na Áustria: afetividade/ inconsciente. • Em 1910 funda a IPA (Associação Internacional de Psicanálise) Teoria Psicanalítica Aspectos históricos
Psicanálise – Sigmund Freud (1856-1939) -
83 anos; Nasceu em Freiberg, Moravia (Rep. Tcheca), viveu em Viena, Áustria e morreu em Londres; Família judia, formado em medicina. Estrutura da personalidade • três instâncias: id, ego, superego • Id: contém impulsos inatos; é composto por energias – pulsões (determinantes de desejos e necessidades que desconhecem normas sócio- convencionais) • Ego: “eu”; mantém contato com o ambiente que o cerca; convive com regras socialmente aceitas; como o superego se desenvolve no decorrer da vida. • Superego: depositário das normas e princípios morais do grupo social; atua como o protetor do ego, sem ele as pulsões tornariam inviável a vida do indivíduo em sociedade. Processos mentais Inconsciente: constitui-se em razão do superego impedir que as energias oriundas do Id cheguem ao ego; é a região da personalidade habitada por pulsões reprimidas; está no inconsciente tudo o que o ego desconhece que existe, tudo o que foi reprimido com base nas concepções morais internalizadas pelo indivíduo; Pré-consciente: parte do Cs com funcionamento próprio; rege o pensamento, a atenção, a memória e o raciocínio. Responsável pela censura que bloqueia o acesso dos conteúdos ICs ao Cs e à realidade; é a parte ICs do Cs; Consciente: percepção-consciência; possui funções específicas de percepção, cognição e motricidade do ego. Fenômenos do psiquismo As pulsões são energias que pressionam o superego para chegar ao nível consciente, originam os fenômenos da vida psíquica: Sonhos: resultado da luta entre Id e superego, alivia a pressão oriunda do Id; Atos falhos: lapsos lingüísticos ou de escrita; Sublimação: energias reprimidas transformam-se e são canalizadas para um único objetivo, possibilitando o ego exercer uma atividade socialmente aceita; Neuroses: desequilíbrio que se manifesta na vida consciente da pessoa (angustia indefinida, ato ou pensamento recorrente) e desconhece a causa; sempre provoca sofrimento. No ego existem conteúdos Ics, Pcs e Cs. No Pcs acontece a 1ª e a 2ª censuras • Recalque: 1ª censura dos conteúdos que antecedem o pensamento; o material indesejado fica bem guardado no Ics; o indivíduo procura repelir ou manter no Ics certas representações (pensamentos, imagens, recordações) ligadas a uma pulsão; produze-se nos casos em que a satisfação da pulsão ameaçaria provocar desprazer em relação a outras exigências. • Repressão: censura os conteúdos que transitam pelo Pcs e que são indesejáveis ao consciente, assim eles voltam ao Pcs pela repressão; faz desaparecer do Cs um conteúdo desagradável (idéias, afetos). Teoria do desenvolvimento psicossexual
• Conhecimento permeado pelo desejo – Freud recebeu
críticas • Final do séc. XIX e início do XX: pessoas nasciam com desejos sexuais; • Libido: energia que move o ser humano ao prazer, energia de natureza sexual, componente do id, presente desde o nascimento, impulsiona em busca de satisfação; – Princípio de prazer: interditado pelo superego; tem a função de evitar desprazer e proporcionar prazer (pulsões sexuais). – Princípio da realidade: regulador; ordenações culturais/ sociais. Fases do des. psicossexual: a libido localiza-se em regiões do corpo Fase oral: libido está organizada sob o primado da zona erógena oral; reflexo de sucção é inato; busca de adaptação ao mundo e procura prazer; amamentação aprende a amar e a desenvolver vínculos de amor; processos introjetivos – mamar e sentir prazer é sentir que o leite é bom, que o seio é bom, que a mãe é boa e que o mundo é bom; suas etapas: oral de sucção e sádico-canibal. traços orais no adulto: beijo, chamar de “docinho”, “bombom”, “comer alguém”. Fases do desenvolvimento psicossexual
