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Glossário

A
Acareação
É o procedimento a seguir, por iniciativa do tribunal ou a requerimento
das partes, quando as testemunhas ou as partes ouvidas em tribunal
deponham de forma discordante sobre os mesmos factos; processa-
se, por regra, através da audição simultânea das pessoas que
produziram depoimentos em oposição direta.

Acórdão
Sentença proferida por um tribunal coletivo.

Ação Cível
Uma ação cível ou civil é a forma de fazer reconhecer em tribunal um
direito, prevenir a sua violação ou impor a sua realização.

Ação Executiva
Ação cível que permite impor um direito já reconhecido. Se se tratar
do direito a cobrar uma determinada quantia, possibilita a cobrança
forçada da dívida, pela penhora e venda de bens do devedor.

Acusação
Ato formal através do qual o Ministério Público, titular da ação penal,
imputa a alguém factos que são criminalmente puníveis, a fim de ser
submetida a julgamento.
Admoestação
Consiste numa solene censura oral feita, ao agente, em audiência
pelo tribunal, como consequência jurídica do facto praticado.

Advocacia
Atividade liberal, exercida por advogados, que consiste na
representação dos legítimos interesses das pessoas, em tribunal ou
fora dele, entre si ou perante o Estado.

Advogado
Pessoa licenciada em direito, obrigatoriamente inscrita na Ordem dos
Advogados, que exerce profissionalmente a advocacia.

Agente de Execução
O agente de execução é, em regra, um solicitador, um advogado ou
um licenciado em Direito, inscrito como agente na Ordem dos
Solicitadores e dos Agentes de Execução.

Cabe ao agente de execução dirigir o processo executivo e realizar


todas as diligências de execução, incluindo as citações, notificações e
publicações, as penhoras e vendas e a liquidação dos créditos.

Agressor
Termo usado para identificar o autor ou autora de atos de agressão,
violência ou qualquer tipo de violação da integridade física de outro/s
sujeito/s ou ainda contra animais.
Alçada
Limite, relativamente ao valor da ação, dentro do qual um tribunal
julga. Determina a competência dos tribunais em função do valor da
causa.

Alegação
Consiste no resumo dos argumentos de facto e de direito
apresentados pelas partes em litígio, oralmente ou por escrito, nas
fases processuais de julgamento e de recurso, em defesa do seu
pedido ou posição no processo.

Amnistia
Por amnistia entende-se o perdão que é concedido aos culpados que
tenham cometido delitos.

Em termos penais, é uma causa de extinção da responsabilidade


criminal que tem por intuito o de eliminar a incriminação de factos
passados. Esta extinção é determinada pelo poder legislativo e tem
dois efeitos:

• Se tiver lugar antes de uma sentença condenatória ter transitado


em julgado, o procedimento criminal é extinto;
• Se tiver lugar após o trânsito em julgado da sentença
condenatória, a execução da pena ou a medida de segurança
cessam.
Ano judicial
O ano judicial corresponde ao ano civil. A abertura do ano judicial é
assinalada com a realização de uma sessão solene no Supremo
Tribunal de Justiça.
Arbitragem
Meio alternativo de resolução de litígios que tem como finalidade a
resolução de conflitos através da intervenção de um terceiro,
voluntariamente escolhido pelas partes, o árbitro, que imparcialmente
decide sobre a situação.

Arguido
Pessoa suspeita da prática de um crime, contra a qual corre um
processo, e que já foi constituída como arguida, de forma oficiosa ou a
seu pedido.

Tem um estatuto próprio composto por direitos e deveres diferentes


daqueles que assistem aos outros participantes no processo.

No ato de constituição de arguido deve ser-lhe entregue documento


do qual conste a identificação do processo, do defensor (se tiver sido
nomeado) e dos direitos e deveres processuais.

Assistente
O assistente em processo penal desempenha um papel de
colaborador particular do Ministério Público, nomeadamente no que se
refere à investigação dos factos jurídicos com relevância criminal, com
vista á condenação do(s) seu(s) autor(es).

