2022

Análise anual
de roubo de cargas nstech
A nstech tem o propósito de melhorar o mundo através da tecnologia para logística e mobilidade.
Uma das formas de fazer isso é coletar, analisar e interpretar dados do ecossistema logístico,
compartilhando com o mercado informações relevantes e qualificadas.

Essas informações permitem a identificação de tendências, comportamentos e oportunidades de

negócios, assim como orientam planos de ação capazes de tornar a cadeia produtiva mais simples,
ágil, eficiente e segura.

Com base nas operações monitoradas pelas três gerenciadoras de risco do ecossistema nstech,
conectadas à nossa plataforma open logistics, – a BRK, a Buonny e a Opentech – analisamos
estatísticas de roubo de cargas com o objetivo de promover insights valiosos.

Se, assim como nós, você também deseja vencer um dos principais desafios da logística e reduzir
os prejuízos com este tipo de crime, confira a Análise Anual de Roubo de Cargas nstech 2022.

Nesta edição, apresentamos gráficos e interpretações dos principais dados por tipo de carga, região
do Brasil mais suscetível ao roubo, dias da semana e horários mais críticos, rodovias com maior
número de ocorrências e muito mais.

Com certeza, esses subsídios serão essenciais para aprimorar a gestão logística no país e aumentar
a performance operacional na movimentação de cargas.

Boa leitura!
EVOLUÇÃO DA
SINISTRALIDADE
NO BRASIL
O roubo é um dos principais desafios
no transporte rodoviário de cargas.
No Brasil, a atuação das quadrilhas
especializadas no desvio e na
receptação de mercadorias causa
prejuízos bilionários todos os anos.

Além de manter o compromisso de

disseminar a cultura de redução
de sinistros, a nstech oferece uma
plataforma com soluções integradas
e desenvolvidas sob medida para
aprimorar a segurança no setor.

O histórico das operações

monitoradas pela BRK, Buonny e
Opentech, empresas que fazem parte
da nossa plataforma, demonstra essa
preocupação. Em 2022, as três GRs
apresentaram mais de 60% de roubos
evitados e/ou cargas recuperadas.
 TIPO DE CARGA
* % por valor de prejuízo

35,5% 21,5% 6,5% 6% 4,7% 4,6% 3,6%

CARGA FRACIONADA ALIMENTÍCIO ELETROELETRÔNICOS BEBIDAS AGRONEGÓCIO CIGARROS MAQUINÁRIO/AUTOPEÇAS

3,8% 3,3% 3,3% 2,3% 1,7% 1,5% 1,7%

QUÍMICO MEDICAMENTOS PNEUS HIGIENE E LIMPEZA SIDERÚRGICOS TÊXTIL/VESTUÁRIO OUTROS

• As operações com cargas fracionadas* e produtos alimentícios Segmentos Vulneráveis

permaneceram entre as mais visadas pelas quadrilhas de roubo de
cargas.
• Em 2022, nota-se, porém, uma inversão na ordem. As cargas
fracionadas assumiram a liderança no ranking de roubos com aumento de
30% na comparação com 2021.
• Já o roubo de produtos alimentícios teve queda de 55% em 2022 em
relação a 2021.
• Em 2022, as cargas fracionadas, alimentos, agronegócio,
bebidas, cigarros e eletroeletrônicos representaram, juntos,
78,7% dos prejuízos com roubo.
• Algumas mercadorias específicas apresentaram em 2022 um
aumento próximo ou superior a 100% se comparado ao ano de
2021.
Cargas fracionadas Bebidas

