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AUTORES VIDA OBRA ONDE OBJETIVO CRITICA A…

ANTIGUIDADE CLÁSSICA (SÉC. 5 A.C.-SÉC. 5 D.C.)


Estadista
moderado e Democracia
equilibrado. Conceção filosófica Elogio aos Esparta: dava-se
baseada na
Virtudes da vida em antepassados e primazia ao
P liberdade e
atenienses: sociedade, àqueles que exercício físico
Fomentou o igualdade- a lei
É . Filantropia/ educação, guerra, morreram pela e laconismo-
discurso eloquente, é igual para
fraternidade, arte e costumes,… democracia brevidade do
R “Discurso de reflexão teórica e todos-
amizade amor ao Liberdade- os Elogio à que se dizia era
Séc. 5 a.C. homenagem dom da palavra. (fundamentais
I Defesa da próximo cargos públicos e Constituição, à considerada
aos mortos na ATENAS na sociedade
(495 a.C.- democracia privados são Debate democracia e aos uma virtude
C Guerra do
. Tolerância, politica), bem
430 a.C.) fronteiras da distribuídos “em parlamentar, costumes individual,
L Peloponeso” como todo o
cidade aberta, razão do mérito” de aberto e plural atenienses submissão a um
social a que
E tolerante a todos cada um; “interessa Atenas é a regime
estes se
os indivíduos mais o valor pessoal “Escola da ditatorial.
S identifica. É um
. Benevolência, do que a classe a Grécia” devendo Cidade fechada
dever
generosidade sem que se pertence” ser defendida; aos estrangeiros
desconfiança,
aceitação de todos
Estado
Bem inestimável vigilante:
X Perspetiva do para o Estado: intervenção do
ditador honesto obediência cega dos Estado na vida
E
Sociedade condenação da governados ao conjugal e na
N fechada, corrupção dos governante- economia,
O Séc. 5 e 4 disciplinada, governantes. autoridade natural, Distinção entre Educação forte, proibição dos
a.C. “A República ATENAS ao Governante bem através de uma luxos e
militarizada e governantes e rígida, de severa
F dos serviço de sucedido e mal superioridade fechamento das Atenas
(430 a.C.- com regime governados obediência e a
Lacedemónios” ESPARTA sucedido reconhecida, , da fronteiras (o
O 350 a.C.) ditatorial- cargo do Estado
defesa da (exemplo do sua aptidão natural único fim dos
N
ditadura comandante do (o poder é “o cidadãos deve
T navio) comando exercido ser assegurar a
E pelos mais independência e
capazes”) a governação do
Estado)
Análise dinâmica
do regime,
evolução cíclica
de governação
. Sofiocracia
(governo dos Democracia
sábios, dos ateniense:
Abolição da . Crítica à
magistrados)
propriedade sociedade do
. Timocracia
privada (nas seu tempo- lutas
(governo dos Distinção prática de Estratificação da
duas classes entre as classes
militares, alguns política. sociedade em 3
superiores) e da e corrupção
passam a classes (fábula
Contra a corrupção família (garantir originadas pelos
magistrados) dos metais e
dos governantes. a honestidade e interesses
. Oligarquia metáfora da alma
Forma de criar eliminar de pessoais
Justiça - modelo (governo dos humana):
Defesa da uma sociedade interesses . Condena a
ideal e utópico ricos)
sofiocracia e da justa: cada um faz pessoais; “filhos democracia,
de organização . Democracia . Magistrados
Monarquia do Rei- aquilo a que está da cidade” que mas considera-a
de uma (governo do povo, (governação) –
Filósofo: o poder destinado- divisão apenas devem melhor do que a
P sociedade justa mediante uma Ouro – Parte
político e a filosofia feita através de um ter em vista o tirania pois o
(sobreposição revolução, que vai racional
L encontram-se no sistema educativo bem comum) governo da
da realização da depois dar origem
A Séc. 5 e 4 mesmo indivíduo- o controlado pelo multidão é
sociedade à à anarquia) . Guardas
a.C. “A Rei-Filósofo deve Estado e de acordo Relações incapaz de
T ATENAS felicidade . Tirania (governo (proteção) – Prata
República” exercer um com as aptidões sexuais produzir um
(430 a.C.- individual) de um homem, – Parte irascível
à comando forte, naturais de cada controladas pelo grande bem,
347 a.C.) anarquia conduz à
autoritário e, um Estado e tiradas mas também é
O tirania, quando . Artesãos
quando “à sorte”, em incapaz de
alguém decide (sustento) –
indispensável, que não podem produzir um
tomar o poder Bronze – Parte do
violento – princípio existir relações grande mal,
através da força) desejo
geral da obediência entre pessoas de enquanto que a
. Sofiocracia, de
classes tirania
novo (conversão
diferentes representa um
do tirano em Rei-
filósofo – algo mal maior
que Platão não
conseguiu
demonstrar)
A Platão :
Teoricamente, a . Abolição da
melhor forma de propriedade
Classificação das governo seria privada – A.
formas de uma monocracia defende que esta
governo sãs e que governasse gera menos
degeneradas: com autoridade, conflitos do que
mas a comum e é
. Monocracia- desinteressadam essencial para a
governo de um só, ente, para o bem satisfação do
exercido no de todos Homem
interesse de todos Realista (ao Estratificação da (aproximação à . Abolição da
e com respeito contrário de Platão, Necessidade da sociedade em: conceção do família – A. no
A
pelas leis; se que era idealista) – existência de leis classe dos ricos, Rei-Filósofo). regime de
R degenerar, torna- distingue entre o (caso contrário, os classe média e Platão as
I se numa tirania teoricamente ideal e homens guiar-se- classe dos pobres Na prática, tal pessoas
o praticamente iam pelas paixões A melhor forma não seria passariam o
S Felicidade-
. Aristocracia- possível e gerariam de governo é possível: defesa tempo a tentar
como virtude,
T Séc. 4 a.C. governo de um conflitos) –critério aquela que tem de uma identificar
ESTAGIRA equilíbrio entre
grupo de pessoas, Naturalista (o de objetividade uma classe média república mista, parecenças
Ó (384 a.C.- “A Política” para saúde, bens
exercido de forma Estado decorre da numerosa (que assente nas familiares; este
T 322 a.C.) ATENAS materiais e A virtude do
sã; se degenerar natureza humana, não está tão classes médias, sistema
estudos- e vida cidadão atinge-se
E no interesse do da necessidade exposta a mas concedendo generalizaria o
boa com boas leis (o
grupo dos mais natural do Homem perturbações alguns incesto; a
L Estado deve
poderosos/ricos, para viver em sociais e é a mais benefícios quer família é
orientar-se para o
E torna-se numa sociedade – zoon capaz de utilizar a aos mais ricos – necessária à
bem e as leis têm
oligarquia politikon) razão) elemento felicidade do
S de ser boas)
oligárquico –, Homem; evitam
. República- quer aos mais a
governo da pobres – insubordinação
maioria; se elemento Confinamento
degenerar no democrático –, das pessoas a
interesse dos mais devendo, uma casta da
pobres, torna-se porém, qual nunca
uma democracia beneficiar mais poderão sair
os pobres do Educação
que os ricos promove a
desigualdade, o
confinamento e
a divisão
Adota a doutrina
tripartida dos As leis destinam-
pensadores gregos Repartição do se a assegurar a
Defesa do Direito quanto às formas de poder pelas liberdade dos
Natural governo: diferentes classes cidadãos e a
(estoicismo) . Monocracia sociais: um chefe limitar o poder do
(inconveniente pois para mandar, uma magistrado.
