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25/07/2023

RECUPERAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS - EVAPORAÇÃO DO LICOR PRETO RECUPERAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS - EVAPORAÇÃO DO LICOR PRETO

PROCESSO KRAFT RECORDANDO...


• Depois do cozimento, o licor preto é
separado da polpa na lavagem.
EVAPORAÇÃO DO LICOR • Para cada 1 tonelada de polpa
produzida gera-se cerca de 10.500 L

PRETO
à 17.500 L de licor preto.

LICOR BRANCO:
NaOH e Na2S

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RECUPERAÇÃO QUÍMICA A RECUPERAÇÃO QUÍMICA PROMOVE:


Quais são os constituintes presentes no licor
negro? • Recuperação do licor branco
• Material orgânico – componentes dissolvidos da madeira;
• Material inorgânico – Reagentes químicos residuais,
Como o material orgânico, com a • Produção de energia elétrica
presença de oxigênio e altas
agora na forma inativa; temperaturas, oxida se MI (LB): recuperado
transformando em gases
(queima). E o material inorgânico MO (madeira): vapor
Devemos recuperar o licor preto por razões econômicas e em altas temperaturas sofre a
ambientais. Vamos comentar sobre essas razões? fusão (passagem do sólido para
o líquido).
Então como podemos separar o • Redução do fluxo de efluentes
Para que isso seja possível, o que deve ser feito: Assim, para a recuperação do
material orgânico do material
• Queimar os produtos orgânicos para gerar calor; inorgânico? material inorgânico, o licor preto é
• Converter os reagentes de cozimento inativos para uma queimado em uma caldeira para
forma ativa IMPORTANTE: geração de vapor, produzindo
O licor preto NÃO pode ir para o efluente energia elétrica.

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RECUPERAÇÃO QUÍMICA RECUPERAÇÃO QUÍMICA


• Como foi visto, o licor preto é uma solução. Isso significa que ele é constituído
por água e material sólido.
• Em geral, o licor preto vai para a recuperação de produtos químicos com
conteúdo de sólido secos de 15 à 16%, isto significa que apresenta 84-85%
de água.

Como é possível queimar algo que possui Energia

mais água do que material sólido? Água e gases

Para alcançar os requerimentos atuais de conteúdo


de sólidos secos. Se deve evaporar entre 8-10 m³ de
água por tonelada de polpa. Licor diluído Licor concentrado

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Qual o objetivo da evaporação? A evaporação é a operação unitária que tem por objetivo concentrar
uma solução, pela retirada de solvente, fazendo a solução entrar em
CALOR
ebulição.
LIBERAÇÃO DO
VAPOR DE ÁGUA E GASES CALOR

LIBERAÇÃO DO
Sólido VAPOR DE ÁGUA E GASES
+ Sólido
Líquido +
Sólido
líquido
+ Sólido
LICOR DILUÍDO LICOR Líquido +
líquido
CONCENTRADO

LICOR DILUÍDO LICOR


CONCENTRADO

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Objetivos
Remover a água do licor negro – Por que? Otimizar uso de energia– Por que?
Uma boa operação da planta de evaporação, requer que o licor concentrado,
alimentado na caldeira de recuperação tenha um alto conteúdo de sólidos Utilizar de forma eficiente a energia, que normalmente representa em torno de
secos e que o condensado secundário gerado, possa ser extraído da planta de 25% do total requerido numa fábrica de celulose branqueada;
evaporação o mais limpo possível.

Separar sub produtos Separar condensados


promove a recuperação de subprodutos gerados no cozimento. Destes
subprodutos, os mais importantes são metanol, terebintina e sabão que além Separar de forma eficiente os condensados secundários para posterior
de possuir um valor econômico, pode também causar problemas de tratamento e consumo;
incrustações e espuma

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EVAPORAÇÃO DO LICOR PRETO


Planta de evaporação do licor negro
Qual conteúdo de sólido no licor preto é
desejável para a queima?
• De acordo com o BLRBAC – BLACK LIQUOR
RECOVERY BOILER ADVSORY COMMITTE,
EFICIÊNCIA DA CALDEIRA

para que não tenha risco de explosão ou


apagamento da caldeira, a concentração
mínima para a queima do licor preto na caldeira
é de 58% de sólidos secos (ss).
• Melhor a eficiência quanto maior o teor de SS.
Como assim? % SÓLIDOS SECOS

Quanto mais concentrado for o


licor preto, melhor a eficiência da
caldeira.

