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Movidos pela nova Natureza

Frequentar uma igreja não fará de você um cristão, assim como frequentar um
estábulo não fará de você um cavalo. Em outras palavras, o ambiente não tem o poder
de mudar a natureza de alguém. E é disso que se trata o cristianismo. Conversão é
uma mudança de natureza.
O apóstolo Paulo aos Efésios, fala daquilo que Deus fez nas nossas vidas por
meio de Jesus.
Efésios 2:1-3, Paulo fala que Ele lhes deu vida quando vocês estavam
mortos em suas transgressões e pecados, nos quais vocês andaram noutro
tempo, segundo o curso desse mundo, segundo o príncipe da potestade do ar,
do espírito que agora atua nos filhos da desobediência entre eles, também nós
todos andamos no passado, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a
vontade da carne e dos pensamentos. E éramos, por natureza, filhos da ira, como
também os demais.

Essa expressão filhos da desobediência, filhos da ira aparecem numa


concordância bíblica de que a desobediência levava o homem à ira e ao juízo de Deus.
O texto diz que éramos nós éramos filhos da desobediência, por natureza, o que indica
que o problema do homem sempre foi um problema de natureza.

Para que entendamos a questão do que Jesus veio de fato fazer e tratar. Essa
tem que ser a perspectiva correta a ser entendida. A Bíblia nos fala a respeito de Adão,
o primeiro homem, e Romanos no capítulo cinco. No verso 12, a Bíblia diz que por
meio de um só homem, uma clara referência a Adão entrou o pecado no mundo, e
através do pecado, a morte e a morte passou a todos os homens. Eu e você já
nascemos numa condição de pecado, porque Adão foi a primeira matriz reprodutora, o
cabeça de toda uma raça. Adão foi criado à imagem e semelhança de Deus e deveria
ter gerado seres semelhantes a Deus, assim como Ele era. Havia uma ordem instituída
e estabelecida por Deus na criação, de que tudo deveria reproduzir segundo a sua
espécie. Então os animais gerariam seres semelhantes a ele. As aves gerariam aves e
não peixes. Os peixes reproduziriam peixes e não aves. Essa lei estava em toda a
criação, não apenas nos animais. Ela envolve a vegetação e ela envolve o homem.
Mas quando o homem peca e isso afeta a sua natureza, a morte espiritual se instalou.
Ele virou uma matriz reprodutora que passou a estar comprometida em relação ao
plano original. É por isso que a Palavra de Deus nos fala da obra de Cristo como sendo
não apenas o perdão dos pecados que nós cometemos, não apenas o perdão das
nossas ações.

Speaker1: [00:03:00] Jesus veio tratar com a natureza pecaminosa. Quando João
Batista aponta para Jesus e diz Esse é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo
singular. Obviamente, o mundo está inundado de pecados. Mas quando a Bíblia usa o
termo singular, o pecado está falando da natureza do problema do pecado original. E
Jesus veio tratar com isso em primeiro aos Coríntios, no capítulo 15, a partir do
versículo 45 até o 49, nós lemos Pois assim está escrito O primeiro homem, Adão, se
tornou alma vivente, um ser vivente. Mas o último Adão é espírito vivificante. Que esse
último Adão e esse. Nós vamos perceber que o texto está falando da obra de Jesus,
porque Jesus é chamado de um último Adão. Nós sabemos do relato de Gênesis que
nos fala do primeiro Adão como um cabeça de raça. Mas Jesus vem para ser o último,
não apenas um segundo, mas aquele que resolveria o problema causado pelo primeiro,
que traria solução para aquilo que o primeiro Adão falhou para aquela área onde ele
não cumpriu o propósito estabelecido por Deus. Então o texto diz assim O primeiro
homem, Adão, se tornou alma vivente. Mas o último Adão é espírito vivificante. O
primeiro apenas foi criado por Deus e recebe vida, mas o segundo se torna um
vivificador dos demais que morreram por culpa do pecado. Do primeiro versículo 46. O
que vem primeiro não é o espiritual e sim o natural.

