Você está na página 1de 30

12/09/2023, 21:23 Ead.

br

INTRODUÇÃO À
TIPOGRAFIA
Me. Joandson Fernandes Campos

INICIAR

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 1/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

introdução
Introdução
A composição de elementos gráficos textuais é, na atualidade, uma tarefa
rotineira, tanto para profissionais do design gráfico quanto para
consumidores em suas atividades domésticas. Esses textos podem se
apresentar de diversas formas em sua estrutura, de acordo com sua função,
uso e público-alvo. Nesse sentido, a tipografia é a ciência e o processo de
criação na composição e impressão de um texto em meio físico ou digital.
Assim como no estudo dos elementos gráficos em geral, o objetivo principal
da tipografia é dar ordem estrutural e forma à comunicação escrita
desenvolvida. Nesta unidade, abordaremos os elementos que compõem os
sistemas de classificação dos estilos tipográficos, o conceito e uma breve
explanação sobre a tipometria e, finalmente, os elementos de diagramação
textual.

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 2/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

O Estilo Tipográfico:
Histórico e Conceito

A tipografia enquanto uso prático tem como principal origem as primeiras


impressões com tipos ou signos gráficos (letras em relevos confeccionadas
em madeira, barro ou ferro). A tipografia passou também a ser um modo de
se referir à gráfica que usa uma prensa de tipos móveis individuais. O termo
tipografia (do latim renascimental typographia ) foi cunhado a partir dos
elementos da língua grega τύπος [ týpos ], que significa impressão, e - γραφία [-
graphía], escrita (MONTECCHI, 2001).

Os chineses foram os primeiros a criar um sistema de tipografia. O inventor


foi Bi Shêng por volta do ano 1040 d.C. Os tipos gráficos (moldes das letras)
eram feitos em argila cozida, madeira e até bronze, dispostos em uma tábua,
a huóban (tábua viva). Apesar da iniciativa chinesa em subsidiar o
desenvolvimento dessa ciência, o grande inventor da tipografia, feita por meio
da prensa com tipos em metal, foi Johann Gutemberg no ano de 1450.

A inovação desenvolvida por Gutemberg permitiu a reprodução em série dos


textos. No século XV, em 1456, ele imprimiu o primeiro livro (de acordo com
registros históricos), a “Bíblia de 42 linhas”, trabalho que comprovou a

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 3/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

eficiência da tipografia. Composto por 642 páginas, a Bíblia teve uma tiragem
de cerca de 200 exemplares. Com isso, Gutemberg também tornou mais
acessível os livros e a cultura, porque tirou o monopólio dos mosteiros,
feudos ricos e abadias responsáveis pelos manuscritos.

O traço principal da tipografia é o estudo dos elementos gráficos, sobretudo


os glifos/letras. O estudo das fontes pressupõe a necessidade de um sistema
de classificação. Os principais objetos da tipografia são: os glifos (letras,
caracteres), a família tipográfica e a fonte, respectivamente organizados em
uma hierarquia sistemática crescente. Vamos à definição de cada elemento:

Glifos : são signos alfabéticos projetados para reprodução mecânica.

Figura 3.1: Glifos


Fonte: Elaborada pelo autor.
Família tipográfica : é o grupo de caracteres que possui os mesmos
detalhes de desenho, independentemente das variações (peso,
inclinação e corpo).

Figura 3.2: Família de caracteres arial em tamanho 30


Fonte: Elaborada pelo autor.
Fonte: é conjunto de glifos que faz parte de uma família tipográfica.
O conceito pode ser utilizado para designar um conjunto de glifos em
meio digital, restrito a uma mesma família. As fontes geralmente se
apresentam como arquivos digitais, as quais podem ser utilizadas em
softwares e sistemas operacionais.