Dever de
Lei natural, eterna se presta a todas as elite para Limitação do participação
e imutável, de espécies de abusos) administrar e a magistrado pelo política (opõe-
origem divina e participação do Direito Natural- se ao
de âmbito . Aristocracia (trata- povo para garantir principal objetivo epicurismo, que
universal, se do governo dos a liberdade e a deve ser procurar defende a
correspondente a ricos) justiça obter uma vida abstenção do
uma ordem Defesa de um feliz para o seu cidadão da vida
superior que rege . República (a regime misto onde povo política- não é
todos os homens- multidão, quando um magistrado bom para a vida
superior à vontade entregue a si, é o exerce o poder
C Síntese entre a ou para a alma e
humana pior dos tiranos – (para além do filosofia e a é impossível
Í Deriva da intuição liberdade excessiva) Senado e do Povo,
Séc. 2 e 1 política (defesa influenciar
C a.C. natural, é há um magistrado, de uma positivamente a
“A Afirma necessária a
ROMA Vida feliz proveniente da que exerce o poder preparação
E (106 a.C.- República” política)
razão e da combinação das 3 individualmente) metódica para a
R 43 a.C.) formas de governo:
natureza humana Aristóteles vida política) –o O Homem deve
(razão como fonte . Elemento defende um regime
O filósofo e o procurar a
das normas monocrático para misto assente nas moralista apenas virtude e esta só
morais) que haja uma clara classes médias, movem um se possui
afirmação de poder Cícero defende um pequeno número quando se aplica
Governantes por parte de um regime misto de pessoas, o (e a mais alta
limitados pelo líder assente num político, pela sua das virtudes é o
Direito Natural, . Elemento magistrado que atuação e governo da
devendo-lhe aristocrático para exerce o poder exemplo que dá cidade)
obediência ao que haja lucidez e (acrescenta à teoria todos os dias faz
elaborar a lei conhecimento no de Aristóteles a com que os seus
positiva- que tratamento dos existência de um comportamentos
deriva do Direito negócios públicos poder executivo se tornem valores
Natural . Elemento concentrado num fundamentais
republicano para líder) para a
que haja justiça e
comunidade
liberdade para o
povo
A IDADE MÉDIA (SÉC. 5- SÉC. 15)
“Maniqueísmo” – O Estado nasce
como consequência Agostinianismo
o Homem é
do pecado original O Estado nada político:
dominado pelo
tem a ver com o interpretação
conflito entre a
Conceção Bem ou a Justiça- distorcida da
luz e as trevas-,
pessimista da pertencem à doutrina do
repudia esta
natureza humana – Cidade Celeste- pecado original-
teoria, pois
o Homem é apenas com a paz a Igreja é
equipara a força
marcado para relativa ( superior ao
S do demónio à de Conceção
sempre pelo pecado verdadeira paz só Estado pois
Deus. autoritária e
A original, é fruto do na Cidade pertence à
Cidade Celeste- repressiva do
pecado Celeste) e Cidade Celeste
N onde existe Estado
segurança dos e o Estado à
verdadeira Paz, (proveniente da
T Descrença na ideia cidadãos Cidade Terrena
Justiça e Bem -vs. visão negativa e
O de progresso Não podemos (o Estado deve
Cidade Terrena- pessimista do
histórico, na associar o Estado estar
só há mal e Homem)
possibilidade de à Cidade Terrena subordinado à
pecado, existe um
aperfeiçoamento do e a Igreja à Igreja; poder do
Séc. 4-5 reflexo, imagem, Três funções do
TAGASTE, Homem (será Cidade Celeste Papa sobrepõe-
A d.C. “A Cidade de aparência dos Estado:
Norte de Paz sempre pecador) pois também há se a todos os
Deus” verdadeiros . Comando e
G (354 d.C.- África governantes –
valores da Paz, homens bons no
430 d.C.) punição– função supremacia do
O Justiça e Bem Possibilidade de Estado e
mais importante poder espiritual)
S (influência de regeneração e pecadores na
libertação dos Igreja Defesa do
Platão – só no . Provisão dos bens
T pecados através de Direito Natural,
mundo das ideias necessários
Cristo e da prática A finalidade do de origem
I há formas puras,
da sua doutrina Estado, por se divina
N no mundo real . Aconselhamento
encontrar na Distinção do
tudo é impuro ou dos cidadãos
H A Cidade Celeste é Cidade Terrena, é Direito Natural
imperfeito)
uma ordem de apenas a sua do Direito
O A distinção entre
amor; a Cidade preservação, e Positivo
as duas cidades é
Terrena é uma cabe à Igreja (distinção entre
feita atendendo à
ordem de coação guiar os homens a lei divina,
maneira de ser
(só o medo das até à Cidade eterna e
dos homens, à sua
sanções garante a Celeste suprema da lei
forma de vida, ao
paz e a segurança humana e
espírito e
entre os homens) temporal)
finalidades com
que atuam
Naturalista- o Povo como
Estado é uma mediador entre
organização Deus e o rei na
humana exigida transmissão do
pelas leis da Defesa da
poder (doutrina
natureza cujo fim é monocracia de
S da origem
Visão otimista do a promoção do bem regime misto
popular do poder)
à Homem comum (geral da (influência de
Autonomia da Soberania
comunidade e a Cícero):
O Igreja e do Estado: popular: é ao
Oposição ao ideia de bem-estar . Elemento
o poder espiritual e povo que
pessimismo de individual) e de monocrático
o poder temporal pertence a
Santo Agostinho: uma vida virtuosa a para garantir a
são ambos escolha dos
acreditava que o todos os cidadãos, unidade e
T legítimos e governantes e
pecado original segundo a lei de eficácia do
necessários, um compete fazer as
O não destruía a Deus (bem-estar poder
não deve interferir leis humanas; o
capacidade espiritual e . Elemento
M na esfera própria regime de
humana de material- para viver aristocrático
do outro (“a Deus governo dos
Á conhecer e bem os homens para permitir a
o que é de Deus; a povos é uma
S praticar o Bem e, necessitam, além de boa Condenação da
César o que é de instituição de
Séc. 13 como tal, o Estado fé em Deus e administração e tirania (pior
César”) – poder origem humana e,
“Summa AQUINO, Bem comum e enquanto orientação da governação forma de
(1225- espiritual só tem como tal,
Theologica” Nápoles bem individual instrumento de Igreja: saúde, entregues a governo)
1274) razão de ser regulado pela lei
repressão tinha habitação, trabalho quem tenha
D naquilo que se humana, pode por
que ser repensado e uma condição mais mérito
E refira à salvação esta ser alterado
como uma económica . Elemento
comunidade de das almas republicano
suficiente e Distinção, na lei
homens A lei humana tem para assegurar
razoável) humana, de dois
maioritariamente limitações pois é ao Povo a
Direitos do Homem aspetos – “força
A bem- falível e apenas a escolha dos
face ao Estado e diretiva” (leis) e
intencionados lei divina consegue governantes e a
Q rejeição de qualquer “força
alcançar todos os aprovação das
forma de governo coativa”(penas):
U Síntese do aspetos do ser leis (se não por
totalitária – negação . O rei não está
catolicismo com o humano si, ao menos por
I da dissolução do sujeito à “força
aristotelismo indivíduo no todo representantes
N coativa” (é o
estadual (o Homem seus delegados)
soberano que
O nunca pode ser dispõe da força
tratado como peça pública), mas está
do organismo sujeito à “força
estadual sem diretiva”
autonomia própria)
O RENASCIMENTO E A IDADE MODERNA (SÉC. 15 - SÉC. 17)
Realismo político- “Estado”:
Natureza humana O Príncipe tem
contra o idealismo comunidade
sempre a mesma, como fim
Poder- único ético: ignora e política
constante e aconselhar o Estabelece leis da
objetivo político despreza as soberana na
imutável- é lícito governante sobre os política (ciência
que considera limitações morais ordem interna e
recorrer à História modos de adquirir e política): que
relevante é dos governantes independente na
para entender o conservar o poder, retratem o
conquista e a (aconselha a internacional:
presente ou bem como sobre a encadear
manutenção do prática de atos Conceção
orientar o futuro arte de governar mecânico dos
poder – tudo o imorais) em bipartida dos
e assim formular fenómenos
resto é detrimento da regimes
regras de ação Reconhece que políticos
secundário ciência política- políticos:
para os seria preferível que Autonomia da
reivindica a . República –
governantes um Príncipe fosse política em
autonomia do soberano
Corta com a generoso, bondoso, relação à moral:
Defende: fenómeno político coletivo
M tradição piedoso... Porém, políticos julgados
. êxito político em relação às . Principado
aristotélico- devido à condição pelo êxito ou
A desculpa crimes outras disciplinas (Monarquia) –
tomista das humana, é fracasso da sua
cometidos para do pensamento; soberano
Q formas de necessário que o luta pelo poder
o alcançar Não fala em Deus individual
U Séc. 15 e governo sãs e Príncipe atenda à (sem considerar a
. o Príncipe e, fala na religião, Correspondênci
16 degeneradas (com conquista e bondade);
I “O Príncipe” FLORENÇA deve praticar o para afirmar que é a com a
fundo moral)– manutenção do conquistar e
(1469- bem quando útil ao Estado conceção
A para ele todos os poder (todos os manter o poder –
1527) possível e o mal (ajuda a convencer tripartida: os
regimes são meios utilizados é a única coisa
V sempre que os povos a principados
legítimos, não há, para atingir esse fim que conta em
E necessário- obedecer às leis) correspondem à
na política, juízos são considerados política
“maquiavelismo “Razão de monocracia ou à
L éticos: o único legítimos)
”; Estado”: o Estado monarquia; as
critério é o êxito O Príncipe não Amoralismo
. necessidade de deve obedecer a repúblicas
político (não necessita de ter político – visão
adoção de uma regras próprias de correspondem
importa se os todas as qualidades, da política
moral diferente ação (tudo o tanto à
príncipes usam a o importante é dissociada da
para julgar a realizado para aristocracia
crueldade, o que parecer tê-las; mais moral (política
ação política conquistar/manter como à
conta é crueldade vale ser temido que deve ser feita à
. absolvição dos o poder é legítimo democracia
bem usada e com amado; deve luz da eficácia e
comportamentos e deve ser feito, Distinção entre
êxito, ou delegar noutros as não baseada em
eticamente independente de as repúblicas
crueldade mal tarefas impopulares, regras religiosas
