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DE CONTRATO, CONFORME O
MANUAL DE GESTÃO E
FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS
ADMINISTRATIVOS DO TRE/SP
Cotejo das disposições do Manual com a nova
Lei de Licitações e Contratos Administrativos
(as melhores práticas para a gestão eficiente dos contratos
administrativos, conforme o Manual do TRE/SP, em cotejo com a
legislação vigente e a jurisprudência dos Tribunais Superiores e do
Tribunal de Contas da União e a Resolução TSE 23.234. Destaque para
as inovações introduzidas pela Lei 14.133/2021)
Sumário
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 5
Natureza jurídica e aplicabilidade das instruções normativas emanadas do órgão
central do SISG ...................................................................................................................................................... 6
Necessidade de se observar os entendimentos do Tribunal de Contas da União em
matéria de licitações e contratos................................................................................................................13
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ....................................................................................................17
1.1. Aplicação da nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei
14.133/2021) aos contratos anteriores à sua edição ......................................................................17
1.2. Período de “convivência” da Lei nova com a legislação revogada ....................................19
1.3. Boas práticas sugeridas para adaptação do Manual do TRE/SP à disciplina da
nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos .........................................................................20
2. ATORES DA FISCALIZAÇÃO NO ÂMBITO DO TRE/SP: GESTOR E FISCAL.
INDICAÇÃO E DESIGNAÇÃO FORMAL. FISCALIZAÇÃO POR EQUIPE .................................23
2.1. A importância da participação dos agentes da fiscalização contratual no
planejamento da contratação ......................................................................................................................23
2.2. O poder-dever de fiscalizar os contratos administrativos, segundo a legislação e
a jurisprudência do TCU .................................................................................................................................31
2.3. Limites de atuação dos agentes da fiscalização ..........................................................................37
2.3.1. Distinção entre atos de gestão e atos de fiscalização, a partir da análise
sistêmica da legislação e do Manual do TRE/SP. Observância do princípio da
segregação de funções .................................................................................................................................39
2.4. A indicação e a designação formal do gestor e do fiscal de contrato ...............................45
2.4.1. Designação por ato formal.............................................................................................................47
2.4.2. Perfil do servidor indicado para o encargo, segundo o Manual do TRE/SP ..........53
2.4.3. É possível recusar a indicação? ...................................................................................................54
2.4.4. Requisitos a serem observados pela autoridade administrativa ao designar
servidores para atuar na fiscalização, conforme a nova Lei de Licitações e
Contratos Administrativos .........................................................................................................................56
2.5. A possibilidade de fiscalização por equipe, à luz da nova Lei de Licitações e
Contratos Administrativos. A disciplina da IN 05/2017, em contraste com outras
normas ....................................................................................................................................................................60
2.6. Possibilidade de responsabilização pessoal do gestor ou fiscal de contrato.
Critérios adotados para imputação de responsabilidade ..............................................................66
2.6.1. Disciplina da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) ...........78
2.6.2. Condutas vedadas ao fiscal de contrato segundo Manual do TRE/SP......................80
2.7. Necessidade de capacitação do fiscal de contrato: disciplina da nova Lei de
Licitações e Contratos Administrativos e outras normas aplicáveis ........................................81
2.7.1. Possibilidade de contratação de terceiros para dar assistência ao fiscal ...............85
2.8. A figura do preposto da empresa contratada. Interação entre agentes da
fiscalização e preposto, conforme disposições do Manual de Gestão e Fiscalização
de Contratos do TRE/SP .................................................................................................................................91
3. MANUTENÇÃO DE REGISTROS DA FISCALIZAÇÃO SEGUNDO AS DIRETRIZES DO
MANUAL DE GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS DO TRE/SP ............................ 105
3.1. A obrigatoriedade de manutenção registros pelos agentes da fiscalização.
Disciplina legal e normas da Justiça Eleitoral. Disciplina do Manual do TRE/SP ............ 105
3.1.1. Repositório dos registros da fiscalização segundo o Manual do TRE/SP ............ 108
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Erivan Pereira de Franca
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INTRODUÇÃO
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[...]
Art. 31. A estruturação dos sistemas de que trata o artigo 30 e a
subordinação dos respectivos Órgãos Centrais serão estabelecidas em
decreto.
O SISG foi instituído pelo Decreto 1.094, de 23.3.1994, sendo integrado pelos
órgãos e unidades da Administração Federal direta, autárquica e fundacional.
DECRETO 1.094/94
Art. 1º Ficam organizadas sob a forma de sistema, com a designação de
Sistema de Serviços Gerais (SISG), as atividades de administração de
edifícios públicos e imóveis residenciais, material, transporte,
comunicações administrativas e documentação.
§ 1º Integram o SISG os órgãos e unidades da Administração Federal
direta, autárquica e fundacional, incumbidos especificamente da execução
das atividades de que trata este artigo.
§ 2º Os Ministérios Militares e o Estado-Maior das Forças Armadas poderão
aplicar, no que couber, as normas pertinentes ao SISG.
[...]
Art. 2º O SISG compreende:
I - o órgão central, responsável pela formulação de diretrizes, orientação,
planejamento e coordenação, supervisão e controle dos assuntos relativos
a Serviços Gerais;
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Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.2 recomendar à Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação
(SLTI/MP) que:
[...]
9.2.2. elabore um modelo de processo de aquisições para a Administração
Pública, para a contratação de bens e serviços, e a gestão dos contratos
decorrentes, considerando as diretrizes constantes dos Acórdãos 786/2006,
1480/2008 e 1.915/2010, todos do Plenário do TCU, adaptando-os à
aquisição de objetos de todos os tipos e não apenas aos objetos de
tecnologia da informação, em especial:
9.2.2.1. modelagem básica dos processos de trabalho de aquisição,
incluindo o planejamento da contratação, a seleção do fornecedor e a
gestão dos contratos decorrentes;
9.2.2.2. definição de papeis e responsabilidades dos agentes envolvidos em
cada fase;
9.2.2.3. elaboração de modelos de artefatos a serem produzidos;
9.2.2.4. utilização de estudo de modelos já existentes como subsídio para
formulação de seu próprio modelo;
9.2.2.5. planejamento das contratações, iniciando-se pela oficialização das
demandas, o que permitirá o planejamento de soluções completas, que
atendam às necessidades expressas nas demandas;
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Erivan Pereira de Franca
DOUTRINA
Em que pese esse conjunto de instituições [incluindo as do Poder Judiciário]
não estar obrigado a aplicar as disposições da referida instrução normativa
[IN 04/2010], seus órgãos e entidades podem optar, e seria uma boa
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Erivan Pereira de Franca
alternativa, pela utilização da referida norma, uma vez que ela disciplina
os procedimentos necessários à realização de contratações de TI com
qualidade, seguindo, inclusive, as diretrizes que regem o atual modelo de
contratação de Soluções de TI.
(Augusto Sherman Cavalcanti)
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Erivan Pereira de Franca
[...]
Sendo este Órgão vinculado ao TSE, deve ser observada primeiramente a
Resolução nº 23.234 daquele Órgão Superior; após, no que couber, as
diretrizes da Resolução nº 98 do CNJ e apenas, no caso de omissão destas,
deve-se observar as diretrizes da IN/MPOG nº 02/08.
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Erivan Pereira de Franca
Entendeu por bem o Sr. Presidente da República vetar o art. 172 da Lei
14.133/2021, que assim dispunha:
Isso porque a interpretação que dá aquela Corte de Contas das normas gerais
de licitações e contratos deve ser rigorosamente seguida pelos agentes públicos,
sob pena, inclusive, de responsabilização pessoal destes – entendimento que
julgamos permanecerá hígido a despeito do veto ao mencionado dispositivo.
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Súmula 222
As Decisões do Tribunal de Contas da União, relativas à aplicação de
normas gerais de licitação, sobre as quais cabe privativamente à União
legislar, devem ser acatadas pelos administradores dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
LEI 8.443/92
(Lei Orgânica do TCU)
Art. 1° Ao Tribunal de Contas da União, órgão de controle externo,
compete, nos termos da Constituição Federal e na forma estabelecida nesta
Lei:
[...]
XVII - decidir sobre consulta que lhe seja formulada por autoridade
competente, a respeito de dúvida suscitada na aplicação de dispositivos
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Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Constitui irregularidade a inobservância, pelos administradores de órgãos
e entidades jurisdicionados, dos entendimentos firmados pelo Tribunal de
Contas da União, em especial na área de licitações.
Representação acerca de possíveis irregularidades em pregão eletrônico
promovido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), destinado à
contratação de empresa especializada na prestação de serviços técnicos de
engenharia para fiscalização de obra de edificação, apontara possível
restrição à competitividade do certame, decorrente de exigência editalícia
de quantitativos mínimos para se atestar a capacidade técnica. Em sede de
oitiva, após a concessão da cautelar pleiteada pela representante, a Unifesp
aduziu que os quantitativos exigidos foram fixados com base no enunciado
24 da Súmula de Jurisprudência do Tribunal de Contas do Estado de São
Paulo, que os admite para serviços similares, em regra, na proporção de 50
a 60% da execução pretendida, ou outro percentual, desde que
devidamente justificado. Analisando o argumento, lembrou o relator que
“não se pode perder de vista que, no que concerne a normas gerais de
licitação, devem as entidades jurisdicionadas acatar o posicionamento do
Tribunal de Contas da União, conforme expresso no enunciado nº 222 da
Súmula de Jurisprudência do TCU, verbis: As Decisões do Tribunal de Contas
da União, relativas à aplicação de normas gerais de licitação, sobre as quais
cabe privativamente à União legislar, devem ser acatadas pelos
administradores dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios”. Considerou o relator, contudo, que o caso concreto
albergou extrapolação mínima do limite tradicionalmente aceito pelo TCU
(50%), e em consonância com orientação do órgão estadual de controle. E
que, “diante da ausência de uma regência objetiva quanto ao mencionado
limite na Súmula do TCU, seria até natural que o gestor buscasse orientação
complementar sumulada por outro órgão com atribuições semelhantes à
Corte de Contas Federal, no caso, o TCE/SP, não sendo razoável, portanto,
desaprovar sua conduta”. Nesse sentido, o Plenário do TCU, acatando a
proposta do relator, julgou parcialmente procedente a Representação,
revogando a cautelar adotada e cientificando a Unifesp de que “constitui
irregularidade a inobservância, na tomada de decisões, em especial, na
área de licitações, dos entendimentos firmados no âmbito do Tribunal de
Contas da União, conforme enunciado nº 222 da Súmula de Jurisprudência
deste Tribunal”.
(Acórdão 3104/2013 – Plenário – INFORMATIVO 178)
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Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
37. Registro, por oportuno, recente decisão exarada pelo Plenário desta
Corte mediante a qual entendeu-se pela impossibilidade de se exigir, em
relação a todos os licitantes (inclusive daquele em primeiro lugar), a
apresentação de amostras quando a modalidade de licitação utilizada for o
pregão (Acórdão 1.598/2006). Naquela assentada, este Tribunal acolheu
voto proferido pelo ilustre Ministro Relator no sentido de que não há como
impor, no pregão, a exigência de amostras, por ausência de amparo legal e
por não se coadunar tal exigência com a agilidade que deve nortear a
referida modalidade de licitação.
38. Devo ressaltar, todavia, que, no caso que ora se analisa, não há no
edital do Pregão 14/2004, dispositivo condicionando a participação dos
licitantes na fase de lances verbais ao atesto da Administração de que a
respectiva amostra ofertada está em conformidade com os ditames
editalícios. Igualmente, a referida exigência não foi imposta apenas ao
licitante provisoriamente em primeiro lugar.
39. O que o edital previu foi a exigência de amostras e protótipos de todos
os licitantes como condição de participação no certame, fato que se mostra
ainda mais restritivo, não merecendo acolhida desta Corte. (...) (Acórdão
2.407/2006 - TCU - Plenário. Relator: Ministro Benjamin Zymler)
18.16. Portanto, não merece guarida a argumentação apresentada pelos
responsáveis, tendo em vista que o procedimento adotado pela
administração municipal, além de não possuir amparo legal, não se
coaduna com a agilidade que deve nortear licitações realizadas sob a
modalidade pregão, encontrando-se em desacordo a entendimento
jurisprudencial consolidado neste Tribunal, o qual deveria ter sido
observado pela municipalidade, tendo em vista o disposto na Súmula 222
desta Corte de Contas: [omissis]
(Acórdão 2933/2016 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
Alerto aos gestores, ainda, que o descumprimento de deliberação do
Tribunal, por reincidência, poderá resultar na adoção da medida cautelar
prevista no art. 44, caput, da Lei 8.443/1992, bem como na imposição das
sanções previstas nos arts. 58, inciso IV, e 60 da Lei 8.443/1992.
[ACÓRDÃO]
9.3. dar ciência à Universidade Federal de Pelotas que as recomendações
expedidas por este Tribunal almejam o aprimoramento da gestão pública
e perseguem a consecução dos princípios ditados pelo art. 37 da
Constituição Federal, razão pela qual, embora não tenham caráter
cogente, devem ser implementadas pelo gestor, salvo sejam apresentadas
as devidas justificativas;
(Acórdão 588/2019 – Plenário)
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Erivan Pereira de Franca
Parte 1
Considerações iniciais
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Erivan Pereira de Franca
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
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Erivan Pereira de Franca
[...]
Art. 186. Aplicam-se as disposições desta Lei subsidiariamente à Lei nº
8.987, de 13 de fevereiro de 1995, à Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de
2004, e à Lei nº 12.232, de 29 de abril de 2010.
Dispositivo que pode suscitar controvérsia é o art. 3º, inc. II, que
excepciona as “contratações sujeitas a normas previstas em legislação própria”.
Não há na nova Lei disposição semelhante ao § 3º do art. 62 da Lei 8.666/93, que
determina a aplicação das chamadas “cláusulas exorbitantes” aos contratos regidos
“por norma de direito privado” de que seja parte a Administração.
Há quem defenda, como o faz Marçal Justen Filho, a não incidência da Lei
14.133/2021, em tais situações, ressalvada a disciplina quanto ao dever de
planejar as contratações adequadamente:
DOUTRINA
A participação de sujeito integrante da Administração Pública nesses
contratos [de direito privado] não acarreta a incidência das normas de
direito público previstas na Lei 14.133/2021.
Tais contratos não comportam que a Administração Pública exerça as
prerrogativas atribuídas pelo regime de direito público.
[...]
A Ausência de submissão de tais contratos ao regime próprio dos contratos
administrativos não implica a ausência de sua submissão às normas
pertinentes às atividades preparatórias e, quando for o caso, à licitação.
A atividade administrativa pré-contratual deve ser norteada pelas
exigências de planejamento. Não é afastado o dever de a Administração
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Parte 2
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IN 05/2017
ANEXO I – DEFINIÇÕES
XVIII - PROJETO BÁSICO OU TERMO DE REFERÊNCIA: documento que
deverá conter os elementos técnicos capazes de propiciar a avaliação do
custo, pela Administração, com a contratação e os elementos técnicos
necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para
caracterizar o serviço a ser contratado e orientar a execução e a
fiscalização contratual.
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Erivan Pereira de Franca
IN SGD/ME 01/2019
Art. 19. O Modelo de Gestão do Contrato, definido a partir do Modelo de
Execução do Contrato, deverá contemplar as condições para gestão e
fiscalização do contrato de fornecimento da solução de TIC, observando:
I - fixação dos critérios de aceitação dos serviços prestados ou bens
fornecidos, abrangendo métricas, indicadores e níveis mínimos de serviços
com os valores aceitáveis para os principais elementos que compõe a
solução de TIC;
II - procedimentos de teste e inspeção, para fins de elaboração dos
Termos de Recebimento Provisório e Definitivo, conforme disposto no art.
73 da Lei nº 8.666, de 1993, abrangendo:
a) metodologia, formas de avaliação da qualidade e adequação da solução
de TIC às especificações funcionais e tecnológicas, observando:
1. definição de mecanismos de inspeção e avaliação da solução, a exemplo
de inspeção por amostragem ou total do fornecimento de bens ou da
prestação de serviços;
2. adoção de ferramentas, computacionais ou não, para implantação e
acompanhamento dos indicadores estabelecidos;
3. origem e formas de obtenção das informações necessárias à gestão e à
fiscalização do contrato;
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Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.1. Recomendar à UFPR, com fundamento no art. 43, inciso I da Lei
8.443/1992, c/c o art. 250, inciso III do Regimento Interno do TCU, que
avalie a conveniência e a oportunidade de adotar os seguintes
procedimentos, com vistas à melhoria do sistema de controle interno da
organização:
[...]
9.1.9. inclua, em seu processo formal de trabalho para planejamento de
cada uma das aquisições, no mínimo, os seguintes controles internos:
a) realização de estudos técnicos preliminares;
b) na elaboração do termo de referência ou projeto básico, incluir no
modelo de gestão do contrato, listas de verificação para os aceites
provisório e definitivo, de modo que os atores da fiscalização tenham um
referencial claro para atuar na fase de gestão do contrato e as inclua em
cada processo de contratação;
(Acórdão 2345/2016 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.2 recomendar [...] que:
[...]
9.1.37. no seu modelo de processo de aquisições para a contratação de
bens e serviços e na gestão dos contratos decorrentes que vierem a ser
elaborados, inclua os seguintes controles internos na etapa de
planejamento da contratação:
[...]
9.1.37.3. avaliar os riscos de descumprimento pela contratada das
obrigações trabalhistas, previdenciárias e com o FGTS para determinar a
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Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.2 determinar [...] que:
9.2.7. em atenção ao Decreto-lei 200/1967, art. 14, nas contratações que
vierem a substituir os Contratos 33/2010 (processo 025.991/2008 - Limpeza
externa); 53/2009 (Processo 25.992/2008-41 - limpeza áreas internas) e
2/2013 (processo 017.419/2011 - vigilância), bem como do processo
021.205/2014 - nova licitação para contratação de serviços de limpeza,
asseio e conservação para áreas internas, inclua, nos estudos técnicos
preliminares da contratação, a avaliação do custo/benefício do modelo de
fiscalização administrativa que será utilizado, considerando, além da conta
vinculada, outras possibilidades como a aplicação dos controles previstos
no Acórdão 1.214/2013-Plenário (combinação de controles mais rígidos na
seleção do fornecedor - e.g., itens 9.1.10, 9.1.12 e 9.1.13 - com controles
mais eficientes na fiscalização - e.g., itens 9.1.2, 9.1.3, 9.1.4, 9.1.5.6, 9.1.6.6,
9.1.7, 9.1.8 e 9.1.9) e a possibilidade de contratação de empresa
especializada para apoiar a avaliação do cumprimento, pelas contratadas,
das obrigações trabalhistas, previdenciárias e para com o FGTS;
(Acórdão 1679/2015 – Plenário)
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Erivan Pereira de Franca
[...]
III - fiscalizar-lhes a execução;
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
31. Com efeito, o art. 67 da Lei nº 8.666/93 dispõe que a execução do
contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da
Administração especialmente designado, o qual, de acordo com o art. 6º
do Decreto Federal nº 2.271/97, deverá proceder ao registro das
ocorrências, "adotando as providências necessárias ao seu fiel
cumprimento, tendo por parâmetro os resultados previstos no contrato". O
fiscal tem, pois, a incumbência de exigir o fiel cumprimento das cláusulas
contratuais, devendo propor à autoridade competente a aplicação de
sanções por irregularidades identificadas na execução do contrato.
32. Não se pode ignorar que a prerrogativa conferida à Administração de
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Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.3 alertar [...] que:
[...]
9.3.2 na gestão de recursos públicos federais, mister se faz fiscalizar os
contratos administrativos celebrados com atenção ao art. 58, inciso III, ao
art. 67, caput e § 1º, e ao art. 69 da Lei nº 8.666/93, de forma que
representante da Administração anote em registro próprio todas as
ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que
for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados, bem como
exigir a reparação, correção, remoção, reconstrução ou substituição, às
expensas do contratado, no total ou em parte, do objeto do contrato em
que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução
ou de materiais empregados;
(Acórdão 1694/2010 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
9. A propósito, vale registrar que a prerrogativa conferida à Administração
de fiscalizar a implementação da avença deve ser interpretada também
como uma obrigação. Por isso, fala-se em um poder-dever, porquanto, em
deferência ao princípio do interesse público, não pode a Administração
esperar o término do contrato para verificar se o objeto fora de fato
concluído conforme o programado [...]
(Acórdão 1632/2009 – Plenário)
ORIENTAÇÃO DO TCU
Licitações e Contratos: Orientações e Jurisprudência do TCU
É dever da Administração acompanhar e fiscalizar o contrato para verificar
o cumprimento das disposições contratuais, técnicas e administrativas, em
todos os seus aspectos, consoante o disposto no art. 67 da Lei nº
8.666/1993. Acompanhamento e fiscalização de contrato são medidas
poderosas colocadas à disposição do gestor na defesa do interesse público.
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Erivan Pereira de Franca
DOUTRINA
No âmbito dos contratos administrativos, a Administração terá não apenas
o direito, mas igualmente o dever de acompanhar a perfeita execução do
contrato. Fala-se, assim, em poder-dever da Administração de promover a
devida fiscalização da execução do contrato.
Em decorrência da supremacia do interesse público, não pode a
Administração assumir posição passiva e aguardar que o contratado
cumpra todas as suas obrigações contratuais. (...) Durante a própria
execução do contrato deverá ser verificado se o contratado está cumprindo
todas as etapas e fases do contrato. Essa forma de agir preventiva apenas
benefícios traz para a Administração.
(Lucas Rocha Furtado)
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Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
O fiscal de contrato não exerce as suas atribuições por delegação de
competência dada pelo gestor, elas são exercidas por força do próprio
cargo que ocupa ou em razão de contrato firmado para essa finalidade. Na
hipótese de haver fiscal devidamente capacitado, a responsabilização do
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Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
12. Registro que a entidade pública pode se resguardar de possíveis
responsabilidades, relativamente às obrigações trabalhistas, por meio de
uma eficiente fiscalização do contrato. Podem-se condicionar os
pagamentos mensais às comprovações da efetiva realização dos dispêndios
concernentes aos salários e às obrigações trabalhistas do mês anterior. Tal
procedimento, ao tempo que resguarda a entidade pública, não
compromete o certame licitatório com exigências não amparadas pela Lei
8.666/93.
[ACÓRDÃO]
9.3.4. fiscalize a execução dos contratos de prestação de serviços, em
especial no que diz respeito à obrigatoriedade de a contratada arcar com
todas as despesas decorrentes de obrigações trabalhistas relativas a seus
empregados, de modo a evitar a responsabilização subsidiária da entidade
pública;
(Acórdão 112/2007 – Plenário)
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Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
45. Outro aspecto relevante destes autos refere-se à execução dos serviços.
Para esclarecer o que havia sido feito e como se deu o acompanhamento
dessa execução, entre outros aspectos, foi feita diligência ao INSS. O atesto
dado pelo Sr.[...] na fatura apresentada pela FUB e que serviu para
fundamentar o pagamento da parcela de R$ 693.000,00 apresentou duas
graves irregularidades. A primeira refere-se à ausência de designação
formal, conforme exigido pelo art. 67 da Lei nº 8.666/93, para que atuasse
como representante da administração em tal função. A segunda diz
respeito ao fato de atestar a execução de serviços que não teve o cuidado
de checar se foram efetivamente prestados. [...]
46. O Sr. [...] foi negligente ao atestar a prestação de serviços sem o
cuidado de verificar a correta execução. [...]
