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Londrina
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
2020
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Giani Vendramel de Oliveira
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Juliana Caramigo Gennarini
Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Giani Vendramel de Oliveira
Revisor
Aline Oliveira Gomes da Silva
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Gilvânia Honório dos Santos
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
ISBN 978-65-86461-88-6
1. Legislação. 2. Educação I. Pereira, Carlos Eduardo
Candido. II.Título.
CDD 378.81
____________________________________________________________________________________________
Jorge Eduardo de Almeida CRB-8/8753
2020
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LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR E
POLÍTICAS DE INCLUSÃO
SUMÁRIO
Introdução aos princípios da Legislação e da Legislação da Educação
no Brasil_____________________________________________________________ 05
4
Introdução aos princípios da
Legislação e da Legislação da
Educação no Brasil
Autoria: Carlos Eduardo Candido Pereira
Leitura crítica: Aline Oliveira Gomes da Silva
Objetivos
5
1. Contexto da Educação Superior no Brasil
6
Com isso, fica evidente que o bem econômico de maior valor para um
país é o capital intelectual que ele produz.
7
Ela impôs crescimento de 2% em 1990 para 11% em 2010 no número
de matriculas em universidades brasileiras. Este fenômeno de expansão
de matrículas teve um impacto social, pois possibilitou o ingresso de
pessoas das mais variadas classes sociais na Educação Superior.
8
Nesta perspectiva, o homem é um ser histórico que produz
conhecimento e trabalha sobre a natureza. A Educação se molda em
corpus teórico, ou seja, a Educação se torna ciência, ou seja, Pedagogia–
que é a ciência da Educação.
3. Formação da Legislação
1. Constituição Federal.
2. Emenda à Constituição.
3. Lei Complementar.
4. Lei Ordinária.
5. Lei Delegada.
6. Decreto Legislativo.
7. Resolução.
8. Decreto.
9. Instrução Normativa.
10. Instrução Administrativa.
9
11. Ato Normativo.
12. Ato Administrativo.
13. Portaria.
14. Aviso.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
10
II–Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a
arte e o saber;
11
§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas
estrangeiros, na forma da lei.
O art. 207, por sua vez, aborda sobre a Educação Superior, sendo
a universidade o espaço previsto para a sua realização. Para isso,
sinaliza-se a autonomia das universidades para o ensino e a promoção
da ciência, bem como da própria organização interna administrativa,
patrimonial e financeira. O maior destaque é o que dá essência à
universidade, sendo a tríade de ensino, pesquisa e extensão, pois
permitem um relacionamento maior entre a instituição e a sociedade.
Em casos de necessidade, na forma da lei, as universidades poderão
admitir servidores estrangeiros.
12
VII–atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica,
por meio de programas suplementares de material didático escolar,
transporte, alimentação e assistência à saúde.
13
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental,
de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores
culturais e artísticos, nacionais e regionais.
Neste artigo, por sua vez, trata-se de conteúdos básicos comuns a serem
ensinados por todas as instituições escolares em território nacional.
Com isso, o Estado brasileiro sinaliza a elaboração de documentos a
especificar qual a pretensão de aquisição de aluno por faixa etária ou
ano escolar na Educação Básica. Assim, podemos citar os documentos
que foram elaborados após essa época, como: Parâmetros Curriculares
Nacionais e a Base Nacional Comum Curricular. Nota-se ainda a
referência ao ensino em língua portuguesa ou indígena no respeito às
suas comunidades, bem como o ensino religioso sendo facultativo (não
obrigatório).
14
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo
a assegurar a universalização do ensino obrigatório.
15
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento
a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na
forma da lei.
16
profissional e tecnológica poderão receber apoio financeiro do Poder
Público. (BRASIL, 1988, art. 213)
I–erradicação do analfabetismo;
17
foi elaborado em 1996, com duração entre 2001 e 2010; já o segundo
contempla os anos de 2014 a 2024, vigorando atualmente com a
finalidade de cumprir vinte metas por meio de dez diretrizes.
Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50%
(cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento)
da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a
qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por
cento) das novas matrículas, no segmento público.
(…)
18
Quadro 1–Artigos do Capítulo IV da LDBEN nº 9.394, de 1996 – Da
Educação Superior
19
Autonomia universitária: fixar currículos e programas; estabelecer
extensão; fixar número de vagas; elaborar e reformar estatutos;
conferir graus, diplomas e títulos; firmar contratos, acordos
53
e convênios; aprovar e executar obras, bem como adquirir
patrimônio; administrar rendimentos; submeter a subvenção,
doações e heranças resultante de convênios e contratos.
20
sinônimos e ao se referir à Educação Superior não se tratam do mesmo
assunto. Por fim, apresentamos a forma com que a legislação se ordena
no Brasil, bem como apresentadas as ações previstas na Educação pela
Constituição Federal e na Educação Superior na Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília, DF: Senado Federal, 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm.
Acesso em: 18 abr. 2020.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases
da Educação Nacional. Brasília, DF: Presidência da República, [1996]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 18 abr. 2020.
BRASIL. Lei nº 13.005, de 26 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de
Educação e dá outras providências. Brasília, DF: Câmera dos Deputados, [2014].
Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2014/lei-13005-25-junho-
2014-778970-publicacaooriginal-144468-pl.html. Acesso em: 18 abr. 2020.
DOURADO, L. F.; OLIVEIRA, J. F. Políticas Educacionais e Reconfiguração da Educação
Superior no Brasil. In: DOURADO, L. F.; CATANI, A. M. Universidade Pública:
políticas e identidade institucional. Campinas: Autores Associados, 1999.
MOREIRA, A. Professor não é educador. Belo Horizonte: Editora Edésio Fernandes,
2013.
PEREIRA, L. D. Mercantilização do ensino superior, educação a distância e Serviço
Social. Revista Katálysis, Florianópolis, v. 12, n. 2, p. 268-277, jul./dez. 2009.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
49802009000200017&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 18 abr. 2020.
SAVIANI, D. Trabalho e educação: fundamentos ontológicos e históricos. Revista
Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 12, n. 34, p. 152-180, 2007.
TOLEDO, M. Direito educacional. São Paulo: Cengage, 2016.
21
Universidade: Ensino,
Pesquisa e Extensão
Autoria: Carlos Eduardo Candido Pereira
Leitura crítica: Aline Oliveira Gomes da Silva
Objetivos
• Compreender a importância da universidade para
sociedade.
22
1. Universidade: papel social, dificuldades e
ações à sociedade
23
Nesse sentido, vale ressaltar que as últimas décadas trouxeram
uma grande expansão desta modalidade de ensino. Antigamente,
predominantemente até o final do século XX, o acesso à universidade
era mais restrito, não havia tantas vagas e, até mesmo, instituições
suficientes. Desse modo, cursar uma graduação era visto, para além de
uma ascensão social, algo voltado mais para as pessoas de elite.
24
a obrigação de realizar serviços da competência do Estado, mas
exercer ação reparatória com o uso da ciência. Em outras palavras, a
universidade deve contemplar à sociedade o esclarecimento e a busca
de soluções científicas, logo, a sua ação deve ser de qualidade e não de
assistencialidade, pois ela não resolve conflitos sociais.
Com relação aos conflitos sociais, talvez, fosse utópico pensar que a
vida privada e social não tivesse seus dilemas e desafios. Se eles não
existissem não haveria desafios, pessoas poderiam pensar a mesma
coisa e a tendência social seria a de monotonia. Por consequência,
poder-se-ia questionar: estudar porquê? Ensinar para quem? Pesquisar
o quê?
25
Nesse sentido, vale ressaltar que internamente à universidade também
existem seus próprios desafios e dilemas. Logo, há dificuldades internas
e dificuldades externas.
