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NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA ESCRITÓRIO MODELO CURSO DE DIREITO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CRIMINAL DA


COMARCA DE PALMAS.

ORTOSINO DOS SANTOS, brasileiro, casado, fisioterapeuta,


portador da CI n. 7869 e CPF n. 9000000, residente e
domiciliado na rua 20, n. 100, Centro, Palmas/TO, vem, por
intermédio de seus advogados que infra subscreve, requerer

RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE

Com fundamento no art. 310, inc. I, do CPP, e art. 5o, inc. LXVI, da CF,
consoante os fundamentos fáticos e jurídicos que passa a expor.

I. DOS FATOS

O autor, Sr. Ortosino, estava no bar Escritório no dia 14/05/2023, quando


Genésio da Cruz começou a insultar Ortosino com palavras de baixo calão e
insultando sua orientação sexual, chamando-o de “viadinho de merda”, dizendo que
“viados merecem morrer” e cometendo outros crimes de homofobia. Transcorridos
mais de 20 minutos de insultos, o Sr. Ortosino não se controlando mais, levantou e
desferiu um soco no Sr. Genésio que caiu no chão por cima do braço direito. Vale
salientar, que funcionários e fregueses do local nada fizeram para encerrar o caso
de homofobia, mas se prestaram a chamar a polícia quando o Ortosino se defendeu.
Com a chegada da polícia, o autor foi preso em suposto flagrante delito na data de
14/05/2023, sendo lavrado auto de prisão em flagrante onde é descrito como incurso
no art. 129, § 1, inc. I, do CP, ocasião em que lhe foi negado o direito constitucional
de entrevistar-se com advogado ou familiares.
Ainda no momento do suposto flagrante, o Sr Ortosino tentou explicar que estava
se defendendo e que queria seu advogado, mas nada foi feito em presente
desrespeito às devidas formalidades legais, ultrapassando às 24 horas legais.
NPJ Palmas UNITINS: Av. Teotônio Segurado, Palácio Marquês de São João da Palma, térreo,
Palmas-TO
CEP 77021-85. Email: praticajuridica@unitins.br Tel.: (63) 3218-2911
Assim, ante a evidente ilegalidade da prisão em flagrante, esta deve ser
relaxada, consoante se vê a seguir.

II. DO DIREITO

1) Da ilegalidade da prisão em flagrante

Primeiramente, é de se destacar que a prisão está eivada de nulidades, sendo


manifestamente ilegal.
Isso porque no auto de prisão em flagrante não foram observadas as devidas
formalidades legais - não foi observado o direito constitucional do flagranciado de
entrevistar-se com advogado e comunicar-se com familiar, não foi comunicada a
autoridade judiciária do flagrante dentro do prazo legal e nem foi comunicada a
defensoria pública.
O objetivo da comunicação imediata, segundo a doutrina, constitui-se em dar
publicidade à prisão e garantir os direitos fundamentais.
Dessa forma, por ser evidente a ilegalidade da prisão em flagrante, esta deve ser
relaxada, com a consequente expedição de alvará de soltura e liberação do
indiciado.

III. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer seja a prisão ilegal relaxada, com a imediata


expedição de alvará de soltura e liberação do acusado, consoante art. 310, inc. I, do
CPP, e art. 5o, inc. LXVI, da CF.

Termos em que aguarda deferimento.

Palmas, 16/05/2023.

Gisele de Jesus Carrero


OAB 98978

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