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DESENHO TÉCNICO
MECÂNICO – DES II
2ª ETAPA
Ijuí – RS
Escola Técnica Estadual 25 de Julho
Técnico em Mecânica
Rua Pedro Américo, 479
Bairro São José – CEP 98700-000
Ijuí – RS
Titulo:
Sendo proibida a reprodução, mesmo que parcialmente e por qualquer processo, sem
a autorização expressa da coordenação do Curso Técnico Mecânico
APOSTILA DE
DESENHO
TÉCNICO
MECÂNICO
IJUI/RS
SUMÁRIO
SUMÁRIO ................................................................................................................................... 3
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 4
1. IMPORTÂNCIA DO DESENHO ........................................................................................... 5
2. NORMALIZAÇÃO ................................................................................................................. 7
3. CALEGRAFIA TÉCNICA (NBR 8402/94) .......................................................................... 13
4. FORMATO DE PAPEL USADO EM DESENHO ............................................................... 16
5. LEGENDAS INDUSTRIAIS ................................................................................................ 19
5. FIGURAS GEOMETRICAS PLANAS ................................................................................ 21
6. SOLIDOS GEOMETRICOS ................................................................................................. 25
7. LINHAS ................................................................................................................................. 34
8. DIEDRO – ÂNGULOS DE PROJEÇÃO .............................................................................. 42
9. PERSPECTIVA ..................................................................................................................... 44
10. PROJEÇÃO ......................................................................................................................... 49
11. SUPRESSÃO DE VISTAS ............................................................................................. 53
12. DIMENSIONAMENTO E REGRAS DE COTAGEM ....................................................... 53
13. SIMBOLOS E CONVENÇÕES .......................................................................................... 68
14. ESCALA .............................................................................................................................. 70
15. VISTAS AUXILIARES....................................................................................................... 74
16. ROTAÇÃO DE DETALHES OBLÍQUOS ......................................................................... 77
17. CORTES .............................................................................................................................. 78
18. SEÇÕES............................................................................................................................. 101
19. OMISSÃO DE CORTE ..................................................................................................... 102
20. CONJUNTOS MECÂNICOS ............................................................................................ 105
INTRODUÇÃO
1. IMPORTÂNCIA DO DESENHO
O desenvolvimento tecnológico atinge a todos os segmentos da sociedade.
Com isso vem se buscando a participação dos profissionais uma constante busca de
desenvolver a sua competência para melhor desempenhar a sua função. Na área
metal mecânico tudo começa pelo desenho, pois além de conhecimentos técnicos da
área afim primeiro precisasse ter o conhecimento do desenho.
Normas ABNT
Editadas e distribuídas pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Normas ISO
Editadas e distribuídas pela ISO - International Organization for Standardization.
Normas DIN
DIN - Deutsche Normen (antigamente Deutsche Industrie - Normen). Editada pelo
DIN - Deutsche Institut fur Normung – Instituto Alemão para Normalização.
2. NORMALIZAÇÃO
Inicialmente. o desenho mecânico era descomprometido com regras e
normas de execução. Hoje, assume uma posição difusa e multidisciplinar, utilizando-
se de uma linguagem normatizada e universal. Das ideias preliminares aos estágios
finais de representação, sua aplicação se faz presente em projetos mecânicos,
elétricos, mobiliários, arquitetônicos, aeroespaciais, navais e em inúmeras outras
áreas.
De acordo com as normas técnicas de cada área ocupacional, você poderá
observar que nas figuras a seguir as representações foram feitas por meio de traços,
símbolos, números e indicações escritas.
As normas técnicas que regulam o desenho técnico são normas editadas pela
ABNT, registradas pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial) como normas brasileiras -NBR e estão em consonância com as
normas internacionais aprovadas pela ISO.
