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VARIAÇÕES NAS TÉCNICAS DE OH ELETIVA EM CADELAS

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Alex Fabrício Cassa Guizard Filho

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Acadêmico do curso de Medicina Veterinária – Multivix – Castelo

1 INTRODUÇÃO

A extrapolação alométrica na medicina veterinária de animais exóticos é uma


abordagem científica que visa aplicar os princípios da alometria para compreender a
fisiologia e a farmacologia dessas espécies. A alometria é o estudo das relações de
tamanho entre diferentes partes de um organismo e tem sido amplamente utilizada
para entender as diferenças fisiológicas e metabólicas entre espécies. Na medicina
veterinária, a extrapolação alométrica tem como objetivo estimar parâmetros
fisiológicos, ajustar doses de medicamentos e garantir a segurança e eficácia dos
tratamentos em animais exóticos.

Os animais exóticos, que incluem espécies não-domésticas, como répteis,


aves, anfíbios e mamíferos silvestres, apresentam características fisiológicas e
farmacológicas únicas que os distinguem dos animais domésticos comumente
estudados. Essas diferenças podem influenciar a maneira como esses animais
respondem a medicamentos, processam nutrientes, metabolizam substâncias
tóxicas e se recuperam de procedimentos médicos.

A extrapolação alométrica na medicina veterinária de animais exóticos busca


preencher essa lacuna de conhecimento, permitindo aos médicos veterinários
compreender e tratar adequadamente essas espécies em ambiente clínico. Por meio
de estudos alométricos, que envolvem a análise de relações de tamanho e de
aspectos fisiológicos, é possível estabelecer modelos e princípios que ajudam a
estimar parâmetros importantes, como a taxa metabólica basal, a dosagem de
medicamentos e a toxicidade em animais exóticos.

A taxa metabólica basal é um indicador fundamental do metabolismo


energético de um organismo, influenciando diretamente suas necessidades
nutricionais. Através da extrapolação alométrica, é possível estimar a taxa
metabólica basal de animais exóticos com base em dados obtidos de espécies
domésticas, o que auxilia no planejamento dietético e manejo nutricional desses
animais.

No campo da farmacologia veterinária, a extrapolação alométrica


desempenha um papel crucial na determinação de doses adequadas de
medicamentos para animais exóticos. Considerando as diferenças na absorção,
distribuição, metabolismo e excreção de fármacos entre espécies, os princípios
alométricos permitem ajustar as doses de acordo com o tamanho e as
características fisiológicas do animal, evitando subdosagem ou superdosagem, e
garantindo a eficácia e segurança do tratamento.

Além disso, a extrapolação alométrica é fundamental na avaliação da


toxicidade de substâncias em animais exóticos. Com base em dados de estudos
toxicológicos realizados em espécies domésticas, é possível estimar os níveis
seguros de exposição a produtos químicos e medicamentos em animais exóticos,
evitando riscos desnecessários à saúde dessas espécies.

Outro aspecto relevante da extrapolação alométrica é a sua aplicação em


procedimentos cirúrgicos e anestesia em animais exóticos. A sensibilidade aos
anestésicos e as respostas fisiológicas podem variar entre espécies, e a
extrapolação alométrica permite ajustar as doses e protocolos anestésicos de
acordo com as necessidades específicas de cada animal, garantindo a segurança e
bem-estar durante os procedimentos.

Em suma, a extrapolação alométrica na medicina veterinária de animais


exóticos é uma abordagem essencial para o avanço do conhecimento científico e
para a melhoria da prática clínica nessa área. Por meio da aplicação de princípios
alométricos, é possível obter informações vitais sobre fisiologia, farmacologia e
manejo dessas espécies, contribuindo para o desenvolvimento de tratamentos mais
eficazes e seguros.

2 ESTADO DA ARTE

A extrapolação alométrica na medicina veterinária de animais exóticos é um


campo de estudo que busca aplicar os princípios da alometria, que é o estudo das
relações de tamanho entre diferentes partes de um organismo, para obter
informações sobre a fisiologia e a farmacologia desses animais. Neste contexto, a
extrapolação alométrica refere-se à aplicação dessas relações para estimar
parâmetros fisiológicos, como a taxa metabólica, a dosagem de medicamentos e a
toxicidade, em animais exóticos com base em dados obtidos de espécies
domésticas ou modelos animais.

