantes e movimente a roda ora para a
direita, ora para a esquerda. Caso seja necessário, apresente as canções antes de fazer a atividade.
Ao longo da atividade, varie a velocidade do deslocamento, reforce e introduza um gesto ou uma ação,
marcando o pulso, para reforçar alguns elementos já estudados (Pulso e ritmo)

ATIVIDADE 6 – AÇÃO EXPRESSIVA IV


Selecione ou solicite que os estudantes pesquisem e tragam para a aula alguns poemas ou poe-
sias. Inicie a atividade dividindo-os em grupos e orientando a criação de um ritmo diferente para ler os
textos escolhidos. Explique que é possível, também, criar uma melodia durante a leitura, acentuando a
sílaba tônica das palavras.

Exemplo:

E agora José? Carlos Drummond de Andrade na interpretação de Silvio


Matos. Disponível em: http://gg.gg/l5ice. Acesso em: 17 jan. 2020.

E agora, José? – Rap. Disponível em: http://gg.gg/ni0eq.


Acesso em: 17 jan. 2020.

Finalize com um jogral rítmico: chame um grupo de cada vez à frente, coloque-os em fileira e
escolha um estudante para começar uma batida rítmica, utilizando batidas de mão e pé e, em seguida,
oriente que cada estudante repita o ritmo anterior e acrescente um ritmo diferente.
Arte 223

PARA SABER MAIS

Brincadeiras com música para crianças. Disponível em:


http://gg.gg/ni0j8. Acesso em: 06 nov. 2019.

Cantiga de roda – Casa de farinha. Disponível em: http://gg.gg/ni0h0.


Acesso em: 27 ago. 2019.

Roda Africana – Palavra Cantada. Disponível em: http://gg.gg/ni0kd.


Acesso em: 08 nov. 2019.

13 Brincadeiras Indígenas. Disponível em: http://gg.gg/ni0kz. Acesso


em: 08 nov. 2019.
224 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Habilidade:
(EF05AR15) Explorar e perceber elementos da natureza como fontes sonoras, considerando os
elementos constitutivos da música.

Objetos de Conhecimento: Materialidades

• Elementos da natureza como fontes sonoras


• Elementos constitutivos da música

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com
os objetos de conhecimento e seus modificadores.

É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.

Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.

Para ampliação de seu repertório, elencamos, a seguir, alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades.

• Elementos da natureza como fontes sonoras: Toda sonoridade produzida pela/na


natureza, mesmo que no ambiente urbano. Por exemplo, vento, trovão, sons de animais,
água corrente, chuva.
• Elementos constitutivos da música: Observar os conceitos apresentados na Situação de
Aprendizagem I.
• Fonte sonora: qualquer corpo que vibra e produz um som. São necessárias três condições
para a percepção sonora: um “emissor” (fonte sonora); um “meio material” (por onde o som se
propaga); um receptor (quem recebe o som).

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e diga que um som pode ser produzido
de diferentes maneiras, que existem sons produzidos pela natureza e sons produzidos pela atividade
humana. Converse sobre os conceitos apresentados , inserindo as perguntas de forma simples, per-
mitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a con-
versa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para pontuar cada conceito.
Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem, em seus cadernos, as informações que
estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
Arte 225

1. Quais sons são produzidos pela natureza?


2. Quais elementos constitutivos da música, podemos identificar ao escutar o som produzido pela
chuva? Como são esses sons?
3. Por que podemos dizer que os elementos da natureza são fontes sonoras?
4. Que tipos de sons as atividades humanas produzem? Dê exemplos.
5. Pense num ambiente natural qualquer, onde só existem sons produzidos pela natureza. Descreva
o local; uma fonte sonora; um meio pelo qual o som se propaga; quem percebe o som.
6. Pense num ambiente urbano qualquer, onde só existem sons produzidos pela atividade humana.
Descreva o local; uma fonte sonora; um meio pelo qual o som se propaga; quem percebe o som.
7. Além do ar, quais outros meios existem para o som se propagar? (vibração física – por exemplo:
coloque a orelha na carteira e bata nela com a ponta do dedo. É possível “ouvir” o som; encostar
o ouvido no peito e ouvir o coração bater; ao bater com a ponta do dedo na testa, é possível
ouvir as batidas.)

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise os vídeos/áudios, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a aprecia-
ção, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior. É importante que eles possam falar sobre
o que reconhecem e percebem ao apreciar. Após a apreciação, solicite que registrem o que aprende-
ram, por meio de um pequeno texto. Você pode selecionar outras referências em seu acervo pessoal
ou no da escola, sua realidade e necessidade.

VÍDEOS

Perpetuum Jazzile – África. Perpetuun Jazzile. Disponível em:


http://gg.gg/ni0mc. Acesso em: 05 dez. 2019.

Os sons do corpo humano – Como é o som? Balão Azul. Disponível em:


http://gg.gg/ni0no. Acesso em: 05 dez. 2019.

Barulho de Chuva. Relaxar e Meditar. Disponível em:


http://gg.gg/ni0o6. Acesso em: 05 dez. 2019.

Nature – (Sons de tempestade). Stardust Vibes. Disponível em:


http://gg.gg/ni0pk. Acesso em: 05 dez. 2019.
226 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Sons de objetos. Canal Home Music Maker. Canal de efeitos sonoros.


Disponível em: http://gg.gg/ni0rf. Acesso em: 05 dez. 2019.

Floresta, riacho, pássaros. Calmaria. Disponível em:


http://gg.gg/ni0sg. Acesso em: 05 dez. 2019.

Sons de animais para crianças. Vaandervik. Disponível em:


http://gg.gg/ni0z9. Acesso em: 05 dez. 2019.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Nesta atividade, a proposta é explorar sonoridades do corpo, objetos, natureza e animais. Ela
está dividida em quatro etapas:

Etapa 1. Sons do corpo: Produzir sons, utilizando o próprio corpo.


Inicie a atividade perguntando:

1. Quais são os sons que podemos produzir com o corpo?


2. Quais sons podemos produzir usando as mãos, a boca ou os pés?
3. De todos os sons que podemos produzir com corpo, quais são finos (agudos) e quais são
grossos (graves)?

Depois dessa primeira experimentação, escreva na lousa, as diversas possibilidades sonoras in-
dicadas a seguir, solicitando que os estudantes as imitem.
Chame à frente, quatro estudantes de cada vez e explique que eles deverão permanecer com o
rosto virado para frente, prestar atenção aos sons que serão produzidos e tentar adivinhá-los. Por
exemplo: palmas. Se possível, faça o exercício com toda a turma, alternando os sons.

A. Variando os sons produzidos com as mãos: golpear uma mão com a outra, em forma de
concha, produzindo um som mais grave; com as mãos planas e os dedos esticados, produ-
zindo um som mais agudo; batendo as mãos na barriga; batendo as mãos nas coxas; baten-
do as mãos na boca.
B. Variando os sons produzidos com os dedos: estalar os dedos; dedos contra dedos. (junte dois
dedos de uma mão contra dois da outra mão);
C. Variando os sons produzidos com a boca: estalar a língua; barulho do beijo; imitar o som do ven-
to; imitar o som da chuva; bater os dentes;
D. Variando os sons produzidos com os pés: pés no chão;
Arte 227

PARA SABER MAIS

Percussão Corporal – Fernando Barba – Parte 1. Disponível em:


http://gg.gg/ni10v. acesso em: 05 dez. 2019.

Etapa 2. Sons de objetos: produzir sons utilizando objetos do cotidiano.


Oriente os estudantes a procurarem dentro das bolsas e mochilas, objetos que podem produzir
sons; explique que eles devem colocá-los sobre a carteira e classificá-los: sons graves, agudos,
fortes, fracos etc. Em seguida, solicite que um de cada vez apresente um objeto e produza um
som com ele.

Etapa 3. Sons do ambiente: pesquisar sons produzidos no espaço escolar; tudo o que for pos-
sível perceber; classificar como perto ou distante.

Oriente os estudantes a percorrerem os espaços da escola, percebendo, coletando, registrando


e classificando os sons em: graves, agudos, longos, curtos, fortes, fracos, contínuos etc.

Utilize, como referência, a tabela a seguir. Amplie-a com a quantidade de linhas necessárias.

Grave Agudo Longo Curto Forte Fraco Contínuo

porta sinal da estalo de moto voz


batendo
grito
escola dedo passando distante
ventilador

Etapa 4. Sons de animais: Produzir sons, imitando animais.


Antecipadamente, providencie uma coletânea de sons de vários animais. Apresente-as, organi-
zando um momento de apreciação sonora. Converse com os estudantes sobre os sons graves,
agudos, longos e curtos, fortes, fracos e contínuos reproduzidos nas gravações. Divida a turma
em seis grupos e solicite que escolham os sons de alguns animais para imitar.

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Para realizar esta atividade, divida a turma em grupos e entregue uma imagem para cada um.
Solicite que a analisem e imaginem uma cena que possa ocorrer nessa imagem.

Cada grupo deverá apresentar uma pequena história que tenha a imagem como cenário, incluin-
do uma música, sons corporais e sons do ambiente.

Exemplos de imagens:
228 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

1.

Floresta – Imagem de Valiphotos/Pixabay.– Disponível em: http://gg.gg/l5id4. Acesso em: 28 jan. 2020.

2.

Lago – Imagem de Johannes Plenio/Pixabay.– Disponível em: http://gg.gg/l5id9. Acesso em: 28 jan. 2020.
Arte 229

3.

