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Ce Spaece Online 2019 RP LP Ef Web
Ce Spaece Online 2019 RP LP Ef Web
SPAECE 2019
Boletim do Professor
Língua Portuguesa
FICHA CATALOGRÁFICA
ISSN 1982-7644
CDU 373.3+373.5:371.26(05)
SUMÁRIO
4 Apresentação
Indicadores educacionais e
6 construção de diagnósticos
Estratégias de ensino e
26 desenvolvimento de habilidades
Resultados de
34 desempenho escolar
36 Resultados da avaliação
Leitura e interpretação
38 dos indicadores
78 Glossário
1
APRESENTAÇÃO
SPAECE | 2019
Caro(a) Professor(a),
5
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INDICADORES EDUCACIONAIS E
CONSTRUÇÃO DE DIAGNÓSTICOS
Esta é uma seção que trata de um tema de suma debate e o diálogo sobre este tema e as possibi-
importância para a reflexão sobre instrumentos que lidades de contribuir para melhorar sempre a qua-
nos ajudam a monitorar a qualidade da educação lidade da educação que oferecemos. Leia e, ten-
ofertada pelas escolas brasileiras. Por isso, reco- do dúvidas, há um espaço no ambiente virtual de
mendamos que toda a equipe pedagógica da es- aprendizagem para aprofundar e esclarecer cada
cola – além da equipe gestora – tenha acesso a indicador aqui apresentado.
essas informações e possa, com isso, enriquecer o
SPAECE | 2019
O
s indicadores, de modo geral, são in- mente, tendo em vista seus objetivos mais particu-
dispensáveis para a compreensão da lares e suas estratégias específicas. Por exemplo,
complexidade inerente às sociedades se um município decide que seus estudantes de-
contemporâneas. De modo objetivo e sintético, vem estar alfabetizados ao final dos 6 anos. Para
eles revelam, numericamente, um retrato da nossa isso, pode criar seu próprio indicador, sem dispen-
realidade social, a partir de diferentes perspecti- sar os oficiais e que dizem respeito ao país como
vas, permitindo a sua organização e a tomada de um todo. Esses continuam necessários, até mesmo
decisões mais adequadas a cada contexto. para que seja possível acompanhar o desenvolvi-
mento da aprendizagem das crianças, comparan-
Por meio de indicadores é possível, por exemplo,
do com outras realidades.
monitorar a evolução – ou involução – da quali-
dade de determinada política social, como a edu- Confira, a seguir, uma definição do que seriam
cação, a saúde, a assistência etc. Mas você pode indicadores, em particular, os educacionais, que
estar se perguntando: quem define ou escolhe são o foco de interesse nesta publicação:
quais aspectos ou dimensões da sociedade serão
traduzidos em indicadores? É importante ressaltar,
Indicadores são medidas específicas que
antes de qualquer coisa, que os indicadores vão
têm por objetivo transmitir uma informação
se (re)definindo ao longo do tempo. Na medida em
referente a uma dimensão particular e rele-
que os problemas vão ficando mais claros, assim
vante da educação, expressando-se através
como as metas e os objetivos para solucioná-los
de números que sintetizam essa dimensão.
vão se ampliando, novos indicadores podem ser
Por sua vez, os números que expressam os
criados. A própria dinâmica de mudança social ao
indicadores são calculados a partir de uma
longo do tempo requer novos parâmetros de or-
fórmula pré-definida e com base em dados
ganização e, portanto, novos indicadores. Por trás
levantados segundo critérios específicos e
desses números, estão a garantia de direitos e o
rigorosos, como censos e pesquisas sociais,
cumprimento de deveres por parte das diferentes
demográficas, econômicas ou educacionais.1
instituições da nossa sociedade.
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REVISTA DO PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA
volvimento Humano. Para construir esse índice – que desta realidade, mas oferecem pistas valiosas para en-
é tão importante para informar sobre as condições do frentarmos, de forma mais eficaz os nossos problemas
desenvolvimento social entre os países membros da sociais, dentre eles, os da educação.
ONU –, são utilizados diferentes indicadores sociais, a
saber: dois indicadores educacionais (a taxa de anal- Quais seriam os indicadores
fabetismo, a partir dos 15 anos de idade, e o número produzidos para a educação?
de pessoas matriculadas em todos níveis de ensino);
um indicador de expectativa de vida (que é resultado Dada a complexidade do processo educativo, sabe-
de vários outros como taxa de mortalidade, de salubri- mos que ele é perpassado por uma série de fatores
dade etc.); e o indicador de renda per capita do país. que interferem, direta ou indiretamente, nos seus re-
sultados. Portanto, falar de indicadores educacionais é
falar de uma multiplicidade de fatores. Entretanto, não
Por que tratar deste tema
pretendemos, nesta publicação, apresentar uma lista
com você, professor(a)?
exaustiva ou aprofundada sobre esse tema, mas sim
Especificamente, na área educacional, os indicadores trazer algumas das principais referências que estão
são considerados instrumentos indispensáveis para diretamente relacionadas às condições e à qualidade
que gestores de secretarias e das escolas, bem como da educação ofertada no Brasil. Poderíamos ter esco-
os professores, monitorem a qualidade da educação lhido outros tantos indicadores, mas optamos por dis-
oferecida no contexto atual e ao longo do tempo. Nes- cutir aqueles que tratam das questões mais elementa-
se sentido, os indicadores revelam determinados as- res para a garantia do direito à educação.
pectos e dimensões da realidade educacional, os quais
Partimos, assim, da premissa de que o atendimento
podem ser identificados como prioritários, como mais
pleno do direito à educação só se concretiza quando
relevantes etc. Os indicadores – ou as correlações que
alguns padrões mínimos de qualidade são observa-
fazemos a partir dos mesmos – não explicam todas as
dos. Por exemplo, é preciso que sejam oferecidas as
nuances de uma realidade social, nem tampouco esgo-
condições necessárias e seguras para que a criança
tam todas as possibilidades de leitura e interpretação
ou o jovem em idade escolar possa chegar à sala de
A população A experiência
Resultados
e a escola na escola
• Ambiente
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aula. Além disso, a escola precisa estar adequada às diagnósticos, na elaboração de estratégias e ações
necessidades desse estudante, para que seja garan- que visem à alteração das situações que não estão
tida a sua permanência e a conclusão de cada eta- adequadas.
pa de escolaridade na idade certa. O Plano Nacional
Para isso, depois de conhecer os indicadores de ofer-
de Educação, aprovado pela Lei 13.005/2014, define
ta e qualidade apresentados nesta publicação e na
um conjunto de metas que devem ser alcançadas na
plataforma de avaliação e monitoramento do SPAE-
primeira metade da atual década para diminuirmos o
CE, você, professor, é nosso convidado para visitar, na
fosso da desigualdade educacional, histórica em nos-
mesma plataforma, o ambiente virtual de aprendiza-
so país. Para tanto, diferentes indicadores são utiliza-
gem, projetado com o intuito de contribuir para o seu
dos para fins de monitoramento dessas metas.
desenvolvimento profissional. Desse modo, todos os
Nesse sentido, a partir de quatro grandes dimensões, temas tratados de forma mais sintética nesta seção
selecionamos, para cada uma, um conjunto de indi- são aprofundados e discutidos, de maneira mais am-
cadores. As principais fontes desses números foram o pla, nos três módulos que compõem esse ambiente.
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep), o Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), os testes e questionários contex-
tuais aplicados pelo CAEd/UFJF.
• Ideb
(re)pensar a atuação da rede e da escola, no sen-
tido de garantir o direito constitucional a uma edu-
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A população e a escola
Para que o direito à educação seja efetivamente assegurado, é preciso que a relação entre a população
e o sistema educacional seja consolidada mediante o compromisso com a qualidade do atendimento à
população em idade escolar. Esse compromisso passa pela garantia de acesso à escola e de eficiência
do sistema escolar.
Levando em consideração o fato de que alguns parâmetros básicos de qualidade devem ser observa-
dos, é muito importante conhecer os indicadores de acesso e de eficiência referentes à educação no
Brasil e no seu estado. A análise desses dados poderá ajudá-lo na elaboração de um diagnóstico mais
preciso, baseado em evidências, sobre a realidade educacional da sua rede.
Acesso Eficiência
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A experiência na escola
A qualidade da experiência vivenciada pelos estudantes na escola pode ser avaliada considerando in-
dicadores relacionados a três subdimensões: jornada escolar, recursos e ambiente. É essencial verificar
a duração da jornada do estudante na escola, quais são os recursos humanos e materiais disponíveis e
como pode ser considerado o ambiente escolar, de acordo com o porte da escola, o indicador socioeco-
nômico e o índice de clima escolar – esses dois últimos, conforme a percepção do estudante registrada
nos questionários contextuais.
O indicador de jornada escolar ajuda a verificar a Uma jornada adequada às atividades escolares não
relação entre o tempo que o estudante passa na constitui, por si só, elemento suficiente para avaliar
escola e a qualidade da educação ofertada. Para a qualidade do ensino. As instalações também pre-
tanto, deve ser observado se esse tempo é sufi- cisam ser apropriadas às atividades educacionais, e
ciente para atender às atividades previstas pelas os profissionais devem ser qualificados para exercer
equipes escolares. suas funções.