Normas da ABNT
A execução de desenhos técnicos é inteiramente normalizada pela ABNT. Os
procedimentos para execução de desenhos técnicos aparecem em normas geraisque
abordam desde a denominação e classificação dos desenhos até as formas de
representação gráfica, como é o caso da NBR 5984 – NORMA GERAL DE
DESENHO TÉCNICO (Antiga NB 8) e da NBR 6402 – EXECUÇÃO DE DESENHOS
TÉCNICOS DE MÁQUINAS E ESTRUTURAS METÁLICAS (Antiga NB 13), bem
como em normas específicas que tratam os assuntos separadamente, conforme os
exemplos seguintes:
• NBR 10647 – DESENHO TÉCNICO – NORMA GERAL, cujo objetivo é definir os
termos empregados em desenho técnico. A norma define os tipos de desenho quanto
aos seus aspectos geométricos (Desenho Projetivo e Não-Projetivo), quanto ao grau
de elaboração (Esboço, Desenho Preliminar e Definitivo), quanto ao grau de
pormenorização (Desenho de Detalhes e Conjuntos) e quanto à técnica de execução
(À mão livre ou utilizando computador).
NBR 10068 – FOLHA DE DESENHO LAY-OUT E DIMENSÕES, cujo objetivo é
padronizar as dimensões das folhas utilizadas na execução de desenhos técnicos e
definir seu lay out com suas respectivas margens e legenda. As folhas podem ser
utilizadas tanto na posição vertical como na posição horizontal. Os tamanhos das
folhas seguem os Formatos da série “A”, e o desenho deve ser executado no menor
formato possível, desde que não comprometa a sua interpretação. Os formatos da
série “A” têm como base o formato A0, cujas dimensões guardam entre si a mesma
relação que existe entre o lado de um quadrado e sua diagonal (841√2 = 1189), e
que corresponde a um retângulo de área igual a 1 m2.
Havendo necessidade de utilizar formatos fora dos padrões recomendados a
utilização de folhas com dimensões de comprimentos ou larguras correspondentes a
múltiplos ou a submúltiplos dos citados padrões. A legenda deve conter todos os
dados para identificação do desenho (número, origem, título, executor etc.) e sempre
estará situada no canto inferior direito da folha.
• NBR 10582 – APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO TÉCNICO, que
normaliza a distribuição do espaço da folha de desenho, definindo a área para texto,
o espaço para desenho etc. Como regra geral deve-se organizar os desenhos
distribuídos na folha, de modo a ocupar toda a área, e organizar os textos acima da
legenda junto à margem direita, ou à esquerda da legenda logo acima da margem
inferior.
Objetivos
O estudo e a aplicabilidade das Normas Técnicas têm como objetivos:
SIMPLIFICAÇÃO Reduzir a crescente veracidade de procedimentos e tipos de produtos
COMUNICAÇÃO Proporcionar os meios mais eficientes para a troca de informações
entre o fabricante e o cliente, melhorando a confiabilidade das
relações comerciais e de serviços.
ECONOMIA Visa à economia global, tanto do lado do produtor quanto do
consumidor.
SEGURANÇA Proteger a vida humana e a saúde, A segurança é considerada um
dos principais objetivos da normatização.
PROTEÇÃO AO Possibilitar à comunidade o controle na qualidade dos produtos
CONSUMIDOR
ELIMINAÇÃO Evitar a existência de regulamentos conflitantes sobre produtos e
DAS BARREIRAS serviços em diferentes países, facilitando assim o intercâmbio
COMERCIAIS comercial.
2 – Para o traçado rápido e execução perfeita das letras e algarismos a mão livre,
devemos fazer pautas a lápis com linhas quase invisíveis, e seguir as sequências de
operações para a execução das mesmas.
DOBRAMENTO DA FOLHA
Sendo necessário o dobramento de
folhas, o formato final deve ser o A4, de modo a
deixar visível o quadro destinado à legenda e
facilitar o arquivamento em pastas.
O dobramento das folhas pode ser
efetuado da seguinte maneira.
