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MÓDULO 1
INTRODUÇÃO
AO NOVO
TESTAMENTO
PROF: JHONATAN J.P. FAGUNDES
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO 4
2. COMO SURGIU O NOVO TESTAMENTO 8
3. CLASSIFICAÇÃO DO CONTEÚDO DO NOVO TESTAMENTO 10
4. O CÂNON DO NOVO TESTAMENTO 12
5. OS LIVROS APÓCRIFOS DO NOVO TESTAMENTO 15
6. MANUSCRITOS DO NOVO TESTAMENTO 16
7. AS DIVISÕES DO NOVO TESTAMENTO 19
OS CONTEXTOS DO NOVO TESTAMENTO
8. SITUAÇÃO HISTÓRICA E GEOGRAFICA 23
9. SITUAÇÃO POLITICA 26
10. SITUAÇÃO SOCIAL, ECONÔMICA, CULTURAL 31
11. SITUAÇÃO RELIGIOSA 33
12. SITUAÇÃO RELIGIOSA – O JUDAISMO 35
Como o Velho Testamento (VT), o Novo Testamento (NT) não é apenas um livro, mas
uma antologia de livros que abrange de uma só folha de pergaminho à um rolo inteiro de
pergaminho. O Novo Testamento tem menos de 1/3 do comprimento do Velho Testamento.
Os livros do Novo Testamento eventualmente foram colocados em uma ordem padronizada
(mais lógica que cronológica). Dos nove autores do Novo Testamento, somente Lucas era
totalmente gentio.
2. Tipos de Testamento
Velho Novo
Antecipação Consumação
Sombra Realidade
Repetição de Sacrifício Sacrifício uma vez
Monte Sinai Monte Calvário
Início: Páscoa Início: Ceia do Senhor
Lei Externa: MATA Lei Interna: VIVIFICA
Fracasso Garantido Sucesso Garantido
fig.1 fig.2
Jr 31:33: Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o
Senhor: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei
o seu Deus, e eles serão o meu povo.
B. “Reconciliação”: Jr 31:31
Jr 31:31: “Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e
com a casa de Judá”.
Ez 36:26,27: “Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o
coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que
andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.
Hb 10:20: “ pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne”.
Jr 31:33: Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o
Senhor: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei
o seu Deus, e eles serão o meu povo.
A. Aliança Eterna:
B. Aliança Edênica:
C. Aliança Adâmica:
D. Aliança Noáica:
E. Aliança Abraâmica:
F. Aliança Mosáica:
G. Aliança Palestínica:
H. Aliança Davídica:
I. Nova Aliança:
Influências:
A. Preparação religiosa dos judeus - que influenciou a vinda de Cristo. Desde Abraão,
profetas e reis, escrevendo sobre sua vinda.
B. Monoteísmo judaico - também influenciou muito para a vinda de Cristo. (Mono = Um;
Theo = Deus; Ismo = doutrina)
C. A tradução do Velho Testamento - para o grego koinê, língua da época.
D. Israel influenciou muito ao NT - porque tinha as Escrituras, bases do NT. – porque tinha as
Escrituras, bases do Novo Testamento.
E. A Grécia, com a sua cultura – também influenciou muito, tanto que o Novo Testamento
não foi escrito em hebraico, mas em grego.
F. A unificação política da época – quando Roma dominava, também foi uma força para o
advento de Cristo.
G. O Governo de César – abriu estradas abundantes e outros meios de comunicação,
canalizando as riquezas para Roma. Com isso auxiliou para que o Cristianismo fosse
pregado mais intensamente.
H. A imoralidade no governo dos Césares – fez com que o povo livre se entregasse ao pecado
e vaidade, fazendo assim desaparecer os valores humanos. E, por isto, o Evangelho se
acentuou mais entre os povos que sofriam horrivelmente a escravidão.