Com base nos dados do Censo Escolar da Edu- Desse modo, é necessário levar em consideração,
cação Básica 2018, esse indicador foi dividido em nesta abordagem, os recursos humanos e a infraes-
três categorias, considerando o tempo diário em trutura do espaço escolar, além de outros indicado-
que o estudante permanece na escola: res não relacionados aqui. Por recursos humanos,
considera-se, nesta análise, os indicadores de esco-
» até 4 horas; laridade do corpo docente e infraestrutura das es-
colas – especificamente a disponibilidade de qua-
dras esportivas (cobertas ou não) e acesso à internet
» mais de 4 até 6 horas;
banda larga. Mais uma vez, essas informações são
extraídas dos dados do Censo Escolar 2018.
» mais de 6 horas.
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Ambiente
A subdimensão ambiente está associada aos indicadores referentes ao porte das uni-
dades educativas, ao nível socioeconômico das escolas e ao clima escolar. Os ques-
tionários contextuais aplicados junto à Prova Brasil vêm reunindo dados importantes
relacionados a esses indicadores.
Porte da escola
O indicador porte da escola contribui para a percepção de que escolas muito grandes
ou muito pequenas não apresentam um clima favorável a um bom desempenho, de
acordo com pesquisas conduzidas na área. Esse indicador é calculado de acordo com
as seguintes categorias:
• Número de alunos que estudam em escolas que atendem entre 600 e 900 alunos.
• Número de alunos que estudam em escolas que atendem mais de 900 alunos.
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Resultados
A dimensão fundamental que revela a qualidade da educação ofertada são os resultados obtidos por
um determinado sistema escolar. Assim, o nível de aproveitamento alcançado pelos estudantes, ao final
de uma etapa de escolaridade, pode ser conferido por meio das subdimensões escolaridade da popula-
ção e desempenho, esta última em associação com o Índice Socioeconômico (Inse) das redes e escolas.
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Índice de qualidade
Com o objetivo de aprimorar a percepção sobre a qualidade da educação brasileira, o Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) criou, em 2007, o Índice de Desenvolvimento
da Educação Básica (Ideb). Trata-se de um importante indicador da qualidade da educação ofertada,
pois leva em consideração duas dimensões fundamentais na efetivação do direito à educação: a apren-
dizagem (por meio do desempenho em testes cognitivos) e o fluxo escolar, permitindo o estabelecimento
e o monitoramento de metas educacionais para a Educação Básica.
A consolidação do Ideb serviu como uma importante referência para a criação de um indicador equiva-
lente, nas redes estaduais que possuem sistemas próprios de avaliação externa. No Ceará foi instituído
o Índice de Desempenho Escolar – IDE, com base nos resultados do SPAECE. Você pode consultar os
dados do Ideb e do IDE na plataforma do programa.
IDEB IDE
O Ideb monitora a qualidade da educação pública Dentre as vantagens de se criar um índice de de-
e privada com base em indicadores de rendimento senvolvimento educacional local, como o IDE, está
e desempenho. As fontes que subsidiam a cons- a possibilidade da definição de metas mais ade-
trução desse índice correspondem aos dados do quadas à realidade da rede, menor intervalo entre
Saeb – Sistema de Avaliação da Educação Básica as publicações dos seus resultados e intervenção
– e do Censo Escolar da Educação Básica. mais focada nas necessidades locais.
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DESEMPENHO NOS CAMPOS
TEMÁTICOS (SUBESCAL AS)
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N
a vida cotidiana, lidamos frequentemente liado por meio do teste. A definição de um único
com informações apresentadas por meio construto a ser avaliado é importante, pois os tes-
de escalas. Um exemplo é quando dese- tes que compõem as avaliações em larga escala
jamos saber se uma pessoa está com febre e usa- devem ser unidimensionais, ou seja, avaliar uma
mos um termômetro para aferir a temperatura. O única dimensão do conhecimento. Nas avaliações
resultado dessa aferição é dado por meio de um de Língua Portuguesa, essa dimensão, ou cons-
número, parte de uma escala de temperatura. Mas truto, é a leitura. No caso das avaliações de Mate-
o número, por si só, não é suficiente para esclare- mática, é o raciocínio lógico matemático.
cer a dúvida: é necessário interpretá-lo com base
Uma vez definido o construto, é preciso detalhar
no que se considera uma temperatura normal e
quais competências e habilidades a ele relacio-
aquilo que está abaixo ou acima dessa normali-
nadas se pretende avaliar. Esse é o momento em
dade. Só assim é possível saber se o resultado
que se elaboram as Matrizes de Referência para
obtido deve suscitar alguma intervenção: adminis-
a avaliação, onde estão descritas as habilidades
trar um antitérmico? Aquecer a pessoa? É preciso
que serão avaliadas por meio dos itens que com-
interpretar o resultado.
porão o teste. Assim, o construto inicial é avaliado
Em avaliações internas à escola, cujo objetivo é por meio de diferentes habilidades, em separado.
aferir o desempenho de um número reduzido de Uma vez elaborados e aplicados os itens, é pre-
estudantes de uma mesma turma ou de um mesmo ciso ter um modelo estatístico que permita avaliar
grupo, a interpretação dos resultados é feita, em os resultados alcançados pelos estudantes. No
geral, pelo professor, com base no instrumento de caso das avaliações do SPAECE, esse modelo é a
avaliação aplicado. Para isso é considerado o nú- TRI – Teoria da Resposta ao Item. Dentre as várias
mero de acertos às questões propostas e/ou o tipo possibilidades que esse modelo estatístico ofere-
de resposta dada pelos estudantes às questões ce para analisar os resultados dos estudantes no
de resposta construída, ou questões “abertas”, teste, está a de colocar, numa mesma métrica, ou
como são comumente denominadas. escala, os estudantes e os itens do teste que fo-
ram respondidos por eles.
Nas avaliações em larga escala, cujo objetivo é
aferir o desempenho de um grupo maior de es- Assim como no exemplo do termômetro, uma es-
tudantes por meio de testes padronizados, são cala de proficiência apresenta valores que vão de
necessárias outras estratégias para aferir e co- uma menor a uma maior proficiência. Na escala,
municar os resultados das avaliações. Essas es- é possível organizar os itens mais fáceis e que,
tratégias precisam considerar todo o processo de portanto, foram acertados por estudantes com
elaboração do teste, que é bastante detalhado. habilidades que se mostraram, no teste, menos
Em primeiro lugar, é preciso ter clareza do que se complexas, até os itens mais difíceis, acertados
pretende avaliar, ou seja, do construto a ser ava- por estudantes com habilidades que se mostraram
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mais complexas. A proficiência do aluno no teste é, mum entre esses descritores e o que eles revelam
portanto, representativa do seu desempenho em sobre o desenvolvimento do construto que se está
relação àquele construto que se pretendia avaliar: avaliando. É na tentativa de melhor qualificar essa
a leitura, no caso da Língua Portuguesa; o racio- informação que, a partir do ano de 2020, os resul-
cínio lógico matemático, no caso da Matemática. tados obtidos pelos estudantes nos testes estão
sendo apresentados, também, por meio de cam-
Quando se afirma que um estudante tem uma de-
pos temáticos (subescalas).
terminada proficiência em leitura, expressa por
um número, é possível saber se isso está mais Os campos temáticos constituem meios de organi-
ou menos próximo do que seria desejável, assim zar os itens que compuseram um teste com base
como é possível comparar o desempenho de um em traços que apresentam em comum, relativa-
grande grupo de estudantes, inclusive ao longo do mente ao construto que está sendo avaliado. Por
tempo. Não é possível dizer, porém, que tipo de exemplo, todos os itens que compõem os testes de
habilidade esses estudantes desenvolveram, ou, Língua Portuguesa avaliam habilidades de leitura.
ao contrário, ainda não desenvolveram, o que se- Entretanto essas habilidades não são todas de um
ria uma informação valiosa para o professor. Isso mesmo tipo. Algumas habilidades apresentam as-
porque um mesmo construto é constituído por di- pectos em comum com outras quanto à natureza
ferentes domínios de habilidades. Por exemplo, o do conhecimento que avaliam. Assim, como resul-
desenvolvimento do raciocínio matemático requer tado da aplicação do teste, obtém-se a proficiên-
habilidades relacionadas ao trato com números, o cia dos estudantes na escala de leitura. Essa es-
que representa um domínio desse construto. En- cala, por sua vez, pode ser subdividida em outras
tretanto, o raciocínio matemático requer também dimensões, que nada mais são que agrupamentos
habilidades relacionadas à percepção do espaço de itens que apresentam características comuns.
e das formas, o que representa um outro domínio Tais agrupamentos são os campos temáticos, que
desse mesmo construto. permitem um diagnóstico mais detalhado acerca
da natureza das habilidades desenvolvidas pelos
Em geral, as avaliações em larga escala buscam
estudantes que realizaram os testes.
suprir a ausência de informações sobre o desem-
penho dos estudantes em domínios específicos Com o intuito de favorecer a produção desse diag-
dos conhecimentos avaliados pelos testes, anali- nóstico mais detalhado, equipes compostas por
sando quais foram os descritores (ou habilidades) especialistas de Língua Portuguesa e Matemática
da matriz de referência mais ou menos acertados e da área de psicometria do CAEd desenvolveram
por esses estudantes. Mas esse também é um pro- três campos temáticos, ou subescalas, para Língua
cedimento que pode ser melhorado, uma vez que Portuguesa e quatro para Matemática.
seria importante compreender o que há em co-
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D
Campo Temático 3 Conhecimentos metalinguísticos
D
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D Números, probabilidade e
Campo Temático 2 estatística
D
MATEMÁTICA
D
Campo Temático 3 Geometria
D
D
Campo Temático 4 Grandezas e medidas
D
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Os resultados por meio de campos temáticos podem ser apresentados de três maneiras diferentes,
considerando o nível da escola, da turma e do aluno, visto que o objetivo é fornecer informações para
possíveis intervenções pedagógicas.
