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Com base na fenomenologia e na hermenêutica, a geografia humanista


vai conceder a região apartir da consciência regional, de espaço vivido,
existindo com um quadro de referência daconsciência das sociedades
(Gomes, 1995, p. 67).Região nos estudos de Gomes (1995) e Lencione
(1999)Para Gomes (1995) três grupos que foram presentes no diversos
debates pretéritos: umprimeiro grupo é delineado pelas noções de região
natural e região geográfica. Outro gruposeria aquele derivado das
repercussões entre uma ciência do geral e uma ciência do singular,
oterceiro e estaria entre critérios gerais e uniformes estruturais do espaço
ou se esses critériosdefinem pelas coordenadas as quais o pesquisador faz
variar de acordo com conveniênciasexplicativas. p. 105Lencione (1999, p.
29) entende a região como um conceito vinculado à idéia de parte de
umtodo Baseando-se na totalidade a qual se refere Lefebvre. Segundo a
autora, outro elementoimportante para se entender a noção de região seria a
compreensão da escala não comorelação aritmética mais como indutora de
conteúdos para análise. p. 105Um importante aspecto a ser lembrado é a
tentativa de solucionar a dicotomia entre oconhecimento da natureza e o
conhecimento dos homens. Os estudos regionais procurasuperar essa
divergência ao combinar, numa síntese, os elementos naturais e humanos, a
partirdaí o objeto essencial de estudo da geografia passou a ser a
região.Perspectiva da Geografia AtivaA geografia ativa partir do
pressuposto que o espaço poderia se organizado pelo homem porguias
institucionais, nessa acepção a região foi discutida pela perspectiva do
desenvolvimentodesigual e se colocou como objeto de intervenção da ação
do homem que, traduzindo se aidéia de espaço como um campo de ação
dos fluxos. A região seria então definida peladinâmica dos fluxos
espaciais.Região nas concepções de Vidal, Marx e Jameson segundo
ThriftThrift (1996): Enfoca a geografia regional analisando o inconsciente
político de três autores:Vidal da La Blache, Karl Marx e Fredric Jameson.
procurando traçar distinções entre ospensamentos desses três autores, ele
elaborou um quadro no qual mostra suas principaiscaracterísticas.La
Blache: Preocupa-se com a necessidade de dedicar-se não apenas a
singularidade da regiãomas também a sua crescente independência. Para la
Blache, a geografia era uma ciência socialbaseada nas ciências naturais. A
concepção de La Blache foi importante pois, a partir dadescrição dos
aspectos físicos da paisagem, chegava-se aos aspectos humanos pela
descriçãoda população e das relações econômicas.Marx: Para Marx o
capital era essencialmente uma influência homogeneizante e
centralizante,mesmo que alguns problemas que dificultam a incorporação
da variedade local sejamlembrados, um deles é a noção de
desenvolvimento desigual, que poderia em bazar umaprática de Geografia
Regional Marxista .

