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1. OBJETIVO
Estabelecer metodologia formalizada para liberação de serviços, através da Permissão de Trabalho (PT),
para que riscos e impactos sejam previamente reconhecidos e avaliados. Estabelece ainda os parâmetros
para definição de ambiente confinado, avalia e controla os riscos existentes, de forma a garantir a
segurança dos integrantes e/ou parceiros que interagem com estes ambientes.
2. AMPLITUDE
Este procedimento, aplicável a todas as unidades de produção da BERTUOL INDÚSTRIA DE FERTILIZANTES
LTDA, estabelece os parâmetros para a liberação, avaliação de riscos e medidas de controle.
3. RESPONSABILIDADES
3.1. Gerente
• Garantir os recursos necessários para que o presente procedimento seja aplicado durante a
execução das atividades;
• Autorizar a participação dos integrantes nos treinamentos deste procedimento;
• Assegurar que seja implementada medidas administrativas em caso de descumprimento das
ações pactuadas neste procedimento.
• Credenciar e descredenciar os Emitentes e Emitentes Executantes de PTs, bem como garantir um
cadastro atualizado de credenciados;
3.2. Coordenadores
• Apoiar as demais Lideranças para que o presente procedimento seja entendido e aplicado
durante o desenvolvimento de atividades;
• Suprir recursos necessários para que este procedimento seja implementado de forma eficaz;
• Acompanhar o processo de treinamento dos integrantes;
3.4. SSMA/Gerente
• Identificar os riscos específicos de cada atividade/serviço;
• Implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho, por medidas técnicas de prevenção,
administrativas, pessoais, de emergência e salvamento, de forma a garantir permanentemente
ambientes com condições adequadas de trabalho;
• Registrar, certificar e qualificar os integrantes para realização de serviços.
• Garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de controle, de
emergência e salvamento em caso de acidente;
• Verificar a aplicação do presente procedimento, a fim de identificar a conformidade da
sistemática de Permissão de Trabalho;
IT – INTRUÇÃO PARA TRABALHO
• Garantir e avaliar se, em caso de trabalho em Espaço Confinado, a Permissão de Entrada para
Espaço Confinado encontra-se junto à PT durante a execução do serviço/validade da PT.
• Auditar se o Responsável pelo credenciamento mantém um controle atualizado e acessível sobre
os credenciamentos liberados para sua área;
• Capacitar multiplicadores no procedimento de PT;
• Definir metodologia para o treinamento da Permissão de Trabalho;
• Auditar mensalmente o processo de emissão de PT.
• Fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde desenvolverão suas
atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores;
• Acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores das empresas
contratadas provendo os meios e condições para que eles possam atuar em conformidade com
este procedimento;
• Interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de risco grave e
iminente;
• Auditar a aplicação deste procedimento durante a realização das atividades em área
operacional;
• Apoiar lideranças, quanto a especificação dos EPI’s necessários para a realização das atividades
de forma segura;
• Apoiar as lideranças quanto á realização do Treinamento dos integrantes e parceiros;
• Realizar intervenções sempre que julgar necessário para garantir a segurança dos integrantes
durante o desempenho das atividades;
3.5. Líder
• Verificar rotineiramente a aplicação das ações propostas neste procedimento, junto às suas
frentes de serviços;
• Cumprir e fazer cumprir as ações propostas neste procedimento;
• Garantir o cumprimento do Procedimento para a liberação dos serviços;
• Auditar periodicamente o processo de PT, visando quantificar o grau de cumprimento deste
procedimento;
• Garantir a classificação da área ou equipamento;
• Disponibilizar os recursos necessários para que os integrantes executem as suas atividades de
forma segura;
• Solicitar o apoio da área de SSMA para esclarecer dúvidas e/ou para tratar casos omissos neste
procedimento;
4. DEFINIÇÕES
• Espaços confinados: Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para
ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação
existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou
enriquecimento de oxigênio;
• Área Operacional: Todas as áreas relacionadas diretamente com o processo produtivo incluindo,
entre outros, as salas de controle, poços artesianos, subestações, “pipe-racks”, ruas (internas
das plantas), tancagem, moegas etc;
• Emitente: Dono da Área (Operador/Líder da área) devidamente capacitado, responsável pela
autorização da execução do serviço e emissão da PT;
• Contratado: Responsável pela execução do serviço, devidamente capacitado, autorizado pelo
administrador do contrato e pelo líder da BERTUOL INDÚSTRIA DE FERTILIZANTES LTDA para a
emissão da PT;
• Emitente Executante: Pessoas capacitada, responsáveis pela preparação, execução, conclusão
de um trabalho e pela equipe envolvida nas tarefas. Deve ter credenciamento para Permissão
para Trabalho (PT);
5. PROCEDIMENTOS
São considerados três níveis distintos de criticidade dos serviços, com ferramentas adicionais de
identificação, análise e controle dos riscos. Esta classificação considera tanto os aspectos do risco
envolvido na tarefa em si, como também o grau de dificuldade em identificá-los.
