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No entanto, é importante destacar que essa presunção relativa não é absoluta, ou seja,
pode ser afastada diante de comprovação de maturidade sexual da vítima. Isso significa
que, caso a defesa prove que o menor de 14 a 17 anos possuía plena capacidade de
consentir ao ato sexual, a presunção de vulnerabilidade será superada. Assim, é
fundamental analisar cada caso individualmente e levar em consideração as circunstâncias
específicas e os elementos de prova apresentados.
Por outro lado, a presunção absoluta de vulnerabilidade é aplicável quando a vítima tem
menos de 14 anos de idade. Nesses casos, a lei presume que a criança ou pré-adolescente
é extremamente vulnerável e não tem qualquer capacidade de consentimento para qualquer
ato sexual. Essa presunção absoluta leva em consideração a diferença de poder e
conhecimento entre o adulto e a criança, buscando garantir uma proteção ampla e efetiva
para as vítimas mais jovens.
Dessa forma, o artigo 217-A do Código Penal brasileiro trata tanto da presunção relativa
quanto da presunção absoluta da vulnerabilidade, estabelecendo uma medida de proteção
para vítimas de crimes sexuais que, devido à sua idade, são consideradas incapazes de
consentir para tais atos. No entanto, é importante ressaltar que essa presunção pode ser
afastada mediante comprovação de maturidade sexual da vítima com idade entre 14 e 17
anos, enquanto a presunção de vulnerabilidade é considerada absoluta para vítimas com
menos de 14 anos.