As ideologias dominantes do planejamento deram baixa prioridade ao espaço público, as aéreas de pedestres e ao papel do espaço urbano como local de encontro dos moradores da cidade. Uma característica comum de quase todas as cidades é que as pessoas que ainda utilizam o espaço da cidade em grande número são cada vez mais maltratadas. o No livro Os espaços limitados, obstáculos, ruídos, poluição, riscos de acidentes e condições geralmente vergonhosas são comuns para os habitantes, na maioria das cidades do mundo. No livro “morte e vida das grandes cidades”. Jane Jacobs assinalava como o dramático aumento do tráfico de automóveis e a ideologia urbanista do modernismo, que separa os usos da cidade e destaca edifícios individuais autônomos, pondo um fim ao espaços urbanos e a vida da cidade, resultando em cidades sem vida, esvaziadas de pessoas. As cidades devem pressionar os urbanistas e os arquitetos a reforçarem as áreas de pedestres como uma política urbana integrada para desenvolver cidades vivas, seguras, sustentáveis e saudáveis. o Um grande reforço é uma intervenção política unificadas por toda a cidade para garantir que os moradores sintam-se convidados a caminhar e pedalar. o A cidade sustentável é geralmente fortalecida por meio da “mobilidade verde”, deslocar-se a pé, de bicicleta ou por transporte publico. Esses meios proporcionam benéficos a economia e ao meio ambiente. Para uma cidade tornar-se viva é necessário sempre que mais pessoas sintam-se convidados a caminhar, pedalar ou permanecer nos espaços da cidade. Uma cidade que convida as pessoas a caminhar, por definição, deve ter ima estrutura razoavelmente coesa que permita certas distancias a pé, espaços públicos atrativos e uma variedade de funções urbanas. o Aumentam a atividade dando sentimento de segurança dentro e em volta dos espaços urbanos e é um incentivo maior para acompanhar os acontecimentos da cidade. 1.2 – Primeiro nos moldamos as cidades - então elas nos moldam. Se olharmos a história das cidades pode-se ver claramente que as estruturas urbanas e o planejamento influenciam o comportamento humano e as formas de funcionamento das cidades. Menos vias = menos trafego? O desmantelamento do sistema de largas avenidas reduziu a capacidade e a quantidade do trafego. Veneza a cidade onde tem tudo: densa estrutura urbana, curtas distancias a pé, belos percursos e espaços, intensa mistura de usos, térreos bem ativos, arquitetura diferenciada. Dois grandes levantamentos sobre o tipo de vida nos espaços públicos mostram que tanto a movimentação de pedestre quanto as atividades de maior tempo de permanência aumentam notavelmente em constância com as muitas melhorias urbanas, levando a novos padrões de uso e mais vitalidade no espaço urbano. A conclusão de que se oferecido um melhor espaço urbano o uso irá aumentar e aparentemente válida para os espaços públicos de grandes cidades, os espaços urbanos isolados ate para um único banco de praça. O planejamento físico pode influenciar imensamente o padrão de uso em regiões e áreas urbanas especificas. o O fato das pessoas serem atraídas para caminhar e permanecer no espaço da cidade é uma questão de se trabalhar cuidadosamente com a dimensão humana e lançar um convite tentador. 1.3 – A cidade como lugar de encontro. Caminhar é uma forma especial de comunhão entre pessoas que compartilham a espaço público como uma plataforma estrutural. Cidades com condições para vivenciar o trafego a pé foram melhoradas, a gama de atividades desenvolvidas por esse meio aumenta a forma significativamente. Condições externas, como uma tempestade, tornam o caminhar e a recreação impossível, quase nada acontece. Se as condições para permanecer ao ar livre forem boas, as pessoas se estregam a muitas atividades necessárias e também a um número crescente de opcionais. Outro fator muito importante é a qualidade física do espaço urbano. Convites para uma atividade ao ar livre que vá além de uma simples caminhada incluem proteção, segurança, um espaço razoável, mobiliário e qualidade visual. 2.1 – Os sentidos e escalas. O natural ponto de partida do trabalho de projetar cidades para pessoas é a mobilidade e os sentidos humanos, já que estes fornecem a base das atividades, do comportamentos e da comunicação no espaço urbano. Os andares mais altos dos edifícios da paisagem urbana podem ser vistos somente à distância e nunca de perto. A conexão entre o plano das ruas e os edifícios altas efetivamente se perde depois do quinto andar. Andares abaixo podemos ver e acompanhar a vida da cidade. Um passeio numa arquitetura feita para 60km/h é uma experiência sensorial empobrecedora: desinteressante e cansativa. Quanto maior for a velocidade terá menos detalhes, maiores espaços e grandes sinalização sem detalhes. Veneza: Cidade de arquitetura de pouca velocidade, pequenos espaços, muitos detalhes, muitas pessoas, riqueza de experiências e impressões sensoriais. Dubai: Cidade de arquitetura de grande velocidade, amplos espaços, grandes edifícios, poucos detalhes em grandes sinalização, alto nível de ruído. 2.2 – Os sentidos e a comunicação. Em grandes distancias, recolhemos grande quantidade de informação, mas nas distancias curtas recebemos impressões sensoriais muito intensas e emocionalmente significativas. Quatro distancias de comunicação: Distancia intima: é a distância no qual se pode partilhar fortes emoções. Distancia pessoal: é a distância de contato entre amigos próximos e familiares. Distância social: descreve as distancias nas quais se pode partilhar conversas sobre trabalho, ... Distancia publica: descreve a distância do contato mais formal e da comunicação unilateral. “Certifique-se de que nunca haja espaços suficiente”. Quanto maior será o pensamento de que certa ocasião é importante e será uma experiência intensa. 2.3 – A escala fragmentada. As cidades tradicionais, orgânicas cresceram baseadas em atividades cotidianas, ao longo do tempo. Viajava-se a pé e as técnicas de construção se baseavam-na experiência de gerações. Daí resultaram cidades em uma escala adaptada aos sentidos e ao potencial dos seres humanos. Ao realizar o sonho de cidades vivas, seguras, sustentáveis e saudáveis, precisamos começar pelo perfeito conhecimento da escala humana. Uma categoria de construção onde a preocupação com a escala humana quase sempre está em evidencia é nos centros de compras, parques de diversão, restaurantes e hotéis litorâneos, onde o pré-requisito essencial para o sucesso financeiro é o bem estar das pessoas. Gabriel ito piatto. RA: 20222342