47. Verifica-se do texto da Lei nº 8.666/93 (art. 67) que o dever atribuído
ao representante da administração para o acompanhamento e
fiscalização da execução do contrato não deixa margem a que possa esse
representante sucumbir a pressões. É dele a responsabilidade pelo fiel
cumprimento de cláusulas contratuais, cabendo-lhe, inclusive, adotar
providências no sentido da correção de falhas observadas. Portanto, não
cabe acolher o argumento de indução ao erro. Se assim aconteceu, o Sr.
Charles Ariel contribuiu para o resultado verificado.
48. Quanto à sua carência de conhecimento técnico para avaliar as
prestações de contas, conforme alegado, cabe ressaltar que seria mais uma
razão para que não pudesse desempenhar essa função.
[ACÓRDÃO]
9.3. rejeitar as razões de justificativa apresentadas pelos Srs [...], ex-
Coordenador-Geral de Apoio à Diretoria Colegiada do INSS;
[...]
9.5. aplicar [...] individualmente, a multa prevista no art. 58, inciso II, da Lei
nº 8.443/92 [...].
(Acórdão 994/2006 – Plenário)
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existente prevê dois níveis de hierárquicos, para que haja um controle dos
atos praticados pelo fiscal.
[VOTO]
3. Ao final da fiscalização, a equipe de auditoria identificou os seguintes
indícios de irregularidade: i) ausência de formalização tempestiva de aditivo
contratual para correção de quantitativo de escavação [...].
(Acórdão 2112/2016 – Plenário)
40
Erivan Pereira de Franca
DOUTRINA
Igualmente relevante observar que a figura do fiscal do contrato não deve
ser confundida com a do gestor do contrato.
Não obstante a não segregação dessas duas atribuições não possa ser
considerada ilegal, ela deve ser evitada. Ao fiscal do contrato do contrato,
como observado, cumpre verificar a correta execução do objeto da avença,
de modo a legitimar a liquidação dos pagamentos devidos ao contratado,
ou, conforme o caso, para orientar as autoridades competentes acerca da
necessidade de serem aplicadas sanções ou de rescisão contratual. O gestor
do contrato, a seu turno, é aquele a quem incumbe tratar com o
contratado. Ou seja, o gestor do contrato tema função de conversar com o
contratado, de exigir que este último cumpra o que foi pactuado, de sugerir
eventuais modificações contratuais.
É recomendável, todavia, que as funções de fiscalização e de gestão de
contratos sejam executadas por pessoas distintas, de modo a realizar o
princípio da segregação das funções.
(Lucas Rocha Furtado)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
26. A razão para tal condenação foi a seguinte: “Sr. [...], à época
engenheiro executor do contrato e responsável pela fiscalização do
mesmo, por certificar que o serviço [...] foi executado pela Construtora
Gautama Ltda. de acordo com as condições contratuais e por declarar na
nota fiscal 465/2002 da mesma empresa que o serviço foi prestado, embora
a execução do serviço não tenha sido comprovada, descumprindo o art. 40,
§ 3°, da Lei n. 8.666/93 c/c os arts. 62 e 63 do Decreto n. 4.320/1964”
(trecho do relatório que fundamentou o acórdão 7.778/2015-2ª Câmara).
41
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
25. A segregação de funções é princípio básico de controle interno que
consiste na separação de atribuições ou responsabilidades entre
diferentes pessoas, especialmente as funções ou atividades-chave de
formalização, autorização, execução, atesto/aprovação, registro e revisão,
facultando a revisão por setores diferentes nas várias etapas do processo
e impedindo que a mesma pessoa seja responsável por mais de uma
atividade sensível ao mesmo tempo, sem o devido controle.
26. Nesse sentido, a Lei 10.520/2002, o Decreto 5.450/2005 e a atual IN-
SLTI/MPOG 4/2014, que dispõe sobre o processo de contratação de
soluções de TI pelos órgãos do Poder Executivo Federal, caso da licitação
sob exame, estabelecem claramente as atribuições e responsabilidades de
cada agente envolvido nas diversas fases do processo de contratação, que
devem passar a ser melhor observadas pelos gestores do IFMS.
[ACÓRDÃO]
9.3. com fulcro no art. 7º da Resolução-TCU 265/2014, dar ciência ao
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso do Sul
sobre a seguinte falha, para que sejam adotadas medidas internas com
vistas à prevenção de ocorrência de outras semelhantes:
9.3.1. acúmulo de tarefas a cargo da Coordenação de Compras e Contratos
no âmbito do pregão eletrônico SRP 17/2014, dificultando a ocorrência de
controle segregado, em afronta ao princípio da segregação de funções e
às atribuições legais e regulamentares dos agentes envolvidos no processo
de contratação, nos termos da Lei 8.666/1993, da Lei 10.520/2002, do
Decreto 5.450/2005 e da atual IN-SLTI/MPOG 4/2014, no caso de soluções
de tecnologia da informação;
(Acórdão 2829/2015 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.8. dar ciência [...] que foram constatadas as seguintes irregularidades:
[...]
9.8.5. ilicitude do exercício, por uma mesma pessoa, das atribuições de
pregoeiro e de fiscal do contrato celebrado, o que ocorreu no processo da
42
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.2.6. implemente políticas e procedimentos formalizados que estabeleçam
a separação entre funções e atividades consideradas incompatíveis,
atentando também para que os servidores responsáveis pela realização da
despesa ou pela solicitação da aquisição/prestação de serviços, não
participem como membros de comissões instituídas para licitar, inclusive
pregoeiro e equipe de apoio e como responsáveis pelo recebimento e
atesto de bens e serviços ou de inventários físicos, em obediência ao
princípio da segregação de funções;
(Acórdão 1543/2013 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.10. dar ciência [...] de que foram detectadas as impropriedades e
irregularidades a seguir listadas (...):
9.10.9. designação de mesmos servidores para desempenho de
atribuições em diversas fases e procedimentos de um mesmo processo de
licitação e contratação, a exemplo da elaboração do edital (e do
orçamento, termo de referência, anexos etc.), da participação na
comissão de licitação, da fiscalização do contrato advindo e do pagamento
dos serviços contratados, incorrendo em descumprimento do princípio da
segregação de funções;
(Acórdão 1093/2015 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[RELATÓRIO]
Configura-se ausência de segregação de funções o acúmulo de ações
sensíveis por esses integrantes da Administração Pública que atuaram não
só durante a fase interna do procedimento licitatório, mas também na fase
externa, como por exemplo na fiscalização dos serviços prestados por
empresas por eles indicadas.
[VOTO]
8. Com efeito, ao compulsar diversos certames conduzidos pelo [...],
relacionados no relatório antecedente, é possível constatar que os
procedimentos foram centrados em determinados servidores, expondo a
Administração Pública aos riscos inerentes à não observância do princípio
da segregação de funções.
9. Nesse sentido cito, a título exemplificativo, o acontecido na [...], onde o
Coordenador do Serviços de Segurança acumulou as seguintes funções: a)
iniciou procedimentos para a contratação de serviços de segurança; b)
indicou as empresas que seriam consultadas para a formação de preços de
43
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
A execução de contrato deve ser acompanhada por servidor
especialmente designado para tanto, não cabendo a designação de
membros da comissão de licitação para o desempenho da atividade.
Acórdão
9.11. alertar a UFPB, na forma da Portaria/Segecex nº 9, de 31/03/2010,
quanto às seguintes impropriedades constatadas, cuja reincidência
injustificada poderá ensejar a imposição de sanções aos responsáveis em
futuras ações de controle a serem empreendidas por esta Corte de Contas:
[...]
9.11.17. não-indicação de representante da Administração para
acompanhar a execução dos contratos celebrados pela UFPB, inclusive
aqueles decorrentes das parcerias reguladas pela Lei nº 8958/94, conforme
registro da CGU/PB nos subitens 4.2.1.1, 7.3.1.1 e 7.3.2.1 do Relatório de
Auditoria nº 175134, em afronta o disposto no art. 67 da Lei nº 8.666/93;
(Acórdão 2146/2011 – Segunda Câmara)
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JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.1.3. adote providências no sentido de nomear servidor para atuar na
condição de fiscal de contrato, tanto nas atuais avenças que estejam em
vigência, quanto em futuras contratações, em atendimento ao disposto no
art. 67 da Lei de Licitações;
(Acórdão 1543/2013 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.1. [...] recomendar ao Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Paraná que:
9.1.1. providencie portaria de designação específica para fiscalização de
cada contrato [...] e que constem claramente as atribuições e
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Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
Deve ser designado representante da administração para acompanhar a
execução de cada contrato firmado.
Voto
12. Relativamente à inexistência de atos formais de designação de fiscais
para os contratos da UFPR, entendo que a ocorrência é também de
natureza meramente formal, uma vez que não se admite que os contratos
da entidade não disponham de responsáveis pela sua execução e
acompanhamento, nem isso é afirmado explicitamente. A Lei 8.666/1993
fala em representante da administração "especialmente designado",
entendendo-se que, de fato, deva existir alguma indicação formal do
servidor incumbido da fiscalização. Penso, porém, que a designação
genérica, contida, por exemplo, na discriminação das competências das
diversas unidades, já supre, ao menos parcialmente, essa exigência.
(Acórdão 1534/2009 – Primeira Câmara)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
(...) outro aspecto que chamou a atenção foi a exigência de nomeação de
servidor responsável pela fiscalização dos contratos, violando, assim, o art.
67 da Lei 8.666/93. A esse respeito, [...] a melhor compreensão do aludido
dispositivo é no sentido de que pode ser designado um determinado
servidor, uma comissão, ou até mesmo o chefe de um setor específico
[...], neste caso, sem a necessidade de personificar esse ou aquele
servidor.
Outro aspecto que deve ser considerado é que a nomeação poderá ser
realizada por simples despacho da autoridade administrativa no próprio
processo de aquisição/pagamento, sem a necessidade de portarias.
(Acórdão 792/2008 – Segunda Câmara)
49
Erivan Pereira de Franca
a contratação de terceiros para auxiliar o fiscal, mas não para atuar como
tal.
Voto
16.Os Srs. [ex-presidente e ex-diretor], respectivamente, ex-presidente e
ex-diretor de Administração e Finanças do Inmetro, em suas razões de
justificativa, argumentaram que não houve qualquer autorização para a
prática de atos decisórios por parte do fiscal Sr. [fiscal], empregado de
empresa terceirizada. Acrescentaram que ele estava subordinado ao gestor
do contrato, Sr. [gestor do contrato], chefe da divisão de Engenharia do
Inmetro (Dieng) .
17.Adicionaram que, desde dezembro de 2004, teria sido observado que
"inúmeros profissionais terceirizados, nas mais diversas diretorias, inclusive
na auditoria interna, laboravam como fiscais de contratos, com a devida
chancela da Procuradoria-Federal junto o Inmetro, não só pela carência de
servidores, como pelo expresso permissivo legal à realização de tais funções
com terceiros".
18.Defenderam, ainda, que não há comprovação de eventual nexo de
causalidade entre a irregularidade verificada e o fato de que o fiscal era um
empregado de empresa terceirizada.
19.Entretanto, os Srs. [ex-presidente e ex-diretor] deveriam ter nomeado
servidor do quadro da autarquia para realizar a fiscalização, o qual poderia
ter sido auxiliado por empregado de empresa terceirizada, a teor do art. 67
da Lei 8.666/1993. A nomeação de agentes de empresa terceirizada para
exercer fiscalização contratual representa irregularidade, conforme já
apontado em diversos julgados do Tribunal, podendo ser mencionado,
como exemplo, o acórdão 690/2005-TCU-Plenário.
20.Com efeito, conforme apontado pela unidade instrutiva, a nomeação do
Sr. [fiscal] infringiu o art. 9º, III, "d", da então vigente IN 2/2008, da
Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, bem como o já mencionado art. 67 da
lei 8.666/1993.
21.Desse modo, acompanho a proposta da unidade instrutiva, acatada pelo
MP/TCU, no sentido de que devem ser rejeitadas as justificativas
apresentadas pelos Srs. [ex-presidente e ex-diretor], julgando irregulares
suas contas e aplicando-lhes a multa do art. 58, I, da Lei 8.443/1992.
[ACÓRDÃO]
9.1. rejeitar as razões de justificativa dos Srs. [ex-presidente e ex-diretor];
[...]
9.13. dar ciência ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia (Inmetro) sobre a falha referente à nomeação de empregado de
empresa terceirizada para a fiscalização do contrato 63/2009, em
infringência ao que dispõe o art. 67 da Lei 8.666/1993, para que sejam
adotadas medidas internas com vistas à prevenção de ocorrência de outras
semelhantes;
(Acórdão 124/2020 – Plenário)
50
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[RELATÓRIO]
3.3 - Ausência de nomeação de fiscal de contrato
3.3.1 - Situação encontrada:
Na análise da documentação de comprovação dos gastos disponibilizada,
não foram identificados relatórios, atestos ou anotações de fiscais de
contratos que indicassem o acompanhamento dos contratos firmados, e
custeados com verbas federais repassadas ao Município.
Em resposta ao Ofício nº 001-Fiscalis 96/2013, a Prefeitura de Jequiá da
Praia informou que não foram nomeados Fiscais de contratos para
acompanharem a execução dos contratos firmados pela Secretaria de
Educação do Município (evidencia - Resposta ao Ofício nº 001-Fiscalis
96/2013) e custeados com verbas federais.
[VOTO]
21. Quanto à ausência de designação de fiscal para os contratos
custeados com recursos federais destinados aos gastos com educação,
irregularidade atribuída ao prefeito e ao secretário municipal de educação e
cultura, os responsáveis lograram comprovar que a fiscalização ocorreu, de
fato, não obstante a ausência de designação formal dos respectivos fiscais.
[ACÓRDÃO]
9.3 dar ciência à Prefeitura Municipal de Jequiá da Praia/AL das seguintes
impropriedades:
[...]
9.3.10 a ausência de designação formal de fiscal para os contratos
custeados com recursos federais repassados ao Município de Jequiá da
Praia/AL, identificada nos contratos concernentes aos Pregões Presenciais
06/2010 e 03/2012, contraria o disposto no artigo 67 da Lei 8.666/1993;
(Acórdão 181/2015 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.20. dar ciência à Furnas Centrais Elétricas S.A. quanto às seguinte falhas:
9.20.1. à necessidade da substituição de fiscais e auxiliares de fiscalização
dos contratos que estejam na situação de terceirizados ou outra análoga,
não efetiva, por servidores do quadro de pessoal de Furnas e que não
tenham participação direta ou indireta com a licitação que originou o
contrato a ser fiscalizado, de forma a atender ao princípio de controle de
segregação de funções e permitindo o aprimoramento do controle interno;
(Acórdão 100/2013 – Plenário)
51
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.2. determinar [...] que adote providências, inclusive no que concerne ao
estabelecimento de rotinas de trabalho adequadas, no sentido de evitar a
repetição das seguintes falhas:
[...]
9.2.3. ausência de designação formal de servidor para exercer a função de
fiscal de contrato, a fim de acompanhar e fiscalizar a avença, pois tal
conduta caracteriza infração ao que estabelece o art. 67 da Lei nº
8.666/1993;
(Acórdão 1867/2013 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
4.1.3. pela ausência de designação formal de fiscal para os contratos de
limpeza, vigilância, prestação de serviços por terceirizados, compra de
passagens, confecção de chaves e carimbos, fotocópias, serviços de
engenharia, abastecimento de água, fornecimento de energia, combustíveis
e telefonia, em descumprimento ao art. 67 da Lei nº 8.666, de 1993; [...]
Contas julgadas irregulares com aplicação de multa;
(Acórdão 6780/2011 – Segunda Câmara)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
12. Relativamente à inexistência de atos formais de designação de fiscais
para os contratos da UFPR, entendo que a ocorrência é também de
natureza meramente formal, uma vez que não se admite que os contratos
da entidade não disponham de responsáveis pela sua execução e
acompanhamento, nem isso é afirmado explicitamente. A Lei 8.666/1993
fala em representante da administração "especialmente designado",
entendendo-se que, de fato, deva existir alguma indicação formal do
servidor incumbido da fiscalização. Penso, porém, que a designação
genérica, contida, por exemplo, na discriminação das competências das
diversas unidades, já supre, ao menos parcialmente, essa exigência.
13. De todo modo, vejo que tanto o Controle Interno como a unidade
técnica deste Tribunal concordam em que os contratos de terceirizados são
fiscalizados a contento, [...]
[ACÓRDÃO]
9.3. determinar à Universidade Federal do Paraná que:
[...]
9.3.2. proceda, caso já não o faça dessa forma, à designação do
representante da administração para cada contrato de interesse da
Universidade, dando cabal cumprimento ao contido no art. 67 da Lei
8.666/1993;
(Acórdão 1534/2009 – Primeira Câmara)
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LEI 8.112/90
Art. 116. São deveres do servidor: (...)
IV – cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais.
LEI 5.194/66
Art. 7º As atividades e atribuições profissionais do engenheiro (...)
consistem em: (...)
e) fiscalização de obras e serviços técnicos;
[...]
Art. 8º As atividades e atribuições enunciadas nas alíneas “a”, (...) “e” e “f”
do artigo anterior são da competência de pessoas físicas, para tanto
legalmente habilitadas.
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
O fiscal de contrato designado, caso entenda não possuir conhecimento
técnico para exercer suas competências, deve alegar o fato ao seu
superior em tempo hábil, para adoção das medidas pertinentes, sob risco
de vir a responder por eventual prejuízo causado ao erário (art. 67, § 2⁰,
da Lei 8.666/1993).
Voto
6.O fiscal do contrato, [omissis 2], foi chamado em audiência por diversas
irregularidades decorrentes de omissão da Comissão de Fiscalização em
acompanhar adequadamente a obra. Em síntese:
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JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
Parentes ou cônjuges de proprietários ou sócios de entidades contratadas
não devem ser designados como responsáveis pela fiscalização, gestão, ou
qualquer função que envolva o controle da execução do respectivo
contrato.
Acórdão
9.3. determinar à Superintendência Regional do INCRA no Estado do Amapá
que:
[...]
9.3.6. não designe parentes ou cônjuges de proprietários ou sócios de
entidades contratadas como responsáveis pela fiscalização, gestão, ou
qualquer função que envolva o controle da execução do respectivo
contrato;
(Acórdão 1885/2009 – Plenário)
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Já o recebimento definitivo será feito pelo gestor do contrato (art. 50, II).
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Como regra geral, no âmbito das contratações públicas regidas pela Lei
8.666/93, compete ao gestor público o ônus de provar a correta aplicação da
lei [não há dispositivo correspondente na Lei 14.133/2021].
LEI 8.666/93
Art. 113. O controle das despesas decorrentes dos contratos e demais
instrumentos regidos por esta Lei será feito pelo Tribunal de Contas
competente, na forma da legislação pertinente, ficando os órgãos
interessados da Administração responsáveis pela demonstração da
legalidade e regularidade da despesa e execução, nos termos da
Constituição e sem prejuízo do sistema de controle interno nela previsto.
[...]
§ 2º Os Tribunais de Contas e os órgãos integrantes do sistema de controle
interno poderão solicitar para exame, até o dia útil imediatamente anterior
à data de recebimento das propostas, cópia de edital de licitação já
publicado, obrigando-se os órgãos ou entidades da Administração
interessada à adoção de medidas corretivas pertinentes que, em função
desse exame, lhes forem determinadas.
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
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JURISPRUDÊNCIA DO TCU
17. Já os demais responsáveis devem ter suas contas julgadas irregulares,
com imputação de débito e aplicação de multa (vide tabelas com valores
originais e datas de ocorrência no relatório precedente).
18. Com relação à responsabilidade da Sra. [...], a unidade técnica
pertinentemente ressaltou que a alegação de que atuou apenas como
habilitadora de benefício não afasta a responsabilidade da ex-servidora. A
habilitação constitui processo necessário e anterior à concessão e, in casu,
possibilitou o pagamento de benefícios irregulares que trouxeram prejuízo
ao erário. A situação ainda se agrava diante do fato de que as habilitações
eram efetuadas sem a presença de documentos dos requerentes, ainda que
a pedido do superior hierárquico da responsável.
19. Vale relembrar, por oportuno, que a condenação em débito independe
da ocorrência de conduta dolosa ou de locupletamento, bastando, para
tanto, a constatação de conduta culposa (stricto sensu) dos responsáveis
pela irregularidade que ocasionou o dano. Assim, o argumento de que não
agiu com dolo não merece prosperar.
[ACÓRDÃO]
9.4 [...], julgar irregulares as contas da Sra. [...];
9.5 condenar os responsáveis citados no subitem acima ao pagamento das
quantias a seguir especificadas, com a fixação do prazo de quinze dias, a
contar da notificação, para comprovar, perante o TCU (art. 214, inciso III,
alínea "a", do Regimento Interno), o recolhimento da dívida aos cofres do
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, atualizada monetariamente e
acrescida dos juros de mora, calculados a partir das datas discriminadas, até
a data do recolhimento, na forma prevista na legislação em vigor, em
decorrência da concessão irregular de aposentadorias por tempo de
serviço, ocasionando prejuízo aos cofres públicos:
(Acórdão 2367/2015 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
9. Com relação à terceira ponderação, lembro que não é necessário que
haja enriquecimento ilícito, má-fé ou ação dolosa do agente para fins de
responsabilização perante o TCU. A responsabilidade dos gestores em face
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Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
24. Concluo repisando que a responsabilização perante esta Corte de
Contas é de natureza subjetiva e que o dever de reparar um prejuízo
causado ao Erário independe da intenção do agente que praticou o ato
irregular, bastando, sob o exame da conduta, que tenha atuado com culpa
stricto sensu.
[...]
[ACÓRDÃO]
9.1. conhecer dos recursos interpostos por [omissis] para, no mérito, dar-
lhes provimento, tornando insubsistentes os subitens 9.5 e 9.8 do Acórdão
1.424/2014-TCU-Plenário;
9.2. conhecer dos recursos interpostos pelas empresas [omissis] e [omissis]
para, no mérito, negar- lhes provimento;
(Acórdão 2067/2015 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
11. Como é sabido, no TCU, para a responsabilização e penalização do
gestor é prescindível a presença do dolo. Restando comprovado que o
responsável agiu com imperícia e negligência, e, portanto, com culpa,
mesmo que cabível questionamento sobre a ocorrência do dolo, o Tribunal
pode reprovar suas contas e condená-lo ao ressarcimento do débito e a
pagamento de multa.
[...]
15. Nestes autos, o recorrente tenta fazer crer que a manifestação do STJ,
na referida ação penal, ilide sua responsabilidade perante o TCU. Trata-se
de um raciocínio falho, porquanto baseado em uma construção dedutiva na
qual há flagrante ausência de premissas capitais para a validade da
conclusão.
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Erivan Pereira de Franca
16. A ausência de dolo pode até ser uma condição necessária para a não
responsabilização perante o TCU, mas certamente não é suficiente.
17. Ora, ainda que se afaste o dolo, a responsabilização ainda é possível,
se persistirem o dano e ao menos a denotação de culpa ou a falta da boa-
fé objetiva. Ou seja, as condições necessárias e suficientes ideais para uma
eventual não responsabilização constituem-se na ausência simultânea do
dolo, da culpa e do dano. É esta ilação que se depreende das citadas
palavras do atual Ministro-Presidente desta Corte, bem como do § 2º do
art. 12 da Lei 8.443/1992.
[...]