Veja a seguir quais são as formas de se obter resultados por meio dos campos temáticos. Para verificar
esses resultados, acesse o card Resultados da Avaliação na área restrita da plataforma do SPAECE 2019
e clique no botão Resultados de Desempenho por Campo Temático.
A Teoria da Resposta ao Item (TRI) utilizando a Há, portanto, uma pontuação geral para os se-
modelagem Rasch multifacetas permite apresen- guintes níveis de agregação: escola, turma e alu-
tar o desempenho dos estudantes em uma esca- no. Em seguida, apresenta-se, para os mesmos
la geral de 0 a 100 pontos e, posteriormente, em agregados, uma pontuação para cada um dos
cada um dos campos temáticos definidos para as campos temáticos.
disciplinas contempladas na avaliação.
Turma Língua Portuguesa Compreensão dos textos Tipologias e gêneros textuais Conhecimentos metalinguísticos
5º ANO-A 35 35 39 36
5º ANO-B 34 35 32 35
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IMPORTANTE
A pontuação de 0 a 100 não pode ser confundida com uma nota, aquela atribuída pelo professor em
sala de aula. A pontuação obtida pelo estudante diz respeito à sua proficiência nessa escala específi-
ca, construída por meio de uma modelagem da TRI.
O diferencial dessa medida reside no fato de que, através da modelagem pela TRI, essa relação de-
sempenho do aluno em cada item é quantificada por meio de uma escala única para todo o sistema e
que mantém suas propriedades de medidas ao longo do tempo, ou seja, os resultados de 2019 poderão
ser comparados com avaliações futuras nas quais se utilize a mesma metodologia, o que não pode ser
obtido por meio de resultados processados pela Teoria Clássica dos Testes (TCT).
2. Percentuais de estudantes
que consolidaram as
habilidades avaliadas
Além da pontuação de 0 a 100, também é possível Ao acessar esse resultado, é possível visualizar
determinar o percentual de estudantes que já con- todas as turmas da etapa de escolaridade selecio-
solidaram as habilidades avaliadas em cada um nada anteriormente e, para cada campo temático,
dos campos temáticos, tanto de Língua Portugue- o percentual de estudantes que já consolidaram as
sa quanto de Matemática. habilidades que compõem os respectivos campos.
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Observam-se, nessa imagem, os resultados das articulando o que é estabelecido pelo currículo da
duas turmas dessa escola. As habilidades que etapa avaliada e o que foi observado nos resulta-
compõem cada um dos campos temáticos são dos da avaliação em larga escala, a partir das ha-
os descritores elencados na matriz de referência bilidades constantes na matriz de referência para
para avaliação da referida etapa de escolaridade avaliação.
avaliada. Os dados percentuais em cada uma das
Contudo, ainda é possível conhecer mais detalha-
habilidades indicam, em cada uma das turmas, os
damente esses resultados, pois, na plataforma, ao
estudantes que já consolidaram tais habilidades.
clicar no nome da turma, é possível visualizar o re-
Essa informação é extremamente relevante para sultado de cada estudante dessa turma, em cada
o planejamento das aulas, pois o professor pode uma das habilidades.
organizar a turma e suas atividades pedagógicas,
Turma D14 D15 D22 D13 D28 D24 D16 D21 D18 D19
5º ANO-A 56% 56% 50% 50% 50% 42% 50% 44% 38% 38%
5º ANO-B 67% 67% 40% 40% 40% 55% 40% 27% 20% 20%
Turma D23
5º ANO-A 50%
5º ANO-B 27%
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ALUNO 1 2 2 1 1
ALUNO 2 1 1 0 0
ALUNO 3 0 0 0 0
ALUNO 4 1 1 1 0
ALUNO 5 1 0 0 0
ALUNO 6 0 0 0 0
ALUNO 7 2 2 2 2
ALUNO 8 1 1 0 0
ALUNO 9 2 2 2 1
ALUNO 10 2 2 2 0
Os resultados produzidos por meio dessa nova Esse é um exemplo de resultados de Língua Por-
metodologia permitem uma aproximação da rea- tuguesa extraídos de uma turma de 5º ano do en-
lidade do desenvolvimento das aprendizagens sino fundamental de uma escola que possui duas
minimamente esperadas para cada estudante turmas para essa etapa de escolaridade. Observa-
avaliado, o que, consequentemente, deve levar o -se, nessa imagem, que cada linha corresponde a
professor a articular três pontos essenciais do pro- um aluno da turma, enquanto as colunas à direita
cesso educacional: currículo, ensino e avaliação, trazem as habilidades e a indicação do nível de
sendo a avaliação entendida em uma perspectiva desenvolvimento de cada uma das habilidades.
diagnóstica e formativa, ou seja, uma avaliação
Essa forma de apresentação oferece ao profes-
cujos resultados oferecem:
sor um diagnóstico muito concreto para o conhe-
• ao gestor – indicadores para uma gestão edu- cimento de sua turma. É importante analisar essa
cacional mais eficaz; informação, pois permite verificar que os alunos
• ao professor – ferramentas para orientar e/ou se encontram em momentos diferentes do de-
enriquecer suas práticas de ensino. senvolvimento das habilidades. Pode-se concluir,
portanto, que se trata de uma turma bastante he-
Para os resultados individuais relacionados ao de-
terogênea, o que exigirá do professor estratégias
senvolvimento das habilidades de cada um dos
de ensino diversificadas, de modo a permitir que
campos temáticos, utilizou-se uma progressão de
aqueles que ainda não desenvolveram as habili-
0 a 2, onde:
dades (0) possam fazê-lo; que aqueles que estão
2 habilidade consolidada.
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0,9
0,8 s
Probabilidade de Acerto
0,7
0,6
0,5
b
0,4
0,3
0,2
0,1
PROFICIÊNCIA
de zero até o ponto “b” – cor- de “b” até “s” – corresponde a partir do ponto “s” – cor-
responde ao 0 (zero), ou seja, ao 1, indicando que a habi- responde ao 2, o que indica
indica habilidade não desen- lidade está em desenvolvi- a consolidação da habili-
volvida pelo estudante. Isso mento. Isso significa que a dade. Isso significa que a
significa que a probabilidade probabilidade de o estudan- probabilidade de o estudan-
de um estudante acertar o te acertar o item está entre te acertar o item é superior
item é menor que 50%. 50% e 80%. a 80%.
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SPAECE | 2019
Para cada item da avaliação, foi construída uma tor/habilidade. Assim, se o aluno ainda não con-
curva como a apresentada, de modo que se pu- solidou a habilidade considerando esse item mais
desse estabelecer em que ponto do desenvolvi- fácil, significa que sua aprendizagem está aquém
mento da habilidade os estudantes avaliados se do que seria esperado para a etapa avaliada.
encontram.
Os resultados por Campo Temático não substi-
Nesse sentido, ao se trazer os resultados alcan- tuem os resultados apresentados na escala do
çados para cada estudante em cada habilidade, Saeb. Por meio dos resultados de proficiência na
a avaliação diagnostica possíveis dificuldades nas escala Saeb, obtêm-se informações importantes
aprendizagens, verificando se as habilidades es- para monitoramento da rede, que podem subsi-
peradas já são dominadas pelos estudantes. Isso diar a implementação de políticas públicas volta-
contribui para que o professor conheça a realida- das para educação. Portanto, as duas formas de
de de sua escola, de suas turmas e de cada estu- apresentar os resultados – por Campo Temático
dante, o que levará ao desenvolvimento de ações (modelagem Rasch) e pela escala do Saeb (três
mais efetivas de modo a garantir o direito de Parâmetros) – são complementares no sentido de
aprender de cada um dos estudantes da escola. fornecer as mesmas informações com enfoques e
objetivos distintos.
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ESTRATÉGIAS DE ENSINO E
DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES
SPAECE | 2019
• O texto não porta um sentido, ou seja, o “signi- Você pode partir, por exemplo, de textos do cam-
ficado” não está no texto; este nos oferece um po da vida cotidiana para alcançar, progressiva-
conjunto de pistas que guia o leitor na tarefa de mente, aqueles que demandam maior domínio de
construção de sentido que é a leitura. conhecimento, como os de gêneros referentes aos
campos de atuação da vida pública e das práticas
O trabalho a ser realizado em sala de aula, tendo de estudo e pesquisa.
como base os resultados da avaliação, envolve
que seja possível reconhecer quais são os crité-
rios de progressão do ensino de leitura, antes de
redirecionar as ações didático-pedagógicas para
melhoria do desempenho dos estudantes.
