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No panorama da educação contemporânea, a inserção plena do aluno com deficiência emerge como um

desafio multifacetado que transcende os diferentes níveis de ensino, abrangendo desde os primeiros passos
na Educação Infantil até a abordagem avançada do Ensino Superior, seja nas instâncias públicas ou privadas.
No contexto brasileiro, análises estatísticas, pesquisas criteriosas e investigações aprofundadas lançam luz
sobre a dinâmica que permeia a inclusão desses estudantes no âmbito da educação básica, ancoradas de
maneira significativa nas premissas enunciadas pelas Declarações de
No Brasil a educação profissional para jovens com deficiência ganhou forças nas ultimas décadas, porém
ainda é algo muito recente comparado ao restante do mundo.
Como citado pelos autores Loni Elisete Manica; Geraldo Caliman. Ao tratar da escola profissional inclusiva,
trazemos à tona o registro das primeiras escolas profissionais do Brasil, destinadas às pessoas com
deficiência. Em 1931, se deu o início da educação profissional para essas pessoas. Foi quando surgiram
escolas para esse fim. Não eram escolas consideradas inclusivas, mas eram fundamentais para aquele
aluno que não tinha a trajetória escolar necessária para ingressar na escola regular e enfrentar os desafios do
mundo escolar. (2009, p. 119). Loni Elisete Manica; Geraldo Caliman ( A educação profissional para pessoas
com deficiência, pag 55)
Nos tempos de hoje, no entanto, a escola profissional é preconizada como uma escola inclusiva, que se
prepara para atender a uma indústria inclusiva, fato que pode ser considerado como utopia. Podemos
descrever vários conceitos que nos levariam a reconhecer a escola inclusiva, mas um conceito geral, que
reúne todos os elementos de uma definição, pode ser revelado “como uma escola que está preparada para
atuar na diversidade, receber qualquer aluno, seja ele uma pessoa com ou sem deficiência”. Como diz
Matarazzo, “é importante lembrar que, quando falamos em melhorias e em ‘escola inclusiva’, estamos
falando de um espaço melhor para todos” (2009, p. 119).
Loni Elisete Manica; Geraldo Caliman ( A educação profissional para pessoas com deficiência, pag 55)
com satisfação o envolvimento crescente dos governos, dos grupos de pressão, dos grupos comunitários e de
pais, e, em particular, das organizações de pessoas com deficiência, na procura da promoção do acesso à
educação para a maioria dos que apresentam necessidades especiais e que ainda não foram por ela
abrangidos; e reconhecendo como prova deste envolvimento, a participação ativa dos representantes de alto
nível de numerosos governos, de agências especializadas e de organizações intergovernamentais nesta
Conferência Mundial. Salamanca (ONU, 1994)
De acordo com Carvalho (2005), a proposta de uma educação para todos que esteja comprometida com a
ruptura de todos os preconceitos, tem que debater não apenas o espaço escolar, uma vez que o fenômeno que
se encontra em situação de discriminação na escola não é particular desse contexto, mas inclui a sociedade
como um todo. Deste modo, a compreensão desse fenômeno implica na consideração dos mecanismos que
dificultam sua aceitação, dentre os quais se podem destacar as políticas públicas.
De acordo com Sassaki (1997), a prática desta inclusão social, educacional, repousa em princípios até então
considerados incomuns, tais como: a aceitação das diferenças individuais, a valorização de cada pessoa, a
convivência com diferentes grupos sociais e a aprendizagem através da cooperação. A inclusão social,
portanto, é um processo que contribui para a construção de um novo tipo de sociedade por meio de
transformações, pequenas e grandes, nos ambientes físico (espaços internos e externos, equipamentos,
aparelhos e utensílios, mobiliário e meios de transporte), nos procedimentos técnicos e principalmente na
mentalidade de todas as pessoas, como também das pessoas com necessidades especiais. Inclusão e exclusão
são facetas de uma mesma realidade: discutir mecanismos para viabilizar a inclusão social, econômica,
digital, cultural ou escolar significa admitir a lógica intrinsecamente excludente presente nos atuais modos de
organização e produção social que se quer modificar (MATISKEI, 2004).

https://www.scielo.br/j/er/a/bDksCCqdMwGqX9KtfTpBycb/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/rbee/a/KkfLLrZ4kTjdTyMhbY3gzfk/?lang=pt&format=pdf
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000139394
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000232079
https://www.gov.br/saude/pt-br
https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/necessidades_educacionais_especiais_-
_um_novo_olhar_no_contexto_escolar_1_1.pdf

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