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Índice

SOBRE A NEUROINSIGHT 4

Dislexia
Introdução à neurologia 5
Dislexia 6
Teorias explicativas da dislexia 7
Teoria fonológica 8
Teoria transtorno processamento 9
auditivo
Teoria magnocelular 10
Teoria cerebelar 12

Cerebelo
15
Reflexo tónico cervical assimétrico 18
Cerebelo e cognição 22

SOBRE A AUTORA
24

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Sobre a NeuroInsight 04

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Introdução à neurologia

Quando nascemos, apenas temos acesso ao nosso


tronco cerebral, considerado a base para a resposta e
associação recíproca do organismo e manutenção de
vida.
Á medida que crescemos, aprendemos através de
explorações e, consequentemente, através da
estimulação dos vários sentidos, o que nos permite
estabelecer maiores conexões entre o tronco cerebral
e as restantes estruturas, promovendo a maturação
cerebral.

O nosso cérebro pode ser dividido em dois:


Estruturas
Estruturas
inconscientes:
conscientes: regula o
cerebelo, tronco
pensamento
encefálico e
consciente, memória,
Diencéfalo – Regula
linguagem,
a respiração, o
criatividade, tomada
descanso, a
de decisão e o
memória, as
movimento.
emoções e o
movimento.
Dislexia

Atualmente, o conceito de dislexia aplica-se a


indivíduos com afetação na descodificação precisa e
eficiente de palavras isoladas ou combinadas, bem como
no processamento de sons (fonologia) e da estrutura da
linguagem (Lyon, Shaywitz e Shaywitz, 2003).

Desta forma, a dislexia é uma perturbação do


neurodesenvolvimento e da aprendizagem que afeta
a capacidade do indivíduo em ler, escrever e soletrar.
Teorias explicativas da
06
dislexia

Sendo uma problemática que afeta o dia-a-dia da


criança/ adulto, torna-se importante entender as
possíveis causas da dislexia, com o intuito de garantir
uma avaliação e intervenção adequadas que atendam
as necessidades de cada pessoa.
Teoria Fonológica 06

Esta teoria tem como base a dificuldade de representação,


armazenamento e recuperação de fonemas: capacidade de
estabelecer correspondência entre letras e sons específicos.

Crianças com dislexia têm dificuldades em detetar e


processar os sons das letras, o que limita a sua capacidade
de ler e decodificar palavras escritas, o que prejudica a
compreensão do sistema alfabético e, consequentemente, a
aquisição e desenvolvimento da leitura.

Embora reconheçam que a dislexia contribui para atrasos


na aprendizagem da leitura e escrita, alguns críticos
argumentam que o problema também se estende a
questões sensoriais e motoras e que o défice fonológico é
apenas uma parte, ou consequência, de um problema mais
amplo.
Teoria do transtorno do
processamento auditivo
06

Esta teoria baseia-se na ocorrência de uma dificuldade


do sistema auditivo em processar eventos acústicos
transitórios, assim como no processamento das
mudanças no sinal acústico que ocorrem ao longo do
tempo.

Banai e Ahissar, (2006), apontam para a existência na


relação entre os distúrbios associados aos processos de
aprendizagem da leitura e escrita e o fraco desempenho
em vários testes auditivos.

Muitos autores refutam esta teoria, uma vez que nem


todos os disléxicos apresentam alterações no
processamento temporal, o que pode significar que
existem diferentes subtipos de dislexia. Desta forma,
outras teorias da dislexia referem que o processamento
auditivo não é suficiente para justificar os distúrbios da
aprendizagem da leitura e escrita, sugerindo também
que os processos sensório-motores assumem relevância
no aparecimento da dislexia.
Teoria magnocelular 06

Esta teoria fundamenta-se num défice visual: fixação


binocular instável, problemas de convergência ou de
aglomeração do campo visual, resultando em
dificuldades no processamento das letras e palavras
num texto.

Verifica-se que indivíduos com este défice apresentam


sintomas muito específicos, queixando-se que as letras
pequenas parecem enevoadas e, quando tentam ler,
parecem mexer-se. Segundo Stein (2001) , existem
evidências que a maioria dos problemas de leitura têm
uma causa sensório-motora, relacionada com a falha no
desenvolvimento correto do sistema magnocelular.

