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CONTRA A
DIGNIDADE
SEXUAL
SUMÁRIO
O favorecimento pode ocorrer por ação ou por omissão, na hipótese em que o agente tenha
o dever jurídico de impedir que a vítima ingresse na prostituição e nada faz para impedi-la.
Reitere-se que a exploração sexual consiste em inovação legislativa e significa tirar proveito
da sua situação ou enganá-lo para fins de lucro. No caso, há uma relação de gênero e espécie entre
exploração sexual e prostituição. Demais disso, a prostituição em si, para o maior de 18 ou para o
mentalmente são, não é crime, embora seja, como dito, uma das formas de exploração sexual. Não
obstante, o Código criminaliza atividades em torno da prostituição, ou seja, como a de quem tira
proveito da prostituição alheia, isto é, o proxeneta e o rufião.
Por outro lado, a prostituição do menor de 18 anos, sem qualquer intermediação, constituir-
-se-ia fato atípico. O art. 218-B, do CP, deixa claro que deve existir alguma forma de submissão,
induzimento, atração, facilitação, impedimento ou dificuldade para o menor de 18 anos.
A doutrina majoritária entende que o art. 218-B do CP revogou tacitamente as disposições do art. 244-A do
Estatuto da Criança e do Adolescente.
Há ainda, causa expressa de exclusão de ilicitude quando o agente pratica as condutas do ar.
218-B, do CP, em publicação de natureza jornalística, científica, cultural ou acadêmica com a adoção
de recurso que impossibilite a identificação da vítima, ressalvada sua prévia autorização, caso seja
maior de 18 (dezoito) anos.