• Sofreram ataques principalmente nas regiões urbanas, com
o maior volume de ocorrências em São Paulo, Rio de Janeiro,
Recife, Salvador e Belo Horizonte.
• A maioria dos eventos foi registrada às terças-feiras e às
quartas-feiras no período da manhã, entre 6h e 12h.
*Cargas fracionadas são aquelas com mercadorias
de diversos segmentos em um mesmo veículo.
Produtos alimentícios
• No Sudeste, a maioria dos casos de roubo de produtos
alimentícios ocorreu em São Paulo e no Rio de Janeiro. No
Nordeste, as ocorrências se concentraram em Recife.
• Nas duas regiões, os ataques foram mais frequentes no
período da manhã, em operações destinadas à distribuição (6h
às 12h) e nas operações de transferência/pernoite, entre 00h e
6h.
• Os meses de janeiro, fevereiro, julho e dezembro tiveram o maior
volume de ocorrências. Rio de Janeiro, São Paulo e Recife lideraram
o ranking. A ação das quadrilhas foi concentrada às quintas-feiras e
sextas-feiras, das 6h às 12h e das 18h às 22h.
Cigarros
• As operações de distribuição somaram mais de 70% dos prejuízos.
As líderes em ocorrências foram as cidades de São Paulo, Porto
Alegre e Curitiba. A maioria das abordagens ocorreu às sextas-feiras,
das 8h às 10h.
Eletroeletrônicos
• São Paulo e Rio de Janeiro representaram mais de 70% dos
prejuízos. A maioria dos ataques ocorreu às quintas-feiras e sextas-
feiras, das 8h às 10h e das 00h às 2h.

Agronegócio

• Defensivos agrícolas, soja e milho foram as mercadorias mais

visadas, com ocorrências concentradas na região Centro-oeste,
Norte de Minas Gerais e interior de São Paulo, principalmente às
sextas-feiras e sábados, das 18h às 6h.

* % por valor de prejuízo

 REGIÃO * % por valor de prejuízo

Sudeste 75%

Nordeste 15%

Centro-oeste 5%

Sul 3%

Norte 1,5%

Internacional 0,5%

• Ainda que tenha apresentado uma redução de 7% nos prejuízos por roubo
de cargas em 2022 (na comparação com 2021), a região Sudeste se manteve
como líder absoluta neste tipo de crime.
• O Nordeste teve o maior crescimento nos roubos: uma alta de 37% em
relação a 2021.
• Na comparação entre 2021 e 2022 não foram identificadas alterações
expressivas em sinistralidade nas regiões Centro-oeste, Sul e Norte.
Transporte internacional
• O prejuízo envolvendo roubos no transporte internacional é
significativamente inferior aos demais casos.
• Em cargas transportadas do Brasil para o Mercosul, o percentual de
roubos passou de 0,06% em 2021 para 0,55% em 2022.
• No transporte internacional, os produtos mais visados foram carnes e
autopeças.

• As ocorrências se concentraram na Argentina, Chile e Paraguai.

 Rodovia (% por valor de prejuízo) RODOVIAS
Áreas urbanas
Urbano 33%
• As áreas urbanas se mantiveram como os locais com maior concentração de abordagens das quadrilhas
Outras 24% de roubo de cargas.

• São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Salvador lideraram o ranking de ocorrências em 2022.
BR - 116 13% • As mercadorias mais visadas foram: cargas fracionadas, gêneros alimentícios, cigarros e medicamentos.

BR - 050 6% Rodovias

• Entre as rodovias, destaque para a BR-116, que liga as regiões Nordeste e Sul.
BR - 153 4%
• As ocorrências foram concentradas entre 00h e 2h, às sextas-feiras e aos domingos.

BR - 381 4% • As cargas mais visadas foram mercadorias diversas, gêneros alimentícios, bebidas alcoólicas e pneus.

• Os trechos mais críticos foram os que ligam São Paulo (SP) e São José dos Campos (SP); Volta Redonda
SP - 330 3% (RJ) e Além Paraíba (MG), Poções (BA) e Jequié (BA).

• A BR-050 também ficou entre as mais perigosas. A rodovia liga Brasília (DF) a Santos (SP) e passa pelos
BR - 101 3% estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

• Neste caso, as cargas mais atacadas foram produtos agrícolas e mercadorias diversas.
BR - 316 3%
• As ocorrências foram concentradas entre 22h e 00h, às sextas-feiras.
BR - 040 3% • O trecho mais vulnerável foi Cubatão (SP) x Santos (SP).

