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Índice

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 2
O RNA (ácido ribonucleico) ............................................................................................ 3
ESTRUTURA DO RNA .................................................................................................. 4
TIPOS DE RNA ........................................................................................................... 6
COMPARAÇÃO COM O DNA ...................................................................................... 7
DESCOBERTA DO RNA ................................................................................................ 7
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 9
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 10
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 11
INTRODUÇÃO

Os ácidos nucleicos são macromoléculas constituídas por nucleotídeos e que


formam dois importantes componentes das células, o DNA e o RNA.

Eles recebem essa denominação pelo fato de possuírem caráter ácido e por serem
encontrados no núcleo da célula. Os ácidos nucleicos são essenciais para todas as células,
pois é a partir das moléculas de DNA e RNA que são sintetizadas as proteínas, as células
se multiplicam e ainda ocorre o mecanismo de transmissão das características
hereditárias.

Além disso, os nucleotídeos são importantes em diversos processos, como a síntese


de alguns carboidratos e lipídios e a regulação do metabolismo intermediário, ativando
ou inibindo enzimas.

Neste trabalho propomos falar acerca do RNA (ácido ribonucleico), suas


característifcas, procurar compreender como é produzido bém como a sua descoberta.
O RNA (ácido ribonucleico)

O RNA (ácido ribonucleico) é uma molécula responsável pela síntese de


proteínas das células do corpo. Sua principal função é a produção de proteínas.

Por meio da molécula de DNA, o RNA é produzido no núcleo celular, sendo


encontrado também no citoplasma da célula. A sigla de RNA vem da língua
inglesa: RiboNucleic Acid.

A molécula de RNA é uma fita simples, mas pode assumir um arranjo


tridimensional
O Ácido ribonucléico (RNA) é uma família onipresente de grandes moléculas
biológicas que executam múltiplas funções vitais na codificação, decodificação,
regulação e expressão de genes.

Juntamente com o DNA, o RNA compreende os ácidos nucleicos, os quais,


juntamente com as proteínas, constituem as três principais macromoléculas essenciais
para todas as formas de vida conhecidas.

O RNA é montado como uma cadeia de nucleótidos, mas é geralmente de cadeia


simples.

Organismos celulares utilizam RNA mensageiro (RNA m) para transmitir


informação genética (geralmente notado usando as letras G, A, U, C e para os
nucleótidos guanina, adenina, citosina e uracilo), que dirige a síntese de proteínas
específicas, ao passo que muitos vírus codificam sua genética informações usando um
genoma RNA.

Algumas moléculas de RNA desempenham um papel ativo dentro das células,


catalisando reações biológicas, controle de expressão gênica, ou sentir e comunicar as
respostas aos sinais de celulares.

Um destes processos ativos é a síntese de proteínas, em que uma função


universal moléculas de mRNA dirigir a montagem de proteínas em ribossomas. Este
processo utiliza moléculas de RNA de transferência para proporcionar aminoácidos
para o ribossoma, onde RNA ribossomal (rRNA), ligações de aminoácidos juntos para
formar proteínas.

ESTRUTURA DO RNA
As fitas de RNA têm uma estrutura formada por grupos de fosfatos e ribose, aos
quais podem se ligar quatro bases.

As quatro bases são: Adenina, Citosina, Guanina e Uracila. O RNA consiste


em uma única fita, com fitas se dobrando para se compactar no espaço apertado da
célula.

Muitos vírus dependem do RNA para transportar seu material genético, usando-
o para sequestrar o DNA de células infectadas a fim de forçar essas células a fazerem
o que o vírus deseja que façam. Este ácido nucléico desempenha um papel na síntese
de proteínas, duplicação de material genético, expressão génica e regulação génica,
entre outras coisas.
Existem vários tipos diferentes, incluindo RNA ribossômico (rRNA), RNA de
transferência (tRNA) e RNA mensageiro (mRNA), todos os quais têm funções
ligeiramente diferentes. Estudos sobre esses diferentes tipos às vezes revelam
informações interessantes. O rRNA, por exemplo, sofre muito poucas mudanças ao
longo dos milénios, então pode ser usado para rastrear as relações entre diferentes
organismos, procurando ancestrais comuns ou divergentes.