MATRIZ DE ACEITABILIDADE
FREQÜÊNCIA
BAIXA MEDIA ALTA
SEVERIDADE DO RISCO
ALTA
PT PT PT / LV / AST / IT
6.2. Liberação da PT
6.3. Validade da PT
• A validade da PT fica condicionada a disponibilidade e presença do Emitente Executante no
local do serviço que deu início à mesma, e desde que o Emitente Executante mantenha
acompanhamento visual do serviço e não ocorra descontinuidade.
OBS.: Os horários das refeições não são considerados descontinuidades. Nestes horários,
havendo alteração nas condições estabelecidas na liberação do serviço, a PT deve ser
cancelada e efetuada uma nova liberação.
NOTA: caso o serviço seja contínuo, poderá ser entregue a AST no último dia da
realização do mesmo.
• Caso ocorra algum relato, até 30 dias, de problemas (perdas materiais, pessoais ou ambientais)
com o serviço ou pessoas envolvidas no mesmo, os formulários de PTs encerrados, devem ser
enviados para o arquivo, onde serão mantidos por 20 anos, juntamente com seus respectivos
relatórios de investigação e análise.
6.6. Interrupção de Serviços e Cancelamento de PT
• Toda e qualquer pessoa pode e deve paralisar determinado serviço, desde que comprove o
descumprimento às determinações da PT e/ou identifique algum perigo iminente, devendo
convocar imediatamente ao local os emitentes da PT, aos quais informará às razões de tal
decisão, solicitando-lhes reavaliação do serviço como um todo e/ou da PT.
• Qualquer serviço em andamento deve ser imediatamente interrompido sempre que ocorra uma
emergência na área operacional, evasão na área administrativa, por solicitação da Área ou
operação ou responsável pelo serviço. Para reiniciar o serviço, o Emitente Executante e o
Emitente avaliarão o novo cenário e em comum acordo decidirão ou não pela continuidade do
IT – INTRUÇÃO PARA TRABALHO
serviço por meio da revalidação da PT. Se as condições do serviço ou das áreas forem alteradas,
deve ser emitida nova PT.
• Os serviços interrompidos que tiverem suas condições de liberação alteradas ou incorretas ou
por alguma razão, deverão ter suas PTs canceladas.
• Todos os serviços que envolvam altura, e em trabalhos a quente (solda, lixadeira, furadeira e
esmerilhadeira) realizados a céu aberto com devem ser interrompidos quando ocorrerem
chuvas.
6.7. Considerações Gerais
• O Supervisor deve garantir a confiabilidade do instrumento de medição (multigás) e manter a
documentação de calibração em local de fácil acesso para verificação dos integrantes.
• A descrição do trabalho deve ser objetiva, clara e detalhada, sendo listadas todas as tarefas,
área, sistema e equipamentos envolvidos.
• Recomenda-se ao Emitente Executante avaliar sobre estado físico e emocional da equipe que
executará o trabalho.