I. Unidade e Variedade - Duas verdades importantes para melhor compreender o processo
de produção do NT:
a. Unidade: o Espírito Santo inspirou e orientou os autores na produção das obras que
conservaram a revelação cristã. Esta é a única explicação satisfatória da unidade da
unidade do Novo Testamento.
b. Variedade: deve-se a situação humana:
O ponto de vista do autor;
A cultura literária do autor. Paulo, um sábio mestre, enquanto Pedro, um humilde
pescador inculto;
Os destinatários, de acordo com as necessidades das suas almas, tinham que
receber a carta.
i. Quando Lucas escreveu seu evangelho não usou apenas a tradição oral; usou
documentos, incluindo a “Logia de Jesus” e o Evangelho de Marcos
1. Conteúdo:
b. Relação com o Velho Testamento: O teólogo Davidson diz: “Talvez vez não haja uma só
verdade no NT que não se ache o germe no VT, e, reciprocamente, não haja nenhuma
verdade no VT que no NT não se adquiri e desenvolva uma nova significação”.
c. Herança do Judaísmo: Dentro da literatura cristã, há três princípios na forma mais simples
do judaísmo passados para o cristianismo: Há um só Deus; Deus é Deus de Justiça; A
vontade de Deus prevalecerá até o fim.
2. Autores:
A. Apóstolos – Do grupo dos apóstolos, apenas Mateus, Pedro e João escreveram livros.
C. Posteriores – Eles não tiveram contato direto com Jesus, antes de sua morte, mas eram
pessoas bem conhecidas dos apóstolos e discípulos da época. Destes, somente Lucas não
era judeu (provavelmente era grego, pois em sua carta praticamente não há erros de
concordância, seu grego era muito bom). Paulo era um doutor na lei.
D. Desconhecido – Por ora não discutiremos o assunto, mas apenas informa-lo. A carta aos
Hebreus não se tem nenhuma evidência externa de seu autor, por isso, a consideramos
como autor desconhecido.
C. O grego koinê foi escrito por helenistas, isto é, por judeus que falavam grego, mas o seu
modo de pensar era formado segundo o original hebraico, e a sua mente estava feita à
linguagem da versão dos setenta das Escrituras judaicas.
D. Daqui deriva uma regra bem instrutiva de interpretação. O VT grego é, na verdade, uma
fonte especial de interpretação para o NT, e por isso devemos dali colher tanto quanto
possível a significação dos seus termos.
F. Eis a razão de ali se encontrarem palavras e frases vindas de fontes estranhas, isto é, do
aramaico, do latim, do persa e do egípcio.
Expressões aramaicas – Mc 14:36; At 1:19 (campo de sangue); Mc 3:17 (filhos do
trovão).
Palavras latinas - Mt 18:28 (denários); 26:53 (legião); 27:27 (pretório); Mc 15:39
(centurião).
Expressões pérsicas – Lc 23:43 (paraíso).
Ao final do primeiro século, apenas os escritos de Paulo formavam uma coleção, mas
não havia na época uma estrutura que tivesse autoridade de defini-los como “Escritura”. No
contexto da história do cânone do Novo Testamento, o alexandrino Orígenes possui
importância vital. Orígenes observou cuidadosamente o costume das várias igrejas por onde
passou quanto aos escritos que aceitavam e emitiu julgamentos a respeito da autoridade
canônica desses escritos. Orígenes dividiu esses escritos em três categorias:
1. Definição
A. Originalmente a palavra significava “vara de medir”, “prumo” e, por conseguinte “regra”
ou “padrão” ou “norma”. Com o tempo passou a ter o sentido meramente formal de
“lista” ou “tabela”.
B. No NT é encontrado em Gl 6:16 no sentido de regra moral ou lei moral, e em II Co 10:13,15
e 16 no sentido de esfera de ação demarcada por Deus.
C. No hebraico significa primeiramente vara ou régua, especialmente usada para manter algo
em linha reta, à semelhança da linha dos pedreiros e carpinteiros.
D. Por volta do séc. IV d.C. passou a designar a lista dos escritos inspirados pelo Espírito
Santo de autoridade normativa, e considerada como a regra para nossa fé e vida.
E. É o registro e a interpretação da revelação que Deus fez de si mesmo por meio de Jesus
Cristo.
F. Deus guiou providencialmente a Igreja primitiva em sua avaliação de vários livros pelo que
aqueles que realmente foram inspirados tornaram-se aceitos.