reprováveis dos ser condenado pela aristocráticas e
usada que mas conceder a ele ou morais)
governantes moral- só se pode as repúblicas
fracassou) próprio os favores e
aplicar aos populares ou
benefícios
indivíduos na vida democráticas
privada
“Soberania”: Insurgência contra Monarquia Rende-se à
. Poder absoluto – o feudalismo aristocrática versão de
A monarquia
não sujeito a político (mais tarde “quando o rei só Aristóteles (que
senhorial “foi a
condições/ conduz à monarquia concede dignidades várias vezes
primeira que existiu
encargos impostos absoluta) e benefícios aos criticou) - papel
entre os homens”, o
por outrem, nem é Limites da nobres, ou aos mais moderador das
rei é “senhor das
responsável Soberania limites virtuosos, ou aos classes médias-
Criar um suas pessoas e dos
perante nenhum de facto (a sua mais ricos”; numa sociedade
poder forte, bens dos seus
Teorizador da outro poder violação pelo rei monarquia popular dividida,
uno e súbditos” A
monarquia . Poder perpétuo – não tem nenhuma “o rei reparte as alguém- o
indivisível monarquia real
absoluta e anti ilimitado na vida consequência dignidades, as soberano- tem
(surgiu + tarde
feudal baseada de determinada jurídica): magistraturas, os de atuar de
com o
no direito divino pessoa, . Só respeita àquilo ofícios e as modo a que
Defesa de um aperfeiçoamento
dos reis transmitido por que é público, não recompensas todos sintam
Estado forte, da senhorial), é
J via hereditária podendo interferir igualmente entre que é mais o
centrado num “obediente às leis da
E Centralização (soberanos são com a esfera todos os seus que os une do
poder real natureza, deixando a
de todo o poder finitos, mas o privada súbditos, sem tomar que os separa
A indiscutido e cada um a sua
no monarca: o poder é perpétuo) . Tem que respeitar em consideração a O povo apenas
Séc. 16 eficaz liberdade natural e a
N rei é o superior . Poder supremo, o Direito Natural nobreza, a riqueza tem o direito de
(influenciado propriedade dos seus
(1530- hierárquico, na ordem interna . Tem que respeitar ou a virtude” dos se revoltar Condena a
“Os Seis pelo ambiente bens”, existe “uma
1596) todos lhe devem (eliminação dos as regras do reino mais importantes quando o rei é tirania
Livros da caótico vivido aprazível e doce
B República” obediência; é poderes feudal e . Tem que respeitar Preconiza a ilegítimo
em Paris: luta harmonia de uns com
O um chefe que papal) e o pluralismo social monarquia real Linha geral de
entre católicos os outros, e de todos
FRANÇA manda (não é independente (dos em regime misto absolutismo: no
D e protestantes; com o rei”
um “primus outros Estados), Formas de Estado - – “deve ser plano político,
poder real
I interpares”, que na ordem aquelas que os Monarquia real temperada pelo afirmava que
enfraquecido
propõe, tenta internacional gregos legaram deve associar-se a governo não devia haver
N e sem
convencer e que . Poder uno e (monarquia, um dos dois aristocrático e separação de
conseguir
só pode agir indivisível – aristocracia, estados: “estado popular”- poderes, deviam
impor
mediante reside numa só democracia)- vs. aristocrático” ou necessidade de concentrados no
autoridade
consenso pessoa formas de governo- “estado unir ricos e rei; e plano dos
para fazer
prévio) . É própria e não atendem a critérios democrático” pobres: não direitos
reinar a paz e
delegada – + substantivos haverá um individuais, não
a concórdia;
pertence ao rei (participação das Rei como o único “governo tinham de
guerra civil)
por direito, não classes sociais no fator de concórdia duradouro e existir garantias
lhe é delegada por exercício do poder, numa sociedade estável” se lhe jurídicas de
ninguém maior ou menor dividida em faltar a “união defesa dos
. É irrevogável – respeito do órgão classes sociais entre os poderosos súbditos contra
ninguém pode supremo pelos e os humildes e, os atos ilegais
questionar o poder direitos dos portanto, a do rei e dos seus
do rei súbditos) concórdia” agentes
Conceção Contratualista: o
O Estado detém o
pessimista do Homem, temendo
monopólio do
Homem no estado pela sua segurança,
poder: os vínculos
de natureza: o ser utiliza a razão para
da palavra são
humano é sair do caos e Limites do poder:
demasiado fracos
essencialmente insegurança vividos direitos Doutrina da
para travar “a
egoísta e no “estado de inalienáveis do soberania
ambição, a
egocêntrico, natureza” e Homem e popular
avareza, a raiva e
movendo-se converter-se ao atividades alienável:
as outras paixões
Estado forte e apenas pela “estado de privadas dos constrói, através
dos homens, sem o
autoritário- procura da sua sociedade”, cidadãos de um método
receio de algum
T “Leviatã” própria felicidade mediante um democrático,
poder coercivo”; é
Paz e (“monstro que (“homem lobo do contrato no qual Elementos um poder
H então necessário
segurança- combate outros homem”) renuncia ao seu essenciais do inteiramente
O que os homens
influenciado monstros” – a direito de fazer Estado Moderno: autoritário – a
renunciem ao seu
M pela guerra desordem, o O “estado de justiça pelas . Princípios da plena liberdade
direito a todas as a Hobbes
civil que o caos, a guerra e natureza”, é próprias mãos e, em liberdade e de todos
A coisas – à sua prende-se com o
obrigou a a anarquia; caracterizado por troca, surge um igualdade (os transfere-se,
liberdade – e o facto de, na sua
S exilar-se em “não há na uma enorme poder político homens nascem convertida em
Séc. 16 e transfiram para um teoria, há
17 Paris, pela terra poder que insegurança, imparcial, que visa livres e iguais) poder político,
poder comum que anarquia se não
“Leviathan” desordem e se lhe medo e risco – resolver conflitos . Princípio da para o soberano
(1588- garanta a paz e a houver
pelo caos e assemelhe, pois panorama que existem em soberania popular
1679) segurança autoridade e há
H pelo medo da foi feito para desolador do sociedade (o poder pertence Autoritarismo
tirania se não
anarquia, não ter medo”) Homem entregue Contrato social ao povo) não-totalitário:
O Defesa de um houver
afirma mesmo a si próprio que, subscrito por todos . Princípio do preconizava, ao
B poder absoluto: liberdade
que “o medo e Afirma que a sendo egoísta e os cidadãos – o governo lado de um
nada do que de
B eu nascemos pior tirania é procurando a soberano não é representativo (os poder político
mau possa
irmãos sempre melhor felicidade a todo o parte do contrato, é governantes forte e eficaz, a
E acontecer aos
gémeos” do que a guerra custo, resulta um terceiro atuam em nome autonomia da
homens no “estado
S ou a anarquia naturalmente em beneficiado por ele, do povo) vida individual,
de sociedade” sob
conflitos (“guerra é o representante do . Princípio da da sociedade
um mau soberano
de todos contra povo, “porque lhe maioria (o Estado civil e da
é comparável aos
todos” – “bellum foi dado pela atua de acordo economia
horrores da
omnium contra maioria o direito de com a vontade do privada
anarquia ou da
omnes”) encarnar a pessoa maior número)
guerra civil no
deles todos”
“estado de
Defesa de que os (contrato a favor de
natureza”
homens nascem terceiro)
iguais
Primeira parte Conceção Delegação limitada Limites do . Poder legislativo -
realista do Estado: Parlamento
obra dedicada Homem- não é de poderes: ao . Limitações (elemento
a refutar o naturalmente contrário de decorrentes da
pensamento bom nem mau, democrático)
Contratualista: o Hobbes, Locke diz O Estado não deve finalidade do
de Filmer, que logo, o “estado . Poderes executivo
de natureza” Homem chega que a transferência interferir na vida Estado – se os
defendia que homens criam o e federativo- rei e
será o que o racionalmente à de poderes privada e deve seu governo
Deus conferiu Homem dele Estado é para
conclusão de que individuais a favor limitar-se à vida proteger a vida, (elementos
a Adão, o fizer
poder de No “estado de é necessário do poder político liberdade e monárquico e
pública e à política
governar o natureza” não não é ilimitada, propriedade aristocrático)
há um poder passarem para o
mundo e de o destina-se a . Limitações Divisão
político com “estado de Separação de decorrentes das
transferir por autoridade que possibilitar a constitucional-
sociedade” e poderes: para funções órgãos- e
herança aos governe a convivência social,
comunidade e, através do legislativa e sociológica-classes- É um perigo
seus legítimos protegendo e defender a vida, a
homens nascem judicial do Estado
sucessores. consentimento liberdade e a do poder político. que exista
livres e iguais, garantindo a vida, – Estado deve
Locke afirma tácito de todos, é assumir as Elementos um poder
entregues a si, o liberdade e propriedade é
que não está Direito Natural funções de essenciais do
J estabelecido um propriedade de cada necessário que os absoluto e
escrito na é aplicado por elaborar as leis e regime democrático:
cada um contrato, no qual um; o povo delega poderes estejam . origem e ilimitado
O Bíblia que prover à
segundo critério o Homem abdica apenas alguns dos distribuídos por organização e fundamento do
Deus tenha próprio-“guerra
H conferido do seu direito de seus direitos (do órgãos diferentes funcionamento poder político estão
de alguns Objetivo do
contra alguns”- fazer justiça pelas bem público) o dos tribunais, não no povo;
N poderes representativos de Estado:
sistema de soberano só recebe devendo fazer . o poder legislativo
políticos de próprias mãos e estratos sociais mais que isso,
Séc. 17 e “Dois justiça privada, os direitos que o e executivo não defesa dos
governo a inexistência de delega no Estado tratando apenas
18 diferentes. podem ficar nas direitos
tratados Adão, não há leis, tribunais e povo lhe delegar – do bem público
o poder de mesmas mãos;
sobre a maneira de poder imparcial: defesa de direitos sem interferir nas fundamentai
(1632- legislar, executar . o principal dos
L apurar se os cada um faz Defesa de um atividades s
1704) Governação” justiça pelas
inalienáveis
poderes é o
monarcas as leis e de julgar poder político privadas de cada.