26
De acordo com o autor, a indissociabilidade entre ensino, pesquisa
e extensão é base para articulação das atividades fins da educação
superior (RAYS, 2003). Com isso, ensino, pesquisa e extensão se agregam
e são incorporados pela universidade aos currículos dos cursos que
oferece. Isso se percebe na estrutura curricular e em ações em que
ocorra proximidade entre a teoria e a prática. Isso, na verdade, é o que
apregoa a legislação nacional à exemplo da Constituição Federal (BRASIL,
1988, art. 207):
§ 1º (...)
§ 2º (...)
27
2. Ensino
Rays (2003, p. 72) aponta que o termo ensino faz alusão à forma
de “ensino sistematizado”. Para o autor: “necessitam-se selecionar
procedimentos didáticos que promovam o aprendizado crítico de
conteúdo, habilidades, hábitos e valores” (RAYS, 2003, p. 72).
28
para que o aluno possa ter a autocrítica pessoal e coletiva, ou seja,
moldar os seus valores pessoais. Nesta ocasião, a universidade ou a
instituição escolar investe na sua imagem, pois com base nela é que
vai transmitir à sociedade os seus objetivos e sua missão enquanto
instituição de ensino.
29
mudanças significativas enquanto ator, agente e propulsor de novas
perspectivas sociais. Afinal, a sociedade espera muito a contribuição
deste professional e da universidade.
3. Pesquisa
30
problema. O objeto investigado deve possibilitar o conhecimento sobre
ele, melhorando-o ou levando-o a um olhar pautado na inovação.
31
às universidades, os órgãos mais próximos que podem patrocinar os
estudos são conhecidos por agências de fomento.
32
formação de professores da educação básica por meio de bolsas
como o PARFOR (Plano Nacional de Formação de Professores
da Educação Básica). Outro importante auxílio está sendo para
estudantes em cursos de licenciaturas, que têm recebido apoio em
programas como o Programa Residência Pedagógica e o Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Por fim, a
Capes também financia o projeto Universidade Aberta do Brasil
(UAB), que é um programa do governo, no âmbito de ensino
superior, voltado para a modalidade à distância. Vale a pena
conferir o site da CAPES em: www.capes.gov.br. Acesso em: 6 jul.
2020.
33
(SET), Apoio Técnico em Extensão no País (ATP), Extensão no País
(EXP), Estágio/Treinamento no Exterior (BSP), Bolsa a Especialista
Visitante (BEV), Estágio/Treinamento no País (BEP) e, por último,
Desenvolvimento Tecnológico em TICs (DTC). Cada uma destas
bolsas e programas tem uma regra específica, portanto, vale
consultar mais informações pelo site, disponível em: http://www.
cnpq.br/. Acesso em: 6 jul. 2020.
34
regras particulares. Em geral, ela financia a iniciação cientifica, dá
apoio técnico, bolsa de recém-mestre, bolsas de pós-graduação
– mestrado e doutorado strictu sensu. Algumas agências famosas
são: FAPESP, FAPERJ, FAPBAHIA, FAPMG, FUNCAP, etc. É possível
obter mais informações sobre elas por meio do site: http://www.
confap.org.br/. Acesso em: 6 jul. 2020.
Nesse sentido, vale ressaltar que cada agência de fomento tem regras
específicas para concessão de bolsas de pesquisa, auxílios e outros tipos
de apoio e, em geral, todas elas cobram relatórios parciais, relatórios
finais e, até mesmo, prestação de contas do dinheiro investido na
pesquisa. Um fato adicional aos projetos de pesquisa que pode incidir na
obtenção da bolsa é a passagem por um Comitê de Ética em Pesquisa,
ligado ao Conselho Nacional de Saúde (CONEP) no Ministério da Saúde.
O professor orientador ou o docente do ensino superior deve estar bem
informado das regras deste órgão para propor pesquisas e estudos.
