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Concluindo
Este artigo é um resumo extremo sobre este tópico, para conhecer um pouco mais recomendo a
leitura de “Os 6 Ds do Empreendedorismo Exponencial“, “O Modelo de Negócios Plataforma” e
“Reinventando Organizações“.
Sobre mim: aqui, Contato: aqui.
Se gostou, por favor, compartilhe! Abraço, @neigrando
Referência:
Ismail, S., Malone, M. S., & Van Geest, Y. (2014). Exponential organizations. Why New
Organizations Are Ten Times Better, Faster, and Cheaper Than Yours (and What to Do About It).
[este livro está disponível em português]
Nenhuma empresa poderá acompanhar o ritmo de crescimento definido pelas organizações
exponenciais, se não estiverem dispostas a realizar algo radicalmente novo – uma nova visão da
organização que seja tão tecnologicamente inteligente, adaptável e abrangente quanto o novo
mundo em que vai operar – e, no final de tudo, transformar.
Preparamos por aqui um resumo para você conhecer as ideias centrais do livro. Se gostar, corra
para a sua livraria favorita!
Um conceito que está na base no conhecimento de todos aqueles que querem gerar um
impacto relevante no mundo, através do uso de tecnologias exponenciais. E que geralmente
nascem, não em grandes corporações, mas em fundos de garagem ao redor do mundo, gerando
um mundo 6Ds: Digitized, Deceptive, Disruptive, Dematerialized, Demonetized e Democratized.
O Projeto Iridium da Motorola foi um fracasso retumbante por ter desconsiderado as mudanças
exponenciais que estavam acontecendo no mercado e se baseado em premissas que estavam
mudando dramaticamente. Essa incapacidade de ver as mudanças também arrastou a Kodak
para a falência.
Em 1920 uma empresa da Fortune 500 durava 67 anos e hoje 15 anos. Enquanto isso as
startups são levadas ao valor de 1 bilhão, cada vez mais rápido.
A solução para esse desafio é a Organização Exponencial, definida como aquela cujo impacto é
desproporcionalmente grande (no mínimo 10 vezes) comparada com seus pares, por causa do
uso de novas técnicas organizacionais que alavancam tecnologias aceleradas.
(1) a lei de Moore (que diz que a capacidade computacional dobra a cada 18 meses) engloba
todas as tecnologias da informação e não apenas a capacidade computacional;
(2) o driver dessas mudanças é a informação;
(3) uma vez que o padrão de dobrar começa ele não para mais;
(4) várias tecnologias estão seguindo esse padrão, tais quais: inteligência artificial, robótica,
biotecnologia, medicina, neurociência, ciência de dados, impressão 3D, nano tecnologia e até a
área de energia.
E mesmo indústrias que não são diretamente ligadas à informação acabam sofrendo o impacto
indireto que podem devastar negócios ou criá-los do zero. Na medida em que a tecnologia
impacta o comportamento do consumidor, ele muda a forma como compra o que pode ser uma
maldição ou uma benção para muitas empresas, dependendo de como se reage a esse fato.
A história de Navitech (GPS) e Waze mostram dois lados de uma mesma moeda. Enquanto uma
surfou a onda exponencial a outra tomou o caminho da linearidade e se tornou irrelevante.
Isso aconteceu porque a primeira foi criada com base no paradigma da abundância do mundo
atual enquanto a segunda seguia a lógica da escassez. E suas estruturas refletiam tais
diferenças. Como o mundo está evoluindo em escala exponencial as empresas precisam
aprender a escalar nesse mesmo ritmo ao invés de agir linearmente, agindo, por exemplo com
base em recursos que elas não possuem e entendendo que a informação é seu maior ativo.
As organizações que agem exponencialmente têm se mostrado extremamente mais ágeis que
as organizações tradicionais.
O estudo delas mostra algumas características em comum. Geralmente são movidas por
um PTM – Propósito Transformador Massivo.
(5) Construir um Canvas com o modelo Business Model Generation do Alexander Osterwalder;
(12) Construir e manter uma plataforma. E o grande desafio é fazer tudo isso funcionar junto e
em harmonia, gerando um todo coerente, pilotando sempre que necessário em direção à
situação ideal.
É possível alavancar exponencialmente uma empresa média. A ideia é se basear naquilo que a
empresa já tem e começar por aí.
Algumas empresas que fizeram isso foram: TED, GitHub, Coyote Logistics, Studio Roosengaarde
e GoPro. Todas conseguiram um acelerar exponencialmente os resultados se baseando em seu
PTM e aplicando elementos do acrônimo IDEA internamente e SCALE externamente.
