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Universidade Iguaçu – UNIG

Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde – FaCBS


Graduação em Enfermagem

DESIREÉ DA SILVA ROCHA


ELAINE FRANCISCA DA CONCEIÇÃO

ORIENTAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM PARA


AUMENTAR A COBERTURA VACINAL DO
PAPILOMAVÍRUS HUMANO EM ADOLESCENTES

NOVA IGUAÇU
2023
DESIREÉ DA SILVA ROCHA
ELAINE FRANCISCA DA CONCEIÇÃO

ORIENTAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM PARA


AUMENTAR A COBERTURA VACINAL DO
PAPILOMAVÍRUS HUMANO EM ADOLESCENTES

Projeto de pesquisa apresentado como requisito


parcial para a aprovação na disciplina Trabalho de
Conclusão de Curso I, do curso de Enfermagem,
sob a orientação dos Prof. M.s. Felipe e Prof.ª M.s.
Fernanda.

NOVA IGUAÇU
2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4

1.1. Aproximação do tema .......................................................................................... 4

1.2. Apresentação do problema .................................................................................. 5

1.3. Justificativa do estudo .......................................................................................... 6

1.4 Questões norteadoras ........................................................................................... 7

2. OBJETIVOS ............................................................................................................ 8

2.1. Objetivo geral ....................................................................................................... 8

2.2. Objetivo específico ............................................................................................... 8

3. REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................... 8

3.1 Rastreamento e prevenção do Papilomavírus humano em adolescentes no


Sistema Único de Saúde ............................................................................................. 8

3.2 Riscos associados ao Papilomavírus humano ...................................................... 9

3.3 Principais ações empenhadas na prevenção do Papilomavírus humano............ 10

3.4 Limitações encontradas pelos Enfermeiros para cobertura preventiva do HPV .. 11

4. CRONOGRAMA ................................................................................................... 13

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 14
4

1. INTRODUÇÃO

1.1. Aproximação do tema

O Papilomavírus humano (HPV) é um dos principais agentes causadores de


câncer cervical, uma das principais causas de morte por câncer em mulheres no
Brasil. Assim, o combate ao HPV é um importante desafio de saúde pública no país,
sendo reconhecido igualmente em nível internacional (SELVAN et al., 2021).
Adequando-se à padrões internacionais, o Brasil deslocou ao SUS a tarefa de
realizar o rastreamento e combate ao HPV, de sorte a conferir abrangência em todo o
território nacional de forma gratuita aos seus usuários. As campanhas de vacinação e
conscientização foram, e são, os principais instrumentos para garantir essa cobertura
uniforme de vacinação (BRASIL, 2007).
Considerando os estudos publicados por Ferreira et al. (2022); Selvan et al.
(2021); Torabizadeh et al. (2020), pode-se depreender que o Enfermeiro, quando
observada sua atuação no rastreamento e combate ao HPV, assume relevância em
quatro (4) aspectos macros, a saber: (1) Educação e informação; (2) Prevenção; (3)
Rastreamento; e (4) Tratamento, ao qual passa-se a discutir brevemente adiante.
No prisma da “educação e informação”, nota-se que o enfermeiro pode
desempenhar um papel fundamental na educação e informação das pessoas sobre o
HPV. Isso inclui a divulgação de informações sobre o HPV, seus sintomas, formas de
prevenção, diagnóstico e tratamento. Segundo pesquisas de Biselli-Monteiro et al.
(2020); Carvalho et al. (2019); Selvan et al. (2021), o enfermeiro também pode
fornecer informações sobre a importância da vacinação contra o HPV.
A prevenção traduz-se na responsabilidade do Enfermeiro por realizar ações
de prevenção do HPV. Isso inclui a promoção do uso de preservativos durante as
relações sexuais, além de oferecer informações sobre as formas de prevenção do
HPV, como a vacinação (TORABIZADEH et al., 2020).
O rastreamento consiste na realização de testes de rastreamento do HPV,
como o exame de Papanicolau, que é uma importante ferramenta para detectar
precocemente o câncer cervical. Além disso, o enfermeiro pode realizar exames para
diagnosticar o HPV em seus estágios iniciais (RUNNGREN et al., 2022).
Por fim, Carvalho et al. (2019); Heavey (2018) elucidam que o tratamento
contempla o acompanhamento de pacientes que foram diagnosticados com o vírus,
5

fornecendo orientações sobre tratamentos e cuidados, além de auxiliar no


monitoramento do progresso do tratamento.
Apoiado nestes pilares, é possível notar que o Enfermeiro se coloca como peça
nuclear no combate ao HPV no Brasil, principalmente no contexto do SUS, repisando
a importância e relevância do tema selecionado (FERREIRA et al., 2022).