próprias mãos, Soberania popular: Em Hobbes
O atuais são e punir os relativo, legítimo e . Limitações legislativo-
não há uma o titular da o inimigo
descendentes defesa adequada decorrentes da constituído por
C criminosos soberania adequadamente
de Adão e Eva dos direitos do soberania popular representantes do era o
Homem continuará a ser o limitado (ao – se são os povo por este eleito Homem, em
K Segunda parte
indivíduos que
Direitos naturais povo, tendo este o contrário de e periodicamente
da obra do Homem no Propriedade Locke o
E poder de retirar criam o Estado e renovados;
dedica-se a “estado de entendida como Hobbes, que delegam num inimigo é o
procurar outra natureza”: funções ao rei ou defendia um poder . decisões do
conjunto dos bens governante o Estado
fonte de . “Direito à mesmo revogar-lhe exercício de eleitorado e do
vida, à e direitos político absoluto,
legitimidade a delegação poderes que Parlamento tomadas
propriedade, à essenciais de que ilimitado e por maioria e
quanto à liberdade e à (“direito de apelar entendem dever
origem do um indivíduo é tirânico) -(“limited conferir-lhe, para obedecidas por
saúde” para o Céu”); é
poder político . “Todo o titular, porque government”) e do lhes garantir a todos;
possível aos vida, a liberdade
que não seja homem tem o “government by . o Estado só existe
direito de punir com eles nasceu, indivíduos apelar e a propriedade,
nem um “act para atingir o bem
o transgressor, ou porque aos tribunais, consent” (“of the então estes
of God” (os comum mediante a
e de ser o constituídos por people”) também podem
reis eram executor do legitimamente os prossecução de
juízes pôr entraves à
escolhidos por Direito adquiriu interesses públicos,
ação do rei ou
Deus), nem Natural” – independentes, limitado pelo
direito que, mesmo destituí-
uma “Adam’s contra atos injustos lo, caso esse devido respeito aos
depois do
inheritance” contrato, é do rei contrato de direitos
transferido para governo não seja fundamentais dos
o Estado cumprido particulares
Concilia duas Sociologia Defesa de uma Princípio da Defesa da Reconheciment
Séc. 17 e “O Espírito
tendências política: monarquia liberal, separação de existência de o ao rei de um
18 das Leis”
opostas: . Influência do baseada na poderes: representantes do direito de veto
(1689- tendência clima no legitimidade colaborante e povo no sobre as leis do
1755) aristocrática e comportamento democrática e reciprocamente parlamento – parlamento
o humano princípios da controlada dos introduz no poder
constitucionali . Ligou a legalidade e da poderes executivo, legislativo um O exercício do
smo britânico dimensão de um separação de legislativo e elemento baseado poder tem duas
– da harmonia país ao seu poderes: judicial (não se no exemplo faculdades:
das duas nasce regime político . Legitimidade ignoram uns aos inglês: direito de . Estatuir
“O Espírito . Primeiro a democrática outros) -garantia representação do (vertente
das Leis”- chamar a provém do constitucional povo anónimo positiva, forma
objetivos: atenção para a consentimento efetiva que proteja numa das como um poder
M . Fundar uma necessidade de popular originário, os direitos dos câmaras do leva a cabo as
verdadeira qualquer regime de acordo unânime cidadãos contra os legislativo, suas funções,
O ciência político cuidar dos indivíduos, abusos de poder passando este a forma como o
N política, da educação fusão das suas ser bicameral – poder na prática
estudando a política e moral vontades num Poder judicial: Câmara dos executa as suas
T
história dos da juventude, contrato . Autonomização Lordes e Câmara funções)
E povos- sob pena de . Princípio da do poder judicial dos Comuns
S fracasso extinção legalidade: face ao legislativo . Impedir
. Liberalizar a . Condenou a submeter a atuação e executivo (vertente
Q Não pretende
monarquia corrupção e o e decisões do . Passivo, neutro e negativa, um
uma revolução,
U francesa, luxo que Estado e obediente às leis órgão pode
nem a abolição da
I reprovando a provém da Administração . Juiz neutro: só anular a decisão
monarquia e
monarquia desigualdade na pública à lei (limite aplica o direito de outro órgão,
E implantação da
absoluta e distribuição de do poder absoluto: vigente, só tem corresponde à
república,
U estudando o riquezas e nem o rei, nem os que aplicar a lei ideia da
pretende uma
novo regime advogou que “a órgãos do governo e aos factos, limitação
evolução
liberal da riqueza deve ser administração produzir direito recíproca do
reformista
monarquia dividida com pública podem novo só compete poder)
(modelo inglês)
parlamentar equidade” (“o desprezar direitos ao legislador
inglesa, povo poderá individuais sem ser . Deve estar no
propondo que mesmo preferir com base numa lei povo (para ser
este seja uma tirania que anterior que imparcial) e deve
adotado em não seja expressamente ser um poder
França – corrupta”) preveja e permita temporário (não
sucesso tal atuação ou os deve haver um
atos serão ilegais e órgão permanente
impugnáveis que julgue os
casos)
Aspetos Contratualista: Poder legislativo: Contra:
“estado de Tendência
essenciais do . Poder a que monarquia
sociedade” através compete “fazer as inevitável para os
regime político de um contrato absoluta, Igreja
leis necessárias aos regimes políticos Ideias atuais:
ideal: Ao contrário de Católica e
Diferenças com . República (a Hobbes e Locke,
homens”. “A lei degenerarem → ideia de aristocracia de
(“estado de exprime a vontade democracia
Hobbes: há Monarquia, sendo (influência do tipo feudal – era
natureza”– geral” é o único
apenas uma hereditária, viola pensamento enquanto republicano ateu e
“contrato social” – que pode dirigir as
o princípio da forças do Estado regime ideal democrata.
alienação do “estado de político grego) e
igualdade e reduz sociedade”), a para o seu fim, o Defende a
poder de todos novos contratos (Péricles) e não democracia,
Pretende a liberdade passagem para o bem comum. “A
para com todos estado de sociedade sociais: como regime porém afirma “a
descrever o individual) vontade geral só tem
é um processo de 6 em vista o interesse degenerado tomar a palavra na
e não para o . Democrático fases: . “Tem de
regime comum” – vontade (Platão, sua verdadeira
Estado; (todos os homens 1. “Estado de acontecer, mais
político ideal geral enquanto aceção, nunca
alienação não é nascem livres e natureza” primitivo tarde ou mais cedo, Aristóteles...);
através das – conceção otimista vontade do Estado. existiu uma
iguais, o poder → ideia de
irrevogável – o do Homem Leis não têm de que o príncipe (o verdadeira
ideias básicas político reside em ser votadas por
indivíduo primitivo Governo) acabe por república; democracia, e nunca
da liberdade, todos – soberania naturalmente livre, unanimidade, existirá nenhuma”
continua a ter o popular – só eles oprimir o soberano →a ideia de
igualdade e bom, inofensivos e podem ser Democracia direta
poder, apenas o podem celebrar o vive em paz com os aprovadas pela (o povo) e rompa o contrato social;
bom governo impossível
R contrato social, outros (“bom maioria →ideia dos
delega e pode, a selvagem”) contrato social”, nalguns países-de
aprovar . A vontade geral direitos maior dimensão- e
O qualquer 2. “Estado de uma vez que “os
A pretensão unanimemente a natureza” em expressa sempre o preconiza a
momento, bem comum, a governos fazem um individuais;
U de Rousseau é Constituição e degradação república para
retirá-lo àqueles espontânea– nasce a minoria estará, ao esforço contínuo →princípios da
Séc. 18 dupla: criar o Estado) França, “o governo
S a quem o propriedade privada ser obrigada a liberdade e da
“Contrato . Assegurar a contra a soberania monárquico é o que
explicar como (agricultura e obedecer à
(1712- delegou liberdade metalurgia) e a (do povo)”; “No igualdade convém aos grandes
S Social” se chegou a maioria, a ser livre
1778) individual desigualdade de enquanto pilares países”, o
(soberania pois, ainda que o instante em que o
E situação atual (“dando-se cada um forças e talentos possam não saber, fundamentais de democrático só se
popular); a gera desigualdade Governo usurpa a adequa aos países
(que considera a todos, não se dá a a vontade geral da
A soberania é de riquezas; segue- soberania, o pacto um Estado pequenos
injusta); e ninguém; todos se um momento de maioria expressa o
inalienável e, ganham o que é melhor para social fica extinto, e democrático; Diz que a
U propor “guerra de todos
como tal, não equivalente do que contra todos” que o seu próprio bem todos os cidadãos, →a noção de lei liberdade é total
fórmulas perdem, e maior prejudica os ricos e para o bem como expressão no “estado de
pode ser recuperando por
natureza” e deve
novas para a força para
(“os ricos, sobretudo, comum. Para
transferida nem devem ter sentido chegar à vontade direito a liberdade da vontade ser mantida no
construção de conservarem o que depressa quanto lhes geral;
representada geral, é necessário natural, deixam de “estado de
uma têm”, o Estado é era desvantajosa uma remover os ser obrigados a →aviso ao sociedade”, mas
pessoa moral, guerra perpétua de
sociedade interesses se o cidadão se
Acredita que o cujas leis que sairiam sempre obedecer” perigo dos
justa prejudicados”). O particulares e ficar recusar a
mal nasce da exprimem a só com a vertente . Há duas formas membros do
grupo dos ricos, obedecer, será
propriedade vontade geral, “pressionado pela humana que se do povo reagir a poder obrigado a fazê-lo
quem se recusar a necessidade, concebeu preocupa com o legislativo se pelo uso da força
privada enfim o projeto mais bem comum esta situação:
obedecer, será do Estado, “será
A finalidade do refletido que alguma . Os membros do → forrma deixarem
então coagido forçado a ser livre”.