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 4/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

Figura 3.3: Caracteres da fonte Times New Roman


Fonte: Mapa de caracteres do Windows. Figura editada pelo autor.
Segundo Lupton (2009) e Williams (2009), os sistemas de classificação
tipográfica consideram esses três elementos citados como objetos
classificadores. E a maior parte das classificações aborda dois tipos: por
enquadramento tradicional e por enquadramento histórico.

Classificação por enquadramento tradicional:

1. Sem serifa.
2. Com serifa ou serifada.
3. Cursivas ou manuscritas.
4. Decorativa.

Classificação por enquadramento histórico:

1. Humanistas.
2. Transicionais.
3. Modernas.
4. Egípcias.
5. Sem serifas humanistas.
6. Sem serifas transicionais.
7. Sem serifas geométricas.

É importante ressaltar que alguns nomes de classificação recebem alterações


entre autores, portanto, os mesmos termos abordados nesse texto podem
ser encontrados com abordagens diferentes.

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 5/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

praticar
Vamos Praticar
Considere a seguinte situação:

A elaboração de um sistema de classificação tipográfica é uma tarefa


infinitamente complexa, pois requer a sensibilidade de numerosas
disciplinas que envolvem os elementos que compõem as famílias [...]
(HOEFLER, 1999, p. 55-70).
Considerando o enunciado e a hierarquia dos elementos/objetos da tipografia,
segundo o autor, a dificuldade em criar sistemas de classificação está relacionada a
aspectos ligados a essas alternativas?

a) Contextos históricos.
Feedback: alternativa incorreta , pois o autor não aborda o contexto
histórico no enunciado.
b) Famílias tipográficas.
Feedback: alternativa incorreta , pois, apesar de estar relacionado às
famílias, o grafologista citado indica que as dificuldades estão ligadas aos
elementos que compõem as famílias, no caso, os glifos/signos ou tipos.
c) Glifos/signos.
Feedback: alternativa correta , pois o autor afirma que a dificuldade está
ligada aos elementos que compõem as famílias tipográficas, que são os glifos,
tipos ou signos. Glifos compõem famílias e famílias podem ser organizados
em fontes.
d) Disciplinas humanas.

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 6/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

Feedback: alternativa incorreta , pois, apesar de o autor revelar no


enunciado uma relação com “numerosas disciplinas”, não são definidas quais
seriam essas disciplinas, se humanas, exatas etc.
e) Fontes.
Feedback: alternativa incorreta , pois as fontes são os elementos que
apresentam conjuntos de glifos de uma mesma família/estilo; no entanto, o
autor aborda os elementos que compõem as famílias tipográficas, no caso, os
glifos.

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 7/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

Sistemas de Classificação
Tipográfica: os Tipos
Gráficos e suas
Classificações

Os objetos gráficos (glifos) primários são classificados de acordo com o


arranjo de suas características. Essas características são relacionadas à
presença, forma e estilo do elemento de tipo.

Segundo Bringhurst (2005), os tipos são compostos por um conjunto de


elementos que são: bojo, haste, barra, perna, serifa, oco, cauda, terminal,
ombro, vértice, ligação, orelha, gancho, junção, espora, incisão, abertura,
espinha e braço. Os elementos podem ser representados na figura a seguir:

Figura 3.4: Anatomia dos tipos gráficos


Fonte: Arty (2018).

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 8/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

A combinação de diferentes tipos gráficos induziu à existência de diversos


sistemas de classificação. Existem várias classificações para as famílias
tipográficas. As mais conhecidas são:

1. Sistema Francis Thibaudeau.


2. DIN (Deutsches Für Normung).
3. Classificação Europa.
4. Maximilien Vox.
5. Robert Bringhurst.
6. Vox/ATYPI (Association Typographique Internationale).
7. British Standards.
8. Linotype.
9. Lucy Niemeyer.

Apesar de serem formas de organização distintas, o elemento central que


comumente difere os sistemas é a presença, estilo e forma da serifa. Neste
sentido, introduziremos os sistemas usando a serifa como mecanismo
classificador das principais famílias.

