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A obra retrata a  

Espanha do século 17 durante o inicio do reinado de Filipe 4º, 3º


de Portugal e  começa com o avistamento por grande parte da população de uma
serpente que causau o caus numa certa manhã, E porquê? Perguntei eu a mim
próprio quando li…de facto a serpente no cristianismo é simbolo do mal desde o
episódio onde Eva trinca uma maça renunciando o paraíso sobre influencia do
diabo que se encontrava disfarçado de serpente. Logo na minha opinião o
aparecimento deste animal, sugere o aparecimento do mal e do diabo na região.
Do drama da população a ação passa para despertar do Rei nessa mesma manhã.
Este acorda e fica pasmado a contemplar o corpo nú de Marfisa, a prostituta mais
cara da cidade. Com isso o Rei deixa dez trocados a Lucrécia, a criada de Marfisa,
como pagamento do serviço. Ele e o Conde Penã Andrada, burguês que o
acompanhava e que dormira com Lucrécia, voltaram para o palácio real.
Não conseguindo tirar da cabeça o corpo explendido de Marfisa quando  ao
chegou ,o rei pediu a um criado que lhe trouxesse a chave da sala proibida, este
teve de a roubar, o que não interessou ao rei, mais, até disse ”fizeste-te bem”. Na
sala proibida encontravam-se retratos de mulheres nuas, o que deixou mais uma
vez o rei pasmado. Esta era proibida dado que a contemplação de uma mulher nua
era um crime muito grave. O que me fez pensar porque o criado roubou algo e foi
elogiado, um homem vê uma mulhher nua e isso é crime..onde está a justiça?
Depois de um bom tempo a olhar para os quadros, um criado foi dizer ao rei que
era hora da missa. Durante a missa, dá-se um acontecimento que dá um curso à
história, o Rei exclama que quer ver a raínha nua.
Durante a missa outros acontecimentos também decorreram, nomeadamente  a
fuga de Marfisa e Lucrécia. Aqui estão presentes principalmente duas críticas, uma
à corrupção, pois foi a mando do Inquisidor-mor que elas fugiram(como chefe da
inquisição ele devia mandar prende-las e não dizer-lhes para fugir), para além disso
há uma crítica ao clero, pois Marfisa fugiu escondendo-se num mosteiro passando
a freira (como é que uma prostituta passa a freira, são quase opostos, realmente
como se afirma numa das frases do livro “o hábito não faz o monge”)
Terminada a missa , ocorre no tribunal da Inquisição uma sessão que tinha o
objetivo de resolver três problemas:
-a questão do rei ter ido às meninas;
-a questão do rei querer ver a raínha nua;
-castigará deus o povo pelos pecados do do rei?
Para além disso aínda outros assuntos foram questionados como por exemplo se
os 4 pecados mortais deveriam ser julgados como 1 ou como 4? E se a nega
deveria ser julgada como delito ou não? E vocês  aqui ficam sem percebber o que
isto é… eu passo a explicar, segundo se o que se constava, o rei tinha cometido
adultério 4 vezes e à 5ª cansou-se e adormeceu.
Como testemunha, falou o Conde Penã Andrada, que contou tudo o que se passou.
Ele e o padre Almeida (um jesuita portugues muito viajado que estava de
passagem) estavam a favor do encontro dos reis, e o padre Villaescusa (um padre
que invejava o lugar do inquisidor-mor) era altamente contra, o que levou a um
confronto de ideias.
Para o padre Almeida os jovens príncipes casaram por obrigação assim como
muitos jovens na sua idade, logo era normal querem-se ver nús (o que nos trás a
outra crítica, segundo os costumes da época, os casamentos eram por
conveniência, e segundo a religião cristã, um casamento só poderá ocorrer se os
futuros noivos o quiserem e não os seus pais.)
Segundo o Conde o querer ver a raínha nua fora uma consequencia de ver Marfisa
nua. Para ele jovens neste mundo não devem ser inocentes, mas sim
experimentados, portanto qual seria o mal de o esposo querer conhecer o corpo da
esposa?
O padre Villaescusa perguntou-lhe se já vira muitas mulheres nuas e o conde com
a confirmação do padre Almeida que meio mundo andava nú e um exemplo disso
eram as mulheres das tribos que o padre Almeida tentava converter ao
Cristianismo.
O padre Villaescusa perguntou ao padre Almeida porque é que não as obrigava a
vestirem-se e o este respondeu-lhe que lhes ensinava que Deus tinha morrido por
todos os homens e os esperava no paraíso. O padre Villaescusa perguntou se o
paraíso era para gente nua e o outro respondeu-lhe que ninguém leva as roupas
para o céu.