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REVISTA DO PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA
Para a área de linguagens, a organização das práticas indicadas na BNCC – leitura de textos, produção
de textos, oralidade e análise linguística/semiótica – leva em consideração os campos de atuação. Esses
campos assinalam a relevância de contextualizar o conhecimento escolar, fazendo com que essas práti-
cas decorram de situações da vida social e, ao mesmo tempo, sejam situadas em contextos significativos
para o estudante.
• campo artístico-literário.
• campo de atuação na vida pública (para os anos iniciais, contido no campo da vida pública).
Os campos de atuação orientam a seleção de gêneros, práticas, atividades etc. e exercem a função di-
dática de possibilitar o entendimento, tanto do professor quanto do aluno e sua família, de que os textos
circulam dinamicamente na prática escolar e na vida social.
Complexidade do texto
Outro critério de progressão a ser considerado é Nessa etapa, o léxico é, também, mais simples,
a complexidade do texto. Tão importante quan- aproximando-se do uso cotidiano da linguagem.
to selecionar textos a partir da categoria gênero
Por isso, a seleção de textos deve considerar
é selecionar textos cada vez mais complexos do
que as narrativas são o primeiro tipo textual com
ponto de vista da sintaxe, do léxico, dos recursos
o qual temos contato. Afinal, são diversas as si-
coesivos, da temática e da macroestrutura, confor-
tuações em que o aluno se apropria da estrutura
me os alunos desenvolvem competências leitoras.
de narrativas, especialmente daquelas que en-
Nos anos iniciais do ensino fundamental, costu- volvem práticas de oralidade: rodas de conversa,
mam predominar textos com estrutura e sintaxe quando contam e escutam sobre fatos e aconte-
mais canônicas, com períodos mais curtos e sem cimentos de seu cotidiano; atividades de conta-
muitas subversões na estrutura da frase, como in- ção ou leitura de histórias; práticas familiares de
versões de componentes ou intercalações longas. ouvir e contar casos etc.
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O gênero “fábula”, por exemplo, costuma apresen- A complexidade de uma tarefa de leitura é deter-
tar traços de linguagem que determinam sua larga minada pelo tipo de apoio que o texto oferece à
utilização nos anos iniciais; no entanto, há fábulas busca de significado pelo leitor. O seu papel, como
que apresentam certo grau de complexidade lexi- professor mediador, é orientar o leitor em formação
cal e sintática, a partir do qual sua leitura constitui na seleção das pistas textuais que podem facilitar a
um desafio até para os anos finais. Portanto, para- leitura de um texto.
lelamente à seleção de texto segundo o seu gê-
nero, é importante considerar a complexidade da Há textos que apresentam sinalizações de apoio
sua linguagem para que possam ser elaboradas muito claras à construção de sentidos e outros que
tarefas cada vez mais complexas de leitura. exigem que o leitor estabeleça relações entre um
conjunto de sinalizações dispersas pelo texto. Nes-
No ensino médio, é esperada a leitura proficiente se último caso, a tarefa de leitura é mais complexa.
de textos de diferentes gêneros, como contos (in-
clusive os da nossa tradição literária), crônicas, ro-
mances, poemas, notícias, reportagens, artigos de
opinião, editoriais, resenhas, artigos de divulgação
científica (menos especializados), instruções etc.
Esse é o momento de os estudantes ampliarem o
seu repertório de gêneros.
29
REVISTA DO PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA
Quando o processo de sistematização da alfabe- • perceber como uma explicação entre vírgulas
tização é iniciado, as estratégias de ensino de lei- ajuda a inferir uma informação que não está ex-
tura devem acompanhar o ensino sistemático das plícita no texto;
relações entre grafemas e fonemas, visando à for-
• ser capaz de identificar o título, o contexto, o su-
mação do leitor.
porte, o autor e o público-alvo de um texto, se
Esse ensino sistemático envolve também práticas for o caso, e utilizá-los na antecipação do seu
de oralidade e de escrita. Tais práticas são iniciadas conteúdo, de modo a facilitar a compreensão.
ainda na Educação Infantil, com a contação de his-
tórias rotineiras e a identificação de elementos es- Quando você, professor, realiza esse trabalho de me-
truturados nos livros, como capa e ilustrações, para diação, atento às sinalizações do texto, promove o
apontamento do enredo. Com o passar dos anos, desenvolvimento de diversas habilidades de leitura.
as estratégias vão enfatizar a leitura do texto em si. Tome, por exemplo, a habilidade “reconhecer o as-
Dentre inúmeras estratégias possíveis, apresenta- sunto de um texto”. Essa é uma habilidade consi-
mos as seguintes, para apoiar o aperfeiçoamento derada complexa, porque envolve a construção do
Atenção às sinalizações do texto Certamente você leva em conta que os seus alunos
são capazes de reconhecer o assunto de um texto
A formação leitora tem início antes mesmo que os quando sinalizado em pistas muito claras, como tí-
alunos estejam alfabetizados. Na Educação Infantil, tulo ou subtítulo, imagem que acompanha o texto
quando o professor conta histórias iniciadas com a ou início do primeiro parágrafo, mas sabe que é im-
estrutura própria das narrativas ficcionais (“Era uma portante orientá-los a observar esses elementos, de
vez”) ou mostra a capa de um livro e pergunta so- modo a antecipar informações sobre o que vão ler
bre ela, está adotando a estratégia de antecipação, com base neles. Você não apenas “ensina” o leitor
que prepara o leitor para sua interação com o texto. em formação a lidar com as sinalizações textuais,
mas também a atuar de maneira consciente sobre o
As práticas de leitura incluem a mediação, que, por texto e tornar sua leitura mais eficiente.
sua vez, deve considerar a formulação de perguntas
que leve o leitor a identificar e utilizar pistas, como: Para os anos finais do ensino fundamental, o reco-
nhecimento do assunto de um texto requer a reali-
• ser capaz de observar como um pronome pes- zação de tarefas mais complexas, como a conside-
soal retoma um referente citado anteriormente, ração de sua estrutura tópica e a relação entre suas
ainda que não seja necessário que o leitor sai- partes a fim de compreender a hierarquia das infor-
ba que classe de palavras é essa; mações, ou seja, o que é principal ou secundário.
30
SPAECE | 2019
Conversar com os estudantes a respeito do con- Outra estratégia que pode render importantes re-
teúdo e da estrutura do texto é uma estratégia sultados são as atividades de reconto e reescrita de
utilizada desde o início da alfabetização. Após a textos, a partir das quais se pode, por exemplo, pe-
leitura de uma história, por exemplo, você pode dir que os estudantes façam o reconto de um conto
conversar a respeito tanto do conteúdo do texto tradicional para que você registre o texto por escri-
– o tema tratado e as percepções e opiniões acer- to, atuando como uma espécie de escriba. Nessas
ca desse tema – quanto da sua estrutura – onde atividades, eles vão se apropriando da estrutura da
se passa a história, quais são os personagens que narrativa e observando os seus elementos indis-
dela participam, quando as ações acontecem, pensáveis, o emprego do léxico mais adequado e o
qual é a parte mais emocionante ou de maior sus- uso mais ajustado dos elementos de coesão, para
pense na narrativa (o clímax) e como tudo se resol- que o texto flua e faça sentido.
ve (o desfecho).
31
REVISTA DO PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA
Resumos de textos
Pedir que os estudantes façam o resumo de um colegas; além disso, a apresentação oral faz com
texto é sempre uma boa forma de estimulá-los a que eles se esforcem em torno da compreensão
realizar uma leitura mais cuidadosa. Essa prática global do texto, em vez de simplesmente copiar as
pode ser ainda mais exitosa quando realizada em partes principais. Nos anos iniciais, é comum focar
dupla ou em grupo, de modo que o resumo seja em textos narrativos, para, mais à frente, investir no
apresentado oralmente ao resto da turma. Isso por- gênero argumentativo.
que, quando a atividade é realizada coletivamente,
os estudantes aprendem com as estratégias dos
• relacionarem os textos com os seus contextos No ensino médio, o leitor deve ser estimulado a fa-
de produção, de modo a construir uma leitura zer mais, ou seja, a atentar para escolhas discursi-
mais informada e crítica; vas e refletir sobre essas escolhas, sobre seus efei-
tos, sobre o que as justifica. Trata-se, portanto, de
• relacionarem a forma ao conteúdo dos textos,
buscar níveis maiores de aprofundamento da leitura.