O assistente pode intervir na fase de inquérito, e na de instrução


(quando esta ocorre), oferecendo provas e requerendo as diligências
que entenda por necessárias, bem como deduzir acusação e / ou
interpor recurso das decisões que lhe sejam desfavoráveis.
O assistente tem sempre de se fazer representar por advogado
mandatado e é obrigatório a sua constituição nos crimes que
dependam de acusação particular.

Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP)


É a única associação profissional de juízes em Portugal, com cerca de
2100 associados, entre juízes em efetividade de funções, jubilados e
aposentados. Tem sede em Lisboa e delegações regionais no Norte,
com sede no Porto, no Centro, com sede em Coimbra e no Sul, com
sede em Lisboa. Para além das funções típicas da representação
profissional, a ASJP está estatutariamente vinculada à defesa da
independência, dignidade e prestígio dos juízes, dos tribunais e da
Justiça.

B
Beca
Traje profissional dos magistrados.

Branqueamento de capitais
É um crime previsto no Código Penal e que consiste na realização de
operações financeiras com vista a ocultar a origem ilícita de bens ou
produtos.

A lei incrimina o comportamento que consista em auxiliar, facilitar,


converter ou transferir alguma operação de conversão direta ou
indiretamente, com o intuito de ocultar, dissimular a origem ilícita,
localização, disposição, movimentação e propriedade desses bens,
sabendo que estes são provenientes da prática de crimes
Burla
Consiste em alguém, com intenção de obter para si ou para outrem,
enriquecimento ilegítimo, por meio de erro ou engano sobre factos que
astuciosamente provocou, determinar outrem à prática de atos que lhe
causem, ou causem a outra pessoa, prejuízo patrimonial.

É um crime previsto e punido pelo Código Penal, na secção dos


crimes contra o património.

Caução
Medida de coação de natureza pecuniária que pode ser aplicada pelo
tribunal em processo penal a arguido pela prática de um crime punível
com pena de prisão, não estabelecendo o legislador qualquer limite
mínimo.

Caução económica
Medida de garantia patrimonial aplicada em processo penal havendo
fundado receio de que faltem ou diminuam substancialmente as
garantias de pagamento da pena pecuniária, das custas do processo
ou de qualquer outra dívida para com o Estado relacionada com o
crime, ou de que faltem ou diminuam substancialmente as garantias
de pagamento da indemnização ou de outras obrigações civis
derivadas do crime.

Citação
A citação é o ato pelo qual se dá conhecimento a uma pessoa de que
foi proposta contra ela uma ação. Serve para chamá-la ao processo
pela primeira vez. A citação também serve para chamar pela primeira
vez ao processo uma pessoa interessada na causa mas que nela não
interveio inicialmente.

Crime
É uma ação humana, típica, ilícita, culposa e punível.

Na letra da lei penal, está definido como um conjunto de pressupostos


de que depende a aplicação ao agente de uma pena ou de uma
medida de segurança.

Cibercrime
Define-se genericamente como o crime que é cometido, facilitado,
permitido ou amplificado pela internet. Esta definição inclui crimes que
já existiam no mundo físico, e novos crimes específicos ao uso dos
computadores e da internet.

Cidadania
Este termo reflete a existência de um vínculo de natureza jurídica que
se estabelece entre um indivíduo e um Estado, vínculo esse que
permite a criação de direitos mas também de deveres.

Coação
O crime de coação ocorre quando alguém leva outrem a uma ação ou
à omissão, ou a suportar uma atividade por meio de violência ou de
ameaça. Trata-se de um crime previsto e punido pelo Código Penal.
Coima
Uma consequência jurídica da contraordenação. Trata-se de uma
sanção pecuniária que se aplica a uma infração que não sendo penal
nem administrativa, constituí um ilícito autónomo que se chama
contraordenação.

Comarca
Divisão judicial correspondente à jurisdição de um Tribunal de 1.ª
Instância. O país está dividido em 23 comarcas. Cada comarca tem
um tribunal, designado pela sede da comarca onde se encontra
instalado.