5. LEGENDAS INDUSTRIAIS
Retomando alguns conceitos.
Toda folha desenhada deve ter, no canto inferior direito, um quadro destinado
à legenda, constando na mesma além do título do desenho, as indicações
necessárias à sua interpretação.
A legenda deve ficar no canto inferior direito nos formatos A3, A2, A1, A0, ou
ao longo da largura da folha de desenho no formato A4.
As legendas nos desenhos industriais variam de acordo com as necessidades
internas de cada empresa, mas deve conter obrigatoriamente:
_ Designação da firma;
_ Projetista, desenhista ou outro responsável pelo conteúdo do desenho;
_ Local, data e assinatura;
_ Nome e localização do projeto;
_ Conteúdo do desenho;
_ Escala (conforme NBR 8196);
_ Número do desenho;
_ Designação da revisão;
_ Indicação do método de projeção (conforme NBR 10067);
_ Unidade utilizada no desenho (conforme NBR 10126);
_ Lista de peças,
_ Relação de materiais,
_ Descrição de modificações e indicações suplementares quando necessárias, devem
ser colocadas normalmente acima da legenda. Observe as seguintes figuras.
Ponto
Pressione seu lápis contra uma folha de papel. Observe a marca deixada pelo
lápis: ela representa um ponto. Olhe para o céu, numa noite sem nuvens: cada
estrela pode ser associada a um ponto no céu.
O ponto é a figura geométrica mais simples. Não tem dimensão, isto é, não
tem comprimento, nem largura, nem altura.
No desenho, o ponto é determinado pelo cruzamento de duas linhas. Para
identifica-lo, usamos letras maiúsculas do alfabeto latino, como mostram os
exemplos:
Plano
Podemos ter uma ideia do que é o plano observando uma parede ou o tampo
de uma mesa. Você pode imaginar o plano como sendo formado por um conjunto de
retas dispostas sucessivamente numa mesma direção ou como o resultado do
deslocamento de uma reta numa mesma direção. O plano é ilimitado, isto é, não tem
começo nem fim. Apenas disso, no desenho, costuma-se representa-lo delimitado por
linhas fechadas:
Para identificar o plano usamos letras gregas. É o caso das letras: α (alfa), β
(beta) e γ (gama), que você pode ver nos planos representados na figura acima. O
plano tem duas dimensões, normalmente chamadas comprimento e largura. Se
tomamos uma reta qualquer de um plano, dividimos o plano em duas partes,
chamadas semiplanos.
Polígonos
Triângulos
Quadriláteros
Polígonos Regulares
Círculos
Circunferências
Diagonais
6. SOLIDOS GEOMETRICOS
Você já sabe que todos os pontos de uma figura plana localizam-se no
mesmo plano. Quando uma figura geométrica tem pontos situados em diferentes
planos, tem um sólido geométrico.
Note que a base desse prisma tem a forma de um retângulo. Por isso ele
recebe o nome de prisma retangular. Dependendo do polígono que forma sua base,
o prisma recebe uma denominação específica. Por exemplo: o prisma que tem como
base o triângulo, é chamado prisma triangular. Quando todas as faces do sólido
geométrico são formadas por figuras geométricas iguais, temos um sólido geométrico
regular. O prisma que representa as seis faces formadas por quadrados iguais
recebe o nome de cubo.
Pirâmides
A pirâmide é outro sólido geométrico limitado por polígonos. Você pode
imaginá-la como um conjunto de polígonos semelhantes, dispostos uns sobre os
outros, que diminuem de tamanho indefinidamente. Outra maneira de imaginar a
formação de uma pirâmide consiste em ligar todos os pontos de um polígono
qualquer a um ponto P do espaço.