Tempestade – Imagem de Comfreak/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/l5idk. Acesso em: 28 jan. 2020.

4.

Rio – Imagem de Frank Winkler/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/l5idr. Acesso em: 28 jan. 2020.
230 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM III


Habilidades:
(EF05AR16) Experimentar e explorar formas de registro musical não convencional e procedimentos e
técnicas de registro musical em áudio e audiovisual.

Objetos de Conhecimento: Notação e Registro Musical

• Formas de registro musical não convencional


• Procedimentos e técnicas de registro musical em áudio e audiovisual

(EF05AR17) Apreciar e experimentar composições musicais, explorando vozes, sons corporais e/ou
instrumentos musicais convencionais ou não convencionais, de modo individual, coletivo e colaborativo.

Objetos de Conhecimento: Processos de Criação

• Composições musicais
• Instrumentos musicais convencionais e não convencionais

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com
os objetos de conhecimento e seus modificadores.

É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/
recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os objetos
de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o estudante”,
do organizador curricular, como referência.

Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.

Para ampliação de seu repertório, elencamos, a seguir, alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades.

• Partitura: É uma representação gráfica da música, padronizada mundialmente, cujo sistema


de escrita, dispõe de símbolos próprios.
• Partitura não convencional: Nesta representação gráfica da música, não existe um padrão
de escrita, o registro de sons e composições musicais é feito de maneiras particulares e
criativas, utilizando qualquer tipo de símbolo, figura, cor etc.
• Procedimentos e técnicas de registro musical em áudio e audiovisual: Basicamente,
são regras e conjuntos de procedimentos específicos (captação e edição), que devem ser
seguidos para realizar registros sonoros, ou audiovisuais.
• Composição musical: Toda composição musical é um arranjo de elementos e regras, com
um objetivo claro. Para elaborar uma composição, são necessários conhecimento e criatividade.
• Instrumentos convencionais: Aqueles que são conhecidos e reconhecidos com facilidade
e, normalmente, utilizados em agrupamentos musicais como bandas, orquestras etc.
Arte 231

Por exemplo: violino, flauta e piano.


• Instrumentos não convencionais: Essa classificação de instrumentos apresenta infinitas
possibilidades de configuração, desde a adaptação e/ou fusão de instrumentos convencionais,
até a utilização de qualquer fonte sonora capaz de produzir sonoridades. Por exemplo: objetos,
água, paredes e móveis.

Exemplo de notação musical não-convencional:

Desenho feito por Carlos Eduardo Povinha especialmente para esse material.

Exemplo de partitura com notação convencional:

Imagem de uma Partitura. Fonte: Fotoshop tops por Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/l3ueq. Acesso em: 11 set. 2019.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo os conceitos e perguntas de forma
simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que
232 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito.
Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem, em seus cadernos, as informações que estão
na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.

1. Alguém estuda ou já estudou música? Onde? Há quanto tempo?


2. Alguém toca algum instrumento? Qual? Há quanto tempo?
3. O que é uma composição musical?
4. Como uma composição musical é feita? (Escrita da letra da canção; para um instrumento solista;
para mais de um instrumento; para ser cantada e/ou acompanhada por instrumentos etc.).
5. Como é possível desenhar um som e um silêncio?
6. O que é notação musical?
7. O que é uma partitura musical? Como os sons e silêncios são representados nela?
8. Como são os símbolos que representam sons e silêncios na notação musical tradicional?
9. Como você faria o desenho de um som grave, agudo, um apito, um trovão etc.?
10. Como é uma partitura não convencional?
11. Quais são as maneiras que conhecem, para registrar áudio e vídeo?
12. Quais instrumentos musicais convencionais e não convencionais vocês conhecem? Quais são as
diferenças entre eles?
13. O que entendem por percussão corporal? Deem exemplos.
14. Como a voz pode ser utilizada na música?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise os vídeos/áudios, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a aprecia-
ção, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior. É importante que eles possam falar sobre
o que reconhecem e percebem ao apreciar. Após a apreciação solicite que registrem, o que aprende-
ram, por meio de um pequeno texto. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo pessoal
ou no da escola, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.

Voz – Evolution of Music – Pentatonix. Disponível em:


http://gg.gg/ni57o. Acesso em: 05 dez. 2019.

Instrumentos não convencionais – Música dos não instrumentos.


Soumello. Disponível em: http://gg.gg/ni591. Acesso em: 05 dez. 2019.

Percussão corporal – Quem Te Ensinou a Nadar / Peixe Vivo (Ao


Vivo) – Tiquequê - ft. Barbatuques. Disponível em: http://gg.gg/ni59v.
acesso em: 05 dez. 2019.
Arte 233

Partitura convencional – Queen – Bohemian Rhapsody. Disponível em:


http://gg.gg/ni5b1. Acesso em: 05 dez. 2019.

Partitura não convencional – Bach – Tocata Fuga – Andy Fillebrown.


Disponível em: http://gg.gg/ni5jx. Acesso em: 05 dez. 2019.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Professor, faça agrupamentos com a turma e solicite a criação de uma composição musical a
partir dos sons que acabaram de apreciar, desenhando figuras que representam cada som que será
reproduzido na composição. O produto dessa atividade será uma partitura não convencional, que po-
derá conter onomatopeias, figuras e cores diversas. Após todos os grupos criarem suas composições,
propicie um momento para ensaiar, equipamentos para registrar (celular, máquina fotográfica, filmado-
ra) e organize as apresentações.

Realize uma mostra das apresentações gravadas para a Comunidade Escolar, valorizando a cria-
tividade e ressaltando que, para tal, eles exploraram, perceberam os elementos de diferentes fontes
sonoras, experimentaram técnicas de registro musical em audiovisual e, também, registros de pautas
não convencionais. Em um espaço de fácil acesso e visibilidade, faça uma exposição das pautas não
convencionais criadas pelos grupos para apreciação de todos.

Desenho de Madalena Ponce especialmente para este material.


234 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

PARA SABER MAIS

Base para compor música – Melodia de Piano. Disponível em:


http://gg.gg/ni195. Acesso em: 05 dez 2019.
Arte 235

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM IV
Habilidade:
(EF05AR13) Apreciar jingles, vinheta, trilha de jogo eletrônico, trilha sonora etc., analisando e
reconhecendo seus usos e funções em diversos contextos de circulação.

Objetos de Conhecimento: Contextos e Práticas

• Jingles, vinheta, trilha de jogo eletrônico, trilha sonora


• Usos e funções em diversos contextos de circulação

Habilidade Articuladora:
(EF15AR26) Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, animações, jogos
eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia e softwares, etc.) nos processos de criação artística.

Objetos de Conhecimento: Processos de Criação

• Diferentes tecnologias e recursos digitais (Multimeios, Animações, jogos eletrônicos, áudio,


vídeo, fotografia, softwares)

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com
os objetos de conhecimento e seus modificadores.

É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.

Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.

Para ampliação de seu repertório, elencamos, a seguir, alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades.

• Jingle: é um termo inglês cujo significado refere-se a uma mensagem musical publicitária
elaborada com um refrão simples e de curta duração, a fim de ser lembrado com facilidade. A
música é composta especificamente para promover uma marca, produto, empresa ou político
e é veiculada em rádio, televisão ou internet.
• Vinheta: é considerada como um tipo de identificação, pois conta com um layout visual e uma
música que a acompanha. Em artes gráficas, é um desenho decorativo geralmente em livros,
utilizado tanto para separar seções ou capítulos como para decorar. Existem diversos tipos de
vinheta: gráfica, fotográfica e de televisão.
• Trilha sonora: é todo o conjunto sonoro de um filme, peça de teatro ou programa de
televisão, incluindo além da música, os efeitos sonoros e os diálogos. A instrumentalização
da música e das sonoridades são fatores fundamentais na criação de uma história, seja
236 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

qual for o veículo que irá transmiti-la – cinema, teatro, televisão, etc. É a totalidade das
composições musicais apresentadas em uma película cinematográfica, nos programas
televisivos, em videogames, etc.
• Trilha de jogo eletrônico: é conhecida pelo seu termo correspondente em inglês, videogame
music, ou VGmusic. Consiste em um estilo musical próprio, original, de uma música criada para
servir de trilha sonora para videogames.
• Fotografia: significa literalmente “escrita da luz”, pois a imagem é obtida pela ação direta da
luz sobre um material fotossensível. Os materiais fotossensíveis podem ser chapas metálicas
(como no início da fotografia) ou de vidro ou película (filmes) tratadas com compostos químicos.
Atualmente, os mais utilizados são: cartões de memória, pen drives, máquinas digitais e
smartphones (nos quais, a informação visual é descrita por valores numéricos).
• Storyboard: roteiro com todos os desenhos, em ordem cronológica, das cenas de um filme
ou história a ser contada, similar a uma história em quadrinhos, mas sem os balões.
• Multimeios: refere-se ao estudo do surgimento, utilização, funcionamento, abrangência,
intersecção e linguagens de novas mídias, tanto como forma de expressão, quanto de
divulgação de informação, e suas relações com diferentes formas de expressão.
• Usos e funções em diversos contextos de circulação: entende-se que toda composição
musical tem uma função, pensada por seu autor. Por exemplo: Música religiosa, música cívica,
música para entretenimento etc. O uso que se faz dessas composições, pode variar de acordo
com a intenção de quem as utiliza. O rádio, a televisão, a internet, as manifestações culturais,
o celular, teatros, salas de concerto, estádios, praças e ruas, se configuram como contextos de
circulação mais comuns para a música.
• Animação: técnica que utiliza meios físicos ou digitais para “dar vida” a objetos ou desenhos.
Atualmente existem várias formas de se trabalhar com animação, seja através de flip book ou
mesmo com tecnologias avançadas (destaques para efeitos especiais ou mesmo animações
inteiras feitas em 3D).
• Jogos eletrônicos: jogo com ações, recursos, estratégias, desenvolvimento e objetivos pré-
estabelecidos. Para funcionar, esses jogos necessitam de computador, programas, tela e controles.
• Áudio/Vídeo: formas de registro de som e imagem, amparados por tecnologia.
• Softwares: conjunto de programas com instruções pré-estabelecidas que faz um equipamento
eletroeletrônico funcionar. Eles produzem diferentes resultados: calcular, registrar, processar,
armazenar, imprimir, editar etc.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo os conceitos e perguntas de
forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações.
À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave e faça desenhos na lousa para
pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem, em seus ca-
dernos, as informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acor-
do com sua realidade e necessidade.
Arte 237