de modo a refletir/avaliar as escolhas linguísti-
co-discursivas feitas pelos autores; Os desafios do ensino médio estão voltados a con-
solidar a formação leitora que leve em considera-
• construírem hipóteses sobre a “intencionalida-
ção a tradição literária, o que envolve sensibilida-
de” dos textos, em atenção a sinalizações que
de docente à descoberta da experiência estética e
desvelam a posição do autor em relação ao
prestígio de clássicos, para ampliação do léxico e,
seu discurso;
por que não, do conhecimento de mundo. E, nesse
ponto, não podemos deixar de indicar a importância
32
SPAECE | 2019
de você, professor, lidar com as dificuldades pre- construção de um discurso, pela investigação da
gressas da formação leitora para somar aprendiza- relação entre esse discurso e seu contexto de pro-
gens mais abstratas, como as figuras de linguagem dução, pela identificação de vozes em confronto,
tão presentes na literatura. como também por inconsistências, incoerências,
contradições. O desenvolvimento dessas habilida-
Outro ponto essencial, que requer a proposição de
des, por sua vez, pressupõe a consolidação daque-
estratégias mais ativas da formação leitora no en-
las que foram alvo do trabalho no ensino funda-
sino médio, é a necessidade de contribuir para a
mental, tanto nos anos iniciais quanto finais.
constituição de um sujeito que se posiciona, argu-
menta e emite juízos. Mais do que mediar e instruir Esse aprendizado pode ser facilitado se os estudan-
a leitura, é preciso pensar a progressão no aprendi- tes construírem, no interior das práticas de leitura,
zado da leitura no ensino médio. Para isso, são indi- uma reflexão sobre algumas categorias linguísticas,
cadas as práticas com os gêneros argumentativos. uma reflexão funcional, sobre os recursos linguísti-
cos e seu papel na tessitura dos discursos. Enquan-
Uma boa formação para a leitura de textos argu-
to no ensino fundamental essa reflexão deve ser
mentativos, por exemplo, demanda mais que a
essencialmente epilinguística, ou seja, mais restrita
identificação da tese e dos argumentos que a sus-
à reflexão sobre o texto lido/escrito para compreen-
tentam, exigindo uma reflexão que alcance o grau
são e atribuição de sentidos, no ensino médio os es-
de envolvimento do autor em relação ao conteúdo
tudos metalinguísticos são reforçados, com ênfase
do que afirma. Essa reflexão passa pelo reconhe-
na análise linguística voltada para a sistematização
cimento de sinalizações que revelam aspectos da
dos conhecimentos.
Levando em consideração o que conversamos até A sua atuação em sala de aula apoia a constitui-
aqui, é muito importante que você organize o seu ção de leitores proficientes e plurais, garantindo
trabalho com a contribuição do diagnóstico externo. uma aprendizagem equânime e de qualidade dos
seus estudantes. Para isso, é preciso também per-
A análise dos resultados da avaliação externa
mitir que eles trabalhem com a sua própria história
fornece elementos importantes para compreen-
de leitura, fazendo com que sua trajetória apare-
der como os estudantes estão se desenvolven-
ça no seu percurso de formação leitora, ou seja,
do como leitores. A interpretação pedagógica do
permitindo que os estudantes sejam protagonistas
desempenho dos estudantes é capaz de nortear
desse percurso.
suas necessidades, de modo que você, professor,
possa, por exemplo, organizar e/ou elaborar ma-
teriais didáticos que contemplem a diversidade de A próxima seção esclarece como os resulta-
textos presentes nos diferentes campos de atua- dos do SPAECE são apresentados na platafor-
ção definidos pela BNCC, considerando a circula- ma de avaliação e monitoramento.
ção deles na sociedade; ou, ainda, (re)planejar o
trabalho pedagógico baseado em evidências, a É importante, também, a utilização do roteiro
fim de subsidiar ações mais proveitosas para o de- de leitura e análise dos resultados da ava-
senvolvimento dos estudantes. liação do SPAECE, proposto na sexta seção
deste volume, para sistematizar o exercício de
apropriação das informações do diagnóstico.
33
5
RESULTADOS DE
DESEMPENHO ESCOL AR
SPAECE | 2019
• Link: https://avaliacaoemonitoramentoceara.caeddigital.net/#!/login
2. Ambiente público da
plataforma do programa
• Menu: Resultados.
• Link: https://avaliacaoemonitoramentoceara.caeddigital.net/#!/resultados
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REVISTA DO PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA
Resultados da avaliação
O processo de avaliação em larga escala não se encerra quando os resultados chegam à secretaria e à
escola. Ao contrário, faz-se necessário que todos os agentes educacionais apropriem-se das diferentes
informações produzidas a partir dos resultados das avaliações, incorporando-os às suas reflexões sobre
as dinâmicas de funcionamento da escola, detalhadas no Projeto Político-Pedagógico e no currículo.
Nas abas que compõem o card Resultados da avaliação – disponível no ambiente restrito da platafor-
ma do SPAECE, é possível consultar os resultados gerais da escola, das turmas e de cada estudante,
para a alfabetização, os anos iniciais do ensino fundamental, anos finais do ensino fundamental e
ensino médio.
Estão disponibilizados, nessas abas, os resultados gerais da rede, das regionais e municípios, das escolas,
das turmas e de cada estudante, por etapa e componente curricular avaliados. A seguir, são apresentadas
as principais informações contidas em cada página. Você deve clicar no botão desejado para acessá-las.
Resultados Resultados
Gerais Escola
36
SPAECE | 2019
Resultados
da avaliação
O objetivo desse indicador é Nesta página, você tem acesso A Base Nacional Comum Curri-
trazer um conjunto de informa- a um conjunto de itens relacio- cular (BNCC) estabelece, com
ções sobre os resultados dos nados a determinadas habilida- maior detalhamento, o conjunto
estudantes que permitam uma des avaliadas, em cada etapa de aprendizagens essenciais e
melhor compreensão dos dados e componente curricular. Para indispensáveis a que todos os
divulgados e uma maior aplica- essas habilidades, há um item estudantes têm direito e que de-
bilidade pedagógica desses re- de exemplo com a indicação vem ser desenvolvidas ao longo
sultados. As informações conti- do descritor correspondente e o das etapas e modalidades da
das nesse indicador poderão ser respectivo gabarito. educação básica. Nesta pági-
úteis para a análise de desem- na, você tem acesso ao texto da
penho de cada aluno, de grupo BNCC e, ainda, ao currículo da
de alunos e até de uma turma sua rede.
inteira, tendo como referência
os campos temáticos avaliados.
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REVISTA DO PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA
Participação
dos indicadores
• Percentual de participação
Desempenho
PARTICIPAÇÃO
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SPAECE | 2019
DESEMPENHO
I. Proficiência média
Proficiência
332,5
Valor estimado do conhecimento do estudante,
calculado a partir das tarefas que ele é capaz de
realizar na resolução dos itens do teste.
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Proficiência média
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REVISTA DO PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA
Para entender a relação entre a proficiência e o desempenho dos estudantes, é importante observá-la
na escala de proficiência.
DOMÍNIOS COMPETÊNCIAS
Identifica letras.
Lê palavras.
Localiza informação.
Identifica tema.
Estratégias de leitura
Realiza inferência.
Distingue posicionamentos.
A escala de proficiência do SPAECE é a mesma escala utilizada pelo Sistema de Avaliação da Educação
Básica (Saeb), cuja variação vai de 0 a 500 pontos. Essa escala é dividida em intervalos de 25 pontos,
chamados de níveis de desempenho. Com base nas expectativas de aprendizagem para cada etapa de
escolaridade e nas projeções educacionais estabelecidas pelo SPAECE, os níveis da escala são agrupa-
dos em intervalos maiores, chamados de padrões de desempenho.
40
SPAECE | 2019
Níveis de desempenho
Essa escala é dividida em intervalos Média de proficiência
de 25 pontos, chamados de níveis da escola
de desempenho.
363
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
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REVISTA DO PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA
II. Distribuição dos estudantes por quantos estudantes se encontram em cada pa-
padrão de desempenho estudantil drão e o que eles são capazes de realizar, tendo
em vista o seu desempenho.
De acordo com a proficiência alcançada no teste,
Esse indicador é imprescindível ao monitoramento
o estudante apresenta um perfil que nos permite
da equidade da oferta educacional em sua escola,
alocá-lo em um dos padrões de desempenho. Em
uma mesma turma e escola, podemos ter vários ao se constatar que os dois últimos padrões são
alunos em cada um dos padrões de desempenho. considerados desejáveis, enquanto os dois primei-
Esta distribuição pode ser representada por núme- ros sinalizam para a necessidade de ações de in-
ros absolutos e por percentual. Importante saber tervenção pedagógica.
2019
Estudantes revelam carência Estudantes ainda Estudantes revelam ter Estudantes conseguiram
de aprendizagem em não demonstram um consolidado as habilidades desenvolver as habilidades e
relação às habilidades e desenvolvimento adequado e competências mínimas e competências previstas para
competências previstas das habilidades e competências essenciais esperadas para sua etapa de escolaridade ou
para sua etapa de essenciais para a sua etapa sua etapa de escolaridade. possuem um desenvolvimento
escolaridade. Necessitam de escolaridade. Demandam Requerem ações para além do esperado. Precisam
de ações pedagógicas de atividades de reforço na aprofundar a aprendizagem. de estímulos para continuar
recuperação. aprendizagem. avançando no processo de
aprendizagem.