Para isso dois ingredientes se fizeram fundamentais: uma cultura capaz de se adaptar rápida e
radicalmente e um líder visionário com apoio de seus diretores e da gestão sênior.
• transformar a liderança;
• se associar, investir ou adquirir uma Organização Exponencial;
• revolucionar;
• implementar uma Organização Exponencial internamente.
Líderes que estejam atentos às principais tecnologias que estão mudando o mundo tais como:
Sensores e Internet das Coisas, Inteligência Artificial com Ciência de Dados, Bitcoin e Block
Chain e Neuro Feedback.
Tudo isso gera impactos específicos em cada uma das posições do C-Level
• Os 6 Ds do Empreendedorismo Exponencial
inteligência artificial, tecnologias antes disponíveis apenas para grandes organizações e governos
Há pouco mais de 20 anos, as empresas tinham por metas criar um produto ou serviço que as
Era um processo complexo que envolvia contratar milhares de funcionários, comprar (ou alugar)
um grande espaço físico para acomodá-los e, por fim, trabalhar duro durante anos para que o
Hoje, em virtude das tecnologias digitais, que estão se desenvolvendo e se expandindo em taxas
dramaticamente diferente.
informação.
As novas empresas estão desmaterializando o que já foi físico um dia, e criando novos produtos e
fluxos de receitas em meses (às vezes, até mesmo em semanas). Já não é mais necessário ser o
causar disrupção em mercados milenares nunca foi tão grande como hoje.
modelo chamado 6Ds dos exponenciais, que se desenvolve em seis etapas principais:
Em seu livro Bold (2016), Diamandis sustenta que todo empreendedor deveria compreender a
estrutura dos 6Ds, para evitar que sua empresa tenha o mesmo destino trágico da Kodak
Eastman Company.
O erro da Kodak
Embora a Kodak tenha inventado a câmera digital em 1975, e iniciado uma nova era para a
No momento em que decidiu não interromper seus negócios existentes e assumir um risco no
que era então território desconhecido, a Kodak abriu portas para que outros o fizessem.
Após anos em queda vertiginosa, a Kodak entrou em falência em 2012, e a queda de fotos
funcionários — por nada menos do que US$ 1 bilhão. E o Instagram tinha apenas 18 meses antes
de vida.
O mesmo destino da Kodak pode acontecer com qualquer empresa hoje em dia. Por isso é
Porém, embora tenha tomado uma iniciativa ousada, a Kodak não foi capaz de perceber o
potencial do novo negócio digital e manteve o mesmo modelo negócios de sempre. Ao tomar
Quando um processo ou produto é digitalizado — passando do meio físico para o meio digital –,
ele passa a adquirir poder exponencial. É por isso que, para obter sucesso no mercado, todo
A Kodak não teve paciência para aguardar o crescimento exponencial de sua mais nova
Nessa etapa, a duplicação de números pequenos produz resultados tão minúsculos que, muitas
Imagine a primeira câmera digital da Kodak dobrando de 0,01 megapixel para 0,02, de 0,02 para
0,04, de 0,04 para 0,08. Para o observador desatento, todos esses números parecem zero. No
entanto, há uma grande mudança no horizonte. Como essas duplicações rompem a barreira dos
É a partir desse momento que o crescimento exponencial — até então dissimulado e pouco
A câmera fotográfica digital criada na divisão de aparelhos da Kodak, por iniciativa do engenheiro
Steven Sasson, era do tamanho de uma torradeira, tinha resolução de 0,01 megapixel, pesava
A invenção foi apresentada aos executivos da Kodak durante uma reunião em 1976, mas a
empresa acreditou que a proposta de Sasson não era interessante por duas razões.
Primeiro, porque a câmera levava 23 segundos para disparar e armazenar fotos de 0,01
megapixel. A olhos dos dirigentes da Kodak, a máquina estava mais para um brinquedo do que
Os executivos da Kodak estavam mais preocupados com os resultados trimestrais dos negócios, e
não perceberam a disrupção que logo seria causada pela nova tecnologia em crescimento
exponencial.
Em termos simples, uma tecnologia disruptiva é qualquer inovação que cria um mercado e abala
Quando a Kodak percebeu o erro, era tarde demais. Já não era mais possível acompanhar a
Em 1996, a Kodak dominou completamente o mercado. Com mais 140 mil funcionários, a
empresa possuía uma capitalização de mercado de US$ 28 bilhões. Somente nos Estados Unidos,
câmera digital de alta qualidade –, o mercado da Kodak não existia mais. Com o surgimento do
iPhone, os fluxos de receita da Kodak evaporaram. A criação de Steve Jobs retirou o dinheiro da
equação.
barato (ou mesmo gratuito). Isso é desmonetizar — é o que Peter Diamandis chama de
“desmonetização”.