vez tinha ocorrido ao povo são: dominar por
Estado é o bem pelo Estado a espírito humano”,
constitucional, Diz que a maioria
cidadãos- interesses
comum obedecer, “será propõe o contrato tomando o povo, tem sempre razão,
participantes da
forçado a ser social (“Unamo- enquanto poder privados as minorias que
nos!”) autoridade
livre”) soberana; não concordam
3. Primeiro contrato legislativo, a
. Assegurar a súbditos- sujeitos a com a lei, ao
social, fraudulento iniciativa de
igualdade entre os – proposta dos mais essa mesma cumpri-la, estarão
cidadãos ricos sob a vontade geral (o substituir um ou a obedecer a si
(igualdade aparência de boa povo, ao fazer as todos os próprias e não à
jurídica obtém-se solução, mas não o leis, não se maioria. Coação
era igualmente para ministros;
pela unanimidade prejudica a si como uma forma
todos próprio) → forma
na aprovação do 4. Estado social de o cidadão “ser
corrupto – eram . Afirma, contra revolucionária, forçado a ser livre”.
contrato social,
escolhidos um ou Locke e deliberando o Liberdade
bem como o Montesquieu, que
mais magistrados individual
direito de todos membros da elite só o povo povo, enquanto
participarem no desaparece e
para governar, (“os soberano deve soberano, romper dissolve-se no
poder legislativo, povos lançaram-se poder fazer as leis, o pacto social Estado- só existe
igualdade social- nos braços de um reunido em
chefe absoluto, sem (“se todos os dentro dele e com
Rousseau crítica assembleia
condições e sem universal: cidadãos se ele, não pode
as desigualdades retorno, precipitando-
contraste da existir fora e
existentes, mas se na escravatura”) reunirem em
contra ele –
não indica como 5. Revolução democracia direta
assembleia para democracia
democrática – face à democracia
as eliminar ou pôr termo a um totalitária
“Neste ponto extremo representativa.
reduzir) chegou-se à origem de Razão:“a vontade Defende a
pacto social de
. Pôr termo à que se partiu. Todos geral é inalienável” igualdade jurídica
“aliança entre o os particulares voltam comum acordo, não
e de “a soberania (de todos os
trono e o altar”, a ser iguais, porque não pode ser pode duvidar-se de cidadãos perante a
criando no seu nada são senão representada, pela que essa rutura seja lei), quanto à
escravos de um
lugar uma tirano”, novo
mesma razão por que plenamente igualdade social,
“religião civil” “estado de não pode ser critica as
alienada” legítima”)
(inspirado na natureza”- “lei do desigualdades,
corrente mais forte” (“um era Poder executivo: .Surgirão então mas nada propõe
o estado de natureza . Diverge de Locke novos contratos para as reduzir
antirreligiosa, na sua pureza, o outro e Montesquieu, tal Apresenta no “O
Rousseau ataca a não é senão o fruto de sociais, tantos
função não deve Contrato Social”
Igreja Católica e um excesso de constituir um quantos forem
preconiza que corrupção”). “O um projeto de
poder, não deve necessários para
estas sejam déspota não é sociedade ideal,
governante senão
pertencer ao rei e restabelecer o
reduzidas a mas, declara que
enquanto for o mais aos seus ministros,
nem agir como equilíbrio dos está destinado ao
fenómenos forte: logo que se
órgão de soberania poderes fracasso,
privados e possa expulsá-lo, ele
não tem o direito de autónomo; o condenando a sua
convicções constitucionais. O
reclamar contra a Governo não pode conceção e as
interiores de cada violência”. Solução: povo soberano, suas ideias ao
ter poderes
indivíduo, o revolução ou o falhanço
próprios apenas os como titular
Estado deve criar regicídio (Rousseau que o povo (contradição
uma “religião legitima) e único da
soberano lhe intrínseca no seu
civil” e exigir dos celebração de um soberania, pode
genuíno contrato confiar. Os pensamento)
cidadãos que social ministros não são extinguir o Defende os
façam, a favor 6.Segundo contrato governantes, são contrato social – direitos
dela, uma social, honesto – comissários, presume-se que fundamentais,
“profissão de fé”, garantir a todos delegados do porém a sua teoria
liberdade e soberano, podendo para o substituir
sob pena de é incompatível
igualdade; o limitar-lhes a por outro melhor
sanções) segundo contrato com os mesmos,
competência, porque não impõe
social diz respeito
ao futuro: programa modificá-la ou limites à vontade
de ação política, um revogá-la, “quando de maioria
projeto de assim o entender” –
revolução, projeto “governo de
de uma nova assembleia”
Constituição
Contratualista: Assim ao votar Três →“capitalism
Dá por adquiridos contrato político princípios de Introduz o liberal”: não
“justiça valores civilizacionais a Constituição
social”- conducente ao justiça: critérios se interessa
→Desafio da filosofia os “princípios
objetivo de Estado Social. → “Cada restritivos: pela igualdade
política- “tentar apresentar Contrato social de justiça” que
definir os uma conceção política de qualquer pessoa tem os que têm social mas
princípios de precedido por direito a um rendimentos pela eficiência
justiça para um regime deputado
uma sociedade democrático” “situação inicial”- esquema demasiado económica
democrática reunião de quererá aprovar completo e
→“justiça social” hão-de garantir altos não conseguida
justa, indivíduos com o adequado de pelos
(“justiça distributiva”- pelo menos: podem
concebida fim de elaborar liberdades empresários
Aristóteles) fim numa uma Constituição organizar-se
para a nossa distribuição razoável dos →aos ricos: que básicas iguais, privados à
época e para mais justa que seja para fazer
bens, direitos e honras a herança dos subir ainda custa dos
as que se lhe entre os membros da (norteada pela compatível com
seguirem. sociedade ideia de criar seus pais ou o mesmo mais os trabalhadores
condições fortuna por si esquema de preços dos e dos mais
Obter uma →Cidadãos de um país conquistada pobres
distribuição democrático são livres e necessárias e liberdades serviços; os
Homem iguais perante a lei suficientes para serão básicas para excessos de (rendimento
mais respeitadas, todos”- mínimo baixo)
equitativa dos como um →Sociedade bem criar um país riqueza
J ainda que principio da
bens ser ordenada- sistema de socialmente devem ser →“welfare-
essencial- cooperação social entre justo.) Todos os sujeitas a liberdade corrigidos,
O existentes e state
dos que vão mente indivíduos e instituições, constituintes imposto → “Só podem sobretudo capitalism” -
H sendo bom, regulada por normas e vivem numa ser aceites
→ aos pobres: através de promete mas
produzidos, de procedimentos aceites e sociedade quaisquer
N racional e adequados à convivência que o Estado e impostos; é não leva a
modo a que razoável, ordenada desigualdades necessário sério a criação
Séc. 20 e “Uma pacífica entre todos civilizada- mas as outras
todos possam incapaz de económicas e evitar a de igualdade
21 Teoria da ter acesso “aos →Cooperação aceitável considerada instituições sociais que
inveja face em “termos justos ou sociais o apoiem concentração de
Justiça” cargos e injusta pelo povo correspondam a
(1921- aos mais razoáveis”, necessário, para que ele excessiva de oportunidades;
posições de soberano que lhes cargos ou
R
2002) autoridade ricos ou o para que todos aceitem e confere a missão possa levar uma posições riqueza nas permite
desprezo cumpram, que todos mãos de uns “enormes
A responsabilidad beneficiem dos termos de de definirem as vida digna como abertos a todos
e”, “aos ou regras de uma ser humano, em condições de poucos. desigualdades
cooperação estabelecidos
W rendimentos e à insensíbil- sociedade mais ainda que justa igualdade na propriedade
→“princípios de justiça”- É justo que dos bens de
riqueza, que idade face função de “especificar os justa, sem voltar sujeito a deveres de
L possam aplicar oportunidades” todos produção e dos
aos mais termos razoáveis em que atrás e tendo em cívicos
aos fins que - princípio da beneficiem recursos
S pobres deve assentar a conta a existência adequados à sua
livremente cooperação social” igualdade de da naturais, o
do Estado, do idade e saúde
escolherem” e Direito e de uma oportunidades cooperação controlo da
“às bases →conteúdo dos produtiva
princípios: “estabelecer os sã convivência → à classe → “Só são economia
sociais do entre todos os média: que lhe em que nacional e de
direitos e deveres básicos dos admissíveis
respeito por si indivíduos e das instituições participem,