20. Por conseguinte, na gerência de contratos, se a falta de cuidado ou a
deficiência do gestor deu causa à concessão de vantagens indevidas, isto é
suficiente para condená-lo.
21. Cumpre enfatizar que a eventualidade de que o gestor tenha atuado
com base em parecer técnico, como consta da ementa do julgamento do
STJ, pode afastar-lhe o dolo, requerido no crime, mas não lhe retira a culpa,
nem lhe confere boa-fé objetiva.
22. Do contrário, vai-se criar uma perigosa situação de vazio de
responsabilidade, em que o gestor culpa o parecerista e este, que não é
gestor, se desculpa por ser mero opinante.
23. Inclusive, há que se ressaltar que, no presente caso, a decisão do STJ
não tem eficácia sobre a prova produzida no TCU, pois ela não negou os
fatos nem a autoria, mas tão somente deu uma valoração diferente à
conduta, o que é mais uma razão para que não se conheça do recurso.
(Acórdão 1253/2011 – Plenário)
70
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
Já com relação à alegação de não configuração de conduta dolosa ou de
má fé, tal questão já foi pacificada pela jurisprudência do Tribunal no
sentido da responsabilidade subjetiva dos jurisdicionados perante o TCU,
mediante presença de culpa em sentido estrito, sendo desnecessária a
caracterização de conduta dolosa ou de má-fé do gestor para que seja
compelido a ressarcir o erário pelos prejuízos que for responsável (Ac.
4.485/2020-1ª Câmara, Rel. Benjamin Zymler; Ac. 827/2019-2ª Câmara, Rel.
Ana Arraes; Ac. 6.943/2015-1ª Câmara, Rel. Bruno Dantas) .
(Acórdão 2037/2022 – Segunda Câmara)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
O fiscal de contrato, especialmente designado para o acompanhamento
da obra, pode ser responsabilizado quando se omite na adoção de
medidas necessárias à manutenção do ritmo de execução normal do
empreendimento.
Auditoria realizada na Secretaria Municipal de Saúde de São Luís/MA
(Semus), no Fundo Nacional de Saúde (FNS/MS), e na Caixa Econômica
Federal (Caixa), no período de 30/5/2016 a 8/7/2016, cujo objetivo foi
fiscalizar as obras de construção da Maternidade de Alto Risco da Cidade
Operária, localizada em São Luís/MA, verificou que, em junho de 2016, a
etapa de fundações ainda não havia sido finalizada, embora o prazo
contratual para conclusão desses serviços fosse setembro de 2014.
Questionada acerca da irregularidade, a Semus informou que as obras
estiveram paralisadas de outubro de 2015 a junho de 2016 porque a Caixa
havia repassado somente R$ 3.144.000,00 dos R$ 24.000.000,00 previstos
para a conclusão das obras. A Caixa e o Ministério da Saúde, por sua vez,
afirmaram que a liberação dos recursos dependia de solicitação da Semus
e, decorridos dois anos da ordem de início dos serviços, houve um único
pedido de vistoria encaminhado à Caixa, em 18/8/2015, no valor de R$
3.274.789,89. Durante os dez primeiros meses de vigência do contrato, a
fiscalização do empreendimento ficou sob a responsabilidade de servidor
especialmente designado. A partir de abril de 2015, uma comissão de
fiscalização do contrato foi constituída em substituição àquele. Diante do
atraso, foram ouvidos em audiência o primeiro fiscal da obra e os membros
da comissão de fiscalização. Ao analisar a defesa dos responsáveis, o relator
71
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
O fiscal do contrato tem o dever de conhecer os limites e as regras para
alterações contratuais definidos na Lei de Licitações, e, por conseguinte, a
obrigação de notificar seus superiores sobre a necessidade de realizar o
devido aditivo contratual, evitando a atestação da execução de itens não
previstos no ajuste, sob pena de ser-lhe aplicada a multa do art. 58, inciso
II, da Lei 8.443/92.
Em Auditoria [...] foram apontados indícios de irregularidades na conduta
do fiscal do contrato destinado à execução das obras. Realizada a audiência
do responsável, o relator considerou não elidida a irregularidade relativa ao
“pagamento por serviços não previstos no Contrato (...) sem o necessário
aditivo contratual, em dissonância com o disposto no art. 60 da Lei
8.666/1993”. Para o relator, embora a falha seja observada
frequentemente na execução dos contratos de repasse relacionados a
obras em estabelecimentos penitenciários, “o caso em tela denota uma
72
Erivan Pereira de Franca
alteração de objeto tão expressiva em relação ao que foi licitado, que não
poderia ter sido admitida pelo fiscal do contrato”. Acrescentou que, no caso
em exame, 61,3% do valor total acumulado dos boletins de medição
equivaleram a itens não previstos no contrato, sendo evidente a
responsabilidade do fiscal, o qual teria atestado os boletins sem autorização
superior para a execução dos novos itens. Ademais, “a inclusão desses itens
deu-se por meio de uma espécie de re-ratificação do contrato feita
diretamente nos boletins de medição, sem a formalização do necessário
termo aditivo”. Nesse sentido, destacou o relator que “o senso de diligência
exigível a um engenheiro fiscal de contrato, aqui considerado sob o conceito
de homo medius, impor-lhe-ia o dever de conhecimento dos limites e regras
para alterações contratuais definidos no Estatuto de Licitações, e, por
conseguinte, a obrigação de notificar seus superiores sobre a necessidade
de realizar o necessário aditivo contratual, em respeito à exigência
estabelecida no caput do art. 60 da Lei 8.666/93”. Ainda sobre a conduta do
fiscal, ressaltou que a gravidade do procedimento adotado, de apenas
anotar a alteração diretamente nos boletins de medição, “foi ampliada em
virtude da elevada proporção das modificações em relação ao total das
medições (mais de 60%)”. Por fim, reforçou que o art. 67 da Lei 8.666/93
impõe ao fiscal do contrato “o dever de notificar seus superiores sobre
eventuais ocorrências que extrapolem sua alçada decisória”. Diante do
exposto pelo relator, o Tribunal decidiu, no ponto, rejeitar as justificativas
apresentadas pelo responsável, aplicando-lhe a multa prevista no inciso II
do art. 58 da Lei 8.443/92.
(Acórdão 43/2015 – Plenário – INFORMATIVO 228)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
A responsabilidade pelo débito por pagamento de serviços não
executados, em quantidades superiores às executadas e que não atendem
aos padrões de qualidade especificados nos projetos e normas técnicas,
deve recair sobre o fiscal da obra, que tem o dever de acompanhar e
atestar sua execução, e não sobre os responsáveis pelo pagamento das
despesas.
Voto
As planilhas mencionadas não identificam os achados e as condutas dos
responsáveis. É possível inferir, contudo, que o fiscal da obra atestou a
realização de serviços que não foram efetivamente realizados, assim como
a execução de serviços em quantidades superiores às executadas e de
serviços que não atenderam aos padrões de qualidade especificados nos
projetos e normas técnicas. O débito decorrente dessas irregularidades foi
imputado aos responsáveis pelo pagamento das despesas.
Divirjo das conclusões da unidade técnica, porque a responsabilidade por
tais defeitos há de recair sobre o fiscal da obra, que tem o dever de
acompanhar e atestar sua execução. Essas providencias materializam-se no
boletim de medição de serviços, que dá origem ao pagamento da despesa.
73
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
3. A negligência do fiscal da Administração na fiscalização de obra ou
acompanhamento de contrato atrai para si a responsabilidade por
eventuais danos que poderiam ter sido evitados, bem como às penas
previstas nos arts. 57 e 58 da Lei n° 8.443/92.
(Acórdão 859/2006 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
Em regra, a responsabilidade surge em decorrência da prática de um ato
ilícito, ou seja, da adoção de um procedimento em desacordo com o
ordenamento jurídico, ofensivo às leis e aos princípios jurídicos. Trata-se,
portanto, do resultado da violação de um dever jurídico.
Contudo, não é qualquer violação à norma que pode ensejar a
responsabilização do gestor. Para que este seja responsabilizado é preciso
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Erivan Pereira de Franca
que esteja caracterizado que atuou com culpa, em seu sentido amplo (culpa
estrito senso ou dolo).
Vale dizer, a responsabilidade dos administradores de recursos públicos
segue a regra geral da responsabilidade civil, pois que se trata
de responsabilidade subjetiva. Veja-se, nesse sentido, o voto condutor do
Acórdão 2420/2015–TCU-Plenário, da lavra do E. Ministro Benjamim
Zymler:
41. No âmbito dos processos nesta Corte de Contas, a responsabilidade dos
administradores de recursos públicos, escorada no parágrafo único do art.
70 da Constituição Federal, segue a regra geral da responsabilidade civil,
ou seja, é de natureza subjetiva. São exigidos simultaneamente três
pressupostos para a responsabilização, quais sejam: (i) o ato ilícito na
gestão dos recursos públicos; (ii) a conduta dolosa ou culposa e; (iii) o nexo
de causalidade entre o dano e o comportamento do agente. Há de ser
investigado, ainda, se houve a ocorrência de algum eventual excludente
de culpabilidade, tal como a inexigibilidade de conduta diversa ou a
ausência de potencial conhecimento da ilicitude.
A culpa, para fins de responsabilização, há de ser aferida pelo que
ordinariamente acontece, não pelo que extraordinariamente possa ocorrer.
Isso porque não se pode exigir do gestor público um cuidado tão extremo
que não seria aquele usualmente adotado pelo homem comum, a diligência
própria de um bom chefe de família, a que os romanos davam a designação
de ‘bonus pater familiae’, que nada mais é do que o tipo de homem médio
ou normal que as leis têm em vista ao fixarem os direitos e deveres das
pessoas em sociedade. (conf. Sérgio Cavalieri Filho, in Programa de
responsabilidade civil, 2 ed. São Paulo: Malheiros, 2001. p. 39) .
Esse, aliás, o paradigma utilizado pelo Tribunal de Contas da União,
consoante se depreende do seguinte trecho do voto condutor do já
mencionado Acórdão 2.420/2015–TCU-Plenário, da lavra do E. Ministro
Benjamim Zymler:
17. Ao analisar a existência de culpa, em qualquer uma de suas
modalidades, adotarei como parâmetro para comparação a conduta
esperada de um homem médio, diligente e probo – o equivalente ao
princípio romano do bonus pater familiae. Ressalto ser pacífica a
assimilação desse princípio pelo direito pátrio, tanto que, na época em que
ocorreram os fatos ora sob exame, ele estava insculpido nos arts. 1.300 e
1.301 do Código Civil, no art. 153 da Lei das Sociedades Anônimas e no art.
142 do Código Comercial.
18. Desse princípio decorre que o agente público deverá agir como se
estivesse cuidando dos seus próprios negócios, respondendo pelos danos
que vier a causar em decorrência de condutas desidiosas ou temerárias.
Assim, nas palavras de José Aguiar Dias, “a culpa pode ser entendida como
a falta de diligência na observância da norma de conduta, isto é, o
desprezo, por parte do agente, do esforço necessário para observá-la, com
resultado não objetivado, mas previsível, desde que o agente se detivesse
na consideração das conseqüências eventuais de sua atitude.” (Da
Responsabilidade Civil. 6ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 1979).
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Erivan Pereira de Franca
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Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
O fiscal do contrato tem o dever de conhecer os limites e as regras para
alterações contratuais definidos na Lei de Licitações, e, por conseguinte, a
obrigação de notificar seus superiores sobre a necessidade de realizar o
devido aditivo contratual, evitando a atestação da execução de itens não
previstos no ajuste, sob pena de ser-lhe aplicada a multa do art. 58, inciso
II, da Lei 8.443/1992.
Voto
20. Diferente é a minha conclusão quanto ao segundo ponto questionado,
em relação ao qual ' em linha de concordância com a unidade técnica '
considero não elidida a irregularidade tipificada pelo pagamento por
serviços não previstos no Contrato 12/2009, sem o necessário aditivo
contratual, em dissonância com o disposto no art. 60 da Lei 8.666/1993.
21. Embora essa falha também tenha sido frequente na execução dos
contratos de repasse relacionados a obras em estabelecimentos
penitenciários auditados por este Tribunal em 2011, quando se associou
sua origem à deficiência dos respectivos projetos básicos (conforme o
precitado Acórdão 3577/2014-TCU-Plenário, esse tipo de ocorrência foi
apurado em 8 das 13 obras em execução fiscalizadas) , o caso em tela
denota uma alteração de objeto tão expressiva em relação ao que foi
licitado, que não poderia ter sido admitida pelo fiscal do contrato.
22. Conforme anotei há pouco, o valor total acumulado dos quatro boletins
de medição analisados pela equipe de auditoria foi de R$ 188.711,18, sendo
que, desse montante, R$ 115.822,70, ou seja, 61,3%, equivaleram a itens
não previstos no Contrato n. 012/2009. A responsabilidade do fiscal da obra
torna-se evidente diante do fato ' devidamente anotado no relatório de
auditoria ' de que os boletins foram por ele atestados, sem que se
identificasse qualquer autorização superior para a execução dos novos
itens. Ademais, a inclusão desses itens deu-se por meio de uma espécie de
re-ratificação do contrato feita diretamente nos boletins de medição, sem a
formalização do necessário termo aditivo.
23. Sob tais circunstâncias, o senso de diligência exigível a um engenheiro
fiscal de contrato, aqui considerado sob o conceito de homo medius,
impor-lhe-ia o dever de conhecimento dos limites e regras para alterações
contratuais definidos no Estatuto de Licitações, e, por conseguinte, a
obrigação de notificar seus superiores sobre a necessidade de realizar o
necessário aditivo contratual, em respeito à exigência estabelecida no
caput do art. 60 da Lei 8.666/93.
(Acórdão 43/2015 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
A falta de cuidado de checar a efetiva prestação de serviços antes do
atesto da despesa pública sujeita ao infrator responsabilização perante a
Corte de Contas.
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Erivan Pereira de Franca
Voto
46. O Sr. [...] foi negligente ao atestar a prestação de serviços sem o
cuidado de verificar a correta execução. Conforme ele mesmo alegou, teria
sido induzido a erro, em face de pressão do Chefe de Gabinete da
Presidência do INSS e do Coordenador Executivo do contrato, falando em
nome do Presidente do INSS, para que desse o atesto.
47. Verifica-se do texto da Lei nº 8.666/93 (art. 67) que o dever atribuído
ao representante da administração para o acompanhamento e
fiscalização da execução do contrato não deixa margem a que possa esse
representante sucumbir a pressões. É dele a responsabilidade pelo fiel
cumprimento de cláusulas contratuais, cabendo-lhe, inclusive, adotar
providências no sentido da correção de falhas observadas. Portanto, não
cabe acolher o argumento de indução ao erro. Se assim aconteceu, o Sr.
Charles Ariel contribuiu para o resultado verificado.
48. Quanto à sua carência de conhecimento técnico para avaliar as
prestações de contas, conforme alegado, cabe ressaltar que seria mais uma
razão para que não pudesse desempenhar essa função.
(Acórdão 994/2006 – Plenário)
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Erivan Pereira de Franca
DECRETO 9.830/2019
Art. 12. O agente público somente poderá ser responsabilizado por suas
decisões ou opiniões técnicas se agir ou se omitir com dolo, direto ou
eventual, ou cometer erro grosseiro, no desempenho de suas funções.
§ 1º Considera-se erro grosseiro aquele manifesto, evidente e inescusável
praticado com culpa grave, caracterizado por ação ou omissão com elevado
grau de negligência, imprudência ou imperícia.
§ 2º Não será configurado dolo ou erro grosseiro do agente público se não
restar comprovada, nos autos do processo de responsabilização, situação
ou circunstância fática capaz de caracterizar o dolo ou o erro grosseiro.
§ 3º O mero nexo de causalidade entre a conduta e o resultado danoso não
implica responsabilização, exceto se comprovado o dolo ou o erro grosseiro
do agente público.
§ 4º A complexidade da matéria e das atribuições exercidas pelo agente
público serão consideradas em eventual responsabilização do agente
público.
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
Cabe ao gestor provar a boa e regular aplicação dos recursos federais. Não
o fazendo, há presunção de dano, obrigando o gestor omisso a restituir os
valores aos cofres públicos.
Ademais, a não comprovação da boa e regular aplicação de recursos
federais em razão da omissão no dever de prestar contas constitui grave
inobservância do dever de cuidado no trato com a coisa pública, revelando
a existência de culpa grave, passível de aplicação de penalidade, uma vez
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JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
O fiscal do contrato não pode ser responsabilizado caso não lhe sejam
oferecidas condições apropriadas para o desempenho de suas atribuições.
Na interpretação das normas de gestão pública, deverão ser considerados
os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas
públicas a seu cargo (art. 22, caput, do Decreto-lei 4.657/1942 - Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro).
Voto
3.A questão principal submetida à apreciação desta Corte se refere à
responsabilidade de [recorrente], servidor requisitado do TRE/PB, fiscal e
gestor do Contrato 34/2002, em razão de problemas construtivos na
construção do Fórum Eleitoral e do Núcleo de Apoio Técnico às Urnas
Eletrônicas (NATU-II) de Campina Grande/PB.
[...]
31.No tocante aos pressupostos subjetivos de responsabilização, entendo
que há elementos mitigadores da culpa do recorrente.
32.De fato, as condições materiais de exercício da função pública devem ser
consideradas na avaliação da culpabilidade do gestor e, por conseguinte, na
dosimetria das sanções eventualmente aplicadas.
[...]
34.Observo também que, até pouco tempo, a legislação brasileira era
omissa a respeito dos parâmetros que devem ser considerados na
mensuração da gravidade da conduta inquinada. Com o advento da Lei
13.655/2018, foram incluídas na Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro - LINDB disposições sobre segurança jurídica e eficiência na
criação e aplicação do direito público.
35.Passou-se a exigir dolo ou erro grosseiro para a responsabilização
pessoal do agente público nas esferas administrativa, controladora e
judicial (art. 28). Ademais, na interpretação das normas de gestão pública,
deverão ser considerados os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e
as exigências das políticas públicas a seu cargo (art. 22, caput) .
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Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.3. com fundamento no art. 250, III, do Regimento Interno do TCU, c/c art.
6º da Resolução-TCU 265/2014, recomendar à Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos que, no âmbito das licitações e contratações
relacionadas ao mesmo modelo sob exame, avalie a conveniência e a
oportunidade de:
9.3.1. designar para atuar na condição de fiscal do contrato empregado
que tenha passado por treinamento em mecânica e possua, no mínimo,
conhecimentos básicos sobre o assunto, com vistas a mitigar os riscos da
desnecessidade de contratação de serviços e/ou reposição de peças sem
defeitos;
(Acórdão 120/2018 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.2.7. providencie a atualização de todas as portarias de fiscalização de
contratos, de modo que sejam renovadas aquelas que permanecem por
duas vigências, ininterruptas, com o mesmo fiscal, e que a quantidade de
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JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.3 recomendar à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares que:
9.3.3 institua política de capacitação, de forma regulamentada, com o
objetivo de estimular o aprimoramento dos servidores dos hospitais
universitários na legislação e jurisprudência aplicáveis aos seus processos
de trabalho, especialmente aqueles relacionados com as áreas de licitações
e contratos, planejamento e execução orçamentária, acompanhamento e
fiscalização contratual e outras áreas da esfera administrativa, de modo a
subsidiar melhorias no desenvolvimento de atividades nas áreas de
suprimentos/compras, licitações/contratos e recebimento e atesto de
serviços, bem como identificação de fraudes, conluios e outros ilícitos
relacionados às contratações da entidade;
(Acórdão 1610/2013 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[SUMÁRIO]
1. Demonstrado nos autos que a responsável pela fiscalização do contrato
tinha condições precárias para realizar seu trabalho, elide-se sua
responsabilidade.
2. Comprovado que os responsáveis pela execução técnica do contrato
objeto dos autos negligenciaram quanto à adoção de providências para
sanar irregularidades apresentadas no curso da execução desse contrato,
mantém-se, na íntegra, suas responsabilidades.
(Acórdão 839/2011 – Plenário)
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Erivan Pereira de Franca
DECRETO 9.507/2018
Art. 11. A gestão e a fiscalização de que trata o art. 10 competem ao gestor
da execução dos contratos, auxiliado pela fiscalização técnica,
administrativa, setorial e pelo público usuário e, se necessário, poderá ter o
auxílio de terceiro ou de empresa especializada, desde que justificada a
necessidade de assistência especializada.
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Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Voto
28.Ainda sobre o superfaturamento por quantidade, tem-se a alegação do
Sr. [recorrente 1], condenado na condição de fiscal do contrato, de que a
contratação de empresa supervisora para fiscalizar o contrato excluiria a
sua responsabilidade.
29.Todavia, alguns precedentes desta Corte de Contas apontam no sentido
de que a contratação de empresa para fiscalizar a obra não exclui a
responsabilidade do fiscal designado pela administração, a exemplo dos
Acórdãos 2.987/2015 e 859/2006, ambos do Plenário.
30.Entendimento contrário até poderia ser adotado se restasse
comprovada a complexidade da conduta inquinada ou as limitações ao
exercício de suas atividades como fiscal, o que não foi feito. Assim, os
contornos desse caso concreto e a gravidade dos fatos apurados me levam
a acompanhar o entendimento dos pareceres precedentes de que todos os
responsáveis arrolados concorreram para a ocorrência da irregularidade,
devendo arcar solidariamente com o débito resultante.
Acórdão
9.1. conhecer dos recursos de reconsideração interpostos por [recorrente
1], [recorrente 2], [recorrente 3], [empresa 2] e [empresa 1], em face do
Acórdão 173/2019-TCU-Plenário, com fundamento nos arts. 32, inciso I, e
33 da Lei 8.443/1992, para no mérito, negar-lhes provimento;
(Acórdão 785/2021 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
A contratação de empresa para auxiliar a fiscalização de obra pública não
exclui a responsabilidade dos fiscais da Administração (art. 67, caput, da
Lei 8.666/1993).
O TCU instaurou representação, em cumprimento a determinação do
Acórdão 2.330/2014-Plenário, para examinar irregularidades apontadas em
relatório de fiscalização da Controladoria-Geral da União (CGU),
concernentes aos contratos 410/2009 (contrato principal) e 881/2009
(contrato de supervisão a ele vinculado), celebrados pela Superintendência
Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes do
Estado do Ceará (Dnit/CE). O Contrato 410/2009 teve por objeto a execução
de obras de restauração e de aumento da capacidade na rodovia BR-
116/CE, segmento Km 478,2 - Km 545,7. O Contrato 881/20019 foi
celebrado com vistas à supervisão das referidas obras. A instrução dos
autos apontou a ocorrência de potencial dano ao erário em decorrência de:
execução de serviços sem respaldo contratual, pagamento por serviços
desnecessários, substituição de serviço sem autorização da contratante e
pagamento a maior de item contratado. Apontou, ainda, que o Dnit/CE,
assim que tomou conhecimento das irregularidades, adotara as medidas
necessárias para elidir o débito, "entre as quais: readequação do projeto,
redução do valor do contrato, ajuste dos serviços previstos às novas
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Erivan Pereira de Franca
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Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
O fato de haver assessoramento de terceiros para auxiliar o fiscal de
contrato não afasta a sua responsabilidade pelo atesto de serviços que
posteriormente se revelem executados com imperfeições, quando não
existirem projetos necessários à realização do objeto contratado.