Famílias com Serifa


As famílias com serifa são altamente recomendadas para textos extensos,
pois o leitor consegue perceber rapidamente a divisão entre as letras que
compõem as palavras.

Famílias humanistas
Característica: simulam a caligrafia clássica feita a mão e
representam uma parte dos primeiros moldes tipográficos de metal
produzidos na região da Itália e França entre os séculos XV e XVI
(período humanista). Como o nome mostra, é o estilo clássico.
Exemplo: Garamond

Famílias transicionais
Característica: possuem serifas levemente mais finas e planas, com
acabamento pontiagudo. Seu eixo vertical é levemente inclinado e

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 9/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

aparentam suavidade e elegância.


Exemplo: Libre Baskerville

Famílias modernas
Características: possuem serifas retas e um alto-contraste nas
espessuras das hastes. As fontes seguem um eixo na vertical
limitador bem definido.
Exemplo: Bodoni

Famílias mecânicas ou famílias egípcias


Características: diferentemente das anteriores, essas famílias
possuem serifas pesadas e retangulares. Foram criadas durante a
Revolução Industrial, em meados do século XIX, e atualmente são
muito utilizadas em materiais para publicidade e propagandas.
Exemplo: Rockwell

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 10/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

saiba mais
Saiba mais
Às vezes, encontramos caracteres em
fontes extremamente bonitas. No entanto,
outra dificuldade tão comum quanto isso é
o fato de não saber o nome e nem como
procurá-la na internet. Contudo, existem
ferramentas específicas que podem auxiliar
no processo de identificação das fontes que
você procura ou opções muito
semelhantes. Sugai (2015) cita três sites que
realizam este tipo de trabalho de forma
gratuita e com opções diversificadas para
que você nunca mais fique em dúvida na
hora de selecionar a fonte adequada para
os seus projetos.
1. Identifont - http://www.identifont.com .
2. What the Font -
https://www.myfonts.com/WhatTheFont .
3. What font is - https://www.whatfontis.com .

Famílias sem Serifa


As famílias sem serifa são mais recomendadas para apresentações de maior
dimensão, além de textos comerciais e materiais gráficos como banners.

Famílias “grotesco”
Características: uma variação das letras mecânicas, no entanto, sem
serifas. São oriundas do final do século XIX.
Exemplo: Calibri

Famílias “gothic”
Características: possuem uma variação na espessura dos seus traços.

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 11/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

É uma das diversas variações das grotescas originadas nos EUA no


final do século XIX.
Exemplo: Franklin Gothic

Famílias humanistas
Características: possuem leve variação no traço e apresentam
características de traços caligráficos. Têm como origem a estrutura
das letras serifadas; no entanto, não possuem serifas.
Exemplo: Candara

Famílias geométricas
Características: usam as formas geométricas básicas para a sua
estruturação e apresentação.
Exemplo: Bauhaus

Famílias transicionais
Características: também conhecidas como ”sem serifas anônimas”,
essas famílias possuem características semelhantes às serifadas
transicionais. Atualmente, são um dos grupos mais populares.
Exemplo: Helvetica Neue

A classificação por serifa é o tipo mais comum e mais simples de organizar as


famílias tipográficas em categorias. No entanto, existem sistemas mais
complexos e robustos que podem auxiliar os profissionais a selecionar
melhor as características do material a ser desenvolvido.

Os sistemas de classificação de tipos existentes foram desenvolvidos para


padronizar termos confusos, desconexos e, às vezes, contraditórios utilizados
para escrever e descrever o tipo em diferentes países, gráficas e oficinas
tipológicas.