As comarcas são: Açores, Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo


Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Lisboa Norte,
Lisboa Oeste, Madeira, Portalegre, Porto, Porto Este, Santarém,
Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.

Conselheiro
Titulo dos Juízes do Supremo Tribunal de Justiça.

Conselho Superior da Magistratura (C.S.M.)


O Conselho Superior da Magistratura é o órgão do Estado a quem
estão constitucionalmente atribuídas as competências de nomeação,
colocação, transferência e promoção dos Juízes dos Tribunais
Judiciais e o exercício da ação disciplinar, sendo, simultaneamente,
um órgão de salvaguarda institucional dos Juízes e da sua
independência.
Conselho Superior do Ministério Público (C.S.M.P.)
Integrado na Procuradoria-Geral da República é o órgão superior de
gestão e disciplina por intermédio do qual se exerce a competência
disciplinar e de gestão de quadros do Ministério Público/MP. Compete-
lhe, para além do mais, nomear, colocar, transferir, promover,
exonerar, apreciar o mérito profissional e exercer a ação disciplinar
sobre os magistrados do MP, com exceção do Procurador-Geral da
República/PGR. Funciona, também como instância de recurso das
deliberações do Conselho de Oficiais de Justiça, relativamente ao
pessoal oficial de justiça da carreira do MP.

Conservador
Pessoa que tem a seu cargo os procedimentos relativos ao registo
civil, predial, comercial ou automóvel.

Contumácia
Situação judicialmente declarada do arguido cujo paradeiro seja
desconhecido e não tenha ainda prestado termo de identidade e
residência, nem concordado com julgamento na sua ausência. A
declaração de contumácia implica a passagem imediata de mandado
de detenção e a anulabilidade de negócios jurídicos de natureza
patrimonial celebrados após a sua emissão. Esta declaração caduca
de forma imediata assim que o arguido se apresentar ou for detido,
sendo sujeito a termo de identidade e residência.

Dano
A expressão dano, significa, per se, um prejuízo causado a um
indivíduo através da deterioração, inutilização ou destruição de uma
determinada coisa.

Denúncia
É uma comunicação feita por uma pessoa à autoridade policial ou ao
Ministério Público dando conhecimento de que outra praticou um
crime.

Desembargador
Titulo dos Juízes dos Tribunais da Relação.

Despacho
Decisão judicial que não constitua sentença ou acórdão.

Dolo
Entende-se por dolo qualquer sugestão ou artifício que alguém
empregue com a intenção ou consciência de induzir ou manter em
erro o autor da declaração, bem como a dissimulação, pelo
declaratário ou terceiro, do erro do declarante.

Em processo penal, dolo é o elemento subjetivo do tipo de crime que


consiste no conhecimento dos elementos objetivos essenciais desse
tipo e na vontade de praticar um certo ato ou, nos crimes materiais, de
atingir um certo resultado: o agente sabe e quer.

Ou seja, é a intenção que o agente tinha de praticar o facto ilícito que


praticou
Domicílio
Lugar onde a pessoa tem a sua residência principal e aí vive de forma
permanente.

Exílio
Saída forçada, do próprio país, do indivíduo que praticou um crime
político. Em Portugal a pena de degredo (ou exílio) foi abolida do
Código Penal em 1954.

Extorsão
Consiste no constrangimento de alguém, intencionalmente, a uma
disposição patrimonial (entrega de bens ou valores) através de
violência ou ameaça com mal importante.

É um crime contra o património em geral.

Extradição
A extradição é a entrega que o Estado faz de um arguido (ou
condenado) que se encontra no seu território a outro Estado para aí
ser julgado ou para que este o faça cumprir a pena ou medida de
segurança em que foi condenado. A extradição pode ser ativa ou
passiva. Será ativa quando encarada do lado do Estado que a pede a
outro e será passiva quando encarada pelo lado do Estado a quem é
pedida. O Processo de extradição comporta duas fases: o Pedido e a
Concessão. O Extraditado é, desta forma, todo aquele que é alvo de
um processo de extradição.
F

Férias judiciais
As férias judiciais decorrem de 22 de dezembro a 3 de janeiro, do
domingo de Ramos à segunda-feira de Páscoa e de 16 de julho a 31
de agosto.