 
Jameson: A paisagem do capitalismo de Jameson baseia-se sobre o
absoluto poder econômicodas corporações multinacionais apoiados por
estruturas de crédito e poder, impondo se umanova ordem espacial cuja
mercadoria passa a se a própria ideologia do capitalismo marcadapelo
desenvolvimento da mídia. A região está, então, se fragmentando,
tornando-sedesorganizada.
TERRITÓRIO
Johnston (Dicionário de Geografia Humana, 1994, p. 620): três conotações
a respeito danoção de território: A primeira é a da soberania territorial e
através da qual um estadoreivindica controle de legitimidade e exclusivo
sobre uma dada à área definida por fronteirasclaras. A segunda refere-se ao
fato de que uma área não está inteiramente incorporada na vidapolítica de
estado, tal como os territórios coloniais. O território refere-se também há
umespaço ocupado e utilizado por diferentes grupos sociais como
conseqüência de sua prática deterritorialidade. p. 111Juridicamente, o
território se refere à base geográfica de um estado, sobre o qual exerce
suasoberania e abranger o conjunto dos fenômenos físicos (rios, mares,
solos) e dos fenômenosda sociedade (cidades, portos, estradas etc). Ao
longo da história identificamos povos semterritório, povos nômades, ou que
não tiveram a sua soberania territorial reconhecida. p. 112
Concepção naturalista de território
Uma concepção muito difundida de território, que tem mobilizado nações
exércitos para suaconquista, é enquanto sua concepção clássica do
imperativo funcional, ele termina por setransformar em um elemento da
natureza, pelo qual se deve lutar para conquistar ou proteger.p. 113
Território a partir de sua apreensão
Essa abordagem, mais voltada para o indivíduo, diz respeito à
territorialidade e sua apreensão.Aí temos o território do indivíduo, seu
espaço de relações, seu horizonte geográfico, seuslimites de e
deslocamento e a apreensão da realidade. p. 113Atualmente, com as
mudanças que ocorrem mundialmente, podemos procurar dos
caminhospara a compreensão do território:1) Refere-se ao estabelecimento
de redes de informação que permitem a disseminação deinformações em
frações de tempo tornando-se significativas por romperem com a barreira
dadistância .2) Aquele do questionamento da volta ao indivíduo e sua
escala do cotidiano, como formas deapreensão das dimensões territoriais e
da capacidade projetar a liberdade como meio desatisfação das
necessidades individuais. Nessa dimensão, o indivíduo pode ganhar em
termosde inventividade e de solidariedade novas, onde a liberdade se
projeta. P. 114-115.O território pode entendido também a partir da noção
de
descontinuidade
, proveniente, emespecial, da geografia francesa, tal como afirma Gay que
"a descontinuidade compreende-sedentro da continuidade das unidades
espaciais das quais cada tipo possui sua forma delimites". Gay (1995, p.
18), define três diferentes momentos na sua análise desse conceito:

 
Fisiostenia ou “vigor da natureza”: A força da natureza não provinha
apenas da ausência de
instrumentos para subjugá-la, mas também do temor de transformá-la.
Fisiotomia ou “Delimitação que se apóia em elementos naturais”: Os
homens começam a
dominar eficazmente a natureza ao impô-la como elemento de demarcação
política.
Tomogenia ou “Origem das delimitações”: Os modos de territorialização,
como criação de
redes de comunicação ou de apropriação do solo, dependem principalmente
de idéias e deprojetos sociais."Para resumir as idéias de Gay, podemos
dizer que a forma e o papel da natureza e estãopresentes como fortes
elementos constitutivos da organização de sua análise, mesmo que
elelembre alguns outros elementos, como a comunicação e apropriação do
solo." p. 117.Roger Brunet: "a descontinuidade e a manifestação primordial
da organização do espaçogeográfico burro e a compreensão da gênese das
descontinuidade, dos organismos geográficosemergirem de seu
dinamismo".Hubert (1993) diz que o caráter dinâmico e endógeno a
organização geográficas e estápresente no fato de a forma e as
descontinuidade dos organismos geográficos emergirem deseu dinamismo,
o autor discute o limite, a escala e a carta como a constatação de
umaantinomia cuja resolução se fará a partir dos estudos de Kant ao dizer
que os fluxoscontribuem para diferenciar a extensão e para reconstituir a
descontinuidade.
CONCLUSÕES DO AUTOR
O conceito de espaço não pode ser enfocado separadamente do tempo nem
somente comoespaço cósmico, mas em diferentes orientações doutrinárias:
sistemas de ações e sistemas deobjetos ou reprodução das relações de
produção.O conceito de região foi elaborado a partir de diferentes
tendências doutrináriaspredominante: do positivismo clássico, do
idealismo, do neopositivismo e do marxismocontemporâneo.O território
retoma com insistência na última década o século XX como elemento
quecondiciona a geração de produção

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