Voto
36.O Sr. [omissis], responsável pelo acompanhamento e fiscalização dos
Contratos 12 e 37/2002, bem como pelo atesto das faturas decorrentes,
alegou que a irregularidade detectada enquadrar-se-ia na definição de vício
oculto, pois a baixa qualidade e quantidade inferior de material utilizada
pela empresa não seriam perceptíveis, em princípio, no momento da
medição (...) e relatou, à peça 19, p. 26-29, que teria havido erro escusável
em face da complexidade do trabalho desenvolvido pela sua Unidade.
37.Segundo ele, todos os contratos vinculados à sua unidade estariam sob
sua responsabilidade porque não possuía nenhum servidor público no cargo
de Engenheiro ou com qualificação em obras e, em que pese estar
designado como Gestor dos Contratos 12 e 37/2002, contava com um
engenheiro terceirizado para acompanhar e fiscalizar a obra. Alegou
também que não seria possível atestar parcialmente a fatura, a qual
continha tanto os serviços de manutenção predial quanto os serviços de
impermeabilização da laje.
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JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
4. O art. 67 da Lei 8.666/1993 exige a designação, pela Administração, de
representante para acompanhar e fiscalizar a execução, facultando-se a
contratação de empresa supervisora para assisti-lo. Assim, parece-me claro
que o contrato de supervisão tem natureza eminentemente assistencial
ou subsidiária, no sentido de que a responsabilidade última pela
fiscalização da execução não se altera com sua presença, permanecendo
com a Administração Pública.
(Acórdão 2930/2006 – Plenário)
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DECRETO 9.507/2018
Art. 8º Os contratos de que trata este decreto conterão cláusulas que:
[...]
II - exijam a indicação de preposto da contratada para representá-la na
execução do contrato;
O preposto deve ser nomeado tão logo assinado o contrato. A designação dá-
se por escrito, mediante carta na qual constem expressamente os poderes a ele
conferidos de representação da empresa contratada perante a Administração, no
que diz respeito ao acompanhamento da execução do contrato.
IN 05/2017
Art. 44. O preposto da empresa deve ser formalmente designado pela
contratada antes do início da prestação dos serviços, em cujo instrumento
deverá constar expressamente os poderes e deveres em relação à execução
do objeto.
§ 1º A indicação ou a manutenção do preposto da empresa poderá ser
recusada pelo órgão ou entidade, desde que devidamente justificada,
devendo a empresa designar outro para o exercício da atividade.
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Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.1.38. exija formalmente das empresas contratadas a designação de
preposto a ser mantido no local dos serviços, para representá-las durante
a execução do contrato de prestação de serviços, em atenção à disposição
contida no art. 68 da Lei nº 8.666/1993 e ao disposto no Decreto nº
2.271/1997, art. 4º, inciso IV;
(Acórdão 265/2010 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
Deve-se exigir da empresa contratada a definição formal de preposto para
representá-la na execução do contrato, nos termos do art. 68 da Lei
8.666/1993.
Acórdão
9.1. Determinar à Secretaria do Tesouro Nacional que:
9.1.1. no âmbito do Contrato nº 43033/2009:
[...]
9.1.1.2. em atenção ao disposto no art. 68 da Lei 8.666/1993, exija da
empresa contratada a definição formal do preposto para representá-la na
execução do contrato;
(Acórdão 2348/2009 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.4.15. em atenção ao disposto nos arts. 63 da Lei nº .666/1993 e 4º, IV, do
Decreto nº 2.271/1997, exija das empresas contratadas a designação
formal de preposto a ser mantido no local dos serviços, para representá-las
durante a execução dos serviços objeto dos contratos e intermediar as
solicitações do contratante no que concerne aos terceirizados. Referido
preposto deverá ser designado por meio de instrumento específico a
exemplo das ordens de serviço, de modo a não caracterizar subordinação
direta dos profissionais da contratada ao Ministério da Educação e
posterior interposição de mão de obra, forma de terceirização considerada
ilegal pelo Tribunal Superior do Trabalho;
(Acórdão 669/2008 – Plenário)
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IN 05/2017
Art. 5º É vedado à Administração ou aos seus servidores praticar atos de
ingerência na administração da contratada, a exemplo de:
[...]
I - possibilitar ou dar causa a atos de subordinação, vinculação
hierárquica, prestação de contas, aplicação de sanção e supervisão direta
sobre os empregados da contratada;
Em todo caso, reitere-se, terá que haver a figura do preposto, com quem o
fiscal da Administração fará toda a interlocução necessária para o fiel
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JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
Em contratos de serviços terceirizados, a existência de habitualidade e
pessoalidade, sem a comprovação cabal de relação subordinativa, não
implica ilegalidade do contrato de prestação de serviço. Como requisito
da subordinação direta, é imprescindível a coexistência de relações de
obediência hierárquica a preposto da Administração Pública e de
pessoalidade assídua.
Voto
42. Numa amostra de quase 144.000 (centro e quarenta mil) trabalhadores
terceirizados, a equipe apontou que aproximadamente 47.000 (quarenta e
sete mil), ou 33%, trabalhavam na estatal há mais de 2 (dois) anos,
configurando fortes indícios de habitualidade e pessoalidade, e com
possibilidades de subordinação. A investigação apontou também que, em
muitos casos, os trabalhadores apenas mudavam de empregador, de
acordo com a continuidade dos contratos celebrados pela Petrobras.
Ressalto que a avaliação referente ao quesito "subordinação" restou
presumida pela equipe da 1ª Secex face à constatação de relações de
habitualidade e pessoalidade.
43. De fato, ante a orientação contida na Súmula TST nº 331, a configuração
de relação de subordinação direta e pessoalidade entre o tomador e o
prestador de serviços implica o reconhecimento de vínculo empregatício
entre as partes, mesmo em se tratando de terceirização atinente à
atividade-meio do tomador. Na esfera do Direito Público, a repercussão
dessa prática pode gerar responsabilização do gestor, nos termos da Lei nº
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JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.2.21. em atenção ao disposto no art. 68 da Lei 8.666/1993 c/c inciso IV do
art. 4º do Decreto 2.271/1997, exija das empresas contratadas a
designação formal de preposto a ser mantido no local dos serviços, para
representá-la durante a execução contratual, efetivamente intermediando
as solicitações entre o contratante e os funcionários terceirizados, por meio
de instrumento específico, a exemplo das ordens de serviço, de modo a
não caracterizar subordinação direta dos profissionais da contratada ao
Ministério do Esporte, bem como adote providências para aceite do
indicado e sua efetiva atuação no local onde os serviços são prestados;
(Acórdão 1597/2010 – Plenário)
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JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
6. Tais argumentos [apresentados pelo gestor responsável] não merecem
acolhimento, já que:
b) ficou comprovada a existência de pessoalidade e de subordinação
direta dos contratados, bem como de outros elementos caracterizadores
da interposição de mão de obra, como a ausência de preposto, a expedição
de regras diretamente a funcionários da contratada e a remuneração desta
última pela mera disponibilidade de funcionários à contratante, o que
caracteriza infração ao enunciado 331 do Tribunal Superior Trabalho.
(Acórdão 3894/2011 – Segunda Câmara)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
1.5.1. Alertar o Tribunal Regional Federal da 5ª Região de que a contratação
de empresas com disponibilização de mão de obra para prestar serviços nas
dependências do próprio órgão, sob a sua gerência, exercendo o poder
hierárquico e disciplinar sobre os empregados da empresa contratada, ao
invés de contratar serviços predeterminados e quantificados, em função da
demanda, caracteriza contratação indireta de pessoal, com infringência ao
inciso II do art. 37 da Constituição Federal.
(Acórdão 4452/2010 – Segunda Câmara)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.2.21. em atenção ao disposto no art. 68 da Lei 8.666/1993 c/c inciso IV do
art. 4º do Decreto 2.271/1997, exija das empresas contratadas a
designação formal de preposto a ser mantido no local dos serviços, para
representá-la durante a execução contratual, efetivamente intermediando
as solicitações entre o contratante e os funcionários terceirizados, por
meio de instrumento específico, a exemplo das ordens de serviço, de modo
a não caracterizar subordinação direta dos profissionais da contratada ao
Ministério do Esporte, bem como adote providências para aceite do
indicado e sua efetiva atuação no local onde os serviços são prestados;
(Acórdão 1597/2010 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
Em contratações de serviços terceirizados, a Administração deve exigir da
empresa contratada preposto para representá-la na execução do
contrato, posto que, de modo contrário, pode-se caracterizar
subordinação direta entre os empregados da contratada e a
Administração contratante.
Acórdão
101
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.4.15. em atenção ao disposto nos arts. 63 da Lei nº .666/1993 e 4º, IV, do
Decreto nº 2.271/1997, exija das empresas contratadas a designação
formal de preposto a ser mantido no local dos serviços, para representá-las
durante a execução dos serviços objeto dos contratos e intermediar as
solicitações do contratante no que concerne aos terceirizados. Referido
preposto deverá ser designado por meio de instrumento específico a
exemplo das ordens de serviço, de modo a não caracterizar subordinação
direta dos profissionais da contratada ao Ministério da Educação e
posterior interposição de mão de obra, forma de terceirização considerada
ilegal pelo Tribunal Superior do Trabalho;
(Acórdão 669/2008 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
Nas contratações de empresas prestadoras de serviço não há, em regra,
pessoalidade, visto que as atividades podem ser desempenhadas por
qualquer empregado do seu quadro de pessoal, não havendo direito da
contratante a escolher o profissional que receberá o encargo de suas
atividades, nem mesmo a exigir a permanência do mesmo profissional
durante o prazo de vigência contratual. Também não há subordinação
técnica ou hierárquica, uma vez que o prestador de serviços é um mero
representante da contratada, devendo reportar-se exclusivamente aos
seus supervisores.
Proposta de Deliberação
27. A formação de vínculo empregatício direto entre o profissional
prestador do serviço e a entidade contratante deve ser analisada à luz do
disposto pelo art. 3º da Consolidação das Leis do Trabalho, segundo o qual
'considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de
natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante
salário'. Da redação desse artigo, extrai-se que os elementos
caracterizadores da relação de emprego são a pessoalidade, a
habitualidade, a subordinação e a onerosidade.
28. Em regra, nas contratações de empresas prestadoras de serviço não
existe pessoalidade, visto que as atividades podem ser desempenhadas por
qualquer empregado do seu quadro de pessoal, não havendo direito da
102
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
Deve a Administração exigir a presença de prepostos das contratadas em
suas dependências durante o expediente de prestação dos serviços,
devendo ser coibida qualquer forma de procedimento que possa
caracterizar a subordinação direta de trabalhadores terceirizados aos
gestores da contratante.
Acórdão
9.2. determinar ao Senado Federal, com fundamento no art. 43, inc. I, da
Lei nº 8.443/92 c/c o art. 250, inc. II, do Regimento Interno/TCU, a adoção
das seguintes providências:
[...]
9.2.2. coibir toda e qualquer forma de procedimento que possa caracterizar
a subordinação direta de trabalhadores terceirizados a gestores daquela
Casa Legislativa, exigindo a presença de prepostos das contratadas em suas
dependências em todo o tempo de expediente de prestação desses
serviços;
(Acórdão 651/2003 – Plenário)
103
Erivan Pereira de Franca
Parte 3
104
Erivan Pereira de Franca
IN 05/2017
Art. 46. As ocorrências acerca da execução contratual deverão ser
registradas durante toda a vigência da prestação dos serviços, cabendo ao
gestor e fiscais, observadas suas atribuições, a adoção das providências
necessárias ao fiel cumprimento das cláusulas contratuais, conforme o
disposto nos §§ 1º e 2º do art. 67 da Lei nº 8.666, de 1993.
105
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.2.9. formalizem processos de execução dos contratos, reunindo a
documentação física e financeira, tais como solicitações de
compras/serviços, aprovações de compras/serviços, notas fiscais, atestos,
pareceres e relatórios de fiscalização e de acompanhamento do contrato,
comprovantes de pagamento, a fim de aperfeiçoar a gestão e atender ao
princípio da eficiência;
9.2.10. nomeiem funcionário para atuar na condição de fiscal de contrato,
em atendimento ao princípio da eficiência;
(Acórdão 769/2013 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
Na execução de obras que envolvam, total ou parcialmente, recursos
públicos federais, a Administração contratante deve cumprir o disposto
no § 1º do art. 67 da Lei 8.666/1993, realizando fiscalização de forma
concomitante à execução dos serviços, procedendo aos devidos e
detalhados registros nos diários de obras.
Voto
30. Relativamente à constatada fiscalização deficiente do Contrato, a
[unidade técnica do TCU] aponta que foram solicitados pela equipe de
auditoria os diários da obra ou de ocorrências, mas não foram
disponibilizados todos os documentos, tendo sido apresentados somente
os dos Loteamentos Jardim Progresso e Vale Dourado. A ausência dos
diários de obra dos demais loteamentos, além de contrariar o estabelecido
no art. 67, § 1º, da Lei n. 8.666/1993, afetou a comprovação de que a obra
está sendo acompanhada por prepostos da Administração, consoante
determina o art. 68 da mencionada Lei.
31. Ademais, os dois cadernos apresentados não estão sendo registrados
diariamente e os lançamentos estão sendo efetuados de forma genérica,
[...] demonstrando um inadequado acompanhamento da execução da obra
por parte dos engenheiros fiscais da Semov.
[...]
33. [...] a deficiência da fiscalização por parte da contratante foi fartamente
comprovada neste processo de auditoria, cabendo enfatizar os registros da
equipe da [unidade técnica do TCU], segundo os quais os diários da obra,
além de não estarem sendo lançados diariamente, são efetuados de forma
genérica, em desacordo com o disposto no § 1º do art. 67 da Lei n.
8.666/1993.
Acórdão
106
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
Nos processos de medição de obras rodoviárias devem constar a memória
de cálculo detalhada dos serviços executados (artigos 58, inciso III, 67,
§1º, 69, 70 e 113 da Lei 8.666/1993).
Voto
18. No tocante à deficiência na fiscalização/supervisão da obra, observou-
se que as medições efetuadas não estão acompanhadas de memórias de
cálculos detalhadas, que indiquem com precisão o local de execução dos
serviços.
19. Conforme bem destacado [...], 'o detalhamento da memória de cálculo
é um dos instrumentos mais importantes para uma adequada fiscalização
da obra. Deve integrar o processo de medição, identificando com precisão o
serviço que foi realizado, contendo o atesto da fiscalização. (...)
Simplesmente manter este controle em arquivos pessoais, com cada um
dos fiscais que já atuou na obra, possibilita que informações sejam
facilmente perdidas'.
20. Questão semelhante já foi abordada por este Tribunal quando da
prolação do Acórdão 1243/2004-TCU-Plenário, ocasião em que determinou-
se ao DNIT que as medições de obras rodoviárias contivessem a localização
dos serviços efetivamente realizados, por intermédio de mapas lineares ou
outros instrumentos, a fim de indicar a estaca e as posições inicial e final da
realização de cada serviço.
Acórdão
9.3. determinar ao DNIT/MT que:
9.3.1. faça constar nos processos de medição das obras que contratar a
memória de cálculo detalhada dos serviços executados, em observância
aos arts. 58, inciso III, 67, §1º, 69, 70 e 113, todos da Lei nº 8.666/93, ao
e Acórdão 1243/2004-TCU-Plenário;
(Acórdão 585/2009 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.4.19. adote processo formal para acompanhar a execução contratual,
em atenção ao princípio constitucional da eficiência, incluindo controles
que permitam aos fiscalizadores dos contratos identificarem se todas as
107
Erivan Pereira de Franca
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Erivan Pereira de Franca
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Erivan Pereira de Franca
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Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.2.1. exija e mantenha arquivados todos os documentos exigíveis da
contratada, ainda que em meio magnético, junto aos processos de
acompanhamento dos contratos, quando o instrumento celebrado assim o
exigir (...);
(Acórdão 2115/2008 – Plenário)
✓ Proposta da contratada
✓ Nota de empenho
✓ Instrumento de contrato
112
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.1.4. promova o acompanhamento e a fiscalização efetivos da execução
dos contratos, procedendo ao registro de ocorrências e adotando as
providências necessárias ao seu fiel cumprimento, tendo como parâmetros
os resultados previstos no contrato, conforme preceituado no art. 67 da Lei
n. 8.666/1993;
(Acórdão 1543/2013 – Plenário)
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Erivan Pereira de Franca
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Erivan Pereira de Franca
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Erivan Pereira de Franca
IN 05/2017
Art. 42. Após indicação de que trata o art. 41, a autoridade competente do
setor de licitações deverá designar, por ato formal, o gestor, o fiscal e os
substitutos.
[...]
§ 3º O gestor ou fiscais e seus substitutos deverão elaborar relatório
registrando as ocorrências sobre a prestação dos serviços referentes ao
período de sua atuação quando do seu desligamento ou afastamento
definitivo.
[...]
Art. 70. Os fiscais deverão elaborar relatório final acerca das ocorrências
da fase de execução do contrato, após a conclusão da prestação do serviço,
para ser utilizado como fonte de informações para as futuras
contratações.
117
Erivan Pereira de Franca
Parte 4
118
Erivan Pereira de Franca
Tais modificações podem ser feitas ainda que não haja cláusula contratual
que as autorize. Observados os limites legais, devem ser obrigatoriamente aceitas
119
Erivan Pereira de Franca
pelo contratado. Em caso de recusa, pode vir a ser punido, nos termos do contrato,
ou este ser rescindido unilateralmente pela Administração.
120
Erivan Pereira de Franca
ORIENTAÇÃO DO TCU
Licitações e Contratos: Orientações e Jurisprudência do TCU
Contrato firmado entre as partes pode ser alterado nos casos previstos no
art. 65 da Lei no 8.666/1993, desde que haja interesse da Administração e
satisfação do interesse público. Para que as modificações sejam
consideradas válidas, devem ser justificadas por escrito e previamente
autorizadas pela autoridade competente para celebrar o contrato.
✓ interesse da Administração;
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
121
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
As alterações contratuais devem estar embasadas em pareceres e estudos
técnicos pertinentes, nos quais reste caracterizada a superveniência dos
fatos motivadores das alterações em relação à época da licitação.
Voto
58.Por ocasião da prolação do referido decisum, foi acolhido entendimento
da unidade técnica no sentido que as alterações nas metodologias de
execução das obras desvirtuaram os termos e condições pactuadas quando
da celebração do ajuste, ultrapassando os limites legais de aditamento
contratual previstos no art. 65 da Lei 8.666/1993. Tampouco vislumbrou a
equipe de auditoria alguma situação excepcionalíssima que permitisse a
aplicação dos entendimentos consignados na Decisão 215/1999-Plenário ao
caso em apreciação.
59.Enfatizei que a jurisprudência desta Corte de Contas estava consolidada
no sentido de que seria necessário que tais alterações do projeto licitado
estivessem previamente justificadas por meio de pareceres e estudos
técnicos pertinentes, bem como decorressem de fatos supervenientes,
demonstrando que as soluções especificadas no projeto básico não se
revelaram em momento posterior como a mais adequadas. Nesse sentido,
citei os Acórdãos Plenários 2.161/2011, 517/2011, 1.597/2010, 2.588/2010,
2.032/2009, 2.053/2015, 2.714/2015 e 852/2016.
60.Não estavam presentes nos autos as justificativas para as significativas
alterações promovidas nos projetos nem os motivos pelos quais as soluções
efetivamente adotadas no projeto executivo já não foram adotadas à época
da licitação.
(Acórdão 170/2008 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
As alterações do objeto contratado devem ser precedidas de
procedimento administrativo no qual fique registrada a justificativa das
122
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
A alteração em contrato sem que seja precedida de termo aditivo é
ilegal.
Acórdão
9.1. Determinar [...] que:
123
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Faça constar, nas alterações de contratos firmados com particulares, as
devidas justificativas prévias, em conformidade com o disposto no art. 65
da Lei nº 8.666/1993.
Observe, nas alterações de contratos administrativos, o período de vigência
estabelecido, abstendo-se, especialmente, de efetuar, após expirada a
avença, supressões decorrentes das parcelas de serviços assumidas pelo
órgão, em conformidade com o disposto no art. 57, § 3º, da Lei n.
8.666/1993.
(Acórdão 1685/2009 – Plenário)
124
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
As modificações do projeto licitado devem ser precedidas de
procedimento administrativo no qual fique adequadamente consignada a
justificativa das alterações tidas por necessárias, que devem estar
embasadas em pareceres e estudos técnicos pertinentes, bem como deve
restar caracterizada a natureza superveniente, em relação ao momento
da licitação, dos fatos ensejadores das alterações.
Voto
73. Conforme explanei no Acórdão 2005/2017-TCU-Plenário, seria
admissível a alteração no preço do projeto executivo se, durante a
execução contratual, a Petrobras solicitasse a inclusão de uma nova
unidade de processo que não compusesse o escopo inicialmente acordado.
Por óbvio, o esforço adicional para executar o projeto de detalhamento da
nova unidade demandaria o aditamento. Entretanto, não foram
demonstradas tais circunstâncias nos autos pelos responsáveis citados.
74.Em outro exemplo, seria admitido um aditamento no valor do projeto
executivo se, após a sua confecção e aprovação, em virtude de motivada
circunstância superveniente, houvesse alguma solicitação de alteração do
documento por parte da Estatal, o que obrigaria a revisão e ajuste de
desenhos, memoriais, especificações ou qualquer outro documento técnico
constituinte do projeto. Novamente, enfatizo que não ocorreu nada
125
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Voto
15. Assim, ainda que haja a possibilidade de alteração contratual, seja de
forma unilateral ou por acordo das partes (art. 65, incisos I e II, da Lei n.
8.666/1993), conforme constou nas justificativas do responsável, a fim de
melhor adequá-lo à persecução dos interesses da contratante, cabe
lembrar que a Administração não tem liberdade para “impor a alteração
como e quando melhor lhe aprouver”, é preciso apresentar o motivo
justificador de tal alteração, segundo apregoa o autor Marçal Justen Filho
(in Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 9ª Edição,
Dialética, p. 495). Nesse sentido, eis o excerto da doutrina do mencionado
autor, ao comentar a discricionariedade à alteração de contrato, in verbis:
126
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
A alteração em projeto de obra é medida excepcional, devendo ser
justificável tecnicamente e ter como resultado “um ganho palpável,
qualitativo ou quantitativo, para o interesse público.”
(Acórdão 1801/2008 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
É possível a alteração no “objeto do contrato, desde que não haja,
evidentemente, desvirtuamento ou alteração radical do que foi ajustado.”
(Acórdão 2352/2006 – Plenário)
127
Erivan Pereira de Franca
[...]
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as
devidas justificativas, nos seguintes casos:
[...]
II - por acordo das partes:
[...]
b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou
serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação
técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários;
128
Erivan Pereira de Franca
129
Erivan Pereira de Franca
• essa modificação está restrita aos limites permitidos no art. 65, § 1º, da
Lei no 8.666/1993 [...];
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Voto
15. O fato de o legislador ordinário facultar à Administração exigir do
contratado que suporte acréscimos e supressões em até 25% do valor
inicial atualizado do contrato não lhe autoriza agir contrariamente aos
princípios que regem a licitação pública, essencialmente o que busca
preservar a execução contratual de acordo com as características da
proposta vencedora do certame, sob pena de se ferir o princípio
constitucional da isonomia. Penso que tal previsão normativa teve como
finalidade única viabilizar correções quantitativas do objeto licitado,
conferindo certa flexibilidade ao contrato, mormente em função de
eventuais erros advindos dos levantamentos de quantitativos do projeto
básico.
