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na
Pintura
Imobiliária
I. Introdução
V. Patologia - EFLORESCÊNCIA
XXIV. Patologia - D E S C A S C A M E N T O ( M a d e i r a )
Introdução
Conteúdo
Com a evolução da tecnologia dos produtos
e dos processos de aplicação, assim como o
comportamento e o nível de exigência dos alunos,
ura
avaliamos que era necessário produzir uma
cartilha trazendo as patologias mais comumente
vistas dentro do universo da pintura imobiliária.
Patologias
apoio aos pintores, auxiliando-os no seu dia a
dia, com dicas e técnicas para que os serviços
de pintura sejam realizados com alta qualidade
na Pintura
e tragam os melhores resultados para quem os
contratou.
O que é
TINTA?
COMPONENTES DA TINTA
Antes de falar em pintura, vamos conhecer um pouco do seu
principal elemento: A TINTA.
As tintas como verão a seguir, são compostas de pigmentos,
cargas, resinas, solventes e aditivos.
RESINA
Dentre os componentes das tintas, as resinas têm papel de
destaque, pois são responsáveis pela formação da película SOLVENTES
protetora na qual se converte a tinta depois de seca. Os solventes são líquidos voláteis utilizados nas diversas
A exemplo do que ocorre com os pigmentos, existem também fases de fabricação das tintas, e possibilitam que o produto
vários tipos de resinas tais como: Acrílica Estirenada, Vinil se apresente sempre com o mesmo padrão de viscosidade,
Acrílica, Acrílica Pura, Alquídica, Epóxi, etc. As resinas são empregados para oferecer à tinta as condições ideais
também são responsáveis por características como brilho, de pintura, visando facilitar sua aplicação, seu alastramento,
aderência, elasticidade e resistência. etc. Suaviza a utilização dos instrumentos de pintura
exigindo menos esforço físico.
PIGMENTO
Os pigmentos são partículas (pó) sólidas e insolúveis. Podem
ADITIVOS
ser divididos em dois grandes grupos: ativos e inertes.
Aditivos são elementos que entram em pequena quantidade
Os pigmentos ativos conferem cor e poder de cobertura
na composição da tinta.
à tinta, enquanto os inertes (ou cargas) se encarregam de
Geralmente são produtos químicos sofisticados, com alto
proporcionar lixabilidade, dureza, consistência, e outras
grau de eficiência, capazes de modificar significativamente,
características. Uma tinta normalmente é composta por
as propriedades da tinta. Os aditivos mais comuns são:
vários pigmentos.
secantes, antiespumantes, anti-sedimentantes, anti-pele,
bactericidas, fungicidas etc.
Tinta
NIVELAMENTO/ALASTRAMENTO
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Nivelamento ou Alastramento é a propriedade que a
É fácil para o consumidor avaliar a qualidade de tintas,
tinta possui de formar uma película uniforme, sem deixar
vernizes e complementos. Conheça abaixo algumas de
marcas de aplicação.
suas principais características técnicas:
SECAGEM
ESTABILIDADE
Secagem é o processo pela qual uma tinta em seu
Estabilidade é a propriedade que o produto deve ter em
estado líquido converte-se em uma película sólida. Em
manter-se inalterado durante o seu prazo de validade,
tintas imobiliárias este processo ocorre de duas formas:
possibilitando que o usuário não encontre dificuldade
COALESCÊNCIA (tintas à base de água) e OXIDAÇÃO (tintas à
em utilizá-lo.
base de solvente). Cada produto deve ser avaliado
comparativamente com outro similar, e o ideal é que a
COBERTURA
tinta permita sua aplicação sem dificuldade e que seque
Cobertura é a capacidade que o produto possui em
no menor espaço de tempo possível.
ocultar a superfície em que for aplicado.
Alertamos que a diluição interfere diretamente nesta
LAVABILIDADE
propriedade, portanto utilize sempre a diluição
Lavabilidade é a qualidade que a tinta deve ter em resistir
recomendada. Obs.: o item cobertura não se aplica aos
à limpeza com produtos de uso doméstico, tais como:
vernizes.
sabão, detergentes e outros, possibilitando a remoção de
manchas sem afetar a integridade da película.