Embora a maioria das pesquisas em extrapolação alométrica na medicina


veterinária tenha sido realizada em animais domésticos e humanos, há um interesse
crescente em estender esses estudos para animais exóticos devido à necessidade
de tratamentos eficazes e seguros nessa área.

2.1 Metabolismo e taxa metabólica basal

A taxa metabólica basal é um indicador importante da demanda energética de


um organismo e reflete a quantidade de energia necessária para manter suas
funções vitais em repouso. Ela varia de acordo com fatores como a espécie, o
tamanho corporal, a idade, o sexo e as características fisiológicas do animal.

Na medicina veterinária, a estimativa da taxa metabólica basal é fundamental


para o manejo nutricional adequado de animais exóticos, uma vez que fornece
informações sobre as necessidades energéticas dessas espécies. No entanto,
muitas vezes não existem dados diretos disponíveis para todas as espécies
exóticas, o que torna necessária a aplicação da extrapolação alométrica para obter
estimativas confiáveis.

A extrapolação alométrica baseia-se na relação entre a taxa metabólica basal


e a massa corporal dos animais. A alometria estuda as relações de tamanho entre
diferentes partes de um organismo e busca identificar padrões que possam ser
aplicados em diferentes escalas. Ela envolve a análise das mudanças proporcionais
que ocorrem em uma característica biológica à medida que o tamanho corporal
varia.

Ao aplicar a extrapolação alométrica, são coletados dados de taxa metabólica


basal de espécies domésticas ou modelos animais, nos quais essas medidas foram
diretamente obtidas. Em seguida, são estabelecidas relações alométricas entre a
taxa metabólica basal e a massa corporal nessas espécies.
Essas relações alométricas podem ser utilizadas para estimar a taxa
metabólica basal de animais exóticos com base em sua massa corporal. Por
exemplo, se uma relação alométrica entre a taxa metabólica basal e a massa
corporal de cães foi estabelecida, essa relação poderia ser extrapolada para estimar
a taxa metabólica basal de um animal exótico com uma determinada massa
corporal.

No entanto, é importante destacar que a extrapolação alométrica possui


limitações e pressupõe que a relação entre a taxa metabólica basal e a massa
corporal seja consistente entre diferentes espécies. Essa suposição pode não ser
totalmente precisa, uma vez que existem diferenças fisiológicas entre espécies que
podem influenciar a taxa metabólica basal.

Portanto, ao utilizar a extrapolação alométrica para estimar a taxa metabólica


basal de animais exóticos, é necessário considerar essas limitações e aplicar os
resultados com cautela. É importante buscar dados e estudos específicos para as
espécies exóticas em questão, sempre que possível, a fim de obter estimativas mais
precisas e confiáveis.

Em resumo, a extrapolação alométrica é uma ferramenta útil na estimativa da


taxa metabólica basal em animais exóticos na medicina veterinária. Ela permite
obter informações valiosas sobre as necessidades energéticas dessas espécies,
auxiliando no planejamento dietético e no manejo nutricional adequado desses
animais. No entanto, é importante considerar as limitações da extrapolação
alométrica e buscar dados específicos das espécies exóticas em estudo para obter
estimativas mais precisas.

2.2 Farmacocinética e farmacodinâmica

A farmacocinética e a farmacodinâmica são áreas da farmacologia que


estudam, respectivamente, como o organismo lida com um fármaco (absorção,
distribuição, metabolismo e excreção) e como o fármaco age no organismo
(mecanismos de ação, efeitos farmacológicos). Na medicina veterinária de animais
exóticos, a extrapolação alométrica é aplicada para ajustar as doses de
medicamentos nessas espécies, considerando suas características fisiológicas e
metabólicas específicas.