(Acórdão 1733/2009 – Plenário)
130
Erivan Pereira de Franca
LEI 8.666/93
Art. 65 .....
§ 1º O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições
contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras,
serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial
atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de
equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus
acréscimos.
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.1. determinar ao Ministério da Saúde que:
[...]
9.1.2. com fundamento no art. 4º - E, § 1º, da Lei 13.979/2020, instrua os
processos de contratação relacionados ao enfrentamento da crise do novo
coronavírus com a devida motivação dos atos por meio da inclusão nos
autos, no mínimo, de justificativas específicas da necessidade da
contratação, da quantidade dos bens ou serviços a serem contratados com
as respectivas memórias de cálculo e com a destinação do objeto
contratado;
(Acórdão 1335/2020 – Plenário)
LEI 8.666/93
Art. 65 .....
[...]
§ 2o Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites
estabelecidos no parágrafo anterior, salvo:
I - (VETADO)
II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre os contratantes.
133
Erivan Pereira de Franca
134
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.2. com fundamento no art. 1º, inciso XVII e § 2º, da Lei 8.443/1992,
responder ao consulente que o restabelecimento total ou parcial de
quantitativo de item anteriormente suprimido por aditivo contratual, com
fundamento nos §§ 1º e 2º do art. 65 da Lei 8.666/1993, por causa de
restrições orçamentárias, desde que observadas as mesmas condições e
preços iniciais pactuados, não configura a compensação vedada pela
jurisprudência do Tribunal de Contas da União, consubstanciada nos
Acórdão 1536/2016-TCU-Plenário, rel. Bruno Dantas, e 2.554/2017-TCU-
Plenário, rel. André de Carvalho, visto que o objeto licitado ficou
inalterado, sendo possível, portanto, além do restabelecimento, novos
135
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.3. dar ciência ao Dnocs de que:
9.3.1. a planilha orçamentária contratada revisada contemplando as
alterações contratuais necessárias em decorrência da alteração do projeto,
deve observar os limites para alteração contratual dispostos no § 1º do art.
65 da Lei 8.666/1993, à luz da jurisprudência desta Corte de Contas quanto
à vedação de compensações entre acréscimos e supressões de
quantitativos quando da aferição dos percentuais de alteração, bem como
a manutenção do desconto original do contrato, prevista no art. 14 do
Decreto 7.983/2013;
(Acórdão 50/2019 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
As reduções ou supressões de quantitativos devem ser consideradas de
forma isolada, ou seja, o conjunto de reduções e o conjunto de acréscimos
devem ser sempre calculados sobre o valor original do contrato,
aplicando-se a cada um desses conjuntos, individualmente e sem nenhum
tipo de compensação entre eles, os limites de alteração estabelecidos no
art. 65 da Lei 8.666/93.
Ainda na Auditoria [...] fora verificada em dois contratos a adoção de
acréscimos contratuais superiores aos limites legais previstos no art. 65,
§1º, da Lei 8.666/93. Em um deles, “o terceiro, quinto e sétimo termos de
aditamento promoveram, em conjunto, supressões e acréscimos de serviços
de, respectivamente, 71,49% e 96,45% em relação ao valor original do
contrato”. Em outro, “foram procedidas supressões de 30,55% e acréscimos
de 51,08%”. Realizado o contraditório, alegaram os responsáveis que “foi
observada a disposição da Lei 8.666/1993, que não especifica que os
acréscimos e supressões devam ser contabilizados de forma individual e sim
sobre o valor contratual”. Segundo o relator, “tais percentuais foram
calculados pela equipe de auditoria segundo jurisprudência consolidada
desta Corte de Contas, no sentido de que as reduções ou supressões de
quantitativos devem ser consideradas de forma isolada, ou seja, o conjunto
de reduções e o conjunto de acréscimos devem ser sempre calculados sobre
o valor original do contrato, aplicando-se a cada um desses conjuntos,
individualmente e sem nenhum tipo de compensação entre eles, os limites
de alteração estabelecidos no art. 65 da Lei 8.666/1993”. A unidade
instrutiva propôs o acolhimento da defesa “com base em entendimento
adotado pelo TCU no Acórdão 3.105/2013-TCU-Plenário, o qual respondeu
consulta formulada pelo Ministério dos Transportes que é juridicamente
viável a compensação entre o conjunto de acréscimos e supressões ao
objeto dos contratos referentes a obras de infraestrutura celebrados antes
do trânsito em julgado do Acórdão 749/2010 - Plenário por órgãos e
entidades vinculados ao Ministério dos Transportes”. Analisando o mérito,
136
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.9. dar ciência ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Ceará – IFCE da necessidade de: (...)
9.9.8. observar, por ocasião da implementação de aditivos contratuais, o
limite máximo de 25% do valor inicial atualizado do contrato, nos termos
dos § § 1º e 2º do art. 65 da Lei 8.666/1993, ressaltando que os limites
previstos no referido dispositivo legal devem ser calculados tomando-se
como base o valor inicial do contrato, livre das supressões de itens nele
previstas;
(Acórdão nº 5954/2012 – Primeira Câmara)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.1. com fundamento nos arts. 48 da Lei nº 8.443/1992, c/c os arts. 285,
§§1º e 2º e 286, todos do Regimento Interno do TCU, conhecer Pedido de
Reexame, apenas no efeito devolutivo, para, no mérito, dar-lhes
provimento parcial, dando à determinação contida no subitem 9.2 do
Acórdão nº 749/2010, alterado pelo Acórdão 591/2011-TCU-Plenário, a
seguinte redação;
"9.2. determinar ao Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes que, nas futuras contratações celebradas a partir da data de
publicação deste Acórdão no Diário Oficial da União, passe a considerar,
para efeito de observância dos limites de alterações contratuais previstos
no art. 65 da Lei nº 8.666/1993, as reduções ou supressões de quantitativos
137
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
“Para efeito de observância dos limites de alterações contratuais previstos
no art. 65 da Lei nº 8.666/93, passe a considerar as reduções ou supressões
de quantitativos de forma isolada, ou seja, o conjunto de reduções e o
conjunto de acréscimos devem ser sempre calculados sobre o valor original
do contrato, aplicando-se a cada um desses conjuntos, individualmente e
sem nenhum tipo de compensação entre eles, os limites de alteração
estabelecidos no dispositivo legal”.
(Acórdão 100/2011 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.2. determinar ao [omissis] que, em futuras contratações, para efeito de
observância dos limites de alterações contratuais previstos no art. 65 da Lei
nº 8.666/1993, passe a considerar as reduções ou supressões de
quantitativos de forma isolada, ou seja, o conjunto de reduções e o
conjunto de acréscimos devem ser sempre calculados sobre o valor original
do contrato, aplicando-se a cada um desses conjuntos, individualmente e
sem nenhum tipo de compensação entre eles, os limites de alteração
estabelecidos no dispositivo legal;
(Acórdão 749/2010 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Os limites mencionados nos §§ 1º e 2º do art. 65 da Lei nº 8.666/1993
devem ser verificados, separadamente, tanto nos acréscimos quanto nas
supressões de itens ao contrato, e não pelo cômputo final que tais
alterações (acréscimos menos decréscimos) possam provocar na equação
financeira do contrato.
Abstenha-se de requerer ou celebrar termos de aditamentos que
extrapolem os limites previstos no art. 65, §§ 1º e 2º, Lei nº 8.666/1993.
Tais limites podem ser ultrapassados somente quando atendidos
cumulativamente todos os pressupostos estabelecidos na Decisão
215/1999 Plenário. Esclarece-se ainda que:
- tais limites não se referem ao saldo dos acréscimos menos os
decréscimos, mas ao total tanto dos acréscimos quanto dos decréscimos;
- para se efetuar o cálculo do valor possível a ser aditado, deve-se, além de
atualizar o valor inicial do contrato, atualizar também os valores dos
aditivos já efetuados;
138
Erivan Pereira de Franca
Art. 58 .....
[...]
§ 1º As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos
administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do
contratado.
140
Erivan Pereira de Franca
141
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
(...) se o fiscal tem a possibilidade de antever a necessidade de quantidade
maior, não deve instaurar certame tendo por objeto quantidade inferior. O
que é reprovável, por certo, é a burla à sistemática instituída pelo referido
diploma legal, pela falsa estimativa do valor do objeto a ser licitado, a
menor, com o deliberado propósito de selecionar determinada modalidade
de licitação, já sabendo, de antemão, a necessidade de utilização dos
acréscimos contratuais.
(Acórdão 103/2004 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
A Administração não tem liberdade para impor a alteração como e quando
melhor lhe aprouver; é preciso apresentar o motivo justificador da
alteração: fato superveniente à contratação, a revelar que a solução
identificada na fase de planejamento não se revelou a mais adequada.
(Acórdão 172/2009 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
A alteração em projeto de obra é medida excepcional, devendo ser
justificável tecnicamente e ter como resultado “um ganho palpável,
qualitativo ou quantitativo, para o interesse público.”
(Acórdão 1801/2008 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
É possível a alteração no “objeto do contrato, desde que não haja,
evidentemente, desvirtuamento ou alteração radical do que foi ajustado.”
(Acórdão 2352/2006 – Plenário)
142
Erivan Pereira de Franca
Art. 57 ....
[...]
§ 1º Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega
admitem prorrogação, mantidas as demais cláusulas do contrato e
assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde
que ocorra algum dos seguintes motivos, devidamente autuados em
processo:
I - alteração do projeto ou especificações, pela Administração;
143
Erivan Pereira de Franca
DECRETO 9.507/2018
Art. 10. A gestão e a fiscalização da execução dos contratos compreendem
o conjunto de ações que objetivam:
[...]
III - prestar apoio à instrução processual e ao encaminhamento da
documentação pertinente para a formalização dos procedimentos
relativos a repactuação, reajuste, alteração, reequilíbrio, prorrogação,
pagamento, aplicação de sanções, extinção dos contratos, entre outras,
com vistas a assegurar o cumprimento das cláusulas do contrato a solução
de problemas relacionados ao objeto.
IN 05/2017
Art. 39. As atividades de gestão e fiscalização da execução contratual são o
conjunto de ações que tem por objetivo aferir o cumprimento dos
resultados previstos pela Administração para os serviços contratados,
verificar a regularidade das obrigações previdenciárias, fiscais e
trabalhistas, bem como prestar apoio à instrução processual e o
encaminhamento da documentação pertinente ao setor de contratos para
a formalização dos procedimentos relativos a repactuação, alteração,
reequilíbrio, prorrogação, pagamento, eventual aplicação de sanções,
extinção dos contratos, dentre outras, com vista a assegurar o
cumprimento das cláusulas avençadas e a solução de problemas relativos
ao objeto.
IN 05/2017
ANEXO X – DA ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS
2.4. As alterações deverão ser precedidas de instrução processual em que
deverão constar, no mínimo:
a) a descrição do objeto do contrato com as suas especificações e do modo
de execução;
b) a descrição detalhada da proposta de alteração;
c) a justificativa para a necessidade da alteração proposta e a referida
hipótese legal;
d) o detalhamento dos custos da alteração de forma a demonstrar que não
extrapola os limites legais e que mantém a equação econômico-financeira
do contrato; e
e) a ciência da contratada, por escrito, em relação às alterações propostas
no caso de alteração unilateral ou a sua concordância para as situações de
alteração por acordo das partes.
144
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
O fiscal do contrato tem o dever de conhecer os limites e as regras para
alterações contratuais definidos na Lei de Licitações, e, por conseguinte, a
obrigação de notificar seus superiores sobre a necessidade de realizar o
devido aditivo contratual, evitando a atestação da execução de itens não
previstos no ajuste, sob pena de ser-lhe aplicada a multa do art. 58, inciso
II, da Lei 8.443/92.
Em Auditoria realizada nas obras de construção da Residência para Idosos e
reforma da Casa de Transição, em Niterói (RJ), custeadas mediante contrato
de repasse com recursos do Departamento Penitenciário Nacional (Depen),
foram apontados indícios de irregularidades na conduta do fiscal do
contrato destinado à execução das obras. Realizada a audiência do
responsável, o relator considerou não elidida a irregularidade relativa ao
“pagamento por serviços não previstos no Contrato (...) sem o necessário
aditivo contratual, em dissonância com o disposto no art. 60 da Lei
8.666/1993”. Para o relator, embora a falha seja observada
frequentemente na execução dos contratos de repasse relacionados a
obras em estabelecimentos penitenciários, “o caso em tela denota uma
alteração de objeto tão expressiva em relação ao que foi licitado, que não
poderia ter sido admitida pelo fiscal do contrato”. Acrescentou que, no caso
em exame, 61,3% do valor total acumulado dos boletins de medição
equivaleram a itens não previstos no contrato, sendo evidente a
responsabilidade do fiscal, o qual teria atestado os boletins sem autorização
superior para a execução dos novos itens. Ademais, “a inclusão desses itens
deu-se por meio de uma espécie de re-ratificação do contrato feita
diretamente nos boletins de medição, sem a formalização do necessário
termo aditivo”. Nesse sentido, destacou o relator que “o senso de diligência
exigível a um engenheiro fiscal de contrato, aqui considerado sob o conceito
de homo medius, impor-lhe-ia o dever de conhecimento dos limites e regras
para alterações contratuais definidos no Estatuto de Licitações, e, por
conseguinte, a obrigação de notificar seus superiores sobre a necessidade
de realizar o necessário aditivo contratual, em respeito à exigência
estabelecida no caput do art. 60 da Lei 8.666/93”. Ainda sobre a conduta do
fiscal, ressaltou que a gravidade do procedimento adotado, de apenas
anotar a alteração diretamente nos boletins de medição, “foi ampliada em
virtude da elevada proporção das modificações em relação ao total das
medições (mais de 60%)”. Por fim, reforçou que o art. 67 da Lei 8.666/93
impõe ao fiscal do contrato “o dever de notificar seus superiores sobre
eventuais ocorrências que extrapolem sua alçada decisória”. Diante do
exposto pelo relator, o Tribunal decidiu, no ponto, rejeitar as justificativas
apresentadas pelo responsável, aplicando-lhe a multa prevista no inciso II
do art. 58 da Lei 8.443/92.
(Acórdão 43/2015 – Plenário – INFORMATIVO 228)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.4.2 no tocante a aditamentos contratuais que importem em aumento de
quantitativos de serviços ou inclusão de serviços inicialmente não previstos,
145
Erivan Pereira de Franca
146
Erivan Pereira de Franca
147
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
A alteração em contrato sem que seja precedida de termo aditivo é ilegal.
Acórdão
9.1. determinar, com fundamento no art. 250, inciso II do Regimento
Interno/TCU, à Fundação Universidade Federal do Acre (Ufac) , que:
9.1.1. nas próximas licitações abstenha-se de realizar alterações em
contratos sem que seja precedida de termos aditivos, em atendimento ao
que dispõe os arts. 60 e 65, da Lei 8.666/93, a exemplo do que foi
148
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Enunciado
A Administração tem o dever de celebrar termo aditivo formalizando as
alterações contratuais das condições inicialmente pactuadas.
Voto
09. Quanto à ocorrência de sobrepreço nos preços unitários de serviços
significativos no Contrato 25/2011, entendo que a impropriedade reveste-
se de maior relevância, ante a possibilidade da prática de jogo de planilha
que a ocorrência propicia. Dessa forma, entendo que deve ser determinado
ao órgão que, nas alterações contratuais que venham eventualmente a
ocorrer, atente para que não seja reduzido o desconto inicial em favor da
Administração, ou seja, o desconto global de 11,5% do contrato em relação
aos preços referenciais do Sicro e Sinapi, em cumprimento ao art. 127, § 5º,
inciso I, da Lei 12.309/2010 (LDO 2011) .
10. Por fim, tendo em vista a informação de que, na execução do Contrato
23/2008, não foram obedecidos os quantitativos pactuados no tocante aos
serviços de readequação do projeto executivo, entendo pertinente
determinar que as alterações contratuais sejam formalizadas por meio de
termo aditivo.
Acórdão
9.3. dar ciência ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas -
Dnocs que:
[...]
9.3.3. a Administração tem o dever de celebrar termo aditivo formalizando
as alterações contratuais das condições inicialmente pactuadas, a exemplo
daquelas identificadas na execução do Contrato 23/2008, em conformidade
com as disposições do art. 65, inciso I, da Lei 8.666/1993;
(Acórdão 2630/2011 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Por ocasião da celebração de aditamentos para prorrogação do prazo de
vigência dos contratos de prestação de serviços executados de forma
contínua:
• adote providências no sentido de promover a assinatura dos respectivos
termos de aditamento até o término da vigência do respectivo contrato,
uma vez que, transposta a data final de vigência, o contrato é considerado
extinto, não sendo juridicamente cabível a prorrogação ou a continuidade
da execução dele, nem a assinatura com data retroativa, nos termos do art.
60, parágrafo único, da Lei nº 8.666/1993;
149
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
É sabido que o contrato administrativo é sempre bilateral e, em regra,
formal. Assim no que diz respeito à matéria aditamento é importante que a
administração pública diligencie para que a assinatura dos termos de
aditamento sejam promovidas até o término da vigência contratual, uma
vez que, após o decurso do prazo, numa visão positivista, o contrato
considera-se extinto. Todavia, nesses casos, o Tribunal tem relevado a
referida inconsistência, tendo em vista o interesse público em jogo. Não
seria razoável penalizar a sociedade em razão da inércia do agente público
em adotar uma formalidade, ainda que de importante valor, e sobretudo
em razão de tal providência, embora extemporânea, ter sido
implementada. Ressalte-se que a jurisprudência desta Corte tem
caminhado nesse entendimento: Acórdãos 132/2005, 1727/2004 e
1257/2004, todos do Plenário. Por essa razão, a proposta de
encaminhamento segue no sentido de determinar ao órgão que proceda
tempestivamente à formalização dos aditamentos, de modo a evitar a
execução de serviços sem cobertura contratual ou a própria extinção do
contrato
(Acórdão 1808/2008 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Observe, no tocante a aditamentos contratuais que importem aumento de
quantitativos de serviços, ou inclusão de serviços inicialmente não
previstos, as referidas alterações somente poderão ser executadas após a
formalização do correspondente termo de aditamento, tendo em vista o
disposto no art. 60, parágrafo único, da Lei nº 8.666/1993.
(Acórdão 1489/2004 – Plenário)
IN 05/2017
ANEXO X – DA ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS
2. As alterações contratuais devem ser promovidas mediante celebração de
termo aditivo, que deverá ser submetido à prévia aprovação da consultoria
jurídica do órgão ou entidade contratante.
[...]
2.3. É vedado promover modificação no contrato sem prévio
procedimento por aditamento ou apostilamento contratual.
150
Erivan Pereira de Franca
151
Erivan Pereira de Franca
Parte 5
152
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
A fixação de prazo de vigência para as contratações efetuadas pela
Administração Pública é, à luz do art. 37, inciso XXI, da Constituição
Federal, impositiva, independentemente do regime legal sob o qual foram
fundamentadas.
Pedido de Reexame interposto pela Petrobras em sede de Levantamento de
Auditoria questionou determinações expedidas pelo Acórdão 1.765/2012-
Plenário. Em especial, a estatal argumentou ser inadequada a determinação
de revisão de contratos anteriores à Lei 8.666/93, realizados sem licitação,
nos quais, entre outras faltas, não havia sido determinado prazo de
153
Erivan Pereira de Franca
154
Erivan Pereira de Franca
155
Erivan Pereira de Franca
Para ter-se por legítima a renovação contratual de que aqui cuidamos, o TCU
tem exigido que se demonstre cabalmente tratar-se o objeto de serviço contínuo –
mediante demonstração técnica – e que haja clara vantagem no negócio para a
Administração. Tem aquela Corte de Contas entendido que a prorrogação de
vigência é uma renovação do ajuste originalmente pactuado.
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
83. Com efeito, assiste razão à unidade técnica. Conforme o Acórdão
10138/2017-TCU-Segunda Câmara, o caráter contínuo de um serviço (art.
57, inciso II, da Lei 8.666/1993) é determinado por sua essencialidade para
assegurar a integridade do patrimônio público de forma rotineira e
permanente ou para manter o funcionamento das atividades finalísticas do
ente administrativo, de modo que sua interrupção possa comprometer a
prestação de um serviço público ou o cumprimento da missão institucional.
[...]
9.1. determinar à Secretaria de Comunicação Social da Presidência da
República (Secom/PR) que:
9.1.1. oriente todas as entidades integrantes do Sistema de Comunicação
Social (Sicom):
[...]
9.1.1.2. de que é irregular a prorrogação de contratos de patrocínio, com
base no art. 57, inciso II, da Lei 8.666/1993, uma vez que não se constituem
em serviço de natureza contínua, deixando de validar contratos nesta
condição;
(Acórdão 2770/2018 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
19. Quanto à suposta natureza continuada dos serviços para justificar
prorrogações contratuais de até sessenta meses, a alegação de que teria
sido motivada pela dificuldade e onerosidade do processo administrativo
licitatório não é suficiente para justificar o enquadramento dos serviços de
realização de eventos como contínuos.
20. Como destacado pela Secex/BA, o enquadramento como serviço de
natureza continuada depende de caracterizá-lo como essencial “para
assegurar a integridade do patrimônio público de forma rotineira e
permanente ou para manter o funcionamento das atividades finalísticas
do ente administrativo, de modo que sua interrupção possa comprometer
156
Erivan Pereira de Franca
157
Erivan Pereira de Franca
IN 05/2017
ANEXO IX
DA VIGÊNCIA E DA PRORROGAÇÃO
12. Nos contratos de prestação de serviços de natureza continuada, deve-se
observar que:
a) o prazo de vigência originário, de regra, é de 12 (doze) meses;
b) excepcionalmente, este prazo poderá ser fixado por período superior a
12 meses, nos casos em que, diante da peculiaridade e/ou complexidade do
objeto, fique tecnicamente demonstrado o benefício advindo para a
Administração; e
c) é juridicamente possível a prorrogação do Contrato por prazo diverso do
contratado originalmente.
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
16. Assiste razão parcial ao responsável quando afirma que um horizonte
de prazo contratual maior leva à oferta de preços menores no caso do
serviço em questão. Na verdade, existe a possibilidade de que a diminuição
nos custos assumidos pelo prestador do serviço não afete o preço ofertado,
por exemplo, quando há falhas de mercado, como a formação de cartéis ou
monopólio. Deve-se considerar, inclusive, que prazos maiores fazem
necessário investir maior esforço e recursos no controle da prestação dos
serviços contratado, uma vez que aumentam os riscos de que o contrato
não seja cumprido adequadamente. Além disso, ainda que mais econômica,
pelos mesmos motivos, a contratação pode não atingir os objetivos
almejados.
17. Assim, não basta presumir que a contratação por um maior prazo é
mais econômica, como ocorreu neste caso. O prazo contratual deve ser
estabelecido considerando-se as circunstâncias de forma objetiva, fazendo-
se registrar no processo próprio o modo como interferem na decisão e
158
Erivan Pereira de Franca
159
Erivan Pereira de Franca
160
Erivan Pereira de Franca
DOUTRINA
Parece-nos lícito admitir que os contratos de serviço de execução
continuada possam ser celebrados com prazo de vigência superior a 12
meses, o mesmo sendo válido para as eventuais prorrogações, observado o
limite de 60 meses. Para que não se observe o padrão de vigência de 12
meses, é necessário, todavia, que se justifique a adoção de prazo diverso,
tendo em vista a obtenção de vantagens para a Administração Pública.