5. Extensão
35
Para que se possa aplicar a extensão acadêmica à sociedade, também é
importante a elaboração de um projeto, apesar dele não ser obrigatório,
como na pesquisa. Por não ser obrigatório, ele não é desnecessário,
pois ele pode nortear as ações pretendidas. Desse modo, é importante
destacar também que não é necessário buscar apoio em agência de
fomento ou com outros patrocinadores para realizar a extensão. Por
vezes, fazer o simples, como levar o conteúdo de determinado assunto
estudado em sala de aula para uma comunidade já é o bastante.
36
a importância da escovação. Isso poderia ser útil para elas, para suas
famílias, bem como pela escola. Esse fato configura a função social
da universidade. O contrário, ou seja, o assistencialismo seria se esse
discente fosse à escola entregar kits de escovação às crianças e não
fazer nenhuma intervenção. Assim, não há nenhuma transformação
social, logo, não se tem extensão.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília, DF: Senado Federal, 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm.
Acesso em: 18 abr. 2020.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases
da Educação Nacional. Brasília, DF: Presidência da República, [1996]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 18 abr. 2020.
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.
LEFF, E. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder.
Petrópolis: Vozes, 2001.
RAYS, O. A. Ensino-Pesquisa-Extensão: notas para pensar a indissociabilidade.
Revista Educação Especial, Santa Maria, p. 71-85, mar. 2012. Disponível em:
https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/5034. Acesso em: 24 abr.
2020
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A Legislação Nacional Para
a Educação Superior
Autoria: Carlos Eduardo Candido Pereira
Leitura crítica: Aline Oliveira Gomes da Silva
Objetivos
• Conhecer a atual estrutura de organização
acadêmica da Educação Superior no Brasil.
38
1. A organização acadêmica da Educação
Superior no Brasil
Esses níveis ainda são presentes na cultura popular, pois uma instituição
de ensino superior antes conhecida como “Faculdade Isolada” ou
“Faculdade Integrada” ainda é conhecida com tal nomenclatura. O fato
é que tais instituições passaram por mudanças e, em alguns casos, para
continuar atendendo ao público, precisaram se readequar à Lei. No caso
das Universidades Especializadas, Faculdades Integradas ou Isoladas,
elas já nem existem mais dentro da Lei, os CET’s e CEFET’s foram
elevados ao nível do Ensino Superior pela esfera federal. Isso ocorreu
em virtude de uma nova forma de organização acadêmica que se
ordenou ao Brasil, em vista da promulgação do Decreto nº 9.235 (BRASIL,
2017), que traz no seu art. 15:
39
I - faculdades;
II - centros universitários; e
40
supervisão e avaliação. De modo resumido, apresenta-se a seguir a
estrutura do referido decreto:
Capítulo II - Da regulação
41
• Seção I - Das fases do processo administrativo de supervisão (art.
62 ao 64).
Capítulo IV - Da avaliação
42
informações, tratando sobre: a) Ato Autorizativo de Credenciamento
e Recredenciamento da IES; b) Ato Autorizativo de Reconhecimento
ou Renovação dos Cursos Superiores. Em resumo, um dos atos é para
permitir a autorização do funcionamento da IES e o outro para autorizar
a oferta de cursos de graduação e pós-graduação.
43
Art. 4º Ao Ministro de Estado da Educação compete:
44
II - deliberar, por meio da Câmara de Educação Superior, sobre pedidos
de credenciamento, recredenciamento e descredenciamento de IES e
autorização de oferta de cursos vinculadas a credenciamentos;
45
I - conceber, planejar, coordenar e operacionalizar:
46
e instrumentalização das avaliações, sendo o ENADE o seu exemplo
de mais conhecimento popular. Em vista disso, também é de sua
competência a elaboração de relatórios e indicadores do Educação
Superior pública e particular no país.