Segundo Dixon (1995), os esforços de padronização anteriores à proposta de


Maximilien Vox em 1954, como aqueles de Vinne (em 1900), A. F. Johnson (em
1932) e Beatrice Warde (em 1935), produziram sistemas que eram
demasiadamente complexos, ou pouco específicos, o que resultou em uma
aceitação limitada e intensamente desinteressante. Nos principais sistemas

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 12/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

adotados atualmente (ATypI, British Standard, DIN), pode-se encontrar


referências diretas ou indiretas ao sistema proposto por Maximilien Vox.

praticar
Vamos Praticar
Apesar da alta diversidade de famílias tipográficas existentes, o sistema brasileiro
para redação de textos acadêmicos por meio das normas da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT) definiu como padrão duas fontes a serem usadas, uma
com serifa e outra sem serifa.

Considerando as principais famílias de fontes utilizadas atualmente, as fontes com


serifa e sem serifa citadas são, respectivamente:

a) Times New Roman e Arial.


Feedback: alternativa correta , pois a fonte Times New Roman apresenta
serifa e a fonte Arial não. Ambas são utilizadas como padrão para redação de
textos acadêmicos no Brasil.
b) Arial e Helvetica.
Feedback: alternativa incorreta , pois ambas não possuem serifa. O
enunciado informa que a segunda opção deve ser de uma fonte sem serifa.
c) Segoe UI e Jokerman.
Feedback: alternativa incorreta , pois a família Segoe não possui serifa e o
enunciado informa que a primeira opção deve ser de uma fonte com serifa. A
fonte Jokerman não é recomendada para redação de textos acadêmicos.
d) Boldoni e Calibri.
Feedback: alternativa incorreta , pois ambas não possuem serifa.

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 13/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

e) Arial e Segoe UI Light.


Feedback: alternativa incorreta , pois ambas não possuem serifa.

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 14/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

Tipometria

A tipometria, como o próprio termo indica, é a área responsável pelo estudo


da organização das medidas dos tipos gráficos. A tipometria conta com dois
sistemas de medição. Ambos são duodecimais (base 12) e tem como sistema
elementar de medição o ponto tipográfico. Esses sistemas auxiliam a medição
de caracteres e todas as medidas da página impressa e sua relação com o
texto digital.

Os dois principais sistemas de tipometria são:

Didot
Esse sistema foi desenvolvido em 1775 por François-Ambroise Didot. Um
ponto didot corresponde a 0,376065 mm. Doze pontos didot formam um
cícero, que mede 4,513 mm em sua impressão física.

Paica

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 15/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

Sendo mais recente do que o didot, o sistema paica foi desenvolvido no final
do século XIX, nos Estados Unidos e Inglaterra. Um ponto paica mede
0,351368 mm e corresponde a 1/72 da polegada inglesa. Doze pontos paica
formam a paica que mede exatamente 4,216416 mm.

Além de elementos ligados às dimensões dos caracteres, a tipometria estuda


também os aspectos relacionados às formas em que os caracteres se
apresentam, sendo os principais a largura e a postura.

Largura
Este elemento está relacionado à base e altura do glifo. Existem inúmeras
famílias gráficas que possuem essas variações nativamente. No entanto, as
que não possuem podem ser ajustadas.

Figura 3.5 : Diferentes larguras das fontes


Fonte: Arty (2018).

Postura
Está relacionado com a inclinação do eixo central das letras. A postura básica
dos caracteres é a regular (com o eixo central vertical nítido). Já os caracteres
regulares inclinados recebem o nome de oblíquos. Atenção: não confundir
oblíquos com itálicos. Os caracteres inclinados recebem o nome de itálicos ou
grifos, em referência ao famoso tipógrafo italiano do século XV, Francesco
Griffo.

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 16/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

Figura 3.6 : Comparação entre caracteres regulares e oblíquos


Fonte: Arty (2018).

praticar
Vamos Praticar
A tipometria estuda as dimensões dos elementos que compõem os diversos glifos.
Os dois principais sistemas adotados mundialmente para a medição e organização
dos tipos gráficos são o didot e o paica.