(Lucas Rocha Furtado)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.3.1. providencie, tempestivamente, a celebração de aditivos contratuais,
quando for necessária a prorrogação do prazo de execução das obras ou
serviços contratados, evitando, assim, a assinatura e a celebração de aditivo
com data retroativa, a execução de serviços sem cobertura contratual e/ou
a formalização de aditivos após a extinção do contrato;
(Acórdão 1727/2004 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.8.12. adote as providências cabíveis para que sejam promovidos os
processos licitatórios com a antecedência necessária para a sua conclusão
antes do término do contrato vigente, evitando-se contratações
emergenciais, com dispensa de licitação, fundamentada no art. 24, inciso
IV, da Lei n.º 8.666/1993, quando não estiverem absolutamente
caracterizados os casos de emergência e calamidade pública estabelecidos
no citado dispositivo legal, por ferir o princípio do planejamento, esculpido
no Decreto-lei n.º 200/1967;
(Acórdão 2399/2010 – Segunda Câmara)
162
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
1. A contratação direta com fundamento em situação emergencial deve
decorrer de evento incerto e imprevisível, e não da falta de planejamento
ou desídia administrativa do gestor.
(Acórdão 310/2009 – Primeira Câmara)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.2.2. adote providências no sentido de melhor planejar a execução e a
finalização de seus contratos, promovendo tempestivamente as medidas
necessárias à conclusão das licitações que visam à substituição desses
contratos dentro dos prazos de vencimento, de modo a evitar prorrogações
ou contratação emergencial decorrentes da ausência desse planejamento.
(Acórdão 552/2008 – Plenário)
163
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
1.3.2.3. por terem natureza de execução continuada, inclua cláusula com
previsão de possibilidade de prorrogação da vigência, mediante termo
aditivo, por iguais e sucessivos períodos, até o limite máximo de sessenta
meses de duração, e desde que sejam mantidos os preços e condições
mais vantajosos para a Entidade, conforme disposto no art. 2° c/c o
parágrafo único do art. 25 de seu Regulamento de Licitações e Contratos.
(Acórdão 31/2008 – Primeira Câmara – Relação)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.7.6. quando da proximidade das renovações contratuais, proceda aos
levantamentos de requisitos e as respectivas pesquisa de preços em
conformidade com os quantitativos realizados e expectativas de aumento
ou redução da demanda futura, de modo a aferir os valores unitários com
os preços praticados com os vigentes no mercado, com a antecedência
necessária à realização de Pregão, antes de findo o período de contratação,
se não assegurada a obtenção da proposta mais vantajosa com a
prorrogação;
(Acórdão 6286/2010 – Primeira Câmara)
164
Erivan Pereira de Franca
IN 05/2017
ANEXO IX
DA VIGÊNCIA E DA PRORROGAÇÃO
3. Nas contratações de serviços continuados, o contratado não tem direito
subjetivo à prorrogação contratual que objetiva a obtenção de preços e
condições mais vantajosas para a Administração, podendo ser prorrogados,
a cada 12 (doze) meses, até o limite de 60 (sessenta) meses, desde que a
instrução processual contemple:
a) estar formalmente demonstrado que a forma de prestação dos serviços
tem natureza continuada;
b) relatório que discorra sobre a execução do contrato, com informações de
que os serviços tenham sido prestados regularmente;
c) justificativa e motivo, por escrito, de que a Administração mantém
interesse na realização do serviço;
d) comprovação de que o valor do contrato permanece economicamente
vantajoso para a Administração;
e) manifestação expressa da contratada informando o interesse na
prorrogação; e
f) comprovação de que o contratado mantém as condições iniciais de
habilitação.
4. A comprovação de que trata a alínea “d” do item 3 acima deve ser
precedida de análise entre os preços contratados e aqueles praticados no
mercado de modo a concluir que a continuidade da contratação é mais
vantajosa que a realização de uma nova licitação, sem prejuízo de eventual
negociação com a contratada para adequação dos valores àqueles
encontrados na pesquisa de mercado.
5. A prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente
autorizada pela autoridade competente do setor de licitações, devendo ser
promovida mediante celebração de termo aditivo, o qual deverá ser
submetido à aprovação da consultoria jurídica do órgão ou entidade
contratante.
[...]
9. A Administração deverá realizar negociação contratual para a redução
e/ou eliminação dos custos fixos ou variáveis não renováveis que já tenham
sido amortizados ou pagos no primeiro ano da contratação.
[...]
11. A Administração não poderá prorrogar o contrato quando:
a) REVOGADO
b) a contratada tiver sido penalizada nas sanções de declaração de
inidoneidade, suspensão temporária ou impedimento de licitar e contratar
com poder público, observadas as abrangências de aplicação.
165
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
31.De todo modo, é certo que a manutenção de condições vantajosas para
a Administração é requisito para prorrogação de contratos de prestação de
serviços contínuos, conforme se depreende do art. 57, inciso II, da então
aplicável Lei 8.666/1993, e do art. 31, caput, da nova Lei 13.303/2016, que
atualmente dispõe sobre o estatuto jurídico das empresas estatais.
32.Dito isso, julgo imprescindível salientar que cada ato de prorrogação
equivale a uma renovação contratual, motivo pelo qual a decisão pela
prorrogação de uma determinada contratação deve ser devidamente
planejada e motivada (e.g., Acórdão 213/2017-TCU-Plenário). Nessa linha, a
definição do preço de referência constitui uma etapa fundamental também
das prorrogações contratuais, devendo serem adotadas todas as boas
práticas ao alcance da entidade contratante.
[ACÓRDÃO]
9.2. [...] determinar à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos que:
9.2.1. condicione eventual prorrogação das contratações decorrentes do
modelo sob exame (conforme tabela 1 do item 5.1 do memorial à peça 100
- p. 9) à demonstração de que estão sendo mantidas as condições mais
vantajosas para a Administração, à luz do art. 57, inciso II, da Lei
8.666/1993, e/ou do art. 31, caput, da Lei 13.303/2016, c/c a jurisprudência
desta Corte (e.g., Acórdão 213/2017-TCU-Plenário) , adotando todas as
boas práticas ao alcance da entidade contratante, a exemplo das
conclusões contidas no parecer 2/2013-CPLC/PGF/AGU, dos procedimentos
para a realização de pesquisa e cálculo do preço de referência previstos no
Manual de Licitação e Contratação, da utilização de históricos de despesa
obtidos a partir de relatórios extraídos do sistema e da projeção dos custos
alicerçados em Indicadores de Gestão da Frota;
(Acórdão 120/2018 – Plenário)
166
Erivan Pereira de Franca
Anuência do contratado
Por fim, impende anotar que a renovação do contrato não pode ser imposta
ao contratado. O ato é sempre consensual.
167
Erivan Pereira de Franca
169
Erivan Pereira de Franca
Parte 6
170
Erivan Pereira de Franca
171
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
1.7. Determinações/Recomendações/Orientações:
1.7.1. dar ciência [...] que a ausência da adoção, pelos agentes públicos
responsáveis pelo processo licitatório, das providências administrativas
cabíveis para apuração da conduta de empresas participantes de pregão
que, uma vez convocadas pelo pregoeiro, deixam de apresentar a
documentação exigida no certame com vistas à aferição de suas propostas
segundo os preços supostamente mais vantajosos para a Administração, a
exemplo do verificado quanto aos itens 1 e 2 do Pregão Eletrônico Ufac
2/2018 (SRP) , constitui inobservância, por esses agentes, das medidas
necessárias ao efetivo cumprimento do art. 7º da Lei 10.520/2002 para
prevenção da conduta irregular desses participantes, podendo a conduta
vir a ser objeto de sanção por este Tribunal.
(Acórdão 1999/2019 – Plenário)
172
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[SUMÁRIO]
TOMADA DE CONTAS ESPECIAL. PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO
ESCOLAR. IRREGULARIDADE NA APLICAÇÃO DE RECURSOS. ELISÃO DO
DÉBITO. FALHAS VERIFICADAS NA DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS ÀS
ESCOLAS E NA EXECUÇÃO DE CONTRATO DE FORNECIMENTO. CONTAS
JULGADAS REGULARES COM RESSALVAS. DETERMINAÇÃO. O âmbito de
discricionariedade na aplicação de sanções em contratos administrativos
não faculta ao gestor, verificada a inadimplência injustificada da
contratada, simplesmente abster-se de aplicar-lhe as medidas previstas
em lei, mas sopesar a gravidade dos fatos e os motivos da não execução
para escolher uma das penas exigidas nos arts. 86 e 87 da Lei 8.666/92,
observado o devido processo legal.
[ACÓRDÃO]
9.1.1. abstenha-se de promover a rescisão amigável de contratos,
fundamentada no art. 79, inciso II, da Lei 8.666/93, quando não for
demonstrada a conveniência do ato para a Administração e configurado o
descumprimento, ainda que parcial, das condições pactuadas pelas
empresas contratadas, lembrando que, em tais circunstâncias, respeitado o
devido processo legal, as responsáveis estão sujeitas a uma das sanções
previstas nos arts. 86 e 87 do referido diploma legal;
(Acórdão 2558/2006 – Segunda Câmara)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
12. Recupero, a seguir, de forma sintética, os bem lançados argumentos do
MP/TCU em prol da integridade da determinação constante do item 9.2.1
do acórdão guerreado:
a) a empresa recorrente já estava em mora por ocasião do pedido de
suspensão da apresentação da garantia contratualmente exigível (carta
fiança) e da execução do contrato, visto que esse pedido foi feito em
18/03/2009, embora o contrato tivesse sido assinado em 9/3/2009,
havendo que se ter em conta que o prazo para prestar a garantia era de
cinco dias úteis;
b) não obstante a suspensão do contrato e da prestação de garantia tenha
expirado em 16/6/2009, a carta de fiança contratada pela recorrente junto
a instituição bancária só foi prestada como garantia em 15/7/2009, ou seja,
um mês depois da condição suspensiva, e ainda assim após notificação da
Codevasf;
c) não se justifica a Codevasf deixar de exigir o cumprimento da garantia
nem aplicar a multa contratual pelo inadimplemento dessa obrigação,
visto que incorreu em inaceitável risco de prejuízo, descurando do interesse
público;
173
Erivan Pereira de Franca
174
Erivan Pereira de Franca
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Erivan Pereira de Franca
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Erivan Pereira de Franca
❑ Fato típico:
❑ Fatos típicos:
178
Erivan Pereira de Franca
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Erivan Pereira de Franca
❑ Fato típico:
❑ Fatos típicos:
▪ Infrações previstas nos incisos II, III, IV, V, VI e VII do caput do art.
155 (art. 156, § 3º):
❑ Fatos típicos:
▪ Infrações previstas nos incisos VIII, IX, X, XI e XII do caput do art. 155
(art. 156, § 4º):
180
Erivan Pereira de Franca
Porém, tem-se entendido que a lei não precisa exaurir os fatos típicos, sendo
aceitável a tipificação em termos genéricos. Observa-se que a Lei nº 8.666/93
contemplou um elenco de sanções, mas não definiu, de modo razoavelmente
preciso, as hipóteses de sua aplicação (hipóteses de incidência), fazendo apenas
alusão à “inexecução total ou parcial” do contrato (art. 87, caput).
181
Erivan Pereira de Franca
182
Erivan Pereira de Franca
183
Erivan Pereira de Franca
IN SGD/ME 01/2019
Art. 19. O Modelo de Gestão do Contrato, definido a partir do Modelo de
Execução do Contrato, deverá contemplar as condições para gestão e
fiscalização do contrato de fornecimento da solução de TIC, observando:
[...]
184
Erivan Pereira de Franca
IN 05/2017
ANEXO V - DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO BÁSICO (PB) OU
TERMO DE REFERÊNCIA (TR)
2.6. Modelo de gestão do contrato e critérios de medição e pagamento:
[...]
j) Definir as sanções, glosas e condições para rescisão contratual,
devidamente justificadas e os respectivos procedimentos para aplicação,
utilizando como referencial os modelos de minutas padronizados de atos
convocatórios e contratos da Advocacia-Geral da União, bem como às
seguintes diretrizes:
[...]
j.2. definir o rigor das sanções de que trata o subitem j.1, de modo que
sejam proporcionais ao prejuízo causado pela desconformidade;
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Erivan Pereira de Franca
[VOTO VISTA]
Não é lícito ao Poder Público, diante da imprecisão da lei, aplicar os incisos
do artigo 87 sem qualquer critério. Como se pode observar pela leitura do
dispositivo, há uma gradação entre as sanções. Embora não esteja o
administrador submetido ao princípio da pena específica, vigora no Direito
Administrativo o princípio da proporcionalidade.
[...]
Impõe-se reconhecer, contudo, que, nas relações entre o particular e a
Administração o interesse público prepondera, razão pela qual não se pode,
a priori, afastar a aplicação da pena administrativa.
Por outro lado, não é lícito ao Poder Público, diante da imprecisão da lei,
aplicar os incisos do artigo 87 sem qualquer critério. Como se pode
observar pela leitura do dispositivo, há uma gradação entre as sanções.
Embora, ao contrário do Direito Penal, não esteja o administrador
submetido ao princípio da pena específica, vigora no Direito Administrativo
o princípio da proporcionalidade.
(MS 7.311/DF, DJ 02/06/2003)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.1. recomendar [...] que avalie a conveniência e oportunidade de
estabelecer nas contratações de serviço, em observância aos princípios da
proporcionalidade e da razoabilidade, cláusulas de penalidades específicas
para serviços executados em desconformidade, prevendo punições
proporcionais ao grau ou à gravidade do descumprimento, com vistas a
aprimorar a eventual aplicação de sanções contratuais;
(Acórdão 379/2017 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
19. Quanto à falha na definição das sanções administrativas aplicáveis ao
contrato, a Selog também não acatou a justificativa lavrada no sentido de
que a cláusula seguiu modelos adotados por outros órgãos. Como
enfatizado na instrução, não é razoável prever a aplicação de multa de até
5% do valor do contrato por infração a qualquer cláusula ou condição
contratual, uma vez que não há hierarquia de relevância entre as possíveis
infrações e suas consequências.
20. De fato, trata-se de cominação genérica, cuja aplicação fica à mercê da
subjetividade do gestor. Nesse caso, a previsão acaba por se tornar inócua,
ou passível de questionamento judicial. Por conseguinte, manifesto-me de
acordo com a proposta de determinar-se ao MDA que, no edital que vier a
substituir o certame em comento, preveja situações claras para aplicação
das penalidades, estabelecendo gradações entre as sanções de acordo com
o potencial de lesão que poderá advir de cada conduta a ser apenada.
[ACÓRDÃO]
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Erivan Pereira de Franca
9.3. determinar [...] que, caso opte por realizar nova licitação em
substituição ao Pregão Eletrônico 10/2015:
9.3.2. em atenção ao disposto no art. 55, incisos VII, VIII e IX, da Lei
8.666/93, preveja, no edital e no respectivo contrato, situações claras para
aplicação das penalidades, estabelecendo gradações entre as sanções de
acordo com o potencial de lesão que poderá advir de cada conduta a ser
apenada;
(Acórdão 607/2016 - Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.2 recomendar [...] que: [...]
9.1.34. no seu modelo de processo de aquisições para a contratação de
bens e serviços, e na gestão dos contratos decorrentes que vierem a ser
elaborados, inclua o seguinte controle interno na etapa de elaboração do
termo de referência ou projeto básico:
[...]
9.1.34.3. prever, no edital de pregão, cláusulas de penalidades específicas
para cada conduta que possa se enquadrar no contido na Lei 10.520/2002,
art. 7º, observando os princípios da proporcionalidade e prudência;
9.1.35. no seu modelo de processo de aquisições para a contratação de
bens e serviços, e na gestão dos contratos decorrentes que vierem a ser
elaborados, inclua os seguintes controles internos na etapa de elaboração
do termo de referência ou projeto básico: [...]
9.1.35.1. atrelar multas às obrigações da contratada estabelecidas no
modelo de execução do objeto (e.g. multas por atraso de entrega de
produtos e por recusa de produtos);
9.1.35.2. definir o rigor de cada multa de modo que seja proporcional ao
prejuízo causado pela desconformidade;
9.1.35.3. definir o processo de aferição da desconformidade que leva à
multa (e.g. cálculo do nível de serviço obtido);
9.1.35.4. definir a forma de cálculo da multa, de modo que seja o mais
simples possível;
9.1.35.5. definir o que fazer se as multas se acumularem (e.g. distrato), e
(Acórdão 1520/2015 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Preveja, tanto no edital quanto no respectivo contrato, situações claras
para aplicação das penalidades, estabelecendo gradações entre as sanções
de acordo com o potencial de lesão que poderá advir de cada conduta a ser
apenada, em atenção ao disposto no art. 55, incisos VII, VIII e IX, da Lei nº
8.666/1993.
(Acórdão 137/2010– Primeira Câmara – Relação)
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Erivan Pereira de Franca
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IN 05/2017
Art. 68. Identificada a infração ao contrato, inclusive quanto à
inobservância do prazo fixado para apresentação da garantia, o órgão ou
entidade deverá providenciar a autuação de procedimento administrativo
específico para aplicação de sanções à contratada e a consequente
rescisão contratual, se for o caso, de acordo com as regras previstas no ato
convocatório, na legislação correlata e nas orientações estabelecidas em
normativo interno do órgão ou entidade, quando houver, podendo utilizar
como referência os Cadernos de Logística disponibilizados pela Secretaria
de Gestão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
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Erivan Pereira de Franca
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Erivan Pereira de Franca
IN CNJ 24/2013
Art. 16. A Administração responderá quaisquer manifestações,
questionamentos formulados pela contratada, de acordo com os princípios
da razoabilidade e proporcionalidade.
Art. 17. Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões
ou cópias reprográficas dos dados e documentos que o integram
ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou
pelo direito à privacidade, à honra e à imagem.
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Erivan Pereira de Franca
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Erivan Pereira de Franca
Tanto numa como noutra situação, os agentes que têm a obrigação de apurar
as ocorrências não são responsáveis– não têm competência – pela aplicação da
pena.
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Erivan Pereira de Franca
O gestor, por sua vez, exerce poder decisório: delibera sobre o curso da
contratação e decide os incidentes que ocorrem durante a vida do contrato
(reajuste, revisão, repactuação, aplicação de sanções, rescisão etc.), como é o caso
da aplicação de penalidades.
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Erivan Pereira de Franca
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DECRETO 9.507/2018
Art. 10. A gestão e a fiscalização da execução dos contratos compreendem
o conjunto de ações que objetivam:
[...]
III - prestar apoio à instrução processual e ao encaminhamento da
documentação pertinente para a formalização dos procedimentos
relativos a repactuação, reajuste, alteração, reequilíbrio, prorrogação,
pagamento, aplicação de sanções, extinção dos contratos, entre outras,
com vistas a assegurar o cumprimento das cláusulas do contrato a solução
de problemas relacionados ao objeto.
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Erivan Pereira de Franca
Ao fiscal não é dado decidir pela aplicação ou não da sanção ou pela rescisão
contratual. É seu dever consignar no processo de fiscalização e pagamento as
informações pertinentes e submeter o assunto à consideração superior.
LEI 8.666/93
Art. 67. ....
[...]
§ 2o As decisões e providências que ultrapassarem a competência do
representante deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil
para a adoção das medidas convenientes.
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Parte 7
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Erivan Pereira de Franca
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Erivan Pereira de Franca
[...]
XVII – serviços não contínuos ou contratados por escopo: aqueles que
impõem ao contratado o dever de realizar a prestação de um serviço
específico em período predeterminado, podendo ser prorrogado, desde
que justificadamente, pelo prazo necessário à conclusão do objeto;
IN 05/2017
Art. 15. Os serviços prestados de forma contínua são aqueles que, pela sua
essencialidade, visam atender à necessidade pública de forma permanente
e contínua, por mais de um exercício financeiro, assegurando a integridade
do patrimônio público ou o funcionamento das atividades finalísticas do
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Erivan Pereira de Franca
ORIENTAÇÃO DO TCU
Serviços de natureza contínua são serviços auxiliares e necessários à
Administração no desempenho das respectivas atribuições. São aqueles
que, se interrompidos, podem comprometer a continuidade de atividades
essenciais e cuja contratação deva estender-se por mais de um exercício
financeiro.
DOUTRINA
Serviço de execução continuada é o que não pode sofrer solução de
continuidade na prestação que se alonga no tempo, sob pena de causar
prejuízos à Administração Pública que dele necessita. Por ser de
necessidade perene para a Administração Pública, é atividade que não pode
ter sua execução paralisada, sem acarretar-lhe danos. É, em suma, aquele
serviço cuja continuidade da execução a Administração Pública não pode
dispor, sob pena do comprometimento do interesse público.
(Diógenes Gasparini)
207
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[SUMÁRIO]
A natureza do serviço, sob o aspecto da execução de forma continuada ou
não, questão abordada no inciso II, do art. 57, da Lei nº 8.666/1993, não
pode ser definida de forma genérica, e sim vinculada às características e
necessidades do órgão ou entidade contratante.
[VOTO]
25. Quanto a este aspecto, ressalto posicionamento já adotado pelo
Plenário do TCU no sentido de que a natureza de um serviço, se executado
de forma contínua ou não, não pode ser definida de forma genérica, e sim
vinculada às características e às necessidades do órgão ou entidade
contratante. Isso se aplica às ações de publicidade: a sua definição
como serviço de caráter contínuo deverá ser efetivada a partir da análise de
cada caso concreto. Nesse enfoque, cito os Acórdãos 35/2000 - Plenário e
132/2008 - 2ª Câmara.
26. Ao analisar o objeto da licitação, com foco no edital e em seus anexos,
em especial no Anexo 1 (fls. 32/56, Anexo 1), e, a partir da percepção da
natureza da entidade, com funções, dentre outras, de normatização, de
controle, e de julgamento em última instância administrativa de petições
envolvendo o exercício das profissões regulamentadas vinculadas ao
Sistema Confea/Crea, integradas por mais de 800.000 profissionais
registrados, 200.000 empresas da área tecnológica e 27 Conselhos
Regionais, e do detalhamento dos serviços de publicidade e mídia que são
desenvolvidas ao longo do ano, verifico que tais ações se revestem do
caráter de continuidade para o Confea.
(Acórdão 4614/2008 – Segunda Câmara)
208
Erivan Pereira de Franca
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Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
É irregular a prorrogação de contratos de patrocínio com base no art. 57,
inciso II, da Lei 8.666/1993, uma vez que não se constituem em serviço de
natureza contínua.
O TCU apreciou relatório com a consolidação de achados obtidos em
auditorias de conformidade realizadas na Secretaria Especial de
Comunicação Social (Secom/PR), no Ministério do Esporte e em diversas
empresas estatais, no âmbito de Fiscalização de Orientação Centralizada
(FOC) que objetivou avaliar a conformidade do processo de contratação de
patrocínios firmados entre empresas estatais e entidades esportivas. No
decorrer da fiscalização, foram identificadas situações de prorrogação de
contratos de patrocínio com fulcro no art. 57, inciso II, da Lei 8.666/1993.