G. Quando falamos sobre o Cânon das Escrituras, e neste caso o NT referindo-nos ao corpo
de escritos havidos por únicos possuídos de autoridade divina normativa para a fé cristã,
em contraste com escritos que não o são.
Durante o tempo dos apóstolos, algumas das epistolas de Paulo e um ou mais evangelhos
já eram aceitos como Escritura.
Já no começo do século II d.C., de modo geral, ainda não universal, treze epistolas de Paulo
eram recebidas como escrituras, como também os 4 Evangelhos, as epistolas de I João e II
Pedro, e também o livro de Apocalipse totalizando vinte livros ou mais.
2. Quais são?
De Gamaliel
De André
Da Verdade – gnóstico
1. Como Surgiram?
A. Os escritores do NT foram escrevendo os fatos de acordo com a sua experiência.
B. Todas as cartas enviadas às Igrejas eram guardadas e daí foram juntando essa
literatura que mais tarde passadas para os papiros, deram origem aos manuscritos do
NT.
C. Todas as igrejas podiam ter esses manuscritos e daí surgiram os copistas.
B. Cursivos:
a. Escritos com letras minúsculas, geralmente ligadas como se escreve hoje. São
manuscritos produzidos no período próximo à época da Imprensa. Mais de 2.300
são conhecidos.
b. Em geral os cursivos são cópias de outros minúsculos, mas alguns também cópias
dos unciais.
c. Todos os cursivos foram escritos em pergaminhos, embora os unciais fossem
melhores, alguns cursivos sobrepujam, com o modo cursivo de escrever houve a
possibilidade de se publicar o Novo Testamento inteiro em um só manuscrito.
Obs: Edição revista e corrigida = quantidade de textos. (3000 textos, 1000 anos depois de
Cristo). Edição revista e Atualizada – linguagem hoje, ponto forte.
5. Versões
Versão é a tradução do NT grego ou parte dele em outra língua. Surgira uma porção
muito grande de traduções em línguas diferentes (versões antigas) de grande valor para os
estudiosos. Com o progresso missionário, outros povos foram atingidos e houve a necessidade
de traduzir o NT, escrito no grego Koinê para a Língua desses povos. Os idiomas são: Siríaco;
armênico; pérsico; eslavônico; copta; etiópico; geórgico; árabe; britânico; latim; gótico.
MATEUS
HISTÓRICOS EVANGELHOS SINÓPTICOS MARCOS
LUCAS
SUPLEMENTAR JOÃO
A. Históricos:
Os cinco primeiros livros do Novo Testamento têm caráter histórico.
Os 4 primeiros esboçam, de diferentes pontos de vista, a vida e obra de Jesus
(Evangelhos).
O livro de Atos continua a história dos seguidores de Jesus, especialmente à
carreira do missionário Paulo.
b. Histórico: Atos
No Novo Testamento nós temos apenas um livro histórico que é “Atos dos
Apóstolos”.
Ele é histórico-eclesiástico, contando o progresso do Cristianismo desde a
ressurreição de Cristo até a prisão de Paulo em Roma.
Esta obra se formou devido ao progresso da obra missionária e da oposição do
paganismo.
Esta obra é o espírito encarnado no coração dos discípulos de Jesus.
B. Epístola:
Romanos, I e II Corintios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I e II
tessalonicenses, I e II Timóteo, Tito, Filemon, Tiago, I e II Pedro, I, II e III João e
Judas.
Antes do princípio do cristianismo as escolas retóricas na Grécia e em Roma
tinham desenvolvido amplamente o hábito de apresentar as suas idéias na forma
de epístolas.
Este estilo gradualmente se tornou popular e parecia mais como discurso e os
destinatários como auditório.
Os apóstolos acharam na epístola uma forma especialmente adaptada para
transmitir aos destinatários não somente as suas instruções, como também o seu
espírito de carinho e solicitude.
Nas epístolas do Novo Testamento, Paulo e outros apóstolos respondiam às
perguntas de suas igrejas, resolviam problemas, reprovavam os pecados e
corrigiam os erros (At 15:30,31).
b. Doutrinais:
A maior parte dos livros doutrinais foi escrita na forma de cartas às igrejas, com o
propósito de instruir nos princípios fundamentais da fé e da prática da moral
cristã.