Segundo esta teoria, o sistema visual divide-se em duas


partes distintas de processamento de informação ocular,
com diferentes funções e propriedade:
1. Magnocelulares
responsável por detetar o
movimento visual: controla os olhos, transporta a
informação visual rápida e de baixo contrate espacial
desde os olhos até às áreas primárias do córtex.

2. Parvocelulares
responsável por identificar
as formas e alvos visuais, assim como pela
transferência de informação lenta e de alto contraste
visual até ao córtex temporal.

Segundo Stein, (2001), indivíduos com dislexia apresentam a


camada magnocelular interrompida, o que provoca alterações
no processamento visual e um controle anormal
binocular,através do córtex parietal posterior.

Visto que todo o espetro de sintomas observados nos


indivíduos com dislexia não é justificado pela teoria
magnocelular, esta acaba por não ser consensual.
Teoria cerebelar 06

Segundo a teoria cerebelar, o cerebelo de pessoas com


dislexia, em termos biológicos, apresente ligeira
disfunção, o que leva a um conjunto de dificuldades
cognitivas.

O cerebelo desempenha um papel fundamental na


automatização de várias tarefas motoras, tais como
escrita, leitura, condução, entre outras. Logo, um
funcionamento anormal do cerebelo provoca um défice
na capacidade de automatização, afetando, entre outras
coisas, a aprendizagem da correspondência entre sons
da fala (fonemas) e letras escritas (grafemas).

Além disso, também é sabido que a compreensão da


leitura requer o reconhecimento automático das
palavras, pelo que se a capacidade de automatização
estiver comprometida, a compreensão não será o mais
eficiente possível.
A teoria cerebelar pode oferecer uma explicação para as
06
dificuldades encontradas na escrita, uma vez que esta
tarefa requer precisão temporal e coordenação motora.
De acordo com esta teoria, o padrão de dificuldades
observado em pessoas com dislexia pode ser
caracterizado pela dificuldade em automatizar tanto as
habilidades cognitivas, quando as motoras, sugerindo
uma disfunção no funcionamento do cerebelo.

disfunção do cerebelo

Problema de
Défice motor automatização
Habilidade
articulatória

Reconhecimento
de palavras
ESCRITA
Consciência
fonológica ORTOGRAFIA

LEITURA
06

Vários autores acreditam que a teoria cerebelar seja


uma explicação unificadora para as teorias divergentes
atuais, ao afirmar que uma disfunção no cerebelo pode
resultar em dificuldades na articulação, o que por sua
vez leva a problemas na fonologia, na diminuição das
habilidades motoras e, consequentemente, em
dificuldades na escrita.

Além disso, essa disfunção também prejudica a


capacidade de automatização, resultando em
dificuldades na leitura.
Cerebelo

Estrutura que cresce


substancialmente a partir dos
6 meses de vida. É uma
estrutura com fortes ligações
com o sistema vestibular,
núcleos do tronco cerebral e
com o córtex motor, sendo
um complemento ao
processamento e coordenação
de informações sensoriais.
Cerebelo e
06
neurodesenvolvimento

Qualquer recém-nascido apresenta reflexos primitivos:


são respostas automáticas e inatas do sistema nervoso,
que acontecem sem a necessidade de consciência. Estes
reflexos estão presentes desde o nascimento e servem
como forma de proteção do bebé, permitindo a sua
adaptação ao meio e propulsionam as várias atividades.
Estes reflexos influenciam na organização e regulação da
criança, essencialmente nas primeiras etapas do
desenvolvimento.
Cerebelo e
06
neurodesenvolvimento

À medida que integramos os nossos reflexos primitivos


pela repetição do movimento, o nosso cérebro cria redes
neurais que amadurecem. Esta repetição de movimento é
o que nos permite ativar a ponte (localizada no tronco
cerebral) e, consequentemente, o nosso cerebelo,
permitindo a existência de um movimento fluido, suave e
coordenado.
Reflexo Tónico Cervical
Assimétrico
O reflexo tónico cervical assimétrico (RTCA) tem o seu período de
integração aos, aproximadamente, 6 meses de vida, coincidente
com estádios iniciais de coordenação e maior desenvolvimento do
cerebelo.

