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2ª Tópica

Freudiana
Teorias Psicológicas V - Psicanálise
Professora: Márcia Alves
Monitora: Maria Dayanna
Virada freudiana
1920 - “Além do Princípio do Prazer”

> Começa a virada: produzida por


exigências teóricas e fundamentalmente
práticas
> Importância do sistema defensivo que
Freud vai encontrando na clínica
(defesas ics, os limites da instância egóica
estendem-se - o Ego era o Pré-
Consciente/Consciente)
A SEGUNDA TÓPICA

Surge de uma sensação de A segunda tópica não se “Encontramos no próprio Eu algo que
insuficiência do Freud diante equivale a primeira com também é inconsciente, comporta-se
do primeiro modelo tópico novos termos ou a substitui, exatamente como o reprimido, isto é,
para compreender o sujeito mas dialoga com ela, há exerce poderosos efeitos sem
que chegava à clínica, o uma complementação entre tornar-se consciente, e requer um
adoecimento psíquico, o mal ambas trabalho especial para ser tornado
estar e demais formações do consciente” (FREUD, 1923, p. 21)
Inconsciente
Senhas - Adriana Calcanhotto
Eu não gosto do bom gosto, eu não gosto do bom senso. Eu não gosto dos bons modos, não gosto, eu aguento até
rigores.
Eu não tenho pena dos traídos, eu hospedo infratores e banidos. Eu respeito conveniências, eu não ligo pra conchavos.
Eu suporto aparências, eu não gosto de maus tratos
Mas o que eu não gosto é do bom gosto. Eu não gosto do bom senso. Eu não gosto dos modos, não gosto, eu aguento até
os modernos.
E seus segundos cadernos, eu aguento até os caretas
E suas verdades perfeitas, mas o que eu não gosto é do bom gosto. Eu não gosto do bom senso, eu não gosto dos modos.
Não gosto, eu aguento até os estetas
Eu não julgo a competência, eu não ligo para etiqueta
Eu aplaudo rebeldias, eu respeito tiranias
Eu compreendo piedades, eu não condeno mentiras
Eu não condeno vaidades, mas o que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto do bom senso, eu não gosto dos modos
Não gosto. Eu gosto dos que têm fome, dos que morrem de vontade, dos que secam de desejo
Dos que ardem…
1923 - O Ego e o ID
Id, Ego e Superego;
Não elimina 1ª Tópica;
Na 1ª T. linguagem fisicalista (catexia,
representações, forças, recalque);

Na 2ª T. modelo antropomórfico (instâncias “falam”,


“Superego sádico”; parte do Ego “luta”);
Integração entre instâncias da 1ª e da 2ª: Ics, Pr-Cs e
Cs como atributos da 2ª Tópica.
Ego : Cs, Pr-Cs e Ics
Superego : Pr-Cs e Ics
Id: Ics
ID
Totalmente amoral;
Vigora irrestritamente o princípio do prazer;
Grande reservatório libidinal e pulsional;
Incapaz de viver ou experimentar vicissitudes externas senão
através do Eu, que neme representa o mundo externo
Polo psicobiológico;
Equivalente ao Ics na 1ª Tópica;
Constituído fundamentalmente por pulsões;
Em maior parte conteúdos hereditários, o restante adquiridos;
Do ponto de vista econômico e dinâmico, o Id é fonte e reservatório de energia psíquica. Princípio do
Prazer, Processo Primário. Pulsão de Vida e Morte;
Ego e Superego são originários do Id;
EGO
Instância central da personalidade, polo psicológico, por
excelência;
Instância “palco”, se montam os argumentos procedentes do Id e
Superego;
“Palco” do conflito psíquico;
Gênese do Ego: Id em contato com o mundo exterior;
Diferenciação progressiva das camadas superficiais do Id;
Resultado de identificações, introjetadas;
Constitui-se progressivamente.
EGO
Tende a uma unidade, proporcionando à pessoa estabilidade e identidade;
Acumula as funções da Cs e do Pr-Cs. Porém, maior parte é Ics;
A serviço da autoconservação, conciliando exigências procedentes do Id,
Superego e do mundo exterior;
Atua como amortecedor das exigências instintivas do Id, adaptando-as à
realidade externa;
Pólo defensivo da personalidade (contra conteúdos inconscientes
ameaçadores).
SUPEREGO
Censura
Na 1ª Tópica, confunde-se com o recalque (força intensa, rígida, responsável pelos impedimentos à
passagem dos conteúdos Ics à Consciência);
Censura opera transformando as representações, por meio do deslocamento e condensação;
Caráter passivo (depois, 1923, Superego).
Pólo psicossocial;
Herdeiro do Complexo de Édipo;
Precipitado das identificações com as exigências e proibições dos pais;
Aspectos identificados com Superego dos pais;
Valores da cultura;
SUPEREGO
3 procedimentos:
1. observação - compara - vigia (CS)
2. julga (a si mesmo, ao outro)
3. punição - carrasco de nós - culpa
Linguagem prescritiva (a partir da história infantil do sujeito, o que ele deve fazer);
Linguagem valorativa (a partir da história infantil, o que ele deve preferir, desejar, escolher);
Ideal do Ego (imagens de objetos amados, Superego, objetos temidos);
Fusão entre a proibição e do ideal;
Id: desejar;

Superego: manda desejar, mas


segundo valores culturais
incorporados;

Ego: tenta conciliar as duas


instâncias com a realidade
externa.

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