III - formular propostas para o desenvolvimento das IES, com base nas
análises e recomendações produzidas nos processos de avaliação;
47
O segundo capítulo do Decreto nº 3.295 de 2017 trata a regulação da
Educação Superior. Esse é um capítulo com muitas seções específicas,
sendo um destaque inicial o credenciamento das IES:
(…)
(…)
(…)
II - da IES:
48
g) atendimento às exigências legais de segurança predial, inclusive plano
de fuga em caso de incêndio, atestado por meio de laudo específico
emitido por órgão público competente. (BRASIL, 2017, art. 18-20)
(…)
(...)
49
(…)
50
Desenvolvimento Institucional), para cursos de graduação, para além
de outras documentações, deve ser apresentado o PPP (Projeto Político
Pedagógico) do curso.
As etapas finais para regulação da IES e dos cursos das IES é o próprio
reconhecimento do Ministérios da Educação e a assinatura do termo
de compromisso com renovações esporádicas, em vista do processo de
recredenciamento.
I - procedimento preparatório;
II - procedimento saneador; e
51
procedimento saneador, sancionador ou arquivamento de processo.
O procedimento saneador é aplicado nos casos de identificação de
deficiências ou de irregularidades passíveis
de saneamento, determinar providências saneadoras, em prazo não
superior a doze meses. O procedimento sancionador ocorrerá a
partir do procedimento preparatório, ou, então, nos casos em que não
se tendo cumprido as providências determinadas para o saneamento
das deficiências pela instituição e das demais situações previstas na
legislação educacional.
52
seu atendimento. A avaliação in loco é realizada pelas esferas de governo
que, aos moldes do que foi pontuado na supervisão, podem estabelecer
procedimento administrativos. A avaliação dos cursos é dada por
uma série de questões, como condições de acesso e permanência do
estudante na IES, projeto político pedagógico, acervo de biblioteca.
Art. 87. O Enade será aplicado a estudantes de cada curso a ser avaliado de
acordo com ciclo avaliativo a ser definido pelo Ministério da Educação.
53
quais são as principais disposições governamentais para atividades fins
da Educação Superior.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília, DF: Senado Federal, 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm.
Acesso em: 18 abr. 2020.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases
da Educação Nacional. Brasília, DF: Presidência da República, [1996]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 18 abr. 2020.
BRASIL. Decreto nº 9.235, de 17 de dezembro de 2017. Dispõe sobre o exercício
das funções de regulação, supervisão e avaliação das instituições de educação
superior e dos cursos superiores de graduação e de pós-graduação no sistema
federal de ensino. Brasília, DF: Presidência da República, [2017]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/D9235.htm.
Acesso em: 30 abr. 2020.
54
Ações Afirmativas, Políticas e
Legislação de Inclusão
Autoria: Carlos Eduardo Candido Pereira
Leitura crítica: Aline Oliveira Gomes da Silva
Objetivos
• Verificar as ações afirmativas enquanto
contribuições e encaminhamentos de políticas
educacionais e de inclusão.
55
1. Ações afirmativas: contribuições e
encaminhamentos
56
tratamento, bem como a compensação dos prejuízos incitados por
ações de discriminação e marginalização racial, étnica, religiosa, de
gênero, entre outros.
57
Com relação a permanência no Ensino Superior, as ações abrangem
basicamente, a concessão de bolsas vinculadas à participação em
programas e projetos que promovem uma reflexão sobre políticas
de diversidade [...]. Destacam-se ainda os programas de formação de
professores abrangendo temas como educação indígena, a educação de
gênero e a orientação sexual e as relações étnico-raciais.
58
soluções para a melhoria da qualidade da Educação em nível médio e
ingresso na Educação Superior no Brasil.
Por sua vez, observou-se que, ao longo dos anos, em virtude das
análises do ENEM, foram criadas políticas de acesso e permanência à
Educação Superior, com auxílios financeiros e bolsas de estudo, como
o FIES (2001), o Prouni (2004) e o Sistema de Seleção Unificada – SiSU
(2010).