Eram todos de caráter informal ao tratar das emergências concorrentes nos
grupos a que eram dirigidas.
Incluem-se nesta classificação: Rm, I e II Co, Gl, EF, Fp, Cl, I e II Ts, Hb, Tg, I e II Pe,
I, Jo, Jd
c. Pessoais:
Estes foram escritos com cartas pessoais a particulares, não a grupos, com a
intenção de serem usadas como conselho e instrução privados.
Mas, por causa de seus receptores estarem ligados à chefia das igrejas, estes
livros adquiriram um significado mais amplo do que o de epístolas privadas e
passavam a ser considerados documentos públicos, embora originalmente não o
C. Profético - Apocalíptica:
Sem dúvida alguma o livro de Apocalipse enquadra-se nesta classificação. Ele trata
tanto do passado, como do presente, quanto do futuro;
Utilizando-se em seu estilo, de alto simbolismo. E que envolve visões e revelações
sobrenaturais.
Na sua forma de expressar é de origem hebraica. Exemplos de literatura
apocalíptica são encontradas nas profecias de Joel, Ezequiel e Daniel.
Para o escritor apocalíptico a coisa mais importante é reconhecer a lei da justiça
divina e dar ênfase especial à operação divina, na história a pouca importância a
exortação moral.
A literatura Apocalíptica revela sobre as coisas do fim e triunfo final de Cristo e
seus discípulos.
A igreja se tornou como uma esponja, que absorve tudo. Isto devido ao seu contexto.
O Contexto no qual foi vivido e escrito o NT aborda 6 áreas distintas: a Situação Histórica e
Geográfica; a Situação Política; a Situação Social; a Situação Econômica; a Situação Cultural e a
Situação Religiosa.
Cronologia
Data Acontecimento/Fato Ref.
Tempos do Exílio – 606-536 a.C.
586 Queda de Jerusalém Dn 5:29-31
536 Libertação do cativeiro – 70 anos após a deportação – sob a
liderança de Zorobabel e Josué, o Sumo sacerdote. Ed 1:1ss
Ordem de Ciro da Pérsia para reconstrução do templo
516 Conclusão do templo – 70 anos após a destruição Ed 6:3ss
465 Volta de Esdras, encorajado por Artaxerxes rei da Pérsia Ed 7:1
457 Volta de Esdras para estabelecer o culto Ed 7:1ss
444 Volta de Neemias – reconstrução dos muros de Jerusalém em 52
Ne 1:1-6.15
dias.
430 Segunda volta de Neemias – reforma final Ed 6:3ss
400 anos de silêncio
333 Queda do Império Persa – domínio de Alexandre, o Grande –
início da “helenização” do oriente.
323 Queda do Império Grego – domínio do Egito
204 Queda do Império Egípcio – domínio da Síria
168 Destruição parcial do Templo
165 Revolta dos Macabeus – reforma e restauração do Templo
63 Tomada de Jerusalém por Roma
B. O cenário dos quatro Evangelhos é a Palestina, o que faz parte da região que hoje
denominamos o Oriente Médio.
C. O povo a quem Jesus ministrava eram os israelitas. Este povo durante mais que 500 anos
foi subjugado por varias outras nações: entre ela, a babilônia, a Persa e Media, a Grécia, e
agora, a Roma.
D. Por pouco tempo, isto é, mais ou menos 75 anos, os judeus (termo genérico nesta época
para todo israelita) desfrutaram a sua liberdade e autonomia.
A. Na época de Jesus Jerusalém deveria ter entre 100 e 200 mil habitantes.
C. Agora imagine isto. Não havia coleta de lixo. População multiplicava-se. Some se a isto
os animais: cordeiros para os sacrifícios. Pessoas vendendo animais, Cheiro do sangue
dos animais sacrificados. Além do cheiro e fumaça do Fogo usado para queimar as
entranhas dos animais queimadas no altar.