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LICOR PRETO LICOR PRETO CURIOSIDADE:


A composição química do licor pode sofrer variação.
Por que isso ocorre?
Razão entre: MATÉRIA ORGÂNICA/ MATÉRIA
MO
MO Para determinar a razão é
INORGÂNICA , importante parâmetro para MI
MI
A composição química do licor preto é em função das espécies de determinado a porcentagem
madeira utilizada e das condições de cozimento. Em sua composição compreender algumas propriedades e características
vamos encontrar: de sólidos do licor preto,
do licor preto. evaporando toda sua água
PRINCIPAIS COMPONENTES:
com auxilio e uma estufa. Em
C, H e O – Provenientes da dissolução da lignina, carboidratos e extrativos
da madeira. seguida é determinado a
Na e S – Em forma de sais inorgânicos provenientes do licor branco. Na prática este valor geralmente varia de 1,5 à 2,2.
No licor preto vamos encontrar porcentagem de material
aproximadamente:
COMPONENTES SECUNDÁRIOS OU ACIDENTAIS: COMPOSTOS ORGÂNICOS ~ 60% orgânico e inorgânico,
K, Cl, N, Ca, Al, Si e Fe – Proveniente da água, da madeira e matérias COMPOSTOS INORGÂNICOS ~ 40% MO queimando os sólidos do licor
provenientes de outras etapas da recuperação química. Dependendo da espécie da madeira e Então qual o significado da maior razão ? MI
das condições de cozimento com auxilio de uma mufla.

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PROPRIEDADES DO LICOR PRETO VISCOSIDADE


O conhecimento da propriedades físicas do licor preto são de fundamental importância no projeto e na performance Viscosidade de um fluido mede sua resistência ao fluxo. Quando maior for a viscosidade de um fluido,
de plantas de evaporação de licor preto. maior será sua resistência ao escoamento, ou seja, líquidos viscosos tem maior dificuldade em fluir.
• Quando falamos do licor preto, temos grandes variações na viscosidade as quais podem:
AS MAIS IMPORTANTES E QUE PODEM SER CONTROLADAS SÃO:
 Viscosidade  Gastar mais energia no bombeamento do licor ou apresentar um bombeamento inadequado
 Elevação do ponto de ebulição ( EPE)
• Reduzir a taxa de evaporação
 Limite de solubilidade

 *Poder calorífico (para caldeira) • Causar obstrução e entupimentos em tubulações

• Formar de material incrustante nas superfícies de troca térmica


AS MENOS IMPORTANTES E QUE NÃO PODEM SER CONTROLADAS SÃO:
 Tensão superficial

 Densidade A viscosidade é uma propriedade que contribui positivamente para a evaporação do licor à medida que
 Calor específico eleva a concentração?
 Condutividade térmica

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VISCOSIDADE VISCOSIDADE
As principais variáveis que afetam a viscosidade do licor preto são a temperatura e
a concentração de sólido. Como?
• Quanto maior é a quantidade de sólidos no licor, maior é sua viscosidade.
• Quanto maior for a temperatura do licor, menor será sua viscosidade.

Então podemos concluir que:

Não esqueça: Na evaporação quanto maior


for a concentração trabalhada, maior deve Temperatura
ser a temperatura para manter o licor preto Viscosidade
como um líquido bombeável % de sólidos

Estrutura do licor preto fraco com baixa Estrutura do licor preto concentrado de
viscosidade alta viscosidade

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VISCOSIDADE VISCOSIDADE
• A composição do licor preto também influencia a viscosidade.
• A massa molecular da lignina e dos polissacarídeos, quando altas,
Observe que quanto maior a aumentam a viscosidade do licor preto.
concentração do licor, as curvas do
Os polímeros encontrado no licor (lignina e polissacarídeos) quando apresentam suas
gráfico ao lado ficam mais
moléculas grandes, atritam entre si dificultando o fluxo.
inclinadas.
Isso significa que quando maior a Logo:
concentração do licor, maior a
influência da temperatura sobre a
viscosidade.
MM lignina MM lignina

Viscosidade Viscosidade

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VISCOSIDADE Impacto das variáveis do cozimento na viscosidade


Em resumo, os fatores que afetam a viscosidade do licor preto são:
IMPACTO DAS VARIÁVEIS DO COZIMENTO NA VISCOSIDADE
Concentração do licor preto; Variável Efeito Motivo
Madeira/Kappa
Temperatura do licor; Fibra longa, > 50 Alta viscosidade Lignina de alto peso molecular
Fibra longa, < 30 Baixa viscosidade Lignina ou polissacarídeos de
MM de lignina. menor peso molecular
Onde: AE/madeira (kappa constante) Diminui Matéria orgânica mais
CONTEUDO DE SÓLIDOS degradada
TEMPERATURA VISCOSIDADE Sulfididade (kappa constante) Diminui com o aumento da Lignina de baixo peso
sulfididade molecular
MM da LIG.