RENDIMENTO
Rendimento é a área que se consegue pintar com um
DURABILIDADE
determinado volume de tinta. De acordo com a norma
Durabilidade é a resistência que a tinta deve ter sob a ação
ABNT 15079-1-2019, o rendimento acabado é expresso
das intempéries (sol, chuva, maresia etc.). A tinta com maior
em metros quadrados por embalagem. Esta norma se
durabilidade é aquela que demora mais tempo para sofrer
aplica às tintas látex em cores claras e vernizes à base
alterações em sua película, mantendo suas propriedades
de solvente.
originais de proteção e embelezamento. Lembramos que a
APLICABILIDADE durabilidade é influenciada pela adequada preparação da
Aplicabilidade é a característica que se traduz em superfície e a correta escolha do sistema de pintura.
facilidade de aplicação, o produto não deve oferecer
dificuldade para sua utilização.
Patologias
O que são?
» Qualquer condição anormal
que afete ou antecipe o
desgaste natural de uma
edificação.
UMIDADE EM RODAPÉ
ALVENARIA
PREVENÇÃO E SOLUÇÃO
Eliminar a umidade impermeabilizando a superfície com produtos adequados
para cada tipo de superfície e com qualidade comprovada.
Patologia
MOFO
DEFINIÇÃO
Mofo ou Bolor é o nome genérico dado para
contaminações de pinturas com microorganismos.
PREVENÇÃO E SOLUÇÃO
Superfícies
Madeira
Alvenaria
MOFOS/BOLORES. Contaminantes Contaminação com fungos (mofo) Atacam somente a tinta líquida,
mais comuns. e colônias de cores verdes, deixando a embalagem estufada.
azuladas, marrons, alaranjadas e
vermelhas.
Podem ser marítimas ou
terrestres..
Patologia
EFLORESCÊNCIA ALVENARIA
manchas esbranquiçadas / esfumaçamento
CAUSAS
Infiltração provocada pela umidade de solo.
Acúmulo de materiais alcalinos.
Falta de cura do reboco (mínimo 30 dias conforme NBR 13245).
CORREÇÃO
Fazer a remoção da superfície contaminada.
Eliminar a infiltração com aplicação de argamassa polimérica para
impermeabilização.
Recompor o local com argamassa de cimento, e aguardar a cura.
Aplicar 01 demão de Fundo Preparador para paredes à base de água
conforme orientação do fabricante. Aguardar secagem de 04 horas.
Nivelar e repintar com a tinta indicada para o tipo de superfície e
conforme as recomendações do fabricante.
Patologia
BOLHAS POR UMIDADE
CAUSAS
Infiltrações de umidade.
Vazamento na tubulação.
Falta de vedação: janela/alvenaria, calhas e rufos.
Falhas de rejunte no piso e nas paredes.
CORREÇÃO
Remover todas as partes soltas e contaminadas.
Antes da repintura, para melhor ancoragem da tinta, lixar a superfície conforme abaixo:
Se houver aplicação de massa corrida para nivelar a superfície, antes da repintura lixar com lixa massa/
madeira (folha ou disco), granas 120 a 150;
Se houver aplicação de massa acrílica para nivelar a superfície, antes da repintura, lixar com lixa d´água
(folha ou disco) granas 120 a 150;
Patologia
BOLHAS
causadas por
PRESENÇA DE PÓ
LIXAMENTO DE MASSA
PARTÍCULAS DO REBOCO.
CAUSAS
Não remoção do pó após lixamento.
Reboco fraco.
Tinta anterior calcinada ou caiação.
Fuligem e poeira aderida.
Falhas de rejunte no piso e nas paredes.
Patologia
BOLHAS
resultantes de massa raspada.
CAUSAS
Aplicação de Massa Corrida ou Acrílica em
camada muito fina (raspada).
CORREÇÃO
REMOVER PARTES SOLTAS E MAL ADERIDAS (ROLO
ÚMIDO COM ÁGUA).
Patologia CORREÇÃO
DESAGREGAMENTO
Partes soltas com profundidade maior que
3 mm: Refazer o reboco e aguardar a cura
(mínimo 30 dias).
ALVENARIA
Desplacamento da tinta Partes soltas superficialmente: remover
com auxílio de ferramenta apropriada
e aplicar 01 demão Fundo Preparador
CAUSAS para paredes à base de água conforme
orientação do fabricante.
Argamassa com traço incorreto.
Aguardar secagem de 04 horas.
Contaminação da área utilizada.
Nivelar com Massa Acrílica ou Corrida.