cidadãos. sejam desigualdades uma grande
próprios, sociais, bem como em que os
entendidas A “situação proporcionadas económicas e parte da vida
regular a divisão dos sociais que excessos de
como benefícios decorrentes da original” é as condições politica fica em
cooperação social e a adequadas e as traduzam em riqueza dos poucas mãos”,
instituições abstrata e maiores
essenciais para distribuição dos encargos hipotética melhores mais “embora as
necessários para sustentá-la” vantagens para favorecidos prestações
que os cidadãos (“experiência do oportunidades
os membros da contribuam sociais possam
sintam o seu . conflito “entre as pensamento”), para poder sociedade
valor como pretensões de liberdade exercício manter a sua para reduzi ser bastante
menos
pessoas e individual e as pretensões de intelectual sobre posição ou favorecidos”-
os excessos generosas e
possam orientar igualdade”- liberdade como seria de pobreza garantir um
aspira à igualdade, mas melhorá-la principio da
a sua vida com possível que os dos menos mínimo social
confiança” propriedade gera Sob o véu da diferença/
desigualdades deputados descriminação favorecidos capaz de cobrir
constituintes se ignorância da equitativa as necessidades
→conflito deve ser deixassem guiar situação básicas, não é
resolvido por regras e pelos sãos económica e reconhecido o
procedimentos que todos critérios da social de cada principio da
possam aceitar, “o Homem justiça- e não por um, todos serão regulação
é um ser dotado de Razão e, interesses destinada a
portanto, igualmente capaz levados,
materiais: todos racional e combater as
de aceitar o que é racional e estes (ainda que
o que é razoável- sendo que o razoavelmente, desigualdades
racional é tudo o que é conhecendo as económicas e
a celebrar um
normal cada um pretender principais sociais”
doutrinas contrato- uma
para si próprio; e razoável é
tudo o que é normal cada um politicas, Constituição- → “socialismo
aceitar como justo para os económicas e que assegura democrático”
outros” sociais, e uma sociedade e “democracia
→Racional que os mais principais factos justa para todos de
bem situados na vida da vida) estão em especial para proprietário”
pretendam retirar cobertos por um os pobres e mais garantem
vantagens dessa posição. “véu de desfavorecidos mecanismos
Não seria razoável que
recusassem aos que estão ignorância” capazes de
pior um acordo sobre acerca da conduzirem a
“termos justos da condição uma sociedade
cooperação” ou não os económica e democrática
cumprissem depois de social própria, da mais justa-
aceites- imoral sua família,
conduzindo à destruição qualquer deles
da sociedade, que muitos habilitações pode e deve
exigissem o cumprimento profissionais, ou caber dentro
do que lhes é favorável, classe social; de uma
mas se considerassem ignoram o que o “constituição
autorizados a não cumprir futuro lhes
perante os outros, sempre reserva em termos democrática”
que a ocasião o permitisse económicos e elaborada sob
em beneficio próprio sociais, não o véu da
→ Preocupação em criar podendo calcular ignorância que
mecanismos legais e ou intuir consagre os
práticos que não permitam probabilidades ou seus três
aos mais favoráveis princípios de
concentrar em si um expectativas.
excessiva riqueza e poder Como seres justiça- vale a
político, nem consintam racionais e pena procurar
que os menos favorecidos razoáveis que são consenso
sejam mantidos num grau têm apenas uma generalizado
mínimo de bens materiais solução: definir em torno dos
e influência política “princípios de “princípios
→Resultado a atingir justiça” que basilares da
através da busca e garantam, a todos justiça”:
aplicação dos princípios eles, a sociedade porque “se um
fundamentais de justiça mais justa
social numa sociedade dado regime
democrática- elevação possível, nem sequer
constante dos níveis de independentement tenta atingir
vida e da qualidade de e do nascimento, certos
vida dos cidadãos, condição familiar objetivos
especialmente dos mais e da sorte ou
desfavorecidos: máximo políticos, eles
azares da vida de nunca serão
dos mínimos possível cada um. alcançados”
Péricles:
“Olhamos para o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas dos seus próprios interesses, mas como um inútil.”
“Nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões públicas por nós mesmos, ou pelo menos esforçamos por compreendê-las claramente, na crença que não é o debate que é empecilho à
ação, e sim o facto de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação.”
“o Estado, entre nós, é administrado no interesse do povo, e não no de uma minoria”
“não nos irritamos com o nosso vizinho que atua como lhe apraz”
“a lei é igual para todos”
“não acreditamos que o discurso entrave a ação; o que nos parece prejudicial é que as questões não se esclareçam, antecipadamente, pela discussão”
“somos muito diferentes dos nossos inimigos porque permitimos que a nossa cidade esteja aberta a todas as gentes e nações”
“em matéria de educação, outros povos, mediante treinos penosos, habituam os seus filhos, desde tenra idade , à coragem viril; mas nós, apesar do nosso tipo de vida sem coação, nem por
isso lutamos com menos ardor quando chega a hora de enfrentar os mesmos perigos; nós temos a vantagem de não nos afligirmos com males futuros, mas somos, na hora do perigo, tão
bravos como aqueles que não fizeram senão preparar-se para ele”
“para um homem sábio e prudente é mais doloroso a covardia que uma morte enfrentada com valor e animada pela esperança comum”
“ o mais nobre tributo, fazendo o sacrifício da sua vida e adquirindo uma glória imortal que lhes deu a sepultura como honra”
Xenofonte:
“O bom aspeto de um espartano não está no luxo dos seus vestimentos, mas na boa constituição do seu corpo.”
“Se se escolhe um Chefe, não é para que ele se ocupe de si próprio, mas para que assegure a prosperidade daqueles que o escolheram.”
“receio de que os cidadãos sejam infetados pelos vícios do estrangeiro”
Platão:
“Toda a liberdade sem controlo deve ser absolutamente eliminada da vida dos homens.”
“Nenhum possuirá quaisquer bens próprios, a não ser coisas de primeira necessidade.”
“Enquanto não forem os filósofos reis nas cidades e se dê esta coalescência do poder político com a filosofia, não haverá tréguas dos males para as cidades, nem sequer, julgo eu, para o
género humano.”
“Vós sois efetivamente todos irmãos nesta cidade, mas o deus que nos modelou, àqueles dentre vós que eram aptos para governar, misturou-lhes ouro na sua composição, motivo porque são
mais preciosos; aos auxiliares, prata; ferro e bronze aos lavradores e demais artífices.”
Aristóteles:
“Cada homem é incapaz de se bastar a si próprio em situação de isolamento. Há em todos os homens uma tendência natural para se associarem numa cidade.”
“O Homem é, naturalmente, um animal político.”
“Os cidadãos da classe intermédia são os que se mantém e conservam melhor: pois não desejam os bens dos mais ricos, como fazem os pobres, nem são eles próprios objeto de grande
inveja ou ciúme, como sucede aos ricos: não são tentados a prejudicar ninguém, e ninguém procura prejudicá-los a eles.”
“ é através das leis que nós podemos tornar-nos bons”
“Há duas coisas que contribuem essencialmente para fazer nascer o interesse e o apego no coração dos homens – a propriedade (dos bens) e o afeto (familiar)”
“Cada cidadão, suponho eu, terá mil filhos; (…) mas qualquer um destes será também filho do primeiro cidadão que o encontrar; de modo que todos se interessarão pouco por ele”
“A comunhão de todas as coisas necessárias aos homens (…) é em geral fonte de muitos embaraços”
“a sociedade civil mais perfeita é a que comporta [um maior número de] cidadãos da classe intermédia”
“os homens (em situação económica intermédia) submetem-se mais facilmente à razão. Pelo contrário, tal submissão é muito difícil de obter, quer naqueles que possuem no mais alto grau as
vantagens da beleza, da força ou da riqueza- que são “tentados a desprezar os pobres e a dar golpes violentos para se apoderarem do Estado”-, quer nos que possuem em excesso os
inconvenientes da pobreza, da fraqueza ou da fealdade- que são “mais inclinados à prática de desordens””
“a principal causa das revoluções é (…) o desejo de igualdade, quando os homens pensam que, devendo ser todos iguais, alguns têm muito mais do que eles próprios.”