O que podemos concluir?

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Controle da viscosidade do licor negro TRATAMENTO TÉRMICO


De quais formas podemos influenciar na viscosidade do licor preto? • Quando se utiliza o Tratamento
Térmico de Licor (LHT), este licor
Adição de álcalis
preto atinge a uma alta temperatura
(Geralmente vapor de MP – 10
Temperatura do licor
kgf/cm² - 180°C). Isto diminui a
• No licor preto
viscosidade do licor preto. Esta
• No digestor
técnica possibilitou concentrações
de sólidos secos de 80% através da
Tratamento térmico evaporação com vapor a baixa
pressão e o armazenamento em
Adição de sais (Tiocianato)
tanques de licor de queima não
pressurizados.

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ELEVAÇÃO DO PONTO DE EBULIÇÃO (EPE/ BPR) ELEVAÇÃO DO PONTO DE EBULIÇÃO (EPE/ BPR)
• A elevação do ponto de ebulição é o aumento da temperatura de No licor preto, devido a presença de sais
ebulição do licor pela presença de sais inorgânicos na solução. inorgânicos, é observado que quando
• Na presença de sais inorgânicos, as soluções aumentam seu ponto de maior for a quantidade de sólido
ebulição. presentes, maior será a elevação do
• Quando maior a concentração de sais presentes, maior é o ponto de ebulição. ponto de ebulição.
• Para determinar essa elevação do ponto de ebulição é feito um comparativo
da temperatura de ebulição da solução com a água a uma pressão constante.
• [sólidos] EPE

• MO/MI EPE

O que podemos concluir com EPE? Conseguem explicar?


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ELEVAÇÃO DO PONTO DE EBULIÇÃO (EPE/ BPR) LIMITE DE SOLUBILIDADE


Para controlar a elevação do ponto de ebulição deve-se manter baixos os teores de • Limite de solubilidade é a concentração de sólidos do licor a qual alguns sais
sódio presentes no licor. Para isso deve-se:
precipitam durante a evaporação.
Reduzir a quantidade de sulfato de sódio (Na2SO4) presente no licor através do • Esta propriedade interfere na capacidade de evaporação e obstrução dos
aumento da eficiência de redução da caldeira. Como? evaporadores; ??? Como???
quando os sais precipitam causam incrustações as quais vão diminuir a transferência de calor,
podendo até mesmo fechar os tubos por onde o licor preto está passando.
Reduzir a quantidade de carbonato de sódio (Na2CO3) presente no licor através do
• Sal de Burqueita é formado pela junção do carbonato de sódio (Na2CO3) e o sulfato
aumenta da eficiência de caustificação. De que forma?
de sódio (Na2SO4).
• Esta incrustação é formada quando o licor preto chega a uma concentração crítica, a
Reduzir a carga alcalina aplicada no digestor, se possível. Será? qual é próxima de 50%.

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LIMITE DE SOLUBILIDADE LIMITE DE SOLUBILIDADE


• Quando a concentração vai aumentando, vai reduzindo a quantidade de água
• Para controle da precipitação da Burqueita pode ser
presente no licor, e aproximando os íons.
feito:
• Quando chega a concentração crítica, os íons se aproximam, apresentando
uma atração eletrostática entre eles, ocorrendo a formação de sólidos, os Compreenderemos melhor
Redução da quantidade de sulfato de sódio estes dois conceitos quando
quais precipitam nas paredes dos evaporadores, causando assim estudarmos caldeira de
incrustação. (Na2SO4) presente no licor através do aumento da recuperação e caustificação
eficiência de redução da caldeira.
Redução da quantidade de carbonato de sódio
(Na2CO3) presente no licor através do aumenta da
Como foi visto, na presença de
eficiência de caustificação. um licor mais diluído o Na2SO4
e o Na2CO3 se solubilizam
dispersando no licor. Por isso,
Fazer lavagem dos evaporadores com licor preto
um licor mais fraco pode
fraco quando necessário remover as incrustações.