1. O que é um jingle? Para que serve? Em que meios de comunicação aparece? Dê um exemplo?
2. O que é vinheta?Para que serve? Em que meios de comunicação aparece? Dê um exemplo?
3. O que é trilha sonora? Para que serve? Em que meios de comunicação aparece? Dê um exemplo
(em desenho, filme, novela, jogo eletrônico)?
4. Conte sua experiência com a gravação de algum áudio ou vídeo.
5. O que é fotografia? Para que serve? Conte sua experiência com ela.
6. Dê um exemplo da mesma música que foi ou é utilizada para duas coisas diferentes.
7. Dê um exemplo de alguma música que aparece em diferentes “memes” na internet.

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Para esta atividade de apreciação, agende a sala de Informática ou a sala de vídeo. Apresente os
trechos de jingles, vinhetas, trilhas sonoras e trilhas de jogos eletrônicos indicados a seguir ou selecio-
ne outros de sua livre escolha. Finalize com uma conversa, reflexão, análise e reconhecimento de usos
e funções em diversos contextos de circulação.

JINGLES:

7 jingles inesquecíveis dos comerciais brasileiros. Canal Mega


Curioso. Disponível em: http://gg.gg/ni1ba. Acesso em: 06 set. 2019.

Jingles brasileiros famosos. Canal Propagandas Famosas. Disponível em:


http://gg.gg/ni1dx. Acessado em: 06 set. 2019.

VINHETAS:

Cronologia de Vinhetas da “Tela Quente” (1988-2016). F.A. Miranda.


Disponível em: http://gg.gg/ni1em. Acesso em: 06 set. 2019.

TRILHA SONORA DE JOGOS ELETRÔNICOS:

Super Mario Bros. – Running About. Música Original do jogo. Quality


Chiptune. Disponível em: http://gg.gg/l5hrd.
Acesso em: 06 set. 2019.

As 5 melhores trilhas sonoras – by Xbox Game Pass. XboxBR.


Disponível em: http://gg.gg/ni1r8. Acesso em: 06 set. 2019.
238 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

TRILHA SONORA:

Trilha Sonora do Filme Star Wars IV – A New Hope Full


Soundtrack. Canal Kain VS Predator. Disponível em:
http://gg.gg/ni1sy. Acesso em: 06 set. 2019.

Trilha Sonora Livre Estou (Let It Go) Versão dublada do tema do


filme Frozen – Canal Sergio Godim. Disponível em:
http://gg.gg/l5hrk. Acesso em: 06 set. 2019.

Tema da vitória. Música composta para o piloto de Fórmula 1 Ayrton


Senna (1960-1994). Disponível em: http://gg.gg/l5hy6. Acesso em: 06
set. 2019.

O Rei Leão – Hakuna Matata. Tema do filme o Rei Leão. Canal


DisneyMusicBRVevo. Disponível em: http://gg.gg/ni2dm.
Acesso em: 06 set. 2019.

MÚSICA USADA EM “MEMES”:

Run – AWOLNATION – RedBull Records. Coloque no início para que


tentem descobrir. A parte identificável inicia em 2m4s. Disponível em:
http://gg.gg/ni2f4. Acesso em 06 set. 2019.

PARA SABER MAIS:


Criação de Jingle. Site Arte Sempre. Disponível em: http://gg.gg/ni2tl.
Acesso em: 06/set/2019.
Três aplicativos pra criar música – Disponíveis nas lojas de aplicativos dos
aparelhos smartphones: Novation Launchpad, Funk Brasil e Super Pads.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Organize a turma em oito grupos, seguindo o roteiro indicado a seguir e solicite que realizem uma
pesquisa em livros, revistas, internet etc., sobre o processo de criação de jingles, vinhetas, trilhas so-
noras e trilhas de jogos eletrônicos. É importante que você apresente alguns pontos importantes que
devem constar nas pesquisas. Finalizadas as pesquisas, organize momentos para as apresentações.

Grupos 1 e 2 – Jingles;
Grupos 3 e 4 – Vinhetas;
Grupos 5 e 6 – Trilhas Sonoras;
Grupos 7 e 8 – Trilhas Sonoras de Jogos eletrônicos.
Arte 239

ATIVIDADE 4: AÇÃO EXPRESSIVA II


Após as apresentações das pesquisas, oriente os grupos a criarem, jingles, vinhetas, trilhas so-
noras e trilhas de jogos eletrônicos, utilizando softwares, aplicativos para smartphones, animação, fo-
tografia, gravação de áudio, vídeos etc., seguindo o roteiro indicado a seguir:

Antes de iniciar:

• Organizar os grupos ou manter os grupos que já haviam sido formados.


• Escolher a temática da produção artística.
• Pesquisar e selecionar músicas, sons, imagens, fragmentos de vídeos etc.

Providenciar antecipadamente:

• Ferramentas – celular, gravador, filmadora, máquina fotográfica, computador, microfone,


instrumentos musicais convencionais ou não; softwares, apps etc.
• Materiais para produção plástica – papel (pardo, cartolina, sulfite, papelão, color set,
crepom etc.), EVA, tinta (guache, plástica, PVA etc.), pincel, tesoura sem ponta, cola, barbante,
fita crepe, retalhos de tecidos, TNT, lã etc.

Durante:

• Criar, figurinos, adereços, cenários, coreografias.


• Elaborar storyboard, croqui, esboços; roteiro de produção.
• Gravar e editar as produções em áudio e/ou vídeo.

Depois:

• Socializar e analisar todas as produções realizadas e seus processos de criação.


• Analisar, refletir, reconhecer e falar sobre os usos e funções em diversos contextos de circulação
de jingles, vinhetas, trilhas sonoras e trilhas de jogos eletrônicos.
240 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

2º BIMESTRE
A LINGUAGEM DA DANÇA
A dança é uma linguagem artística do corpo em movimento. A prática da dança possibilita o de-
senvolvimento da sensibilidade e da motricidade como pares entrelaçados. O domínio do movimento
na dança propicia a ampliação de repertórios gestuais, novas possibilidades de expressão e comuni-
cação de sensações, sentimentos, pensamentos. O refinamento do corpo em movimento encontra-se
articulado à expressividade e à criatividade, envolvendo processos de consciência corporal (individual)
e social (relacional), assim como processos de memória, imaginação, concepção e criação em dança
nos âmbitos artístico e estético.

A dança está presente no salão de baile, nos desfiles de Carnaval, em um encontro de danças
urbanas ou na roda de samba na rua, no pátio de uma escola, no palco de um teatro, no cinema, na
televisão. As danças têm funções e sentidos ligados ao contexto de acontecimento, aos sujeitos que
a vivenciam e que a desfrutam como público. Pensando em uma dimensão abrangente, acreditamos
que todas as pessoas podem dançar.

Se, por um lado, cada contexto de ensino e aprendizagem da dança tem contornos diferen-
ciados, poderíamos dizer que existe algo comum, importante a ser destacado para o professor
que irá percorrer as situações de aprendizagem aqui propostas. Dançar implica em aprender sobre
o movimento que aborda: o espaço nas suas relações de direções, níveis e planos; o tempo nas
relações de pulsos, ritmos, pausa e velocidades com e no próprio corpo, tendo a ação e a reflexão
sempre presentes.

O ensino da arte na escola não tem a função de oferecer uma formação profissional, mas propor-
cionar aos estudantes a oportunidade de conhecer, apreciar, criar e viver a dança na escola, tendo
experiências com sentido e ligadas ao mundo dessa linguagem, expandindo as possibilidades de for-
mação e de participação social.

Estamos então convidando os professores de Arte para enfrentar um desafio: aproximar-se da


Dança como uma linguagem artística, procurando pontes com as demais linguagens de seu conheci-
mento, com suas histórias pessoais de corpo e movimento, com suas memórias e desejos dançantes,
por vezes não manifestos.

As bases ou pilares para que o processo de ensino e de aprendizagem possa ter início é que você
professor se permita vivenciar uma aproximação do próprio corpo. Além disso, sugerimos uma atitude
de observação constante do corpo e do movimento do estudante no cotidiano escolar, o que irá, sem
dúvida, lhe oferecer um rico repertório de ações corporais, formas de movimento, interações, jogos e
danças que os estudantes dominam e vivenciam entre eles na escola.