É importante que você conheça também os elementos da pirâmide:
O nome da pirâmide depende do polígono que forma sua base. Na figura
abaixo, temos uma pirâmide quadrangular, pois sua base é um quadrado. O
número de faces da pirâmide é sempre igual ao número de lados do polígono que
forma sua base mais um. Cada lado do polígono da base é também uma aresta da
pirâmide. O número de arestas é sempre igual ao número de lados do polígono da
base vezes dois. O número de vértices é igual ao número de lados do polígono da
base mais um. Os vértices são formados pelo encontro de três ou mais arestas. O
vértice principal é o ponto de encontro das arestas laterais.
Sólidos de revolução
Alguns sólidos geométricos, chamados sólidos de revolução, podem ser
formados pela rotação de figuras planas em torno de um eixo. Rotação significa ação
de rodar, dar uma volta completa. A figura plana que dá origem ao sólido de
revolução chama-se figura geradora. A linha que gira ao redor do eixo formando a
superfície de revolução é chamada linha geratriz.
O cilindro, o cone e a esfera são os principais sólidos de revolução.
Cilindro
O cilindro é um sólido geométrico,
limitado lateralmente por uma superfície
curva. Você pode imaginar o cilindro como
resultado da rotação de um retângulo ou de
um quadrado em torno de um eixo que passa
por um de seus lados. Veja a figura ao lado.
No desenho, está representado apenas o
contorno da superfície cilíndrica. A figura
plana que forma as bases do cilindro é o
círculo. Note que o encontro de cada base
com a superfície cilíndrica forma as arestas.
Cone
O cone também é um sólido geométrico limitado
lateralmente por uma superfície curva. A formação do
cone pode ser imaginada pela rotação de um triângulo
retângulo em torno de um eixo que passa por um dos
seus catetos. A figura plana que forma a base do cone é
o círculo. O vértice é o ponto de encontro de todos os
segmentos que partem do círculo. No desenho está
representado apenas o contorno da superfície cônica. O
encontro da superfície cônica com a base dá origem a
uma aresta.
Esfera
A esfera também é um sólido geométrico limitado
por uma superfície curva chamada superfície esférica.
Podemos imaginar a formação da esfera a partir da
rotação de um semicírculo em torno de um eixo, que
passa pelo seu diâmetro. Veja os elementos da esfera na
figura ao lado. O raio da esfera é o segmento de reta que
une o centro da esfera a qualquer um de seus pontos.
Diâmetro da esfera é o segmento de reta que passa pelo
centro da esfera unindo dois de seus pontos.
Sólidos geométricos truncados
Quando um sólido geométrico é cortado por um plano, resultam novas figuras
geométricas: os sólidos geométricos truncados. Veja alguns exemplos de sólidos
truncados, com seus respectivos nomes:
Imaginando o rebite decomposto em partes mais simples, você verá que ele é
formado por um cilindro e uma calota esférica (esfera truncada).
As respostas corretas são: a) esfera truncada; b) tronco de cone; c) cilindro;
d) tronco de cilindro vazado por furo quadrado.
Existe outro modo de relacionar peças e objetos com sólidos geométricos.
Observe, na ilustração abaixo, como a retirada de formas geométricas de um modelo
simples (bloco prismático) dá origem à outra forma mais complexa.
7. LINHAS
Podemos ter uma ideia do que é linha, observando os fios que unem os
postes de eletricidade ou o traço que resulta do movimento da ponta de um lápis
sobre uma folha de papel.
A linha tem uma única dimensão: o comprimento.
Você pode imaginar a linha como um conjunto infinito de pontos dispostos
sucessivamente. O deslocamento de um ponto também gera uma linha.
ÂNGULOS
LINHA
As linhas são à base do desenho. Combinando-se linhas de diferentes tipos e
espessuras, é possível descrever graficamente qualquer peça, com riqueza de
detalhes. Desse modo, o profissional, com conhecimentos básicos de leitura de
desenho, pode visualizar, com precisão, a forma da peça apresentada.
De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), são as
seguintes às linhas básicas recomendadas para o desenho técnico, segundo norma
NBR 8403/1984.