O DNA desempenha um papel na síntese do RNA. Essencialmente, o DNA


contém os projetos para a produção de RNA, portanto, quando a célula precisa de
mais, ela obtém as informações necessárias no DNA e começa a trabalhar. Esse
processo é conhecido como “transcrição”, referindo-se ao fato de que a informação é
basicamente copiada de uma molécula para outra.

Alguns vírus como o HIV, são capazes de fazer a transcrição reversa, o que
significa que podem traduzir RNA em DNA.

As drogas que visam esses vírus geralmente se concentram na capacidade de


transcrição reversa do vírus, trabalhando para bloqueá-lo de forma que ele não possa
desempenhar essa função.

A ação do DNA como controlador da atividade e da arquitetura celular conta


com a participação do RNA, molécula capaz de transcrever as informações contidas
nas moléculas do DNA cromossómico e transferi-las para o citoplasma. Ao nível dos
ribossomos, as informações trazidas pelo RNA serão decifradas e irão controlar a
produção de proteínas específicas.

O RNA também é formado pela união de nucleotídeos. Esses nucleotídeos


de RNA possuem um grupo fosfato, uma ribose e uma dessas 4 bases
nitrogenadas: adenina, guanina, citosina e uracila.

As moléculas de RNA são formadas por um único filamento de nucleotídeos,


que pode se dobrar sobre si mesmo mas que não se emparelha com outro filamento de
RNA. Para o RNA, não são válidas as relações de Chargaff ¹

No núcleo, grande quantidade de RNA se concentra nos nucléolos, e menor


quantidade junto dos filamentos de cromatina. No citoplasma, há moléculas de RNA
dispersas pelo hialoplasma, e como componente estrutural dos ribossomos.

¹ A “relação de Chargaff” é uma conhecida relação existente entre as bases nitrogenadas do


DNA, na qual as proporções entre adenina e timina são equivalentes, assim como as proporções
entre guanina e citosina
TIPOS DE RNA

a) RNA mensageiro (RNAm): é um único de RNA, que se forma tendo um


filamento de DNA como molde e é complementar a ele. A formação do RNAm se
chama transcrição, e é semelhante em muitos aspectos à replicação do DNA. O
processo da transcrição é catalisado pela enzima RNA-polimerase.

As pontes de hidrogênio que unem os dois filamentos complementares de uma


molécula de DNA são rompidas, separando-se os filamentos. Sobre um dos filamentos
dessa molécula de DNA, começam a se colocar filamentos complementares de RNA.
Como os nucleotídeos de RNA não possuem timina sobre os nucleotídeos de adenina
do DNA, colocam-se nucleotídeos de RNA com uracila.

Os nucleotídeos de RNA são unidos, formando um filamento.

No final do processo, o filamento de nucleotídeos de RNA se desprende na forma de uma


longa molécula de RNA-mensageiro. Os dois filamentos da molécula de DNA voltam a
se unir.

b) RNA transportador (RNAt): também pode ser chamado RNA de


transferência ou RNA solúvel. Suas moléculas também são formadas por um único
filamento, mas com apenas de 80 a 100 nucleotídeos.
Esse filamento único se dobra sobre si mesmo, assumindo o aspecto de “folhas
de trevo”.

Todas as moléculas de RNAt conhecidas são muito semelhantes. Há pouco mais


de 50 tipos de RNAt, cada um correspondente a uma sequência de bases do RNA
mensageiro.