SP - 348 2% Panorama geral

• Juntos, os trechos urbanos, a BR-116 e a BR-050 representaram mais de 50% dos prejuízos em 2022.
BR - 364 2% • Rodovias como a SP-330 e a SP-348, que historicamente figuravam entre as cinco mais perigosas,
tiveram retração de -58% e -20% respectivamente.

* % por valor de prejuízo

ROUBOS POR ESTADO
% por valor de prejuízo UF

São Paulo
47,6% SP
• São Paulo lidera de forma absoluta o ranking de roubo de cargas no Brasil, com quase 50% dos prejuízos. 18% RJ
• Cargas fracionadas, produtos alimentícios, cigarros e eletroeletrônicos estão no topo do ranking.
10,5% MG
• As ocorrências foram concentradas às segundas-feiras e sextas-feiras, das 12h às 14h e das 18h às 20h.
4,2% PE
Rio de Janeiro 3,6% MA
• O Rio de Janeiro se manteve em segundo lugar no ranking. Entre as cargas mais roubadas estão cargas fracionadas, 3,5% GO
alimentos, medicamentos, eletroeletrônicos e bebidas. 3,5% BA
• A maioria das abordagens no Rio de Janeiro ocorreu entre 8h e 10h e das 12h às 14h, às segundas-feiras e às quintas-
feiras. 1,3% RS
1,2% PR
Minas Gerais
1% PA
• Com uma redução de 23% em roubo de cargas, Minas Gerais é o terceiro colocado no ranking da sinistralidade. 1% CE
• Produtos alimentícios, fracionados, pneus e produtos siderúrgicos foram os principais alvos.
• Os dias críticos foram quartas-feiras e quintas-feiras, entre 4h e 8h.
0,9% PI
0,7% SE
Crescimento da criminalidade
0,5% MT
• Pernambuco registrou alta superior a 100% no roubo de cargas em 2022 se comparado a 2021. 0,5% PB
• Cargas fracionadas, bebidas e gêneros alimentícios somaram 80% das mercadorias atacadas.
0,4% SC
• Os horários mais críticos foram entre 8h e 10h e entre 16h e 18h, às sextas-feiras e aos sábados.
• Na Bahia, em 2022, foi registrado um aumento de 80% nos ataques às cargas em relação a 2021. 0,3% AM
• Cargas fracionadas, produtos agrícolas, pneus e peças/autopeças foram os principais alvos, com abordagens 0,3% MS
concentradas às terças-feiras, das 8h às 10h e das 18h às 20h.
0,3% TO
Panorama geral 0,2% AL
• São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Bahia somaram, 0% DF
juntos, 83,63% dos prejuízos com roubo de cargas em 2022. 0% ES
0,5% INTERNACIONAL
 * % por valor de prejuízo

PREJUÍZO POR MÊS

4,8% Janeiro Julho 8,0%

5,5% Fevereiro Agosto 8,1%

10,8% Março Setembro 8,1%

4,8% Abril Outubro 13,2%

7,3% Maio Novembro 10,6%

9,6% Junho Dezembro 9,2%

• Seguindo a tendência, o último trimestre do ano foi o que registrou a maior porcentagem de cargas roubadas. O período
acumulou cerca de 33% dos prejuízos do ano.
• As mercadorias mais atacadas entre os meses de outubro e dezembro foram as fracionadas, produtos alimentícios, cigarros,
produtos agrícolas e bebidas.
• Os ataques ocorreram, em sua maioria, às terças-feiras e às quintas-feiras, nos períodos entre 8h e 10h e das 14h às 16h.
• O mês de março foi o que registrou o maior aumento na porcentagem de prejuízos na comparação com 2021 - uma alta de 112%.
• Os prejuízos foram concentrados às quartas-feiras e às sextas-feiras e as mercadorias-alvo foram produtos fracionados,
gêneros alimentícios, peças/autopeças e eletroeletrônicos.
• A vulnerabilidade foi maior entre a meia-noite e 2h e das 18h às 20h.
 PERÍODO DO DIA

21,9% • O roubo de cargas continua concentrado à noite, sem alterações

29,4% significativas no percentual de prejuízo no período noturno (na
comparação entre 2021 e 2022).

