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Agroindústria
27 a 30 de Novembro de 2018
INTRODUÇÃO
A fruta em calda é considerada um produto de primeira linha das indústrias de
conservas de frutas, tendo uma ampla aceitação no mercado consumidor mundial
(EMBRAPA, 2000). Definidas como um método de conservação, as frutas em caldas
são obtidas através de frutas inteiras ou em pedaços, com ou sem caroços, com ou sem
casca, acondicionadas em recipiente de vidro ou lata, praticamente, cruas, cobertas com
calda de açúcar (SOUZA, 2014; CÓL, 2014).
Esses produtos são utilizados no setor culinário, como por exemplo, em
preparações de recheios de tortas, bolos, uso em saladas de frutas, adição em sorvetes,
iogurtes, entre outros. Ressalta ainda que na elaboração desses produtos, as frutas
devem passar por um processo de sanitização e lavagem conforme as exigências
(KROLOW, 2012).
Segundo a EMBRAPA (2000) a calda é adicionada ao produto com a finalidade
de oferecer melhor sabor, como também, preencher o espaço entre as unidades do
produto, além de auxiliar na transmissão de calor durante o processamento, podendo ser
IV Encontro Nacional da Agroindústria
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IV Encontro Nacional da
Agroindústria
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adicionadas de forma mecânica ou fazendo uso das xaropeiras. Além disso, as frutas
pertencentes à mesma variedade podem apresentar teor de acidez diferente, as mais
ácidas necessitam da adição de mais açúcar, para que apresente o mesmo sabor da calda
encontrada nas menos ácidas (EMBRAPA, 2000).
Para a coloração da calda é utilizado alguns corantes, que podem ser
classificados em 7, dentre esses tem-se o corante natural e o corante artificial, sendo o
natural aquele obtido a partir de vegetal, ou eventualmente, de animal, cujo princípio
corante tenha sido isolado com o emprego de processo tecnológico adequado e o
artificial é o corante orgânico sintético não encontrado em produtos naturais (BRASIL,
1977).
Os produtos devem ser obtidos, processados, embalados, armazenados,
transportados e conservados em condições que não produzam, desenvolvam e ou
agreguem substâncias físicas, químicas ou biológicas que coloquem em risco a saúde do
consumidor. Deve ser obedecida a legislação vigente de Boas Práticas de Fabricação
(BRASIL, 2005).
Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo avaliar o controle de
qualidade de diferentes marcas de cerejas em calda comercializadas em cidade do
interior da Paraíba.
MATERIAL E MÉTODOS
Matéria-Prima
Para realização da pesquisa, inicialmente foram adquiridas em mercados
diferentes marcas (n=3) de cereja em calda comercializadas na cidade de Cuité/PB.
Após, as mesmas foram levadas para o Laboratório de Tecnologia de Alimentos (LTA)
da Universidade Federal de Campina Grande/Cuité para as análises.
Avaliação do Peso
Todas as amostras foram pesadas para que fosse obtido os valores de peso
drenado, peso líquido e também o peso da calda presente nas embalagens.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
produtos e como exposto nos resultados as tampas não continham indícios de oxidação
estando em perfeito estado.
Os resultados encontrados para avaliação do peso, pH e ºBrix das amostras,
podem ser visualizados na Tabela 2.
Tabela 2 – Peso, pH e ºBrix das amostras avaliadas
CARACTERÍSTICAS AMOSTRA A AMOSTRA B AMOSTRA C
GERAIS
Espaço Livre (cm) 0,5 0,5 0,7
Peso Drenado (g) 122,61 127,09 112,95
Peso Líquido (g) 238,51 241,59 222,5
pH da Calda 2,9 3,0 3,0
ºBrix da Calda ou
52 52,5 43
Xarope
Característico da
fruta, apesar de
Característico da Característico da
Sabor e Odor possuir sabor e odor
fruta fruta
mais acentuado que
as amostras A e B
Não possui firmeza
Textura Firme como das amostras Firme
AeC
Partes Esfareladas Não contém Não contém Não contém
Cerejas Verdes Não contém Não contém Não contém
Manchas Escuras Não apresenta Não apresenta Não apresenta
Não apresenta, nem Não apresenta, nem Não apresenta, nem
Desuniformidade da simetria, nem da da simetria, nem da da simetria, nem da
cor cor cor
CONCLUSÕES
Por fim, as análises realizadas das cerejas em calda mostraram a importância de
cada detalhe que é exigido pela legislação, o pH que consiste em evitar o crescimento
microbiano e a oxidação da embalagem. Embalagem essa, que deve ser mantida intacta
para a proteção e conservação da mercadoria durante o transporte do produto. O aroma,
cor e a textura são características sensoriais para uma melhor aceitação do público
consumidor. Além disso, o rótulo deve conter todas as informações necessárias e vale
ainda ressaltar que o valor monetário do produto não garante qualidade.
REFERÊNCIAS