ASSIM EM VISTAS
Note que em duas das projeções o furo não aparece aos olhos do
observador. Assim, este deverá ser indicado por uma linha tracejada (linha de aresta
e contorno não visível).
E que na projeção ao lado o centro do furo está indicando com traço e ponto e que
assim apresentamos o eixo de centro ou simetria da peça.
LINHA DE COTA
Trata-se de uma linha estreita e contínua limitada por flechas agudas. Em
casos especiais, usam-se pontos ou traços no lugar das flechas. As pontas das
flechas devem tocar as linhas auxiliares.
Linha contínua estreita para chamada
LINHA AUXILIAR
Uma linha contínua e estreita, auxiliar para a linha de cota.
LINHA DE DOBRA
Linha traço dois pontos estreita, para perfis e contornos auxiliares e complementares.
DOBRAR 90º P/ CIMA
LINHA DE CORTE
Linha traço e ponto estreita, larga nas extremidades e na mudança de direção, para
indicar cortes e seções.
LINHA DE HACHURA
São estreitos traços contínuos ou tracejados, geralmente inclinados a 45° demonstram
as partes cortadas da peça. Servem também para indicar o material de que a peça é feita, de
acordo com as convenções recomendadas pela ABNT.
LINHA DE RUPTURA
Linha contínua estreita à mão livre para indicar rupturas e cortes parciais.
9. PERSPECTIVA
As projeções de perspectiva têm a finalidade de evidenciar a forma de
qualquer objeto com o gráfico de um só desenho sendo assim mais clara a
interpretação. desenho em perspectiva mostra o objeto como ele aparece aos olhos
do observador. Dando uma ideia clara por apresentar diversas faces do objeto.
Mesmo que sendo um desenho ilustrativo, a perspectiva é facilmente compreensível
aos leigos, o que não acontece com o desenho técnico (precisam conhecer suas
regras de representação). Comparem-se as figuras abaixo.
FASE DO TRAÇADO
10. PROJEÇÃO
Uma peça que estamos observando ou mesmo imaginando, pode ser
desenhada (representada) num plano. A esta representação gráfica dá-se o nome de
“projeção”.
O plano é denominado “plano de projeção” e a representação da peça recebe,
nele, o nome de projeção.
Podemos obter as projeções através de observações feitas em determinadas
posições. Poderemos ter então várias “vistas” da peça.
VISTA FRONTAL
PROJEÇÃO DO 1º DIEDRO
Símbolo representativo do 1º
Diedro
Linha de cota
É a linha estreita Contínua, paralela à direção de comprimento. Contém setas
nas extremidades e é limitada pelas linhas auxiliares.
REGRAS
1. Em desenhos de máquinas, as cotas são expressas em milímetros sem
mencionar o símbolo desta unidade de medida, com exceção de quando a cota não é
milímetro.
2. As cotas devem ser distribuídas nas vistas que melhor caracterizam as partes
cotadas, podendo ser colocadas dentro ou fora dos elementos que representam,
obtendo-se melhores condições de clareza e facilidade de execução. Nas
transferências de cotas para fora do desenho empregam-se linhas auxiliares evitando
o seu cruzamento com linhas de cota.
d) Exemplo:
6. Como regra geral, as linhas de cota devem ficar afastadas entre si e também da
peça pela distância de aproximadamente 7mm.
9. A linha de cota para indicação de raio parte do centro do arco e levará somente
uma flecha na extremidade ligada à circunferência.
10. As dimensões são colocadas fora do contorno da peça, a não ser que sua
colocação dentro, não auxilie a clareza do desenho. Quando uma dimensão se refere
a duas vistas, poderá ser colocada entre elas, conforme exemplificado abaixo. Em
desenhos de tamanho médio, as linhas de cotas devem ser colocadas a uma
distância de aproximadamente 8 mm.
12. Para cotagem de arcos e circunferências muito grandes, que podem estar sobre a
linha de simetria ou deslocada da mesma.