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PODER CALORÍFICO Unidade: Kcal/Kg EVAPORAÇÃO


• É a energia liberada durante a combustão do licor negro. Quanto Em comparação com outros A evaporação é basicamente um
maior for o poder calorífico, mais calor será liberado durante a combustíveis o licor negro não é um
queima do licor. bom combustível, pois apresenta baixo processo de transferência de calor,
• Quanto maior for o poder calorífico do licor negro melhor será a poder calorífico, o qual reduz conforme onde o licor preto será aquecido até
estabilidade da combustão e a capacidade e eficiência da a quantidade de água presente. alcançar seu ponto de ebulição para
caldeira de recuperação. Ex.: remoção da água, aumentando assim
• O poder calorífico do licor negro depende da quantidade de PCóleo= 10000 Kcal/Kg
sólidos do licor e do conteúdo de material orgânico. PCsólido LN= 3500 Kcal/Kg
a quantidade de sólidos
(concentração).
Como isso é feito?
Sólido PC PC óleo = 2,86 PC licor
Para este processo, são utilizados
trocadores de calor com vapor de
MO/MI PC
baixa pressão em contato indireto com
o licor preto

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EVAPORAÇÃO TRANSFERÊNCIA DE CALOR


É um processo usado na separação de misturas, no qual uma • A transferência de calor pode ser calculada pela formula:
mistura é aquecida de forma a promover a evaporação do
componente mais volátil (por exemplo, água) e deixar sobrar o Q = U.A.∆T
componente menos volátil.
Onde:
• Q = Taxa de transferência de calor

• U = Coeficiente global de transferência de calor

• A = Área de transferência de calor

• ∆T = Diferencial de temperatura

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TRANSFERÊNCIA DE CALOR TRANSFERÊNCIA DE CALOR


• De acordo com a fórmula apresentada, observamos alguns pontos que vão • O coeficiente global de transferência
favorecer a transferência de calor. de calor (U), é uma das variáveis
mais importantes quando falamos da
• Note que:
Q = U.A.∆T evaporação do licor preto.
• Esse coeficiente é representado
• Não conseguimos ter transferência de calor sem ter um diferencial e como o inverso de todas as
temperatura. resistências para troca térmica.
1
U
• Quanto maior for a área de troca térmica, maior será a transferência de calor. Rglobal

1
U
Rlicor  Rincrutação  R parede  Rcondensado

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TRANSFERÊNCIA DE CALOR
As resistências mais impactantes para um evaporador é a do licor preto e das
EVAPORAÇÃO DE MÚLTIPLOS
incrustações. Logo deve-se controlar as características físico-química do licor
EFEITOS
preto e evitar que ocorra incrustações.
É observado que quanto maior a viscosidade do licor preto, maior a resistência

de transferência de calor, impactando assim na taxa de evaporação.


Reduzir a viscosidade em 10 pontos pode subir a capacidade de evaporação
em 1,5 à 2 vezes

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EVAPORAÇÃO DE MÚLTIPLOS EFEITOS EVAPORAÇÃO DE MÚLTIPLOS EFEITOS


Desta maneira temos:
A evaporação do licor preto é realizado em evaporadores de múltiplos efeitos
O primeiro efeito recebe vapor vivo de baixa pressão. (Vapor que veio da caldeira)
utilizando vapor de baixa pressão. O vapor evaporado do 1º efeito segue para o 2º efeito onde é condensado, servindo
A evaporação em múltiplos efeitos consiste no reaproveitamento do vapor evaporado como fonte de calor para a evaporação do licor.
O vapor evaporado do 2º efeito segue para o 3º efeito assim adiante.
de um efeito como fonte de calor para o próximo efeito.
O vapor evaporado do ultimo efeito é condensado em um condensador.
Dessa maneira o evaporado gerado em cada efeito é condensado no efeito seguinte.
O vapor evaporado do licor preto, quando condensado, apresenta contaminantes os
quais, dependendo da quantidade, devem ser tratados.
Este condensado é denominado condensado secundário ou condensado sujo.
Cada efeito apresenta um ou mais evaporadores (trocador de calor) dependendo da
necessidade de lavagem.
Explicar com as próprias palavras o que compreendeu.

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EVAPORAÇÃO DE MÚLTIPLOS EFEITOS EVAPORAÇÃO DE MÚLTIPLOS EFEITOS


Vamos visualizar na figura do sistema de evaporação? O vapor evaporado em um efeito
apresenta pressão e temperatura mais
baixa que do que o vapor que esta
sendo utilizado como fonte de calor.
Assim, a pressão do vapor vai sendo
reduzida de um efeito para outro.
A temperatura do vapor utilizado nos
últimos efeitos, por ser baixa, é
necessário se operar o evaporado com
condições se vácuo.

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EVAPORAÇÃO DE MÚLTIPLOS EFEITOS EVAPORAÇÃO DE MÚLTIPLOS EFEITOS


É possível evaporar
conforme a condição
descrita ao lado?

Quando reduz a pressão, o


ponto de ebulição também
reduz, sendo possível a
evaporação ocorrer com
temperatura mais baixas.