O RTCA é o primeiro reflexo que nos dá a atividade bilateral


assimétrica e atua em 3 sentidos sensório-motor: visual,
auditivo e tátil.

Este reflexo é importante para a aquisição de habilidades


como coordenação óculo-manual e lateralidade, bem
como para a consciência gradual da linha média do corpo.
Além disso, a integração deste padrão é significativa para
o desenvolvimento da fala do ponto de vista percetivo-
cognitivo, sendo crucial algumas etapas do
desenvolvimento sensório-motor como o rastejar e o
sentar.
Sinais de não integração
RTCA

Pobres consciência linha média, sendo difícil


realizar movimentos cruzados (como o
marchar, por exemplo);

Limitações na coordenação óculo-manual,


destreza manual e bilateralidade (não faz um
movimento horizontal continuo, a nível visual, e
tem dificuldade em se focar nas variadas
distâncias, por exemplo);

Na escrita, apresenta pegas inadequadas e


calibração de forma muscular oscilatória com
padrões de escrita anormais (escrita
macrográfica e/ou em espelho, por exemplo);
Sinais de não integração
RTCA

Suportar a cabeça com a mão enquanto lê ou


escreve, por exemplo;

Défice de atenção/ concentração;

Atraso na linguagem: pode ser motor, articular


ou compreensão;

Dificuldades de aprendizagem de leitura/


escrita.
06
1. planeamento

6. controlo de
impulsos 2. desenvolvimento
da fala

5. movimentos
oculares 3. velocidade processamento
de informação

4. memória
de trabalho

Conhecer a interligação dos sentidos, neste caso, o tátil,


auditivo e visual (propriocetivos), que são essenciais para um
input neurológico mais eficiente, é essencial para melhorar a
atividade subcortical e favorecer a atividade cortical
(cognição).

Nesse sentido, é importante um trabalho multidisciplinar,


estabelecendo ligações neurais no mesmo sentido/ objetivo.
Cerebelo e cognição

A cognição é o processo de conhecer e compreender,


englobando diferentes aspetos como atenção,
percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação,
pensamento e linguagem. Essas funções cognitivas são
influenciadas tanto diretamente quanto indiretamente por
todo o nosso cérebro, incluindo o cerebelo.
Cerebelo e cognição

O cerebelo tem sido associado ao controle motor. No


entanto, teorias mais recentes ampliam sua contribuição
para funções não-motoras, como aprendizagem e
organização visuo-espacial.

o cerebelo apresenta conexões extensas com as áreas de


associação do córtex frontal e parietal, sugerindo uma
possível influência cerebelar nos processos cognitivos.

várias pesquisas indicam que os


défices cognitivos em pacientes
com patologias cerebelares são
mais abrangentes do que os
défices no controle motor.
Sobre a autora

Membro da equipa multidisciplinar do Centro


Neurosensorial, na consulta de Fisioterapia.

Licenciada em Fisioterapia e com formação em


Neurociência aplicada à reabilitação e performance e
Reflexos primitivos, desde a avaliação ao tratamento.

No Centro Neurosensorial, trabalha com problemas de


défice de atenção e hiperatividade, controlo de impulsos,
tomada de decisão, dificuldades de aprendizagem e
dislexia, alterações ciclo sono-vigilia, entre outros,
através da integração da consciência-visuo-motora.

Fisioterapeuta
Juliana da Costa
Conheça a nossa clínica

O Centro Neurosensorial é a clínica que aborda a visão como um processo


neurológico complexo que necessita de ser integrado com
os outros sentidos, como é o caso da audição, propriocepção, (postura), etc.,
fundamentais para o desenvolvimento de processos
ao nível da linguagem, leitura e escrita, com rendimento global positivo.
De um modo geral, no Centro Neurosensorial, trabalha-se a relação intima
e indicossiável da emoção e a razão, como sendo dois hemisférios
fundamentais para a saúde mental do ser humano.
A natureza complexa e sofisticada desta abordagem implica por sua vez,
um corpo clínico multidisciplinar motivado para compreender
e melhor a saúde dos indivíduos, como sendo essa a premissa do Centro.

Equipa Multidisciplinar Sem recurso a medicação

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