• Constituem desvios no âmbito da permissão para trabalho:
o Liberar PT com rasuras;
o Liberar PT para serviços elétricos e não elétricos em proximidade, sem a verificação da
Credencial de Liberação (NR-10) e sua correspondente abrangência;
o Executar trabalho sem PT, onde ela é requerida;
o Continuar trabalhando com a PT vencida ou paralisada/interditada;
o Encerrar a PT sem a inspeção final no local;
o Não manter a PT e seus anexos (quando houver) no porta PT, visíveis no local de trabalho;
o Não preencher os anexos onde os mesmos são requeridos;
o Não realizar a divulgação dos riscos do serviço e salvaguardas previstas na PT, AST e/ou IT
com toda a equipe envolvida no serviço;
o Não atender às determinações da PT.
• É proibido o uso de qualquer material inflamável nas áreas operacionais, para cobertura e
proteção de serviços e/ou equipamentos, sem que tenha sido previamente analisado pelas
áreas de SSMA e operação.
OBS.: Exceto o uso de “lona de vinil” para cobertura de proteção nos serviços em
equipamentos, painéis elétricos, nas áreas operacionais, onde seu uso estará
condicionado a uma análise preliminar pela operação, quando será observada a
existência de linha e/ou equipamento aquecido nas proximidades e a possibilidade de
alguém ou alguma instalação serem atingidos por resíduos decorrentes de algum serviço a
quente.
• Para serviços contínuos e não simultâneos que envolvam mais de uma tarefa dentro de uma
mesma especialidade e frente de serviço poderão ser detalhados em uma única PT, deste que
esta contenha todas as análises de risco complementares conforme criticidade do serviço. Por
exemplo: montagem de mantas da cabana com corte/solda; deslocamento de máquina de carga
ao local do serviço com a operação da mesma.
• Para serviços em áreas ou equipamentos com interface direta com outras empresas devem-se
emitir PT:
o Liberação de serviço em equipamento de outra empresa (ou demais unidades da Bertuol).
o Liberação de serviço para as Empresas que possuem equipamentos instalados em áreas sob
a responsabilidade ou propriedade da Bertuol, só poderá ser realizada após a emissão da
PT da Empresa proprietária do equipamento, juntamente com seu executante e a
aprovação do representante da Bertuol.
o A aprovação da Bertuol deverá ser através de assinatura do Integrante Dono da Área, em
campo específico ou em observações da PT da Empresa proprietária do equipamento.
IT – INTRUÇÃO PARA TRABALHO
• Ao assinar a PT, os Emitentes assumem que analisaram em conjunto, no local, todos os riscos
inerentes ao serviço a ser executado.
• É responsabilidade do Dono da Área da PT, liberar em condições seguras o sistema
(equipamentos, tubulações, válvulas, etc.) onde será executado o serviço e garantir que estas
condições sejam mantidas até conclusão do mesmo.
• Os executantes dos serviços não poderão alterar as condições do local de trabalho após a sua
liberação pela PT. Exemplos:
o Remover ou relocar tábuas;
o Descobrir sistema de drenagens e canaletas;
• As Unidades devem providenciar forma para sinalizar os serviços à quente
• Poderão, ainda, adotar procedimentos específicos de liberação de serviços, atendendo,
contudo o mínimo exigido neste Procedimento (exemplos: serviços liberados pela manutenção,
emissão de permissão de trabalho temporária, etc.).
8. ANEXOS
• ANEXO 1: Permissão de Trabalho a Frio
• ANEXO 2: Permissão de Trabalho a Quente
• ANEXO 3: Permissão de Entrada para Trabalho
9. DOCUMENTOS ASSOCIADOS:
• Análise e Gerenciamento de Risco
• Controle de Energias Perigosas
• Procedimentos Regulamentadoras da Portaria 3.214, de 08 de junho de 1978, do MTE;
• NBR ISO 14.001 – Sistema de Gestão Ambiental – Especificação e Guia;
• OHSAS 18.001 – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde – Diretrizes;
IT – INTRUÇÃO PARA TRABALHO
ANEXO 1
IT – INTRUÇÃO PARA TRABALHO
ANEXO 2
IT – INTRUÇÃO PARA TRABALHO
ANEXO 3