Disciplina: Ética e exercício profissional Professora: Luma Soares Costa
Estudo Caso II - Explosão da plataforma Piper Alpha
O desastre da Piper Alpha resultou na destruição de uma das maiores plataformas de
produção de gás e petróleo do norte, provocando a perda de 165 vidas. A plataforma foi construída em módulos, separados por paredes corta fogo, feita de modo que as operações mais arriçadas, como as perfurações, sejam realizadas o mais longe possível dos alojamentos dos operários. Quando a plataforma foi modificada para se tornar extratora de gás, parte dos equipamentos de compressão foram alocados próximo as salas de controle, onde localizava todo o funcionamento da plataforma e funcionários com autoridade de ordenar evacuação. O desastre envolvendo a Piper Alpha foi realmente uma sequência de erros. Semanas antes do acidente, a equipe da PIPER ALPHA estava instalando um novo duto de gás, isto envolveu operações de soldagem e mudanças na rotina operacional. A plataforma não foi fechada durante as obras. No dia em questão houve a primeira explosão quando um vazamento de condensado de gás natural do trabalho de manutenção simultânea e suas respectivas válvulas de segurança, já que a bomba estava em manutenção e a reserva não havia passado por inspeção antes de ser colocada em funcionamento. Após a primeira explosão a sala de controle ficou completamente destruída, sequentemente houveram outras grandes explosões que foram alimentadas pelo rompimento de dutos vindos de plataformas vizinhas. O sistema de ordem de serviço era ultrapassado, pois o equipamento estava em manutenção e os demais responsáveis não havia sido informado, fazendo com que os trabalhadores do turno da noite sem a válvula de segurança e sem saber que a outra encontrava- se em manutenção. O sistema anti incêndio também apresenta falhas, por não haver alternativas, uma vez que os mergulhadores estavam fazendo manutenção próximo ao local das bombas e o sistema de dilúvio em caso de incêndio deveria ser desligado, assim estando sem nenhuma proteção em caso de incêndio. Mais falhas são observadas nas rotas de fugas, áreas seguras e treinamento dos tripulantes, as investigações apuraram que as rotas de fuga e as áreas seguras eram desconhecidas e que o treinamento para emergência não era ministrado há mais de três anos.