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Imperador romano Adriano

Adriano foi adotado por seu tio e imperador Trajano e indicado como seu sucessor.
Com a morte de Trajano em 117, Adriano foi nomeado Imperador Romano. Logo que
assumiu, abandonou a política de conquistas do seu antecessor e optou pelas alianças
o que contribuiu para amenizar os riscos de revoltas. O fim da política expansionista
estabelecida por Adriano provocou o descontentamento de alguns generais que
chegaram a organizar uma conspiração logo reprimida com a morte de seus principais
líderes. As execuções sem julgamento logo despertaram a reação do Senado, já
indisposto pela aproximação do imperador com as camadas populares, nas quais
buscava apoio através de medidas como: a proteção dos pequenos proprietários e
arrendatários, o cancelamento de dívidas fiscais e a concessão de generosos donativos
para as massas. Adriano causou indignação quando tirou do Senado o poder de decidir
sobre os negócios internos que passaram a ser administrados, como nas províncias,
por quatro cônsules. As relações entre o Imperador e o Senado tornaram-se mais
tensas com a nomeação de numerosos senadores de origem provincial, e a
transferência para o Estado, do “Consilium Principis”, órgão consultivo composto por
políticos e juristas. O Senado também se revoltou com a entrega dos altos comandos
do exército a membros da classe dos cavaleiros, antes reservados a homens do
Senado.

Canal de Suez

O objetivo principal na retomada de poder europeu no canal de Suez, foi assegurar os


interesses imperialistas franco-britânico. O Egito, era dominado pelo imperialismo e se
tornou uma nação dominada pelos ingleses ainda no século XIX. Somente no século
XX, em 1922, o Egito deu sinais de libertação estabelecendo um regime monárquico. E
esse governo permaneceu até depois da Segunda Guerra Mundial, e com o fim da
guerra o Canal de Suez se tornou umas das áreas mais desejadas pelas potências
europeias e os Estados Unidos por causa da importância crescentemente do petróleo
na economia mundial, produto que era encontrado com bastante facilidade no Oriente
Médio.
A Guerra do Canal de Suez provocou profundas modificações nos cenários regional e
mundial Inicialmente favoreceu o prestigio político e a influência de Gamal Abdel
Nasser na região do Oriente Médio, credenciando-o como principal lider árabe,
sacramentando sua política nacionalista e dan do-lhe condições para desenvolver seu
projeto pan-arabista Para as antigas potências coloniais, o resultado foi desastroso,
porque se comprovaram a decadência do poder franco-britânico no mundo e a
supremacia dos Estados Unidos e da União Soviética, referendando o novo sistema
internacional bipolar. A influência de Nasser na consolidação do projeto de integração
do mundo árabe ampliou-se a partir da década de 1960, por meio de algumas atitudes
políticas claramente unificadoras. Primeiramente, em 1964, durante a Conferência de
Cúpula Árabe, em Alexandria, com seu apoio, foi criada a Organização para a
Libertação da Palestina (OLP), então liderada por Yasser Arafat. Essa organização
buscou consolidar a criação de um Estado palestino na região. Nasser foi também
mentor intelectual da formação da República Árabe Unida (RAU), que uniu, por curto
período, o Egito e a Síria, formando um único país sob sua Presidência, embrião do
sonho pan-arabista. O fim da década de 1950 foi marcado pela retomada das tensões
no Oriente Médio Os palestinos organizaram-se na chamada Al-Fatah, facção militar da
OLP Nasser, por sua vez, prosseguia com sua política antissemita (de perseguição aos
judeus), aproximando-se da União Soviética, que lhe fornecia armamento.

Gamal Abdel Nasser foi o líder mais notório da História do Egito moderno, e uma das
figuras mais relevantes na política nacional do país. Carismático, estratégico e
absurdamente polêmico, Nasser divide opiniões. Militar e político nacionalista, Nasser
passou um tempo fora do Egito após a guerra contra Israel, fazendo parte importante
de sua formação, iniciada na Real Academia Militar. Porem, após seu retorno ao Egito,
começou a ter destaque político. De volta ao país, deu início a um movimento
conhecido como Organização de Oficiais Livres, grupo criado junto a Anwar el-Sadat
com o objetivo de se opor ao Rei Faruk e retomar a honra do Exército. A Organização
seria responsável pela derrubada do rei e representaria o fim do ciclo colonial
realizado pelo Reino Unido no país. A Revolução Egípcia, em 1952, tornou Nasser o
centro da política da nação, mesmo que oficialmente o poder estivesse nas mãos de
Muhammed Naguib. A derrubada de Faruk deu espaço ao surgimento de um governo
popular, que envolveu uma série de disputas. O novo governo tentava balancear os
compromissos de cada um de seus líderes. Naguib, de cunho liberal, defendia um
estado fundamentado numa Assembleia Legislativa defensora das liberdades
individuais. Já Nasser, um socialista, propunha um regime unitário e planificado, com o
compromisso da igualdade. O conflito foi encerrado em 1954, quando Nasser
derrubou Naguib e capitalizou a revolução. Com o poder, ele deu origem a uma série
de reformas radicais pensando na nacionalização das riquezas egípcias e disseminação
do pan-arabismo. O capitão tornou o petróleo um bem nacional, expulsou empresas
estrangeiras e aumentou o atrito com Israel. Na diplomacia, passou a defender o não-
alinhamento, ou seja, a neutralidade na polarização da Guerra Fria, ao mesmo tempo
em que apelou para um apoio forte da URSS. O governo também foi marcado por dois
momentos de grande tensão, que colocaram Nasser no centro dos debates mundiais:
em primeiro lugar, ele deu de cara com a crise do Canal de Suez, resultando no conflito
com as potências imperialistas em nome da nacionalização do trajeto; depois, ele
comandou o Egito na Guerra dos Seis Dias, em retaliação a Israel e que acabou em
derrota. O projeto socioeconômico nasserista envolvia, não só uma noção
modernizadora e socialista de industrialização, mas pretendia a total integração
política e produtiva do mundo árabe, o pan-arabismo. Uma das medidas mais radicais
e polêmicas desse período, por exemplo, foi a unificação do Egito com a Síria num
único país: a República Árabe Unida, que durou até 1961. O programa independentista
existia, necessariamente, em decorrência de uma profunda oposição ao imperialismo,
o que aumentava o caráter polêmico do presidente. Cooperativas agrícolas e unidades
decisórias de trabalhadores foram estratégias do governo para favorecer os egípcios
em relação aos interesses internacionais, o que fortaleceu os socialistas no país. Uma
reforma agrária expulsou as multinacionais que exploravam o país africano. Os
monopólios estrangeiros passaram para a mão do Estado, e os produtos britânicos e
franceses passaram a serem feitos para egípcios, e escritos em árabe.

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