1.2. Apresentação do problema

Autores como Ferreira et al. (2022); Silva et al. (2018); Torabizadeh et al. (2020)
indicam que o profissional de Enfermagem desempenha papel central e nuclear na
prevenção do HPV, uma vez ser o profissional de saúde que mais possui contato com
o público-alvo destinado, ou seja, adolescentes, e que possui conhecimento adequado
para realizar campanhas e orientações adequadas sobre a eficácia da vacinação,
principal meio de prevenção ao HPV.
Carvalho et al. (2019) e Ferreira et al. (2022), compondo acervo de artigos
selecionados para o desenvolvimento desta pesquisa, indicam que o Enfermeiro é
peça chave na articulação entre as Unidades Básicas de Saúde (UBS), principais
pontos de promoção ao combate do HPV, e os adolescentes, principalmente nos
ambientes externos à Unidades de Saúde.
Contudo, em que pese a validade da atuação do Enfermeiro e a extensa
permanência da vacinação no PNI e nas Unidades de Saúde, verifica-se que o Brasil
ainda não possui cobertura vacinal adequada do HPV, havendo, em bem da verdade,
ampla resistência e desinformação acerca de sua validade, importância e relevância
para os adolescentes, especialmente antes do início da vida sexual (BRASIL, 2007).
Tais achados encontram-se evidenciados nas pesquisas de Carvalho et al. (2019);
Torabizadeh et al. (2020).
Dentro da literatura selecionada, estima-se que um dos principais motivos que
levam a carência na cobertura vacinal é justamente o tabu que reveste o tema da
sexualidade, especialmente na faixa-etária a que se destina (SELVAN et al., 2021).
Outro fator determinante é como meninos e meninas abordam a temática, de sorte a
evidenciar necessidade de desenvolver atividades específicas para cada grupo-alvo
(BISELLI-MONTEIRO et al., 2020).
Por fim, porém não distante dos ditos anteriores, coloca-se a própria questão
da faixa-etária. Isto porque, segundo Carvalho et al. (2019), a idade de apresentação
6

do tema às meninas e meninos, ressalvada suas distinções de interpretação sobre o


tema, levam à baixa assimilação dos efeitos que a falta da vacinação pode ocasionar
em momento futuro.
Com base neste prisma, é necessário identificar como a orientação promovida
pelo Enfermeiro é capaz de atingir diretamente este público-alvo, e necessidade de
adequá-la para, quando na sua realização, afastar os pontos nebulosos que permeiam
a temática (FERREIRA et al., 2022).

1.3. Justificativa do estudo

A presença do human papilomavírus (HPV) mostra-se como tema de relevante


estudo, uma vez que atinge, como observado anteriormente, meninas em idade entre
nove a 14 anos, podendo estender-se até seus 18 anos de idade (SILVA et al., 2018).
Esta prevalência de faixa etária é justificada por situar a menina/mulher na condição
de “adolescente”, segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2007).
A realização do presente estudo ganha sua relevância ao passo em que a
literatura indica, ao menos em suas noções mais gerais, que o conhecimento
adquirido pelas meninas nesta faixa etária é fundamental para que haja o diagnóstico
precoce da doença e início de seu tratamento. Oportuno, contudo, destacar que o
HPV não possui incidência exclusiva em meninas, também podendo manifestar-se em
meninos em igual faixa etária (CARVALHO et al., 2019). Este conhecimento, destaca-
se, embora possa ser adquirido de forma “formal” em escolas, é frequentemente
promovido pelo Enfermeiro, na condição de preceptor em saúde.
Estudos realizados por Runngren et al. (2022); Silva et al. (2018) sustentam o
entendimento de que a cobertura vacinal contra o HPV é de vital importância, uma vez
que representa efetiva redução na taxa de surgimento de Câncer no Colo de Útero,
melhorando, em última análise, a qualidade de vida da mulher. Não obstante, os
autores sustentam redução da incidência dos tipos mais severos de HPV. Heavey
(2018), lançando luz especificamente sobre a saúde da mulher, indica que a
vacinação do HPV coloca-se como de vital importância, uma vez desempenhar
relevante papel no controle de doenças sexualmente transmissíveis.
Biselli-Monteiro et al. (2020); Heavey (2018) evidenciam que a educação em
saúde promovida pelo Enfermeiro é primariamente orientada à investigação dos
sintomas sentidos pela menina e, por consequência direta, indicação do esquema
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vacinal necessário para sua proteção, reforçando, em igual norte, a validade do