Sobre os dois sistemas, assinale a alternativa correta:

a) O didot recebeu este nome em homenagem e Leopold Poindidot, um


poeta renascentista do século XVI.
Feedback: alternativa incorreta , porque o sistema didot foi desenvolvido
por François-Ambroise Didot, um tipógrafo especializado em tipometria.
b) O paica é um sistema mais recente do que o didot, desenvolvido no final
do século XIX.
Feedback: alternativa correta , pois o sistema tipométrico paica foi
desenvolvido nas últimas décadas do século XIX; já o didot em 1775.
c) O mesctype é um sistema de medidas tipométricas.
Feedback: alternativa incorreta , porque o sistema mesctype não existe.

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 17/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

d) O sistema paica é restrito a fontes digitais, que devem ser usadas para a
composição de materiais gráficos impressos.
Feedback: alternativa incorreta , pois o sistema paica é generalista e não é
restrito a nenhuma aplicação específica.
e) O sistema didot e o sistema paica foram desenvolvidos nos Estados
Unidos.
Feedback: alternativa incorreta , pois apenas o sistema paica foi
desenvolvido nos EUA, o sistema didot foi desenvolvido por François-
Ambroise Didot, na França.

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 18/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

Diagramação de Textos

A diagramação ou composição de textos é uma atividade comum cotidiana e


que pode ser realizada considerando diversas indicações que agregam ao
projeto e ao resultado final.

Inicialmente, abordaremos os elementos básicos de diagramação


relacionados às próprias características das famílias tipográficas: o kerning, e
tracking e, finalmente, o leading.

Kern
O kern trata do espaçamento entre os caracteres. Existem certas áreas das
letras que ultrapassam o bloco para possibilitar um melhor encaixe com
outras letras. Isso melhora a composição, de modo que não fiquem muito
separadas e prejudiquem o visual e leitura.

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 19/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

Figura 3.7 : Kern


Fonte: Arty (2018).

Kerning
É o procedimento de ajuste dos espaços entre certos pares de caracteres, ou
seja, somente em algumas letras, e em casos específicos. O kerning da fonte é
definido pelo type designer na criação, portanto, não é um elemento tão
facilmente manipulável.

Figura 3.8 : Kerning


Fonte: Arty (2018).

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 20/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

reflita
Reflita
A campanha de Barack Obama para as eleições presidenciais
dos Estados Unidos em 2008 será sempre lembrada, do ponto
de vista da comunicação política e do design gráfico, devido à
estratégia visual meticulosa realizada pela equipe de
identidade corporativa da equipe.

Foi criada uma marca a partir da união da família tipográfica, la


Gotham, criada no ano 2000 por Tobias Frere-Jones. Essa
identidade visual, além de considerar os detalhes da fonte, foi
inspirada também na fonte Futura e na sinalética
arquitetônica nova-iorquina. A fonte criada foi considerada por
diversos críticos como intensamente simples, geométrica e
"muito americana".

A fonte já foi motivo de polêmica e envolveu a questão de


direitos autorais sobre as fontes tipográficas. Fonte:
TARDÁGUILA, Cristina. Uso indevido de fontes será discutido
na Bienal de Tipografia Latino-americana. O Globo , 13 abr.
2012.

Tracking
É a distribuição do espaçamento entre letras e entre as palavras de todo um
conjunto de texto.

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 21/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

Figura 3.9: Tracking


Fonte: Arty (2018).

Leading
O leading pode também ser conhecido como o espaço entrelinhas. O leading
é expresso como a medida da distância da linha de base de uma linha
tipográfica para outra subsequente no mesmo bloco de texto. Geralmente, o
leading automatizado é aproximadamente 20% maior do que o tamanho do
médio dos glifos da família utilizada. Exemplo: tamanho 10pt leading 12pt.