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SPAECE | 2019
CAMPOS TEMÁTICOS
Os resultados de desempenho nos campos temáti- Uma dica! Tenha sempre à mão um caderno (diário
cos foram apresentados na seção 2 desta revista. de bordo) para fazer suas anotações sobre a aná-
Retome a sua leitura e conheça as formas como lise dos resultados da avaliação. Elas poderão ser
são apresentados esses resultados e como eles muito úteis nas reuniões pedagógicas da sua es-
podem ser interpretados. Como se trata de um cola e no processo de avaliação interna dos seus
novo indicador, é importante fazer mais de uma alunos.
leitura para compreender o que é divulgado.
Para conhecer esses resultados, acesse a página de resultados na plataforma de avaliação e monito-
ramento, pelo link abaixo:
https://avaliacaoemonitoramentoceara.caeddigital.net/#!/resultados
MATRIZ DE REFERÊNCIA
D01
D02
D03
D04
D05
D06
43
REVISTA DO PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA
Nesse intuito, a próxima seção sugere um roteiro com o caminho a ser percorrido para a
análise dos resultados da avaliação externa. O roteiro restringe essa análise a alguns da-
dos bastante significativos, que podem incentivar reflexões mais direcionadas à realidade
da escola, mas você pode ampliar as discussões com as equipes da sua escola, manten-
do um debate permanente sobre avaliação, currículo, ensino e aprendizagem.
44
6
ORIENTAÇÕES PARA ANÁLISE
E USO DOS RESULTADOS DA
AVALIAÇÃO EXTERNA
REVISTA DO PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA
P
ara realizar a leitura e a análise dos resultados, organize as informações conforme indi-
cado a seguir e responda aos questionamentos propostos. Esse movimento de leitura e
análise, no seu contexto de trabalho, deve considerar os conhecimentos sobre o tema
avaliação e o trabalho colaborativo, isto é, deve levar em conta o saber mais a respeito do que
é avaliado, como é avaliado etc. e, ainda, a necessidade de partilhar informações, intenções de
melhoria e decisões, a fim de efetivar mudanças substantivas (e positivas) na oferta educacional.
*Este roteiro também está disponível no ambiente de desenvolvimento profissional, no item Lei-
tura e análise dos resultados relativo a cada componente curricular.
OBS.: Você deve reproduzir esse formulário para cada etapa avaliada neste componente, na sua
escola.
ETAPA: ____________________________________________________________________
PARTICIPAÇÃO
Edição Taxa
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SPAECE | 2019
Sim Não
A comparação entre os resultados da avaliação, no que diz respeito à adesão dos estudantes
(razão entre o quantitativo de estudantes efetivos e o quantitativo de estudantes previstos), e a fre-
quência escolar põe em destaque a importância de acompanhar, durante o ano letivo, a presença
dos estudantes na escola.
Por vezes, uma baixa taxa de participação na avaliação externa pode corresponder a uma baixa
frequência estudantil, observada durante o ano letivo. Um padrão habitual de ausências às aulas
pode revelar, por exemplo, fatores externos ao contexto escolar interferentes no processo de
ensino-aprendizagem, os quais requerem, por exemplo, a atuação de outras instâncias, que não
apenas a intervenção da gestão escolar. Existe a possibilidade, ainda, de que fatores internos à
escola influenciem a frequência dos estudantes; esse fatores precisam ser enfrentados, de modo
que seja encontrado o melhor caminho para resolver essa questão fundamental na garantia do
direito ao acesso à escola.
• Em relação à edição anterior, se for o caso, houve aumento ou diminuição da taxa de participação
na avaliação externa?
Aumento Diminuição
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REVISTA DO PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA
O seu registro pode ter relação, por exemplo, com a realização de alguma estratégia de com-
prometimento com o processo avaliativo externo, em que a escola pôde sensibilizar e mobilizar
profissionais, estudantes e seus responsáveis.
DESEMPENHO
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Busque, inicialmente, sistematizar a sua percepção para cada turma e, ao final, pontue de forma
global.
• Indique as ações pedagógicas e/ou de gestão que possivelmente estabelecem relação com as
evidências sobre a distribuição dos estudantes pelos padrões de desempenho.
O seu registro pode ter relação, por exemplo, com projetos desenvolvidos paralelamente às aulas
ou, ainda, com a constante revisão de práticas pedagógicas focadas em competências leitoras.
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REVISTA DO PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA
Idealmente, os estudantes devem estar concentrados nos dois padrões superiores sequenciados
(oferta educacional de qualidade e equidade). As dificuldades de aprendizagem são mais eviden-
tes quando (mais) estudantes estão alocados nos padrões inferiores.
PROFICIÊNCIA MÉDIA
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SPAECE | 2019
• Na sua análise, a proficiência média registrada na edição mais recente da avaliação para a escola,
turma ou outro nível de análise, reflete bons resultados? Por quê?
• Compare os resultados alcançados em cada edição, se for o caso, e responda: houve aumento ou
diminuição da proficiência média alcançada?
Aumento Diminuição
• Considerando ainda a comparação, se for o caso, indique se a diferença entre os valores de profi-
ciência média nas edições é suficiente para alterar o padrão de desempenho médio. Se sim, a al-
teração é considerada positiva ou negativa? A qual(is) motivo(s) pode ser atribuída essa diferença?
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REVISTA DO PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA
Para aprofundar a análise dos resultados, em cada componente curricular, siga o proposto abaixo.
• Essas expectativas de aprendizagem encontram lugar nos planos de ensino e de aulas propostos
para o componente curricular, no referido ano de escolaridade?
Sim Não
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• Na sua análise, quais conteúdos contribuem para o desenvolvimento das competências leitoras e
de escrita/produção de texto no ano de escolaridade em destaque e em que medida esses con-
teúdos estão incorporados nos planos?
53
7
PADRÕES E NÍVEIS DE
DESEMPENHO
SPAECE | 2019
E
sta seção apresenta a descrição pedagógi- conferir qual é o padrão de desempenho em que
ca dos padrões de desempenho estudantil sua escola, suas turmas e seus alunos estão situa-
em Língua Portuguesa estabelecidos para dos, de acordo com a proficiência que os estudan-
o SPAECE 2019 e um exemplo de item para cada tes alcançaram nos testes, e verificar quais são os
padrão. conhecimentos já desenvolvidos e os que ainda
precisam de atenção.
Os padrões de desempenho consistem em uma
caracterização do desenvolvimento das habilida- Esse movimento é extremamente importante para
des e competências correspondentes ao desem- que você possa orientar, junto às equipes pedagó-
penho esperado dos estudantes que realizaram os gica e gestora, as ações de intervenção pedagógi-
testes cognitivos da avaliação externa. ca necessárias para que os estudantes obtenham
o desenvolvimento esperado para sua etapa de
Essa caracterização é detalhada nos níveis de de-
escolaridade.
sempenho da escala de proficiência relacionados
a cada padrão. Desse modo, você, professor, pode
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REVISTA DO PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA
Muito crítico
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
O polvo chateado
Popó, o polvinho, estava chateado. Ele não achava nada para fazer. Popó já tinha feito
todo o seu trabalho e foi para a caverna. Resolveu fazer uma visitinha aos amigos. Mas,
chegando lá, descobriu que Silena, a baleia, estava descansando... Saturnino, o tubarão,
estava caçando... e Baca, o caranguejo, estava procurando uma casa nova. Ou seja, todos
5 estavam ocupados, exceto Popó.
Ele voltou para casa triste: “O que fazer?” – ele se perguntou, mordiscando um camarão
no fundo de sua caverna. Popó já ia comer outro camarão, quando sentiu uma agitação em
torno dele. Eram Silena, Saturnino e Baca que o estavam chamando.
“Popó, Popó! Olhe para nós! Estamos todos manchados pelo óleo! Nós temos que nos
10 limpar, senão vamos morrer!” Os amigos estavam mesmo cheios de petróleo. Popó teve
que procurar uma solução. “Tragam-me todas as esponjas que vocês puderem encontrar
e chamem todos os animais da área! – disse ele. Silena, Saturnino e Baca logo voltaram
carregados de esponjas grandes e bonitas. Popó pegou as esponjas e começou a limpar
os seus melhores amigos. Então, limpou os outros habitantes do mar que tinham sido
15 manchados pelo petróleo também. E, durante a limpeza, Popó conversou bastante com
eles. Popó estava realmente sem tempo para ficar chateado.
MURAT, D’Annie. 365 histórias – uma para cada dia do ano! Martim G. Wollstein (Trad.). Blumenau: Blu, 2010. p. 132. (P050004F5_SUP)
Esse item avalia a habilidade de os estudantes o gabarito, demonstraram ter desenvolvido essa
identificarem o personagem principal em um con- habilidade.
to. Os estudantes que marcaram a alternativa B,
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C Ler frases.
C Interpretar textos curtos com auxílio de elementos não verbais, como tirinhas e cartuns.
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REVISTA DO PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA
Crítico
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
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SPAECE | 2019
C Realizar inferência em textos não verbais e que conjugam linguagem verbal e não verbal, como
tirinhas.
C Interpretar linguagem verbal e não verbal em tirinhas e inferir o sentido de expressão em tirinhas.