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EVAPORAÇÃO DE MÚLTIPLOS EFEITOS EVAPORAÇÃO DE MÚLTIPLOS EFEITOS


Como foi visto, cada efeito pode
ter um ou mais evaporadores.
Com isso, podemos observar no
fluxograma ao lado que:
O primeiro efeito apresenta 4
evaporadores
O segundo efeito apresenta 2
evaporadores
Os demais efeitos somente um
evaporador
Quantos evaporadores e efeitos a figura
O que ocorre com a pressão do vapor?
apresenta?

O fluxograma ao lado apresenta 10 A pressão do vapor vai sendo reduzida


evaporadores e 6 efeitos. de um efeito para outro

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EVAPORAÇÃO DE MÚLTIPLOS EFEITOS ECONOMIA DE VAPOR


Entende-se como economia de vapor, a razão entre a quantidade de água evaporada em todo
o sistema e a quantidade de vapor vivo utilizada.

VAPOR EVAPORADO
ECONOMIA 
VAPOR VIVO

Em um equipamento único, a economia é geralmente menor que um.


Em um sistema de múltiplos efeitos este valor é superior, sendo condicionado ao
número de efeitos.
A economia é muito influenciada pelos parâmetros de projeto da evaporação.
Para o aumento da economia é utilizado o máximo reaproveitamento de vapor.

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ECONOMIA DE VAPOR CAPACIDADE DE EVAPORAÇÃO


Demanda e economia de vapor em função do número de efeitos
Quanto mais efeitos é utilizado, reduz
a demanda de vapor vivo e aumenta Capacidade de evaporação é a quantidade total de água
a economia de vapor. evaporada em um sistema de evaporação múltiplo efeito em
O que o gráfico e quadro ao lado
um determinado período de tempo.
indicam?

Observe no gráfico que, o aumento


ÁGUA EVAPORADA
de 4 efeitos para 6 efeitos pode CAPACIDADE DE EVAPORAÇÃO 
TEMPO
evaporar ± 1,7 ton a mais de água
para cada ton de vapor vivo utilizado

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CAPACIDADE DE EVAPORAÇÃO CAPACIDADE DE EVAPORAÇÃO


• A capacidade de evaporação pode variam em função de vários fatores: • Operacionalmente, a incrustação é o que mais reduz a capacidade de evaporação.

• Como a evaporação só deve parar na parada geral da fabrica, é importante um bom


O tipo de evaporador – Cada tipo de evaporador apresenta seu coeficiente
global de transferência de calor, sendo os evaporadores de fluxo descendente controle de incrustação para reduzir a perda de capacidade.
os que apresentam maior coeficiente global. • Em geral, a perda de capacidade de evaporação é de 5 à 10 % ao ano.
O controle e redução de incrustações – As incrustações diminuem o
• Um bom controle do coeficiente global de transferência de calor para lavagem dos
coeficiente global de transferência de calor fazendo com que a capacidade de
evaporação diminua. evaporadores favorece o processo aumentando a eficiência dos evaporadores e
Redução da viscosidade do licor preto e da elevação do ponto de reduzindo a perda de capacidade.
ebulição.
• Para determinar a capacidade de evaporação é realizado balanço de massa.
O aumento da temperatura do licor preto de alimentação do evaporador, até
temperatura próxima ao ponto de ebulição do licor.

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EVAPORADORES DE FILME EVAPORADOR DE FILME ASCENDENTE


1. Filme ascendente (rising film) • Os evaporadores de filme ascendente, também chamados evaporadores de

Tubo Longo Vertical (LTV), representam a tecnologia de evaporação mais


• LTV Tubo longo vertical
antiga usada pelas plantas de celulose.
2. Filme descendente (falling film)
• A forma de aquecimento é por um corpo ou carcaça única, preenchida por
• Tipo tubo longo vertical com circulação interna tubos montados verticalmente. O licor preto circula dentro do evaporador por

• Tipo placas
dentro destes tubos.
• O comprimento típico do tubo é de 8,5m com um diâmetro nominal de 50 mm,
• Tipo tubos com circulação externa
e a grossura das paredes de 1,5mm. Os tubos são encaixados num painel
perfurado.

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EVAPORADOR DE FILME ASCENDENTE EVAPORADOR DE FILME ASCENDENTE


1 5

2
1 - Cabeça do evaporador
2 - Defletor
3 – Entrada de vapor 6
4 – Saída de condensado 3
5 - Separador de gotas
6 – Saída do vapor evaporado
7 – Alimentação do licor fraco
8 – Saída do licor concentrado
4
9 – Caixa de alimentação 9 8

55 56

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EVAPORADOR DE FILME ASCENDENTE EVAPORADOR DE FILME ASCENDENTE


O licor preto é alimentado por uma caixa de alimentação, na base do
evaporador, onde é distribuído pelos tubos, e o vapor é alimentado dentro da
carcaça, no exterior dos tubos, transferindo-se o calor pelas paredes dos tubos
para o licor preto.