1. Império Romano:
A. No tempo em que o NT foi escrito, todo o mundo civilizado conhecido estava debaixo
do domínio e Roma. Exceto o pouco conhecido oriente (Índia). O Império Romano
dominava desde o Rio Eufrates e Mar Vermelho a oriente, até o Oceano Atlântico no
ocidente, desde o sul da Rússia, ao norte, até o deserto do Saara ao sul.
C. Governo Provincial:
a. O império Romano era uma miscelânea de cidades independentes, estados e
territórios sujeitos ao governo central.
b. Félix – 52 - 60 d.C.:
Procurador Romano da Judéia, nomeado pelo
imperador Cláudio em 53 d.C.
Governou a província de um modo cruel e corrupto.
Seu período de governo foi repleto de conflitos e sedições.
Paulo foi trazido diante de Félix na Cesaréia. Colocou-o na prisão, e o manteve lá
por dois anos na esperança de extorquir dinheiro dele – At 24:26,27.
A esposa de Félix era Drusila, filha de Herodes Agripa I, que era sua terceira
esposa e a quem ele persuadiu a deixar seu marido e casar-se com ele.
2. Estado Judaico:
O Estado Judaico era governado pela dinastia Herodiana. Ela começou com Antípatro. O
seu filho Herodes, chamado o Grande (Magno), herdou de seu pai toda a sua habilidade em
assumir o trono da Judéia.
A. Governantes:
a. Herodes, o Grande (Magno) – 37 a.C. – 4 a.C.:
Superou grande oposição que o país levantou
contra ele e tomou posse do reino em 37 a.C.
Herodes começou o seu reinado em 37 a.C. com
a idade de 22 anos e sob a “benção” de Roma. Foi
nomeado Rei da Judéia em 40 a.C. pelo Senado
Romano.
Um dos seus primeiros atos foi nomear um sumo
sacerdote.
Corajoso e habilidoso na guerra, instruído e
sagaz; mas também extremamente desconfiado e cruel. Mandou matar muitos
dos judeus que se opuseram ao seu governo, e prosseguiu matando até a sua
esposa e os dois filhos que teve com ela.
Nome Províncias
1. A Situação Social:
A. As condições econômicas e sociais do primeiro século eram semelhantes às do século 20.
Dentro da sociedade pagã e judaica havia uma aristocracia opulenta. Os judeus ricos
eram os sacerdotes e os rabinos. Os pagãos ricos eram proprietários políticos. A
sociedade pagã era composta de: classe média, plebeus (pessoas comuns e pobres), e os
escravos e criminosos.
B. A sociedade do Antigo Testamento era formada de ricos e pobres, escravos e Livres.
C. Na sociedade judaica, o poder social residia nas mãos dos sacerdotes.
D. A tribo dos hasmoneus (judeus comerciantes que dominavam o comércio - Jesus colocou
estes para correr do templo). Dirigiam o movimento comercial relacionado com o templo e
tinham sociedade nos lucros provenientes da venda de animais para os sacrifícios e dos
tributos pagos ao templo.
E. A maioria do povo da Palestina era pobre. Uns eram lavradores, outros viviam do
comércio. A escravidão não era grande no judaísmo.
F. As categorias sociais entre os judeus eram um tanto restringidas pelas obrigações comuns
que a lei impunha. No conceito judaico todos eram moralmente iguais, contudo os ricos
eram considerados como excepcionalmente abençoados por Deus (Teologia da
Prosperidade) e, por conseqüência, mais justos.
G. A moralidade,contudo, era muito desfavorável! Ainda que existisse pessoas virtuosas, o
nível ético, em geral era muito baixo. Corrupção no governo, sexo, fraude no comércio.
Superstição religiosa, tudo fazia com que a vida no Império Romano revelasse tristeza,
desânimo e desesperança.
2. A Situação Econômica:
A. A sociedade antiga tinha um perfil econômico menos abrangente do que o atual, mas com
muitas semelhanças. A agricultura, a pecuária, a indústria, as viagens e transportes eram
as principais atividades econômicas.
B. Cada pequena povoação tinha os seus operários que produziam o que lhes era necessário,
como as miudezas, o mobiliário e os artigos domésticos; apenas materiais mais
trabalhados vinham de fora da comunidade, como vasos de cobre, linho, papel e outras
mercadorias de luxo.