Figura 3.10: Leading


Fonte: Elaborada pelo autor.
Além dos elementos ligados às características das famílias tipográficas,
existem os elementos de diagramação relacionados aos ajustes do texto em
bloco, sendo o principal o alinhamento. Existem diversos tipos de
alinhamentos, cada um mais indicado de acordo com a intenção e uso do
material. Os principais alinhamentos são:

Alinhamento à Esquerda

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 22/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

No alinhamento à esquerda, o texto segue o fluxo ocidental (da esquerda


para a direita). As linhas dos textos têm diferentes tamanhos e são irregulares
na sua margem externa, ou seja, à direita.

Figura 3.11: Exemplo de texto alinhado à esquerda


Fonte: Extraído de Andrade (2009).

Alinhamento à Direita
No alinhamento à direita, os textos são alinhados à direita e suas linhas têm
diferentes tamanhos e irregulares nas margens externas esquerdas. Isso
acaba dificultando a legibilidade, pois força o olhar para usuários já
habituados aos sistemas ocidentais.

Figura 3.12: Exemplo de texto alinhado à direita


Fonte: Extraído de Andrade (2009).

Alinhamento Centralizado
Neste tipo de alinhamento, as linhas de textos têm tamanho irregulares em
ambos os lados e são dispostas de acordo com a tabulação do Tracking.

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 23/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

Figura 3.13 - Exemplo de texto alinhado ao centro


Fonte: Extraído de Andrade (2009).

Alinhamento Justificado
Entre as opções de alinhamento, o justificado é o mais formal e usual de
todos. Nesta opção de alinhamento, as linhas têm o mesmo comprimento,
com margens “duras” e retas (ou uniformes) em ambos os lados do bloco de
texto. É muito utilizado em textos longos como revistas, jornais e livros digitais
e impressos. Além disso, é o padrão adotado pela ABNT no Brasil para escrita
científica-acadêmica.

Figura 3.14: Exemplo de texto justificado


Fonte: Extraído de Andrade (2009).

praticar
Vamos Praticar
https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 24/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

O processo de diagramação textual considera diversos conceitos aplicáveis na


redação dos textos. Os principais elementos são o kern, o kerning, o tracking, o
leading e os alinhamentos. Considerando os elementos citados, assinale a
alternativa assertiva.

a) O kerning é o aspecto relacionado à adequação dos espaços entre os


caracteres.
Feedback: alternativa correta , O kerning é o processo de ajuste do kern (o
espaço entre os glifos em uma mesma família tipográfica)
b) O kerning é o espaço entre uma linha e a linha anterior de um mesmo
bloco de texto.
Feedback: alternativa incorreta , O kerning é o processo de ajuste do kern.
c) O tracking é o elemento que analisa a distribuição dos espaçamentos entre
letras de um arquivo de fontes digitais, quando a família tipográfica não
possui serifa.
Feedback: alternativa incorreta , O tracking é a distribuição do espaçamento
entre palavras de um bloco de texto.
d) O leading é o processo de adequação dos espaços entre caracteres.
Feedback: alternativa incorreta , O elemento citado no corpo da alternativa
é o kerning.
e) O alinhamento é o conjunto de regras de distribuição do texto em relação
à margem interna e ao kern inicial da primeira palavra.
Feedback: alternativa incorreta , O alinhamento é o aspecto relacionado à
distribuição do bloco de texto em relação ao centro e ou às margens
externas.

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 25/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

indicações
Material
Complementar

LIVRO

Pensar com Tipos


Editora : Cosac & Naify
Autor : Ellen Lupton
ISBN : 8540502836
Comentário : apesar do título, alguns críticos afirmam
que a obra não fala sobre tipografia, mas que se trata
de uma publicação voltada para quem desejar entender
a função, história e contexto dos tipos gráficos. É uma
obra indicada para quem busca evitar erros na seleção
das famílias tipográficas indicadas para cada finalidade
de projeto.