O licor sobe por dentro dos tubos onde é, primeiramente, pré-aquecido e


gradualmente começa a entrar em ebulição. O vapor libertado na ebulição tem
um volume específico grande, o que aumenta a velocidade da mistura de licor
preto e vapor, aumentando consequentemente a transferência de calor.

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RECUPERAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS - EVAPORAÇÃO DO LICOR PRETO RECUPERAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS - EVAPORAÇÃO DO LICOR PRETO

EVAPORADOR DE FILME ASCENDENTE EVAPORADOR DE FILME ASCENDENTE


• A transferência de calor é pequena, e a formação de espuma é um problema

comum devido à existência de pontos de sobreaquecimento.

• Ao chega até a cabeça do evaporador, o vapor e o licor preto são, primeiro,

separados num prato defletor colocado no painel perfurado superior onde os


tubos são presos.

• O vapor segue para o separador de gotas onde as gotas de licor que são

arrastadas com o vapor são removidas antes do vapor ser transferido para o
efeito seguinte.

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EVAPORADOR DE FLUXO ASCENDENTE EVAPORADOR DE FILME ASCENDENTE

O filme de licor, por não ser uniforme, faz com que o coeficiente de
transferência de calor seja baixo.

O conteúdo de sólidos secos do licor preto forte também permanece baixo, já


que uma alta viscosidade retarda a subida do licor no tubo — reduzindo
essencialmente a proporção da transferência de calor.

Na prática, a concentração de sólidos secos mais alta possível que se possa


alcançar é de aproximadamente 60%.
Separador de gotas

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RECUPERAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS - EVAPORAÇÃO DO LICOR PRETO RECUPERAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS - EVAPORAÇÃO DO LICOR PRETO

EVAPORAÇÃO DO LICOR PRETO EVAPORADOR DE FILME DESCENDENTE


Evaporador de Filme Descendente O evaporador de filme descendente é o mais comum dos evaporadores usados
para concentrar licor, pois possui várias vantagens em comparação com o
evaporador ascendente.

Neste tipo de equipamento de evaporação, o licor preto é alimentado pela base


do evaporador, onde é mantido a um nível fixo. É então levado ao topo do
elemento de aquecimento por uma bomba de circulação, e escoa
descendentemente pelo evaporador, pela superfície de aquecimento, por
gravidade.

63 64

RECUPERAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS - EVAPORAÇÃO DO LICOR PRETO RECUPERAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS - EVAPORAÇÃO DO LICOR PRETO

EVAPORADOR DE FILME DESCENDENTE EVAPORADOR TUBULAR DESCENDENTE


A construção mais comum deste tipo
1 - Entrada de vapor
de evaporadores é a seguinte:
2 - Boca de visita
Lamelas ou placas (com circulação do 1
3 - Tubos
licor preto pelo exterior das placas); 3 2
4 - Saída do vapor evaporado
Tubular (com tubos dispostos 5 - Vent
verticalmente), com duas alternativas: 6 – Separador de gotas 5 4
7 - Saída de condensado
• Circulação do licor preto por dentro 6 7
8 - Boca de visita
dos tubos;
9 - Saída de licor concentrado 8
• Circulação do licor preto por fora
10 - Entrada de licor fraco
dos tubos. 9
10

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EVAPORADOR TUBULAR DESCENDENTE EVAPORADOR TUBULAR DESCENDENTE


• Este tipo de evaporador tem um elemento de feixe tubular e a

carcaça onde se encontra o vapor. O elemento de aquecimento é


muito semelhante ao do evaporador tubular de filme ascendente,
consistindo numa carcaça vertical e tubos de transferência de
calor, dispostos verticalmente também. O licor é bombeado para
um distribuidor, que é normalmente um prato com o fundo
perfurado.

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EVAPORADOR TUBULAR DESCENDENTE EVAPORADOR TUBULAR DESCENDENTE


•O licor preto escoa descendentemente dentro dos tubos, A placa distribuidora é
desalinhada com os
principalmente devido ao efeito da gravidade. tubos para formar o
filme de licor
• A mistura de licor preto e vapor que sai dos tubos são separados

na parte inferior do equipamento, onde se separa o vapor do licor.