Ao administrar um medicamento, é importante levar em conta as diferenças


na farmacocinética entre as espécies. Isso inclui a forma como o fármaco é
absorvido pelo organismo, como é distribuído pelos tecidos, como é metabolizado e
como é excretado. Esses processos podem variar consideravelmente entre
espécies, devido a diferenças na anatomia, fisiologia e metabolismo.

A extrapolação alométrica na farmacocinética permite estimar e ajustar as


doses de medicamentos em animais exóticos com base em dados de espécies
domésticas ou modelos animais. Isso é feito por meio do estabelecimento de
relações alométricas entre parâmetros farmacocinéticos, como a taxa de clearance
(depuração) do fármaco, e a massa corporal.

Essas relações alométricas podem fornecer estimativas aproximadas de


parâmetros farmacocinéticos específicos para cada espécie exótica em estudo. Por
exemplo, se uma relação alométrica entre a taxa de clearance de um medicamento
e a massa corporal foi estabelecida em cães, ela pode ser extrapolada para estimar
a taxa de clearance em uma espécie exótica com uma determinada massa corporal.

Além disso, a extrapolação alométrica também é aplicada na


farmacodinâmica, considerando as diferenças na resposta aos medicamentos entre
espécies. Essas diferenças podem ocorrer devido a variações nos receptores, nos
sistemas enzimáticos e nos mecanismos de sinalização celular.

Ao ajustar as doses de medicamentos em animais exóticos, é necessário


considerar as diferenças nas vias metabólicas e nos sistemas de eliminação de
fármacos, bem como as variações nos alvos moleculares e nas respostas celulares
às drogas. A extrapolação alométrica pode auxiliar nesse processo, permitindo
ajustar as doses de acordo com o tamanho e as características fisiológicas do
animal, para alcançar a eficácia terapêutica desejada.

No entanto, é importante ressaltar que a extrapolação alométrica na


farmacocinética e farmacodinâmica possui limitações. A resposta a um medicamento
pode ser influenciada por diversos fatores, além do tamanho corporal, como a idade,
a condição de saúde, a presença de doenças específicas e a interação com outros
medicamentos. Portanto, a extrapolação alométrica deve ser utilizada como uma
ferramenta inicial, mas sempre levando em conta as características individuais de
cada espécie exótica e ajustando as doses com base em evidências científicas e
monitoramento clínico adequado.

Em resumo, a extrapolação alométrica na farmacocinética e farmacodinâmica


desempenha um papel importante na medicina veterinária de animais exóticos,
permitindo ajustar as doses de medicamentos com base em informações obtidas de
espécies domésticas ou modelos animais. Isso contribui para garantir a eficácia e a
segurança dos tratamentos farmacológicos nessas espécies. No entanto, é
essencial considerar as limitações e as características específicas de cada espécie
para um manejo clínico adequado.

2.3 Toxicologia e segurança de medicamentos

A avaliação da toxicidade de substâncias em animais exóticos é de extrema


importância para garantir a segurança e o bem-estar dessas espécies em ambiente
clínico. No entanto, muitas vezes, não existem dados diretos disponíveis sobre os
efeitos tóxicos específicos em todas as espécies exóticas, o que torna necessário o
uso da extrapolação alométrica.

A extrapolação alométrica na avaliação da toxicidade baseia-se na premissa


de que a sensibilidade às substâncias tóxicas está relacionada ao tamanho corporal
e às características fisiológicas dos animais. Portanto, é possível utilizar dados de
estudos toxicológicos realizados em espécies domésticas ou modelos animais para
estimar os níveis seguros de exposição em animais exóticos.

Por exemplo, se um estudo toxicológico estabeleceu uma relação entre a


dose letal média (DL50) de uma substância e a massa corporal em ratos, essa
relação alométrica pode ser extrapolada para estimar a DL50 em uma espécie
exótica com uma determinada massa corporal.

Além disso, a extrapolação alométrica também pode ser utilizada para ajustar
as doses de substâncias tóxicas em animais exóticos, considerando suas
características fisiológicas específicas. Isso é particularmente relevante em
situações em que essas espécies podem ter maior sensibilidade a certos compostos
ou apresentar diferentes vias metabólicas de detoxificação.