Programa Nacional de Imunização.
Não obstante à questão etária, é possível notar que a presença do Enfermeiro
cumpre ainda outro papel de vital importância: reduzir as barreiras de conhecimento
e/ou demográfica que possam, por motivos particulares e singulares daquela região,
impedir o acolhimento e abordagem correta sobre a temática (TORABIZADEH et al.,
2020).
Diz-se isto ao passo em que a literatura selecionada sustenta que os fatores
demográficos e ligados à instrução apresentam, com efeito, esta barreira. Daí possível
sustentar que o Enfermeiro, na condição tanto de promotor em saúde, quanto como
“elo” entre o usuário e a Equipe Médica do Hospital, desempenha valioso
protagonismo neste processo de identificação e controle (CARVALHO et al., 2019).
Não obstante, podemos também sustentar que o papel do Enfermeiro ganha
relevância quando nos debruçamos sob as limitações impostos a cada um dos
gêneros. Isso porque estudos evidenciam diferença entre como homens e mulheres
interpretam e absorvem os sinais do HPV, reforçando a necessidade de um
conhecimento uniforme sobre a doenças, meios de prevenção e tratamento (BISELLI-
MONTEIRO et al., 2020; CARVALHO et al., 2019).
Embora não haja intenção de limitar as pesquisas apenas ao campo do Sistema
Único de Saúde, mostra-se evidente que sua atuação é muito mais ativa e constante,
sendo, por conseguinte, alvo de maior atenção no presente estudo. Esta justificativa
encontra-se estampada em artigo publicado por Runngren et al. (2022), ao qual
evidencia que as melhores taxas de vacinação, e cobertura, se dão através de
programas financiados pelo governo ou por universidades, de forma que o capital
investido é, com efeito, público.

1.4 Questões norteadoras

Quais as principais limitações enfrentadas pelo Enfermeiro para uma cobertura


adequada para prevenção do HPV?
Quais as principais ações desenvolvidas pelo Enfermeiro para prevenção do
HPV?
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2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo geral

Compreender a importância do profissional de enfermagem no rastreamento e


prevenção do HPV em adolescentes.

2.2. Objetivo específico

Identificar as principais limitações enfrentadas pelo Enfermeiro para uma


cobertura adequada para prevenção do HPV.
Descrever as principais ações desenvolvidas pelo Enfermeiro para prevenção
do HPV.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Rastreamento e prevenção do Papilomavírus humano em adolescentes no


Sistema Único de Saúde

É relevante destacar que a citologia (Papanicolau) é o método mais comumente


empregado para o rastreamento do Papilomavírus Humano em mulheres, devido à
sua relação custo-benefício e eficácia (TRECO et al., 2021). O objetivo do exame é
detectar precocemente as células precursoras do câncer de colo do útero e as
neoplasias cervicais, permitindo o reconhecimento de lesões em estágios iniciais,
ainda na fase intraepitelial, mesmo em mulheres assintomáticas (SILVA et al., 2018).
O diagnóstico precoce de alterações citopatológicas e estágios iniciais do
câncer cervical aumenta as chances de cura e reduz a mortalidade. Além disso, o
exame de Papanicolau é uma opção de baixo custo, rápido e simples, disponível para
a população feminina por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, integrado
aos programas de rastreamento do câncer cervical nacionalmente e em vários outros
países (TRECO et al., 2021).
Embora o exame de Papanicolau seja amplamente utilizado, ele apresenta a
desvantagem de ocasionalmente fornecer resultados falsos negativos. Como
resultado, foram desenvolvidas várias outras técnicas para complementar o
rastreamento do câncer cervical, como colposcopia, peniscopia, inspeção com ácido
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acético a 5% e biópsia. Essas técnicas adicionais visam aumentar a sensibilidade e a


precisão do diagnóstico, permitindo uma avaliação mais abrangente das alterações
cervicais e das lesões precursoras (SILVA et al., 2018).