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REVISTA DO PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA
Intermediário
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Greg e o passarinho
Ontem à tarde, Greg foi ao bosque para juntar cogumelos. Depois de ter recolhido alguns,
resolveu voltar para que a mãe fizesse uma omelete para o jantar. No caminho de retorno, ele
achou um passarinho caído do ninho, parecendo ter a pata machucada. Greg o envolveu em sua
blusa. Chegando à sua casa, ele mostrou o passarinho ao papai e à mamãe: “Olhem, ele está
ferido. Precisamos tratá-lo!”. “Venha” – disse a mãe – “Vamos fazer uma caminha para ele [...].
Você lhe dará um pouco do miolo de pão ensopado na água.” Nesta manhã, o passarinho parecia
totalmente reavivado.
Greg o levou até o seu ninho e depois foi para a escola com pena, porque queria ficar com
o passarinho em casa, talvez, numa gaiola. “Não” – pensou o menino – “Foi melhor assim, pois
o bichinho ficaria infeliz demais.” Depois da aula, Greg [...] viu o pássaro bem pertinho, sobre
um portão. Greg parou, pensando que o animal ia fugir, mas não. O pássaro pulou [...] bastante
contente. Greg se aproximou [...] e teve uma ideia. Na sua bolsa, sobrara ainda um pouco do seu
lanche. Ele esmigalhou o pão e estendeu sua mão aberta.
O passarinho hesitou, virou-se, e então, depressa, bicou uma migalha minúscula antes de sair
voando para um galho baixo.
MURAT, D’Annie. 365 histórias para cada dia do ano. Tradução: Martim G. Wollstein. Blumenau: Blu Editora, 2010. p. 41. Fragmento. (P042325E4_SUP)
Esse item avalia a habilidade de os estudantes lo- gabarito, demonstraram ter desenvolvido a habili-
calizarem uma informação explícita em um conto. dade em questão.
Os estudantes que assinalaram a alternativa C, o
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SPAECE | 2019
C Localizar informação explícita em propagandas, com ou sem apoio de recursos gráficos, e em ins-
truções de jogo.
C Inferir o sentido de palavra, o sentido de expressão ou o assunto em cartas, contos, poemas, tirinhas
e histórias em quadrinhos, com o apoio de linguagem verbal e não verbal.
C Depreender o efeito de sentido sugerido pelo ponto de exclamação em contos e pelo travessão em
fábulas.
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fá-
bulas, poemas, contos, tirinhas e textos didáticos, além de reconhecer o referente de expressão
adverbial em contos.
C Estabelecer relação lógico-discursiva marcada por locução adverbial de lugar em textos didáticos
e em contos.
Adequado
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
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SPAECE | 2019
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronome e seu referente em tirinhas,
contos e reportagens.
C Inferir assunto principal e sentido de expressão em poemas, fábulas, contos, crônicas, notícias, re-
portagens e tirinhas.
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REVISTA DO PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA
C Reconhecer o gênero textual a partir da comparação entre textos e o assunto comum a duas reportagens.
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fábu-
las, contos, crônicas e em textos didáticos e informativos.
C Inferir informação em fábulas e em contos, efeito de sentido decorrente do uso de sinais gráficos em
reportagens e em letras de música e o significado de palavra em textos didáticos.
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fá-
bulas e reportagens.
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SPAECE | 2019
C Inferir o efeito de espanto sugerido pelo uso de exclamação na fala de personagem em tirinhas.
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REVISTA DO PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA
Muito crítico
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Garfield – Sono
Esse item avalia a habilidade de os estudantes in- demonstraram ter consolidado a habilidade ava-
ferirem uma informação em uma tirinha. Os estu- liada.
dantes que marcaram a alternativa D, o gabarito,
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C Localizar informação explícita em propagandas, com ou sem apoio de recursos gráficos, e em ins-
truções de jogo.
C Realizar inferência em textos que conjugam linguagem verbal e não verbal, como tirinhas e charges.
C Inferir o sentido de palavra e o sentido de expressão em letras de música, cartas, contos, crônicas,
tirinhas e histórias em quadrinhos com o apoio de linguagem verbal e não verbal.
C Depreender o efeito de sentido sugerido pelo ponto de exclamação em conto e em textos de orien-
tação.
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Crítico
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Ingredientes
6 unidades de banana-nanica madura
250 gramas de chocolate ao leite picado
granulado de chocolate a gosto
Modo de preparo: Deixe as bananas com casca no freezer durante 3 horas no mínimo. Derreta
o chocolate em banho-maria. Deixe esfriar e coloque em copo alto. Retire as bananas do freezer, tire
as cascas e corte-as ao meio. Espete palitos de sorvete, banhe-as no chocolate e em seguida cubra
com chocolate granulado. Coloque-as em um prato e leve à geladeira até firmar. Sirva em seguida.
Disponível em: <http://mdemulher.abril.com.br/receitas/banana-com-chocolate/>. Acesso em: 17 nov. 2015. (P090517H6_SUP)
(P090002I7) De acordo com esse texto, após serem colocadas em um prato, as bananas devem ser
A) banhadas no chocolate.
B) cortadas ao meio.
C) espetadas nos palitos.
D) levadas à geladeira.
Esse item avalia a habilidade de os estudantes lo- estudantes que optaram pela alternativa D, o gaba-
calizarem informações explícitas em uma receita. Os rito, demonstraram ter consolidado essa habilidade.
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C Identificar o assunto comum a duas reportagens, o assunto comum a duas notícias, o assunto co-
mum a poemas e crônicas e a semelhança entre cartas do leitor e cartuns.
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fábu-
las, poemas, contos, tirinhas e reportagens.
C Inferir o efeito de sugestão pelo uso da forma verbal imperativa em cartas do leitor e de orientação
em manuais de instruções e o efeito do uso de diminutivo em contos.
C Identificar tema e assunto em poemas, tirinhas e charges, relacionando elementos verbais e não
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C Reconhecer o gênero biografia, mesmo quando apresentado em uma comparação de dois textos.
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronome e seu referente em tirinhas,
contos e reportagens.
C Inferir o efeito de sentido provocado pela escolha de expressão em guias de viagem e em romances
e o efeito de sentido provocado pelo uso de recursos ortográficos em fábulas.
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Intermediário
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Sinceridade de criança
Era uma época de “vacas magras”. Morava só com meu filho, pagando aluguel, ganhava
pouco e fui convidada para a festa de aniversário de uma grande amiga. O problema é que
não tinha dinheiro messmoooooo.
Fui a uma relojoaria à procura de uma pequena joia, ou bijuteria mesmo, algo assim, e
5 pedi à balconista:
– Queria ver alguma coisa bonita e barata para uma grande amiga!
Ela me mostrou algumas peças realmente caras, que na época eu não podia pagar.
Então eu pedi:
– Posso ver o que você tem, assim... alguma coisa mais baratinha?
10 E a moça me trouxe um pingente folheado a ouro... bonito e barato. Eu gostei e levei.
Quando chegamos ao aniversário, (eu e meu filho) fomos cumprimentar minha amiga,
que, ao abrir o presente, disse:
– Nossa, muito obrigada!!!!! Que coisa linda!!!!!
E meu filho, na sua inocência de criança bem pequena, sem saber bem o que significava
15 a expressão “baratinha” completou:
– E era a mais baratinha que tinha!!!.
Disponível em: <http://recantodasletras.uol.com.br/infantil/610758>. Acesso em: 22 mar. 2010. (P090029EX_SUP)
Esse item avalia a habilidade de os estudantes gabarito, demonstraram que têm essa habilidade
reconhecerem o conflito gerador de uma crônica. consolidada.
Os estudantes que marcaram a alternativa C, o
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C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em poe-
mas, fábulas e contos.
C Interpretar sentido de conjunções e de advérbios e relações entre elementos verbais e não verbais
em tirinhas, fragmentos de romances, reportagens e crônicas.
C Inferir assunto principal e sentido de expressão em poemas, fábulas, contos, crônicas, reportagens e
tirinhas.
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C Identificar opinião em poemas e crônicas e o trecho que apresenta uma opinião em sinopses e em
reportagens.
C Reconhecer o gênero textual a partir da comparação entre textos e assunto comum a duas repor-
tagens.
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fábu-
las, contos, crônicas, fragmentos de romances, artigos de opinião e reportagens.
C Inferir o efeito de sentido da pontuação, da polissemia como recurso para estabelecer humor e da
ironia em tirinhas, anedotas e contos.
C Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em charges e histórias em quadrinhos.
C Inferir tema, tese e ideia principal em contos, letras de música, editoriais, reportagens, crônicas e
artigos.
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Adequado
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
A piada é sem graça de tão velha: qual é a cor do cavalo branco de Napoleão? Pois
a resposta é: depende de quem o retratou. Usar um cavalo branco ajuda a distinguir o
protagonista de outros elementos presentes em uma pintura, por isso o uso frequente. Mas
os artistas registraram o general francês em cavalos de várias cores.