No entanto, é importante ressaltar que a extrapolação alométrica na avaliação


da toxicidade possui limitações. As diferenças fisiológicas entre espécies podem
afetar a forma como uma substância é absorvida, distribuída, metabolizada e
excretada no organismo, o que pode influenciar sua toxicidade. Além disso, fatores
como idade, sexo e condição de saúde também podem desempenhar um papel na
resposta tóxica de um animal.

Portanto, ao utilizar a extrapolação alométrica na avaliação da toxicidade em


animais exóticos, é fundamental considerar essas limitações e obter dados
específicos de estudos toxicológicos em espécies exóticas sempre que possível.
Essa abordagem auxilia na determinação de níveis seguros de exposição a
substâncias tóxicas e na identificação de riscos potenciais para essas espécies.

Em resumo, a extrapolação alométrica na avaliação da toxicidade em animais


exóticos na medicina veterinária é uma ferramenta útil para estimar os efeitos
tóxicos de substâncias com base em dados obtidos de espécies domésticas ou
modelos animais. No entanto, é necessário considerar as limitações e as
características específicas de cada espécie para uma avaliação precisa da
toxicidade e para garantir a segurança desses animais.

2.4 Anestesia e procedimentos cirúrgicos

A anestesia e os procedimentos cirúrgicos em animais exóticos apresentam


desafios únicos devido às diferenças fisiológicas e anatomias específicas dessas
espécies. A sensibilidade aos anestésicos, as respostas fisiológicas e as
necessidades de suporte durante a anestesia podem variar significativamente entre
as diferentes espécies exóticas. Nesse contexto, a extrapolação alométrica é uma
ferramenta importante para ajustar as doses e os protocolos anestésicos de acordo
com as características individuais de cada animal.

A extrapolação alométrica na anestesia de animais exóticos baseia-se na


relação entre a massa corporal e a farmacocinética dos anestésicos. Ela permite
estimar as doses apropriadas de anestésicos e outros medicamentos utilizados
durante o procedimento anestésico, considerando as características fisiológicas
específicas da espécie em questão.

Por exemplo, se uma relação alométrica entre a dose de um anestésico e a


massa corporal foi estabelecida em cães, essa relação pode ser extrapolada para
estimar a dose adequada para um animal exótico com uma determinada massa
corporal. Essa abordagem é particularmente útil em espécies em que não existem
dados diretos disponíveis sobre a farmacocinética dos anestésicos.

Além disso, a extrapolação alométrica também pode ser aplicada na


monitorização durante a anestesia em animais exóticos. Por exemplo, a relação
entre a taxa metabólica basal e a massa corporal pode ser utilizada para estimar as
necessidades de suporte ventilatório, controle da temperatura corporal e
administração de fluidos durante o procedimento anestésico.

No entanto, é importante ressaltar que a extrapolação alométrica na anestesia


de animais exóticos possui limitações. As diferenças fisiológicas e metabólicas entre
as espécies podem influenciar a resposta aos anestésicos e os efeitos colaterais
associados. Portanto, é necessário considerar as características específicas de cada
espécie e buscar informações e protocolos anestésicos específicos para garantir a
segurança e o bem-estar dos animais.

A colaboração entre especialistas em medicina veterinária de animais


exóticos, a pesquisa contínua e a coleta de dados específicos para cada espécie
são fundamentais para aprimorar a extrapolação alométrica na anestesia e
procedimentos cirúrgicos em animais exóticos. Isso permitirá o desenvolvimento de
protocolos anestésicos mais precisos e personalizados, levando em consideração as
particularidades de cada espécie e minimizando os riscos associados à anestesia.

Em resumo, a extrapolação alométrica desempenha um papel importante na


anestesia e procedimentos cirúrgicos em animais exóticos na medicina veterinária.
Ela permite ajustar as doses e protocolos anestésicos de acordo com as
características fisiológicas e a massa corporal de cada espécie. No entanto, é
fundamental considerar as limitações e buscar informações específicas para cada
espécie, visando garantir a segurança e o bem-estar dos animais durante esses
procedimentos.
2.5 Monitoramento de parâmetros fisiológicos

O monitoramento dos parâmetros fisiológicos em animais exóticos envolve a


avaliação de várias variáveis, incluindo frequência cardíaca, frequência respiratória,
temperatura corporal, pressão arterial, níveis de oxigênio no sangue e níveis de
dióxido de carbono. Esses parâmetros são indicadores importantes do estado de
saúde e da resposta do organismo ao tratamento.