No final não se chegou a conclusão nenhuma e nomearam-se mais 4 sessões para
a resolução desses problemas, o que me leva a criticar este regime, pois falou-se,
falou-se, falou-se e não se chegou a conclusão nenhuma, ficando assim provado a
falta de rigor nestas reuniões.
Depois desta sessão o padre Villaescusa foi contar tudo o que se passou lá ao
Valido (que era uma espécie de ministro das finanças) e convence-o que os
pecados do rei acabarão por trazer uma desgraça ao reino(nomedamente a perda
da guerra e o saqueamento da frota que trazia anualmente dinheiro para os cofres
reais), portanto era imprescindível  que o rei não visse a raínha nua para evitar tais
desgraças.
Para além disto a raínha toma a decisão de se querer mostrar  ao rei e diz à criada
para o informar. Enquanto isto, o Valido e a Camareira-mor(sua prima e
encarregada de tomar conta das mulheres da corte) decidem trancar todas as
portas entre os quartos dos reis para que estes não se vissem nús, pelo menos até
chegarem notícias da frota e da guerra, pois se os reis pecassem, o povo pagava e
a frota e a guerra eram perdidas.
Durante essa noite ocorreu a cena mais estranha do livro, havia um padre, o padre
Rivadesella, que falava com o diabo, diabo esse que aparecia sempre no corpo de
algum animal, corvo, sapo…serpente e, nessa noite pela primeira vez apareceu sob
a forma de um homem, tiveram uma conversa e no final o padre fica a saber que
ver o conjugue nu, não é pecado, para além disso o diabo também diz que deus só
ouve as preces de quem implora a piedade e a justiça, acusando o povo de não ser
justo nem piedoso, mas apenas católico, o ser católico, ou turco não interessava, o
que interessava era a sua vontade, se era boa ia para o céu, se era má ia para o
inferno (aqui deparei-me com uma critica direta à igreja e à sociedade, pois para
acentuar isto, toda a cidade cheirava a enxofre, gaz caraterístico dos vulcões, logo
do inferno, para salientar a malícia da população)
Aínda nessa noite o rei fica a saber da vontade da raínha e tenta ir ter com ela, mas
em vão, as portas estavam trancadas. Já desesperado, o rei é acalmado pelo
Conde que promete que o ajudará, promete-lhe um encontro fora do palácio e fora
das portas trancadas.
Como as paredes têm ouvidos chega a informação dos planos do conde ao Valido
e este manda-o prender.
O capitão da Guarda e meia duzia de soldados entram no quarto de D.Paca, uma
dançarina que supostamente estava a dormir com o conde. Não o encontram
porque este fugira por um corredor escuro. D. Paca aínda o procura mas assusta-
se com uma silhueta demoníaca que surgiu no corredor.
O padre Almeida combinado com o Conde pede a Marfisa para os ajudar,
arranjando um encontro no mosteiro aos reis. Marfisa aceita pois assim teria ajuda
a fugir do reino (pois a inquisição andava atrá dela).Para além disso ele aínda
combina as coisas com a criada da rainha. (aqui está implicita mais uma critica,
para que os reis se encontrassem no mosteiro, teve de haver permissão da
abadessa(quem governava o mosteiro) e ela aceitou, pois anciava que como
agradecimento o rei lhe oferecesse um relógio, o que nos novamente à
corrupção. )
Marfisa prepara o quarto e dá conselhos aos reis
RAÍNHA: foi a primeira a chegar e Marfisa aconselhou-a a fazer-se sedutoramente
de difícil, não dizer sim a tudo.
REI: aconselhou-o a ir com calma, para não se cansar rapidamente.
Os reis viram-se nús
O Valido recebe a informação que a frota chegou e a guerra venceu-se, o padre
Villaescusa aínda tenta justificar isso dizendo que foi das procissões em nome de
Deus que se fizeram para atenuar o crime dos reis, mas as cartas foram enviadas
antes e durante os “crimes”, não dando mais importância ao padre Villaescusa.
A obra termina com o Valido confuso ao ver a carta para prender o Conde, não se
lembravava de a ter escrito e segundo lhe disseram um tal Conde Penã Andrada
não existia.O que nos leva ao enigma da obra, quem era afinal o Conde?
Na minha opinião o Conde era o Diabo pois D.Paca viu o demónio onde devia estar
o Conde, o Valido via uma nuvem ou poeira quando pensava no conde (a poeira
pode ter haver com o fumo do inferno) e para além disso, no final da história,
quando o Conde abandona a cidade, o padre Rivadesella(o que falava com o
diabo), nunca mais o encontrou.

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