Apesar do Código de Processo Civil referir que os prazos se


suspendem durante as férias judiciais, existem processos urgentes
cujo andamento não se suspende, nomeadamente, processos que a
própria lei qualifique como urgentes, caso das providências cautelares
ou das insolvências, processos de proteção de menores em risco, ou
no âmbito do processo penal, quando se trate de assegurar os
direitos, liberdades e garantias das pessoas.

Fiança
Ato jurídico através do qual uma pessoa se compromete ao
pagamento de uma obrigação assumida por outra.

Furto
Subtração ilegítima, para si ou para outra pessoa, de coisa móvel ou
animal alheio. Trata-se de um crime previsto e punido pelo Código
Penal.

Genocídio
Homicídio em massa planeado para destruir um povo ou um grupo
étnico. O genocídio constitui um crime previsto e punido pelo
ordenamento jurídico português.

Greve
Forma de protesto utilizada com o objetivo de fazer pressão junto de
alguém, por exemplo, de uma entidade empregadora. O Direito à
greve é constitucionalmente garantido.

Herança
Conjunto das situações jurídico patrimoniais de alguém que faleceu,
ou seja a totalidade dos seus bens, direitos e dívidas.

Herdeiro
Aquele que sucede na totalidade ou numa quota do património do
falecido.

Hipoteca
Direito real de garantia através do qual o devedor confere ao credor a
faculdade de ser pago de preferência a outros, relativamente a um
bem imóvel ou móvel equiparado, tendo em vista assegurar o
cumprimento de uma obrigação até que esta, na totalidade, esteja
satisfeita. Significa que, em caso de incumprimento, o bem hipotecado
é o primeiro a responder pela dívida.
Homicídio
Morte de uma pessoa provocada por outra. O homicídio constitui um
crime previsto e punido pelo ordenamento jurídico português.

Honorários
Compensação pecuniária devida a profissional liberal pela prestação
de serviços.

Ilícito
Ato que contraria o disposto na lei

Injunção
Medida que possibilita ao credor de uma dívida a obtenção de um
título executivo, de modo célere e simplificado, sem necessidade de
intentar uma ação declarativa num tribunal.

Inquérito
Em processo penal, esta é a fase dirigida pelo Ministério Público (MP)
que compreende o conjunto de diligências que visam investiga a
existência de um crime, determinar os seus agentes e a
responsabilidade deles e descobrir e recolher as provas em ordem à
decisão sobre a acusação. O Ministério Público no inquérito em
processo penal é coadjuvado pelos órgãos de polícia criminal.
Inimputável
Aquele que, por falta de capacidade, não pode ser responsabilizado
pelos seus atos.

Insolvência
É considerado em situação de insolvência o devedor que se encontre
impossibilitado de cumprir as suas obrigações vencidas.

Instância
Grau de jurisdição.

Instrução
Conjunto de formalidades, inquirições e informações que colocam uma
causa na condição de poder ser julgada. Em processo penal a
Instrução é uma fase processual facultativa, que visa a comprovação
judicial da decisão de deduzir acusação ou de arquivar o inquérito em
ordem a submeter ou não a causa a julgamento.

Inventário
Descrição e avaliação de bens, tendo em vista a partilha dos bens,
nomedamente nos casos de óbito, e de separação ou de divórcio.

Juiz
É o magistrado judicial que tem por função administrar a justiça.

Juiz de Direito
Titulo dos Juízes dos Tribunais de Primeira Instância.

Julgado de Paz
A atuação dos julgados de paz é vocacionada para permitir a
participação cívica dos interessados e para estimular a justa
composição dos litígios por acordo das partes.

