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DIREITO ROMANO

ROMA POLITICAMENTE

• Realeza (753 a.C. até 510 a.C.);

• República (510 a.C. até 27 a.C.);

• Império:
• Alto Império (27 a.C. até 284 d.C);
• Baixo Império (284 d.C até 565
d.C).
DIREITO ROMANO

• Direito romano é um termo histórico-jurídico


que se refere, originalmente, ao conjunto de
regras jurídicas observadas na cidade de Roma
e, mais tarde, ao corpo de direito aplicado ao
território do Império Romano e, após a queda
do Império Romano do Ocidente em 476 d.C.,
ao território do Império Romano do Oriente.
CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE
ROMANA
• - família: base da sociedade;
• - civitas (cidade/cultural) como conjunto de famílias.
• - sociedade agrária e pastorícia;
• - pouco comércio;
• - poucos escravos;
• - força de trabalho constituída em maioria por pessoas
livres;
• - as terras eram públicas, com posse cedida aos patrícios em
base à capacidade de cultivo;
• - direito baseado nos costumes (consuetudinário);
• - dentro da urbs (cidade) era proibido o uso e o porte de
armas, por ser um lugar de convivência pacífica e
organizada;
SOCIEDADE

• Patrícios: descendentes das primeiras famílias que


povoaram Roma, os patrícios eram proprietários de
terras e ocupavam importantes cargos públicos.
Considerados cidadãos romanos, possuíam muita
riqueza e escravos. No topo da pirâmide social
romana, compunham a minoria da população.
• Plebeus: formavam a maioria da sociedade romana. A
Plebe era composta basicamente por pequenos
comerciantes, artesãos e outros trabalhadores livres.
Possuíam poucos direitos políticos e de participação
na vida religiosa.
SOCIEDADE

• Clientes: embora livres, os clientes viviam "presos" aos


patrícios, pois possuíam uma forte relação de
dependência. Esta classe era formada basicamente por
estrangeiros e refugiados pobres. Tinham apoio
econômico e jurídico dos patrícios, porém lhes deviam
ajuda em trabalhos e questões militares.
• Escravos: camada sem nenhum direito social em Roma.
Os escravos eram, em sua grande maioria, presos de
guerra. Eram vendidos como mercadorias para patrícios e
plebeus e não recebiam pagamentos pelo trabalho, mas
apenas comida e roupas. Executavam tarefas pesadas e
também serviam como serviçais domésticos. Na época do
Império Romano, o número de escravos aumentou de
forma extraordinária.
SOCIEDADE

• Libertos: ex escravos que obtinham a


liberdade por concessão de seus
proprietários, por abandono ou até
mesmo pela compra própria da
liberdade. Geralmente trabalhavam para
seu ex dono.
FAMÍLIA

• O primeiro sistema jurídico romano é o ius


quiritium (VIII-V a.C.), que regula prioritariamente
as relações entre as famílias, e pouco regula as
relações dentro das famílias.
• Dentro das famílias, prevalece a potestas do
pater familias que tinha inclusive direito de vida e
de morte entre seus filhos.
• . O objetivo do ius quiritium era assegurar a
pacífica convivência entre as famílias na civitas.
PATRIA POTESTAS

• A patria potestas é o domínio existente por parte do pai


de família, em relação aos demais membros da família.
• Trata-se de um poder símile àquele existente sobre as
coisas.
• O pater decide sobre a vida e a morte dos membros da
família, assim como pode impor ou vetar qualquer relação
jurídica aos seus descendentes em âmbito privado
(situação aliviada por meio do pecúlio).
• Esse poder inicialmente “absoluto” no âmbito privado,
sobre os descendentes, sempre foi muito atenuado pelo
costume.
PATRIA POTESTAS

• A patria potestas subdividia-se em três distintos


poderes:
- potestas em relação aos filhos: legitimatio ou
adoção,
- manus em relação às mulheres da família,
- dominica potestas em relação aos escravos.
MATRIMÔNIO

• O matrimônio em período régio é o ato jurídico que


qualifica a união entre um homem e uma mulher, em
comunhão de vida.
• O objetivo do matrimônio é a procriação.
• O matrimônio romano implica desde as suas origens
em monogamia, exogamia (casamento fora da família)
e affectio maritalis (“aceitação racional das partes”;
não é amor, trata-se da vontade consciente de estar e
permanecer casado).
PESSOA

