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EXAME DE ORDEM

Curso: Reta Final OAB| Disciplina: Direito Civil


Aulas: 01 ao 03

ANOTAÇÃO DE AULA

Ementa da Aula

Aula 01

PESSOAS
Tradicionalmente o direito divide as pessoas em Pessoas Naturais e Pessoas Jurídicas. A pessoa natural
também pode ser chamada de Pessoa Fisica, já a pessoa jurídica pode ser chamada de Pessoa Moral ou
Coletiva. A pessoa natural ou fisica é o ser humano, valor fonte de todo o direito.
O ser humano é dotado do tributo dignidade humana, e por isso, é o centro do ordenamento jurídico. Os
seres humanos têm a sua existência independente do direito, ou seja, elas existem por sim,
independentemente de qualquer reconhecimento legal. Já as pessoas jurídicas nos termos do artigo 45 do
CC, tem a sua existência legal dependente do direito, isto porque, elas só passam a existir com a inscrição
dos seus atos constitutivos no órgão de registro próprio.

O legislador reconhece a radical diferença que há entre as pessoas naturais e as pessoas jurídicas, e
eventualmente permite uma aproximação entre elas, por exemplo: o artigo 52 do CC, estabelece que se
aplica as pessoas jurídicas no que couber a proteção dos direitos da personalidade.

Como visto, pessoa natural ou fisica é um ser humano o artigo 2º do CC, estabelece que a personalidade
civil começa do nascimento com vida, mas a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro.

ATENÇÃO: doutrina e jurisprudência reconhecem que o nascituro já é titular de direitos da personalidade.


O STJ inclusive, reconhece que o nascituro pode sofrer dano moral. Exemplo: Rafinha Bastos.

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Aula 02

CAPACIDADE
Tradicionalmente capacidade é dividida em dois tipos, Capacidade de Direito ou Gozo que é a capacidade
de ser titular de direito e deveres na ordem civil. Toda pessoa é capaz de direito e deveres na ordem civil,
artigo 1º do CC.
Não se confundir com a chamada capacidade de fato de exercício de agir ou de obrar, que é a capacidade
de exercer pessoalmente os direitos e deveres de que se é titular.
A Lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência/ Lei Brasileira de Inclusão) alterou radicalmente o
sistema brasileiro de incapacidades, esta lei é uma Lei Ordinária baseada na Convenção de Nova York sobre
pessoa com deficiência. A convenção ingressou no ordenamento Jurídico Brasileiro com estatutos de
Emenda Constitucional, a partir da entrada em vigor desta Lei, o próprio Código Civil foi alterado, a única
hipótese de incapacidade absoluta passou a ser a idade inferior a 16 anos.
Com relação aos relativamente incapazes, ele vem previstos no art. 4º do CC, são eles:
a) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
b) os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (alcoólatra)
c) aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
d) os pródigos (dilapida o seu patrimônio).

ATENÇÃO: o EPD estabeleceu que a deficiência ou enfermidade mental não é mais causa de incapacidade,
o artigo 6º do EPD, afirma que a deficiência seja qual ela for, não afeta a plena capacidade civil da pessoa.

OBS: excepcionalmente, o EPD admite a curatela com a pessoa com deficiente, no entanto, esta curatela
será exclusivamente para atos negocias ou patrimoniais.

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Aula 03

EMANCIPAÇÃO

§único do artigo 5º do CC, emancipação é a antecipação da capacidade plena e não da maioridade, o


emancipado passa a ser capaz, embora continue a ser menor.
A emancipação pode ser alcançada das seguintes formas:
a) Emancipação Voluntaria: é realizada pelo pai e pela mãe ou por um deles na falta no outro (ausência
familiar), por escritura pública, desde que o menor tenha pelo menos 16 anos completos.
b) Emancipação Judicial: refere-se ao menos sobre tutela, neste caso, o juiz outorgara a emancipação após
ouvir o tutor e o Ministério público, e o menor deve ter 16 anos completos.
1) Poder Familiar: é o poder dos pais.
2) Tutela: é o instituto de proteção que recai sobre menores, que estão fora do poder familiar.
3) Curatela: recai sobre maiores, que apesar de serem maiores são relativamente incapazes.

EMANCIPAÇÃO LEGAL
Também é chamada de “OPE LEGIS” (pela lei) ou “EX VI LEGE” (por força de lei), esta emancipação ocorre
por efeito direto da lei, dá-se:
1) Pelo Casamento: no Brasil a idade mínima para o casamento é de 16 anos, os representantes legais
devem autorizar o casamento (o que emancipa é o casamento e não a autorização, que serve para casar).
OBS: atualmente é proibido o casamento do menor de 16 anos, artigo 1.520 do CC.
2) Colação de Grau em Curso de Nível Superior: emancipa.
3) Pelo Exercício de Emprego Público Efetivo: emancipa.
4) Se o menor com pelo menos 16 anos completos tiver economia própria em razão do seu trabalho: não
basta ter economia própria, a economia própria tem que vir do seu próprio trabalho.

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