• O separador de gotas, também encontrado na parte inferior do

equipamento faz a limpeza do vapor antes deste sair do


equipamento.

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EVAPORADOR DE FILME DESCENDENTE EVAPORADOR TUBULAR DESCENDENTE


• A condensação segregada de condensado
limpo e condensado sujo é conseguida pela
divisão da carcaça em seções de pré e pós-
condensação usando, um prato de separação
(baffle plate).
• Como vimos, esta segregação ocorre pela
diferença de temperatura na condensação.
Condensados mais quentes tendem a arrastar
menos contaminantes que condensados mais
frios.

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EVAPORADOR TUBULAR DESCENDENTE EVAPORADOR TUBULAR DESCENDENTE


• Para melhorar a transferência de calor, o • Diferente do evaporador ascendente, o separador de gotas se encontra na
Placas internas
parte interna.
evaporador possui placas interna.

• Também possui o vent, que é uma saída de

exaustão, ligada diretamente ao sistema de


vácuo, a qual remove os gases contidos no
vapor.

• Estes gases podem formar bolsões os quais

reduzem o coeficiente de transferência de calor.

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EVAPORADOR TUBULAR DESCENDENTE EVAPORADOR DE PLACAS


•A circulação do evaporador tubular • O evaporador de placas é um evaporador descendente que, como já foi
descrito anteriormente, o licor preto é alimentado pelo fundo da unidade e
descendente é feita internamente ou levado ao topo por uma bomba de circulação.
externamente através de bombas. • Um sistema de distribuição do licor (normalmente uma caixa com um fundo
perfurado) espalha igualmente o licor pela superfície externa dos elementos
•A circulação interna favorece a de aquecimento que são lamelas (placas), onde o licor escoa
evaporação pois faz o pré-aquecimento descendentemente e começa a entrar em ebulição.
• O vapor gerado é separado imediatamente do licor e escoa para o espaço
do licor. disponível no evaporador. Um separador no topo assegura a pureza do vapor
• Isso faz com que a circulação interna secundário.
• O meio de aquecimento (vapor) escoa dentro da superfície de transferência
predomine no mercado atualmente. de calor da lamela.

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EVAPORADOR DE PLACAS EVAPORADOR DE PLACAS

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EVAPORADOR DE PLACAS
EVAPORADOR DE PLACAS
•A condensação segregada ocorre
quando se faz a divisão da superfície
de aquecimento em secção de pré-
condensação e pós-condensação. O
vapor mais limpo condensa na pré-
condensação e os compostos
orgânicos voláteis (e odorosos) à base
de enxofre e o metanol são levados
para a secção de pós-condensação
com uma pequena porção de vapor

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EVAPORADOR DE PLACAS EVAPORADOR TUBOS COM CIRCULAÇÃO EXTERNA


• Atendendo às propriedades do licor preto, este tipo de equipamento é mais
• O evaporador Tubel também é um evaporador descendente que, como já foi
vantajoso do que os evaporadores tubulares (de filme descendente) ao descrito anteriormente, o licor preto é alimentado pelo fundo da unidade e
levado ao topo por uma bomba de circulação.
processar licor preto com viscosidade elevada.
• Os tubos estão ligados a cabeças que permitem a distribuição equitativa do
• o desenho do equipamento permite que o licor preto possa escoar com licor pelo exterior dos tubos verticais onde o licor escoa descendentemente e
começa a entrar em ebulição.
alguma facilidade (mesmo para licores mais viscosos);
• O vapor gerado é separado imediatamente do licor e escoa para o espaço
• A precipitação de substâncias presentes no licor preto é resolvida mais disponível no evaporador. Um separador no topo assegura a pureza do vapor
secundário.
facilmente neste tipo de evaporadores do que nos tubulares, já que a lavagem
• O meio de aquecimento (vapor) escoa dentro da superfície de transferência
deste tipo de equipamento é mais fácil do que nos evaporadores tubulares. de calor dos tubos
Em geral este tipo de evaporado não tem grande ganho em área de troca
térmica em comparação com o tubular, porém é mais fácil ser feita a limpeza.