As situações de aprendizagem propostas estão fundamentadas por referenciais teórico-práticos,


didático-metodológicos oriundos da pesquisa de especialistas, artistas e educadores. De fato, subja-
zem a esse material conceitos, experiências, reflexões e danças. Sua disponibilidade de não apenas
ler, mas estudar previamente e orientar as aprendizagens dos estudantes nas atividades de dança
permitirá a ocorrência de um rico processo de conhecimento na linguagem.
Arte 241

Sintetizamos, a seguir, alguns conceitos importantes para o estudo e o desenvolvimento das Si-
tuações de Aprendizagem na linguagem da linguagem dança.

Em uma definição sucinta podemos dizer que o que caracteriza a linguagem da dança é o movi-
mento do(s) corpo(s) do(s) dançarino(s) no espaço e no tempo.

Enfim, dançar significa experimentar o corpo em movimento para além de sua funcionalidade
(caráter instrumental) cotidiana. Do mais simples ao mais complexo dos processos de aprender uma
dança, o corpo poderá ter experiências de criação e construção de movimentos expressivos nos quais
cada estudante que dança está implicado com seu mundo interno, sua memória, sua história, dialo-
gando com o as culturas da dança presentes no mundo.

Em especial na primeira infância, as crianças estão em pleno momento de descobertas e refina-


mento de seus gestos e movimentos, tanto de caráter instrumental, quanto expressivo. Há, em geral,
uma enorme disponibilidade para mover-se. As brincadeiras da criança de seis, sete ou oito anos (es-
tudantes do 1o e 2o ano) são jogos e narrativas em movimento, muitas vezes, permeados pelo dançar.

Apesar dessa disponibilidade e da presença da própria dança, por vezes, no cotidiano de algumas
das crianças, o estudo da dança como uma das linguagens artísticas na escola irá envolver o diálogo por
meio do corpo em movimento com os pares e o professor, de maneira que o estudante possa experimen-
tar, criar, executar, transformar, observar, organizar diferentes maneiras de dançar. Nesse sentido, cabe
reiterar que o estudo da dança na escola não pode estar restrito ao aprendizado de coreografias.

Como componentes da dança figuram: 1) o movimento (o elemento central); 2) o dançarino (quem
dança); 3)  os elementos sonoros, que incluem a música, o uso da voz, o silêncio, o som ambiente;
4) os elementos visuais que são compostos pelo espaço cênico ou pelo espaço onde a dança acontece,
envolvendo também objetos de cena, figurinos, cenários, vídeos.

O processo criativo em dança se materializa em uma composição coreográfica, a qual pode en-
volver diferentes arranjos entre o movimento e a música, entre o movimento e o espaço, entre o movi-
mento e os elementos de cena. Nesse sentido, para fruir e analisar a forma/conteúdo de uma obra de
dança é necessário observar as conexões estabelecidas entre tais componentes.

A CRIAÇÃO DO AMBIENTE
É fundamental criar um ambiente propício para o desenvolvimento das atividades. Mas, além do
espaço físico, estamos sugerindo que você, professor, crie para e com os estudantes, um lugar de
acolhimento às experiências corporais e de movimento, ampliando e enriquecendo esse universo.

Um simples espreguiçamento do corpo, quando realizado com atenção à pele e aos movimentos
articulares, pode significar uma estimulação do tato e da propriocepção (percepção do próprio corpo).
É um “chegar ao corpo”, abordando-o em suas dimensões intrínsecas – sensorial e motora. Isso sig-
nifica que estamos nos preparando para a atividade, mas, paradoxalmente, já estamos dentro dela,
porque não conseguimos nos separar de nosso corpo. No caso da dança, isso pode significar sentir
os pés, mover as articulações, sentir o espaço, ouvir a respiração. Esse momento poderá acordar,
disponibilizar, organizar, concentrar, construir, individual e coletivamente, um estado de dança.
242 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

No desenvolvimento das atividades, procure observar o estado de presença do estudante em


relação ao seu corpo, ao espaço e ao grupo em que está inserido. Além disso, esteja atento às possí-
veis mudanças que acontecerão no que diz respeito à evolução da qualidade de movimento. Nesse
caso, estamos chamando sua atenção aos indicadores de observação descritos no Organizador Cur-
ricular. A observação é um processo de avaliação contínua, pois no caso da dança trata-se de uma
linguagem efêmera. Você deverá registrar os processos, como iremos apontar a seguir, mas a riqueza
da observação no percurso da ação é única e própria à essa linguagem. Esse é seu principal material
de avaliação: o corpo em movimento no percurso das atividades.

Para o ensino da linguagem da dança nos anos iniciais do Ensino Fundamental, os objetos de
conhecimento estão articulados com as atividades fundamentais ao aprendizado dos estudantes, res-
peitando seu desenvolvimento motor, cognitivo e socioemocional, por meio de jogos, brincadeiras,
danças de roda, criação de suas danças individuais, coletivas e colaborativas.

Essa é uma proposta de iniciação à linguagem da dança. Nesse momento da vida das crianças
a introdução de uma técnica, onde os movimentos repetitivos são parte da construção do aprendiza-
do, não se faz necessária, pois anteriormente ao exercício, é de fundamental importância o desenvol-
vimento de um vocabulário e consequentemente de um repertório expressivo e simbólico no corpo,
como também o conhecimento de sua estrutura músculo/esquelética, em movimento. Sem esses
conhecimentos, todo o processo de exploração e criação de movimentos estará reduzido a um reper-
tório limitado ou a um repertório colado a referências midiáticas sem qualidade artística e estética, ou
seja, estereotipado, onde a imitação ou a cópia elimina a possibilidade de criação ou até mesmo de um
olhar crítico a esses modelos.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA – ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA


Professor, a seguir oferecemos informações a respeito de como você pode atuar nas aulas para
os estudantes com deficiência. É importante inclui-los nas atividades, deixando-os seguros de que sua
participação será benéfica e de que seus espaços e tempos serão respeitados.

Eficiência intelectual
Os estudantes com deficiência intelectual podem enfrentar alguma dificuldade no processo de
aprendizagem corporal, mas são capazes de desenvolver a corporeidade e gestualidade.

Deficiência auditiva
Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela ausência de infor-
mações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm condições de prosseguir
aprendendo se forem informados e estimulados de forma sistemática, levando em conta sua diversida-
de linguística e possibilidades de comunicação. Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifi-
que se estão olhando para você. A maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem
uso de leitura labial e aparelhos de ampliação sonora.
Arte 243

Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode explicar para a
classe toda utilizando desenhos na lousa. Para a apropriação dos objetos de conhecimento, convide
um estudante para demonstrar o que deve ser feito. Fale olhando para a turma e, sempre que possível,
demonstrando os movimentos.

Indicamos, a seguir, alguns links para você ampliar seu conhecimento:

Aula de dança para deficientes auditivos. Disponível em:


http://gg.gg/n8b46. Acesso em: 03 fev. 2020.

A dança como linguagem na educação de surdos. Disponível em:


http://gg.gg/oiv5q. Acesso em: 03 fev. 2020.

Deficiência visual
O estudante com deficiência visual pode dançar. A dança para esse estudante trabalha espacia-
lidade, lateralidade, equilíbrio e autoestima, tornando-o mais seguro de seu corpo. Ao apresentar a
dança para um estudante com deficiência visual, é importante que você seja descritivo e claro. É atra-
vés da descrição que ele entenderá o que está sendo solicitado. Fale de forma pausada e calma. Tome
cuidado com sua entonação vocal – tons muito altos, estridentes, bruscos ou ríspidos podem assus-
tar/inibir o deficiente visual. É importante que este estudante se sinta seguro para participar da propos-
ta; portanto, se necessário, explique diversas vezes. Se preciso, solicite a outro estudante que faça a
posição do que está sendo pedido para que o estudante visual sinta o colega e entenda o que deve
ser feito. Estimule o deficiente visual a participar da aula e proponha que outros estudantes se colo-
quem no lugar dele, fazendo algumas atividades adaptadas com o uso de vendas, por exemplo. Esse
momento de troca aproxima os colegas e será de grande valia no momento. Acompanhe o estudante
durante a atividade, conduzindo o a fazer o movimento, mas antes converse com ele quanto ao toque
e à receptividade do mesmo.

Para ampliar essa conversa sugerimos o seguinte material de apoio:

Ballet de cegos de São Paulo se apresenta na Alemanha. Disponível em:


http://gg.gg/n8bga. Acesso em: 3 fev. 2020. Acesso em: 03 fev. 2020.

Dança além da visão: possibilidades do corpo cego. Disponível em:


http://gg.gg/n8bt6. Acesso em: 03 fev. 2020.
244 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Inserção do deficiente visual na dança. Disponível em:


http://gg.gg/n8bw7. Acesso em: 03 fev. 2020.

Deficiência motora
Incluir os estudantes com deficiência motora se faz necessário num universo de dança. As limita-
ções físicas destes estudantes não os impedem de dançar. Cabe ao professor estimulá-los e torná-los
conscientes de que seu corpo também dança.

A dança eleva a autoestima, e os movimentos podem ser adaptados caso a caso. Inclua o estu-
dante no processo de dança, sempre respeitando seus tempos e espaços e adaptando as atividades
propostas para a inclusão deste estudante.

PARA SABER MAIS:


Programa especial – aula de dança com a Andef – Associação Niteroiense
dos Deficientes Físicos. Disponível em: http://gg.gg/n8bys.
Acesso em: 03 fev. 2020

A dança e a inclusão de alunos com necessidades especiais. Disponível em:


http://gg.gg/n8c0v. Acesso em: 03 fev. 2020.