C. Os meios de ganhar o sustento naqueles dias, eram através da agricultura e industria. E
claro que por processo bastante elementar, próprio da época, mas que de certa forma
atendia às suas necessidades.
D. A moeda padrão mais citada no NT era o denário,
que equivalia a um dia de trabalho de um
operário do oriente (Mt 20:2).
3. A Situação Cultural:
A. Augusto abriu as portas para um avivamento literário. A literatura clássica foi desenvolvida
durante esse tempo.
B. As artes se desenvolveram, floresceram – principalmente a música e a arte dramática.
C. Roma é ainda conhecida por suas façanhas arquitetônicas, como o Panteon, o Coliseu, e
outras Construções maravilhosas.
D. Havia também muito interesse nas ciências e matemática.
E. Línguas e Idiomas: Durante o Império Romano, na região da palestina, eram quatro as
principais línguas do mundo romano: latim, grego, aramaico e hebraico.
c. Aramaico:
Grupo de dialetos intimamente relacionados com o HEBRAICO e falados na terra
de Israel e em outros países do mundo bíblico – 2Rs 18:26.
Estão escritos em aramaico os seguintes textos bíblicos: Ed 4:8-6, 18; 7:12-26; Dn
2:4-7, 28; Jr 10:11.
Era falado por Jesus.
O Aramaico era a língua do oriente próximo.
Paulo e Jesus várias vezes falaram em aramaico, visando ultrapassar uma
barreira, facilitando a compreensão dos ouvintes (At 22:2; Jo 1:42; Mc 7:34; Mt
27:46).
d. Grego:
Língua do Novo testamento, a língua grega comum (Coiné) falada e escrita nos
tempos do NT nos paises da parte oriental do Mediterrâneo.
O grego era a língua da cultura no império e era a língua popular ao leste de
Roma até a Palestina.
O NT foi escrito nessa língua popular, que é diferente do grego clássico.
Com exceção de hebreus e partes de Lucas e Atos que foram escritos com um
grego mais rebuscado todos os demais textos foram escritos em grego Coiné.
O cristianismo não começou a sua implantação num vácuo religioso, em que encontrasse
os homens em branco, à espera de alguma coisa em que acreditar. Pelo contrário, a nova fé
em Cristo teve de lutar, para abrir o seu caminho, contra as crenças religiosas enraizadas que
vigoravam havia séculos.
O império Romano permitia que a religião dos povos dominados permanecesse (ex:
Judaísmo);
1. O Panteão Greco-Romano:
A. Panteão = local onde estão todos os deuses – Olimpo.
B. Primitivamente os romanos adoravam deuses da sua herdade e lar. Como contato com
os gregos, houve uma fusão de divindades sob a influência dominante do panteão
grego. Nos tempos de Cristo o culto a esses deuses estava em declínio.
2. O Culto do Imperador:
A. O culto ao imperador não foi estabelecido arbitrariamente. Desenvolveu-se
gradualmente da crescente atribuição de honras sobre-humanas ao imperador e do
desejo de centralizar nele a obediência do povo.
B. A princípio, todos os imperadores eram divinizados após a sua morte.
C. Calígula é considerado como o primeiro a reivindicar esse título ainda em vida, mas
como era considerado um louco, esse intento não foi concretizado.
D. O primeiro imperador que forçou seus súditos a lhe prestarem cultos foi Domiciano (81
a 96).
E. O culto ao imperador tinha grande valor para o estado, ele unificava o patriotismo e
tornava a obediência ao estado um dever religioso (esta é grande causa de morte dos
primeiros cristãos).
3. As Religiões de Mistério:
A. Eram na maior parte de origem oriental.
B. Todas tinham seu centro num deus que morreu e ressuscitou.
C. Cada uma tinha rituais que representavam as experiências de seus deuses, por meio
dos quais o iniciado era levado a essa experiência divina e tornava-se um candidato à
imortalidade.
