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CIDADE PARA PESSOAS

 1.1 – A dimensão humana.


 As ideologias dominantes do planejamento deram baixa
prioridade ao espaço público, as aéreas de pedestres e ao
papel do espaço urbano como local de encontro dos
moradores da cidade.
 Uma característica comum de quase todas as cidades é
que as pessoas que ainda utilizam o espaço da cidade em
grande número são cada vez mais maltratadas.
o No livro Os espaços limitados, obstáculos,
ruídos, poluição, riscos de acidentes e
condições geralmente vergonhosas são
comuns para os habitantes, na maioria das
cidades do mundo.
 No livro “morte e vida das grandes cidades”. Jane
Jacobs assinalava como o dramático aumento do tráfico de
automóveis e a ideologia urbanista do modernismo, que
separa os usos da cidade e destaca edifícios individuais
autônomos, pondo um fim ao espaços urbanos e a vida da
cidade, resultando em cidades sem vida, esvaziadas de
pessoas.
 As cidades devem pressionar os urbanistas e os arquitetos
a reforçarem as áreas de pedestres como uma política
urbana integrada para desenvolver cidades vivas,
seguras, sustentáveis e saudáveis.
o Um grande reforço é uma intervenção política
unificadas por toda a cidade para garantir que
os moradores sintam-se convidados a
caminhar e pedalar.
o A cidade sustentável é geralmente fortalecida
por meio da “mobilidade verde”, deslocar-se a
pé, de bicicleta ou por transporte publico.
Esses meios proporcionam benéficos a
economia e ao meio ambiente.
 Para uma cidade tornar-se viva é necessário sempre que
mais pessoas sintam-se convidados a caminhar, pedalar
ou permanecer nos espaços da cidade. Uma cidade que
convida as pessoas a caminhar, por definição, deve ter ima
estrutura razoavelmente coesa que permita certas
distancias a pé, espaços públicos atrativos e uma
variedade de funções urbanas.
o Aumentam a atividade dando sentimento de
segurança dentro e em volta dos espaços
urbanos e é um incentivo maior para
acompanhar os acontecimentos da cidade.
 1.2 – Primeiro nos moldamos as cidades - então elas
nos moldam.
 Se olharmos a história das cidades pode-se ver claramente
que as estruturas urbanas e o planejamento influenciam o
comportamento humano e as formas de funcionamento
das cidades.
 Menos vias = menos trafego? O desmantelamento do
sistema de largas avenidas reduziu a capacidade e a
quantidade do trafego.
 Veneza a cidade onde tem tudo: densa estrutura urbana,
curtas distancias a pé, belos percursos e espaços, intensa
mistura de usos, térreos bem ativos, arquitetura
diferenciada.
 Dois grandes levantamentos sobre o tipo de vida nos
espaços públicos mostram que tanto a movimentação de
pedestre quanto as atividades de maior tempo de
permanência aumentam notavelmente em constância com
as muitas melhorias urbanas, levando a novos padrões de
uso e mais vitalidade no espaço urbano.
 A conclusão de que se oferecido um melhor espaço urbano
o uso irá aumentar e aparentemente válida para os
espaços públicos de grandes cidades, os espaços urbanos
isolados ate para um único banco de praça. O
planejamento físico pode influenciar imensamente o
padrão de uso em regiões e áreas urbanas especificas.
o O fato das pessoas serem atraídas para
caminhar e permanecer no espaço da cidade
é uma questão de se trabalhar
cuidadosamente com a dimensão humana e
lançar um convite tentador.
 1.3 – A cidade como lugar de encontro.
 Caminhar é uma forma especial de comunhão entre
pessoas que compartilham a espaço público como uma
plataforma estrutural. Cidades com condições para
vivenciar o trafego a pé foram melhoradas, a gama de
atividades desenvolvidas por esse meio aumenta a forma
significativamente.
 Condições externas, como uma tempestade, tornam o
caminhar e a recreação impossível, quase nada acontece.
Se as condições para permanecer ao ar livre forem boas,
as pessoas se estregam a muitas atividades necessárias e
também a um número crescente de opcionais.
 Outro fator muito importante é a qualidade física do espaço
urbano. Convites para uma atividade ao ar livre que vá
além de uma simples caminhada incluem proteção,
segurança, um espaço razoável, mobiliário e qualidade
visual.
 2.1 – Os sentidos e escalas.
 O natural ponto de partida do trabalho de projetar cidades
para pessoas é a mobilidade e os sentidos humanos, já
que estes fornecem a base das atividades, do
comportamentos e da comunicação no espaço urbano.
 Os andares mais altos dos edifícios da paisagem urbana
podem ser vistos somente à distância e nunca de perto. A
conexão entre o plano das ruas e os edifícios altas
efetivamente se perde depois do quinto andar. Andares
abaixo podemos ver e acompanhar a vida da cidade.
 Um passeio numa arquitetura feita para 60km/h é uma
experiência sensorial empobrecedora: desinteressante e
cansativa.  Quanto maior for a velocidade terá menos
detalhes, maiores espaços e grandes sinalização sem
detalhes.
 Veneza: Cidade de arquitetura de pouca velocidade,
pequenos espaços, muitos detalhes, muitas pessoas,
riqueza de experiências e impressões sensoriais.
 Dubai: Cidade de arquitetura de grande velocidade,
amplos espaços, grandes edifícios, poucos detalhes em
grandes sinalização, alto nível de ruído.
 2.2 – Os sentidos e a comunicação.
 Em grandes distancias, recolhemos grande quantidade de
informação, mas nas distancias curtas recebemos
impressões sensoriais muito intensas e emocionalmente
significativas.
 Quatro distancias de comunicação:
 Distancia intima: é a distância no qual se pode
partilhar fortes emoções.
 Distancia pessoal: é a distância de contato entre
amigos próximos e familiares.
 Distância social: descreve as distancias nas quais
se pode partilhar conversas sobre trabalho, ...
 Distancia publica: descreve a distância do contato
mais formal e da comunicação unilateral.
 “Certifique-se de que nunca haja espaços suficiente”. 
Quanto maior será o pensamento de que certa ocasião é
importante e será uma experiência intensa.
 2.3 – A escala fragmentada.
 As cidades tradicionais, orgânicas cresceram baseadas em
atividades cotidianas, ao longo do tempo. Viajava-se a pé e
as técnicas de construção se baseavam-na experiência de
gerações. Daí resultaram cidades em uma escala
adaptada aos sentidos e ao potencial dos seres humanos.
Ao realizar o sonho de cidades vivas, seguras,
sustentáveis e saudáveis, precisamos começar pelo
perfeito conhecimento da escala humana.
 Uma categoria de construção onde a preocupação com a
escala humana quase sempre está em evidencia é nos
centros de compras, parques de diversão, restaurantes e
hotéis litorâneos, onde o pré-requisito essencial para o
sucesso financeiro é o bem estar das pessoas.
Gabriel ito piatto. RA: 20222342

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