poderia ter sua própria câmera digital, em forma de aplicativo gratuito, e salvar as fotos no
Todo empreendedor deve compreender que bilhões de produtos e serviços estão mudando de
telefonia de longa distância. A Uber está desmonetizando o transporte urbano. A Airbnb está
O iPhone abriu a possibilidade de armazenar imagens digitais em uma câmera digital “de bolso”,
Além de perder a liderança no mercado que uma vez dominou, a Kodak, em pouco tempo,
observou o próprio filme fotográfico desaparecer. Como ninguém mais comprava filme em rolo,
O que antes era físico, passou a ser digital — se desmaterializando. E não apenas a câmera digital
se desmaterializou, como o GPS, o gravador de voz digital, o relógio digital, a câmera de vídeo, o
Ninguém está mais comprando câmeras. Hoje, todos esses dispositivos estão dentro de
Embora os clientes da Kodak gostassem muito de tirar fotos, a diversão se dava mesmo no
momento de imprimir as cópias e compartilhá-las. Como não era possível ver com exatidão como
revelação eram altos. Porém, o surgimento da câmera digital trouxe a possibilidade de saber, de
antemão, quais fotos eram boas para imprimir e quais poderiam ser apagadas.
As pessoas começaram a criar o hábito de não mais imprimir todas as fotos. Passou a ser mais
transformados em bits e inseridos em uma plataforma digital em volumes tão altos que seu preço
quanto deve ser internalizado por aqueles que desejam empreender no mundo de hoje.
O modelo dos 6Ds, de Peter Diamandis, nos permite acompanhar o ciclo de vida de uma
tecnologia em crescimento exponencial. Eles são um roteiro para ilustrar o que pode acontecer
Nem todas as fases são fáceis, e muitas pessoas desistem no meio do caminho. Porém, os
resultados dão até mesmo a pequenas equipes o poder de mudar o mundo. E o principal: de
uma forma mais impactante e rápida do que o negócio tradicional jamais permitiria.
Existem inúmeras inovações aplicáveis que se encaixam na estrutura dos 6Ds. Para atingir o
sucesso no mercado do futuro, todo empreendedor deve pensar sobre quais tecnologias estão
disruptivas.
As plataformas estão mudando a dinâmica da economia. Os grandes players não são mais
fabricantes de determinado produto (celular, carro, tênis), mas empresas que entenderam a
necessidade de criar todo um ecossistema em torno de seu nicho de negócio.
O Uber não fabrica carros ou oferece serviços de transporte; intermedia a relação entre
motoristas e passageiros. O Airbnb - que nasceu como um Bed & Breakfast virtual - tem a maior
oferta de quartos do mundo sem possuir nenhum hotel. Já a Apple se diferenciou de
concorrentes como BlackBerry e Nokia ao oferecer aparelhos eletrônicos capazes de se
transformar em múltiplas ferramentas por meio de aplicativos nativos ou terceiros.
Quando nos aprofundamos mais no assunto percebemos que entre as 10 maiores empresas do
mundo, 6 pertencem à nova economia e seguem esse modelo. Essas companhias
transformaram radicalmente a lógica dos negócios, colocando a experiência de marca e a
interação com o consumidor à frente de dogmas como posição na cadeia de negócios e
perseguição da produtividade. O foco agora está em modelos open source, ou seja, que estejam
abertos à conexões com outras empresas e pessoas e direcionados à criação de novas ofertas.
Nesse cenário, os clientes estão no centro da cadeia, conectados em um único ambiente de
colaboração, que constrói marcas altamente inovadoras.
Ao se posicionarem assim, estão determinando o fim das estruturas lineares em organizações
fechadas. Agora, os serviços transformam os produtos. Usuários produzem valor para outros
usuários. As empresas já não competem da mesma forma porque os objetivos de negócio
mudaram. O produto deixa de ser responsável pelo faturamento e passa a ser parte de um mix
composto também por serviços.
“If you want people to listen, you have to have a platform to speak from, and that is excellence
in what you do.” William Pollard
Citando novamente a Apple, podemos perceber claramente essa inversão de vetores. Hoje, a
multinacional norte-americana está criando outras plataformas como o Apple HomePod, uma
caixa de som inteligente que compete com Amazon Echo e Google Home. Além de tocar
música, funciona por meio de comando de voz permitindo a interação com a assistente virtual
Siri. Assim, o usuário pode ter informações diversas, saber como está o clima ou até mesmo
consultar algum compromisso na agenda. Um produto que reúne diversos serviços e possibilita
múltiplas modalidades de interação, de acordo com as necessidades de quem usa e da
disposição de outras empresas em criar soluções para aquela plataforma.
https://www.youtube.com/watch?v=U_nkw6aTLmo
Transformação e tecnologia
Diversas empresas acompanham o movimento e incluem em seus protótipos esse novo modelo
de negócio. O Facebook, dono da mídia mais popular do mundo, viu seu negócio atingir
patamares inimagináveis quando permitiu que desenvolvedores independentes criassem
conteúdo livremente para ser usado na rede. O Alibaba é o revendedor mais valioso do
mercado ao abrir um canal para que empresas do mundo todo ofereçam produtos em sua
ferramenta.
