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Nome Civil

Profa. Camila Cury


Nome  decorre do direito natural de identidade; pertencente à pessoa (direito de
personalidade).
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Obs.: sobrenome é o patronímico (nome do pater).

Registro: até 15 dias após o nascimento (art. 50 da LRP – Lei n.º .015/73).
Exceto: nascimentos ocorridos há mais de 30 km do Cartório  03 meses.

Declarante não indicar nome completo  oficial deve lançar após o prenome, o nome do
pai e na ausência, o da mãe (art. 55 da LRP)

Fique Atento!: os oficiais de registro civil não registrarão prenomes que possam expor a
pessoa ao ridículo (art. 55, parágrafo único).
Se os pais insistirem  caso será encaminhado para decisão judicial.
Alteração do nome civil: deverá ser requerida pelo interessado no primeiro ano após
atingida a maioridade civil  18 anos (art. 56 da LRP).
Obs.: não poderá haver prejuízo aos apelidos de família.
Averbada a alteração  deverá ser publicada pela imprensa.

 Poderá nomear procurador para representá-lo.

É excepcional e deve haver motivação;

Dependerá de audiência com o Ministério Público e autorização judicial (art. 57 LRP).


Manutenção do nome do cônjuge divorciado: é possível?
Em regra, sim.

Situação do cônjuge declarado culpado na ação de separação judicial: perde o direito de


usar o sobrenome do outro, desde que expressamente requerido pelo cônjuge inocente E
desde que a alteração não acarrete (art. 1.578 CC):
üevidente prejuízo para a sua identificação;
ümanifesta distinção entre o seu nome de família e o dos filhos havidos da união
dissolvida;
üdano grave reconhecido na decisão judicial.
Cônjuge inocente na ação de separação judicial  poderá renunciar, a qualquer
momento, ao direito de usar o sobrenome do outro (art. 1.578, § 1º CC);

 Demais casos: é opção do cônjuge buscar a conservação do nome de casado (art.


1.578, § 2º).

Do filho adotado
Sentença de adoção: o filho passará a ter o nome dos adotantes (art. 47, § 5º CC ECA);
Poderá ser requerida a modificação do prenome (art. 47, § 5º ECA);
Neste caso: é obrigatória a oitiva do adotando, observado o disposto nos §§ 1o e 2o do art.
28 desta Lei:
- se maior de 12 anos deve consentir na presença do juiz;
- se menor: será ouvido se possível, de acordo com seu desenvolvimento e capacidade de
compreensão.
Alteração de nome da pessoa transgênera (Provimento n.º 73/2018 CNJ).
Independe de autorização judicial (decorre da autonomia da vontade da pessoa);
 Independe de cirurgia para mudança de sexo e de laudo médico ou psicológico;
 Pessoa deverá ser maior de 18 anos e civilmente capaz;
Requerimento ao ofício do Registro Civil das pessoas Naturais;
 Poderá ser requerida a alteração e a averbação do prenome e do gênero, a fim de
adequá-los à identidade autopercebida.

Obs.: possível a inclusão ou a exclusão de agnomes indicativos de gênero ou de


descendência.

Fique Atento!: não poderá haver alteração dos nomes de família e nem adoção de
prenome igual ao de outro membro da família.
Nome social: é o nome pela qual a pessoa travesti ou transexual se identifica e é
socialmente reconhecida.
Regulamentado pelo Decreto n.º 8.727/16.

órgãos e as entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional,


em seus atos e procedimentos – devem adotar o nome social da pessoa travesti ou
transexual, de acordo com seu requerimento

Fique Atento!: É vedado o uso de expressões pejorativas e discriminatórias para referir-se


a pessoas travestis ou transexuais.
Nos sistemas de cadastro: deve constar o campo para nome social
Poderá constar nos documentos oficiais o nome social da pessoa travesti ou transexual,
se requerido expressamente pelo interessado, acompanhado do nome civil.
O órgão ou a entidade da administração pública federal direta, autárquica e
fundacional: poderá empregar o nome civil da pessoa travesti ou transexual,
acompanhado do nome social, apenas quando estritamente necessário ao atendimento
do interesse público e à salvaguarda de direitos de terceiros.

#Fica Dica: necessário a comprovação do interesso público e salvaguarda de direitos de


terceiros (art. 5º).

 A pessoa travesti ou transexual poderá requerer, a qualquer tempo: a inclusão de seu


nome social em documentos oficiais e nos registros dos sistemas de informação, de
cadastros, de programas, de serviços, de fichas, de formulários, de prontuários e
congêneres dos órgãos e das entidades da administração pública federal direta,
autárquica e fundacional (art. 6º).

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