As funções do RNA transportador são colocar cada aminoácido em sua posição


correta sobre a molécula de RNA mensageiro, e estabelecer ligações peptídicas entre
esses aminoácidos, durante a síntese de proteínas.
c) RNA ribossômico (RNAr): é formado a partir de regiões específicas de
alguns cromossomos, chamadas regiões organizadoras de nucléolo. Trata- se do tipo
de RNA encontrado em maior quantidade, nas células, e um dos componentes
estruturais dos ribossomos, juntamente com proteínas.

COMPARAÇÃO COM O DNA


A estrutura química do RNA é muito semelhante ao do DNA, mas difere em três
vias principais:

Ao contrário de DNA de cadeia dupla, é uma molécula de RNA de cadeia


simples, em muitas das suas funções biológicas e tem uma cadeia mais curta de
nucleótidos. No entanto, o RNA pode, por emparelhamento de bases complementares,
intracadeia formar hélices duplas, como no tRNA.

Embora o DNA contém desoxirribose, ribose contém RNA (em desoxirribose


não houver um grupo hidroxilo ligado ao anel de pentose na posição 2 ‘). Estes grupos
hidroxilo fazer RNA menos estável do que o DNA, porque é mais propenso a
hidrólise.

A base complementar para adenina não é timina, como é no DNA, mas em vez
de uracilo, que é uma forma não metilado de timina.

Como DNA, RNA biologicamente mais ativas, incluindo RNAm, RNAt, RNAr,
snRNAs, e outros RNAs não-codificantes, contêm sequências de auto-
complementares, que permitem as partes do RNA para dobrar e um par de si própria
para formar hélices duplas. A análise destes RNAs revelou que eles são altamente
estruturadas. Ao contrário de DNA, as suas estruturas não consistem de duplas hélices
longas, mas, em vez de colecções de hélices curtas embaladas conjuntamente em
estruturas semelhantes às proteínas. Desta forma, pode conseguir RNAs catálise
química, assim como enzimas, por exemplo, a determinação da estrutura do
ribossoma, uma enzima que catalisa a formação da ligação peptídica, revelou que o
sítio ativo é composto inteiramente de RNA.

DESCOBERTA DO RNA
Pesquisa sobre RNA levou a muitas descobertas biológicas importantes e
numerosos prêmios Nobel. ácidos nucléicos foram descobertos em 1868 por Friedrich
Miescher, que chamou o material de “nucleína”, uma vez que foi encontrado no
núcleo (Postado por Alissa Magalhães em 27/08/2019 e atualizado pela última vez em
17/07/2020 https://www.educamaisbrasil.com.br/).
Mais tarde, foi descoberto que as células procariotas, que não têm um núcleo,
conter também ácidos nucleicos.

O papel do RNA na síntese de proteínas foi suspeitado já em 1939. Severo


Ochoa ganhou a 1959 Nobel de Medicina (compartilhado com Arthur Kornberg ) após
descobriu uma enzima que pode sintetizar o RNA no laboratório. No entanto, o
enzima descoberto por Ochoa (fosforilase de polinucleótido), foi mais tarde
demonstrado ser responsável pela degradação de RNA, e não a síntese de RNA.

A sequência de 77 nucleotídeos de um tRNA de levedura foi encontrada por


Robert W. Holley, em 1965, Holley vencedor de 1968 do Prêmio Nobel de Medicina
(compartilhado com Har Gobind Khorana e Marshall Nirenberg). Em 1967, Carl
Woese hipótese de que o RNA pode ser catalítico e sugeriu que as primeiras formas
de vida (moléculas auto-replicantes) poderia ter contado com RNA tanto para
transportar informação genética e de catalisar reações bioquímicas, um mundo de
RNA.

Durante o início da década de 1970 os retrovírus e de transcriptase reversa foram


descobertos, mostrando pela primeira vez que as enzimas podem copiar RNA em
DNA (o oposto da via normal para a transmissão de informação genética). Para este
trabalho, David Baltimore, Renato Dulbecco e Howard Temin foi agraciada com o
Prêmio Nobel em 1975. (GRIFFITHS, A. J. F. et al. Introdução a genética. 9ed.
Rio de Janeiro).