3.2 Riscos associados ao Papilomavírus humano

A infecção pelo Papilomavírus humano (HPV) é o principal fator de risco


associado ao desenvolvimento de lesões precursoras de malignidade. Além disso,
fatores como o número elevado de gestações, uso de contraceptivos orais, tabagismo
e outras doenças sexualmente transmissíveis, como HIV e clamídia, também
contribuem para um maior risco de desenvolvimento de lesões (SILVA et al., 2023).
Entre seus principais fatores de risco, pode-se evidenciar aqueles relacionados
à diversidade de parceiros e história de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs),
início precoce da atividade sexual, multiparidade, tabagismo crônico, deficiências
nutricionais em micronutrientes como vitamina C, beta-caroteno e folato, uso
prolongado de contraceptivos, infecção pelo Papilomavírus humano (HPV) ou outras
ISTs como HIV, tricomoníase, candidíase, clamídia e herpes, além de fatores como
imunossupressão e predisposição genética (ALMEIDA et al., 2021; SILVA et al.,
2023).
A ingestão insuficiente de vitaminas do tipo A, C, E, betacaroteno e ácido fólico
pode comprometer a capacidade das células de se defenderem contra agressões
virais, levando à persistência do processo infeccioso e, consequentemente, ao
desenvolvimento do câncer cervical. Essa deficiência está associada, também, a
baixas condições socioeconômicas (ALMEIDA et al., 2021).
Ponto de relevante aspecto é o desconhecimento e baixa adesão do público
masculino à vacinação e campanhas relacionadas ao HPV (BISELLI-MONTEIRO et
al., 2020). Isto porque população masculina é a principal responsável pela
transmissão ao sexo feminino, pois diferente de outras Infecções Sexualmente
Transmissíveis (ISTs), o HPV é mais facilmente transmitido de homem para
mulher do que da mulher para o homem (MEIRELES et al., 2020).
A execução e o planejamento adequados das atribuições de enfermagem têm
o potencial de reduzir os riscos diretos e indiretos associados ao desenvolvimento do
câncer de colo do útero. É essencial que os profissionais de enfermagem possuam
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especialização em saúde da mulher e saúde coletiva, a fim de atuarem de maneira


mais efetiva nessa área científica (SILVA et al., 2021).

3.3 Principais ações empenhadas na prevenção do Papilomavírus humano

A principal ação utilizada na prevenção do Papilomavírus humano (HPV) é


precisamente a vacinação de meninos e meninas, mesmo antes do início da vida
sexual, sendo esta adoção tida como a mais adequada em sua prevenção e cobertura
(PANOBIANCO et al., 2022; SILVA et al., 2018). Não obstante, tem-se que sua
cobertura é capaz de prevenir até 90% das infecções e doenças relacionadas ao HPV
(SELVAN et al., 2021).
Com objetivo de promover sua cobertura adequada, os profissionais de
Enfermagem acabam por depositar energia na realização de campanhas de
conscientização e orientação, tanto coletiva quanto individual, acerca da necessidade
e valia da vacinação (TORABIZADEH et al., 2020). Contudo, tal como será abordado
em momento futuro deste trabalho, os profissionais acabam por optar muitas das
vezes em uma orientação “neutra”, evitando tendenciar ou influenciar a menina ou
menino a se vacinar (SELVAN et al., 2021).
Além do impacto comprovado da vacina contra o HPV na redução de vários
tipos de câncer e verrugas genitais, é crucial aumentar as taxas de vacinação,
especialmente entre os jovens antes do início da atividade sexual. Isso requer a
implementação de campanhas focadas na promoção da eficácia e segurança da
vacina. As evidências sustentam o papel da vacina contra o HPV na diminuição dos
casos de câncer cervical, orofaríngeo, peniano, anal, vulvar e vaginal. Além disso,
demonstrou-se uma redução significativa de verrugas genitais nas populações
vacinadas (BISELLI-MONTEIRO et al., 2020; CARVALHO et al., 2019).
O conhecimento adequado acerca do HPV e das doenças a ele associadas são
largamente admitidas na literatura como sendo determinante para a vacinação
(FERREIRA et al., 2022; SILVA et al., 2018). Para Biselli-Monteiro et al. (2020) esta
relação se dá primariamente pelo fato de que as mulheres passam a ter mais contato
formal com os efeitos do HPV e sua prevenção, acumulando tanto conhecimentos
formais, quanto sociais, tornando-as mais receptivas à vacinação.
A conscientização dos responsáveis é igualmente relatada como relevante,
especialmente no público feminino, uma vez compreender idades mais baixas. Em
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estudos conduzidos por Ferreira et al. (2022); Runngren et al. (2022), sinalizam que a
aceitação e reforço vacinal pelos responsáveis é de extrema valia, uma vez que o
público-alvo, não raramente, desconhece e não compreende a extensão de sua
validade e importância.