• Juntos, os períodos da noite (18h à 0h) e da madrugada (0h às 6h)

concentraram os maiores prejuízos, somando 60% do total em 2022.
22,1%
• As cargas mais visadas foram as fracionadas, gêneros alimentícios,
26,6% produtos agrícolas (defensivos), bebidas e eletroeletrônicos.

• Mais de 55% dos prejuízos foram registrados entre meia-noite e 4h.

• Os dias mais críticos foram os domingos e as terças feiras.

• As paradas para abastecimento e os pernoites continuam sendo o

MADRUGADA principal momento de abordagem, embora a ação de criminosos com
veículos em movimento tenha crescido mais de 35% em relação a 2021.
NOITE
• As abordagens com veículos em movimento representaram 43% dos
MANHÃ
prejuízos nos períodos da noite e de madrugada.
TARDE

* % por valor de prejuízo

 DIA DA SEMANA
DOMINGO 11%
• Em relação ao dia da semana com o maior % de roubo de
cargas, as terças-feiras tiveram um aumento de 82% em
2022 na comparação com 2021.
SEGUNDA-FEIRA 13%

• Na terça-feira, os horários mais vulneráveis foram das 8h

TERÇA-FEIRA 18,7%
às 10h e das 22h até meia-noite.

• As mercadorias mais visadas na terça-feira foram

QUARTA-FEIRA 14,8%
produtos fracionados, agrícolas e alimentícios.

• A região Sudeste concentrou mais de 50% dos prejuízos e QUINTA-FEIRA 14,3%

o Nordeste, cerca de 30% do total.

• O segundo dia preferido pelas quadrilhas foi a sexta- SEXTA-FEIRA 16,1%

feira. Neste dia da semana as cargas mais atacadas foram
alimentos, eletrônicos e produtos fracionados.
SÁBADO 12,1%
• Às sextas-feiras, mais de 80% dos prejuízos foram
contabilizados na região Sudeste. Os horários mais
vulneráveis foram das 4h às 6h e das 10h às 12h.

* % por valor de prejuízo

CONCLUSÃO
Considerando os dados das três gerenciadoras de risco do ecossistema nstech – BRK, Buonny e
Opentech – podemos apresentar um cenário claro sobre os ofensores mais representativos das
operações de transporte de carga em 2022 (% por valor do prejuízo).

• A Região Sudeste concentrou mais de 75% das ocorrências, porém, vale destacar o crescimento da
criminalidade na região Nordeste.

• Em 2022, o Nordeste teve alta de 37% no prejuízo com roubo de cargas na comparação com 2021 e
permanece em tendência de alta ao longo de 2023.

• Trechos urbanos permanecem na liderança dos locais campeões em abordagem de criminosos, ainda que
tenha ocorrido, em 2022, uma significativa pulverização nas regiões de atuação das quadrilhas.

• Em 2022, cerca de 25% dos prejuízos ocorrem em mais de 30 diferentes rodovias estaduais e federais.

• Cargas fracionadas e produtos alimentícios continuam no topo do ranking das mercadorias mais visadas.

• Em 2022, terças e sextas-feiras foram os dias da semana mais críticos.

• As operações de distribuição e as cargas de menor valor foram atacadas, principalmente, no período da

manhã, das 8h às 10h.

• O período noturno, entre 22h e meia-noite, foi o mais arriscado para operações de transferência, cargas
de maior valor e viagens de longo percurso.
Centenas de soluções conectadas em um único lugar
na mais completa plataforma open logistics do mundo.

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