Conforme detalhado pelo relator, "referido dispositivo legal prevê a
possibilidade de prorrogação dos contratos relativos à prestação de serviços
contínuos, com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas
para a administração, limitada a 60 meses. Por sua vez, a IN SLTI 2/2008
define, em seu Anexo I, XXI, serviços continuados como aqueles cuja
interrupção possa comprometer a continuidade das atividades da
Administração e cuja necessidade de contratação deva estender-se por mais
de um exercício financeiro e continuamente". Destacou, ainda, que "o
caráter contínuo de um serviço (art. 57, inciso II, da Lei 8.666/1993) é
210
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Representação formulada ao TCU apontou possíveis irregularidades no
Pregão Eletrônico 11/2016, promovido pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) com vistas à contratação de
serviços especializados de aplicação e correção do Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes (Enade). Entre as irregularidades suscitadas,
mereceu destaque a indevida caracterização dos aludidos serviços como
sendo de natureza contínua. Instada a se manifestar nos autos, a entidade
alegou, em essência, que o objeto "trataria de necessidade permanente da
entidade, e a realização de licitação a cada ano configuraria risco
insuportável de interrupção na execução dos serviços, com vários prejuízos
(não emissão de históricos e diplomas dos alunos e não realização do
cálculo dos indicadores de qualidade dos cursos de graduação utilizados
para instrução dos processos de autorização e reconhecimento de cursos e
credenciamento de instituições)". Além disso, "a existência de prestações
específicas e determinadas, com prazo individual, não conduziria à
qualificação da atividade como contrato de escopo". Em seu voto,
preliminarmente, o relator transcreveu o art. 15 da IN SEGES/MPDG
5/2017, que assim dispõe: "Os serviços prestados de forma contínua são
aqueles que, pela sua essencialidade, visam atender à necessidade pública
de forma permanente e contínua, por mais de um exercício financeiro,
assegurando a integridade do patrimônio público ou o funcionamento das
atividades finalísticas do órgão ou entidade, de modo que sua interrupção
possa comprometer a prestação de um serviço público ou o cumprimento da
missão institucional". Para ele, exames como o Enade são compostos de
211
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
2. A licitação teve por objeto a contratação de empresa especializada na
prestação de serviços de organização, planejamento, promoção e execução
de eventos, elaboração e fornecimento de infraestrutura de locação de
espaço físico, com mobiliário necessário e adequado, fornecimento de
212
Erivan Pereira de Franca
213
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
11. [...], os serviços objeto do contrato 22101/022/2001 - manutenção,
fornecimento, instalação, recuperação e remanejamento de divisórias,
armários, balcões, lambris e estações de trabalho - não se coadunam com o
conceito de natureza contínua. Dessa forma, o presente caso concreto
refoge ao que preconiza o art. 57, inciso II, da Lei 8.666/1993, v.g.
entendimento firmado por essa Corte no julgamento do Acórdão
2.682/2005, que aponta apenas tratarem de serviços contínuos “contratos
cujos objetos correspondam a obrigações de fazer e a necessidades
permanentes”.
12. Cabe destacar que o parecer DJC/CJAG/CJ 345, de 15/3/2001, emitido
pela Consultoria Jurídica do Mapa, ao analisar as minutas de edital de
concorrência e de contrato para o ajuste em tela, alertou que tais serviços
não poderiam ser definidos como de natureza contínua, razão pela qual
propôs que as referidas minutas fossem retificadas de forma a retirar a
possibilidade de prorrogação inicialmente prevista.
(Acórdão 6528/2013 – Primeira Câmara)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.4. dar ciência à Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária no Estado do Rio Grande do Sul [de] que:
9.4.4. a contratação de fornecimento de combustível não se caracteriza
como serviço de prestação continuada para fins do disposto no art. 57, II,
da Lei 8.666/1993, conforme reinteradas deliberações desta Corte de
Contas, a exemplo dos Acórdãos nº 4620/2010 - Segunda Câmara (subitem
9.8.4) e 409/2009 - Primeira Câmara (subitem 9.5.4) , (subitem 3.2.2.1 do
Relatório de Auditoria da CGU/RS);
(Acórdão 772/2012 – Primeira Câmara)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
25. No que concerne à classificação indevida de objeto de licitação como
sendo serviço de natureza continuada, em certame que resultou no
Contrato nº 1.326/2005, observo que, de fato, o procedimento adotado
pela Amazonas Energia S.A. caracterizou ofensa ao art. 57 da Lei nº 8.666,
de 1993, haja vista que o objeto do referido contrato não se compatibiliza
com o fundamento legal ora mencionado.
214
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
6. Acerca do objeto do contrato, registro que o Tribunal tem o
entendimento de que contratos de conservação rodoviária podem ser
classificados como serviços de execução continuada (Decisão 83/1993-
Plenário, ratificada pela Decisão 129/2002-1ª Câmara). Porém, nesse caso
específico, vejo, com base nos termos do contrato e do projeto básico
constantes dos autos, que os serviços contratados, realmente, não podiam
ser considerados como de natureza continuada, em razão da abrangência
do objeto que, além da manutenção do sistema viário, incluía itens
referentes à pavimentação, terraplenagem, sinalização, drenagem, entre
outros.
(Acórdão 1529/2011 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.3 determinar ao Sesi/CN que adote modalidade de licitação mais ampla,
no caso de contratação de serviços de natureza continuada, compatível
com o valor global do contrato, incluindo as possíveis prorrogações
previstas, alertando a entidade que serviços de consultoria não se
enquadram em serviços contínuos, de modo a não prorrogar contratos
dessa natureza, como ocorrido com as prorrogações irregulares do contrato
advindo do Convite nº 005/2004 com o Instituto [omissis];
(Acórdão 11.150/2011 – Segunda Câmara)
215
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
4. Os demais responsáveis foram chamados aos autos pelas seguintes
ocorrências:
4.1. audiência do Sr. [omissis], então chefe da Divisão Administrativa:
[...]
4.1.4. pela prorrogação do Contrato nº CRT/MT/0002/2004, referente a
fornecimento de passagens, sem que os serviços contratados fossem
caracterizados como de natureza contínua, conforme os casos
estabelecidos no inciso II do art. 57 da Lei nº 8.666, de 1993, além de: [...] e
iii) não observar que a execução contratual ultrapassou o limite previsto no
art. 65, §§ 1º e 2º, da Lei nº 8.666, de 1993;
(Acórdão 6780/2011 – Segunda Câmara)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[RELATÓRIO]
27. A natureza contínua do fornecimento de passagens aéreas deve ser
avaliada a partir da real necessidade do órgão de que esses serviços sejam
necessários ao desempenho de suas atividades negociais. No caso, a
Nuclep se localiza no Rio de Janeiro e seus principais clientes também.
Portanto, a realização de licitação anual para a contratação do serviço não
representa empecilho ao estabelecimento e desenvolvimento de suas
relações comerciais e transacionais.
28. Assim, entende-se que a irregularidade não se encontra na modalidade
adotada, mas na previsão de prorrogação do contrato por até 60 meses,
tendo em vista o fornecimento de passagens aéreas, no caso da empresa,
não se configurar como de natureza contínua, e não se enquadrar na
hipótese prevista no inciso II do art. 57 da Lei nº 8.666/93, consoante
pacífica jurisprudência desta Corte de Contas (Acórdão nº nº 87/2000 - 2ª
Câmara, Decisão n 2/2002 - 2ª Câmara, Acórdão nº 1136/2002 - Plenário -
TCU, Acórdão nº 1386/2005 - Plenário, Acórdão nº 1895/2005 - Plenário).
[ACÓRDÃO]
9.13. determinar à Nuclebras Equipamentos Pesados S/A - Nuclep que:
9.13.3. abstenha-se de prorrogar contratos de fornecimento de passagens
aéreas como se de serviços continuados fossem, utilizando-se,
equivocadamente, do inciso II do art. 57 da Lei nº 8.666, de 1993, em
conformidade com a jurisprudência recorrente deste Tribunal;
(Acórdão 4742/2009 – Segunda Câmara)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
Isso posto, passo a tratar de outra irregularidade, que também ensejou a
proposta de aplicação de multa aos dirigentes. Trata-se da prorrogação de
216
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Abstenha-se, por falta de amparo legal, de prorrogar os contratos de
aquisição de combustível e de passagens aéreas, bem como os dos demais
serviços que não se enquadrem como contínuos no seu caso concreto.
(Acórdão 4620/2010 – Segunda Câmara)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[SUMÁRIO]
REPRESENTAÇÃO. CONTRATO DE PUBLICIDADE. SERVIÇOS DE NATUREZA
CONTINUADA. DIVULGAÇÃO CONDIZENTE COM A IMAGEM DAS
SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA. IMPROCEDÊNCIA.
1. É legal a renovação sucessiva de contrato de publicidade por até
sessenta meses por haver previsão contratual e por se tratar de serviços de
natureza continuada.
(Acórdão 430/2008 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Evite realizar prorrogações indevidas em contratos e observe
rigorosamente o disposto no art. 57, inciso II, da Lei nº 8.666/1993,
considerando que a excepcionalidade de que trata o aludido dispositivo
está adstrita à prestação de serviços a serem executados de forma
contínua, não se aplicando aos contratos de aquisição de bens de
consumo.
(Acórdão 1512/2004 – Primeira Câmara - Relação)
217
Erivan Pereira de Franca
218
Erivan Pereira de Franca
IN 05/2017
Art. 17. Os serviços com regime de dedicação exclusiva de mão de obra
são aqueles em que o modelo de execução contratual exija, dentre outros
requisitos, que:
I - os empregados da contratada fiquem à disposição nas dependências da
contratante para a prestação dos serviços;
II - a contratada não compartilhe os recursos humanos e materiais
disponíveis de uma contratação para execução simultânea de outros
contratos; e
III - a contratada possibilite a fiscalização pela contratante quanto à
distribuição, controle e supervisão dos recursos humanos alocados aos seus
contratos.
Parágrafo único. Os serviços de que trata o caput poderão ser prestados
fora das dependências do órgão ou entidade, desde que não seja nas
dependências da contratada e presentes os requisitos dos incisos II e III.
219
Erivan Pereira de Franca
220
Erivan Pereira de Franca
IN RFB 971/2009
Art. 115. Cessão de mão-de-obra é a colocação à disposição da empresa
contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores
que realizem serviços contínuos, relacionados ou não com sua atividade
fim, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação, inclusive por
meio de trabalho temporário na forma da Lei nº 6.019, de 1974.
[...]
§ 3º Por colocação à disposição da empresa contratante, entende-se a
cessão do trabalhador, em caráter não eventual, respeitados os limites do
contrato.
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Parte 8
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DECRETO 9.507/2018
Art. 8º Os contratos de que trata este decreto conterão cláusulas que:
I - exijam da contratada declaração de responsabilidade exclusiva sobre a
quitação dos encargos trabalhistas e sociais decorrentes do contrato;
228
Erivan Pereira de Franca
A Lei de Custeio da Previdência Social – Lei 8.212/91 – não era aplicável aos
contratos celebrados pela Administração Pública, ante a prevalência do Decreto-
Lei 2.300/86, por ser lei especial. Vigorava, portanto, a regra de ausência de
responsabilidade da Administração.
229
Erivan Pereira de Franca
Já o art. 71 da Lei 8.666/93 foi alterado pela citada Lei 9.032/95, para
introduzir, no § 2º, a seguinte disposição: “A Administração Pública responde
solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes da
execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei n.º 8.212, de 24 de julho de
1991.”
230
Erivan Pereira de Franca
Por fim, a Lei 11.488/2007 apenas alterou o prazo previsto no caput do art.
31 da Lei 8.212/91 para o recolhimento do valor retido. Posteriormente, a Lei
11.933/2009 alterou a redação do dispositivo para permitir a retenção até o
vigésimo dia do mês subsequente ao da emissão da nota fiscal ou fatura.
Vê-se claramente que a nova redação do art. 31 da Lei 8.212/91 institui, para
a contribuição previdenciária – nos contratos administrativos de terceirização – a
técnica de arrecadação denominada substituição tributária, prevista no Código
Tributário Nacional.
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de
modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira
pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter
supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
231
Erivan Pereira de Franca
232
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU]
4. Com a nova redação dada pela Lei 11.488/2007 ao art. 31 da Lei
8.212/1991, os administradores públicos estão obrigados a efetuarem as
retenções indicadas naquele dispositivo, referentes às contribuições
previdenciárias do pessoal disponibilizado, por força de contrato, à
administração pública.
[Dispositivo]
9.2.4. efetue as retenções ordenadas no art. 31 da Lei 8.212/1991, com a
redação dada pela Lei 11.488/2007, relativamente aos gastos atribuíveis
aos salários do pessoal a ser disponibilizado pela contratada;
(Acórdão 2632/2007 – Plenário)
233
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[Relatório]
... a situação de inadimplência do contratado junto ao Poder Público é uma
irregularidade grave, pois além das dívidas fiscais onerarem a
Administração em sentido amplo, poderá onerar também a Administração
contratante, em face da solidariedade legalmente estabelecida, quanto
aos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato,
conforme art. 71, §2º da Lei 8.666/1993.
(Acórdão 1402/2008 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.2.6. adote as providências cabíveis com vistas à retenção, quando do
pagamento dos serviços executados, dos encargos previdenciários devidos
pelas empresas contratadas, conforme previsto no art. 31 da Lei nº
8.212/1991 e ante o disposto no art. 71, § 2º, da Lei nº 8.666/1993;
(Acórdão 2122/2008 – Primeira Câmara)
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Como dissemos, a retenção nada mais é que uma técnica, estabelecida em lei,
de substituição tributária, com vistas a facilitar os procedimentos de arrecadação e
fiscalização pelo fisco.
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DECRETO 9.507/2018
Art. 8º Os contratos de que trata este decreto conterão cláusulas que:
I - exijam da contratada declaração de responsabilidade exclusiva sobre a
quitação dos encargos trabalhistas e sociais decorrentes do contrato;
Esse entendimento ficou consolidado na Súmula 331 do TST, item IV, cuja
redação original era a seguinte.
JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
Súmula 331 (redação original)
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos
serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive quanto aos órgãos da
administração direta, das autarquias, das fundações públicas, das empresas
públicas e das sociedades de economia mista, desde que hajam participado
da relação processual e constem também do título executivo judicial (art.
71 da Lei nº 8.666, de 21.06.1993).
242
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JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.4. determinar [que altere o contrato] de forma a:
9.4.3. condicionar o pagamento dos serviços contratados à apresentação de
documento comprobatório do recolhimento mensal do INSS e do FGTS a
cargo da empresa contratada, gerado pelo SEFIP - Sistema Empresa de
Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (Guia de
Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações à
Previdência Social - GFIP; Guia de Recolhimento do FGTS - GRF ou
documento equivalente), de acordo com a legislação e os padrões
estabelecidos pela Previdência Social e pela Caixa Econômica Federal;
[VOTO]
25. Além disso, a deficiência nos controles para comprovar o recolhimento
mensal do INSS e do FGTS, faz surgir a possibilidade de responsabilização
solidária da Administração pelos encargos previdenciários resultantes da
execução contratual, como estabelece o §2º, do art. 7º, da Lei nº 8.666/93,
243
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
1. determinar [...] que, no âmbito da fiscalização do contrato [...], confira
especial atenção à análise do cumprimento das obrigações trabalhistas por
parte da contratada, em especial no que concerne às disposições da
convenção coletiva de trabalho, medida com o fito de evitar eventual dano
ao Erário decorrente da responsabilização subsidiariária do tomador dos
serviços, in casu, a Administração, quanto às aludidas obrigações;
(Acórdão 1662/2008 – Segunda Câmara)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.3.4. fiscalize a execução dos contratos de prestação de serviços, em
especial no que diz respeito à obrigatoriedade de a contratada arcar com
todas as despesas decorrentes de obrigações trabalhistas relativas a seus
empregados, de modo a evitar a responsabilização subsidiária da entidade
pública ;
(Acórdão 112/2007 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO CONDUTOR]
Nos termos da Súmula 331, inciso IV, do TST, a eventual responsabilidade
subsidiária da Administração Pública restringe-se à hipótese em que esta
seja tomadora de serviços prestados por empresa ou entidade
inadimplente no recolhimento de obrigações trabalhistas, e desde que a
contratante haja participado da relação processual ou conste de título
executivo extrajudicial. Este enunciado não autoriza o estabelecimento de
vínculo empregatício com a União ou com qualquer de suas entidades
vinculadas sem prévia aprovação em concurso público, o que é
expressamente vedado pelo inciso II da Súmula 331 do TST.
(Acórdão 1823/2006 – Plenário)
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A Administração Pública não pode contratar com pessoa jurídica que esteja
em débito com o sistema da Seguridade Social, tampouco em débito com o Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Tal vedação se aplica, igualmente, às
contratações diretas.
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CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 195. ....
[...]
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como
estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
LEI 9.012/95
Art. 2º As pessoas jurídicas em débito com o FGTS não poderão celebrar
contratos de prestação de serviços ou realizar transação comercial de
compra e venda com qualquer órgão da administração direta, indireta,
autárquica e fundacional, bem como participar de concorrência pública.
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.2. responder ao consulente, considerando os esclarecimentos tecidos na
proposta de deliberação que conduz este acórdão, com o objetivo de
melhor delinear o objeto da consulta, que: "A comprovação de
regularidade com a Fazenda Federal, a que se refere o art. 29, III, da Lei nº
8.666/1993, poderá ser dispensada nos casos de contratações realizadas
mediante dispensa de licitação com fulcro no art. 24, incisos I e II, dessa
mesma lei."
(Acórdão 1661/2011 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
CONSULTA. PROCEDIMENTO A SER ADOTADO NO CASO DE INADIMPLÊNCIA
DE CONCESSIONÁRIOS DE SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS JUNTO AO INSS,
FGTS E OUTROS TRIBUTOS. CONHECIMENTO. CONSIDERAÇÕES SOBRE A
MATÉRIA. ENVIO DE INFORMAÇÕES AO CONSULENTE. 9.2. orientar o
consulente de que: 9.2.1. as empresas prestadoras de serviços públicos
essenciais sob o regime de monopólio, ainda que inadimplentes junto ao
INSS e ao FGTS, poderão ser contratadas pela Administração Pública, ou,
se já prestados os serviços, poderão receber o respectivo pagamento,
desde que com autorização prévia da autoridade máxima do órgão,
acompanhada das devidas justificativas, conforme prolatado na Decisão n.
431/1997 e no Acórdão n. 1.105/2006, ambos do Plenário desta Corte;
9.2.2. é possível o pagamento de serviço público essencial prestado por
empresas concessionárias que não estão sob o regime de monopólio, ainda
que inadimplentes junto ao INSS e ao FGTS, desde que com autorização
prévia da autoridade máxima do órgão, acompanhada com as devidas
justificativas, caso a rescisão contratual não se mostre mais conveniente e
oportuna, não podendo ser formalizado qualquer termo de prorrogação
dos contratos celebrados, devendo a Administração dar início a um novo
procedimento licitatório; 9.2.3.caso venha a se deparar com as hipóteses
retratadas nestes autos, deverá ser exigida da contratada a regularização
da situação e, deverão ser informados os responsáveis pelo Instituto
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JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.3. alertar [...] para a necessidade de adoção de medidas saneadoras para
as seguintes irregularidades que ressalvam estas contas:
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JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.6. dar ciência à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no
Estado de São Paulo – SRTE/SP de que:
[...]
9.6.6. a ausência de demonstração da regularidade fiscal, trabalhista,
previdenciária e para com o FGTS das empresas contratadas nos processos
de liquidação de despesas, a exemplo do que foi constatado nos processos
47581.00027912015-96, 46219.01734012015-18 e 47570.00011912015-76,
está em desacordo com o disposto nos arts. 29, incisos III, IV e V, e 55,
inciso XIII, da Lei 8.666/1993, bem como com a jurisprudência deste
Tribunal (Acórdãos 837/2008-TCU-Plenário, 11907/2011-TCU- Segunda
Câmara, 177/2012-TCU -Plenário e 1214/2013-TCU-Plenário, dentre
outros);
(Acórdão 224/2018 – Plenário)
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à Administração, nos termos dos arts. 13, § 3º, 55, inciso XIII, e 71 da Lei nº
8.666/1993, do art. 195, § 3º, da Constituição Federal e da Decisão nº
705/1994 – Plenário;
(Acórdão 2105/2008 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Fiscalize os contratos de prestação de serviços, em especial no que diz
respeito à regularidade fiscal e à obrigatoriedade de a contratada arcar com
todas as despesas decorrentes das obrigações trabalhistas relativas a seus
empregados, devendo constar, ainda, dos respectivos processos de
pagamento, os comprovantes de recolhimento dos correspondentes
encargos sociais (INSS e FGTS), de modo a evitar a responsabilização
subsidiária dos entes públicos.
(Acórdão 2254/2008 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.10. dar ciência à Secretaria-Executiva do Ministério do Meio Ambiente,
conforme orientações da Portaria-Segecex nº 13/2011, sobre as seguintes
impropriedades:
9.10.1. ausência, nos processos mensais de pagamento, quando da
liquidação das faturas referentes ao Contrato MMA 22/2007 - objeto da
Tomada de Preços 3/2007 -, dos comprovantes destacadamente separados
de recolhimentos dos encargos previdenciários e trabalhistas, de forma a
englobar apenas os empregados da empresa ligados à prestação de serviço
ao órgão, obtidos e conferidos os dados relativos à equipe de
trabalhadores, o que configura desacordo com o Enunciado TST 331 e com
as determinações contidas no item 9.2.2 do Acórdão 2.990/2005-TCU-1ª
Câmara;
(Acórdão 8887/2011 – Primeira Câmara)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.5 determinar à Secretaria de Controle Interno da Casa Civil da
Presidência da República que:
9.5.1 examine o cumprimento, pela Imprensa Nacional, dos itens 9.3. a 9.4
supra, bem como realize o acompanhamento dos pagamentos do contrato
49/2007, no que tange à aplicação da alíquota do FGTS e de outros
tributos, e à adequação do salário pago ao piso da categoria de
engenheiro, representando a este Tribunal em caso de ilegalidade ou
descumprimento de determinação;
(Acórdão 1029/2009 – Segunda Câmara)
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Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.6.2. com o fito de dar o máximo de efetividade à norma contida no art.
55, inciso XIII, da Lei n.º 8.666/1993, verifique a manutenção, pelos
contratados, durante toda a execução do contrato, das condições de
habilitação e qualificação exigidas quando da contratação, evitando, desta
forma, a afronta ao art. 195, §3º da Constituição Federal, levando-se em
consideração as peculiaridades do caso concreto e critérios de
razoabilidade.
(Acórdão 2865/2011 – Segunda Câmara)
261
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.3. determinar ao Ministério da Integração Nacional que, no prazo de 30
(trinta) dias, a contar da ciência desta deliberação, promova alterações do
Contrato nº 34/2009-MI, bem como inclua naquele que o suceder, se for o
caso, de forma a:
[...]
9.3.4. condicionar o pagamento dos serviços contratados à apresentação
de documento comprobatório do recolhimento mensal do INSS e do FGTS
a cargo da empresa contratada, gerado pelo SEFIP - Sistema Empresa de
Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (Guia de
Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações à
Previdência Social - GFIP; Guia de Recolhimento do FGTS - GRF ou
documento equivalente), de acordo com a legislação e os padrões
estabelecidos pela Previdência Social e pela Caixa Econômica Federal;
9.3.5. exigir da empresa contratada, no ato do recebimento do Boletim de
Medição e de entrega dos relatórios mensal e final, a apresentação de
relação nominal dos empregados designados para execução dos serviços,
com CPF, cargo, valor do salário mensal, carga horária mensal trabalhada,
período trabalhado, valor pago do INSS e do FGTS, Número de Identificação
do Trabalhador - NIT, entre outras informações que se fizerem necessárias
à verificação do efetivo e tempestivo controle do recolhimento, pela
contratada, dos encargos trabalhistas e previdenciários (FGTS e INSS)
relacionados aos pagamentos de salários dos trabalhadores alocados no
contrato;
(Acórdão 2884/2014 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
A unidade técnica imputa a [omissis], fiscais do contrato de prestação do
serviço de vigilância, responsabilidade pelos "indícios de não fiscalização
dos salários e benefícios dos vigilantes contratados", na seara dos contratos
6 e 15, de 2011. Argumenta que o indício decorre do fato de os processos
de pagamento não identificar os trabalhadores, "com a descrição do seus
cargos e números do PIS".