Os procedimentos nos julgados de paz estão concebidos e são


orientados por princípios de simplicidade, adequação, informalidade,
oralidade e economia processual.

Jurisprudência
Conjunto das decisões dos tribunais sobre determinado assunto.

Jurista
Pessoa com formação na área da ciência jurídica.

Legatário
Aquele que, por morte de alguém, lhe sucede em bens ou valores
determinados.
Legítima defesa
Constitui legítima defesa o facto praticado como meio necessário para
repelir a agressão atual e ilícita de interesses juridicamente protegidos
do agente ou de terceiro.

Liberdade Condicional
Autorização, a quem já cumpriu uma parte da pena a que estava
obrigado, para, sob certas condições, viver em liberdade.

Litigância de Má-fé
Conduta praticada em processo judicial que consiste em fazer um
pedido ou opor-se a um pedido sabendo não ter razão; alterar a
verdade dos factos; não cooperar com o tribunal de forma grave; ou
usar o processo para fins ilegais, para impedir a descoberta da
verdade, impedir a ação da justiça ou demorar a decisão da causa. É
punido com multa a fixar pelo juiz e indemnização à parte contrária, se
esta o pedir, também a fixar pelo juiz.

Litígio
Questão controvertida que opõe as partes.

Má-fé
Consciência da ilicitude de uma conduta. Intenção de lesar outrem.
Mandado de detenção
Traduz-se numa ordem escrita, emanada de autoridade judiciária ou
de polícia criminal competente, assinada, identificando a pessoa a
deter, o facto que a motivou e as circunstâncias que a fundamentam
legalmente.

Mediação
Meio alternativo de resolução de litígios em que através do auxílio de
um terceiro imparcial, o mediador, se procura alcançar um acordo
relativamente à questão que opõe as partes em conflito.

Magistrados do Ministério Público


São magistrados do Ministério Público:

a) O Procurador-Geral da República;

b) O Vice-Procurador-Geral da República;

c) Os procuradores-gerais-adjuntos;

d) Os procuradores da República;

e) Os procuradores-adjuntos.

São responsáveis e hierarquicamente subordinados, sem prejuízo da


sua autonomia, nos termos do respetivo estatuto.

A magistratura do Ministério Público é paralela à magistratura judicial


e dela independente.

Ministério Público
O Ministério Público (MP) é um órgão constitucional com competência
para exercer a ação penal, participar na execução da política criminal
definida pelos órgãos de soberania, representar o Estado e defender a
legalidade democrática e os interesses que a lei determinar
(artigo 219.º/1, CRP).

Multa
Pena pecuniária aplicada em processo penal.

Nacionalidade
É o vínculo estabelecido entre uma pessoa e um determinado país,
conferindo-lhe direitos e deveres em relação a esse país de que é
nacional.

Negligência
Em direito penal, por negligência, entende-se a violação do dever de
diligência que sobre o agente (mais, sobre todas as pessoas)
impende, ou seja, na omissão das cautelas necessárias para que o
facto não ocorra. Se o autor (ou agente) não usou a(s) diligência(s)
exigida(s) segundo as circunstâncias concretas para evitar o evento,
aquele actuou com negligência. A negligência só é punível quando a
lei expressamente o preveja.

Notário
Profissional liberal, cujos atos se encontram investidos de fé pública. A
sua esfera de atuação insere-se no domínio do direito privado,
garantindo direitos dos cidadãos e a geral segurança do comércio
jurídico.

Notificação
A notificação serve para chamar alguém a um processo ou dar-lhe
conhecimento de um facto.

Oficial de justiça
Os oficiais de justiça asseguram, nas secretarias dos tribunais e nas
secretarias do Ministério Público, o expediente e a regular tramitação
dos processos, em conformidade com a lei e na dependência
funcional do respetivo magistrado.

Ordem dos Advogados


Associação pública representativa dos licenciados em Direito que
exercem profissionalmente a advocacia, sendo independente dos
órgãos do Estado, livre e autónoma nas suas regras.