Speaker1: [00:04:21] Depois vem o espiritual. Na cronologia, o primeiro Adão natural


aparece na ordem e na sequência dos fatos, o segundo ou último Adão Cristo. Ele vem
depois para consertar o que o primeiro homem ou o primeiro Adão fez de errado. Verso
47 O primeiro homem formado do pó da terra e terreno, o segundo homem é do céu.
Aqui fica evidente que ele está falando de Jesus. Verso 48 Como foi o homem terreno?
Assim também são os demais que são feitos do pó da terra. E como é o homem
celestial, assim também são os celestiais. Assim como trouxemos a imagem do homem
terreno, traremos também a imagem do homem celestial. Nós temos aqui a essência
da obra de Jesus nos sendo apresentado. Cristo não veio apenas morrer na cruz para
perdoar os pecados que nós cometemos. Ele veio para tratar do problema original, que
era a natureza pecaminosa. O que Jesus veio nos proporcionar é uma mudança de
natureza. É aí que nós vamos entender a conversa de Jesus com Nicodemos, o Mestre
da Lei, lá em João, no capítulo três, quando ele fala sobre a importância de nascer de
novo, fala do momento onde o homem passa a ter uma nova natureza, porque o
primeiro Adão reproduziu uma natureza pecaminosa em todos nós. No entanto, o
último Adão, Jesus, Ele vem para ser um novo cabeça de raça. Ele veio para reproduzir
seres, ser melhor. Antes a ele. Ele vem fazer aquilo que o primeiro deveria ter feito e
falhou.

Speaker1: [00:05:47] Então nós precisamos olhar para a obra de Jesus e entender
essa perspectiva importantíssima em Romanos oito 29. A Bíblia diz aos que dantes
conheceu também predestinou o tempo. Predestinar significa destinar de antemão para
que eu e você fomos de antemão destinados. O texto diz para que fôssemos
conformes à imagem de seu Filho Jesus Cristo. O plano de Deus para cada um de nós
é que a imagem de Jesus fosse reproduzida aquilo que Adão não fez, reproduzindo
inicialmente a natureza de Deus, reproduzindo inicialmente a imagem e semelhança de
Deus, porque comprometeu isso com o pecado. Jesus veio fazer. Esse é o plano de
Deus desde antes da fundação do mundo. O primeiro de João dois seis, diz Se alguém
diz estar nele, deve andar como ele também andou. O primeiro de Pedro, capítulo um,
verso 21, fala de andarmos nas suas pegadas. Segundo aos Coríntios, capítulo três,
versículo 18, diz que o Espírito nos transforma de glória em glória na imagem do
Senhor Jesus. Todo o evangelho fala de sermos semelhantes a Jesus. Isso começa
com a experiência do novo nascimento. Quando Nicodemos ouve Jesus falar sobre o
novo nascimento, ele questiona Como isso é possível? Eu vou entrar no ventre da
minha mãe? Vou ser parido, dado à luz novamente. Jesus diz Não, o que é nascido da
carne é carne. O primeiro nascimento definiu você como carne, e você tem essa
natureza carnal.