Sustentam os responsáveis que as informações requeridas - nome de
número do PIS dos vigilantes - estavam presentes em diversos documentos
apresentados pela contratada, a saber: guias de recolhimento de FGTS;
guias de recolhimento da Previdência Social; Sistema Empresa de
Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (Sefip) e cópias
dos cartões de ponto.
[...]
Considerando que as informações necessárias à aferição da regularidade
dos pagamentos de salários integrou os processos de fiscalização e
pagamento e que não há notícia de pagamentos a menor aos vigilantes, a
responsabilidade pela fragilidade mencionada resta mitigada.
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Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
34 No tocante à aplicação de recursos públicos, o ônus da prova da
regular utilização recai sobre o gestor, conforme jurisprudência deste
Tribunal confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (MS 20.335/DF, relator
o ministro Moreira Alves).
[...]
36. O serviço de fornecimento de mão de obra prestado pela Oscip requer
comprovação das despesas incorridas em sua prestação, bem como
observância das regras de liquidação de despesas dos art. 62 e 63 da Lei
4.320/1964. É necessário provar que os recursos transferidos foram
aplicados nos serviços contratados. Notas fiscais genéricas não
demonstram, por si sós, a aplicação dos recursos.
37. São documentos hábeis para comprovação das despesas mês a mês,
que não foram devidamente apresentados: folhas de pagamentos,
transferências e ordens bancárias individualizadas por funcionário,
comprovantes de recolhimento de FGTS e INSS, demonstrativos de
despesas operacionais, dentre outros. Com isso, assegura-se que o
administrador não está pagando por serviço não executado.
38. Os ex-gestores não apresentaram fichas de frequência, recibos de
pagamentos aos funcionários, notas fiscais, comprovantes de
recolhimentos de encargos sociais e demais tributos. Também não
estabeleceram nexo de causalidade entre a totalidade dos recursos
transferidos à Oscip e os serviços contratados.
39. Ressalto, ainda, conforme registro da Secex/PR "que a omissão culposa
na verificação do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
contratada sujeita a administração pública à responsabilidade subsidiária
pelos encargos trabalhistas e previdenciários, conforme Súmula 331 do
TST".
40. Assim, as alegações de defesa dos ex-gestores municipais não merecem
prosperar.
(Acórdão 696/2014 – Plenário)
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ocorreu no caso sob exame." VIII - A Ministra Cármen Lúcia, por sua vez,
na Reclamação nº 19.147-SP, ao julgá-la procedente, por meio de decisão
monocrática lavrada em 25/2/2015, assentou, igualmente, "que as
declarações e as informações oficiais de agentes públicos, no exercício de
seu ofício, têm presunção relativa (juris tantum) de legitimidade e devem
prevalecer até prova idônea e irrefutável em sentido contrário". IX - Ainda
nessa decisão, a ilustre Ministra alertou que "para se afirmar a
responsabilidade subsidiária da Administração Pública por aqueles
encargos, imprescindível a prova taxativa do nexo de causalidade entre
conduta da Administração e o dano sofrido pelo trabalhador, a dizer, que se
tenha comprovado no processo essa circunstância. Sem a produção dessa
prova, subsiste o ato administrativo e a Administração Pública exime-se da
responsabilidade por obrigações trabalhistas com relação àqueles que não
compõem os seus quadros". X - Mediante exame do acórdão recorrido,
percebe-se não ter o Regional indicado a prova de que a Administração
Pública deixara de observar o dever de fiscalização dos direitos trabalhistas
devidos aos empregados da prestadora de serviços. XI - Isso porque se
limitou a a proferir decisão destituída de detalhes probatórios em torno da
culpa in vigilando da recorrente, tanto quanto da indicação de fato de que
teria se demitido do dever de fiscalizar o cumprimento das obrigações
trabalhistas da empresa prestadora de serviços. XIII - Com isso, depara-se
com a constatação de o acórdão recorrido ter contrariado o precedente da
Súmula 331, item V, desta Corte, pelo que se impõe o conhecimento e o
provimento do apelo extraordinário para excluir da condenação a
responsabilidade subsidiária da recorrente. XIV - Recurso de Revista
conhecido e provido. BENEFÍCIO DE ORDEM. I - Prejudicado, em razão da
exclusão da responsabilidade subsidiária da recorrente.
(RR - 1325-30.2014.5.20.0004, DEJT 20/05/2016)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.2.3.1. estabeleça mecanismos de controle suficientes e adequados para
verificação do efetivo recolhimento pelas empresas dos encargos
trabalhistas e previdenciários (FGTS e INSS) relativos aos pagamentos de
salários dos trabalhadores;
9.2.3.2. verifique a compatibilidade entre os salários efetivamente pagos
pelas contratadas aos trabalhadores [...] e aqueles constantes em
demonstrativo de formação de preço ou planilha com essa finalidade,
vinculados ao instrumento contratual;
9.3. alertar... que o pagamento de salários em nível inferior ao da
proposta oferecida na licitação constitui causa para o reequilíbrio
econômico-financeiro do contrato em favor da Administração, devendo as
medidas cabíveis ser adotadas imediatamente à constatação de que os
salários efetivamente pagos pelas contratadas aos trabalhadores alocados
ao DNIT são inferiores aos consignados nas propostas apresentadas na
licitação, sob pena de responsabilidade solidária dos responsáveis pelos
pagamentos indevidos;
(Acórdão 1233/2008 – Plenário)
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Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.8.4. fiscalizem os contratos de prestação de serviços, em especial no que
diz respeito à regularidade fiscal e à obrigatoriedade de a contratada arcar
com todas as despesas decorrentes das obrigações trabalhistas relativas a
seus empregados, devendo constar, ainda, dos respectivos processos de
pagamento, os comprovantes de recolhimento dos correspondentes
encargos sociais (INSS e FGTS), de modo a evitar a responsabilização
subsidiária dos entes públicos;
(Acórdão 2254/2008 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
1.6.1.3. inclua, nos contratos e em futuros editais para a execução indireta
dos serviços, com fundamento nos arts. 54, § 1º, in fine, e 55, inciso XI, da
Lei nº 8.666/93, as seguintes cláusulas:
[...]
1.6.1.3.2. pela qual a empresa contratada se obriga a pagar os salários
lançados em sua proposta, bem como autoriza à contratante fiscalizar
periodicamente o efetivo pagamento dos valores salariais lançados na
proposta contratada, mediante a verificação das folhas de pagamento
referentes aos meses de realização dos serviços, de cópias das carteiras de
trabalho dos empregados, dos recibos e dos respectivos documentos
bancários, entre outros meios de fiscalização cabíveis;
(Acórdão 975/2009 – Primeira Câmara)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.3.1.3. fiscalize periodicamente o efetivo pagamento dos valores salariais
lançados na proposta contratada, mediante a verificação das folhas de
pagamento referentes aos meses de realização dos serviços, de cópias das
carteiras de trabalho dos empregados, dos recibos e dos respectivos
documentos bancários, entre outros meios de fiscalização cabíveis (...)
(Acórdão 1125/2009 – Plenário)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.2. determinar [...] sanar as seguintes irregularidades e falhas nos
contratos de terceirização e consultoria e descentralizações orçamentárias:
[...]
9.2.2. pagamento de salários aos empregados das empresas contratadas
em valores menores do que os estabelecidos contratualmente, em
desacordo ao disposto no Acórdão nº 1.233/2008 – Plenário;
(Acórdão 109/2012 – Plenário)
269
Erivan Pereira de Franca
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Apurou-se, com base na folha de pagamento da empresa líder do
consórcio, que os salários efetivamente pagos aos empregados eram
inferiores aos que constaram da proposta oferecida na licitação, donde se
concluiu que o consórcio contratado estava a auferir, a princípio, lucros
indevidos. Por isso, foi determinado no Acórdão 327/2009-Plenário, que a
Secretaria Especial de Portos da Presidência da República, à qual fora sub-
rogado o contrato, fizesse retornar aos cofres públicos a diferença entre os
salários pagos pela contratada a seus empregados e os valores constantes
da proposta, contra o que a contratada demonstrou inconformismo, por
meio de pedido de reexame. Ao examinar o recurso, o 2º revisor, ministro
Valmir Campelo, discordando do voto do relator, ministro Ubiratan Aguiar,
entendeu não ser possível a retenção da diferença dos valores declarados
pela contratada em sua proposta e os efetivamente despendidos aos
funcionários. Segundo ele, para que isso ocorresse, seria necessário que o
edital da licitação contivesse cláusula expressa nesse sentido, o que não
houve.
Para o 2º revisor, nessas contratações de serviços de consultoria por
homem/hora, “a identidade entre o valor declarado e o realmente pago é
condição para a garantia da vantajosidade e moralidade dos certames”.
Entretanto, entendeu que uma determinação genérica ao Dnit para que
fizesse constar em seus instrumentos convocatórios, doravante, cláusula
que estipulasse a necessidade da correspondência entre o valor do salário
contratado com o realmente pago à mão de obra nos contratos de
supervisão iria extrapolar as raias do pedido de reexame em discussão. Por
isso, votou por que o Tribunal constituísse grupo de trabalho para se
aprofundar nos assuntos afetos às contratações de engenharia consultiva,
de modo a contribuir para o aprimoramento dos instrumentos
convocatórios, projetos básicos e dos orçamentos desses contratos.
Ao dar provimento ao pedido de reexame, para tornar sem efeito a redação
do item 9.1 do Acórdão 327/2009, do Plenário, o Tribunal determinou
adoção das providências apresentadas pelo 2º revisor, entre elas a
constituição do grupo de trabalho mencionado. Precedentes citados:
Acórdãos n. 2.632/2007, 2.093/2009, 1.244/2010, 3.092/2010, 446/2011,
2.215/2012, todos do Plenário.
(Acórdão 2784/2012 – Plenário; Informativo 127)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.2. dar ciência [...] desta deliberação, em especial, no que concerne às
seguintes falhas detectadas na auditoria:
[...]
9.2.3. falhas relacionadas ao não recolhimento dos encargos
previdenciários e trabalhistas, em desacordo com o disposto no art. 71, §
2º, da Lei nº 8.666/1993, na Súmula 331 do TST e nos Acórdãos nº
446/2011 - Plenário, nº 1.233/2008 - Plenário, nº 1.299/2006 - Plenário e nº
1.844/2206 - 1ª Câmara, no âmbito dos contratos administrativos [...],
sendo oportuno registrar a necessidade de o município:
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[...]
9.2.3.2. exigir a apresentação de documentos comprobatórios do
recolhimento mensal do INSS e do FGTS, a cargo das empresas
contratadas, quais sejam, Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social - GFIP, Guia de
Recolhimento do FGTS - GRF ou documento equivalente, de acordo com a
legislação vigente e com os padrões estabelecidos pela Previdência Social e
pela Caixa Econômica Federal;
9.2.3.3. exigir das empresas contratadas [...] a apresentação da relação
nominal dos empregados designados para execução dos serviços, com CPF,
cargo, valor do salário mensal, carga horária mensal trabalhada, período
trabalhado, valor pago do INSS e do FGTS, Número de Identificação do
Trabalhador - NIT, entre outras informações que se fizerem necessárias à
verificação do efetivo e tempestivo controle do recolhimento, pela
contratada, dos encargos trabalhistas e previdenciários (FGTS e INSS)
relacionados aos pagamentos de salários dos trabalhadores alocados no
contrato;
(Acórdão 581/2013 – Plenário)
272
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JURISPRUDÊNCIA DO TCU
[VOTO]
13. Particularmente com relação à falta de uma
efetiva fiscalização da regularidade trabalhista das contratadas, que, com
base nos editais de então, era feita unicamente por meio de declaração
firmada pelo dirigente da empresa afirmando estar em dia com as
obrigações, sabe-se que o Tribunal passou a determinar ao Dnit o
estabelecimento de controles suficientes e adequados para verificação do
pagamento dos encargos dessa natureza, de modo a afastar a possibilidade
de a autarquia vir a responder subsidiariamente pelo seu inadimplemento
(Acórdãos 2.423/2009-P e 2.197/2009-P).
14. De qualquer maneira, nessas e em outras deliberações sobre o assunto,
o Tribunal, reconhecendo o caráter sistêmico das falhas e a necessidade de
aprimoramento dos editais para a sua correção definitiva, optou pela não
aplicação de penalidade ao gestor.
15. O caso concreto corrobora tal condição, porquanto as deficiências de
medição foram apontadas em todos os contratos fiscalizados cujos serviços
já estavam em andamento por ocasião dafiscalização, o que levou ao
chamamento de todos os gestores que ocuparam o comando da CGMAB no
período abrangido de execução de tais avenças (2006 a 2010).
[ACÓRDÃO]
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CLT
Art. 74. O horário de trabalho será anotado em registro de empregados.
[...]
§ 2º Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será
obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual,
mecânico ou eletrônico, conforme instruções expedidas pela Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, permitida a
pré-assinalação do período de repouso.
§ 3º Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos
empregados constará do registro manual, mecânico ou eletrônico em seu
poder, sem prejuízo do que dispõe o caput deste artigo.
§ 4º Fica permitida a utilização de registro de ponto por exceção à jornada
regular de trabalho, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva
ou acordo coletivo de trabalho.
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JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.2. [...] recomendar ao Instituto Nacional do Seguro Social que reformule a
descrição dos serviços prestados pela Central 135 e o material adotado
para treinamento dos teleatendentes, de forma a excluir a atividade de
“orientar os usuários”, e, com isso, eliminar o risco de atribuir a
teleatendentes terceirizados atividades exclusivas de cargos pertencentes
ao quadro próprio de servidores da autarquia,conforme determinam o art.
1º do Decreto nº 2.271/1997 e o art. 9º, inciso I, da Instrução Normativa
MP nº 2, de 30/4//2008 (subitem 3.2 do relatório de auditoria);
(Acórdão 105/2012 – Plenário)
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9.2. com fulcro no art. 250, inciso II, do Regimento Interno do TCU,
determinar ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
(DNIT) que adote as providências cabíveis, informando-as ao Tribunal, no
prazo de 60 (sessenta) dias, para sanar as seguintes irregularidades e
falhas nos contratos de terceirização e consultoria e descentralizações
orçamentárias:
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Art. 4º [...]
§ 1º. A prestação de serviços de que trata esta Instrução Normativa não
gera vínculo empregatício entre os empregados da contratada e a
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Em todo caso, reitere-se, terá que haver a figura do preposto, com quem o
fiscal da Administração fará toda a interlocução necessária para o fiel
cumprimento do contrato. Não se admite que esse tipo de interação se dê
diretamente com os prestadores de serviço.
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Art. 44. O preposto da empresa deve ser formalmente designado pela
contratada antes do início da prestação dos serviços, em cujo instrumento
deverá constar expressamente os poderes e deveres em relação à execução
do objeto.
§ 1º A indicação ou a manutenção do preposto da empresa poderá ser
recusada pelo órgão ou entidade, desde que devidamente justificada,
devendo a empresa designar outro para o exercício da atividade.
§ 2º As comunicações entre o órgão ou entidade e a contratada devem ser
realizadas por escrito sempre que o ato exigir tal formalidade, admitindo-
se, excepcionalmente, o uso de mensagem eletrônica para esse fim.
§ 3º O órgão ou entidade poderá convocar o preposto para adoção de
providências que devam ser cumpridas de imediato.
§ 4º A depender da natureza dos serviços, poderá ser exigida a
manutenção do preposto da empresa no local da execução do objeto,
bem como pode ser estabelecido sistema de escala semanal ou mensal.
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9.2.21. em atenção ao disposto no art. 68 da Lei 8.666/1993 c/c inciso IV do
art. 4º do Decreto 2.271/1997, exija das empresas contratadas a
designação formal de preposto a ser mantido no local dos serviços, para
representá-la durante a execução contratual, efetivamente intermediando
as solicitações entre o contratante e os funcionários terceirizados, por meio
de instrumento específico, a exemplo das ordens de serviço, de modo a
não caracterizar subordinação direta dos profissionais da contratada ao
Ministério do Esporte, bem como adote providências para aceite do
indicado e sua efetiva atuação no local onde os serviços são prestados;
(Acórdão 1597/2010 – Plenário)
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[VOTO]
6. Tais argumentos [apresentados pelo gestor responsável] não merecem
acolhimento, já que:
[...]
b) ficou comprovada a existência de pessoalidade e de subordinação
direta dos contratados, bem como de outros elementos caracterizadores
da interposição de mão de obra, como a ausência de preposto, a expedição
de regras diretamente a funcionários da contratada e a remuneração desta
última pela mera disponibilidade de funcionários à contratante, o que
caracteriza infração ao enunciado 331 do Tribunal Superior Trabalho.
(Acórdão 3894/2011 – Segunda Câmara)
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1.5.1. Alertar o Tribunal Regional Federal da 5ª Região de que a contratação
de empresas com disponibilização de mão de obra para prestar serviços nas
dependências do próprio órgão, sob a sua gerência, exercendo o poder
hierárquico e disciplinar sobre os empregados da empresa contratada, ao
invés de contratar serviços predeterminados e quantificados, em função da
demanda, caracteriza contratação indireta de pessoal, com infringência ao
inciso II do art. 37 da Constituição Federal.
(Acórdão 4452/2010 – Segunda Câmara)
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
9.2.21. em atenção ao disposto no art. 68 da Lei 8.666/1993 c/c inciso IV do
art. 4º do Decreto 2.271/1997, exija das empresas contratadas a
designação formal de preposto a ser mantido no local dos serviços, para
representá-la durante a execução contratual, efetivamente intermediando
as solicitações entre o contratante e os funcionários terceirizados, por
meio de instrumento específico, a exemplo das ordens de serviço, de modo
a não caracterizar subordinação direta dos profissionais da contratada ao
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9.4.15. em atenção ao disposto nos arts. 63 da Lei nº .666/1993 e 4º, IV, do
Decreto nº 2.271/1997, exija das empresas contratadas a designação
formal de preposto a ser mantido no local dos serviços, para representá-las
durante a execução dos serviços objeto dos contratos e intermediar as
solicitações do contratante no que concerne aos terceirizados. Referido
preposto deverá ser designado por meio de instrumento específico a
exemplo das ordens de serviço, de modo a não caracterizar subordinação
direta dos profissionais da contratada ao Ministério da Educação e
posterior interposição de mão de obra, forma de terceirização considerada
ilegal pelo Tribunal Superior do Trabalho;
(Acórdão 669/2008 – Plenário)
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Art. 47. A empresa e o equiparado (...) estão obrigados a:
[...]
VIII - informar mensalmente, à RFB e ao Conselho Curador do FGTS, em
GFIP emitida por estabelecimento da empresa, com informações distintas
por tomador de serviço e por obra de construção civil, os dados cadastrais,
os fatos geradores, a base de cálculo e os valores devidos das contribuições
sociais e outras informações de interesse da RFB e do INSS ou do Conselho
Curador do FGTS, na forma estabelecida no Manual da GFIP;
[...]
Art. 108. .....
§ 1º Ficando estabelecido o pagamento de parcelas retroativas ao mês da
data-base da respectiva categoria profissional, os fatos geradores das
contribuições deverão:
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9.1.1.2. exija das empresas contratadas, no ato do recebimento do Boletim
de Medição e de entrega dos relatórios mensal e final, a apresentação de
relação nominal dos empregados designados para execução dos serviços,
com CPF, cargo, valor do salário mensal, carga horária mensal trabalhada,
período trabalhado, valor pago do INSS e do FGTS, Número de Identificação
do Trabalhador - NIT, entre outras informações que se fizerem necessárias
à verificação do efetivo e tempestivo controle do recolhimento, pela
contratada, dos encargos trabalhistas e previdenciários (FGTS e INSS)
relacionados aos pagamentos de salários dos trabalhadores alocados no
contrato;
(Acórdão 446/2011 – Plenário)
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▪ Folha de pagamento;
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ANEXO ÚNICO
CONSOLIDAÇÃO DO CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO ESOCIAL
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Art. 47. A empresa e o equiparado, sem prejuízo do cumprimento de
outras obrigações acessórias previstas na legislação previdenciária, estão
obrigados a:
[...]
III - elaborar folha de pagamento mensal da remuneração paga, devida ou
creditada a todos os segurados a seu serviço, de forma coletiva por
estabelecimento, por obra de construção civil e por tomador de serviços,
com a correspondente totalização e resumo geral, nela constando:
a) discriminados, o nome de cada segurado e respectivo cargo, função ou
serviço prestado;
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LEI 8.036/90
Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do
empregador, ficará este obrigado a depositar na conta vinculada do
trabalhador no FGTS os valores relativos aos depósitos referentes ao
mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver
sido recolhido, sem prejuízo das cominações legais.
§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa,
depositará este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS,
importância igual a quarenta por cento do montante de todos os
depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do
contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos
respectivos juros.
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LEITURA COMPLEMENTAR
- Barros, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 6ª ed. São Paulo:
LTr, 2010, p. 451-458.
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- Coelho Motta, Carlos Pinto. Eficácia nas licitações e contratos. 11ª ed. – Belo
Horizonte: Del Rey, 2008, p. 176-179.
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- Jesus, Noel Antonio Tavares de. O projeto básico na fase interna da licitação
para a execução de obras e serviços de engenharia. In: Revista Zênite ILC:
Informativo de licitações e contratos, n. 112, p. 498, jun.2003.
318
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- Meirelles, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 35ª ed. atual. – São
Paulo: Malheiros Editores, 2009 (p. 231-232, p. 233, p. 238-239).
319
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- Oliveira Aristeu de. Manual de Prática Trabalhista, 43ª ed. São Paulo: Atlas,
2009, p. 43-53; 114-133; 134-149; 342-376; 481-506; 509-651.
- Reis, Paulo Sérgio de Monteiro. Justificativa técnica dos atos da fase interna
do pregão. In: Revista Zênite ILC: Informativo de licitações e contratos, n. 119, p.
41, jan.2004.
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- Santana, Jair Eduardo. Quais são os "atores" no termo de referência? In: JAM
jurídica: administração pública, executivo & legislativo, administração municipal, v.
18, n. 7, p. 93-94, jul. 2013.
- Santos, Ulisses Otávio Elias dos. Terceirização: aspectos lícitos e ilícitos. In:
Justiça do trabalho, v. 23, n. 265, p. 58-62, jan. 2006.
- Senne, Sílvio Helder Lencioni. Cessão de mão de obra. In: Revista do direito
trabalhista: RDT, v. 4, n. 9, p. 3-4, set. 1998.
- Uehara, Juliana Miky. Termo de referência: o que é e para que serve? In: O
pregoeiro, v. 10, n. 113, p. 27-29, abr. 2014.
- Viana, Cláudia Salles Vilela. Manual Prático das Relações Trabalhistas, 10ª
ed. São Paulo: LTr, 2009, p. 297-398; 420-464; 556-578; 661-669; 700-730; 756-
894.
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