TIPOS DE COTAGEM
As cotas podem ser em série, no qual as cotas têm a mesma direção e são
referenciadas umas nas outras.
8xØ12
6xØ14
Indicações suplementares
Até aqui você pôde aprofundar seus conhecimentos sobre cotagem. Mas há
ainda muito que aprender sobre as cotas. Considere as indicações a seguir como
informações suplementares, mas não menos importantes.
a) A altura dos algarismos que indicam as cotas deve ser proporcionais às dimensões
do desenho.
c) As cotas devem ser dispostas nas vistas ou nas secções nas quais a sua função
fique mais clara. Acompanhe os exemplos da figura abaixo.
A Cotagem de Círculos se faz indicando o valor de seu diâmetro por meio dos
recursos apresentados nas figuras abaixo, que são adotados conforme o espaço
disponível no desenho.
Diagonais cruzadas
Duas diagonais cruzadas, traçadas com linha contínua estreita, são usadas na:
a) Representação de espigas com seção quadrada.
Outros símbolos:
R = Raio
R. ESF = Raio esférico
ØESF = Diâmetro esférico
14. ESCALA
TIPOS E EMPREGOS
maiores ou menores, porém, não vamos esquecer que as folhas têm dimensões
padronizadas por normas.
Assim, antes de representar objetos, modelos e peças é preciso estudar o
seu tamanho real. Tamanho real é a grandeza que as coisas têm na realidade.
Existem objetos que podem ser representadas no papel em tamanho real. Mas,
existem outros que não podem ser representados em seu tamanho real. Alguns são
muito grandes para caber numa folha de papel. Outros são tão pequenos, que se os
reproduzíssemos em tamanho real seria impossível analisar seus detalhes.
A solução para esses problemas é a redução ou a ampliação das
representações destes objetos. E como pode ser feito?
Manter, reduzir ou ampliar o tamanho da representação de alguma coisa é
possível através da representação em escala.
A Norma NBR 8196 fixa as condições exigíveis para o emprego de escalas e
suas designações em desenhos técnicos.
ESCALA USUAIS
ESCALA NATURAL
ESCALA DE REDUÇÃO
Quando o desenho de uma peça for efetuado em tamanho menor do que o
tamanho da própria peça, estaremos usando escala de redução. Note que, embora
reduzindo o tamanho, as cotas conservaram as medidas reais da peça.
A escala de redução é indicada da seguinte forma:
ESCALA AMPLIAÇÃO
Quando o desenho de uma peça for efetuado no tamanho maior do que esta,
estaremos usando escala de ampliação. Note que as cotas conservaram, também,
os valores reais da peça.
Escala 2:1, que se lê “escala dois por um”, significando que o desenho é duas
vezes maior que a peça.
NOTAS:
1) A escala do desenho deve obrigatoriamente ser indicada na legenda.
2) Constando na mesma folha desenhos em escalas diferentes, estas devem ser
indicadas tanto na legenda como junto aos desenhos a que correspondem.
3) Sempre que possível devemos desenhar em escala natural.
Vistas parciais
Certas peças, embora simples, necessitam, devido a pequenos detalhes,
mais de uma vista para sua inteira interpretação. A representação dessas peças pode
ser simplificada, deixando-se de desenhar a segunda vista por inteiro, mas rebatendo
apenas o detalhe no qual não ficou bem interpretado na vista principal.
17. CORTES
Até o momento viu-se que as projeções são o melhor meio para reproduzir a
forma de uma peça em suas três dimensões. Planos de projeções e seus
rebatimentos, bem como as representações em vistas podem ser pouco para tornar
interpretável um desenho mecânico específico, especialmente por conta do
aparecimento de detalhes internos, os quais são mostrados por linhas invisíveis.