59
O PROUNI (Programa Universidade Para Todos), por sua vez, foi
institucionalizado pela Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005, e tem
como finalidade a concessão de bolsas de estudo integrais e parciais
em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em
instituições de ensino superior privadas:
60
lista de espera. Nesse sentido, vale ressaltar que a nota obtida no ENEM
é um dos critérios de pontuação.
61
Com relação as pessoas com deficiência, este público tem cada vez
mais acesso à Educação Superior, seja na modalidade presencial ou
a distância. Logo, vale ressaltar que quando se trata o tema–políticas
inclusivas –, popularmente, se pensa apenas no público com deficiência.
Na verdade, o conceito de inclusão é amplo e atende outros públicos
também.
62
§ 1º A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial,
realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará:
63
e a própria instituição de ensino superior para a solução dos casos. O
fato é que no âmbito das universidades públicas federais um programa
já é existente (e que tem dado exemplo a outros tipos de instituições),
trata-se do INCLUIR, mas para conhecê-lo, é necessário reconhecer o
REUNI.
64
as pessoas com deficiência, além de espaço de debates didáticos
pedagógicas, pesquisa e extensão.
Este artigo aponta a reserva de 50% das vagas para alunos que
estudaram sempre na escola pública por curso e turno. Na prática,
por exemplo, se uma IES oferece ao todo 100 vagas anuais no curso
de Letras, metade delas deverão ser reservados por esta lei ao público
alvo citado (50 ao todo, sendo 25 para o período diurno e 25 no período
noturno). Deste quantitativo, o estudante que pleitear vaga pelo sistema
65
de cotas deverá comprovar ter renda familiar de até 1,5 salários-
mínimos.
66
Semelhante ao art. 1º, o art. 4º menciona o preenchimento de vagas
para escolas técnicas e profissionalizantes de ensino médio, sendo a
regra válida para alunos que estudaram sempre no ensino fundamental
do 1º ao 9º ano.
Neste artigo, por sua vez, são apresentados quais são os agentes de
governo responsáveis pelo acompanhamento e análise da política de
cotas, ouvindo-se órgãos específicos das minorias, como a Funai.
67
O art. 7º aponta a revisão constante da lei, a fim de verificar se houve
diminuição dos prejuízos sociais historicamente enfrentados pelo
público alvo da lei, para isso, considerando-se o equilíbrio das diferenças
sociais.
Art. 8º As instituições de que trata o art. 1o desta Lei deverão implementar,
no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) da reserva de vagas prevista
nesta Lei, a cada ano, e terão o prazo máximo de 4 (quatro) anos, a partir
da data de sua publicação, para o cumprimento integral do disposto nesta
Lei. (BRASIL, 2012, art. 8º)
Referências Bibliográficas
BRASIL. Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005. Institui o Programa Universidade
para Todos–PROUNI. Brasília, DF: Presidência da República, [2005]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11096.htm. Acesso
em: 4 maio 2020.
BRASIL. Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007. Institui o Programa de Apoio a
Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais - REUNI. Brasília,
68
DF: Presidência da República, [2007]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6096.htm. Acesso em: 4 maio 2020.
BRASIL. Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas
universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio
e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, [2012]. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12711.htm.
Acesso em: 4 maio 2020.
BRASIL. Portaria Normativa nº 21 de 5 de novembro de 2012. Dispõe sobre
o Sistema de Seleção Unificada–Sisu. Brasília, DF: Ministério da Educação,
[2012]. Disponível em: http://www.lex.com.br/legis_23939424_PORTARIA_
NORMATIVA_N_21_DE_5_DE_NOVEMBRO_DE_2012.aspx. Acesso em: 6 jul. 2020.
BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão
da Pessoa Com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF:
Presidência da República, [2015]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 4 maio 2020.
BRASIL. Lei nº 13.530 de 7 de dezembro de 2017. Altera a Lei nº 10.260, de 12 de
julho de 2001 – FIES e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência de República,
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Bons estudos!
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