Enfraquecimento do reboco
pela ação de umidade. Antes da repintura, para melhor ancoragem
da tinta, lixar a superfície conforme abaixo:
- Se houver aplicação de massa corrida para
nivelar a superfície, antes da repintura lixar
com lixa massa/madeira (folha ou disco),
granas 120 a 150;
- Se houver aplicação de massa acrílica para
nivelar a superfície, antes da repintura, lixar
com lixa d´água (folha ou disco) granas 120
a 150;
Patologia
DESCASCAMENTO
Superfície Pulverulenta
CAUSAS
Pintura sobre pó ou partes soltas ou mal aderidas.
Preparação inadequada da superfície antes da pintura.
CORREÇÃO
Remover partes soltas ou mal aderidas.
Patologia
DESCASCAMENTO
Falta de Lixamento
CORREÇÃO
Remover partes soltas ou mal aderidas.
CAUSAS Remover toda cera, lustra móveis
e qualquer possível contaminante
Presença de cera, óleos, lustra móveis ou outros utilizando aguarrás ou outro produto
contaminantes na superfície. adequado.
Presença de BRILHO (falta de lixamento antes da Lixar (fosquear) com lixa d’água (folha
pintura). ou disco), granas 220 a 320.
PATOLOGIA
microfissuras
CAUSAS CORREÇÃO
Apresentam o aspecto
de mapa ou teia de Lixar (fosquear) com lixa d’água (folha
ou disco), granas 220 a 320.
aranha em grande área
da superfície; com uma
espessura pouco maior
que um fio de cabelo até
Após o lixamento é importante fazer a
(0.3mm).
remoção adequada do pó com pano
umedecido.
Causadas por pintura
sobre pó, partes soltas Após a correta preparação da
superfície aplicar produtos como
ou mal aderidas.
fundo e ou tintas elastoméricas,
conforme orientação do fabricante.
Preparação inadequada
da superfície antes da
pintura.
FISSURAS E TRINCAS
CAUSAS Correção
Emendas em alvenaria, I. Considerando os diferentes
cantos de portas/janelas e procedimentos indicados por cada
lajes. fabricante de tinta, para as correções
de trincas , sugere-se que seja
realizado contato com os serviços
Movimentações entre a de atendimento ao cliente (SAC),
estrutura e o fechamento salientando o processo indicado e/ou
das paredes e/ou mal visita técnica na obra de profissional
dimensionamento das especializado.
vergas e contra vergas,
alterações no terreno entre
II. Os procedimentos de tratamentos
outras.
de fissuras e trincas devem ser
executados utilizando produtos
específicos.
» APARÊNCIA
A parede pintada fica cheia de
“faixas” de marcas das emendas
das placas de gesso acartonado
(“drywall”), ou nas emendas
de gesso (radiografando ou
fotografando).
» CAUSA
Isso ocorre devido as diferenças
de absorção da superfícies e
também pela falta de aplicação
de fundo e ou tinta com a
função de selar e igualar a
absorção da superfície.
CORREÇÃO
Aplicar outras demãos de tinta utilizada no acabamento nos pontos de alta absorção
(emendas).
PATOLOGIA
AMARELAMENTO DO DRYWALL
LOCAL
Forros de gesso em geral, construídos com placas maciças do mesmo
material. Áreas contaminadas e com umidade.
CAUSA
Ocorre contaminação do gesso na fabricação das placas de gesso, utilizando óleos
desmoldantes de baixa qualidade ou então com contaminação de TANINO (decomposição
vegetal).
Pinturas em Gesso executadas antes de sua cura (minimo 30 dias) e também áreas
onde houve origem de umidade (umidade - executar o tratamento de correção).
CORREÇÃO
Aplicar 01 a 02 demãos de Fundo Branco Fosco ou Esmalte Branco Fosco (base solvente -
aguarrás) conforme orientação do fabricante.
Lixar (fosquear) com lixa d’água (folha ou disco), granas 220 a 320.
Patologia
Brilho Excessivo
Calfino e Gesso Corrido
ONDE?
Paredes novas de gesso corrido ou de calfino podem apresentar excesso de brilho.
CAUSA
Superfície de gesso brilhante, “vitrificada” e sem porosidade.
CORREÇÃO
Patologia
Manchas de Aplicação
Textura
Onde?