3.4 Limitações encontradas pelos Enfermeiros para cobertura preventiva do


HPV

A literatura selecionada indica existência de sete eixos de limitações


enfrentadas pelo profissional de Enfermagem para cobertura vacinal preventiva ao
HPV, a saber: (1) aprovação dos pais; (2) conhecimento/desinformação sobre o HPV
e vacinação; (3) contextos sexuais; (4) educação escolar/coletiva; (5) proximidade
geográfica com unidades de atendimento; (6) convívio social (religião, etnia e valores
sociais); (7) idade.

Tabela 1 - Fatores exógenos limitadores

Limitações
Autor (ano)
1 2 3 4 5 6 7
Meireles et al. (2020) ● ● -- ● -- ● ●
Silva et al. (2023) ○ ● -- ○ -- ○ ●
Carvalho et al. (2019) ● ● ● ● ● ● ●
Ferreira et al. (2022) ● ● ● -- ● ●
Runngren et al. (2022) ● ● ● ● -- -- ●
Selvan et al. (2021) ● -- -- ● -- -- ●
Silva et al. (2018) -- ● ● ● -- ● --
Torabizadeh et al. (2020) -- -- ● ● -- -- --

Legenda: (--) Não discutido pelo autor. (○) Parcialmente discutido ou englobado em outros
fatores/não discriminado. (●) Abordado diretamente pelo autor.

Para Meireles et al. (2020); Silva et al. (2023) o eixo “aprovação dos pais”
encontra-se diretamente relacionado à sua escolaridade e educação. Para os autores
quanto maior o nível de instrução, melhores as taxas de adesão à vacinação e
conhecimento sobre o HPV; em igual esteira, Silva et al. (2023) situam o eixo 4 e 6
como sendo relativo a contexto socioeconômico.
Oportuno destacar que os eixos apontados na
Tabela 1 - Fatores exógenos limitadores referem-se a fatores exógenos da
problemática, uma vez compreender fatores que o profissional não possui ingerência
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e deve, em razão da dinâmica biopsicossocial, considerar em sua abordagem


(CARVALHO et al., 2019). Os fatores endógenos, isto é, aqueles ligados a própria
atuação do Enfermeiro, encontram-se representados na Tabela 2 - Fatores
endógenos limitadores.
Dentre os fatores endógenos, pode-se citar quatro eixos, a saber: (1) educação
do enfermeiro; (2) realização de atividades e campanhas educacionais; (3)
identificação das especificidades regionais/demandas locais; (4) reconhecimento de
dificuldades na realização do exame; (5) rastreamento.

Tabela 2 - Fatores endógenos limitadores

Limitações
Autor (ano)
1 2 3 4 5
Selvan et al. (2021) ○ ● ● ● --
Panobianco et al. (2022) ● ● -- ● ●
Silva et al. (2021) -- ● -- -- ●
Meireles et al. (2020) ● ● ● ● --

Legenda: (--) Não discutido pelo autor. (○) Parcialmente discutido ou englobado em outros
fatores/não discriminado. (●) Abordado diretamente pelo autor.

Os artigos selecionados indicam que a principal limitação encontrada quanto à


fatores internos, é justamente a realização de atividades e campanhas educacionais
regionais, favorecendo, assim, uma melhor compreensão do HPV e da importância da
vacinação. Não obstante, outro tópico recorrente se firma na educação do Enfermeiro.
Esta é apontada por 75% (n=3) dos artigos que versam sobre a figura específica do
Enfermeiro.
Para Selvan et al. (2021) é necessário destacar que, embora o enfermeiro
possua qualificação técnica, por vezes seus conhecimentos são fragmentados e
incompletos, permitindo surgimento de lacunas interpretativas e de orientação,
prejudicando a atividade desenvolvida.
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4. CRONOGRAMA

Adota-se como estimativa de Cronograma o representado abaixo. Estima-se


que a confecção completa do trabalho dure aproximadamente seis (6) meses, com
intervalos regulares de quinze (15) dias.

Tabela 1 – Cronograma de desenvolvimento da pesquisa

Mês
Atividade
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun.
Escolha do tema ●
Pesquisa bibliográfica ● ●
Construção da introdução ● ●
Elaboração dos objetivos ●
Metodologia ● ●
Coleta de dados ● ● ●
Análise dos dados ● ● ●
Discussão ●

Fonte: Autoras (2023)


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REFERÊNCIAS

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Disponível em: 10.1590/1983-1447.2021.20200233. Acesso em: 10 mai. 2023.

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