“Uma república de classes médias que, sem perseguir ou destruir a classe dos ricos, tome todas as providências que puder a favor dos mais pobres”
“arranjo [ou estrutura] das magistraturas de um Estado, especialmente das mais altas de todas”
Cícero:
“Nós somos os servos da lei, para que todos possamos ser livres.”
“A melhor constituição é aquela que reúna em justas proporções, os três modos de governo: o governo monárquico, o governo da elite e o governo popular.”
“Existe uma só lei verdadeira, que é a da reta razão, conforme à Natureza, interiorizada em todos os homens, constante e sempiterna. Provém de um deus único. Conduz-nos imperiosamente
a fazer o bem e não a praticar o mal. O homem honesto não é nunca surdo aos seus comandos e proibições. A essa lei nenhuma alteração é permitida; não é lícito revogá-la. Nem o Senado
nem o Povo podem dispensar-nos de lhe obedecer. Essa lei não é uma em Atenas e outra em Roma; não é hoje uma e outra amanhã; ela é uma só e mesma lei, eterna e imutável, que rege
todas as nações em todos os tempos.”
“É necessária uma união da experiência na condução dos grandes assuntos do Estado com o estudo e o domínio das outras artes, designadamente da filosofia.”
“há na natureza uma tal necessidade de agir” e “uma tão grande propensão para que cada um se exponha com vista à salvação comum”
“tal como o poder excessivo dos grandes acarreta a sua derrota, também o excesso de liberdade [e anarquia] prepara a servidão para um povo livre”
“o magistrado é a lei que fala, a lei é o magistrado mudo”, “nós somos os servos da lei, para que todos possamos ser livres”
“uma união da experiência na condução dos grandes assuntos do Estado com o estudo e o domínio das outras artes, designadamente da filosofia”
“uma vida de ação iluminada pela filosofia”
Santo Agostinho:
“Dois amores construíram as duas cidades. O amor de si próprio até ao desprezo de Deus- a cidade terrestre; o amor de Deus até ao desprezo de si próprio- a cidade celeste”
“Uma glorifica-se em si mesma, a outra no Senhor. Uma pede a sua glória aos homens; para a outra Deus é a sua glória. (…) Uma, nos seus chefes ou nas nações que subjuga, é governada
pela paixão de dominar; na outra, todos prestam serviço uns aos outros mutuamente- os chefes ao dirigir, os súbditos ao obedecer”
“as posições mais altas são as mais perigosas: quem nelas der os primeiros passos sem prudência, não poderá dar os últimos sem remorso”
São Tomás de Aquino:
“Que os homens não apenas vivam, mas vivam bem.”
“Há uma singular semelhança entre o rei e Deus, pois o rei faz no seu reino o que Deus faz no universo.”
“Um rei deve estar consciente de que o seu dever é ser para com o seu reino aquilo que a alma é para o corpo e o que Deus é para o universo.”
“Governar é guiar aquilo que é governado para o seu fim.”
“O soberano não está isento da lei diante de Deus; deve cumpri-la, não por coação, mas de sua livre vontade.”
“Omnis potestas a Deo per populum” – “todo o poder vem de Deus através do povo”
“de monocracia, pois há alguém que dirige; de aristocracia, já que os melhores participam na governação segundo os seus méritos; e de democracia, na medida em que é ao povo que
compete a eleição dos príncipes”
“se não houver ninguém ao leme, o barco seguirá agora um curso e depois outro, de acordo com os ventos, sem nunca atingir o seu destino; para alcançar um porto seguro, o navio terá de ter
alguém ao leme”
“o poder põe o homem à prova. Pois muitos, quando permanecem em posições humildes, têm toda a aparência da virtude, e no entanto afastam-se dela quando chegam às alturas do poder”
“prínceps legibus solutus est” – o príncipe é solto, livre, em relação à lei
“Naquelas matérias que respeitem à salvação da alma, deve obedecer-se mais ao poder espiritual do que ao poder temporal; porém, naquelas outras matérias que digam respeito ao bem
civil, deve obedecer-se mais ao poder temporal do que ao espiritual”
“o homem não se integra na comunidade política com todos os aspetos do seu ser”
Maquiavel:
“Nas ações dos homens, e sobretudo nas dos príncipes – onde não há tribunal para quem reclamar –, apenas se olha ao fim. Faça então o príncipe sempre por conquistar e manter o
Estado, que os meios usados serão sempre julgados honrosos, e louvados por todos.”
“É bom parecer misericordioso, fiel, humano, sincero, religioso, e também é bom sê-lo; mas tu deves ter uma tal disposição de espírito que, quando for necessário ser de outra
maneira, te sintas perfeitamente capaz de mudar para as qualidades opostas. É preciso que se entenda que um príncipe, e sobretudo um novo príncipe, não pode respeitar todas
aquelas coisas que são consideradas boas nos homens (comuns), pois ele é muitas vezes obrigado, em ordem a manter o Estado, a agir contra a boa fé, contra a caridade, contra a
humanidade, e contra religião. Assim, o príncipe deve estar disposto a adaptar-se de acordo com o vento e, de harmonia com as variações da sorte, não se desviar daquilo que é
bom, se possível, mas ser capaz de fazer o mal, se necessário.”
“Os fins justificam os meios.”
“O Príncipe não precisa de ter todas as qualidades, mas convém que pareça que as tem.”
“É melhor ser amado que temido? Seria preferível ser ambas as coisas, mas, como é muito difícil conciliá-las, parece-me muito mais seguro ser temido do que ser amado.”
“Como não é possível ter todas (as qualidades), nem as respeitar inteiramente, porque a condição humana não o consente, o príncipe deve possuir a sensatez necessária para evitar
a infâmia dos vícios capazes de lhe fazerem perder os seus Estados”.
“para conhecer a natureza do povo é necessário ser-se príncipe, e para conhecer a natureza do príncipe é necessário ser-se povo”
“Um homem que deseje fazer profissão de bondade necessariamente ficará derrotado entre tantos que não são bons. Daí que seja necessário para um príncipe que pretenda
manter-se no seu trono aprender a não ser bom, e a usar ou não usar este conhecimento de acordo com as necessidades de cada caso”
Jean Bodin:
“O Estado pode ser uma monarquia, mas há três maneiras ou modos diferentes de ele ser governado: o modo senhorial, o modo real e o modo tirânico”:
“Só é absolutamente soberano quem não depende em nada de ninguém.”
“O monarca soberano só deve juramento a Deus, de quem recebe o cetro e o poder.”
“A Monarquia real é a mais excelente.”
“O rei sábio deve governar o seu reino harmonicamente, combinando entre nobres e plebeus, ricos e pobres, mas com o tato devido: deve preferir o rico ao pobre para tarefas que deêm mais
honra que proveito, e preferir o pobre ao rico nos cargos públicos, que dão mais proveito que honra; desse modo, ambos ficam contentes, porque o rico só busca a honra e o pobre, o
proveito.”
“o monarca soberano (...) só deve juramento a Deus, de quem recebe o cetro e o poder”
“só é absolutamente soberano quem não depender em nada de ninguém”
“bloco de mármore que não pode ser fragmentado”
“deve ser temperada pelo governo aristocrático e popular”
“O único modo de unir humildes e poderosos, plebeus e nobres, pobres e ricos, consiste em atribuir os ofícios, cargos, dignidades e benefícios a quem os merece. (...) Se o príncipe sábio
atuar deste modo, concertará os seus súbditos uns com os outros e com ele próprio (...), e haverá uma agradável harmonia dos súbditos entre si e de todos com o príncipe soberano”
“A República compõem-se de homens bons e maus, ricos e pobres, prudentes e insensatos, fortes e débeis, [todos] unidos por aqueles que constituem um termo médio entre uns e outros: de
modo que sempre o bem é maior que o mal, e a concórdia predomina sobre a discórdia”
Thomas Hobbes:
“Quando o Soberano fala, os homens obedecem; quando ele cala, os homens são livres.”
“A pior incomodidade que numa forma de governo pode acontecer ao povo em geral é quase insensível em comparação com as misérias e horríveis calamidades que acompanham uma
guerra civil.”
“A Natureza fez os homens iguais uns aos outros, tanto nas faculdades do corpo como nas do espírito, porém, desta igualdade de capacidade resulta a igualdade de esperança de
conseguirmos atingir os nossos fins. E, portanto, se dois homens desejarem a mesma coisa, da qual não possam, contudo, gozar ambos, eles tornam-se inimigos; e, a caminho do seu fim,
esforçar-se-ão para se destruir ou dominar um ao outro.”
