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Mantida pela União de Ensino Superior do Vale do Ivaí Ltda - UNESVI

Recredenciada pela Portaria nº 1.345, de 12 de julho de 2019

SUZETH FERREIRA DE OLIVEIRA

Introdução

A psicologia no esporte é uma área da psicologia que se dedica ao estudo do

comportamento humano em contextos esportivos e de atividade física. Através de uma

abordagem interdisciplinar, a psicologia do esporte investiga a relação entre os fatores

psicológicos e o desempenho esportivo, bem como a influência de fatores sociais e culturais

no comportamento dos atletas. De acordo com Machado, Borges, Dell Aglio e Koller (2007),

o principal objetivo da psicologia no âmbito esportivo está em auxiliar os atletas a alcançarem

uma boa saúde mental a fim de melhorarem sua performance nos esportes além, é claro,

entender como o esporte e atividade física em geral influencia o desenvolvimento psicológico,

a saúde e o bem-estar do indivíduo ao longo da vida.

A psicologia do esporte se preocupa com a motivação, a autoconfiança, a ansiedade e

o estresse dos atletas, que podem afetar negativamente seu desempenho. Por isso, os

psicólogos do esporte trabalham com os atletas para ajudá-los a gerenciar suas emoções e

desenvolver estratégias para lidar com situações estressantes. Além disso, outro aspecto

importante da psicologia do esporte é a dinâmica da equipe e a comunicação entre os

membros. Os psicólogos do esporte trabalham para melhorar a comunicação entre os

membros da equipe e para desenvolver um senso de coesão e confiança entre eles. A

psicologia do esporte, tanto dentro de cenários competitivos quanto somente de trabalhos de

incentivo ao esporte se torna fundamental para a promoção do bem-estar mental quanto para o

desenvolvimento da interação social.


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O treinamento psicológico para técnicos e treinadores de atletas é algo muito

trabalhado dentro da psicologia do esporte, além do gerenciamento das emoções dos atletas,

entretanto outras áreas dessa atuação devem ser exploradas. Segundo Machado, Borges, Dell

Aglio e Koller (2007, p. 52) “a prática de atividades físicas no tempo livre, iniciação não-

competitiva e reabilitação para enfermos ou pessoas portadoras de necessidades especiais

devem ser enfatizadas. Há algum tempo, a Psicologia do Esporte tem estudado os possíveis

efeitos da atividade esportiva no desenvolvimento de crianças e de adolescentes”.

Programas de iniciação esportiva promovem diversos benefícios para o

desenvolvimento da criança, tais como: desenvolvimento físico, psicológico, cognitivo e

social, o que resulta numa promoção de estilos de vida mais saudáveis quando na fase adulta.

A criança começa gradativamente a praticar um esporte de forma sistemática, explorando

todas as formas de movimento, de forma lógica e progressiva, permitindo um

desenvolvimento integral de experiências motoras preocupar-se em especializar os próprios

movimentos, respeitando suas individualidades e capacidades, por meio de atividade que lhes

dê prazer, para que possa desenvolver o seu potencial de forma sistemática e organizada.

A prática esportiva é o período em que a criança começa a praticar um esporte

regularmente e se orienta para diferentes esportes. Neste ponto, o objetivo imediato é buscar o

desenvolvimento integral da criança e não há problema com competições regulares. Portanto,

o Iniciação Esportiva é entendido como o período em que uma criança começa a praticar

regularmente um ou mais esportes orientados.


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Dadas as características do desenvolvimento motor, cognitivo, emocional, social e

moral das crianças, a iniciação ao desporto, deve ocorrer no final da segunda Infância, ou seja,

dos 10 aos 12 anos de idade.

No entanto, crianças que buscam ou são conduzidas à especialização esportiva

precocemente acabam inseridas a processos de treinamento especializado e intenso que exige

alto rendimento e participação em competições de alto nível, o que pode acarretar problemas

no futuro da criança.