Organizador Curricular – Dança

Condições didáticas
e indicações para o Observar
Habilidades
desenvolvimento das se o estudante
atividades

(EF05AR08) Experimentar, identificar e apreciar Organizar e realizar momentos Participa da sondagem


formas distintas de manifestações tradicionais de sondagem, apreciação, e da apreciação; expe-
e contemporâneas da dança, cultivando a per- experimentação e identificação rimenta e identifica os
cepção, o imaginário, a capacidade de simboli- dos objetos de conhecimento objetos de conhecimento
zar e o repertório corporal. e seus modificadores. e seus modificadores.
Arte 245

Participa da sondagem
Organizar e realizar momentos
e da apreciação; analisa
(EF05AR09) Estabelecer relações entre as par- de sondagem, apreciação,
e relaciona os objetos
tes do corpo e destas com o todo corporal na análise e relação sobre objetos
de conhecimento.Expe-
construção do movimento dançado. de conhecimento e seus modi-
rimenta a dança e seus
ficadores..
modificadores.

(EF05AR10)  Experimentar diferentes formas de Organizar e realizar momentos Participa da sondagem


orientação no espaço (deslocamentos, planos, de sondagem, apreciação, e e da apreciação; expe-
direções, caminhos etc.) e ritmos de movimento experimentação dos objetos rimenta os objetos de
(lento, moderado e rápido) na construção do mo- de conhecimento e da dança e conhecimento e a dança
vimento dançado. seus modificadores. e seus modificadores.

Organizar e realizar momentos Participa da sondagem e


(EF05AR11)  Explorar, criar e improvisar movi-
de sondagem, apreciação, da apreciação; explora,
mentos dançados de modo individual, coletivo
exploração, criação e improvi- cria e improvisa a partir
e colaborativo, a partir das manifestações da
sação com base nos objetos de dos objetos de conheci-
dança presentes na cultura mundial, utilizando-
conhecimento e seus modifica- mento e seus modifica-
-se dos elementos estruturantes da dança.
dores. dores.

(EF05AR12)  Dialogar, com respeito e sem Organizar e realizar momentos Participa da sondagem e
preconceito, sobre as experiências pessoais de sondagem, apreciação, diá- da apreciação; dialoga e
e coletivas em dança vivenciadas na escola, logo e reflexão sobre os objetos reflete sobre os objetos
como fonte para a construção de vocabulários de conhecimento e seus modifi- de conhecimento e seus
e repertórios próprios. cadores. modificadores.

Habilidade Articuladora

(EF15AR25)  Conhecer e valorizar o patrimônio


Participa da sondagem e
cultural, material e imaterial, de culturas diversas, Organizar e realizar momentos
da apreciação; conhece
em especial a brasileira, incluindo-se suas matri- de sondagem, apreciação,
e valoriza os objetos de
zes indígenas, africanas e europeias, de diferentes conhecimento e valorização
conhecimento e seus
épocas, favorecendo a construção de vocabulário sobre os objetos de conheci-
modificadores.
e repertório relativos às diferentes linguagens ar- mento e seus modificadores.
tísticas.
246 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
Habilidade:
(EF05AR10) Experimentar diferentes formas de orientação no espaço (deslocamentos, planos, direções,
caminhos etc.) e ritmos de movimento (lento, moderado e rápido) na construção do movimento dançado.

Objetos de Conhecimento: Elementos da linguagem

• Formas de orientação no espaço – deslocamentos, planos, direções e caminhos


• Ritmos de movimento – lento, moderado e rápido

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.

É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.

Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.

Para ampliação de seu repertório elencamos abaixo, alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.

• Deslocamento: É o percurso utilizado pelo dançarino respeitando as marcações específicas


de uma determinada coreografia. Existem várias maneiras para a execução dos percursos
(deslocamentos) na dança. Girar, correr, andar, saltar e/ou se arrastar são algumas delas. Esses
“caminhos” podem ser percorridos de formas retas ou curvas, e podem ser feitos individual ou
coletivamente, como nos exemplos:
Arte 247

Deslocamento. Ilustração de Raphael Pedretti da Silva especialmente para esse material.

- Forma Direta: É quando os movimentos lineares e retos ocupam um espaço definido, sem
o deslocamento e a envergadura dos braços, das pernas e do tronco. É traçar um percurso
direto para atingir um ponto definido.
- Forma Flexível: É quando os movimentos do corpo ocupam vários espaços ao mesmo
tempo, utilizando os deslocamentos, as envergaduras e as torções.

• Direção: São os sentidos (trajetos) por onde o movimento percorre, tendo como ponto inicial o
centro do corpo do dançarino. São elas: frente, atrás, lado, diagonais, em cima, em baixo.
248 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Direções. Desenho de Raphael Pedretti especialmente para esse material.

• Plano ou Níveis: São relacionados aos planos alto, médio e baixos. Espaços referentes à
altura dos movimentos. Os níveis são definidos pelos movimentos do corpo no espaço que vão
da altura da cintura, abaixo dela ou acima da cabeça.
- Nível alto – foto 1 – São movimentos realizados em pé e/ou feitos com os braços para
cima. Cena de Peekaboo, de Marco Goecke.
- Nível médio – foto 2 – São movimentos realizados com os joelhos flexionados, agachado,
ajoelhado ou sentado. Larissa Lins e Geivison Moreira em Fada do Amor de Márcia Haydée.
- Nível baixo – foto 3 – São movimentos realizados no chão, como arrastar, deitar-se, rolar.
Beatriz Hack em Primavera Fria de Clébio Oliveira.

Imagem: Marcela Benvegnu. Disponível em. http://gg.gg/osfht. Acesso em 24 de mar. 2021.


Arte 249

2.

Imagem: Wilian Aguiar. Disponível em: http://gg.gg/osfiy. Acesso em 24 mar. 2021.

3.

Imagem: Wilian Aguiar. Disponível em: http://gg.gg/osfjd. Acesso em 04 dez. 2019.

• Tempo: É o que define na dança os ritmos do movimentos rápido, lento e moderado (ritmos
métricos). Com ele é possível definir a duração, o ritmo, a pulsação etc. Pode ser dividido em:

- Rápido: Quando o dançarino mantém a aceleração constante de um movimento sem alterações.


- Moderado: É o meio termo entre um movimento corporal rápido e um lento.
- Lento: Quando o dançarino reduz a velocidade constantemente dos movimentos corporais
quase até parar.
250 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM 
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples,
permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a
conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para pontuar cada conceito. Realize um fecha-
mento e, em seguida, solicite que copiem, em seus cadernos, as informações que estão na lousa.
Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.

1. O que é dança?
2. Que tipos de danças você conhece?
3. Como é criado um movimento de dança?
4. Das danças que você conhece, em quais delas o corpo se movimenta em ritmo: lento, modera-
do, rápido?
5. Você acha que movimentos do cotidiano podem ser utilizados para realizar uma dança? Quais
movimentos? Como fazer isso?
6. Como pode ser o deslocamento do corpo de um bailarino durante uma apresentação de dança?
7. De que maneira podemos realizar o registro da dança?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise as imagens e o vídeo antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a
apreciação, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior e preste atenção às reações dos
estudantes. Após a apreciação, organize uma roda de conversa e incentive-os a comentarem o que
aprenderam e apresente as questões, a seguir. Você pode selecionar outras referências em seu acervo
pessoal ou no da escola, para ampliar essa apreciação, de acordo com sua realidade e necessidade.

1. O que é possível perceber nas imagens?


2. O que as pessoas estão fazendo?
3. As pessoas das imagens parecem estar paradas ou em movimento? Justifique sua resposta.
4. O que os movimentos identificam?
5. Estão se movendo na mesma direção? Em quais direções estão indo?
6. Quantas pessoas estão envolvidas nos movimentos? Elas estão fazendo os mesmos movimen-
tos? De que forma?
7. Qual música vocês imaginam que está tocando?
8. Vocês acreditam que uma dança pode ser realizada em qualquer lugar? Como? Onde?
Arte 251

Grupo dançando – Disponível em: http://gg.gg/lbg1w/1. Acesso em: 19 mar. 2020

2.

Dupla no chão; Disponível em: http://gg.gg/lbg33. Acesso em: 19 mar. 2020


252 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

3.

Grupo na rua. Disponível em: http://gg.gg/lbg46. Acesso em: 19 mar. 2020


4.

Grupo na quadra. Disponível em: http://gg.gg/lbg54. Acesso em: 19 mar. 2020.

VÍDEO:

19 Movimentos legais de dança que você deveria aprender. Ideias


Incríveis – Brincadeiras. Disponível em: http://gg.gg/ni3xl.
Acesso em: 10 dez. 2019.
Arte 253

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Esta atividade tem como foco, a experimentação de diferentes formas de orientação no espaço e
ritmos de movimento; para tanto, sugerimos algumas músicas, apenas para inspirá-lo, pois é você
quem deverá selecioná-las, a partir do seu acervo musical e/ou da escola. 

Música Instrumental Piano. Canal Músicas para relaxar e sentir bem.


Disponível em: http://gg.gg/ni3yp. Acesso em: 18 mar. 2020.

Viva La Vida – David Garrett. David Garret Music. Disponível em: http://
gg.gg/ni3zh. Acesso em: 18 mar. 2020.

Lords of Iron (Celtic metal). Antti Martikainen Music. Disponível em:


http://gg.gg/ni421. Acesso em: 18 mar. 2020.

Orkestra Bandida – Farisenov Cocek (Leste Europeu). Disponível em:


http://gg.gg/ni45h. Acesso em: 18 mar. 2020.

