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RESUMO

ABSTRACT

1.0 INTRODUÇÃO

1.1 TEORIA
Ao longo dos anos, no cerne de uma sociedade justa e igualitária está a inclusão
educacional. A inclusão de crianças no ambiente escolar não se trata apenas de
acesso físico às salas de aulas, mas de construir um ambiente onde cada criança
seja valorizada, respeitada e capacidade para alcançar seu pleno potencial,
independentemente de suas diferenças individuais.
Na Idade Média as crianças deficientes eram abandonadas ao relento. Tal
atitude era respaldada pelos ideais morais da época, em que se valorizava
demasiadamente a eugenia e a perfeição do indivíduo. Assim sendo a deficiência
era vista como algo ”divino” ou “demoníaco” possuindo um modo de tratamento
especifico (CAVALCANTE, 2005).
No final do século XV, a deficiência passou a ser considerada como atributo dos
indivíduos não produtivos economicamente, e também como sendo um problema
médico. Com o passar dos séculos, as concepções a respeito da deficiência foram
se ampliando, até que no século XX houve uma multiplicação das visões a respeito
do deficiente, com a prevalência de vários modelos explicativos: o metafísico, o
médico, o educacional, o da determinação social e, mais recentemente, o sócio-
histórico. Apesar disso, muitos conceitos que permeiam a deficiência mental, ainda
precisam ser elucidados, pois, ainda hoje, a deficiência é vista como uma condição
desvalorizada socialmente.
A radicalização do movimento de inclusão se deu na década de 90 com a idéia
central de que, além de intervir diretamente sobre essas pessoas, também era
necessário reestruturar a sociedade para possibilitar a convivência com os

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diferentes. A Declaração de Salamanca se tornou o grande marco da inclusão. No
âmbito da educação, passou-se a defender um único sistema educacional de
qualidade para todos os alunos, com ou sem deficiência (PALHARES e MARINS,
2002).
Foram criadas legislações, portarias, decretos, resoluções e pareceres, que
foram e são fundamentais na análise dos caminhos que a inclusão tem tomado e
quais serão os próximos passos, a fim de colocar em prática a educação inclusiva
em seus inúmeros âmbitos, sendo a educação parte de todos os principais, com
objetivo de tornar a escola um lugar para todos. A Constituição Federal de 1988,
em seu Art. 208, garante aos alunos com necessidades especiais o direito a criação
de programas de prevenção e atendimento especializado, e assistência às famílias
responsáveis. A Lei nº 9.394/96 (LDB), em seu capítulo V, trata diretamente da
Educação Especial e, especificamente no que se refere ao Art. 58, traz a seguinte
definição: “Entende-se por Educação Especial, para os efeitos desta lei, a
modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de
ensino, para educandos portadores de necessidades especiais” (Brasil, 1996).
Prosseguindo, em seu Art. 59, reforça que para um atendimento de qualidade deve
haver a capacitação do corpo docente para que, seja qual for à modalidade e a sua
necessidade, os alunos possam receber a orientação e ensino adequado.
Numa sociedade que aspira à equidade, a inclusão educacional desempenha um
papel fundamental. Ao proporcionar um ambiente de aprendizagem onde todas as
crianças tenham a oportunidade de se desenvolverem plenamente, independente de
quaisquer barreiras físicas, cognitivas, emocionais ou sociais. Ao abraçar a
diversidade, a inclusão educacional não promove apenas o alcance, mas também
fomenta a colaboração entre alunos, educandos o que foi observado na realização
do trabalho com os alunos da 3 série da Escola Jairo Grossi. Uma abordagem que
confirma que cada criança é única em sua forma de aprender, interagir e contribuir
para o ambiente educacional.
A relevância da inclusão na educação vai além do âmbito escolar, influenciado
diretamente a configuração de uma sociedade mais inclusiva. Ao capacitar cada
criança, independentemente de suas necessidades ou habilidades especificas, a
inclusão não apenas fortalece a autoestima individual, mas também estabelece as
bases para um futuro onde a diversidade é celebrada e respeitada.

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É possível enxergar que apesar das grandes conquistas quanto aos direitos
desse público alvo, diversas são as falhas e arestas encontradas na prática da
inclusão de alunos com necessidades especiais e ao atendimento dos mesmos e,
para a mudança desse quadro, a ação docente, a atitude da escola perante os
alunos matriculados e seus familiares, fundamental para alcançar os objetivos
propostos. Inclusão e Educação infantil para Vanderson de Sousa Silva e Rosilene
Almeida (2021, p. 3), o processo de inclusão envolve muitas demandas uma vez
que cada aluno deve ser atendido de acordo com suas particularidades e
necessidades. Portanto, a inclusão educacional não é apenas uma questão
pedagógica, mas uma evolução de transformações sociais que moldam as bases de
uma sociedade mais acolhedora, justa e igualitária.
Um investimento correto nos processos iniciais de educação será sempre uma
resposta ao direito constitucional que ajuda as crianças a terem acesso a uma
educação de qualidade intencionalmente organizada. Esse investimento deve focar
parte de seus esforços, na formação de educadores da primeira infância, como
recurso fundamental para o desenvolvimento do país, pois são eles que canalizam e
desenvolvem as enormes possibilidades que as crianças têm na idade pré escolar
para a conformação de redes neural-cerebrais, redes que são determinantes para a
obtenção de aprendizagens significativas, o desenvolvimento da criatividade, a
formação de valores democráticos e a responsabilidade social (Vieira, 2017).
De acordo com dados da ONU (1994), citado em SassakI (1997) a educação
inclusiva traz benefícios tanto para os alunos com deficiência como para os sem
deficiência.
Para os alunos com deficiência foram apontados os seguintes benefícios:
Desenvolvem a apreciação pela diversidade individual; Adquirem experiência direta
com a variação natural das capacidades humanas; Demonstram crescente
responsabilidade e melhorada aprendizagem através do ensino entre os alunos;
Estão melhor preparados para a vida adulta em uma sociedade diversificada através
da educação em salas de aula diversificadas; Frequentemente experimentam apoio
acadêmico adicional da parte do pessoal de educação especial; Podem participar
como aprendizes sob condições instrucionais diversificadas (aprendizado
cooperativo, uso de tecnologia baseada em centros de aprendizagem etc.)
(SASSAKI, 1997,p.124).
E para os alunos sem deficiência apontou-se os seguintes benefícios:

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Têm acesso a uma gama bem mais ampla de modelos de papel social, atividades
de aprendizagem e redes sociais; Desenvolvem em escala crescente, o conforto, a
confiança e a compreensão da diversidade individual deles e de outras pessoas;
Demonstram crescente responsabilidade e crescente aprendizagem através do
ensino entre alunos; Estão melhor preparados para a vida adulta em uma sociedade
diversificada através da educação em salas de aula diversificadas; Beneficiam-se da
aprendizagem sob condições instrucionais diversificadas (SASSAKI, 1997, p.125).
Dessa forma, as diferenças individuais entre os alunos não são apenas
reconhecidas e aceitas, como constituem a base para a construção de uma
educação de qualidade para todos.
A inclusão é um assunto de grande relevância e perpassa por diversos fatores
como: dilemas éticos, judicialização, independência, aprendizado, conflitos, valores,
ou seja, fatores que tornam a discussão e aplicação na prática bastante complexa,
cheia de desafios e obstáculos. Desse modo, através do reconhecimento da
importância da inclusão para o meio escolar, visando o bem-estar e o
desenvolvimento desses alunos que ocupam por direito o ambiente escolar, houve
mudança de paradigma que visa não apenas ao sucesso acadêmico, mas também
ao desenvolvimento integral e a promoção da inclusão contribuindo para a formação
de cidadãos mais empáticos, colaborativos e capazes de compreender e respeitar
as diferenças.
Segundo Mantoan (2003), “é cercado de incertezas e inseguranças, da mesma
forma que também desperta a liberdade e ousadia para novas alternativas e novas
formas de interpretação e conhecimento que sustente e norteie o profissional na
busca pela mudança” (p. 29).

1.2 OBJETIVOS

1.3 PROBLEMAS

1.4 JUSTIFICATIVA
A Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente
garantem o direito de uma educação de qualidade, na qual é propiciado o
desenvolvimento humano em sua plenitude respeitando e valorizando as diferenças.

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Tendo em vista esse contexto, diante de cenários de exclusão vivenciados por
inúmeros indivíduos diariamente, é de suma importância implementar métodos para
aumentar de maneira exponencial a inclusão, principalmente no âmbito escolar, a
fim de maximizar a socialização, o desenvolvimento emocional e o cognitivo de
crianças e jovens.

Dessa forma, a justificativa para esse projeto reside na necessidade da


construção de uma base educacional que promova a igualdade, contribuindo para
um corpo social mais inclusivo e solidário, ou seja, para uma sociedade na qual as
crianças possam valorizar o respeito e a equidade. Ademais, é de extrema
importância a medicina além dos muros da faculdade, visto que desde a formação
acadêmica o médico atua como um grande colaborador e educador social,
auxiliando em problemáticas sociais, como a inclusão.

2.0 DESENVOLVIMENTO

3.0 CONCLUSÃO
No presente relato, além do objetivo proposto sobre o tema inclusão, foram
desenvolvidos conteúdos com ênfase em alterações comportamentais, físicas e
cognitivas, assim como interações entre acadêmicos do curso de medicina e alunos
do ensino fundamental. A partir dos resultados obtidos, evidencia - se necessidade
de novas abordagens acerca do tema nas demais escolas do município de
Caratinga, visto que a questão proposta é essencial na composição de uma
sociedade diversa e igualitária.

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REFERÊNCIAS

1. SILVA, N. C.; CARVALHO, B. G. E. Compreendendo o Processo de Inclusão


Escolar no Brasil na Perspectiva dos Professores: uma Revisão Integrativa.
Revista Brasileira de Educação Especial, v. 23, n. 2, p. 293–308, jun.
2017. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1413-65382317000200010>.
Acesso em: 16 nov. 2023.

2. CAVALCANTE, Meire. Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças.


Nova escola. São Paulo: ed. 182, p.24-26, maio, 2005.

3. PALHARES, M. S. e MARINS, S. C. Escola inclusiva. São Carlos: EdUFS,


2002.

4. Referências BRASIL. Lei nº 9.394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação


Nacional. Brasília, 1996. ______. Ministério da Educação e do Desporto.
Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília: MEC, 1998.
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/22/30. Acesso em 21 nov.2023.

5. V. de S.; ALMEIDA, R. C. de. A importância e os desafios do método ABA


para a inclusão de crianças autistas na rede regular de ensino.
6. SILVA, V. de S.; OLIVEIRA, M. C. M. de. A importância da família e da
tecnologia na Educação Especial. Revista Educação Pública, v. 21, nº 26, 13
de julho de 2021. Disponível em:
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/26/a-importancia-da-familia-
e-da-tecnologia-na-educacao-especial. Acesso em: nov. 2023.
7. SASSAKI, R. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Editora WVA:
RJ, 199
8. MANTOAN, Maria Tereza Egler. Entrevista. Nova Escola. Fundação Victor
Civita. Mai/2005, p.24-26.
9. Smith, J., & Johnson, A. (2020). "Inclusão Educacional: Estratégias e Práticas
para Ambientes Escolares Diversificados." Editora Acadêmica.

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