O uso de tecnologias e equipamentos específicos é fundamental para realizar


o monitoramento preciso dos parâmetros fisiológicos em animais exóticos. Por
exemplo, podem ser utilizados monitores multiparamétricos que medem
simultaneamente vários parâmetros, como eletrocardiograma (ECG), oximetria de
pulso, capnografia e termometria.

O monitoramento contínuo e em tempo real dos parâmetros fisiológicos


permite identificar qualquer alteração no estado do animal, como problemas
cardiovasculares, dificuldades respiratórias ou alterações na temperatura corporal.
Essas informações são cruciais para ajustar as doses de medicamentos, realizar
intervenções imediatas e garantir o bem-estar do animal durante o tratamento.

Além disso, o monitoramento dos parâmetros fisiológicos também


desempenha um papel importante na avaliação da eficácia do tratamento. Ao
acompanhar esses parâmetros ao longo do tempo, é possível determinar se o
tratamento está sendo eficaz e fazer os ajustes necessários para otimizar os
resultados.

No contexto da extrapolação alométrica, o monitoramento dos parâmetros


fisiológicos é particularmente relevante para ajustar as doses de medicamentos com
base na massa corporal e nas características individuais do animal. Através do
monitoramento dos parâmetros fisiológicos, é possível avaliar a resposta do
organismo às doses administradas e fazer os ajustes necessários para garantir a
eficácia e a segurança do tratamento.

É importante ressaltar que o monitoramento dos parâmetros fisiológicos deve


ser realizado por profissionais capacitados e experientes na medicina veterinária de
animais exóticos. Cada espécie pode ter características fisiológicas e faixas de
normalidade específicas, portanto, é necessário levar em consideração essas
particularidades ao interpretar os resultados do monitoramento.

Em resumo, o monitoramento dos parâmetros fisiológicos desempenha um


papel crucial na extrapolação alométrica na medicina veterinária de animais
exóticos. Ele permite avaliar a resposta do animal ao tratamento, ajustar as doses de
medicamentos e garantir a segurança durante os procedimentos clínicos. O uso de
tecnologias e equipamentos específicos, juntamente com a expertise profissional, é
fundamental para um monitoramento preciso e eficaz dos parâmetros fisiológicos
nessas espécies.

3 CONCLUSÃO

Com base em tudo que foi exposto aqui, podemos concluir que a
extrapolação alométrica desempenha um papel fundamental na medicina veterinária
de animais exóticos. Ela permite ajustar doses de medicamentos, protocolos
anestésicos e procedimentos clínicos de acordo com as características fisiológicas e
a massa corporal de cada espécie. A extrapolação alométrica é especialmente
importante em espécies exóticas para as quais não existem dados diretos
disponíveis, permitindo assim uma abordagem mais segura e personalizada no
tratamento desses animais.

No entanto, é fundamental ressaltar que a extrapolação alométrica possui


limitações e deve ser usada com cautela. As diferenças fisiológicas entre espécies
podem afetar a resposta aos medicamentos e a eficácia dos tratamentos, sendo
necessário considerar as particularidades de cada espécie. Além disso, a pesquisa
contínua e o monitoramento dos parâmetros fisiológicos são essenciais para
aprimorar a extrapolação alométrica e garantir a segurança e eficácia dos cuidados
de saúde prestados aos animais exóticos.

Portanto, a extrapolação alométrica na medicina veterinária de animais


exóticos é uma ferramenta importante, mas deve ser utilizada com embasamento
científico, conhecimento especializado e consideração pelas características
individuais de cada espécie. O progresso contínuo na pesquisa e na compreensão
das particularidades das espécies exóticas contribuirá para o desenvolvimento de
abordagens mais precisas e seguras na prática veterinária desses animais.

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