Theremin improvisation. Zoltán Komor. Disponível em:


http://gg.gg/ni47v. Acesso em: 18 mar. 2020.

O ideal é realizar esta atividade num espaço amplo, como a quadra ou pátio. Inicie a atividade
pedindo a eles que se organizem pelo espaço, respeitando uma certa distância entre cada um e pres-
tem atenção na música e nas partes do pé que fazem o apoio e colaboram para o equilíbrio do corpo
quando estão parados, em pé. (Sugerimos que você coloque a música número 1). O tempo de dura-
ção de cada parte da atividade, fica a seu critério.

Depois dessa observação, eles devem caminhar pelo espaço, percebendo as mesmas coisas e
também, quais articulações se movimentam, dobram e/ou torcem, e as posturas que o corpo assume
enquanto o corpo se desloca. 

Oriente os estudantes que se desloquem de um lado para o outro, experimentando formas


diferentes de andar.

Por exemplo: caminhar com o peso sobre os calcanhares; sobre a borda interna ou externa do
pé; caminhar arrastando um pé só etc. Peça sugestões a eles.
254 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

Durante a atividade, proponha que organizem, livremente, uma sequência de movimentos explo-
rando todas as partes do corpo – cabeça, tronco e membros, envolvendo: o nível alto (andar nas pon-
tas dos pés ou saltando, perdendo o contato com o chão), médio (andar abaixado), baixo (muito
agachado, arrastando-se); deslocando o peso do corpo (direita, esquerda, frente, trás, pisando firme
ou leve); variando o tempo (todas as velocidades entre rápido e lento), como se estivessem cumprindo
uma coreografia. Combine com eles que você fará pausas durante a atividade, quando todos devem
parar exatamente como estão, para que seja possível observar uns aos outros, só movendo os olhos
e, se necessário, a cabeça.

Ao final da aula, proponha uma roda de conversa sobre o que sentiram ao experimentar movi-
mentos que podem vir a ser uma dança. Quais as facilidades e/ou dificuldades encontradas? Foi pos-
sível explorar diferentes formas de orientação e locomoção pelo espaço? O que foi possível observar
nos seus colegas? Como foram os deslocamentos e as pausas? Quais níveis do espaço foram mais
explorados? Quais foram mais interessantes ou desafiadores?
Arte 255

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Habilidade:
(EF05AR09) Estabelecer relações entre as partes do corpo e destas com o todo corporal, na construção
do movimento dançado.

Objetos de Conhecimento: Elementos da Linguagem

• Relações entre as partes do corpo e destas com o todo corporal

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com
os objetos de conhecimento e seus modificadores.

É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.

Adapte as aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM 
Para iniciar esta situação de aprendizagem converse com a turma, inserindo perguntas simples,
permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a
conversa se desenvolve, explique que a dança é uma linguagem artística, baseada no movimento
corporal e que ela aparece em nosso cotidiano de duas maneiras: a teatral, que é executada num
palco ou outro local apropriado e é criada por um coreógrafo profissional, geralmente, executada por
dançarinos profissionais; a social, que é aprendida por imitação, na convivência, pela transmissão
cultural, mídia, escolas de dança, entre outras possibilidades e é praticada em qualquer lugar e por
qualquer pessoa. Diga, também, que nessas duas maneiras, o dançarino se utiliza do corpo ou partes
dele para se expressar. Em seguida, solicite que respondam os questionamentos indicados abaixo.
Você pode elaborar outros, caso seja necessário.

1. Pensando num palco, numa casa ou em num local qualquer, como você imagina que o dançarino
cria seus movimentos?
2. Uma pessoa que dança utiliza todo o corpo ou parte dele? 
3. Você percebe as relações que existem entre as partes do corpo no processo de construção dos
movimentos corporais transformados em dança? 
4. Por que movimentar pés e mãos é importante na construção dos movimentos corporais transfor-
mados em dança? 
5. Como cada parte do corpo se movimenta no processo de construção de movimentos na dança?
6. Como você percebe a coordenação dos movimentos de cada parte do corpo da pessoa que
dança? Cada movimento é isolado ou é emendado? 
256 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise as imagens e o vídeo antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a
apreciação, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior e converse com os estudantes
sobre as relações de interatividade, flexibilidade, criatividade, mobilidade e harmonia existentes entre
as partes do corpo e destas com o todo corporal na construção do movimento dançado. Após a
apreciação, organize uma roda de conversa e incentive-os a comentarem o que aprenderam. Você
pode selecionar outras referências, de acordo com sua realidade e necessidade.
1.

Rapaz dançando Break. Disponível em: http://gg.gg/lbgh9. Acesso em: 19 mar. 2020.

2.

Grupo improvisando. Disponível em: http://gg.gg/lbgi3. Acesso em: 19 mar. 2020.


Arte 257

VÍDEO:

Aquarela – Musical Canção dos Direitos das Crianças. Canal ArtVeiw.


Disponível em: http://gg.gg/lbgj5. Acesso em: 05 dez 2019.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I 


Após a apreciação das imagens e vídeo, proponha aos estudantes um aquecimento. Os focos
desse aquecimento são o reconhecimento e a mobilização das articulações, a exploração dos níveis
espaciais (baixo, médio e alto), a percepção da relação de peso do corpo e o espaço que ele ocupa. 

Solicite aos estudantes que deitem no chão e prestem atenção aos seus corpos. (peça que fe-
chem os olhos). Pergunte a eles se sentem seus ossos, se sentem o peso de seu corpo, e quais partes
tocam o solo e quais não tocam. Após esse primeiro momento, peça que (ainda deitados) se aproxi-
mem de um colega, formando duplas.

Solicite que levantem calmamente, sentindo todo o movimento que seu corpo faz para mudar de
posição. Quando estiverem em pé, explique que um estudante será o boneco e o outro o ‘moldador’, ou
seja, o moldador poderá movimentar o boneco, colocando-o em posições diferentes, respeitando suas
articulações e limites, criando uma sequência de movimentos. Reserve um tempo para eles explorarem
os movimentos que o boneco pode oferecer. É importante que os dois experimentem os personagens.

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Nesta atividade leve para a sala de aula, revistas, cartazes, jornais, os quais tenham imagens de
pessoas, de preferência, em diferentes posições. Distribua aos estudante e peça que eles procurem e
escolham partes do corpo e as recortem. Cada um deve recortar pelo menos duas partes diferentes.
quando todos já tiverem seus recortes, solicite que formem grupos de 4 a 5 componentes. A ideia é que
eles improvisem uma coreografia utilizando, como referência, as partes dos corpos que eles recortaram
das revistas. Por exemplo, digamos que um grupo só tem mãos e cabeça, logo, o restante do corpo
deverá permanecer imóvel. Deixe um tempo para que os grupos pensem nas possibilidades e
experimentem os movimentos. Enquanto um grupo apresenta, os demais registram suas observações,
por escrito. Finalize com um momento de análise e reflexão sobre a vivência e a percepção dos estudantes
quanto às relações existentes entre as partes do corpo e a construção do movimento dançado.
258 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM III


Habilidade:
(EF05AR11) Explorar, criar e improvisar movimentos dançados de modo individual, coletivo e
colaborativo, a partir das manifestações da dança presentes na cultura mundial, utilizando-se dos
elementos estruturantes da dança.

Objetos de Conhecimento: Elementos da Linguagem

• Movimentos dançados
• Elementos estruturantes da dança

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você vai
conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com
os objetos de conhecimento e seus modificadores.

É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avaliação/
recuperação – recupere seus registros, ao final das atividades, realize rodas de conversa sobre os objetos
de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se o estudante”,
do organizador curricular, como referência.

Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.

Para ampliação de seu repertório, elencamos, abaixo, alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades.

Elementos estruturantes da dança:

• Movimento corporal: Ação física.


• Espaço: É no espaço que a dança acontece. Os movimentos criados pelo corpo são
influenciados pelo espaço e nele encontramos a Cinesfera (ou Kinesfera), que é o que determina
a extensão dos movimentos do corpo, suas flexões e deslocamentos.
- Cinesfera (Kinesfera) – Os movimentos criados pelo corpo são influenciados pelo espaço
e nele encontramos a Cinesfera – que é o que determina a extensão dos movimentos do
corpo, suas flexões e deslocamentos. É um espaço imaginário que impõe uma limitação do
corpo do dançarino ao limite natural do espaço pessoal. O uso do espaço pode se dar de
duas formas, conforme qualidade do movimento:
- Forma Direta – É quando os movimentos lineares e retos ocupam um espaço definido, sem
o deslocamento, a envergadura, dos braços, das pernas e do tronco. É traçar um percurso
direto para atingir um ponto definido.
- Forma Flexível – É quando os movimentos do corpo ocupam vários espaços ao mesmo
tempo, utilizando os deslocamentos, as envergaduras e as torções.
Arte 259

Cinesfera. Ilustração de Raphael Pedretti da Silva especialmente para esse material.

• Fluência: É o movimento contínuo, uniforme e progressivo. Partem do tronco do corpo às


extremidades dos membros com movimentos controlados, mas fluentes ao mesmo tempo.
Pode ser dividido entre livre e controlado.
• Peso: São forças utilizadas pelo corpo em relação aos movimentos. O peso dá o suporte à
verticalidade, à estabilidade e à segurança. Existem duas qualificações para denominação do
peso, que são leves (suaves) e firmes (resistentes).
• Suporte: o suporte é onde o artista faz ou usa para se expressar, no caso de dança, o suporte
da dança é o corpo do dançarino/bailarino.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM 
Professor, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as perguntas de forma simples,
permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e colocações. À medida que a
conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para pontuar cada conceito. Realize um
fechamento e, em seguida, solicite que copiem, em seus cadernos, as informações que estão na
lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.