D. Suas praticas equivalem-se às sociedades secretas atuais como: Maçonaria e Rosacruz.
5. As Filosofias :
A. Todos os mistérios do universo exigem uma explicação que somente a filosofia pode
dar. Essa era a principal argumentação daqueles que seguiam as corrente filosóficas
como verdadeiras religiões.
B. Platonismo, o gnosticismo, o epicurismo, o estoicismo, o cinismo, etc...devem ser bem
analisados, pois o NT, em muitas passagens, procura dar uma resposta espiritual às
questões filosóficas contrárias a fé cristã.
1. Características:
Sem sobra de duvida a religião de maior influência sobre o cristianismo, foi o judaísmo.
Toda a base doutrinária do NT provém do AT, que é uma das expressões escritas da
religião judaica.
Surgiu como religião no período do exílio Assírio- Babilônico.
O judaísmo existente na época de Cristo era produto do exílio babilônico.
O cativeiro babilônico pôs o povo judeu perante uma dura alternativa: ou eles se
entregavam inteiramente ao culto a Jeová, o único e verdadeiro Deus, ou eles seriam
engolidos política e religiosamente pelas nações pagãs. Diante de tal impasse e foi
abolida a idolatria.
O cumprimento das palavras dos profetas (sobre a punição da idolatria) curou
permanentemente a nação da idolatria.
A perda do templo durante o exílio motivou a observância e estudo da “TORAH”
(Instrução).
Como fruto desse evento, nasceram as sinagogas, como novos centros de culto e como
ambiente para o estudo da lei.
Para se organizar uma nova sinagoga bastava que dez homens se reunissem com esse
propósito. As sinagogas persistiram mesmo com a reedificação do templo por Esdras e
sobrevivem até hoje.
A sociedade judaica estava dividida entre dois conceitos: o civil (secular) e o religioso.
O ano religioso começava no mês de Nisan (abril), na época da páscoa e encerrava com
a festa do Purim no mês de Adar (março); enquanto que o civil começava em tishi
(outubro).
3. O Templo:
A. O templo nos tempos de Jesus foi construído por Herodes, o grande, a partir de 19
a.C., numa tentativa de reconciliar-se com os judeus. A base para a construção foi o
templo restaurado depois do Exílio. Nos tempos de Jesus, ainda estava em construção,
sendo concluído somente em 64 d.C., pouco antes da sua destruição em 70 d.C.
B. Quando Jesus diz: “...olhem estas pedras...” Mc 13:1– elas ainda seriam usadas na
5. Os Grupos religiosos:
B. Fariseus:
a. Hassidim – “separados” num sentido ritual – Mc 3:6. Seu nome deriva do verbo
l. Os fariseus também tinham largo apoio do povo por que criam na “vida após a
morte”, e por isso muitos deles foram escolhidos para o mais alto tribunal – o
Sinédrio.
m. Eram inimigos amargos de Jesus e sua causa; foram, por outro lado, duramente
repreendidos por ele por causa da sua avareza, ambição, confiança vazia nas
obras externas, e aparência de piedade a fim de ganhar popularidade.
n. Pertenciam em sua maioria à classe média leiga (não eram sacerdortes)
o. Modo de vida de um fariseu: orava três vezes ao dia, jejuava três dias por
semana, davam esmolas (até 20% da renda). Tudo isto é certo, mas faziam para
serem vistos pelos homens. Jesus os acusava disto.
p. Opunham-se a helenização da cultura judaica (obs:helenização - hele = grego –
Alexandre, o grande com cerca de 20 anos de reinado trouxe uma influência
C. Saduceus:
a. Saduceus = “justos” - Mt 22:23
b. Sua origem é desconhecida, mas muito provavelmente derivam de um grupo de
judeus helenistas.
c. Segundo a tradição, seu nome deriva dos filhos de Zadoque (2 Cr 31:10), que foi
sumo sacerdote nos dias de Davi e Salomão.
d. Embora menores em número do que os fariseus, os saduceus detinham o poder
civil, sob o domínio de Herodes.
e. Seguiam unicamente a Torah como único escrito canônico.
g. Rejeitaram a tradição oral (a lei rabínica). Negavam que ela fosse revelação de
Deus aos israelitas, mas curiosamente, aceitaram a Lei escrita, crendo que
somente ela era obrigatória para a nação como autoridade divina, embora
traduzindo-a com a sua lógica helenista.