Em 1976, Walter Fiers e sua equipe determinada a primeira sequência de


nucleótidos completa de um genoma de vírus de RNA, a de bacteriófago MS2.

Em 1977, os intrões e de splicing de RNA foram descobertos em ambos os vírus


de mamíferos e de genes celulares, resultando numa Nobel 1993 a Philip afiada e
Richard Roberts.

Moléculas de RNA catalíticas ( ribozimas ) foram descobertos na década de


1980, levando a um prêmio Nobel 1989 de Thomas Cech e Sidney Altman.

Em 1990, ela foi encontrada em Petunia que introduziram genes pode silenciar
genes semelhantes de próprio da usina, agora conhecido por ser um resultado da
interferência de RNA.

Mais ou menos ao mesmo tempo, os RNAs de 22 nt de comprimento, agora


chamado microRNAs, foram encontrados a ter um papel no desenvolvimento de C.
elegans.

Estudos sobre a interferência do RNA recolhido um Prêmio Nobel por Andrew


Fire e Craig Mello, em 2006, e um outro Nobel foi concedido para os estudos sobre a
transcrição do RNA para Roger Kornberg no mesmo ano.

A descoberta dos RNAs reguladores de genes conduziu a tentativas para


desenvolver medicamentos feitos de RNA, tais como siRNA, para silenciar genes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O DNA, além da propriedade de autoduplicação, ainda tem como função,
controlar toda e qualquer atividade química da célula. As reações químicas celulares
dependem sempre de enzimas.

Os genes controlam a produção de enzimas celulares da seguinte maneira: O


DNA produz moléculas de RNA, que vão ao citoplasma. No citoplasma
o RNA "comanda" a fabricação de uma certa proteína (que, por muitas vezes, é uma
enzima). A sequência de aminoácidos na proteína depende da sequência do RNA; a
sequência do RNA depende da sequência de bases do DNA que o fabricou.

Ao pedaço de DNA que contém a informação para a produção de uma proteína


chamamos de cístron, que é uma das maneiras de conceituar o gene.

É a sequência do DNA que condiciona a sequência na molécula de RNA. Uma


diferença importante com a duplicação é que apenas uma fita de DNA funciona como
molde. O RNA produzido será, portanto, fita simples e não fita dupla.

Ocorrem as seguintes etapas:

1. É necessária a presença de uma enzima: a RNA polimerase.

2. As pontes de hidrogênio se desfazem; as duas fitas de DNA se afastam.

3. Encaixam-se nucleotídeos livres de RNA apenas numa das fitas de DNA - fita
ativa.

4. A molécula de RNA - fita única - se destaca de seu molde de DNA e migra


ao citoplasma.

5. As duas fitas de DNA tornam a parear, reconstituindo a molécula original.


CONCLUSÃO
O RNA, como o DNA, é uma macromolécula formada por uma cadeia
polinucleotídica simples, cujos nucleótidos são compostos por uma base azotada, uma
pentose (açúcar com 5 carbonos) e um grupo fosfato. RNA e DNA distinguem-se em
alguns aspetos importantes:

- O RNA possui geralmente apenas uma cadeia enquanto o DNA tem, na maior
parte dos casos, dupla cadeia;

- Os nucleótidos de RNA contém uma ribose (o DNA contém um desoxirribose);

- O RNA tem uma base azotada pirimídica diferente, o uracilo, em substituição


da timina que ocorre no DNA.
BIBLIOGRAFIA
GRIFFITHS, A. J. F. et al. Introdução a genética. 9ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008. PIERCE, B. A. Genética: um enfoque
conceitual. 5ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
https://www.educamaisbrasil.com.br/
https://www.todamateria.com.br/rna/

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