1. O que é Movimento?
2. Quando pensamos em dança, o que significa espaço?
3. De que maneira utilizamos o tempo quando dançamos? Existe uma regra para isso?
4. Como se chama o desenho que as pessoas fazem enquanto dançam?
5. Como se constrói uma coreografia? 
6. Como é possível criar uma coreografia com movimentos utilizados no dia a dia?
7. Quais danças, que existem pelo mundo, vocês conhecem?
260 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO 
Assista aos vídeos antes de apresentá-los aos estudantes. Inicie a atividade relembrando os
elementos estruturantes da dança. Durante a apreciação dos vídeos, pontue os momentos em que esses
elementos ficam mais evidentes. Os vídeos apresentam também, diferentes manifestações da dança
presentes na cultura mundial. É importante que eles façam registros, anotando o que acham mais
interessante de cada vídeo. Deixe claro que eles precisarão desses registros para a próxima atividade.

VÍDEOS:

Smooth Criminal Dubstep – Poppin John & Ricardo Walker. Canal


Ricardo Walker. Disponível em: http://gg.gg/ni4i2.
Acesso em: 05 dez. 2019.

Dança Russa Pereplyas – Bolshoi Brasil. Escola Bolshoi Brasil.


Disponível em: http://gg.gg/ni4in. Acesso em: 05 dez. 2019.

De Ladin – Dance Clip. Canal Dream Team do Passinho. Disponível em:


http://gg.gg/ni4je. Acesso em: 05 dez. 2019.

Música/Dança indiana tradicional – Odissi. Disponível em:


http://gg.gg/ni4o3. Acesso em: 10 dez. 2019.

Hula Halau O Kamuela Kahiho – Dança tradicional do Hawai.


Disponível em: http://gg.gg/ni4qh. Acesso em: 10 dez. 2019.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I 


A proposta desta atividade é explorar movimentos, inspirados nos vídeos que foram apreciados
e nos registros feitos por eles. A ideia é que os estudantes se organizem em grupos, conversem sobre
suas anotações, selecionem alguns movimentos e construam uma sequência coreográfica. Participe
das conversas de cada grupo, sem interferir muito no resultado.

Ofereça sugestões e procure deixá-los à vontade para escolher a música que irão utilizar – para
isso, traga alguns CD ou músicas digitais, para ajudá-los nesse momento. Organize a ordem das apre-
sentações. Enquanto um grupo demonstra sua sequência, os outros observam e fazem anotações
para conversar depois que todos tiverem se apresentado. Se possível, registre em vídeo.
Arte 261

ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II


Selecione e numere, antecipadamente, seis músicas diferentes para a realização desta atividade.
Diga aos estudantes que eles irão criar e improvisar movimentos, a partir de uma música que você
irá apresentar para eles. A música que caberá a cada grupo, será conhecida por meio de um sorteio.
Divida a turma em seis grupos e faça um sorteio das músicas. A dinâmica é que cada grupo ouça
sua música uma vez e, em seguida, já realiza a improvisação. Para isso, solicite que ouçam
atentamente a música e já pensem sobre as possibilidades de movimentos que farão. O número da
música sorteada vai indicar a ordem das improvisações. Enquanto um grupo improvisa, os outros
observam e fazem anotações para conversar depois que todos tiverem improvisado. Se possível,
registre em vídeo. Deixe claro a eles que o mais importante é o processo, é participar e fazer o seu
melhor e não o produto final.
262 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM IV
Habilidade Articuladora:
(EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em
especial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas,
favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

Objetos de Conhecimento: Elementos da Linguagem

• patrimônio cultural, material e imaterial;


• matrizes indígenas, africanas e europeias;

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.

É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa ao final das atividades, sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.

Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.

Para ampliação de seu repertório elencamos abaixo, alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.

• Matrizes indígenas: Apesar de conter elevado valor estético, tudo o que eles produzem tem
caráter utilitário. Sendo assim, a dança também é utilitária, contendo diferentes funções no
cotidiano, como ritos e festas, homenagens, preparação para a guerra etc. As danças são
ensinadas de geração em geração, possuem desenhos coreográficos distintos, são
acompanhadas por fortes batidas dos pés no chão, cantos e diferentes tipos de tambores,
chocalhos e flautas.
• Matrizes africanas: Tradicionalmente, a dança africana, assim como a indígena, tem caráter
utilitário, é transmitida de geração em geração, tem funções cotidianas praticamente idênticas
e é baseada no canto e na utilização de instrumentos de percussão, chocalhos e sopro.
• Matrizes europeias (restringimos a referência a Portugal): A mudança da Corte Portuguesa para
o Brasil, trouxe danças de roda, dramáticas (o Bumba meu boi e o Reisado e outras mais), e de
salão, típicas das cortes europeias, que deram origem às quadrilhas das festas juninas, por exemplo.
De modo geral, essas danças têm funções cotidianas análogas às outras matrizes – religião, festas,
mitos e lendas, acontecimentos históricos, rotinas e brincadeiras.
• Patrimônio cultural material: Conjunto de bens culturais móveis e imóveis existentes em um
país ou região, cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos
memoráveis da sua história, quer por seu excepcional valor arqueológico, etnográfico,
bibliográfico ou artístico. Pode se classificar por:
Arte 263

- Bens Móveis: coleções arqueológicas; acervos museológicos, documentais, bibliográficos,


arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos.
- Bens Imóveis: núcleos urbanos; sítios arqueológicos e paisagísticos; bens individuais.

• Patrimônio cultural imaterial: Abrange as expressões culturais e as tradições que um grupo


de indivíduos preserva em respeito da sua ancestralidade, para as gerações futuras.
• São exemplos de patrimônio imaterial: os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão,
celebrações, as festas e danças populares, lendas, músicas, costumes e outras tradições.

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM 
Professor, para realizar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e
colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para pontuar
cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem, em seus cadernos, as
informações que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua
realidade e necessidade.

1. O que é Patrimônio Cultural?


2. Sabem o que é Patrimônio Material e Imaterial? 
3. A dança é considerada um Patrimônio Material ou Imaterial?
4. Quais danças indígenas, africanas e europeias conhecem?
5. Já viu alguma apresentação de Toré, Reisado, Maracatu ou alguma outra dança (capoeira, con-
gada, ciranda, valsa, quadrilha, tambor de crioula, maracatu, maculelê, samba de roda, kuarup
etc.), pessoalmente, na TV ou na internet? 
6. Na região onde você mora costuma existem apresentações e/ ou manifestações de danças de
origem indígenas, africanas e europeias? Quais?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO 
Recomendamos que você assista a todos vídeos antes de apresentá-los aos estudantes. É
importante também, que você acesse os links indicado em: Para saber mais. Durante a apreciação,
reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior e preste atenção às reações dos estudantes.
Após a apreciação, organize uma roda de conversa e incentive-os a comentarem o que aprenderam e
apresente as questões, a seguir. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo pessoal ou
no da escola, para ampliar essa apreciação, de acordo com sua realidade e necessidade.
PARA SABER MAIS:
Reisado – Barbalha. 06.01.2013. Canal TV Barbalha. Disponível em:
http://gg.gg/ni4tw. Acesso em: 05 dez. 2019.

Reisado. Britannica. Disponível em: http://gg.gg/ni4uk.


Acesso em: 05 dez. 2019.

Maracatu. (Brazilian folk dance: Maracatu – Afro-brazilian dance). Folk


Dances Around the World. Disponível em: http://gg.gg/ni4ve.
Acesso em: 05 dez. 2019.

Toré Pankararu. João Flavio. Disponível em: http://gg.gg/osmir.


Acesso em: 05 dez. 2019.

O sistema ritual do Toré. Disponível em: http://gg.gg/ni4xm.


Acesso em: 05 dez. 2019. 

1. Considerando o que já aprenderam e experimentaram, o que vocês conseguem perceber nos vídeos?
2. Conhecem os movimentos mostrados nas danças?
3. Qual a importância de cada uma dessas danças para os grupos que dançam e para a cultura do Brasil?
4. Vocês conseguem relacionar os movimentos dessas danças com danças que vocês conhecem e
sabem dançar?
5. Conseguem descrever como são as roupas utilizada pelos dançarinos?

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Divida a turma em três grupos e oriente que os estudantes realizem uma pesquisa de imagens e
textos sobre danças brasileiras de matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas em
livros, revistas, internet etc. Após a pesquisa, propicie um momento para apresentação e socialização de
todo material pesquisado.
Arte 265

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM V
Habilidades: 
(EF05AR08) Experimentar, identificar, apreciar formas distintas de manifestações tradicionais e
contemporâneas da dança, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o
repertório corporal.

Objetos de Conhecimento: Elementos da Linguagem

• Formas distintas de manifestações tradicionais e contemporâneas da dança

(EF05AR12) Dialogar, com respeito e sem preconceito, sobre as experiências pessoais e coletivas em
dança vivenciadas na escola, como fonte para a construção de vocabulários e repertórios próprios. 

Objetos de Conhecimento: Processos de Criação

• Experiências pessoais e coletivas

Professor, nesta Situação de Aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você vai con-
versar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e colocá-los em contato com os
objetos de conhecimento e seus modificadores.