“O homem é colocado pela Natureza nessa péssima condição, mas ele dispõe de uma possibilidade de sair dela, que provém em parte das suas paixões, em parte da sua razão.”
“A única maneira de erigir um tal Poder comum é os homens conferirem todo o seu poder e força a um Homem, ou a uma assembleia de homens, que possa reduzir todas as vontades, pela
maioria das vozes, a uma só vontade; o que é o mesmo que dizer: escolher um Homem, ou uma assembleia de homens, que proteja a sua pessoa; e que assim submeta a sua vontade à
vontade dele (soberano) e os seus juízos ao juízo dele.”
“O Estado passa a dispor de uma tal força que o terror que eles inspiram lhe permite modelar as vontades de todos, em ordem a obter a paz no interior e o apoio contra os inimigos do
exterior.”
“O fim último dos homens, ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com a sua própria conservação. Quer dizer, o desejo de sair
daquela mísera condição de guerra que é a consequência necessária das paixões naturais dos homens.”
“não há na terra poder que se lhe assemelhe, pois foi feito para não ter medo”; “é o rei de todos os animais ferozes”
“É manifesto que durante o tempo em que os homens viverem sem um poder comum que os mantenha a todos em respeito, eles estarão naquela condição a que chamamos guerra; e essa é
uma guerra de todos contra todos (bellum omnium contra omnes)”
É preciso “que os homens consintam, quando os outros o consentirem também, na medida em que o considerarem necessário para a paz e a sua própria defesa, em renunciar ao seu direito a
todas as coisas, e fiquem satisfeitos com aquela proporção de liberdade perante os outros homens que eles mesmo concederem aos outros homens perante a si próprios”
John Locke:
“Em estado de natureza a qualquer pessoa é lícito destruir o homem, que lhe faz guerra, ou que tem mostrado inimizade à sua existência, pela mesma razão que lhe é permitido matar um lobo
ou leão. Pois que ninguém pode desejar pôr-me debaixo de seu poder absoluto, uma vez que não seja para me obrigar por meio da força aquilo que é contra o direito da minha liberdade,
fazer-me um escravo. O conservar-me livre de uma força tal, é a única segurança da minha conservação.”
“A razão está claramente do nosso lado quando dizemos que os homens são livres por natureza e que os exemplos históricos mostram que os governos do mundo, quando se iniciaram em
tempo de paz, foram edificados sobre essa ideia de base e foram instituídos pelo consentimento do povo.”
“todo o homem tem o direito de punir o transgressor, e de ser o executor de Direito Natural”
Poder politico “tem a sua origem unicamente num pacto ou convenção, e no consentimento mútuo daqueles que constituem a sociedade”
“todos os homens são naturalmente livres, iguais e independentes”
Montesquieu:
“O juiz não é mais do que a boca que pronuncia as palavras da lei.”
“A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem.”
“A liberdade política só se encontra nos governos moderados. Mas ela não existe sempre nos governos moderados. Ela só se encontra aí quando não se abusa do poder: mas é uma
experiência eterna que todo homem que tem poder é levado a abusar dele; ele irá até onde encontrar limites (…) Para que se não possa abusar do poder, é necessário que, pela disposição
das coisas, o poder trave o poder. Assim, a Constituição deverá ser tal que ninguém seja obrigado a fazer coisas a que a lei o não obrigue, ou a deixar de fazer aquelas que a lei lhe consinta”
“assembleias diferentes, para defender os seus pontos de vista e interesses separados”
Rousseau:
“O homem nasceu livre mas por toda parte se acha em ferros”
“esse estado era o melhor para o homem, e este só dele terá saído por qualquer acaso furtuito que, para o bem comum, nunca devia ter acontecido”
“A agricultura exigiu cancelas para delimitar o terreno; e a metalurgia habilitou o homem a usar o ferro para fabricar instrumentos agrícolas e defender-se dos seus inimigos. À cultura das terras
seguiu-se a sua divisão (em lotes), e da sua propriedade, uma vez reconhecida, as primeiras regras de justiça.”
“a metalurgia e a agricultura foram as duas artes cuja invenção produziu essa grande revolução (…) foram o ferro e o trigo que civilizaram os homens, e que perderam o género humano”
“o mais forte trabalhava mais; o mais hábil tirava mais partido do que fazia;(…) e, trabalhando todos igualmente, um ganhava muito, enquanto outro quase só colhia o necessário para viver"”
“Unamo-nos, para garantir os fracos contra a opressão, conter os ambiciosos, e assegurar a cada um a posse do que lhe pertence; instituamos regras de justiça e de paz, a que todos sejamos
obrigados a conformar-nos (…) e que submetam igualmente o forte e o fraco a deveres recíprocos”
“Essa terá sido a origem da sociedade e das leis, que atribuíram novos encargos aos fracos e novas forças aos ricos, destruíram para sempre a liberdade natural, e estabeleceram
definitivamente a lei da propriedade e da desigualdade”
“os povos lançaram-se nos braços de um chefe absoluto, sem condições e sem retorno, (…) precipitando-se na escravatura”
“Neste ponto extremos chegou-se à origem do que se partiu. Todos os particulares voltam a ser iguais porque nada são se não escravos de um tirano”
“um era o estado de natureza na sua pureza, o outro não é senão o fruto de um excesso de corrupção”
“o déspota não é governante senão enquanto for o mais forte; logo que se possa expulsá-lo, ele não tem o direito de reclamar contra a violência. A sublevação que termina por estrangular ou
destronar um Sultão é um ato legitimo, tanto como aqueles pelos quais ele dispunha na véspera da vida e dos bens dos seus súbditos. A força pura o mantinha, a força pura o derrota”
“Cada um, unindo-se a todos, não obedecerá senão a si próprio, e permanece tão livre como antes.”
“Dando-se cada um a todos, não se dá a ninguém; (…) todos ganham o equivalente do que perdem, e maior força para conservarem o que têm”
“A voz do maior número obriga sempre todos os outros.”
“A vontade geral só tem em vista o interesse comum”: “não olha para os interesses privados, nem é a mera soma das vontades particulares”
“Ela (a soberania) consiste essencialmente na vontade geral, e uma vontade não pode ser representada (por outrem): ou é a mesma, ou é outra; não há aqui meio termo.”
“A soberania não pode ser representada, pela mesma razão por que não pode ser alienada”
“O povo inglês pensa que é livre, mas engana-se redondamente; só é livre no instante da eleição dos membros do Parlamento: logo que eles se encontram eleitos, o povo é escravo, já não é
nada. Nos curtos momentos da sua liberdade, pelo uso que dela faz, bem merece perdê-la.”
“Da mesma maneira que a velhice e a morte destroem o corpo do homem, há um vício inerente e inevitável que, desde o nascimento do corpo político (o Estado), tende em permanência a
destruí-lo.”
“se todos os cidadãos se reunirem em assembleia para pôr termo a um pacto social de comum acordo, não pode duvidar-se de que essa rutura seja plenamente legitima”
“Podemos procurar formar um Estado que seja duradouro, mas não pensemos nele como eterno. Compete aos homens prolongar a vida do Estado até tão longe quanto possível, dando-lhe a
melhor Constituição que ele possa ter. Contudo, o mais bem constituído acabará também por se extinguir; só que mais tarde do que os outros.”
Rawls:
“Se um homem soubesse que era rico, poderia considerar racional sustentar que os impostos altos para financiar despesas de proteção social eram uma ideia injusta; se ele soubesse que era
pobre, proporia muito provavelmente o contrário”
“Ora, as pessoas na situação original são iguais; portanto, é natural que, ignorando quem são e de apoios beneficiarão ou não pela vida fora, cheguem todas a acordo sobre determinados
princípios “que pessoas racionais, desejosas de promover os seus interesses próprios, considerem adequados quando nenhuma delas sabe se gozará ou não de uma posição económica e
social de vantagem”
“ninguém deve ser favorecido ou desfavorecido pelos acasos da fortuna ou do azar na escolha dos princípios da justiça”
“uma sociedade justa é aquela que funciona como um projeto de cooperação para a mútua vantagem de todos”
“supondo que existe uma distribuição das capacidades naturais, aqueles que tiverem o mesmo nível de talento e habilidade , e a mesma determinação de usar bem os seus dons, devem ter as
mesmas perspetivas de êxito, independentemente da sua classe social de origem, isto é, da classe em que nasceram e foram educados até se tornarem adultos”
“a cooperação na vida social, supõe-se, é sempre produtiva; sem cooperação nada seria produzido e, por isso, nada haveria para distribuir”
“o que o “principio da diferença” requer é que, qualquer seja o nível geral da riqueza nacional- alto ou baixo-, as desigualdades existentes contribuam para beneficiar tantos os outros como a
nós próprios”
“que aqueles que compartilham de com os outros cidadãos as liberdades básicas e a igualdade de oportunidades, mas têm um nível inferior de rendimento ou de riqueza [sejam chamados
através de] uma forma institucional de transferência pelo menos de uma parte do vasto retorno dos mais favorecidos para os menos favorecidos, designadamente através dos impostos”

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