h. Muitos mas nem todos os sacerdotes eram saduceus; quase todos saduceus,
entretanto parecem ter sido sacerdotes.
i. Sua religião era friamente ética e literal.
j. Exerciam influência política no Império, formados pela aristocracia (proprietários
de terra – classe alta e média alta)
k. Controlavam certo número de cadeiras do Sinédrio – aproximadamente igual ao
dos fariseus – At 23:6-10
l. Não faziam prosélitos
D. Essênios:
a. Seita religiosa que floresceu no séc.1 a.C., existente no tempo de Cristo.
b. Eram mais ou menos 4.000 que seguiam com muito rigor a Lei de Moisés.
c. Alguns moravam em cidades, mas a maioria vivia em comunidades, no deserto de
Em-Gedi.
d. Diferentemente dos fariseus e saduceus, os essênios constituíam uma
fraternidade ascética para o qual só poderiam entrar aqueles que se
submetessem aos regulamentos do grupo e as cerimônias de iniciações.
e. Abstinham-se do casamento, mantinham em comum as suas prioridades, de
sorte que não havia rico nem pobre, viviam do trabalho manual de cada um.
H. Hebraístas:
a. Não eram um grupo nacionalista como os zelotes, mas sim, um grupo de judeus
que mantinham não somente a fé religiosa do judaísmo, mas também o uso da
língua hebraica, ou aramaica, e os seus costumes.
b. Paulo parece identificar-se com eles (At 22:3).
J. Helenistas:
a. Eram o inverso dos zelotes. Os helenistas, apesar de serem judeus de sangue,
assimilaram toda a cultura grega, falavam grego, praticavam os costumes dos
gregos, só não abriram mão da fé judaica. Atos 6 refere-se a esse grupo de
judeus-helenistas.
b. Em todas estas seitas haviam traços do misticismo persa, do humanismo grego,
do judaísmo patriota e das tradições ritualistas. Em sumo, os judeus em suas
crenças e práticas já se distanciaram muito do Monte Sinai!
B. As mais importantes causas eram trazidas diante deste tribunal, uma vez que os
governadores romanos da Judéia entregaram ao Sinédrio o poder de julgar tais causas,
e de também pronunciar sentença de morte, com a limitação de que uma sentença
capital anunciada pelo Sinédrio não era válida a menos que fosse confirmada pelo
procurador romano.
7. Samaritanos:
A. Descendentes dos israelitas do Reino do Norte, que sobreviveram à mistura de uma
população estrangeira deportada depois da queda de Samaria em 722 a.C.
B. Os samaritanos adoravam o mesmo Deus reconheciam os 5 Livros de Moisés e
esperavam a vinda de um profeta comparável a Moisés.
C. O ódio e o desprezo dos judeus para com eles era resultante de considerações
históricas e raciais e não uma diferença no campo religioso.
8. Discípulos ou Apóstolos:
A. Conceito – usualmente o substantivo (gr.) mathetes significa aprendiz, pupilo ou aluno.
Esta palavra é encontrada na Bíblia somente nos evangelhos e em Atos. E no grego
clássico sempre significa pupilo de alguém, em contraste com o mestre ou professor
(gr. Didaskalos). Em todos os textos implica que a pessoa não apenas aceita a visão do
mestre, mas que também pratica ou adere à visão. Esta palavra tem muitas aplicações.
Em sentido amplo refere-se àqueles que aceitam o ensino de alguém não apenas por
fé, mas como estilo de vida. Mas na maioria das vezes é aplicada para designar os que
aderiram a Cristo. É o único nome pelo qual os seguidores de Cristo são mencionados
nos Evangelhos, especialmente os doze Apóstolos, mesmo quando são chamados de
discípulos. No livro de Atos, após a morte e ascensão de Jesus Cristo, discípulos são
aqueles que confessam-No como Messias.
Simon
Simão Pedro Rocha ou Pedra Irmão de André
Petros
Grande coração,
Tadeu Thaddaios Não citado em Lc
corajoso