• A origem da palavra “pessoa” remonta à máscara de


teatro grego e transmite a concepção de “papel do ser
humano no teatro do direito”.
• O papel do homem no direito varia conforme a
situação jurídica da pessoa (status personae) e implica
o seu enquadramento a partir de três principais
ângulos: o status libertatis, o status familiae, e o status
civitatis.
PESSOA

• - Status libertatis (situação jurídica de liberdade):


• Dentro deste status o homem pode ser considerado como:
- ingênuo (nascido livre e nunca escravizado)
- liberto (que foi escravo em algum momento).
- escravo.
• O escravo é ser humano e portanto pessoa, mas também é
entendido como propriedade. A exclusão do escravo da
esfera de cidadania não é definitiva, visto que esses podem
tornar-se, por meio da mancipatio ou da adoção, cidadãos
romanos. O escravo que pertencesse a um romano e
obtivesse a mancipatio (manumissão/alforria) ou a adoção,
tornava-se não apenas livre, mas também cidadão romano.
PESSOA

• - Status civitatis:
• - cidadão,
• - latino ou
• - peregrino/estrangeiro.

• - Status familiae:
• - Pater familias;
• - Filius familias.
QUI IN UTERO EST

• Cabe evidenciar que a tutela jurídica à pessoa inicia


com a concepção.
• Embora o aborto não fosse proibido legalmente, era
repudiado moralmente pela sociedade.
• a mulher grávida condenada à morte, seria executada
apenas após o parto;
• Na Roma antiga já havia a previsão de alimentos
gravídicos (alimentos prestados ao feto durante a
gravidez para o seu pleno desenvolvimento), pois se
reconhecia a diferença entre a mãe e o feto.
FONTES DE DIREITO NO PERÍODO
DO REINO
• O primeiro sistema jurídico romano é o ius quiritium que
regula prioritariamente as relações entre as famílias, e
pouco regula as relações dentro das famílias.
• O objetivo do ius quiritum é assegurar a pacífica
convivência entre as famílias na civitas.
• O ius quiritium é baseado nas seguintes fontes:
• - lei;
• - costumes e mores maiorum (costume dos ancestrais -
núcleo da moralidade tradicional da civilização );
• - foedera (acordos entre os povos);
• - jurisprudência pontifical/ interpretatio dos pontífices
FONTES DE DIREITO NO PERÍODO
DO REINO

• Durante o reino desenvolve-se a jurisprudência


pontifical: atividade jurídica exclusiva dos sacerdotes.
• O colégio dos pontífices era um colégio sacerdotal
considerado o guardião do direito romano e mantinha
o testemunho escrito de leis e costumes romanos. Os
sacerdotes em geral são os primeiros juristas romanos.
DIREITO “PENAL” ROMANO
ARCAICO

• O direito penal também era muito


influenciado por fatores religiosos.
• O crime e o delito eram considerados
uma ofensa aos deuses em geral que
deveriam ser acalmados, por meio de
rituais e sacrifícios, para não se voltarem
contra toda a comunidade.
• Ao rei cabia estabelecer quais eram os
delitos que ofendiam aos deuses e como
acalmar a ira divina.
DIREITO “PENAL” ROMANO
ARCAICO
• Geralmente o rei aplicava normas jurídico-religiosas
consuetudinárias, limitando-se a interpretá-las ou
especificá-las, mas ele também podia propor leis em
assembleia. Exemplos de leis:
• não era permitido violar os muros da cidade;
• o marido não podia vender a mulher.
DIREITO “PENAL” ROMANO
ARCAICO

• O sistema criminal no período arcaico é


objetivo, não interessando, a intenção do
autor, mas apenas o ato cometido.
• O direito romano classifica como crime
aquele de natureza pública, enquanto o
delito é classificado como de natureza
privada.
• Do período régio, conhecemos apenas dois
crimes (natureza pública): o perduellium e o
parricidium.
DIREITO “PENAL” ROMANO
ARCAICO
• O perduellium é a alta traição à cidade. Nesta
definição eram enquadrados essencialmente: a
relutância ao serviço militar, a deserção (militar), a
passagem ao grupo inimigo em tempo de guerra ou
qualquer tipo de atentado à ordem política
constituída.
• O parricidium ainda não estava bem delineado pelos
estudiosos em direito romano. As hipóteses mais
prováveis seriam: homicídio do próprio pai (pater), de
um pater familias (pai de família) qualquer; ou de um
senador (também chamado de pater).
• A pena prevista para o parricidium era colocar o
condenado amarrado dentro de um saco com um
animal (um galo ou uma serpente) e o lançar em água
corrente (Rio Tibre).

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