Speaker1: [00:07:09] No entanto, ele diz O que é nascido do Espírito é espírito. O novo
nascimento é algo espiritual. É no nível espiritual que recebemos a nova natureza. A
segunda, de Pedro quatro, fala a respeito de nós, os nascidos de novo, que nós nos
tornamos participantes da natureza divina. A Bíblia diz que Ele nos gerou, nos
regenerou pela Palavra da verdade. Nós podemos ser gerados de novo e receber a
natureza de Deus. No entanto, o grande dilema a ser entendido é que o homem, após
ter nascido de novo, ele tem a vida de Deus no seu Espírito, mas ele continua tendo
também o velho nascimento. Ele ainda é carne, e essa carne precisa ser subjugada.
Essa carne precisa ser crucificada. É por isso que o apóstolo Paulo diz que os que são
de Cristo crucificaram a sua carne, as suas paixões em Cristo Jesus. Nós precisamos
entender o posicionamento de refrear o impulso da carne da velha natureza e nos
apropriar da realidade que temos em Cristo, a nova natureza. Escrevendo aos Efésios
que já haviam nascido de novo, sido cheios do Espírito Santo, o apóstolo Paulo diz que
nós temos que nos despir, desvestir do velho homem e nos vestir do novo. Isso não é
algo automático que acontece no dia da conversão, mas é uma nova realidade a nosso
respeito que precisa ser trabalhada na minha e na sua vida por obra do Espírito Santo.
Ele que nos torna cada dia mais parecidos com Jesus, Ele que nos torna cada vez
mais rendidos à nova natureza, cada vez mais distantes daquele lugar onde
estávamos.

Speaker1: [00:08:42] Isso requer de mim, de você, sujeição à obra do Espírito,


rendição a Ele, enchimento contínuo do Espírito Santo. Aliás, a ideia de ser cheio do
Espírito não significa que você vai ter mais do Espírito Santo. João três 34 diz que
Deus não dá o Espírito por medida. Ser cheio no conceito bíblico é ser totalmente
tomado. Então não fala de quanto você tem do Espírito Santo, mas fala de quanto o
Espírito Santo tem de você. Só Ele pode transformar cada um de nós na imagem do
Senhor Jesus, dia a dia, de forma progressiva, fazendo imperar, dominar e reinar em
nós a nova natureza. O problema do homem sempre foi um problema de natureza.
Essa solução nos foi dada em Cristo Jesus. Chegará o dia onde a nossa carne não terá
mais a inclinação ao pecado. Paulo escreve aos romanos dizendo que nós estamos
aguardando a redenção do nosso corpo. Paulo diz aos Filipenses Nossa pátria está
nos céus, de onde aguardamos um Salvador, o qual há de transformar o nosso corpo
de humilhação para ser igual ao corpo da sua glória. Haverá um dia onde seremos
glorificados nos nossos corpos, onde o pecado será definitivamente erradicado. Então
não precisaremos mais vencer a tentação, porque sequer seremos tentados. Mas até
que esse dia chegue, eu e você podemos andar em vitória, permitindo o governo da
nova natureza, Ainda que tenhamos que lidar com o dilema que Paulo apresenta em
Romanos sete de uma inclinação da carne, embora ao pecado contra a lei de Deus,
embora no homem interior, diz Paulo, ele tinha prazer na lei de Deus, o que claramente
indica o dilema de um nascido de novo e não de um não cristão.

Speaker1: [00:10:21] Apesar disso, ele você podemos dizer Quem nos livrará do corpo
dessa carne é responder exatamente como Paulo respondeu Graças, porém, a Deus,
por Jesus Cristo, nosso Senhor, pela obra que ele fez na cruz. Então Paulo termina o
capítulo sete e começa o capítulo oito de Romanos, dizendo a respeito de como o
Espírito Santo pode vivificar. O nosso corpo, essa carne inclinada ao erro, ela pode ser
completamente aniquilada pela obra do Espírito Santo. Para dessa forma vivemos a
nova natureza. A boa notícia é que nenhum de nós é escravo mais da velha natureza,
embora seja possível, pela negligência, a render se à obra do espírito, viver dominado
por ela. Mas nenhum de nós precisa estar nesse lugar. Não somos mais escravos do
pecado. Podemos viver a nova natureza. Podemos andar em santidade. Podemos
refletir Deus nessa terra. Que isso inspire o seu coração a render se dia a dia, de forma
prática e progressivo ao governo de Deus, para que você seja também uma réplica de
Jesus nessa terra, cada vez mais parecido com Ele, para a glória de Deus.

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