Ordem dos Notários


Entidade independente dos órgãos do Estado que, gozando de
personalidade jurídica, representa os notários portugueses.

Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução


A Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução (OSAE), é
uma associação de Direito Público, independente dos órgãos do
Estado.

Representa e regulamenta, nos termos da Lei, a atividade dos


Solicitadores, dos Agentes de Execução e das suas sociedades
profissionais. Regula ainda o acesso e atividade dos respetivos
estagiários.

Ordem judicial
Autorização concedida por um juiz para que ocorra um determinado
procedimento.

Organização judiciária
Forma como os tribunais se encontram dispostos para o exercício da
função jurisdicional.

Patrono
Advogado constituído para defender os interesses de um cliente.

Partilha
Repartição dos bens de uma herança.

Pena
Consequência jurídica da prática de um crime.
Penhora
Apreensão, decretada por um juiz, dos bens da pessoa devedora
como garantia da execução com vista à venda para realização de
meios para pagamento ao credor.

Personalidade jurídica
A personalidade jurídica traduz-se na suscetibilidade de uma pessoa
(singular ou coletiva) de ser titular de direitos e estar sujeito a
obrigações.

A personalidade adquire-se no momento do nascimento completo e


com vida e só cessa com a sua morte.

Pessoa coletiva
Entidade abstrata que prossegue fins coletivos, de natureza pública ou
privada, à qual é atribuída personalidade jurídica como, por exemplo,
uma sociedade comercial, uma associação ou uma fundação.

Petição inicial
Em termos genéricos, esta peça processual traduz-se no articulado no
qual o demandante propõe uma determinada acção, deduzindo certa
pretensão de tutela jurisdicional, expondo os respectivos fundamentos
de facto e do direito a tutelar.

Procuração
Instrumento que confere poderes a uma pessoa, para que esta atue
juridicamente em nome de outra.

Procuradoria-Geral da República
Órgão superior do Ministério Público.

Prova
O que é aceite e pode ser levado a juízo, para demonstrar a
veracidade dos factos.

Queixa-crime
Uma queixa traduz-se numa manifestação de vontade do titular do
direito da queixa /o ofendido), que tem como objectivo dar início a um
processo por crime semi-público ou particular. É uma condição sine
qua non sem a qual o Ministério Público (detentor da acção penal),
não pode exercer esta acção.

Ou seja, quando os crimes sejam semi-públicos ou particulares, o


exercício da ação penal por parte do Ministério Público está
dependente de queixa.

É portanto o acto através do qual o ofendido dá conhecimento ao


titular do exercício da acção penal, o Ministério Público, da existência
de um crime para que este desencadeie o processo de investigação
criminal e dê início à fase de inquérito.
R

Recurso
Em termos latos um recurso traduz-se na forma de impugnação de
sentenças e despachos que não sejam de mero expediente.

Réu
De origem latina (reu), por réu, entende-se a pessoa contra quem o
autor intenta uma ação de natureza cível. De acordo com a legislação
civil, o réu é parte legítima quando tem interesse em contradizer.

O réu apresenta a sua defesa na contestação, que se trata da


resposta à petição inicial apresentada pelo autor.

A título informativo, convém referir que no Direito penal à figura do réu


é dada a designação de arguido.

Roubo
Por roubo, entende-se um crime contra a propriedade que consiste
em o agente subtrair ou constranger a que lhe seja entregue, coisa
móvel alheia, utilizando para esse efeito a violência com perigo
eminente para a integridade física ou mesmo para a vida de um
indivíduo, agindo com a intenção de apropriação dessa coisa para si
ou para outra pessoa.. Trata-se de um crime previsto e punido pelo
Código Penal.

Sentença
Na linguagem processual, entende-se por sentença, o ato pelo qual o
juiz decide a causa principal (também é denominada desta forma a
decisão do incidente que apresente a configuração de uma causa).

Uma sentença engloba um relatório (destinado a fazer de forma


sucinta a história do caso desde o momento da propositura da acção
até ao encerramento da discussão oral na audiência final), os
fundamentos (apreciação jurídica da causa), a decisão (apoiada nas
conclusões da parte fundamentadora da sentença) e consiste na
resposta direta do tribunal às pretensões das partes.

Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP)


O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) é um
sindicato que representa os magistrados do Ministério Público
portugueses seus associados. Tem sede em Lisboa e delegações em
Coimbra, Évora e Porto. Rege-se pelos princípios da organização
democrática e da independência relativamente ao Estado, às
confissões religiosas e aos partidos políticos.

Tem como objetivos, a defesa dos direitos e interesses dos sócios, no


plano profissional, por todos os meios permitidos, incluindo o
patrocínio judiciário; a defesa dos interesses dos magistrados do
Ministério Público, nomeadamente no âmbito do estatuto
socioprofissional; a dignificação da magistratura do Ministério Público
e o aperfeiçoamento e democratização do aparelho judiciário; a
defesa, no âmbito internacional, de uma justiça democrática; o
aperfeiçoamento técnico e cultural dos sócios.

Solicitador
Profissional liberal que, mediante retribuição, pratica atos jurídicos por
conta de outra pessoa.
Supremo Tribunal de Justiça
O Supremo Tribunal de Justiça é o Tribunal superior da hierarquia dos
Tribunais Judiciais de Portugal.

Tem jurisdição sobre todo o território nacional, tendo a sua sede em


Lisboa. Em regra apenas conhece matéria de direito, estando-lhe
vedada o conhecimento da matéria de facto. Está organizado em
secções de três espécies: matéria cível, matéria penal e matéria
social. As primeiras julgam matéria não atribuídas às outras duas. As
penais julgam matéria criminal e as sociais, julgam, em geral, matéria
laboral. O Supremo Tribunal de Justiça pode funcionar de três
maneiras diferentes: em plenário de todos os seus juízes, em pleno
das secções especializadas e por secções. Cada secção é composta
por 3 juízes.

Testamento
Ato jurídico através do qual uma pessoa dispõe, para depois da morte,
de todos os seus bens ou de parte deles.

Testemunha
Por testemunha, entende-se a pessoa que é chamada a depor sobre
algo que tenha visto ou ouvido e que pode se revelar importante para
o apuramento da verdade. Quer em direito processual civil, quer em
direito processual penal (no qual, um dos meios de prova mais
importante é a prova testemunhal), a definição deste termo é a
mesma, ou seja, a pessoa que é chamada a depor em juízo, sob
juramento, acerca de factos de que possa ter conhecimento.
Tribunal
Nos termos da Constituição da República Portuguesa, os tribunais são
os órgãos de soberania com competência para administrar a justiça
em nome do povo.

Na administração da justiça, incumbe aos tribunais assegurar a defesa


dos direitos e interesses legalmente protegidos, reprimir a violação da
legalidade democrática e dirimir os conflitos de interesses públicos e
privados.

Tribunais (categorias)
Os tribunais judiciais dividem-se em três graus ou instâncias: os
tribunais de 1ª instância que são, em regra, tribunais de comarca; os
tribunais de 2ª instância, que são os Tribunais da Relação; por fim, o
Supremo Tribunal de Justiça. Os tribunais judiciais encontram-se
hierarquizados para efeito de recurso das suas decisões.

Tribunais da Relação
São, em regra, tribunais de 2ª instância e designam-se pelo nome do
município em que se encontram instalados. Estão também divididos
em secções em matéria cível, penal e social, em matéria de família e
menores, em matéria de comércio, de propriedade intelectual e de
concorrência, regulação e supervisão.

Vítima
Em termos penais e processuais penais, por vítima, entende-se:
- aquele ou aquela que sofre a ação em que consiste o acto criminoso;
ou

- o sujeito passivo que é o titular do interesse jurídico protegido com a


incriminação.

Por vezes, utiliza-se o termo ofendido em detrimento do de vítima.

Xenofobia
Aversão aos estrangeiros, ao que vem do estrangeiro ou ao que é estr
anho ou menos comum.

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