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ARQUITETURA E URBANISMO - 2023/02

TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO:


CONTEMPORANEIDADE

Docente: Manuela Catafesta


Discente: Caren Vasques
CANOAS - N1

A Razão Pela Qual As Pessoas Odiaram A Arquitetura Moderna

A Arquitetura Moderna pode ser entendida e caracterizada por sua ênfase na funcionalidade,
simplicidade e pelo grande uso de materiais industrializados. Tendo seu surgimento nos séculos
XIX e XX, foi uma resposta aos avanços tecnológicos e às mudanças sociais que englobam essa
época. Essa abordagem inovadora acabou, consequentemente enfrentando resistência e desagrado
por parte de muitas pessoas à sua drástica ruptura com os estilos arquitetônicos tradicionais.

Ao romper com essa linguagem arquitetônica enraizada nas tradições históricas, substituindo
elementos ornamentados e detalhes elaborados por linhas retas e geometria simples, resultou em
estruturas estranhas e distantes demais com o familiar. A impressão que se teve foi que a
modernidade estava negando a conexão com a rica história e cultura que acompanhavam os estilos
anteriores. Esse afastamento da tradição gerou descontentamento, pois a arquitetura sempre
desempenhou um papel significativo na expressão da identidade cultural.

Um segundo fator que resultou nessa contrariedade, foi que os edifícios foram introduzidos com
designs inovadores de uma forma que, muitas vezes contrastava e se destoava da paisagem urbana
existente. A introdução dessas estruturas de grande escala e aparência inovadora frequentemente foi
interpretada como invasiva, causando apreensão quanto à harmonia visual e à coesão das áreas
urbanas. Além disso, a verticalização das cidades e o uso de materiais como aço e vidro eram
percebidos como uma ruptura drástica com a harmonia estética e a sensação de continuidade que as
construções tradicionais ofereciam. O contraste entre as estruturas modernas e os edifícios
históricos vizinhos muitas vezes era visto como uma desarmonia visual, criando desconforto na
percepção das cidades como um todo e roubando a identidade do lugar e gerando edificações
apáticas.

O sentimento que passou muitas vezes, foi de que a arquitetura moderna acabou se focando demais
na eficiência e na funcionalidade que, embora tivessem sido fundamentais para o contexto da
época, carecia de humanidade. Ela frequentemente priorizava essas questões e se afastava dos
aspectos emocionais e identitários. As comunidades sentiam que os edifícios modernos não
refletiam sua história, cultura e aspirações, resultando em uma desconexão entre os espaços
construídos e as pessoas que os habitavam. Essa dificuldade de se conectar com o lugar e com as
pessoas acabou por levar os indivíduos que experienciaram essas construções a considerarem essa
uma arquitetura impessoal e desprovida de alma.

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