É importante que você, realize registros durante o desenvolvimento das atividades. Para avalia-
ção/recuperação – recupere seus registros, ao final das conversas, realize rodas de conversa sobre os
objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize as informações da coluna “Observar se
o estudante”, do organizador curricular, como referência.

Adapte às aulas para que os estudantes deficientes também possam participar das atividades,
independentemente de suas deficiências, possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do
seu corpo e de suas possibilidades.

Esta habilidade propõe processos articulados, a fim de promover o desenvolvimento da empatia,


do autoconhecimento e da autocrítica, recuperando e analisando as memórias das experiências, em
dança, pessoais e coletivas dos estudantes, vivenciadas na escola e em outros contextos, identifican-
do, escutando, dialogando e refletindo sobre estereótipos e preconceitos relacionados a essas vivên-
cias. A sua mediação é muito importante para ajudar o estudante a conhecer-se, apreciar-se e cuidar
de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas
emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

Para ampliação de seu repertório elencamos, abaixo, alguns conceitos importantes para o desen-
volvimento das atividades.

• Estereótipo: Algo que é clichê, generalização, rótulo, pressuposto etc. 


• Preconceito: ideia, opinião ou sentimento, geralmente hostil e generalizado, formado sem
conhecimento abalizado, ponderação ou razão.
• Bullying: O termo surgiu a partir da palavra em inglês bully, que possui diversos significados na
língua portuguesa, como por exemplo: ameaçar, oprimir, maltratar, intimidar, brigão, valentão etc.
266 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

É uma prática que envolve ações intencionais de ameaça, violência, intimidação, maus tratos,
assédio moral, entre outros, de forma recorrente, contra uma pessoa. 
• Dança tradicional: É aquela que reúne movimentos e elementos que caracterizam um povo,
um país, uma região, uma cultura etc., e pode ser configurada em diferentes gêneros e estilos.
Geralmente, essas danças carregam elementos e influências de diferentes matrizes estéticas e
culturais. No Brasil existem, por exemplo: Coco, Jongo, Samba, Carimbó e Bumba meu boi.
• Dança contemporânea: Este gênero busca uma ruptura total com a dança clássica e utiliza um
conjunto de princípios e procedimentos desenvolvidos a partir das danças moderna e pós-moderna.
Alguns aspectos, que apontam características diferenciadas desse gênero, são: pesquisa de
movimentos que não “parecem” dança, renovação do vocabulário gestual por meio da pesquisa
dos movimentos do cotidiano; cruzamento de fronteiras entre as linguagens artísticas, com a mescla
entre dança, teatro e diferentes tecnologias; presença da figura do criador-intérprete; improvisação
como estratégia de criação; busca por diferentes formas de preparação física utilizadas pelos
dançarinos – ioga, capoeira, eutonia, natação, dança de salão, dança clássica etc. – para conhecer
e desenvolver sua própria dança; dança sem música; diferentes espaços para o acontecimento da
dança. 

ATIVIDADE 1 – SONDAGEM 
Professor, para realizar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma, inserindo as
perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam apresentar suas ideias e
colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras-chave na lousa para pontuar cada
conceito. Realize um fechamento e, em seguida, solicite que copiem, em seus cadernos, as informações
que estão na lousa. Você pode elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e
necessidade.

1. O que entendem por dança tradicional e dança contemporânea?


2. Quais manifestações tradicionais e contemporâneas em dança conhecem?
3. Como uma pessoa deve ser para dançar? Todo mundo pode dançar? Justifique.
4. Podemos dançar em qualquer momento e em qualquer lugar? Justifique.
5. Quais experiências em dança vocês já vivenciaram na escola?
6. Sabem o que é preconceito e bullying?
7. Você já sofreu ou conhece alguém que tenha sofrido algum preconceito por estar dançando, na
escola, numa festa ou outro local?

ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Professor, analise os vídeos, antes de apresentá-los aos estudantes. Durante a apreciação, refor-
ce os conceitos trabalhados na atividade anterior e preste atenção às reações dos estudantes. Após a
apreciação, organize uma roda de conversa e incentive-os a comentarem o que aprenderam e apre-
sente as questões, a seguir. Você pode selecionar outras referências, em seu acervo pessoal ou no da
escola, para ampliar essa apreciação de acordo com sua realidade e necessidade.

1. Quais semelhanças e diferenças perceberam entre as danças que assistiram?


2. Como eram as pessoas que estavam dançando? 
3. Como eram os movimentos utilizados nas danças?
Arte 267

Grupo Corpo – Parabelo. Canal Grupo Corpo Oficial. Disponível em:


http://gg.gg/ni4zg. Acesso em: 10 dez. 2019.

Jogo sem Objetos. Os Dois Companhia de Dança. Disponível em:


http://gg.gg/ni505. Acesso em: 10 dez. 2019.

Danças típicas brasileiras (seleção de vídeos). Disponível em:


http://gg.gg/osmnx. Acesso em: 10 dez. 2019.

ATIVIDADE 3 – AÇÃO EXPRESSIVA I


Antecipadamente, providencie gravações de músicas e sons para realizar uma experimentação
em dança. Divida a turma em quatro grupos, ou de acordo com a sua preferência. Esclareça que
alguns grupos experimentarão movimentos da dança tradicional e outros experimentarão movimentos
da dança contemporânea. Enquanto um grupo se apresenta, os outros ficam de plateia. É importante
ressaltar que, quem assiste deve realizar anotações para usá-las na roda de conversa, ao final de todas
as apresentações. Finalize a atividade retomando os conceitos da conversa inicial e permita que eles
apresentem suas anotações, de forma a verificar o que foi aprendido. 
Arte 269

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MÚSICA:
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______. Uma breve história da música. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1986
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BRASIL. Lei n. 11.769, de 18 de agosto de 2008. Altera a Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes
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União, Poder Legislativo, Brasília, p. 1, 19 de agosto de 2008, seção I.
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Brasília: SEF/MEC, 1998.
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BRITO, Teca Alencar de. Música na educação infantil: propostas para a formação integral da criança.
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270 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)

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BOGÉA, Inês. Contos de balé. São Paulo: Cosac&Naif, 2007.
BOURCIER, Paul. História da Dança no Ocidente. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
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BRUM, Leonel; CALDAS, Paulo; BONITO, Eduardo. Ensaios contemporâneos de videodança
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CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. 12a ed. São Paulo: 2012.
COSTA, Susana França da. Videodança na educação: crianças que operam e editam. Dissertação de Mestrado.
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COSTAS, Ana Maria Rodriguez. Corpo veste cor: um processo de criação coreográfica. 1997. 206 p. Tese (Mestrado
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SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. O ensino de Arte
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organização de Roseli Ventrella e Maria Alice Lima Garcia. São Paulo: FDE, 2006.
______. Coordenadoria de Gestão da Educação Básica. Orientações Curriculares e Didáticas de Arte
para o Ensino Fundamental: Anos Iniciais – 1o ao 5o ano/ Secretaria da Educação, Coordenadoria de
Gestão da Educação Básica; Coordenação geral, Carlos Eduardo Povinha, Roseli Ventrella; textos, Maria Terezinha
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Iphan. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br. Acesso em: 16 set. 2019.
Arte 271

Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

COORDENADORIA PEDAGÓGICA – COPED

Coordenadora
Viviane Pedroso Domingues Cardoso
Diretora do Departamento de Desenvolvimento Curricular e de Gestão Pedagógica – DECEGEP
Valéria Tarantello de Georgel
Diretora do Centro de Anos Finais do Ensino Fundamental – CEFAF
Patrícia Borges Coutinho da Silva
Diretora do Centro de Projetos e Articulação de Iniciativas com Pais e Alunos - CEART
Deisy Christine Bocarattto
Coordenadora Estadual do Currículo Paulista
Maria Adriana Pagan

Equipe Técnica e Logística


Aline Navarro, Cassia Vassi Beluche, Felipe Oliveira Santos, Isabel Gomes Ferreira, Isaque Mitsuo
Kobayashi, Priscila Gomes de Silveira Salvático, Renata Nunes Gomes, Silvana Aparecida de Oliveira
Navia
Arte – EF Anos Iniciais
Carlos Eduardo Povinha - Equipe Curricular de Arte . COPED; Daniela de Souza Martins Grillo - Equi-
pe Curricular de Arte – COPED; Eduardo Martins Kebbe - professor; Elisangela Vicente Prismit -
Equipe Curricular de Arte – COPED; Evania Rodrigues Moraes Escudeiro - PCNP D.E. Caraguatatuba;
Priscila de Souza e Silva Alves Canneori - Equipe Curricular de Arte – COPED.
Ana Maria Minari de Siqueira – PCNP da D. E. são José dos Campos; Débora David Guidolín – PCNP
da D.E. Ribeirão Preto; Eliana Florindo – PCNP da D. E. Suzano; Madalena Ponce Rodrigues – PCNP
da D.E. Botucatu; Marilia Marcondes de Moraes Sarmento e Lima Torres – PCNP da D. E. São
Vicente; Pedro Kazuo Nagasse – PCNP da D. E. Jales; Rodrigo Mendes – PCNP da D.E. Ourinhos;
Édison Yuquechique Itáo – PCNP da D. E. Catanduva; Marly Costa – PCNP da D. E. Itapevi; Silvana de
Fátima Sanflorian – PCNP da D. E. Jaboticabal; Cláudia Neves Rocha – PCNP da D. E. Mogi Mirim;
Jucimara Corazza Cordeiro – PCNP da D. E. Itu.
Secretaria da Educação

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