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 26/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

FILME

Helvetica Film
Ano : 2007
Comentário : O filme-documentário Helvetica aborda a
tão utilizada e conhecida fonte Helvetica. O
documentário em questão, de 2007, foi produzido e
dirigido por Gary Hustwit em comemoração ao 50º
aniversário da fonte. O filme possui trechos filmados
nos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Holanda,
França, Suíça e Bélgica. Além de abordar questões
históricas, o documentário leva-nos a conhecer os
elementos artísticos envolvidos no processo de
desenvolvimento de fontes. O filme é uma mídia
independente de longa-metragem que nos instiga e
ilustra parte da história da tipografia, tipometria,
comunicação geral e visual, publicidade e um pouco de
design gráfico.
Por ser nichado, é uma mídia mais recomendada para
estudantes e profissionais da área criativa que desejam
obter informações referentes à tipografia, ao
movimento modernista, à produção gráfica, à
publicidade e ao surgimento inicial das redes sociais e
da comunicação por multimeios.

TRAILER

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 27/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

conclusão
Conclusão
Ao se analisar as classificações dos principais tipos tradicionais, percebe-se
que elas possuem diversas limitações e problemas em relação a sua
generalidade. Por serem altamente ligadas às épocas em que são
desenvolvidas, essas classificações tipológicas correm um considerável risco
de se tornar parcialmente obsoletas, especialmente na época da internet, em
que a comunicação acontece por multimeios. Apesar de as classificações
passarem por processos transformadores, os elementos envolvidos e os
conhecimentos sobre a tipografia são acumulados e se fortalecem à medida
em que são usados nas novas mídias e redes sociais. Nesse sentido, é
importante manter-se atualizado sobre as novas tecnologias que auxiliam o
processo de composição tipográfica e conhecer as ferramentas que podem
auxiliá-lo de acordo com as demandas dos projetos desenvolvidos.

referências
Referências
Bibliográficas
BRINGHURST, Robert. Elementos do estilo tipográfico . Cosac Naify, 2005.

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 28/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

ANDRADE, Carlos Drummond de. A flor e a náusea. A rosa do povo . 42. ed.
Rio de Janeiro: Record, 2009.

ARTY, D. Tipografia: Guia Sobre Tipos – escolhendo a fonte certa (parte 2).
Chief of Design , 26 out. 2018 (on-line). Disponível em: <
https://www.chiefofdesign.com.br/tipografia-02/ >. Acesso em: 19 jul. 2019.

DIXON, Catherine. Why we need to reclassify type . Eye 19: 86-87, 1995.

HOEFLER, Jonathan. On classifying type . Emigre 42: 55-70, 1999.

LUPTON, Ellen; STOLARSKI, André. Pensar com tipos: guia para designers,
escritores, editores e estudantes . São Paulo: CosacNaify, 2009.

MONTECCHI, Giorgio. Itinerari bibliografici: storie di libri, di tipografi e di


editori . FrancoAngeli, 2001.

SUGAI, André. Lista traz 5 sites que identificam fontes tipográficas em


imagens . Techtudo, 2 dez. 2014. Disponível em:
https://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2014/12/lista-traz-5-sites-que-
identificam-fontes-tipograficas-em-imagens.html Acesso em: 30 jun. 2019.

TARDÁGUILA, Cristina. Uso indevido de fontes será discutido na Bienal de


Tipografia Latino-americana. O Globo , 13 abr. 2012. Disponível em:
https://oglobo.globo.com/cultura/uso-indevido-de-fontes-sera-discutido-na-
bienal-de-tipografia-latino-americana-4629051 . Acesso em: 30 jun. 2019.

WILLIAMS, Robin. Design para quem não é designer: noções básicas de


planejamento visual . 3. ed. São Paulo: Callis, 2009.

IMPRIMIR

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 29/30
12/09/2023, 21:23 Ead.br

https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DEM_INTIPO_19/unidade_3/ebook/index.html 30/30

Você também pode gostar