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INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL
CONCEITOS BÁSICOS DE INSTRUMENTAÇÃO PARA
CONTROLE DE PROCESSOS
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Fluido aquecido
Vapor
Fluido a ser aquecido
Condensado
agente de controle:
vapor Condensado
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SISTEMA DE MALHA FECHADA
No processo típico de troca de calor em análise, bem como nos demais casos de controle
de processos, a função fundamental do sistema de controle em malha fechada, ou
sistema de controle com realimentação, é manipular a relação entrada/saída de energia
ou material, de maneira que a variável controlada do processo seja mantida dentro dos
limites estabelecidos, ou seja, o sistema de controle em malha fechada regula a variável
controlada (temperatura do fluido aquecido na saída do trocador), fazendo correções em
outra variável do processo (vazão do vapor adicionada ao trocador), que é chamada de
variável manipulada.
O controle em malha fechada pode ser realizado por um operador humano (controle
manual) ou mediante a utilização de instrumentação (controle automático).
Conforme mostrado na figura a seguir, num processo utilizando controle manual, o
operador terá como função medir a temperatura do fluido aquecido (variável controlada) e
corrigir a vazão do vapor adicionado ao trocador (variável manipulada), de forma a manter
a temperatura da variável controlada no valor desejado (ponto de ajuste ou set point). Em
outras palavras, o operador irá medir a temperatura do fluido aquecido através do tato, e
este sinal será comparado mentalmente com a temperatura desejada (ponto de ajuste ou
set point), que está armazenada em seu cérebro. Com base na diferença entre esses dois
valores (erro ou offset), o operador fará a computação (definirá como e quando irá atuar) e,
em seguida, atuará na válvula de admissão de vapor, fazendo a correção.
Fluido aquecido
Vapor
Operador Condensado
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Caso o processo típico de troca de calor seja controlado utilizando-se controle
automático, as ações executadas pelo sistema de controle automático serão as mesmas
que as executadas pelo operador quando fazendo controle manual (medir, comparar,
computar e corrigir).
Na figura a seguir, a medição é feita pelo transmissor de temperatura (TT); a comparação
do valor medido pelo transmissor (TT) com o ponto de ajuste dado pelo operador (set
point) para obtenção do valor do erro (valor do erro = valor do ponto de ajuste – valor
medido da variável controlada) e a computação (que irá considerar os ajustes e tipos de
ações de controle utilizadas) são executadas pelo controlador de temperatura (TRC),
enquanto a correção será efetivada pela válvula de controle (TV), com base no sinal
recebido do TRC.
Ponto de TRC TT
Ajuste
I P
TY
Fluido aquecido
Vapor
Condensado
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Indicador Integrador Controlador
Conversor
Detector Válvula
Dentro das instalações industriais, existe uma variedade muito grande de instrumentos e
elementos que são utilizados na medição, controle e correção dos processos produtivos.
Para compreender a função que cada um deles executa no sistema de controle, os
instrumentos e elementos são classificados e agrupados em categorias específicas, sendo
elas: indicadores, instrumentos cegos, registradores, elementos primários (sensores),
transdutores, transmissores, controladores, conversores e elementos finais de controle.
Veja, a seguir, como poderão ser definidos esses instrumentos.
a) Indicador: instrumento que dispõe de um ponteiro e de uma escala graduada que nos
permitem ler o valor da variável. Existem também indicadores digitais que indicam a
variável em forma numérica com dígitos ou barras gráficas.
Analógicos – Os instrumentos analógicos usualmente dispõem de um ponteiro e de uma
escala graduada que nos permitem ler o valor da variável, como nos exemplos a seguir:
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Nível Temperatura Pressão Vazão
Digitais – Instrumentos digitais que indicam a variável em forma numérica com dígitos ou
barras gráficas, como nos exemplos a seguir:
b) Instrumentos cegos
São instrumentos que não têm indicação visível do valor da variável medida. Os
instrumentos de alarme, tais como pressostatos e termostatos (chaves de pressão e
temperatura), que só possuem uma escala exterior com um índice de seleção para ajuste
do ponto de atuação, são instrumentos cegos. Os transmissores de vazão, pressão, nível e
temperatura sem indicação local também são instrumentos cegos.
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Figura 8 - Instrumentos cegos
Fonte: Mérito Comercial (2022)
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Figura 10 - Registrador digital
Fonte: Directindustry (2022)
São equipados, normalmente, com visor (display) de cristal líquido, que permite uma
alta resolução sobre vários ângulos de visualização, sendo possíveis várias formas de
apresentação dos dados, tais como registros de tendências, visualização de gráfico
de barras, visualização numérica dos dados e geração de telas de vista geral, todas as
características próprias de sistemas digitais.
Figura 11 - Termopar
Fonte: SENAI/DN (2021)
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Outro exemplo de elemento primário é a placa de orifício, que está representada na figura
que segue. A placa de orifício é apenas um disco metálico com um furo.
Figura 13 - Transdutor
Fonte: Do Autor (2022)
Em certos casos, na instrumentação industrial, é muito comum o uso dos termos sensor e
transdutor como tendo o mesmo significado.
Muitas vezes, os transdutores e os sensores são tratados como se tivessem a mesma
função, mas, na verdade, eles têm papéis diferentes. O sensor detecta uma variável física
e o transdutor converte essa informação (sentida pelo sensor) em um sinal mensurável
(normalizado).
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Em resumo, o transdutor é o dispositivo completo, englobando o sensor e o circuito
condicionador (amplificador, filtro, linearizador etc.).
g) Conversor: instrumento utilizado para receber um tipo de sinal e convertê-lo em outro.
É um tipo de transdutor que trabalha apenas com sinais de entrada e saída padronizados.
A maior aplicação desses conversores está associada ao acionamento de válvulas de
controle, seja na entrada de posicionadores pneumáticos ou diretamente nos atuadores
das válvulas.
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Figura 15 - Conversor
Fonte: SMAR (2022)
Figura 16 - Controlador
Fonte: SENAI/DN (2021)
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Atuador
Castelo
Corpo
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REFERÊNCIAS
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