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01/09/23 - História - Página 110

1. O governo dos Estados Unidos não ratificou o Tratado de Versalhes e decidiu não
participar da Liga das Nações, deixando aos europeus a tarefa de solucionar os
conflitos ocorridos na Europa. Coerentes com a política isolacionista, os presidentes
republicanos que governaram no período entre 1921 e 1932 decretaram leis restritivas
à entrada de imigrantes no país; a economia, sem o controle estatal, foi se
desequilibrando: os salários e a renda dos trabalhadores não acompanharam o
crescimento da produção,o que impunha sérias limitações para o mercado interno.
Com um terço da renda do país concentrada nas mãos de apenas 5% da população
estadunidense, não era possível aumentar o consumo na mesma taxa de crescimento
da produção, o que provocou uma profunda crise de superprodução.

2. Os fatores que contribuíram para a eclosão da Grande Depressão foram: a


superprodução de bens industrializados; especulação financeira
descontrolada;redução das importações pelos países europeus devido à recuperação
econômica do continente após o término da Primeira Guerra Mundial; passividade do
governo liberal estadunidense, que confiava na capacidade de autorregulação do
mercado.

3. Para superar a crise econômica que assolava os Estados Unidos, o presidente


Franklin Delano Roosevelt lançou o plano conhecido como New Deal, baseado nos
estudos do economista inglês John Maynard Keynes (1884­ - 1946). Esse plano
defendia a intervenção do Estado para controlar o desenvolvimento da economia, de
modo a combater crises e garantir empregos e direitos sociais. Roosevelt determinou
grandes emissões monetárias, inflacionando deliberadamente o sistema financeiro;
fez investimentos estatais de monta, como hidrelétricas; estimulou uma política de
empregos por meio de obras públicas, entre outras medidas, o que ativou o consumo
e possibilitou a progressiva recuperação da economia. Essas iniciativas foram
acompanhadas da instalação de modernos sistemas previdenciários, como a Lei de
Seguridade dos Estados Unidos, aprovada em 1935.

4. Tanto a Alemanha quanto a Itália passaram por uma grave crise econômica para a
qual os governos liberais não encontraram solução. Ao mesmo tempo, a divisão dos
partidos de esquerda e a convicção de que só um governo forte, que unisse a nação,
seria capaz de superar a crise, serviram de combustível para o fortalecimento do
Partido Nacional ­Socialista dos Trabalhadores Alemães e do Partido Fascista italiano
no cenário político desses países.

5. a) Os campos de concentração foram transformados em centros de extermínio em


massa. Das mortes por fuzilamento, passou ­se para as mortes por gás, em escala
industrial. Criou ­se uma tecnologia da morte.
b) Os campos de concentração eram guiados pela irracionalidade porque, em plena
guerra, consumiam recursos e liquidaram uma mão de obra que lhes era necessária.
6. a) A personagem à esquerda é grande, forte, e sua pose insinua segurança. As
mangas arregaçadas parecem identificar um trabalhador braçal. Já as personagens
da direita são baixas e sinistras, e suas expressões transmitem ao observador
desconfiança.
b) Os tijolos significam as bases fundadoras de uma nova Alemanha que estaria
sendo construída pelos nazistas, com o esforço dos alemães.
c) A imagem do pôster mostra um trabalhador alemão apoiado sobre uma pilha de
tijolos que representam o pão, a liberdade e o trabalho, bases sobre as quais a
Alemanha estaria se reconstruindo sob a liderança do nazismo. Assim amparado, o
povo alemão resistiria às forças que buscavam enfraquecer a Alemanha, superando
a crise. Essa propaganda pareceu tão atraente à população alemã porque acenava
com a possibilidade de resgate de sua força e dignidade. Passava a ideia de
segurança e solidez, contrapondo ­se a um cenário de crise e instabilidade. Além
disso, reforçava a oposição “nós” (o povo alemão) e “eles” (os inimigos da
Alemanha), simplificando a complexa situação alemã em um raciocínio maniqueísta,
esquemático, fácil de ser entendido e absorvido pelo observador.

7. a) O autor relaciona esta situação com o funcionamento dos mecanismos de


seleção de dados e informação usados pelas plataformas populares, as quais podem
ser manipuladas e passam por filtros automáticos que podem incidir sobre a
formação de opinião. Ele também discute sobre a forma passiva como as pessoas
consomem as informações pela web, contentando ­se com aquilo que lhe é
apresentado.
b) Esta situação, segundo ele, além de consolidar uma visão de que “todos dizem a
mesma coisa”, pode gerar uma sensação de urgência em relação a determinada
questões, aspectos que, segundo alguns estudos demonstram, incidem sobre o
comportamento das pessoas em processos eleitorais, em campanhas publicitárias e
mobilizações sociais.

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1. Os anos 1930 foram marcados por uma forte crise econômica que pôs em cheque
a crença no liberalismo, o que ensejou a ascensão de regimes autoritários em
diversos países (como o franquismo na Espanha, o nazismo na Alemanha, o
salazarismo em Portugal, etc.) e acentuou o combate às ideias socialistas e
comunistas. Nesse contexto, assim como nos outros países com regimes autoritários,
a chegada de Vargas ao poder era vista no Brasil como solução para a crise
econômica, política e social.

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