5 Jacques-Louis David representou Napoleão Bonaparte sobre um grande corcel branco
– a imagem mais famosa do general em ação – em “Napoleão Cruzando os Alpes”. Pois
há um quadro, de 1848, que é uma versão mais realista da mesma cena. Depois de ver a
pintura de David no Museu do Louvre, que julgou implausível (um cavalo empinando no alto
de uma montanha?), o pintor de Paul Delaroche decidiu colocar Napoleão montado numa
10 mula castanha. Outro pintor, Jean-Léon Gérome, que registrou a invasão francesa ao Egito,
mostra o general contemplando as pirâmides sobre um cavalo marrom. Na campanha da
Rússia, Napoleão usou uma mula – branca.
“Ele deve, sim ter usado muitos cavalos brancos, mas trocava de montaria durante as
batalhas, que eram muito longas”, diz a professora da UNESP Beatriz Westin, autora de “A
15 Arte como Expressão da Glória – Napoleão Bonaparte”.
Disponível em: <http://www.nucleodebroglie.com/2013/03/qual-e-cor-do-cavalo.html>. Acesso em: 23 fev. 2014. (P090324G5_SUP)
Esse item avalia a habilidade de os estudantes barito, demonstraram ter consolidado a habilidade
identificarem a finalidade de uma reportagem. Os em questão.
estudantes que optaram pela alternativa C, o ga-
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C Reconhecer relação de causa e consequência entre pronomes e seus referentes e entre advérbio
de lugar e o seu referente em fábulas e reportagens e o sentido de conjunção proporcional em
textos expositivos.
C Inferir sentido de palavras, da repetição de palavras, de expressões, de linguagem verbal e não ver-
bal e de pontuação em charges, tirinhas, contos, crônicas, fragmentos de romances e reportagens.
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C Reconhecer diferentes opiniões entre cartas do leitor que abordam o mesmo tema e entre artigos
de opinião.
C Reconhecer a relação de sentido estabelecida por conjunções em crônicas, contos, cordéis e repor-
tagens.
C Reconhecer o trecho retomado por pronome demonstrativo em textos de orientação e o termo reto-
mado por pronome relativo em reportagens.
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C Localizar informações explícitas, ideia principal e expressão que causa humor em contos, crônicas
e artigos de opinião.
C Inferir o efeito de sentido causado pelo uso do recurso estilístico da rima e por escolha de expressão
em poemas e crônicas.
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GLOSSÁRIO
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terminada área do conhecimento. Por meio dessa Na avaliação de fluência, o estudante é convida-
divulgação, gestores e professores podem identi- do a ler um conjunto de palavras, pseudopalavras
ficar em quais habilidades os estudantes possuem e uma pequena narrativa em relação à qual de-
maior dificuldade, de modo a estabelecer uma verá responder a algumas perguntas. De acordo
relação mais direta entre os resultados de uma com o seu desempenho, ele é associado a um dos
avaliação e as estratégias de ensino-aprendiza- três perfis de leitor: Pré-Leitor, Leitor Iniciante ou
gem a serem propostas no âmbito da sala de aula. Leitor Fluente.
Assim, os resultados podem ser divulgados de
três maneiras distintas: pontuação de 0 a 100, em FLUXO ESCOLAR
que o valor 100 indica o desenvolvimento total do
O fluxo escolar é um indicador que diz respeito aos
conjunto de habilidades de um campo temático;
dados de reprovação, evasão e abandono esco-
percentual de estudantes que consolidaram cada
lar. Um fluxo escolar defasado dá origem, portanto,
habilidade dos campos temáticos; e, por fim, o ní-
a estudantes em situação de distorção idade-sé-
vel de desenvolvimento individual dos estudantes
rie, isto é, crianças, jovens, ou adultos com atraso
para cada uma das habilidades. Como é possível
de dois anos ou mais na relação entre suas idades
perceber, os resultados de desempenho por cam-
e a série em que se encontram.
po temático acrescentam sentido à leitura e à aná-
lise dos resultados da avaliação, pois apresenta,
GABARITO E DISTRATORES
pontualmente, o que é necessário realizar para a
melhoria do desempenho. As alternativas de resposta de um item correspon-
dem ao gabarito, que é a resposta correta, e aos
ESCALA DE PROFICIÊNCIA distratores, que são as opções plausíveis de res-
posta, porém incorretas. A produção criteriosa do
A escala de proficiência corresponde a um conjun-
item e suas partes inclui atenção tanto ao gabarito
to ordenado de valores de proficiência, dispostos
quanto aos distratores, os quais não podem ser
em uma espécie de “régua”. Esses valores são ob-
óbvios, de modo que o item possa, de fato, men-
tidos pelos modelos estatísticos da Teoria de Res-
surar o desenvolvimento da habilidade que está
posta ao Item (TRI) e indicam o desenvolvimento
sendo avaliada.
de estudantes em determinada área do conheci-
mento. No contexto da avaliação educacional, a
HABILIDADES
escala busca traduzir as medidas em diagnósticos
qualitativos do desempenho. As habilidades são as capacidades de um indiví-
duo saber fazer algo pontualmente. Ao se conso-
FLUÊNCIA lidar determinadas habilidades, é possível realizar
as tarefas correspondentes, que podem ser me-
A fluência está relacionada à capacidade de o es-
didas objetivamente nos testes padronizados. Na
tudante realizar habilidades simultâneas durante
matriz de referência, as habilidades, sob a forma
a decodificação e compreensão de um texto. Por-
de descritores, especificam as operações mentais
tanto, não se trata do mesmo que a compreensão
e os saberes que os estudantes devem desenvol-
do conteúdo textual, pois a fluência representa o
ver nos anos avaliados.
processo, isto é, a ponte que liga a decodificação
das palavras à compreensão daquilo que foi lido.
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EXPEDIENTE SECRETARIA
Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF PRODUÇÃO DE MEDIDAS E ESTATÍSTICAS
Marcus Vinicius David
Wellington Silva
Coordenador Geral do CAEd/UFJF Clayton Sirilo do Valle Furtado
Manuel Palácios da Cunha e Melo Leonardo Azevedo Pampanelli Lucas
Roberta de Oliveira Fávero
Presidente da Fundação CAEd/UFJF Vanessa Rebello Morani
Lina Kátia Mesquita de Oliveira
CONSTRUÇÃO DE INSTRUMENTOS E INDICADORES
Diretora Superintendente da Fundação CAEd/UFJF
Eleuza Maria Rodrigues Barboza Luiz Vicente Fonseca Ribeiro
Ana Paula Kern
Coordenação da Pesquisa de Avaliação
Carolina de Lima Gouvea Vasconcelos
Manuel Palácios da Cunha e Melo
Diego D'Angelo Nogueira
Coordenação da Pesquisa Aplicada ao Design e Tecnologias Rogério Amorim Gomes
da Comunicação Mayra Moreira de Oliveira
Edna Rezende Silveira de Alcântara Adriana Lourdes Ferreira Andrade Leocádio
Andreia Cristina Teixeira Tocantins
Coordenação da Pesquisa Aplicada ao Desenvolvimento de Clarice de Matos Oliveira
Instrumentos de Avaliação
Clarissa Aguiar Nunes de Paula
Hilda Aparecida Linhares da Silva Micarello
Daniel Augusto Bartholomeu de Oliveira
Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Gustavo Ribeiro Patrício Barbosa
Avaliação da Educação Pública Jaqueline Occhi de Andrade
Eliane Medeiros Borges Leila Márcia Mafra Martins
Maíra Miranda Portela
Michelle Thomacelli Braga Laudiosa
EQUIPES TÉCNICAS Priscila Karla Silva Dias
Sarah Matos Rocha Mesquita
ENTREGAS DE RESULTADOS DO PROGRAMA Taynara Saporetti Valadares
Tiago Garcia Ribeiro
Waldirene Maria Barbosa
Vinícius da Silva Carvalho
Bárbara de Souza Braga
Walter Soares Antônio Júnior
Carmilva Souza Flôres
Francisca Rosilda de Oliveira Sales
ORGANIZAÇÃO E CONTROLE DA EXECUÇÃO DOS PROJETOS
Luciana Bortolucci de Oliveira
Luciana Netto de Sales Ederaldo Nunes Pereira
Marcel Vieira Gomes de Souza Aline Martins Ferreira
Priscila Trogo Pereira Andreia Candido Silva
Flávia Martins Ferreira
ITINERÁRIOS E RECURSOS EDUCACIONAIS Sandro Rodrigues Leite
Wuesley de Souza Castro
Kelmer Esteves de Paula
Allan de Gouvêa Pereira
ORGANIZAÇÃO DO CAMPO, IMPRESSÃO E
Ana Carolina Cirino dos Santos PROCESSAMENTO DE DOCUMENTOS
Cássio José Oliveira Silva
Josiane Toledo Ferreira Silva Rafael de Oliveira
Mariana Calife Nóbrega Soares Antônio Xavier Filho
Sheila Rigante Romero Benito Jose Delage Junior
Carolina Canedo Gomes
DESIGN E PROJETO GRÁFICO Marcelo Botaro de Oliveira Lopes
Sergio Luna Couto
Rômulo Oliveira de Farias Thiago de Almeida Trindade
Alexandre Calderano Fiorilo Wesley Mendhelson Nunes
Cléverson Pessamiglio Junior
Fabrício Ângelo Soares
Paulo Ricardo Zacanini