• Fase anal: início da socialização, do andar,
falar, aceitar e recusar (definir escolhas); presença de sincinesias; treino dos esfíncteres (1ª cobrança externa de socialização); reter ou expelir seus excrementos (aplausos/fracassos não são compreendidos); internalização do proibido; fase dos “por quês”; não pede entendimento, só atenção; “brinquedo paralelo”- se interessa em ter crianças consigo, mas são consideradas objetos para brincar. Fase fálica: fase masturbatória • Erotização dos genitais (interesse voltado as diferenças anatômicas); • 1o momento: negação do pênis na mulher, o menino volta sua atenção para seu pênis e a menina para o clitóris (pequeno pênis que crescerá); • 2o momento percebe que somente os homens possuem “pipi’- erro de interpretação (ou tem ou não tem “pipi”, ou seja, ou é fálico ou é castrado); • A imagem da mãe torna-se depositária do desejo. Mãe: objeto central das ligações de conforto, prazer e proteção; • Superego ainda não tem bases sólidas, seu ego é muito sensível às pressões do Id. • Fantasias incestuosas (triângulo edipiano): Complexo de Édipo – ódio pelo pai e teme castigo; • Complexo de castração: o maior ataque que poderá sofrer é ser privado daquilo que mais valoriza; angústia de castração (amor e ódio pelo mesmo progenitor); com a intensificação do amor e identificação há a superação do complexo de Édipo, assim finda a fase fálica. • Com o fim da fase fálica as energias libidinais vão para o Ics, reprimidos por normas morais (não pode odiar o pai/ horror ao incesto). Superação do complexo de Édipo Repressão: necessário para bloquear a atração que sente pela mãe (tabu da humanidade – proibição do incesto). Freud declara como sendo lei mínima para a existência da civilização humana. Ex: brincadeiras de super heróis, com espadas, lutinhas. O pai emerge como figura repressora; Identificação com o agressor, fica livre de seus ataques. O desenvolvimento desse processo é fundamental para a aquisição da identidade masculina; Sublimação: é sublimado o amor sentido pela mãe, conquistas sociais. Os mecanismos de repressão, identificação e sublimação resolvem o complexo de castração e superam o Édipo. Período de latência • Libido energizando atividades voltadas ao ambiente que cerca o indivíduo; Interesse se volta ao conhecimento/aprendizado; • Sublimação atua fortemente; período entre infância e adultez; • Efeitos da repressão da sexualidade infantil pelo encerramento do Édipo; diminuição das fantasias e atividades sexuais; sentimento de ternura substitui o impulso sexual; • Aparecimento de pudor e aspirações morais; primeiras saídas reais para o grupo social fora de casa (grupos unissexuados); • Discrimina o bem e o mal, pratica tanto um quanto o outro; confrontam as regras familiares, porém as impõe quando estão com crianças menores; • Apelidos referentes a traços marcantes do início da identidade; reconhecimento pelo grupo, mesmo que seja pejorativo, é melhor do que ser ignorado; • Período intermediário em que os temores e desejos se realizam e se elaboram simbolicamente, ex: dormir com ursinho para amenizar o medo do escuro. Fase genital • Libido fixada nas zonas genitais; retorno dos desejos infantis reprimidos ao término da fase fálica; • Energias surgem no Cs sob outra aparência pela ação do superego fortalecido; • Sintomas neuróticos; aversão à autoridade (representações transferenciais negativas com o professor que representa a figura paterna); • Sentimento de onipotência, bissexualidade, dependência, expectativa de realização de todos os desejos, organização da identidade Referências • KUPFER, M.C. Freud e a educação: o mestre do impossível. 3ª ed. São Paulo: Scipione, 1997
• RAPPAPORT, C.R. Psicologia do
desenvolvimento: teorias do desenvolvimento. v. 1. São Paulo: EPU, 1981