A texturização de paredes em
áreas extensas, ficando com
marcas de emendas ou faixas.
Causa CORREÇÃO
Ocorre movimentação Reaplicar a textura em
inadequada do rolo de toda a área, mantendo
texturização durante a uniformidade e igualdade
aplicação. ao acabamento desejado
ou existente.
A deposição desigual de
textura, procedimento
incorreto de continuação
da aplicação, a secagem
da película de baixa
qualidade ou então com
contaminação de Tanino
(decomposição animal)
intensificam o problema.
Exemplo: Continuidade no
dia seguinte.
PATOLOGIA
Manchas de Aplicação
CORREÇÃO
AUMENTAR A
ONDE? DILUIÇÃO DA TINTA.
A parede pintada fica cheia de “faixas” de marca
de rolo de lã (acrílica) ou espuma (esmalte). EVITAR PINTURAS
SOB SOL INTENSO
OU SUPERFÍCIES
Causa QUENTES.
PATOLOGIA
Manchas por Extração de Solúveis
ONDE?
Pinturas recém executadas.
Em períodos inferiores a cura da película definida pelo fabricante.
Causa
Molhagem parcial da superfície por pingos de chuvas, respingos de água isolada, sereno,
condensação, etc.
Extraindo matérias-primas solúveis contidas na tinta em período anterior ao período de
cura definida pelo fabricante.
Correção
Lavar toda a superfície com água, de cima para baixo (cortina d´água) sem a
necessidade de esfregar, logo após a ocorrência do manchamento.
IMPORTANTE
Caso o procedimento de lavação, conforme orientado, não for realizado logo após
o surgimento dos manchamentos (conforme indicação do fabricante), poderá não
contribuir em perfeito resultado, e, portanto, será necessário efetuar a repintura total
da superfície.
PATOLOGIA
esbranquiçamento
cores escuras
ONDE CORREÇÃO
Pintura fosca em cores
Utilizar tintas em acabamentos
intensas. brilhantes, ou evitar atrito na área
recém pintada.
CAUSA
COMO LIMPAR A SUPERFÍCIE
Cores intensas no
acabamento fosco Efetuar a limpeza no local afetado
podem esbranquiçar com movimentos leves e circulares
utilizando pano branco ou esponja
com o atrito.
macia e detergente neutro.
Em seguida limpar com pano
umedecido com água.
esbranquiçamento
ONDE cores escuras
Alvenarias pintadas com Correção
esmalte sintético acetinado
ou brilhante. I. Remover a pintura.
Esmaltes Sintéticos
são indicados para IMPORTANTE
procedimentos de pintura
em madeiras e metais,
portanto, caso for utilizado Remoção do esmalte poderá ser
em alvenaria e contribuir realizada de forma mecânica (espátula)
com o surgimento da ou utilizando removedores indicados
saponificação deverá ser para este procedimento.
efetuada a total remoção da
pintura. No caso de optar pelo uso de removedor,
este deverá ser totalmente extraído da
superfície após os procedimentos com
lavagens de álcool ou thinner.
Patologia
AMARELAMENTO DO ESMALTE
ONDE
Superfícies pintadas com esmalte sintético
(base solvente) que ficam em locais com pouca luz.
CAUSA
Embora seja algo indesejado, esta é uma
característica de todos os esmaltes à base de
solvente, pois é utilizado como matéria-prima óleo
de soja na fabricação da resina.
CORREÇÃO
Lixar (fosquear) com lixa folha massa/madeira grana
220 ou manta abrasiva média (vermelha).
Patologia
ENRUGAMENTO
ONDE
Pintura com Esmalte Sintético
CAUSA
Excesso de camada, diluição incorreta, intervalo
de tempo entre demãos incorreto e a não
remoção da pintura anterior.
CORREÇÃO
Remover toda a pintura.
Usar a lixa adequada a superfície a ser tratada
para melhor ancoragem da tinta.
Descascamento da Tinta
MADEIRA
ONDE?
Pintura sobre madeira.
CAUSA
A tinta perde sua plasticidade e descasca.
Envelhecimento de pinturas feitas com esmaltes.
Uso inadequado de tintas látex e/ou acrílica sobre madeiras.
CORREÇÃO
Remover toda a pintura.
ONDE?
Superfície de madeiras resinosas
que foram envernizadas ou pintadas,
ocorrendo demora para secagem.
CORREÇÃO
@escolapintor