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MANUSCRITOS ECONÔMICO-FILOSÓFICOS
PALMAS-TO
2022
TALYTA MONTEIRO DE ARAÚJO
MANUSCRITOS ECONÔMICO-FILOSÓFICOS
PALMAS-TO
2022
Ao assistir a conferência com o Prof. Dr. Rui Braga, sobre a obra
Manuscritos econômicos-filosóficos, aula 9, realizados durante o
evento III Curso Livre Marx-Engels, realizados pelo Canal Boitempo
Editorial. Discorra sobre os elementos mais relevantes que você
identificou durante a comunicação.
No vídeo o Prof. Dr. Ruy Braga fala sobre a obra: Manuscritos econômico-
filosóficos de 1844, segundo o mesmo o texto é bastante composto e foi rodeado de
diversas polêmicas mais do que outras obras de Marx do século XX.
Publicada através de um esforço grande de edição da equipe do instituto Marx-
Engels-Lênin de Moscou, que é um instituto que serviu como centro de pesquisa e
editora de obras publicadas da doutrina marxista.
É uma história considerada pelo Professor Dr. Ruy Braga como muito rica e
interessante, mas ao mesmo tempo trágica por testemunhar o momento de
stalinização do instituto Marx-Engels-Lênin de Moscou, que além disso testemunhou
também os grandes impasses e os dilemas que foi para o movimento comunista
internacional que foi o chamado Termidor Soviético quando o estado cheio de
burocracias passa por cima da oposição, os de esquerda e implanta uma ditadura.
Algo que marca a história da recepção dos Manuscritos a partir do ano de 72 é a
ideia de emancipação contido nos Manuscritos que era algo que tinha ligação direta
com a ideia de superação do trabalho alienado.
O trabalho alienado é quando se é aceitado a propriedade privada, a separação do
trabalho, capital e terra, assim como também de salários, lucro e arrendamento, a
divisão do trabalho, a competição, o conceito de valor de troca, etc. Onde o
trabalhador fica mais pobre cada vez que produz mais riqueza, se torna uma
mercadoria mais barata à medida que cria e movimenta bens e se pode perceber
então uma desvalorização do trabalhador.
Nos manuscritos, Marx defendia que o comunismo era a forma de superação de um
complexo mundo de alienações onde o trabalho tem um papel central.
Então naquela época se havia uma dupla alienação a do trabalho e também a
política.
Sobre a questão do Taylorismo, Lênin teve um papel complexo e importante onde
ele se tornou conhecido após a publicação do seu primeiro texto em março de 18,
logo depois da vitória Bolchevique ao qual ele defende a implantação do Taylorismo
afim de diminuir a diferença com relação aos países capitalistas de forma que haja
uma evolução.
O Taylorismo é um sistema de gestão do trabalho implantado por Frederick Taylor
considerado pai da administração científica, ao qual através de diversas técnicas se
há um aproveitamento da mão de obra contratada, organização e gestão do tempo
afim de que os trabalhadores tivessem tempo para se engajarem em questões
políticas para que diminuísse gradativamente a burocratização e a autonomia do
estado sobre a classe trabalhadora.
Os Manuscritos de 44 se constituíram como um texto muito importante porque
oferece a possibilidade de se pensar através do comunismo da emancipação,
aquele que era liberto das cordas do capitalismo e também da burocratização, era
emancipado dos limites impostos sobre a classe trabalhista.
Os Manuscritos não eram a narração do fim de um processo e sim o início de um
processo de mudança de pensamento com relação ao meio social. Ele era
considerado problemático porque ele inaugura uma nova trajetória.
É importante destacar então que os Manuscritos não são aquilo que Marx pensava
sobre o momento e a época e sim a representatividade de um amadurecimento e o
início de uma nova síntese.
Os Manuscritos foram então o início de um estudo ao qual Marx tenha se
interessado na economia política, a questão que fica é porque ele se interessou na
economia política? Ele se sentiu atraído através de estudos que ele tinha feito
anteriormente na publicação por exemplo dos Manuscritos de 43.
Então Marx transita a sua crítica para a economia política porque sente e vê essa
necessidade, que é derivada do amadurecimento teórico, mas também político.
Em seus Manuscritos de 44 ele se destaca e se afasta do hegelianismo, rompendo
de forma intempestiva os laços com seus aliados, marcando então o início de uma
trajetória nova e uma ruptura com aquilo que veio antes.
Na nação Alemã foi derivada em um determinado período o anacronismo que era
um atraso com relação a outras nações, porém havia um contraste enquanto a
Alemanha era atrasada econômica e politicamente, ao mesmo tempo ela era
avançada filosófica e ideologicamente. Isso fez com que os Alemães fossem
aqueles que pensavam aquilo que os franceses ou os ingleses faziam.
Na Alemanha havia forte influência religiosa, porém o país era dividido entre
católicos e protestantes e isso impedia que a nação evoluísse politicamente, onde o
liberalismo era frágil e entre outras coisas acabava atrasando o favorecimento da
democracia.
Então surgiu as críticas a religião, vindas da militância do ateísmo que era uma das
formas práticas de se fazerem críticas a religião.
Marx faz algumas críticas a religião fazendo reverência a Feuerbach que era um
pensador central para ele.
Feuerbach fez críticas religiosas com relação a alienação invertendo as de Hegel,
pois para Hegel a alienação religiosa era a fonte da humanidade, ou seja, para
Hegel temos o espírito absoluto que se aliena na natureza e que se desaliena do
espírito finito que é o homem e o espírito finito que é o homem é um ser natural que
corresponde a alienação da natureza. Como ser histórico o espírito finito do homem
representa a desalienação natural e ele só vai se emancipar da natureza quando o
espírito finito se conciliar com o espírito absoluto através do conhecimento, quando o
homem conhecer a essência de Deus.
A alienação religiosa é basicamente a fonte da humanidade, fonte de história, fonte
de cultura e é um elemento fundamental.
Na obra do Manuscrito de Marx, a alienação religiosa de Hegel onde se tem um
espírito absoluto, é trocado por uma propriedade privada, ele volta a obra para a
alienação do trabalho ao qual existem outras alienações que andam de forma
paralela, como a alienação do objeto e a alienação da atividade que distancia o
homem do gênero.