Ou seja, quando as empresas entendem que o valor não está mais no controle das interações,
podem construir plataformas efetivas e eficientes. É preciso entender que o poder desse novo
modelo de negócios está no uso da tecnologia para conectar pessoas, organizações e recursos
em um ecossistema interativo, no qual incríveis quantidades de valor podem ser criadas ou
trocadas. Ao entender essa mudança radical na economia e nas relações sociais, as marcas têm
a sua disposição uma quantidade de dados inimaginável, capaz de trazer valor para
consumidores e provedores em escala.
E é esse universo Open Innovation - termo criado por Henry Chesbrough, professor da
Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos - que firma o paradigma de combinar
conhecimentos internos, das próprias empresas, e externos, dos usuários e consumidores, para
promover melhores ideias e processos e aumentar a eficiência e valor de produtos e serviços.
“Open innovation is ‘the use of purposive inflows and outflows of knowledge to accelerate
internal innovation, and expand the markets for external use of innovation, respectively.’” Henry
Chesbrough
Para entender melhor esse cenário, é preciso visualizar como uma mesma empresa pode ser
muito mais eficiente quando encontra a plataforma como modelo de negócio. A Enciclopédia
Britânica, considerada a mais antiga do mundo em inglês, funcionava conforme a cadeia
tradicional: gestão centralizada, que administrava a participação de acadêmicos, escritores e
editores. Enfrentando dificuldades para manter seu conteúdo relevante em tempos digitais, a
companhia, recentemente, decretou o fim da publicação de seu conteúdo no formato
impresso.
Já a Wikipédia, uma enciclopédia online, multilíngue, criada e editada por voluntários em todo o
mundo, opera de maneira aberta, em um ambiente no qual as pessoas têm a liberdade de criar
e compartilhar informações em tempo real.
“Most phenomenal startup teams create businesses that ultimately fail. Why? They built
something that nobody wanted.” Eric Ries
Sem os recursos usados por empresas tradicionais e consolidadas - definidas como slow by
design por Eric Schmidt, CEO do Google, por serem lentas e avessas a riscos -, as novas
organizações conquistam o mercado desenvolvendo negócios totalmente disruptivos que têm a
capacidade de conectar usuários.
As
marcas não oferecem apenas produtos, mas serviços diferenciados e, por isso, são
reconhecidas como plataformas de negócio que constroem seus próprios canais.
A invasão das plataformas
Tendo como base a economia compartilhada, a empresa parece fazer um movimento rumo a
uma mudança no foco de negócios (possivelmente para atender a expectativa de um
consumidor mais jovem e cada vez mais avesso a comprar um automóvel) em que deixa de
entregar apenas um bem de alto valor agregado e passa a oferecer também uma série de
serviços diferenciados, além de promover opções de mobilidade urbana.
Outra empresa automotiva tradicional no mercado que vem fazendo experimentações nessa
área é a Hyundai, com o Blue Link. O aplicativo oferece aos condutores melhores experiências
por meio do comando de voz. Com ele, é possível destravar as portas do veículo, acionar a
buzina, realizar contato com a assistência em casos de problemas mecânicos, localizar o carro
em situação de roubo, fazer o seguro, mudar a temperatura e até dar partida ou desligar o
veículo.
O Xbox da Microsoft funciona da mesma maneira. Além de ser um jogo online, ele funciona de
forma aberta e conecta você com outras pessoas. Permite interações por meio de vídeos, fotos
e comentários, onde os participantes de qualquer lugar do mundo podem trocar informações
sobre o jogo.
Também existem sistemas open source como o FarmSquare, criado pela marca Del Valle, da
Coca-Cola, em parceria com a CI&T, que por meio de um aplicativo reúne pessoas para trocas
ou doações de alimentos. Assim, as verduras, frutas e legumes que sobram das hortas caseiras
podem ter um destino diferente. A proposta é conectar os que cultivam esses alimentos com
aqueles que procuram por eles, sem nenhuma intervenção. Ou seja, por meio de um novo
formato de negócio são criadas situações de consumo colaborativo, permitindo que a empresa
migre para um modelo C2C de economia compartilhada.