Quando estes detalhes são importantes para a fabricação, é conveniente que se
tornem visíveis. Isto é possível mediante a técnica do corte, uma forma de
representação do objeto na qual uma de suas partes é supostamente cortada e
Planos de corte
Para a simplificação do desenho, o desenhista pode lançar mão de uma
técnica que consiste em cortar uma parte da peça e, dessa forma, expor as
superfícies internas. Em tais seccionamentos todas as partes que se tornam visíveis
são representadas por linhas de contornos visíveis.
Interpretação do corte
Para representarmos melhor o corte, observemos as figuras abaixo, pois
quando executamos um corte, o executamos imaginariamente. Na figura abaixo,
podemos observar que as partes atingidas pelo corte estão representadas com linhas
finas inclinadas, chamadas linhas de hachuras.
Podemos também ao observamos a figura abaixo, concordarmos que a forma
de representação da direita é mais simples e clara do que a da esquerda. Fica mais
fácil analisar o desenho com corte porque nesta forma de representação usamos a
linha para arestas e contornos visíveis em vez da linha para arestas e contornos não
visíveis.
Como já dito, na indústria, a representação em corte só é utilizada quando a
complexidade dos detalhes internos da peça torna difícil sua compreensão por meio
da representação normal, como visto no caso do registro de gaveta.
Os cortes são utilizados para representar de modo claro os detalhes internos
das peças ou de conjuntos. Em desenhos de conjunto ressaltam a posição das peças
que constituem. Além disso, os cortes indicam através da hachura o material de que é
feita a peça ou as peças, facilitando a colocação de cotas internas.
Observações
1. O corte é imaginário.
2. À parte hachurada, na projeção, corresponde à parte da peça que foi atingida pelo
corte. A região não hachurada indica a não atingida.
Hachuras
As hachuras em uma mesma peça são feitas sempre numa mesma direção,
já nos desenhos de conjunto ou peças adjacentes, devem ser feitas em direções
opostas ou com espaçamentos diferentes (Figura, letra A).
As hachuras devem ser espaçadas em função da superfície a ser hachurada.
O espaçamento mínimo para as hachuras é de 0,7mm, conforme NBR 8403.
feita uma rotação no elemento até coincidir com o respectivo plano de corte e
rebatimento, sem fazer menção especial. Analise a figura abaixo.
Imagine que a parte anterior do modelo foi removida. Assim, você poderá
analisar com maior facilidade os elementos atingidos pelo corte. Observe novamente
o modelo seccionado e, ao lado, suas vistas ortográficas (Figura abaixo).
furos redondos, que antes estavam ocultos, ficaram visíveis. Observe novamente o
modelo seccionado e, ao lado, suas vistas ortográficas.
Meio corte
Há tipos de peças ou modelos em que é possível imaginar em corte apenas
uma parte, enquanto que a outra permanece visível em seu aspecto exterior. Este
tipo de corte é chamado meio corte, e é aplicado em apenas metade da extensão da
peça.
É um tipo peculiar às peças ou modelos simétricos no sentido longitudinal ou
transversal.
Você reparou que, nos dois casos, as partes resultantes da divisão são iguais
entre si!!! Trata-se, portanto, de um modelo longitudinal e transversalmente simétrico.
Neste modelo é possível imaginar a aplicação do meio corte.
Sempre que a linha de simetria que atravessa a vista em corte for vertical, a
parte representada em corte deve ficar à direita, conforme recomendação da NBR.
Veja a figura a seguir.
A cotagem de peças cilíndricas com furos internos em meio corte deve ser
executada conforme o desenho abaixo.
18. SEÇÕES
As seções indicam, de modo prático e simples, o perfil ou partes de peças,
evitando vistas desnecessárias, que nem sempre identificam a peça.
Rupturas
As rupturas são representações convencionais utilizadas para o desenho de
peças que, devido ao seu comprimento, necessitam ser encurtadas para melhor
aproveitamento de espaço no desenho. De acordo com a sua forma, obedecem as
convenções abaixo.