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EVAPORADOR TUBOS COM CIRCULAÇÃO EVAPORADOR TUBOS COM CIRCULAÇÃO


EXTERNA EXTERNA

Separador de gotas
Distribuição de licor

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EVAPORADOR TUBOS COM CIRCULAÇÃO


EXTERNA Evaporador Tubel no 1º
CONCENTRADORES
efeito operando com vapor
• O configuração do evaporador Tubel • A evaporação do licor preto até à sua concentração final de 70% a 85% de
de baixa pressão.
possibilita o emprego de altas sólidos é feita, hoje em dia, com evaporadores de filme descendente, também
pressões (e portanto altas denominados de concentradores.
temperaturas) o que aumenta a • Os mais recentes concentradores em desenvolvimento são para aplicações
capacidade da planta de evaporação, de vapor de média pressão, sendo do tipo de filme descendente, de lamelas e
pois assim pode ser operado como tubular com o licor a circular pelo exterior dos tubos (evaporador de placas e
um concentrador (concentração final tubel).
de 70% a 85% de sólidos). • A principal razão para isto é a necessidade de usar vapor de média pressão
nas altas concentrações finais de licor, para passar a barreira de uma EPE
Evaporador Tubel alta e conseguir operar altas temperaturas para diminuir a viscosidade.
atuando como
concentrador • A experiência prática é de que ambos os tipos de evaporadores são de fácil
operando com vapor lavagem.
de média pressão

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CONCENTRADORES
INCRUSTAÇÕES
• Para operar os evaporadores tubulares de circulação interna como um
As principais incrustações que ocorrem nos efeitos são provocadas pela
concentrador algumas modificações devem ser realizadas como:
deposição de carbonato de cálcio nas paredes, reduzindo a capacidade
• Aumento no diâmetro dos tubos; de evaporação e requerendo paradas periódicas para limpeza,
• Aumento da recirculação do licor para aumentar a turbulência do fluxo; normalmente é feita na forma de lavagem (boil-out) com água, o que
• A adição de cinzas cristalizadas de sulfato de sódio vindas da caldeira. Os ocasiona uma adição de água ao sistema de licor e um consumo mais
sais presentes no licor vão precipitar ao redor dessas cinzas ao invés de elevado de vapor.
precipitar nos tubos evitando a formação de Burqueita e Dicarbonato.

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• Incrustações MI:
INCRUSTAÇÕES • Solúveis: Na2CO3 e Na2SO4;
• Capacidade de = Massa evaporada a Burqueita (2.Na2SO4. Na2CO3): Cor marrom, granuladas e densas
Evaporaçao Tempo • Acima da concentração crítica (≈ 50%), inicia a precipitação;

• Depositam de forma rápida quando a faixa crítica é excedida;


Capacidade Massa evaporada Tempo • Provocam perda de capacidade em horas;

Podem ser controlas:


Incrustações é um dos problemas que afeta a
Capacidade de evaporação. • Aumentando a eficiência de redução na caldeira e eficiência de caustificação;

• Diminuindo a perda de reagentes com a polpa, necessitando menores adições de


• Incrustações U Diminui a Capacidade sulfato;
de Evaporação
Diminuindo massa evaporada • Implementar ou otimizar a recirculação nos efeitos críticos;

• Adição de cinzas.

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• Incrustações MI: • Incrustações MI:


• Insolúveis: CaCO3; • Insolúveis: Aluminosilicato;
CaCO3 : cor branca, tipo “casca” e densas
• Quanto maior a temperatura maior a tendência a sua formação; Aluminosilicato: Marrom, vitrificada e translúcida.
• São compostas pôr alto teor de Ca++, CO3-- e algumas vezes pôr Na+. • A principal fonte são a madeira e a reposição de cal;
• Dependem do teor de íon cálcio mas também do tipo de composto de cálcio presente no • Provocam perda de capacidade em semanas
licor; • Compostas pôr altos teores de Al e Si.
• As principais fontes para aparecimento deste tipo de incrustações são da madeira e do
arraste de lama de cal no LB; Podem ser controlas:
• Provocam perda de capacidade em semanas • Minimizar a entrada através da limpeza da madeira;
• Efetiva remoção dos dregs;
Podem ser controlas: • Recirculação nos efeitos com maior incidência de incrustações.
• Boa clarificação do licor branco;

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• Incrustrações MO: INCRUSTAÇÕES


Normalmente são mais criticas
• Fibras;
nos últimos efeitos.
• Lignina; • Como Remover:
• Sabões.
• As solúveis podem ser removidas por lavagem
• Preto e amorfo com licor fraco ou com condensado.
• A perda de capacidade pode ocorrer de algumas horas a várias
• Incrustações de CaCO3 exigem lavagens
semanas dependendo da origem e quantidade de material.
ácidas ou hidrojato para limpeza.
Podem ser controlas: • Incrustações de Aluminosilicatos requerem
Fibras: Adição de filtros antes do sistema de evaporação; hidrojato para limpeza
Lignina: Só aparece quando ocorre diminuição do pH;
• Fibras podem ser removidas utilizando filtros.
Sabão: Só em conífera. Desvia para um tanque e remove por
diferença de densidade.

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