Por esse motivo, é necessário que a prática e deve ser acompanhado pelo por

profissionais qualificados, que respeitem os limites e as fases de desenvolvimento de cada um,

não valorizando apenas o esporte como objetivo de formação de novos atletas, mas também

tendo em conta os fatores educacionais e sociais, sendo primordial no estimulo do

desenvolvimento humano.

No âmbito escola, a psicologia do esporte entra como um promotor do

desenvolvimento educacional e físico dos estudantes, além de fortalecer a cooperação e o

trabalho em equipe. O esporte desenvolve nas crianças e jovens sentimentos de confiança,

positividade, auto estima, auto eficácia, confiança e estabilidade emocional. Além disso, de

acordo com Machado, Borges, Dell Aglio e Koller (2007), o incentivo a práticas esportivas

dentro da escola auxilia na redução ou manutenção do estresse associado ao dia a dia escolar

e/ou de situações de cunho pessoal de cada aluno. A psicologia do esporte, voltando-se a

competições esportivas, auxilia a desenvolver estratégias para manusear a ansiedade pré-


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competitiva, melhorar a concentração e melhor lidar com a pressão ou expectativas próprias

ou dos demais, além de exercer a resiliência diante de frustrações.

Os projetos sociais ou de intervenção podem são definidos como iniciativas voltadas

para a promoção da qualidade de vida de uma comunidade foco e visam solucionar

problemas, garantir direitos, fortalecer laços comunitários e até mesmo promover cultura e

lazer. Existe uma ampla variedade de projetos sociais, como os voltados para educação,

saúde, combate a pobreza, empoderamento feminino, projetos ambientais e de inclusão social.

Os projetos sociais dentro das escolas promovidos por uma psicologia do esporte são

ferramentas essenciais para o desenvolvimento pessoal de crianças e adolescentes, além de

auxiliar na promoção do aprendizado, inclusão, fortalecimento emocional e habilidades

sociais, além é claro, de desenvolver aspectos emocionais como os já citados anteriormente.

Os projetos podem ser desenvolvidos em escolas, comunidades e clubes e incluem

programas de incentivo ao esporte, inclusão de crianças com necessidades especiais,

prevenção de comportamentos de risco, desenvolvimento de habilidades socioemocionais,

intervenção psicológica em esquipes esportivas.

Estudos realizados com crianças estudantes da primeira à quarta série do ensino

fundamental de uma escola pública mostraram que por meio de uma intervenção educativa

através do esporte, fatores como desempenho escolar, estresse infantil e qualidade de vida

sofreram influência positiva, confirmado a teoria através da prática. De acordo com Machado,

Borges, Dell Aglio e Koller (2007, p. 60) a “intervenção educativa pode servir para as

crianças como um ambiente promotor de saúde e das mais diversas habilidades. O esporte,
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principalmente a educação pelo esporte, pode agir transformando potenciais em competências

para a vida daqueles que têm a oportunidade de passarem pela experiência”.

Podemos verificar que projetos sociais ou de intervenção advindos de uma psicologia

do esporte adquirem um impacto significativo no desenvolvimento social e pessoal dos que

participam, dessa forma, justifica-se a aplicação do presente projeto como forma de avaliar a

aprendizagem através das atividades esportivas sócio emocionais, cognitivas e de interação e

dessa forma afirmar o esporte como promotor de oportunidades de inclusão, aprendizado,

fortalecimento emocional, desenvolvimento de habilidades e qualidade de vida.


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Referências

Machado, P.X., Borges, V.C., Dell’ Aglio, D.D & Koller, S.H. (2007). O impacto de um

projeto de educação pelo esporte no desenvolvimento infantil. Revista Semestral da

Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, v 1, n 1, 51-62.

Silva, F. M Fernandes, L e Celani, F O. Desposto de crianças e jovens- um estudo sobre as

idades de iniciação. Revista portuguesa de Ciências do Deporto. Vol. 1 n°2 (p. 45-55).

2001.

De Rose JR, Dante. Esporte, competição e estresse implicações na infância e na adolescência:

uma abordagem multidisciplinar. 2. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. P. 103-114.

Freire, B. Joao: Scaglia, J Alcides; Educação como pratica corporal. São Paulo: Scipione,

2003.

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