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MÓDULO 07

FANTASIA
SEMI-DIRIGIDA
LAÍS NADAI TAVARES
FANTASIA
SEMI-DIRIGIDA
"A viagem de fantasia é uma das técnicas utilizadas em
Gestalt-terapia para fazer emergir elementos do fundo.
O procedimento visa ampliar a awareness, permitindo o
autoconhecimento pela presentificação de experiências
não percebidas" (D'ACRI, LIMA, ORGLER, 2012, p.223).
FANTASIA
SEMI-DIRIGIDA
Segundo Figueroa (2015) existem muitas maneiras de
viagem de fantasia, e umas das potências dessa técnica é
que ela pode ser recriada sempre conforme o tema e a
situação que se apresentam. Seu fundamento é a imaginação
e sua base é um script que dá uma direção sem determinar o
que se passa; o terapeuta vai apresentando um roteiro para
ser preenchido pela imaginação do cliente.
FANTASIA
SEMI-DIRIGIDA
Para Stevens (1977) as viagens de fantasia permitem a
projeção e reidentificação. Sendo uma forma de
expressão real da existência, de como vive, sente e age.
OUTROS NOMES PARA
A MESMA TÉCNICA

Fantasia Semi-Dirigida
Fantasia Dirigida
Viagem de Fantasia
COMO UTILIZAR
Você pode utilizar a Fantasia Semi-Dirigida em
contextos de grupo ou individuais. Como um exercício
previamente definido ou como um experimento que
emerge na situação. Também pode utilizar um roteiro
pré-definido ou criar o roteiro de acordo com a
demanda. Por isso, essa ferramenta acaba sendo
muito versátil, podendo ser trabalhada de inúmeras
maneiras.
COMO UTILIZAR

A fantasia deve ser narrada com voz calma, pausada,


facilitando a “entrada” na história (D'ACRI, LIMA,
ORGLER, 2012, p.223). Para isso o terapeuta deve fazer
uma sensibilização para que o cliente ou grupo possa ir
gradativamente acessando seu mundo interno. As
pausas na condução da história são necessárias para
que a pessoa posso completar o script.
PARA QUÊ UTILIZAR??

As fantasias podem ser criadas pelo terapeuta para facilitar a


expressão e o trabalho com aspectos evitados ou ignorados
(D'ACRI, LIMA, ORGLER, 2012, p.223).

Além disso, podemos também facilitar o autoconhecimento;


permitir a integração das partes projetadas, ampliar
awareness, identificar necessidades não atendidas, ampliar a
conexão com a intuição, etc.
CUIDADOS

Evite iniciar uma viagem


de fantasia sem fazer
sensibilizações;

Tome cuidado com a


velocidade da sua fala,
deve ser lenta para
permitir que o cliente
preencha a história, mas
não tão lenta para o
cliente não dormir.
CUIDADOS
Se for utilizar essa técnica
com um grupo novo, no qual
não conhece profundamente
as pessoas, evite temas muito
sensibilizadores.

Evite utilizar essa ferramenta


nos trabalhos de trauma,
principalmente, quando a
pessoa ainda não
desenvolveu seu
autossuporte.
DICAS

Essa técnica pode ser utilizada em


todas as faixas etárias, com crianças,
adolescentes, adultos e idosos.
DICAS

É bastante interessante a associação


da viagem de fantasia com outras
técnicas, como a dramatização, a
representação em desenhos, escrita,
personificação, entre outras.
DICAS
Utilize sua criatividade na execução,
mesmo utilizando uma fantasia que
já existe, você pode adaptar o roteiro
para as demandas que você gostaria
de trabalhar, pode unir mais de uma
fantasia, ou criar novas perguntas e
caminhos que possam abordar os
temas desejados.
REFERÊNCIAS

D'ACRI, Gladys; LIMA, Patrícia; ORGLER, Sheila (Ed.). Dicionário de


Gestalt-terapia:" gestaltês". São Paulo: Summus Editorial, 2012.

FIGUEROA, Mauro. As Técnicas em gestalt-terapia. in. Frazão, Lilian


Meyer; Fukumitsu, karina Okajima. A clínica, a relação psicoterapêutica e
o manejo em gestalt-terapia. São Paulo: Summus, 2015.

STEVENS, John O. Tornar-se presente. Summus Editorial, 1977.


LAÍS NADAI TAVARES
É psicóloga clínica CRP 08/21107, Mestre em
Psicologia pela Universidade Estadual de
Maringá (UEM) com ênfase em Existencialismo e
Fenomenologia, Gestalt-terapeuta pela Escola
Paranaense de Gestalt-terapia com Formação
Avançada em Gestalt-terapia, Especialista em
Docência no Ensino Superior. Possui treinamento
em trabalho com crianças e adolescentes no
modelo Violet Oaklander. Pós-Graduanda em
EAD e as Novas Tecnologias Educacionais.
Professora e Supervisora Universitária.

Essa obra não deve ser reproduzida sem citação, devido a lei que preserva os direitos autorais.
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